Ficha de Avaliação Sumativa n.

º 1 ANO LETIVO
Disciplina: BIOLOGIA E GEOLOGIA 2017/2018

26.outubro.2017 Tempo de duração: 100 min

Nome: _______________________________________ Classificação: ___________________________

_____________________________________________ Ass. Professora: _________________________
Ano: 10.º Turma: _____ N.º _____ Ass. Enc. Educação: _____________________

VERSÃO 1

Indique de forma legível a versão da prova.

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

Não é permitido o uso de corretor. Deve riscar aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

Versão 1
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 GRUPO I

A geometria das superfícies de contacto entre os estratos encontra-se, muitas vezes, relacionada com a génese dos
mesmos.
A descontinuidade entre estratos pode apresentar concordância, quando existe um paralelismo entre as superfícies de
estratificação das camadas acima e abaixo da superfície de contacto. Tal ocorre quando, por exemplo, existe uma lacuna,
ou seja, houve uma paragem na sedimentação e reinício de nova sequência sedimentar sem que tenha havido erosão que
pudesse tornar o plano de contacto irregular.
Na praia de Foz da Fonte é possível observar este tipo de descontinuidade (Figura 1). De acordo com dados de análise
paleontológica, durante o Miocénico, existia, na zona da Praia de Foz da Fonte, um ambiente marinho pouco profundo.

CRONOES-
TRATIGRAFIA
Coluna litostratigráfica da Praia de Foz da Fonte – corte Norte
Período
Época

LITOLOGIA COR DESCRIÇÃO

Idade
Era

Amarelo Calcarenito

Amarelo torrado Calcário conquífero - lumachela

Branco acinzentado Calcário com bioturvação1

Amarelo Biocalcarenito com fósseis muito abundantes

Amarelo Biocalcarenito com fósseis

B1
B0

Amarelo Arenito carbonatado, por vezes compacto, com

BURDIGALIANO

muitos fósseis
NEOGÉNICO
CENOZOICO

MIOCÉNICO

Legenda:
Litologias:
Fósseis:

1Bioturvação:palavra geológica que diz respeito à alteração das condições iniciais de sedimentação, por ação de seres vivos, seja na
locomoção, alimentação ou habitação.

Figura 1 – Afloramento no topo da arriba da Praia de Foz da Fonte, onde se observa a descontinuidade que separa dois estratos de
idade burdigaliana (Miocénico). Esta descontinuidade corresponde a uma época onde ocorreu erosão subaérea entre dois ciclos
sedimentares – B0 e B1. Os estratos acima e abaixo desta superfície irregular mantêm a horizontalidade.

Adaptado de Ramalho, M. (2007). A Geologia no Ensino Secundário: a utilização dos princípios fundamentais de Estratigrafia.
Dissertação Mestrado Fac. Ciências Tecn. Univ. Nova Lisboa, 231 p.

1. Classifique os fósseis presentes nos estratos do topo da arriba da Praia de Foz da Fonte.

Versão 1
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2. A descontinuidade identificada no topo da série estratigráfica B0 resultou de uma _____, seguida de uma _____ que
originou a sequência estratigráfica B1.
(A) regressão … transgressão
(B) regressão … erosão
(C) transgressão … regressão
(D) erosão … regressão

3. Ao inferirem sobre os paleoambientes em que se formaram os fósseis, os geólogos baseiam-se no princípio do

raciocínio geológico do
(A) gradualismo.
(B) mobilismo.
(C) atualismo.
(D) catastrofismo.

4. Pela observação dos diferentes estratos presentes no topo da arriba da Praia de Foz da Fonte e possível concluir que:
(A) ocorreu a deposição de argila ferruginosa.
(B) o tempo de sedimentação foi semelhante em todos os estratos.
(C) na diagénese ocorreu a precipitação de carbonato de cálcio.
(D) todos os estratos apresentam conteúdo fossilífero.

5. A bioturvação é um exemplo de uma interação entre os subsistemas

(A) Biosfera ↔ Hidrosfera.
(B) Biosfera ↔ Geosfera.
(C) Hidrosfera ↔ Geosfera.
(D) Biosfera ↔ Atmosfera.

6. Faça corresponder a cada uma das caracterizações das rochas sedimentares, expressas na coluna A, à respetiva
designação, que consta da coluna B.

COLUNA A COLUNA B
(1) Arenito
(a) Rocha resultante da precipitação de sulfato de cálcio. (2) Gesso
(b) Rocha resultante do processo de incarbonização. (3) Argila
(c) Rocha detrítica desagregada e permeável. (4) Areia
(5) Carvão

7. Relacione a aplicação dos princípios da estratigrafia com a determinação da geocronologia relativa do afloramento,
tendo por base os dados geológicos da Praia de Foz da Fonte.

Versão 1
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 GRUPO II

A geologia da região de Gouveia (Distrito da Guarda) caracteriza-se pela predominância de rochas graníticas, resultantes
de intrusões magmáticas no Complexo Xisto-Grauváquico2 (Figura 2). Os magmas que originaram os diferentes granitos
desencadearam processos de metamorfismo de contacto nas rochas encaixantes.
O estudo que se apresenta determinou a idade de instalação dos magmas que originaram os diferentes granitos da
região, possibilitando uma melhor compreensão da história geológica da região. Para isso, recorreu-se à determinação da
idade dos minerais contemporâneos da instalação dos granitos, tais como, o zircão, pelo método 235U/207Pb. Na Tabela 1
apresentam-se os resultados de datação obtidos para algumas das amostras recolhidas.

2Complexo Xisto-Grauváquico: sequência de rochas metassedimentares (rochas sedimentares metamorfizadas).

Figura 2 – Mapa geológico da região de Gouveia. G1 – granodiorito de grão médio a grosseiro biotítico; G2 – granito de grão médio
a fino moscovítico/biotítico; G3 – o granito de grão médio moscovítico/biotítico; G4 – granito de grão grosseiro a muito grosseiro
moscovítico/biotítico; G5 – granodiorito de grão grosseiro moscovítico/biotítico; G6 – o granito de grão médio a grosseiro
moscovítico/biotítico; G7 – granito de grão médio moscovítico/biotítico; G8 – granito de grão fino a médio moscovítico/biotítico.

Tabela 1 – Idades (Ma) do mineral de zircão para diferentes amostras de granitos da região de Gouveia.

Zircão
Amostras dos granitos 235U/207Pb
Período geológico

G1 482 Ordovícico inferior

G4 310 Carbónico superior

G5 298 Pérmico inferior

G8 303 Carbónico superior

Adaptado de Neiva, A., Teixeira, R., Lima, S., e Silva, P. (2013). Idade, origem e protólitos de granitos variscos de três áreas
portuguesas. Lisboa, Academia das Ciências, 13 pp.

Versão 1
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1. O objetivo do estudo consistiu em
(A) determinar a temperatura de arrefecimento do magma que originou os granitos G4 e G5.
(B) determinar a idade absoluta dos granitos de Gouveia.
(C) estabelecer uma geocronologia dos granitos de Gouveia.
(D) estabelecer a idade do granodiorito do Ordovícico.

2. Sabendo que o isótopo-pai 235U tem uma semivida de 700 Ma, significa que o granito G4 apresenta uma
(A) percentagem de isótopos-pai inferior à percentagem de isótopos-filhos.
(B) percentagem de isótopos-pai superior à percentagem de isótopos-filhos.
(C) percentagem de isótopos-pai de 25% e uma percentagem de isótopos-filhos de 75%.
(D) percentagem de isótopos-pai igual à percentagem de isótopos-filhos.

3. Analisando as amostras dos granitos G2 e G4, estes apresentam uma textura ______, no entanto o processo de
arrefecimento do magma que originou o granito G2 contribuiu para um _____ desenvolvimento dos minerais.
(A) afanítica … maior
(B) fanerítica … maior
(C) afanítica … menor
(D) fanerítica … menor

4. A formação dos diferentes granitos da região de Gouveia ocorreu na Era

(A) Cenozoica.
(B) Câmbrica.
(C) Paleozoica.
(D) Mesozoica.

5. O princípio geológico que permite afirmar que o granito G4 é geologicamente mais recente do que o granito G3, pois
possui raros fragmentos de G3, é o
(A) Princípio da interseção.
(B) Princípio da inclusão.
(C) Princípio da sobreposição.
(D) Princípio da horizontalidade inicial.

6. Considere as seguintes afirmações, referentes ao metamorfismo da região de Gouveia.

I. A instalação dos magmas desencadeou a formação de uma auréola de metamorfismo.
II. O processo de cristalização das rochas que constituem o Complexo Xisto-Grauváquico ocorreu no estado sólido.
III. O fator de metamorfismo predominante aquando da instalação dos magmas foi a pressão.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.

(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.
Versão 1
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7. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que caracterizam a
geologia da região de Gouveia.
A. Cristalização do mineral zircão presente no granito G5.
B. Formação da falha do Sabugueiro.
C. Deposição de rochas sedimentares detríticas.
D. Cristalização do mineral zircão presente no granito G4.
E. Formação do Complexo Xisto-Grauváquico.

8. O zircão é um mineral que está presente numa grande variedade de rochas e que é capaz de resistir a múltiplos
eventos magmáticos, metamórficos e de erosão, que destroem a maioria dos minerais comuns.

Explique a razão pela qual o zircão é o mineral mais utilizado na datação absoluta na maioria das rochas.

GRUPO III

A fossa das Marianas, localiza-se a leste das ilhas Marianas (um arco insular), no Oceano Pacífico, sendo o local mais
profundo do oceano, com profundidade superior aos 11 mil metros e corresponde a uma zona de subducção, na qual a
placa do Pacífico se desloca a maior velocidade do que a placa das Filipinas.

Adaptado de http://w3.ualg.pt/~jdias/introcean/b/22_frontconverg.html (Consultado em 21.10.2017)

Figura 3 – Contexto tectónico da fossa das Marianas.

1. A fossa das Marianas corresponde a um limite _____, no qual a placa _____ é subductada.
(A) divergente ... do Pacífico
(B) divergente ... das Filipinas
(C) convergente ... do Pacífico
(D) convergente ... das Filipinas

Versão 1
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2. No contexto tectónico representado na figura 3, atuam forças
(A) distensivas.
(B) compressivas.
(C) de cisalhamento.
(D) distensivas e compressivas.

3. No limite tectónico associado à fossa das Marianas,

(A) as placas envolvidas são ambas oceânicas.
(B) as placas envolvidas são ambas continentais.
(C) a placa do Pacífico é oceânica e a placa das Filipinas é continental.
(D) a placa das Filipinas é oceânica e a placa do Pacífico é continental.

4. De acordo com a Tectónica de Placas a _____, rígida, fragmenta-se e desliza _____.

(A) litosfera ... sob a astenosfera.
(B) litosfera ... sobre a astenosfera.
(C) astenosfera ... sobre a litosfera.
(D) astenosfera ... sob a litosfera.

5. A reduzida idade das rochas da crusta oceânica, comparativamente às rochas da crusta continental, pode ser
explicada pela
(A) fraca atividade vulcânica na zona de rifte.
(B) intensa atividade sísmica na zona de rifte.
(C) existência de basaltos na crusta oceânica.
(D) reciclagem permanente da crusta oceânica nos limites convergentes.

6. Designe o tipo de limite tectónico associado à formação de litosfera.

7. Explique o contexto geológico na fossa das Marianas, segundo uma perspetiva Neocatastofista.

Versão 1
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 GRUPO IV

Ceres, atualmente classificado como planeta anão, foi até 2006 classificado como asteroide. Este planeta situa-se na
região do Sistema Solar conhecida como Cintura de Asteroides. Em 2006, a União Astronómica Internacional criou o termo
planeta anão e, com base nesta definição, Ceres passou a ser considerado um planeta anão.
A missão espacial Dawn foi lançada com o objetivo de estudar o asteroide Vesta e o planeta anão Ceres. Usando
dados da Dawn, os cientistas mapearam as variações na gravidade de Ceres, que fornece pistas para a estrutura interna
do planeta.
Ceres tem uma propriedade especial chamada "equilíbrio hidrostático", que foi confirmada neste estudo. Isto significa
que o interior de Ceres é fraco o suficiente para que a sua forma seja regulada pela forma como gira. Os cientistas
chegaram a essa conclusão comparando o campo gravítico de Ceres com a sua forma. O equilíbrio hidrostático de Ceres
é uma razão pela qual os astrónomos classificaram o corpo como planeta anão em 2006.
Num estudo publicado na revista Science, os responsáveis pela missão dizem que é improvável que os compostos
orgânicos detetados em Ceres tenham chegado pelo impacto de um asteroide, pois teriam desaparecido com as altas
temperaturas do choque. Tudo isto indica que Ceres tem minerais hidratados, água gelada, carbonatos, sais e matéria
orgânica, um "ambiente de química complexa" favorável ao aparecimento da vida.

Adaptado de http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2016/08/5_dawn_ceres.htm,
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/15/ciencia/1487186292_978397.html
(Consultado a 18.10.2017)

1. Ceres é classificado como planeta anão, pois orbita em torno _____, e _____ pequenos corpos celestes na vizinhança
à volta da sua órbita.
(A) do Sol ... atrai
(B) do Sol ... não atrai
(C) de um planeta principal ... atrai
(D) de um planeta principal ... não atrai

2. Os planetas telúricos apresentam uma constituição essencialmente _____, e os planetas gigantes têm _____
densidade. 

(A) rochosa ... elevada
(B) rochosa ... baixa
(C) gasosa ... elevada
(D) gasosa ... baixa 


3. Os meteoritos com origem em corpos celestes diferenciados, com baixo teor em metais serão, provavelmente,
(A) fragmentos de rochas arrancadas de Marte.
(B) fragmentos de rochas provenientes do início da formação do Sistema Solar.
(C) o resultado da fragmentação de cometas e não de asteroides.
(D) fragmentos de um asteroide de maiores dimensões, que fragmentou devido a uma forte colisão.

Versão 1
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4. As afirmações seguintes dizem respeito aos cometas e asteroides.
I. Apenas os asteroides podem colidir com o planeta Terra.
II. Os cometas são constituídos, essencialmente, por gelo e rochas.
III. Todos os asteroides se localizam na cintura de asteroides.

(A) II é falsa; I e III são verdadeiras.

(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.

5. Durante o processo de acreção, a massa da Terra foi _____ e a retenção do calor resultante da colisão de
planetesimais foi um dos fatores que permitiu _____.
(A) diminuindo ... a manutenção da estrutura interna original
(B) aumentando ... o aparecimento de uma crusta rica em ferro
(C) aumentando ... a fusão dos materiais
(D) diminuindo ... a formação de um planeta homogéneo composto por ferro e silicatos

6. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de

acontecimentos que, segundo a Teoria Nebular Reformulada, terão ocorrido no processo de formação do Sistema Solar.
A. Aumento da velocidade da nuvem e seu achatamento.
B. Formação de uma nuvem primordial.
C. Formação de protoplanetas, por fenómenos de acreção.
D. Organização interna dos planetas, resultante de diferenciação.
E. Aglutinação de planetesimais, por ação da gravidade.

7. Faça corresponder cada descrição, expressa na coluna A, à respetiva designação, que consta na coluna B.

COLUNA A COLUNA B
(a) Corpo que, após ultrapassar o atrito da atmosfera, colide com a superfície (1) Meteorito
terrestre, causando depressões. (2) Planeta principal
(b) Corpo celeste que descreve o movimento de translação em torno do respetivo (3) Satélite natural
planeta. (4) Cometa
(c) Corpo com órbita muita excêntrica e que efetua o seu movimento em torno do Sol. (5) Meteoroide

8. Explicite as características do planeta Ceres que poderão permitir a existência de vida no planeta.

FIM

Versão 1
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 COTAÇÕES

Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
I
5 6 6 6 6 5 10 44
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
II
6 6 6 6 6 6 5 15 56
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
III
6 6 6 6 6 5 15 50
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
IV
6 6 6 6 6 5 5 10 50
TOTAL 200

As professoras,
Andreia Constante
Patrícia Mondragon

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