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Livre circulação de pessoas, bens e serviços

Técnico de Turismo

Área de Integração (AI)


Módulo 6: O Homem e a terra, a cidadania europeia, um desafio global: o
desenvolvimento sustentável
Professora Sónia Carvalho
TT 2017-2020
Bruna César, N.º 5

Fevereiro de 2020
Ano letivo: 2019/2020
Escola Profissional de Setúbal

Índice
1. Introdução…………………………………………………………………………………………..1

2. Livre circulação de pessoas, bens e serviços…………………………………………………..1

2.1. Livre circulação de bens ........................................................................................... 2

2.2. Livre circulação de pessoas ...................................................................................... 2

2.2.1. Liberdade de circulação de trabalhadores ........................................................ 3

2.2.2. Assistência Social ............................................................................................. 3

2.3. Tratado de Amesterdão ............................................................................................. 3

2.3.1. Acordo de Schengen ....................................................................................... 3

2.3.1.1. Países integrantes ................................................................................ 4

2.3.1.2. Desafios................................................................................................ 4

2.3.1.3. Realizações do Espaço Schengen........................................................ 4

2.3.1.4. Condições de integração do espaço Schengen .................................... 4

2.4. O Espaço Económico Europeu (EEE) ....................................................................... 5

2.5. A livre circulação de serviços .................................................................................... 5

3. Jogo da Glória………………………………………………………………………………………6
3.1. Regulamento…………………………………………………………………………………. 6
3.2. Tabuleiro do Jogo……………………………………………………………………………. 6
4. Conclusão…………………………………………………………………………………………...7

Sitegrafia ............................................................................................................................... 8

I
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1. Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Informação e Animação Turística (IAT)
inserido no módulo 12 (Animação em Destinos Turísticos). Possui como objetivos gerais
elaborar um trabalho em formato de relatório bem como apresentação oral e teste. Como
objetivos específicos, aprofundar os conhecimentos sobre principais destinos turísticos em
Portugal e respetivas Potencialidades desses destinos turísticos, a Animação do Destino
Turístico: - Os diversos meios promocionais - O marketing direto, Tipologia da animação nos
Destinos Turísticos: - Os City-Breaks - Animação Cultural - Animação Desportiva - Animação
Noturna - A animação nas unidades hoteleiras, os grandes eventos e os seus impactos na
atração de visitantes.

2. Livre circulação de pessoas, bens e serviços


A União Europeia (UE) tem por objetivo garantir que os seus cidadãos podem estudar, viver,
fazer compras, trabalhar ou reformar-se em qualquer Estado-Membro, bem como beneficiar
de produtos de toda a Europa. Para tal, assegura a livre circulação de bens, serviços, capitais
e pessoas no mercado único europeu. Ao suprimir entraves técnicos, jurídicos e burocráticos,
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a UE permite ainda aos cidadãos desenvolver atividades comerciais e empresarias


livremente.

2.1. Livre circulação de bens


A livre circulação de mercadorias é um dos grandes êxitos do projeto europeu. Contribuiu para
a realização do mercado interno de que os cidadãos e empresas europeus beneficiam
atualmente e que está no centro das políticas da União Europeia. O mercado interno atual
facilita a compra e venda de produtos em 27 Estados-Membros. O mercado interno é um
espaço de prosperidade e liberdade que proporciona o acesso a bens, serviços e empregos,
a oportunidades empresariais e à riqueza cultural. Para que o mercado único possa ser
aprofundado, são necessários esforços contínuos suscetíveis de gerarem vantagens
consideráveis para os consumidores e as empresas da UE. A livre circulação de mercadorias
é garantida através da eliminação dos direitos aduaneiros (alfândegas) e das restrições
quantitativas, e da proibição de medidas de efeito equivalente. Os princípios de
reconhecimento mútuo, eliminação das barreiras físicas e técnicas, e promoção da
normalização foram aditados, a fim de continuar a realização do mercado interno. A adoção
do novo quadro legislativo em 2008 reforçou a livre circulação de mercadorias, o sistema de
fiscalização do mercado a nível da UE e a marca CE (que certifica que foram avaliados pelo
fabricante e considerados conformes com os requisitos da UE em matéria de segurança,
saúde e proteção do ambiente). Os únicos entraves à livre circulação de bens surgem em
casos de risco para a saúde pública ou para o ambiente, em que os Estados-Membros podem
impor determinadas restrições.

2.2. Livre circulação de pessoas


A liberdade de circulação foi reconhecida com o Tratado de Maastricht a todos os cidadãos
da UE, independentemente de serem ou não economicamente ativos, passando a ser uma
das liberdades fundamentais conferidas pelo direito da UE. A supressão gradual das fronteiras
internas nos termos dos acordos de Schengen foi seguida da adoção de uma diretiva relativa
ao direito de os cidadãos da UE e os membros das suas famílias poderem circular e residir
livremente na UE. O conceito de livre circulação de pessoas sofreu, desde os primórdios, uma
alteração de sentido. As primeiras disposições sobre esta matéria, presentes no Tratado que
institui a Comunidade Económica Europeia, de 1957, contemplavam a livre circulação de
trabalhadores e a liberdade de estabelecimento e, por conseguinte, as pessoas, quer como
trabalhadores assalariados, quer como prestadores de serviços. O Tratado de Maastricht
introduziu a noção de cidadania da UE, da qual qualquer nacional de um Estado-Membro
beneficia automaticamente. É precisamente na cidadania da UE que assenta o direito de livre
circulação e residência das pessoas no território dos Estados-Membros. As principais

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vantagens da livre circulação de pessoas são: o estímulo do crescimento económico e o


preenchimento das vagas emprego no mercado de trabalho.

2.2.1. Liberdade de circulação de trabalhadores


Os trabalhadores da UE beneficiam da liberdade de trabalhar num outro Estado-Membro
desde 1960. Este direito está consagrado nos Tratados da UE desde o lançamento do projeto
europeu, em 1957. Atualmente, encontra-se estabelecido no Tratado sobre o Funcionamento
da União Europeia (TFUE) e inclui o direito à não discriminação em função da nacionalidade
no que se refere ao acesso ao emprego, à remuneração e às condições de trabalho. Os
direitos dos trabalhadores à livre circulação e a definição das áreas específicas em que é
proibida qualquer discriminação em razão da nacionalidade, nomeadamente no que diz
respeito ao acesso ao emprego, às condições de trabalho, às regalias sociais e benefícios
fiscais, à filiação em sindicatos, ao acesso à formação, à habitação e educação para as
crianças.

2.2.2. Assistência Social


A assistência social assume a forma de «prestações de subsistência», isto é, prestações
pagas para cobrir as despesas mínimas de sobrevivência ou assistência em virtude de
circunstâncias de vida especiais. Os cidadãos da UE que residem legalmente num outro país
da UE devem ser tratados em pé de igualdade com os nacionais desse país. Graças ao
princípio de igualdade de tratamento, têm normalmente direito a prestações e a benefícios
sociais e fiscais, incluindo assistência social, nos mesmos termos conferidos aos nacionais
desse país.

2.3. Tratado de Amesterdão


Em um sentido amplo, a livre circulação de pessoas decorre das disposições sobre a
cidadania europeia que asseguram a qualquer cidadão da união europeia o direito de circular
e permanecer livremente no território dos estados-membros. Nesta direção, o Tratado de
Amesterdão marcou uma etapa importante ao integrar o acervo da Convenção de Schengen
no quadro institucional da UE, prevendo a criação de um “espaço de liberdade, de segurança
e de justiça”, sem o controlo das pessoas nas fronteiras internas da UE, independentemente
da sua nacionalidade.
2.3.1. Acordo de Schengen
O marco mais significativo na criação de um mercado interno com livre circulação de pessoas
foi a conclusão dos dois acordos de Schengen, a saber, o Acordo de Schengen propriamente
dito, de 14 de junho de 1985, e a Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen, que foi
assinada em 19 de junho de 1990 e que entrou em vigor em 26 de março de 1995. O Acordo

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de Schengen é um acordo entre países europeus sobre uma política de abertura das fronteiras
e livre circulação de pessoas entre os países signatários.

2.3.1.1. Países integrantes


Hoje, o espaço Schengen inclui a maioria dos Estados da UE, com a exceção da Irlanda, que
mantêm uma cláusula de autoexclusão e dispõem da sua própria área de circulação comum,
e da Bulgária, Croácia, Chipre e Roménia, que estão obrigados a juntar-se ao mesmo. Quatro
Estados não pertencentes à UE − a Islândia, a Noruega, a Suíça e o Liechtenstein − também
fazem parte do espaço Schengen

2.3.1.2. Desafios
Apesar de o Espaço Schengen ser, em geral, considerado uma das maiores realizações da
União Europeia, o recente fluxo sem precedentes de refugiados e migrantes tem colocado a
UE sob forte pressão. Desde setembro de 2015, o número maciço de recém-chegados levou
vários Estados-Membros a reintroduzi temporariamente os controlos nas fronteiras internas
do Espaço Schengen. Embora todos os controlos fronteiriços temporários se tenham efetuado
em conformidade com as regras do Código das Fronteiras Schengen, foi a primeira vez na
história de Schengen que se instituíram controlos fronteiriços temporários em tão grande
escala. Um outro desafio reveste a forma de ataques terroristas, os quais revelam a
dificuldade em detetar os terroristas que entram e viajam no espaço Schengen.

2.3.1.3. Realizações do Espaço Schengen


As realizações do Espaço Schengen são: a abolição dos controlos nas fronteiras internas para
todas as pessoas; as medidas destinadas a reforçar e harmonizar os controlos nas fronteiras
externas: todos os cidadãos da UE só têm de apresentar o bilhete de identidade ou o
passaporte para entrar no Espaço Schengen; uma política comum em matéria de vistos para
estadias de curta duração; cooperação policial e judiciária: as forças policiais cooperam entre
si na deteção e prevenção de delitos e têm o direito de perseguir criminosos em fuga no
território de um país vizinho signatário do Acordo de Schengen; e o estabelecimento e
desenvolvimento do Sistema de Informação Schengen (SIS).

2.3.1.4. Condições de integração do espaço Schengen


Para os países integrarem ao espaço de Schengen terão de: assumir a responsabilidade de
controlar as fronteiras externas da União Europeia; aplicar uma série de regras comuns do
espaço Schengen, tais como o controlo das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas, assim

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como a emissão de vistos uniformes; e cooperar com os organismos responsáveis pela


aplicação da lei noutros países e utilizar o SIS.

2.4. O Espaço Económico Europeu (EEE)


O Espaço Económico Europeu (EEE) visa alargar o mercado interno da UE aos países da
Zona Europeia de Comércio Livre (EFTA). Os atuais países da EFTA não pretendem aderir à
UE. A legislação da União Europeia relativa ao mercado interno passa a fazer parte da
legislação dos países do EEE, assim que estes decidam incorporá-la. Subsequentemente, a
aplicação e o cumprimento são monitorizados por organismos específicos da EFTA e por uma
Comissão Parlamentar Mista. Espaço Económico Europeu permite ainda a livre circulação
dos bens, dos serviços, de pessoas e dos capitais

2.5. Livre circulação de serviços


A liberdade de prestação de serviços garante a mobilidade de empresas e profissionais na
UE. As expectativas geradas pela Diretiva de Serviços são elevadas, uma vez que esta
diretiva se reveste de extrema importância para a realização do mercado interno. Estudos
recentes indicam que o valor dos benefícios gerados pela legislação adotada pelo Parlamento
no domínio da livre circulação de serviços, incluindo as qualificações profissionais e o setor
retalhista, ascende cerda de 230 milhões de euros por ano. Após 2019, estes benefícios
aumentarão para cerca de 280 milhões de euros por ano.
Os trabalhadores independentes e os profissionais ou as pessoas coletivas, segundo o TFUE,
que trabalhem legalmente num Estado-Membro, podem: exercer uma atividade económica
estável e continua noutro Estado-Membro; oferecer e prestar os seus serviços noutros
Estados-Membros, a título temporário, permanecendo no seu país de origem.

3. Jogo da Glória
Como instrumento de avaliação para o segundo tema problema do módulo 6, foi sugerido a
realização de um projeto criativo com o tema da Cidadania Europeia. Desta base o grupo

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decidiu realizar um jogo da Glória em tabuleiro com questões relacionadas com a livre
circulação de pessoas, bens e serviços, tema anteriormente escolhido pelo grupo.

3.1. Regulamento
Para a correta realização do jogo o grupo organizador do jogo de tabuleiro resolveu realizar
um regulamento por forma a explicar a todos os participantes as regras do mesmo. Neste
regulamento eram explicitados os seguintes temas: Os jogadores e as suas funções, o
tabuleiro do jogo, bem como a explicação das casas especiais, o início do jogo, as jogadas e
o objetivo do jogo, as penalizações possível e por último o fim do jogo.

3.2. Tabuleiro do Jogo


Para ser possível a realização do jogo o grupo optou por realizar um pequeno tabuleiro por
forma a tornar-se mais económico e de fácil execução, pois uma das ideias iniciais do grupo
era realizar um tabuleiro de largas dimensões.
O tabuleiro do jogo constitui 31 casas, sendo que estas são divididas em: casas soltas, cujo
não possuem nenhuma vantagem, penalização ou pergunta ao jogador; Casas das perguntas,
que representam todas as perguntas que foram realizadas para o jogo; as casas “Boa Sorte
Colega”, onde o jogador tem a oportunidade de lançar novamente o dado e avançar o número
obtido; a casa “Fica para a Próxima”, se o jogador calhar nesta casa deverá recuar o seu peão
até à casa inicial; e por último as casas “É complicado”, se o jogador calhar nestas casas
deverá lançar o dado novamente e deve retroceder o número de casas correspondentes ao
valor obtido no dado.

4. Conclusão

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Com este trabalho, as alunas concluíram que este contribui para o desenvolvimento das
capacidades pessoais e profissionais das mesmas, sendo que este é uma mais valia para as
referidas.
Na realização deste trabalho, os alunos sentiram algumas dificuldades na seleção e
tratamento da informação, devido ao excesso de informação, no entanto, superaram-na com
a entreajuda de todos os membros constituintes do grupo, alcançando assim todos os
objetivos. Estas souberam trabalhar em grupo, ajustando e aceitando as opiniões, sugestões
e ideias de todas que constituíam o mesmo.
Com isto, todos aprenderam a organizarem-se de forma a que houvesse uma maior
rentabilidade em todo o processo no referido trabalho, levando tal, ao cumprimento dos prazos
estabelecidos e de tarefas. Desenvolveram certas competências pessoais e profissionais, que
ao longo do tempo, só os irão beneficiar

Sitegrafia
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 http://www.europarl.europa.eu/factsheets/pt/sheet/38/livre-circulacao-de-mercadorias
 http://www.europarl.europa.eu/factsheets/pt/sheet/147/livre-circulacao-de-pessoas
 http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=7941&p_est_id=15737
 http://ec.europa.eu/DocsRoom/documents/104/attachments/1/translations/pt/rendition
s/pdf
 http://euroogle.com/dicionario.asp?definition=615
 https://www.europarl.europa.eu/resources/library/images/20180223PHT98530/20180
223PHT98530_original.jpg
 https://www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/security/20180216STO98008/sche
ngen-o-alargamento-da-zona-europeia-de-livre-circulacao
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Espaço_Económico_Europeu
 https://www.europarl.europa.eu/factsheets/pt/sheet/40/direito-de-estabelecimento-e-
liberdade-de-prestacao-de-servicos

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