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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSCRIÇÃO DE PROJETOS PARA O PIBIC/PAIC 2019-2020

1. Identificação do Projeto
Título do Projeto PIBIC/PAIC
VOLUMETRIA DO MOGNO (Swietenia macrophylla K) EM FLORESTA PLANTADA NA
AMAZÔNIA CENTRAL (PIB-A/0113/2018).

Orientador

Nabor da Silveira Pio

Recém-Doutor

Bolsista

Juliana Sousa de Holanda

Aluno cursando Graduação no Interior do Estado

Sim Não X

Renovação de Projeto

Sim Não X

Projeto no Interior do Estado

Sim Não X
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSCRIÇÃO DE PROJETOS PARA O PIBIC/PAIC 2019-2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
PRO-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE APOIO À PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Bolsista: Juliana Sousa de Holanda

VOLUMETRIA DO MOGNO (Swietenia macrophylla K) EM FLORESTA PLANTADA


NA AMAZÔNIA CENTRAL (PIB-A/0113/2018)

MANAUS
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSCRIÇÃO DE PROJETOS PARA O PIBIC/PAIC 2019-2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
PRO-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE APOIO À PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

RELATÓRIO FINAL

PIB-A/0113/2018

VOLUMETRIA DO MOGNO (Swietenia macrophylla K) EM FLORESTA PLANTADA


NA AMAZÔNIA CENTRAL

Bolsista: Juliana Sousa de Holanda


Orientador: Prof. Dr. Nabor da Silveira Pio

MANAUS
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSCRIÇÃO DE PROJETOS PARA O PIBIC/PAIC 2019-2020

Resumo
Estimar a volumetria de uma espécie e determinar o método de cubagem adequado é de
suma importância nos levantamentos florestais, garantindo uma maior precisão na
determinação do volume individual de árvores, permitindo assim um planejamento adequado e
uma maior produtividade, com menor tempo e custo de trabalho. Nesse contexto, o objetivo do
presente estudo é estimar a volumetria da espécie Swietenia macrophylla K em uma floresta
plantada localizada na fazenda Sakai na zona rural do município de Itacoatiara, e testar dois
métodos de cubagem para estimar o volume e determinar o fator de forma. Foram inventariados
16694 indivíduos arbóreos em um plantio de 19 anos e a cubagem será realizada utilizando os
métodos de Smalian e Hohenald em 5 árvores. A partir dos dados do inventário, o volume foi
estimado utilizando-se das variáveis: (DAP, área basal e altura), sendo aplicada a equação geral
de volume com o fator de forma 0,7 e um modelo de equação não linear ajustada para a região
de Itacoatiara, para a constatação de diferenças nos resultados encontrados entre os dois
métodos utilizados.

Palavras chave: cubagem; fator de forma; Amazônia.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSCRIÇÃO DE PROJETOS PARA O PIBIC/PAIC 2019-2020

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 6
JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................... 7
OBJETIVOS: .............................................................................................................................. 8
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................... 9
Plantios florestais.................................................................................................................... 9
Florestas plantadas na Amazônia ........................................................................................... 9
Família Meliaceae................................................................................................................. 10
Swietenia macrophylla K...................................................................................................... 10
A praga das meliáceas: Hypsipyla grandella ....................................................................... 11
Volumetria: ........................................................................................................................... 12
Métodos de cubagem ............................................................................................................ 12
MATERIAL E MÉTODOS:..................................................................................................... 13
Área de estudo ...................................................................................................................... 13
Histórico da área ................................................................................................................... 13
Levantamento dos dados ...................................................................................................... 14
Cubagem em pé .................................................................................................................... 19
Análise de Dados .................................................................................................................. 20
Resultados e Discussão ............................................................................................................. 22
Estimativa do volume de madeira ........................................................................................ 22
Fator de forma ...................................................................................................................... 24
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 26
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ...................................................................................... 32
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INTRODUÇÃO

Nos últimos 25 anos, estudos da FAO (2015) mostraram que as florestas plantadas se
expandiram de 167,5 para 277,9 milhões de hectares, variando em região e clima. A partir da
execução de bons planos de manejo e melhoramento de técnicas e o uso adequado da terra, os
serviços fornecidos por essas florestas trazem vantagens socioeconômicas e ambientais,
garantindo um aumento da produção de madeira, ao mesmo tempo em que se protege a floresta
nativa de desmatamentos e ocupações desordenadas (Payn et., al 2014; Oliveira et al.,2016).
Conforme IBÁ (2016), as espécies florestais mais comumente plantadas no Brasil são o
Eucalipto (Eucalyptus spp.) que ocupa 5,6 milhões da área de arvores plantadas do País e o
Pinus (Pinus spp.). Além destas, algumas outras espécies não convencionais vem tomando
espaço no mercado brasileiro, e suas áreas de plantio estão em expansão como, a Seringueira
(Hevea spp.), Teca (Tectona grandis), Acácia (Acacia mangium), Paricá (Schizolobium
amazonicum), Araucária (Araucaria angustifolia) e Pópulos.
O alto valor comercial, agregado à madeira da espécie (Swietenia macrophylla King),
popularmente conhecida como “mogno”, justifica o interesse pelo cultivo desta no Brasil. Além
da forte pressão de exploração devido ao seu valor econômico, pesquisadores tem se dedicado
à busca de alternativas para o plantio dessa espécie, inclusive em sistemas agroflorestais, a fim
de contribuir para a produção de madeira e para a preservação do mogno na Amazônia (UHL
et al., 1991; VERÍSSIMO et al., 1995).
Nesse contexto, informações sobre dados qualitativos e quantitativos de floresta plantada a
respeito da espécie Swietenia macrophylla K. são escassas, dificultando assim a sua
implantação em povoamentos. A quantificação volumétrica é importante para descrever o
potencial produtivo da espécie em um povoamento florestal, além de dar sustento a melhorias
no planejamento e nas práticas de silvicultura e manejo. A finalidade deste estudo é fornecer
informações sobre o volume de indivíduos e de povoamentos da espécie, contando com duas
bases de cubagem utilizando os métodos de Smalian e Hohenald e, a partir dos resultados
obtidos determinar o mais adequado para a espécie.
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JUSTIFICATIVA

Apesar da evolução das áreas de florestas plantadas, com espécies nativas e exóticas, existe
forte demanda para aumentar e acelerar o plantio de novas áreas florestais com a finalidade de
atender as necessidades das indústrias de base florestal, suas metas de exportação de produtos
de madeira e também com o objetivo de contribuir para a conservação das florestas nativas. A
produtividade das florestas plantadas tem de ser elevada em relação aos níveis atuais, não só
para melhorar a rentabilidade da atividade florestal, como também para tornar seus produtos
mais competitivos no mercado interno e no exterior (Marques et, al. 2006).
Em plantios florestais, os trabalhos dendrométricos, geralmente são relacionados com
espécies de rápido crescimento, em especial com os gêneros Pinus spp e Eucalyptus spp. As
espécies nativas muitas vezes deixam de ser estudadas por não conseguirem despertar interesses
equivalentes, na maioria das vezes pela inexistência de informações ligadas a sua ecologia e
silvicultura (Tonini et al.,2007). Logo, o conhecimento do volume individual e da produção de
um plantio é de extrema importância para a seleção da espécie a ser plantada. A cada dia a
valorização da madeira, o uso social, ecológico e economicamente correto dos recursos
florestais são de grande demanda da sociedade (Santos et al., 2002).
Essa máxima produtividade depende do planejamento adequado, a fim de determinar o
volume comercial, que visa o correto ordenamento e dimensionamento da produção, assim
como praticidade e economia para a futura comercialização de produtos florestais provenientes
de plantios de Mogno da Amazônia.
Além disso, Lima et,.al (2016), observou que os métodos de cubagem superestimam os
volumes das árvores de algumas espécies. Em vista disso, conhecer quais são os métodos de
cubagem mais acurados na determinação do volume individual do Mogno, atendendo a um
limite de erro reduzido, resultaria em benefícios para inventários florestais, potencial
madeireiro e manejo adequado da espécie.
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OBJETIVOS:

Geral: Avaliar a volumetria da espécie Swietenia macrophylla K.(mogno) em floresta


plantada.

Específicos:

 Avaliar a estimativa de volume da espécie Swietenia macrophylla K em floresta


plantada através da cubagem rigorosa e cubagem em pé.
 Comparar dois métodos de cubagem rigorosa para estimar o volume, e determinar o
fator de forma.
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Plantios florestais

No Brasil, os plantios florestais se iniciaram há mais de um século. A partir da década de


50 começa a implantação dos plantios comerciais, principalmente na região sul do país e com
o decorrer dos anos o plantio dessas espécies torna-se uma alternativa viável para suprir a
demanda de madeira (Lima, 2015).
De acordo com Conrado et.,al (2014), as principais funções das florestas plantadas são: a
diminuição da pressão sobre florestas nativas; o reaproveitamento de terras degradadas; o
sequestro de carbono; a proteção ao solo e água; e uma maior homogeneidade dos produtos,
facilitando a adequação de máquinas na indústria; geração de renda e emprego para o país.
A área plantada com árvores no Brasil atingiu 7,6 milhões de hectares em 2013, crescimento
de 2,8% em relação ao ano anterior. Os plantios de árvores de eucalipto representaram 72,0%
desse total e as árvores de pinus, 20,7%. Acácia, teca, seringueira e paricá estão entre as outras
espécies plantadas no Brasil (IBÁ, 2016). As florestas são responsáveis por abastecer quase a
metade do mercado brasileiro de madeira. No setor de papel e celulose, a madeira utilizada
como matéria-prima tem origem exclusivamente de florestas plantadas (ABRAF, 2013).

Florestas plantadas na Amazônia

Na Amazônia, a partir de 1980, coube às Unidades da Embrapa a responsabilidade pela


continuidade e instalação de novos ensaios com plantações florestais (Programa Nacional de
Pesquisa de Florestas, 1984). Com as mudanças de abordagem no trabalho de pesquisa uma
rede de experimentação com espécies florestais foi constituída na região, no período de 1998 a
2000 (Amazonas, Acre, Pará, Amapá, Rondônia e Roraima), com um total de 25 espécies, entre
nativas e exóticas, testadas em diferentes sítios.
A utilização de espécies florestais em plantios na região Amazônica ainda é escassa quando
comparada ao crescimento de áreas plantadas com espécies exóticas. No estado do Pará, onde
ocorre a maior concentração de reflorestamento, a área plantada é de cerca de 200 mil hectares
(Pará, 2005). Com relação às espécies nativas, progressos resultantes da pesquisa foram
importantes para incorporar algumas espécies ao processo de produção, destacando-se o
Shizolobium amazonicum Huber ex Ducke (paricá), uma espécie de rápido crescimento que
vem sendo utilizada em uma silvicultura intensiva.
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Na Amazônia, a partir de 1980, coube às Unidades da Embrapa a responsabilidade pela


continuidade e instalação de novos ensaios com plantações florestais (Programa Nacional de
Pesquisa de Florestas, 1984).

Família Meliaceae
A família Meliaceae possui cerca de 1.400 espécies, dentre as quais, aproximadamente 550,
possuem importância no mercado florestal em diversos países. As espécies denominadas
‘mogno verdadeiro’, pertencem ao gênero Swietenia. Dentre as espécies que produzem madeira
de valor comercial destacam-se o mogno verdadeiro (Swietenia spp.), mogno africano (Khaya
spp.), cedro sul americano (Cedrela spp.) e andiroba (Carapa spp.) (PINHEIRO, 2011).
A preferência do mercado madeireiro pelas meliáceas decorre, sobretudo, do valor
comercial da sua madeira que apresenta coloração avermelhada, ampla variação na aparência e
nas propriedades físicas, durabilidade, estabilidade dimensional e facilidade no manuseio em
carpintarias (RODAN et al., 1992; OLIVEIRA et al., 1994). A excessiva exploração mundial
de espécies de meliáceas tem causado redução considerável na população desse grupo de
plantas. No Brasil a exploração desordenada ocorre principalmente na região amazônica,
provocando grande impacto sobre a estrutura genética e populacional nas áreas de ocorrência
natural (GROGAN et al., 2002).

Swietenia macrophylla K.

A espécie Swietenia macrophylla King pertence ao gênero Swietenia, da família Meliaceae.


A madeira do mogno, conforme ITTO (2016), possui densidade média seca ao ar (12% de
umidade) de 0,56 g/cm ³ e é valorizada pela sua estabilidade, beleza e boa trabalhabilidade, se
comparada a outras espécies madeireiras. O alburno é distinto, mas não claramente demarcado
do cerne. De acordo com Carvalho (2003), a madeira possui textura média e uniforme
possibilitando bom acabamento. O cerne tem alta durabilidade e resistência a fungos, além da
ocorrência da madeira de tração que pode contribuir para uma contração longitudinal elevada
(ITTO, 2016).
As árvores de mogno apresentam tronco ereto, atingindo até 3,5 m de diâmetro e 30 a 45 m
de altura. A casca é castanho-claro a acinzentada, áspera e provida de escamas planas separadas
por fendas profundas. Raízes tabulares são comuns e podem atingir até 5 m na base do tronco.
A copa da árvore do mogno quando jovem é estreita com o tamanho variando de 10 a 20 metros
de diâmetro (LAMB, 1966). No caso de exemplares adultos, a copa é ampla, apresenta poucos
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galhos primários de tamanho grande, densa, fortemente ramificada e tende a ser irregular,
podendo alcançar até 40 metros de diâmetro (LAMB, 1966).
O mogno encontra-se geralmente nas florestas classificadas como tropicais secas. Nessas
áreas, a temperatura anual média é 24 °C, a espécie também pode ser encontrado em florestas
úmidas e zonas subtropicais, podendo crescer em solos aluvião, vulcânico, metamórfico e
material calcário e sob diferentes condições, tais como solos profundos, rasos, ácidos, alcalinos,
argilosos e bem drenados (LAMB, 1966).
A espécie é classificada como pioneira ou secundária tardia, que se regenera em clareiras
abertas a partir de grandes distúrbios na floresta, e é reconhecido por ser tolerante a níveis
moderados de luz. Tem ocorrência no México, Belize, Guatemala, El salvador, Honduras,
Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e no Brasil
(Costa et al., 2013).

A praga das meliáceas: Hypsipyla grandella

O plantio de árvores da família Meliaceae com fins comerciais nos trópicos é em alguns
casos inviável devido a ação das larvas do gênero oligófago pantropical Hypsipyla Zeller
(Lepidoptera: Pyralidae). A intensidade do ataque varia conforme região e a essência utilizada.
São reconhecidas duas espécies principais: H.grandella (Zeller), na região tropical da américa
latina e sul do Estado da Flórida, e H. robusta (Moore), no sul e sudeste da Ásia, Austrália e no
oeste e leste da África (NAIR, 2007).
No Brasil, a ocorrência de H.grandella em árvore de mogno (Swietenia macrophylla
King), geralmente torna impraticável a sua implantação em cultivos maciços comerciais. O
principal dando do inseto consiste na destruição do broto terminal em mudas e árvores jovens
devido à entrada e escavação de galerias pelas larvas (GRIJPMA, 1976). Os sintomas do ataque
são representados pela exsudação de goma e serragem, provenientes da atividade larval, pela
presença de folhas secas em meio a folhagem verde, e pela emissão de novos ponteiros a cada
ataque consecutivo (OHASHI et al., 2002).
O crescimento e formação de um tronco retilíneo, que é o grande objetivo comercial do
plantio, são seriamente prejudicados com perda em altura de 35% nos primeiros 3 anos
(OHASHI et al., 2005).
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Volumetria

O conhecimento do volume individual e da produção de um plantio é de extrema


importância. A cada dia a valorização da madeira, o uso social, ecológico e economicamente
correto dos recursos florestais são de grande demanda da sociedade. O planejamento,
ordenamento e a otimização do uso da madeira são cuidados requeridos para obter uma precisão
na quantificação do volume dos plantios florestais (Santos et al., 2012).
Conforme Thomas et al., (2006), o volume é o principal parâmetro para se estimar o
potencial produtivo de um povoamento florestal, porque possibilita a avaliação do estoque de
madeira e analise do potencial produtivo das florestas. A necessidade de quantificar o estoque
de matéria prima florestal faz com que se busque métodos eficientes de estimativas de volume
para se conhecer a produção e sua rentabilidade (Thaines et al.,2010).

Métodos de cubagem

Os métodos para se estimar o volume das arvores são obtidos através de uma cubagem
rigorosa, que se utiliza dos diâmetros mensurados ao longo do fuste, subdividindo a arvore em
seções, cuja somatória resultará no volume da árvore. A cubagem rigorosa pode ser realizada
com a derrubada da árvore (método destrutivo) ou com a árvore em pé (método não destrutivo).
Nesse último caso, a árvore pode ser escalada ou os dados coletados com o emprego de
instrumentos para sua medição, tais como: dendrômetro óptico, telerelascópio e etc. (LACHINI,
2010).
Os métodos de cubagem são divididos em absolutos e relativos. São absolutos quando as
medições de diâmetro são obtidas em intervalos determinados ao longo do fuste, sendo quanto
menores os segmentos, maior é a precisão. Um dos principais métodos empregados na cubagem
absoluta é o de Smalian. Nos métodos relativos, a divisão dos segmentos é dada por meio de
porcentagens em relação à altura total da árvore, destacando-se a utilização do método de
Hohenald (SCOLFORO; THIERSCH, 2004; PHILIP, 1994).
A soma dos volumes parciais de todas as seções resultará no volume da árvore e quanto
menor o comprimento das seções mais acurado será o volume calculado, seja qual for o método
empregado (MACHADO E FIGUEIREDO FILHO, 2009). Dentre os métodos de cubagem, os
absolutos são os mais usados nas empresas florestais, tendo o método de Smalian uma maior
preferência devido a sua praticidade, porém estes métodos implicam no corte das arvores
(Cabacinha, 2003).
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MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo

O presente estudo foi desenvolvido na Fazenda Takeshi Sakai que possui área de 1.539, 98
hectares, localizada na rodovia AM-010, km 172, zona rural do município de Itacoatiara no
Estado do Amazonas (Figura 1). Apresenta um clima tropical chuvoso (A) pela classificação
climática de Köppen (COSTA et. al, 2009). A precipitação pluviométrica anual é de cerca de
2200 mm, com menor volume mensal entre agosto e outubro, e o solo classificado como
Latossolo Amarelo Distrófico de acordo com o Mapa Geral de solos do Brasil
(RADAMBRASIl, 1978)

Figura 1: Mapa de localização da área de estudo

Histórico da área

A área não teve histórico de utilizações anteriores a compra. Após a supressão da


extensão, realizou-se um plantio de pimenta do reino (Piper nigrum) e laranja (Citrus sinensis).
A escolha da espécie foi determinada pelo proprietário, levando em consideração o seu valor
comercial, onde as primeiras mudas foram cedidas pela secretária de Itacoatiara, em um projeto
de produção de mudas para a comunidade. Para aumentar a quantidade de mudas, foram
comprados 36 quilos de sementes vindas do Acre, para a produção de mudas.
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Foi realizada a adubação de base NPK e utilização de esterco de galinha, para melhorar
as propriedades químicas do solo. O plantio foi realizado pelo proprietário com ajuda de
funcionários, em consórcio com a laranja, e não foi realizado monitoramento do plantio, apenas
a visualização do ataque da praga das Meliáceas no ápice das plantas, que segundo o
proprietário, foram removidas pelo mesmo, para diminuir a bifurcação causada pela broca.
Após uns anos o cupuaçu foi implementado no plantio. Não foram realizados inventários
do plantio no decorrer dos anos, e nenhum tipo de acompanhamento. Em 2018, após 19 anos
de plantio, realizou-se o primeiro inventário das árvores, e determinação da quantidade de
mudas que sobreviveram.

Levantamento dos dados

Inventário
Os dados foram coletados em um povoamento de mogno (Swietenia macrophylla K), O
plantio ocorreu de 04 de abril de 1999 até 02 de junho do mesmo ano. Não houveram
tratamentos silviculturais para melhorar o crescimento do plantio. As práticas utilizadas eram
direcionadas para a colheita de outras culturas existentes como limpeza mecanizada dos acessos
para retiradas de frutos, além disso, não houve monitoramento do plantio em seu
estabelecimento até o início da pesquisa. O espaçamento utilizado foi de 7 x 6 m (Figura 2) e
21.957 mudas iniciais.

Figura 2: Espaçamento entre linhas e entre plantas em campo.

Foi realizado um levantamento 100% na área do plantio, mesmo sendo realizado em


pequena floresta, o censo pode acarretar erros na coleta de dados. Isso se deve ao fato de que,
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normalmente, as florestas, sejam elas plantadas ou naturais, possuem grande número de árvores
por unidade de área. Assim, embora o inventário 100% não possua erro de amostragem, devido
à medição de toda a população, podem ocorrer erros de não-amostragem, os quais são de difícil
detecção.

Figura 3: Inventário das árvores em campo; a) medição de DAP com fita métrica; b) árvores
com placas de metal para identificação.

As variáveis coletadas foram: CAP (Circunferência a altura do peito), DAP (Diâmetro


a altura do peito),altura, quadra e numeração das árvores, totalizando 16.739 indivíduos
arbóreos em uma área de 102,60 ha, distribuídos nas 4 classes diamétricas apresentadas na
Tabela 1 abaixo.

Tabela 1: Classe Diamétrica dos indivíduos arbóreos.


Classe Diamétrica N. Indivíduos
2,5<7,5 111
12,5<17,5 1813
22,5<27,5 9206
32,5<37,5 5148
42,5<47,5 408
52,5<57,5 8

As quadras foram identificadas com placas de pvc, numeradas de 1 a 13 na extensão do


povoamento, e placas com numeração foram alocadas nas árvores.
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Cubagem Rigorosa
Para a realização da cubagem rigorosa, utilizou-se de 2 trenas de 10 m para medir o
comprimento das árvores e das suas respectivas seções e fita métrica para medição da
circunferência ao longo do fuste. A motosserra foi utilizada para seccionar as toras e o receptor
GPS para marcar o ponto de cada árvore cubada, os dados foram anotados na planilha de campo
(Figura 4).

Figura 4: Material utilizado em campo.

Nos métodos absolutos, as medidas dos diâmetros e as diferentes alturas foram tomadas
da seguinte forma:
A cubagem rigorosa pelo método de Smalian consiste na medição dos diâmetros ou
circunferências nas extremidades de cada seção do tronco como ilustrado na Figura 3. Foram
medidos diâmetros a 0,1 m, 1,3 m, 2,3, e assim sucessivamente de 1 em 1 m até a última seção
do fuste de cada árvore.
O volume de cada seção é determinado a partir da seguinte fórmula (MACHADO e
FIGUEIREDO FILHO, 2009):

𝑔1 + 𝑔2
𝑉𝑖 = ( )∗𝑙
2
Em que:
V= volume da tora/seção (m3)
g1 = área transversal na base da seção i da tora (m²);
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g2 = área transversal no topo da seção i da tora (m²);


l = comprimento da tora em m;
i = número de seções da tora (i= 1, 2, 3, ..., n)

Quando se considera o volume inteiro do tronco é comum expressar o volume da última


porção ou volume da ponta (Vp) como sendo um cone:

𝑔𝑛 ∗ 𝑙𝑝
𝑉𝑝 =
3
Em que:
gn = área seccional tomada na base da ponta (m2);
lp= comprimento da ponta (m);

Caso a árvore tenha sido dividida em mais de uma seção (n seções) o volume total ou
volume real da árvore (V) é obtido pela soma do volume de cada seção. (MACHADO e
FIGUEIREDO FILHO, 2009):

𝑉 = 𝑣1 + 𝑣2 + ⋯ 𝑣𝑛 + 𝑣𝑝

Figura 5: Esquema de cubagem de uma tora ou seção por Smalian.

O método de Hohenadl original é caracterizado pela divisão do tronco em cinco seções


de iguais comprimentos, que são estabelecidos em função da altura (h), sendo o volume
calculado por apenas uma medida de diâmetro e circunferência no centro de cada seção como
em Huber (MACHADO e FIGUEIREDO FILHO, 2009). Neste caso o volume é obtido pela
fórmula a seguir:
18


𝑉= . (𝑔 0,15 + 𝑔 0,35 + 𝑔0,55 + 𝑔0,75 + 𝑔 0,95)
5
Em que:
gi = área transversal (m²), obtida a 15, 35, 55, 75 e a 95% da altura total da árvore (h).

Figura 6: Esquema para cubagem por Hohenadl (5 seções).

Figura 7: Cubagem em campo; a) marcação das seções de 1 m; b) corte das seções com
utilização de motossera; c) medição das extremidades de cada ponta ;d) medição das
circunferências.
19

Forma do fuste das árvores


Todos os métodos utilizados para estimar os volumes individuais buscam levar em
consideração a forma das árvores no cálculo do volume, a qual varia entre plantas. Segundo
Ahrens (1982), a forma do tronco pode ser definida como o decréscimo em diâmetro da base
de um tronco para sua extremidade superior.
Segundo Machado e Figueiredo Filho (2009) as árvores podem assumir as mais
diferentes formas, desde aquela perfeitamente assimilável a uma figura geométrica, caso das
coníferas, até aquelas com formas totalmente irregulares, não comparáveis a quaisquer tipos
geométricos, como é o caso de árvores tortuosas típicas do cerrado.
Os fustes das árvores podem assumir diferentes formas assemelhando-se a, pelo menos,
quatro sólidos geométricos (Figura 8). São eles: cone, parabolóide, neilóide e cilindro (Husch
et al., 2003; Soares et al., 2007).

Figura 8: Forma dos quatro sólidos geométricos.

Cubagem em pé

A cubagem não destrutiva é um método indireto que pode ser utilizado para obtenção
do volume, porém requer a medida de diâmetro ao longo do fuste árvore em pé (Figura 9).
Quando não se possui dendrômetro ópticos, é necessário escalar a árvore com a utilização de
escada e medir os diâmetros com suta ou fita métrica, ou outro instrumento acoplado à hastes
ou cabos.
O método é demorado e de grande dificuldade, pois se deve trabalhar em alturas
elevadas, podendo levar a alguns erros de medição (MACHADO e FIGUEIREDO FILHO,
2006).
20

Figura 9: Cubagem não destrutiva das árvores A) medição do diâmetro das árvores com fita;
B) Posicionamento da escada nas árvores; C) Medição ao longo do fuste.

Análise de Dados

Partindo dos dados de altura e DAP das árvores inventariadas foram calculadas as
seguintes estimativas: DAP médio, Altura total média, Classe Diamétrica e analise descritiva
das variáveis coletadas em campo, onde todos os cálculos foram realizados usando as funções
do programa Microsoft Office Excel 2013.
Para atender os objetivos deste estudo sabendo que nas áreas destinadas ao uso
alternativo do solo na Amazônia (corte raso ou desmatamento autorizado), o método mais
difundido para a estimativa do volume de madeira da floresta é o que utiliza o volume do
cilindro multiplicado por um fator de forma médio igual a 0,7, logo estimou-se o volume do
plantio utilizando tal método e um modelo de equação não linear para determinação do volume
comercial ajustado para a região de Itacoatiara de Lima (2010) (Tabela 02).
21

Tabela 02: Resultados dos modelos escolhidos para os sítios estudados (LIMA, 2010).

Os resultados dos modelos do autor demonstram que cada localidade de uma equação
para evitar sub ou super estimativas. Com isso, calculou-se inicialmente o volume de todos os
individuos mensurados, para posterior analise da volumetria das 29 árvores cubadas pelos
métodos destrutivos e não-destrutivo.

Fator de forma
Também foi calculado um fator de forma específico para as árvores cubadas no
município de Itacoatiara provenientes do plantio de mogno. Seu cálculo foi realizado através
da divisão entre o somatório do volume de madeira observado calculado pelo método de
Smalian e Hohenadl e o somatório do volume de madeira observado calculado pelo volume do
cilindro. Sua expressão matemática é definida por:

∑𝑉(𝑖)𝑆𝑚𝑎𝑙𝑖𝑎𝑛 𝑜𝑢 𝐻𝑜ℎ𝑒𝑛𝑎𝑑𝑙
𝑓=
∑𝑉(𝑖)𝐶𝑖𝑙í𝑛𝑑𝑟𝑜

Onde, ∑ v(i) Smalian é o somatório do volume observado da i-ésima árvore obtido pela
fórmula de Smalian em m³ e pela formula de Hohenadl separadamente; ∑ v(i)cilindro é o
somatório do volume da i-ésima árvore obtido pela fórmula do volume do cilindro (π x DAP²/4
x Hc) em m³ e f é o fator de forma calculado.
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Resultados e Discussão

Estimativa do volume de madeira

Na tabela 3, encontram-se os resultados dos métodos para estimar o volume total e o


volume comercial partindo do DAP, altura e área basal dos indivíduos arbóreos separados por
quadra inicialmente. Obtiveram valores distintos, onde o volume calculado a partir do modelo
de equação não linear ajustado para sítios de Itacoatiara, apresentou valores superiores ao
calculado com o fator de forma 0,7 utilizado na Amazônia.

Tabela 3: Estimativas de volume para a espécie Swietenia macrophylla em um plantio


consorciado.

VOLUME (m³)
QUADRAS *V= g*h*0,7 **Vc= a (DAP)b
1 353,8893 971,4277
2 128,2211 412,4703
3 344,5354 963,2206
4 278,9515 721,2128
5 328,4163 936,9318
6 184,6794 477,0041
7 233,2370 732,1983
8 492,7579 1448,3167
9 442,4217 1197,2958
10 667,5395 1996,7850
11 644,9742 1812,6487
12 52,6346 176,0934
13 7,9000 21,0054
TOTAL 4160,1579 11866,6105

Partindo para os dados obtidos através da cubagem em pé, os 24 indivíduos com seus
diâmetros mensurados em seções de 1 m, apresentaram a volumetria conforme tabela 04 abaixo:
23

Tabela 04 Comparação entre o volume obtido pelo método Smalian,


método Hohenadl e volume estimado pelo fator de forma médio 0,7.
N Volume Smalian Volume Hohenald Volume f 0,7
1 0,1430 0,7336 0,3645
2 0,0926 0,3115 0,3539
3 0,1007 0,5567 0,3249
4 0,0379 0,1327 0,2883
5 0,0562 0,3134 0,2108
6 0,0596 0,3108 0,1591
7 0,0419 0,2176 0,0468
8 0,0631 0,1907 0,2108
9 0,0772 0,3808 0,2621
10 0,0565 0,2687 0,2435
11 0,0734 0,2514 0,2239
12 0,0861 0,4452 0,4682
13 0,0707 0,2400 0,1927
14 0,0424 0,1715 0,1444
15 0,0296 0,1004 0,0763
16 0,0545 0,1686 0,1480
17 0,0804 0,3532 0,3931
18 0,0764 0,2861 0,1986
19 0,0442 0,2066 0,3407
20 0,0360 0,0737 0,1105
21 0,0126 0,0394 0,3536
22 0,0522 0,1761 0,3745
23 0,0360 0,1633 0,0857
24 0,0959 0,4608 0,4548
TOTAL 1,5189 6,5529 6,0294

Observa-se que as estimativas de volume obtidas pelo fator de forma médio são
inferiores ao volume observado no método Hohenadl (5 seções), o que corrobora om os estudos
de (Higuchi et al.,2004), que relatam que esta forma de cálculo apresenta valores inferiores ao
volume real de madeira da floresta. Porém essa diferença, entre o volume estimado pelo método
Hohenald e o volume estimado com o fator de forma aparenta não ter diferenças significativas.
No entanto, o volume estimado pelo método Smalian mostrou-se com valores inferiores aos
demais.
A partir da análise descritiva da tabela 5 do inventário 100%, observou-se que as árvores
possuem em média uma altura de 5,5 m, sendo assim uma altura média baixa, sabendo que não
houveram tratamentos silviculturais que melhorassem a qualidade do sítio e possivelmente
resultaria em um melhor crescimento em altura, em comparação com plantios homogêneos de
mogno realizados no Distrito Federal, em áreas de cerrado e plantados em espaçamento 3 x2
24

m, aos 40 meses de idade, Neto et al (2004) encontraram valores correspondentes aos


verificados nesse estudo (altura máxima 5,17 m), porém existe uma diferença significativa entre
as idades dos plantios comparados.
O baixo crescimento em altura provavelmente ocorreu devido ao consórcio da espécie,
e ao ataque da broca das meliáceas (Hypsipyla grandella Zeller), que atinge diretamente o
crescimento do fuste, onde as árvores afetadas apresentam bifurcações e tortuosidades no caule,
que segundo Ohashi et al., (2005), reduzem o valor comercial da madeira de mogno por
influenciar sua trabalhabilidade e causarem perda parcial da tora.

Tabela 5: Análise descritiva das variáveis de um povoamento de Swietenia macrophylla K.


Volume
Análise descritiva Altura(m) DAP Volume comercial
(m³)
Média 5,534 27,362 0,2485 0,7089
Erro padrão 0,011 0,050 0,001 0,0026
Mediana 5,500 27,374 0,2108 0,6621
Desvio padrão 1,516 6,547 0,1384 0,3442
Variância 2,299 42,867 0,0191 0,1186
Nível de confiança
(95%) 0,022 0,099 0,002 0,005

O povoamento possui Dap médio com relação ao censo de 27,36, tendo um bom
desempenho quando comparado a madeira de mogno brasileiro aos 16 anos de idade
proveniente de uma plantação comercial homogênea, com espaçamento de 6 x 4,2 m no
município de Luziânia, estado de Goiás, onde seu Dap médio foi de 24,14 (Silva et al., 2019).

Fator de forma

O valor do fator de forma obtido para as 5 árvores cubadas rigorosamente no


povoamento é apresentado no quadro a seguir. Onde o valores médios obtidos foram 0,6407 e
0,8657 para os volumes estimado com os métodos de Smalian e Hohenadl respectivamente.
Isso demostra que para esta região o erro associado ao modelo que utiliza o fator de forma
médio, não é devido ao valor 0,7, o problema pode estar nas estimativas de altura comercial,
25

que por meio dos seus valores induzidos e coletados sem o devido vigor, aumentam o erro do
tipo amostral (GIMENEZ, 2013).
Na atividade de corte raso, a forma de se calcular o volume de madeira da floresta é na
maioria dos casos a que utiliza o volume do cilindro multiplicado pelo fator de forma médio
(0,7), a mensuração da altura comercial em florestas tropicais está sujeita a erros que refletem
na precisão das estimativas. Para o método que utiliza o fator de forma médio (0,7) não é
diferente pois a variável altura está presente no modelo. Isto tem inúmeras implicações, uma
vez que nos inventários florestais da região a altura comercial das árvores é atribuída de maneira
visual, o que é extremamente tendencioso, pois a noção de espaço pode variar entre um
observador treinado e um não treinado (Kitahara et al., 2010; Silva et al., 2012).

Tabela 6: Fator de forma a partir da cubagem rigorosa.


ÁRVORE 01
f Smalian f Hohenadl f 1.3 Amazônia
0,6747 0,9352 0,7000
ÁRVORE 02
f Smalian f Hohenadl f 1.3 Amazônia
0,7563 0,8501 0,7000
ÁRVORE 03
f Smalian f Hohenadl f 1.3 Amazônia
0,2882 0,3814 0,7000
ÁRVORE 04
f Smalian f Hohenadl f 1.3 Amazônia
0,0772 0,0459 0,7000
ÁRVORE 05
f Smalian f Hohenadl f 1.3 Amazônia
1,4070 2,1307 0,7000
26

CONCLUSÃO

Na Amazônia Central, para plantios de Mogno (Swietenia macrophylla K), ainda não
existem modelos de equações ajustadas para estimar o volume, com isso a cubagem rigorosa
dos indivíduos se mostrou um método eficaz para estimar o volume individual das árvores,
devido ao fato de que procedimentos como o fator de forma médio podem apresentar valores
sub ou super estimados devido a utilização da variável altura que é associada de maneira visual
o que aumenta o tipo de erro não amostral.
O método de cubagem que obteve os melhores resultados foi o de Hohenadl, com a
utilização do fator de forma 0,8, a cubagem em pé com a utilização da escada para medição,
aumenta os erros podendo ser tendenciosa em seus resultados.

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1995.
32

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
N° Descrição
2018 2019
1 Revisão de literatura x x x
2 Coleta do material x x x
Processamento dos
3 x
dados
4 Análise dos dados x
5 Relatório parcial x x
Elaboração do resumo e
6 x x x
relatório final
Preparação da
7 apresentação final para o x
congresso.

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