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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Engenharia Elétrica

Física Experimental 1

Profº: Ivo Aparecido Goulart

Disciplina: EL21B Turma: E22

Atividade 03 – Movimento Uniforme (MU)

Nome − João Pedro Horácio da Silva RA: 2101580


− Jonas Bonoto Estevam RA:2100576
− Lucas Rosalin Chaves de Sousa RA:2051958

Cornélio Procópio
2019
1. TÍTULO DO EXPERIMENTO
Movimento Uniforme (M.U).
2. OBJETIVO
Construir e interpretar o gráfico do movimento uniforme (M.U.) a partir dos
dados experimentais obtidos e determinar o valor da velocidade e da posição
inicial através do gráfico.
3. Equipamentos
Trilho de ar, Carrinho deslizante, Sensores fotoelétricos, Gerador de fluxo de
ar, Régua e Cronômetro Digital.
4. Fundamentos Teóricos
4.1 Movimento Retilíneo Uniforme
Movimentos que possuem velocidade escalar instantânea constante (não
nula) são chamados movimentos uniformes. Então, se a velocidade escalar é a
mesma em todos os instantes, ela coincide com a velocidade escalar média,
qualquer que seja o intervalo de tempo considerado:
∆𝑆
𝑣 = 𝑣𝑚 = = 𝑐𝑡𝑒(≠ 0)
∆𝑡
Equação 1 – Fórmula de velocidade média

Daí decorre que, no movimento retilíneo uniforme, o móvel percorre


distâncias iguais em intervalos de tempo iguais.
O movimento retilíneo uniforme (MRU) pode ser dividido em progressivo e
retrógrado, sendo que no movimento progressivo, o móvel caminha a favor da
orientação da trajetória, seus espaços crescem no decurso do tempo e sua
velocidade escalar é positiva. Já no movimento retrógrado, o móvel caminha
contra a orientação da trajetória, seus espaços decrescem no decurso do tempo
e sua velocidade escalar é negativa.
4.2 Variação da posição
No MRU a posição o objeto é dada pela seguinte equação:
𝑥(𝑡) = 𝑥0 + vt
Equação 2 – Equação horária do espaço

Onde 𝑥 é a posição do objeto em determinado tempo, 𝑥𝑜 a posição inicial do


objeto, 𝑣 a velocidade (que no MRU é constante) e 𝑡 o tempo dado.
4.3 Variação da velocidade
Para encontrarmos a equação da velocidade basta derivar a equação do
espaço, ou seja, a velocidade é o coeficiente angular da equação do espaço em
relação ao tempo e o 𝑥0 é o coeficiente linear, assim, analisando a derivada a
seguir, podemos concluir que a velocidade do MRU é constante.

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RELATÓRIO – FISÍCA EXPERIMENTAL 1
𝑑(𝑥(𝑡)) 𝑑(𝑥0 + vt)
= =𝑣
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Equação 3 – Derivada de Velocidade

4.4 Significado físico da área sob o gráfico velocidade x tempo


Integrando a função velocidade em um intervalo de tempo [𝑡, 𝑡0 ], teremos a
área, que numericamente equivale ao espaço percorrido no intervalo de tempo
dado:
𝑡
∆𝑥 = 𝐴 = ∫ 𝑣𝑑𝑡 = 𝑣[𝑡]𝑡𝑡0 = ∆𝑥
𝑡0

Equação 4 – Integral da Velocidade Média

5. Procedimentos Experimentais e Obtenção de Dados


Foi colocado o eletroímã no extremo do trilho, encostou o carrinho no
eletroímã e foi feito um ajuste para que a distância entre o carrinho e o primeiro
sensor seja igual a 0,2500m.
Posicionou-se o primeiro sensor que aciona o cronômetro na posição
𝑃0=0,2500m (posição inicial 𝑋0 = 0,2500m e 𝑡0 = 0,0000𝑠) e conectou o cabo ao
terminal START (𝑆1) do cronômetro. A medida 0,2500m fica compreendida entre
o meio do sensor ao centro do carrinho.
Posicionou-se o segundo sensor que desliga o cronômetro na posição
𝑃1=0,3500m (posição 𝑋1 = 0,3500m) e conectou-se o cabo ao terminal STOP
(𝑆2) do cronômetro.
Posicionou-se os outros sensores (𝑋2=0,4500m / 𝑋3=0,5500m / 𝑋4=0,6500m)
e conectou-se os cabos terminais 𝑆3, 𝑆4 e 𝑆5 do cronômetro.
Então, ligou-se o eletroímã e ajustou a tensão aplicada ao eletroímã para que
o carrinho não fique muito fixo. Foi colocado um peso extremidade do barbante.
(Obs. A massa na ponta do barbante caiu na mesa antes que o carrinho passe
pelo primeiro sensor).
Em seguida, acionou o sensor e foi coletado o tempo indicado no cronômetro
e foi repetido as medidas 10 vezes. Os valores das medidas feitas são mostrados
na tabela 1.
6. RESULTADOS
Abaixo (tabela 1) são mostrados os valores dos tempos medidos com os
cronômetros fazendo 10 vezes o procedimento.
POSIÇÃO(m) X0 = 0,2500 X1 = 0,3500 X2 = 0,4500 X3 = 0,5500 X4 = 0,6500
± 0,0005 m
N t0 (s) ± 0,0001s t1 (s) ± 0,0001s t1 (s) ± 0,0001s t1 (s) ± 0,0001s t1 (s) ± 0,0001s
1 0,0000 0,1864 s 0,3780 s 0,5639 s 0,7573 s
2 0,0000 0,1846 s 0,3734 s 0,5557 s 0,7450 s
3 0,0000 0,1845 s 0,3729 s 0,5549 s 0,7436 s

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RELATÓRIO – FISÍCA EXPERIMENTAL 1
4 0,0000 0,1834 s 0,3707 s 0,5514 s 0,7389 s
5 0,0000 0,1845 s 0,3733 s 0,5553 s 0,7440 s
6 0,0000 0,1852 s 0,3751 s 0,5581 s 0,7478 s
7 0,0000 0,1841 s 0,3727 s 0,5545 s 0,7430 s
8 0,0000 0,1836 s 0,3719 s 0,5540 s 0,7428 s
9 0,0000 0,1812 s 0,3664 s 0,5451 s 0,7303 s
10 0,0000 0,1803 s 0,3648 s 0,5424 s 0,7268 s
tmédio 0,0000 0,18378 s 0,37192 s 0,55353 s 0,74195 s
Tabela 1 – Valores de todas as medidas de tempos

A Tabela abaixo (tabela 2) são mostrados as 5 posições e seus respectivos


tempos (Médias dos tempos nas 10 medições).
T(s) ± 0,0001(s) X(m) ± 0,0005 (m)
0,0000 0,2500
0,1838 0,3500
0,3719 0,4500
0,5535 0,5500
0,7410 0,6500
Tabela 2 – Valor médio dos tempos e suas posições

Com os dados obtidos foi feito o gráfico da posição (m) versus tempo (s) com
a ferramenta Excel mostrado na imagem 1. Foi ajustado a melhor reta entre os
pontos experimentais. A partir da reta encontrada Gráfico 1, foi escrita a função
matemática que melhor descreve o movimento.
𝑌 = 0,5395𝑥 + 0,2500
Equação 5 – Equação de Reta

Posição Versus Tempo y = 0,5395x + 0,2500


0.70000
0.60000
0.50000
0.40000
X (m)

0.30000
0.20000
0.10000
0.00000
0.00000 0.10000 0.20000 0.30000 0.40000 0.50000 0.60000 0.70000 0.80000
t (s)

Gráfico 1 – Gráfico Posição versus Tempo

7. Conclusões e discussões
O experimento teve por objetivo constatar a teoria do movimento uniforme, e
foi constatado porque temos uma reta no gráfico posição versus tempo, assim é
comprovado que tivemos um movimento uniforme. Nele foi utilizado um
equipamento que simulava o movimento sem atrito. Os dados obtidos se
aproximaram do esperado na teoria do movimento uniforme, apesar de prever o

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RELATÓRIO – FISÍCA EXPERIMENTAL 1
movimento sem atrito e, portanto, com velocidade constante, o sistema não é o
ideal e assim, os dados obtidos no experimento previram uma leve aceleração.
São exemplos de circunstancias que podem influenciar os resultados permitindo
uma fuga do esperado: leves desníveis no trilho do equipamento, influência
atmosférica e montagem inadequada do aparelho.
Dado o gráfico e a equação de reta que foi dada na equação 5, temos que o
coeficiente angular da reta é o mesmo que a velocidade da equação 2 e o
coeficiente linear da reta é o mesmo que a posição inicial da equação 2. Então
podemos concluir que neste experimento tivemos uma aceleração constante e a
função horária do espaço é dada por:
𝑥(𝑡) = 0,2500 + 0,5395t
Equação 6 – Função horária do Espaço

8. BIBLIOGRAFIA
JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao Laboratório de Física
Experimental: métodos de obtenção, registro e análise de dados experimentais.
EDUEL, 2009.
VUOLO, J. H. Fundamentos da Teoria de Erros. 2. ed. São Paulo: Blucher,
1996.

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RELATÓRIO – FISÍCA EXPERIMENTAL 1

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