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2011

Inventário das Emissões de Gases de


Efeito Estufa

Evento:
CORRIDA ESPERANÇA - 2011
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................... 2
2. A GREEN CO2. ....................................................................................................................................................... 3
2.1. VISÃO. ............................................................................................................................................................... 3
2.2. MISSÃO. ............................................................................................................................................................. 3
2.3. OBJETIVOS. ....................................................................................................................................................... 3
2.4. VALORES. .......................................................................................................................................................... 3
3. O EVENTO .............................................................................................................................................................. 4
4. METODOLOGIA ................................................................................................................................................... 5
4.1. PRINCÍPIOS PARA CONTABILIZAÇÃO E ELABORAÇÃO DO INVENTÁRIO. ......................................................... 5
5. INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA ................................................................. 6
5.1. DEFINIÇÕES. ...................................................................................................................................................... 6
5.2. FATORES DE EMISSÃO. ..................................................................................................................................... 7
5.3. RESULTADOS DAS EMISSÕES. ........................................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................... 10
Relatório do Inventário de GEE

Corrida Esperança 2011

1. INTRODUÇÃO

O impacto das atividades humanas no meio ambiente vem provocando consequências


cada vez mais graves e alarmantes. Deste modo, as lideranças mundiais vêm desenvolvendo
mecanismos de controle das causas deste problema e legislação específica de proteção
ambiental. Como resultado, podemos verificar um aumento significativo da preocupação de
toda sociedade com meios de se promover um desenvolvimento sustentável.

Decorrente do desenvolvimento acelerado, as emissões dos chamados Gases de Efeito


Estufa (GEE) por atividades antrópicas são agravantes das mudanças do clima como a
ocorrência de verões mais quentes e invernos mais rigorosos, maior número de enchentes,
secas e incêndios florestais, aumento da intensidade e freqüência de tempestades e furacões,
derretimento de geleiras e calotas polares e elevação do nível do mar.

O inventário de emissões corporativo permite que a empresa identifique o seu perfil de


emissões para que assim possa gerir ações consistentes de mitigação e compensação dos
impactos globais causados por sua atividade. O reconhecimento destas interferências e a ação
voluntária compensatória são um dos princípios para que os setores econômicos se envolvam
com as questões relacionadas à mudança do clima, assumindo antecipadamente a
responsabilidade das suas operações e retratando a preocupação com as interferências
negativas causadas ao meio ambiente que deixam de estar apenas relatadas em princípios e
atitudes responsáveis.

A Corrida Esperança surgiu com intuito de promover atividade física para beneficiar mi-
lhares de crianças e adolescentes de todo o país através de toda a receita líquida gerada com
as inscrições, que foram destinadas para o Projeto Criança Esperança. Além de garantir a ação
social, a YESCOM também se comprometeu em mitigar os impactos ambientais advindos do
evento com a neutralização dos gases de efeito estufa.

As fontes potenciais de emissão foram identificadas e quantificadas por este inventário


a partir dos dados levantados pelos organizadores do evento, e os resultados são expressos
em tCO2e (toneladas de dióxido de carbono equivalente), medida utilizada internacionalmente
para se comparar e somar a quantidade dos diversos tipos de GEE baseadas no Potencial de
Aquecimento Global – GWP (Global Warming Potential).

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2. A GREEN CO2.

A Green CO2 Projetos Ambientais atua no mercado desde 2007 com projetos e
soluções ambientais. Algumas de nossas atividades compreendem a realização de inventários
das emissões de gases do efeito estufa, neutralização de emissões de carbono de empresas,
eventos e frotas comerciais através do plantio de árvores.

Nossas soluções ambientais atendem não apenas à latente demanda por ações que
minimizem os impactos ao meio ambiente, provenientes do nosso modo de vida atual, mas
também podem ser consideradas como um novo e diferenciado recurso mercadológico que
vimos oferecendo ao mercado brasileiro, como um produto comercial e, conseqüentemente,
proporcionando aos nossos clientes um excelente argumento de vendas.

Nossas atividades são visíveis e exploradas mercadologicamente pelos parceiros


através de um selo de certificação que aponta a neutralização do carbono emitido.

2.1. Visão.
Sermos percebidos como a melhor alternativa mundial em gestão ambiental e ecológica
sustentável, comprometidos com os resultados propostos aos nossos clientes e parceiros, e
com o desenvolvimento ambiental e social das comunidades onde atuamos.
2.2. Missão.
Inovar constantemente na gestão ambiental proporcionando desenvolvimento sustentável
em perfeito equilíbrio com a sociedade e com o meio ambiente, e contribuir para o
crescimento do indivíduo e a conscientização global sobre os recursos naturais.
2.3. Objetivos.
• Gerar recursos através da gestão ambiental proporcionando melhoria contínua para
as áreas envolvidas através de projetos sustentáveis de acordo com a realidade;
• Proporcionar a redução dos níveis mundiais de CO2 através de projetos ambientais
de redução de emissões e planos de incentivo para a adoção de árvores;
• Apresentar mundialmente, soluções ambientais provando que é possível gerar
recursos preservando e gerindo florestas.
2.4. Valores.
Respeito à natureza, sua biodiversidade e sua capacidade em sustentar todas as formas de
vida nativa, valorizando o ser humano e suas potencialidades.

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3. O EVENTO

A Corrida Esperança ocorreu simultaneamente em 12 cidades do país (ver Tabela 1)


no dia 14 de agosto às 8h da manhã. Esta foi a primeira edição do evento que contou com
cerca de 30 mil pessoas que percorreram os trajetos de 4 ou 6 km nas modalidades
corrida/caminhada.

Tabela 1: Cidades onde o evento foi realizado.


Belém - PA
Belo Horizonte - MG
Brasília - DF
Cuiabá - MT
Curitiba - PR
Fortaleza - CE
Goiânia - GO
Porto Alegre - RS
Recife - PE
Rio de Janeiro - RJ
Salvador - BA
São Paulo - SP

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4. METODOLOGIA

O inventário foi elaborado a partir do Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol), uma das
ferramentas padrão amplamente utilizada por empresas e governos de todo o mundo para se
contabilizar e gerenciar as emissões de gases de efeito estufa.

A metodologia foi desenvolvida pelo World Resources Institute (WRI) em associação com o
World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), além de parcerias com
empresas, organizações não governamentais (ONG´s), governo e outras conveniadas ao WRI
e ao WBSC envolvidos com as questões das mudanças climáticas (stakeholder’s).

Em 2008, com o início do Programa Brasileiro GHG Protocol, o método foi adaptado e
contextualizado às condições nacionais, além de ser compatível com as normas da
International Organization for Standardization (ISO) e as metodologias de quantificação do
Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC).

Este inventário abrangeu todos os gases de efeito estufa reconhecidos e regulados pelo
Protocolo de Kyoto:
 Dióxido de carbono (CO2);
 Metano (CH4);
 Óxido nitroso (N2O);
 Hexafluoreto de enxofre (SF6);
 Hidrofluorcarbonos (HFCs);
 Perfluorcarbonos (PFCs).

4.1. Princípios para contabilização e elaboração do inventário.

De acordo com os critérios da metodologia GHG Protocol e da norma ISO 14604-1, este
inventário foi elaborado a partir dos cinco critérios de contabilização de Gases de Efeito Estufa
(GEE):

 Relevância: seleção de um limite de inventário adequado contendo informações úteis


para auxiliar na tomada de decisões;
 Integralidade: inclusão de todas as fontes e atividades de emissão de GEE dntro dos
limites do inventário selecionado;

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 Consistência: aplicação consistente de abordagens de contabilização, limites de


inventário e metodologias de cálculo;
 Transparência: as informações quanto ao processo de elaboração do inventário,
pressupostos e limitações devem ser apresentadas de formas claras, neutra e
compreensível com base em documentação e arquivos concisos;
 Exatidão: produção de dados suficientemente precisos para permitir que uma tomada
de decisão confiável.

5. INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA

5.1. Definições.

a) Período: Este inventário refere-se às emissões de GEE da Corrida Esperança no


ano de 2011, realizada no dia 14 de agosto.

b) Limites Organizacionais: Consideraram-se todas as estruturas, atividades, e


organizações envolvidas com o evento.

c) Limites Operacionais: Dentre os limites operacionais, contabilizam-se as emissões


e remoções de GEE associadas às atividades do evento de acordo com as seguintes categori-
as de fontes de emissão:

o Escopo 1 – Emissões Diretas: corresponde às fontes de emissões diretas de GEE


que pertencem ou são controladas pela promotora do evento.
o Escopo 2 – Emissões Indiretas pela Compra de Energia: refere-se às fontes de e-
missões indiretas - atividades do evento que ocorrem em fontes controla-
das/pertencentes por outra organização - provenientes da compra energia;
o Escopo 3 – Emissões Indiretas: neste escopo a contabilização das emissões é opcio-
nal e nela são retratadas todas as outras fontes de emissões indiretas que não perten-
cem ou não são controladas pela promotora do evento, mas que estão ligadas as ativi-
dades exercidas por ela. As fontes identificadas nos referentes escopos relacionados às
atividades da Adufértil estão descritas na tabela 1.

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Tabela 2: Escopos e Fontes de Emissões de gases de efeito estufa.


Escopo Fontes de Emissão GEE

Escopo 1 – - Abastecimento de Veículos


Combustão
Emissões - CO2
móvel/fixa - Uso de geradores
Indiretas

Escopo 3 – - Copo Plástico


Uso de
Emissões - CO2
Materiais - Folhas de sulfite
Indiretas

5.2. Fatores de Emissão.

Os fatores de emissão relacionam dados de atividade às emissões ou remoções de


GEE e constituem o método mais comum para se calcular as emissões de GEE. Na tabela 2
são especificados os fatores de emissão utilizados pela ferramenta adotada para contabilizar
as emissões provenientes de cada fonte levantada. Os dados das atividades contam no Anexo
1.

Tabela 3: Fatores de Emissões utilizados para elaboração do inventário.


Fator de emissão
Fontes de Emissão
(Kg CO2/un)

Gasolina C

Escopo 1 Óleo Diesel IPCC, 2006 e Ministério da Ciência,


Tecnologia e Inovação
Etanol

Folha Sulfite Duke University, 2002


Escopo 3
Copos Descartáveis IPCC,1996

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5.3. Resultados das Emissões.

A quantificação total das emissões emitidas pelo eventoo foram de 4 tCO2e. A tabela 4
representa os dados e as emissões correspondentes às fontes de cada escopo avaliado.

Tabela 4: Dados das fontes de emissão subdivididas por escopos.


Escopo 1
Combustíveis Fósseis
Consumo Consumo Bruto Emissões Emissão total
Fontes
Líquido (Litros) (Litros) (tCO2) (%)
Fontes Fixas –
523 551 1,4 37
Óleo Diesel
Fontes Móveis –
179 235 0,42 11
Gasolina
Fontes Móveis –
168 177 0,45 12
Óleo Diesel
Fontes Fixas –
215 179 - -
Etanol
Escopo 3
Uso de Materiais
Fontes Quantidade utilizada (un.) Emissões Emissão total
(kgCO2) (%)
Folha Sulfite 109 1,343 ~ 0,01
Copos
223.600 1520 39,99
Descartáveis
Obs: Dados das atividades fornecidos pelos organizadores do evento.

As emissões indiretas relacionadas à combustão de biomassa totalizam em 0,39 tCO2e,


procedentes da combustão móvel pelo percentual de etanol adicionado à gasolina (~ 24%), e o
biodiesel no óleo diesel (5%). Conforme relatado na ferramenta, as emissões de CO2
referentes à queima de biomassa têm um fator de emissão zero e não são contabilizadas como
fontes geradoras de gases de efeito estufa, pois os mesmos são seqüestrados pelos ciclos
naturais de absorção de carbono.

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A figura 1 representa o ranking dos dois escopos analisados enquanto que a figura 2
demonstra o perfil das emissões por fontes.

Escopo 3
40%

Escopo 1
60%

Figura 1: Ranking das Emissões totais de GEE por Escopo.

2,5
Fontes Fixas
2 1,4
1,5
tCO2e

Uso de
Materiais
1
Fontes Móveis 1,52
0,5 0,9

Uso de Materiais Queima de Combustíveis Fósseis

Figura 2: Ranking das Emissões Totais de GEE por Fontes.

Como se pode visualizar, as emissões referentes ao Escopo 1 correspondem 60% das


emissões totais de GEE no evento. O elevado perfil de emissões do escopo 1 se deve ao uso
de óleo diesel para o funcionamento dos geradores (Ver gráfico 2 - Fontes fixas). Já as

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emissões do escopo 2, se deve a utilização de materiais como os copos descartáveis, que no


caso foram 223.600 unidades, resultando em 1520 kg CO2e emitidos.

O escopo 2 – Compra de Energia Elétrica/Térmica não foi abrangido por este inventário,
uma vez que a energia elétrica necessária para a realização do evento foram supridas pelos
geradores que foram contabilizadas como fontes fixas de combustão no escopo 1.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IPCC - INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE – 2006 IPCC Guidelines for


National Greenhouse Gas Inventories. Japan: 2006. Acesso: julho 2011.

IPCC - INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE. Good Practice Guidance


and Uncertaint Management in National Greenhouse Gase Inventories - IPCC 2000 .Japan. 15
June 2001. Acesso: julho 2011.

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA - Fatores de Emissão de CO2 para utilizações que


necessitam do fator médio de emissão do Sistema Interligado Nacional do Brasil. Disponível
em: <http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/74694.html>. Acesso: julho 2011.

PROGRAMA BRASILEIRO GHG PROTOCOL – Disponível em:


<http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/>. Acesso: julho 2011.

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Green CO2 Projetos Ambientais Ltda

Alamenda Araguaia, n° 2044 – Torre 1 – 10° Andar

Alphaville – Barueri – SP

11- 4082-3282

green@greenco2.net

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