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-

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Sumário

,
'"

'"'\

'""\

Teoria
Diagramas elétricos

Dispositivos de manobra ligação e conexão

Dispositivos de proteção acionamento e sinalização

Aterramento

Diagramas de comandos elétricos

Motores trifásicos de CA

Ajustes das escovas dos coletores

Proteção
Sistemas

contra
de

os
partida

perigos
de

Noções
motores

da
de

energia
trifásicos

ergonomia

elétrica
-
Prática
Ferramentas para instalações elétricas
Ferramentas para eletrodutos
Utensílios para eletricistas
"
Emendar, soldar e isolar condutores
'"""
Serrar, abrir roscas e curvar eletrodutos
Montar rede de eletrodutos
,
Instalar tomada, interruptor e lâmpada
Instalar duas lâmpadas incandescentes '""'"

Instalar luminárias '"'"

Verificar funcionamento de comando para inversão de rotação '""

de motor trifásico
Verificar funcionamento de sistema de partida estrela-triângulo "
Verificar funcionamento de sistema de partida estrela triângulo
com reversão

"
f'rática Profissional: Eletricidade Geral

-
,

r-.

""""

Para a execução de uma instalação elétrica, o eletricista deve ter à sua disposição,
r
uma série de dados importantes tais como: a localização dos elementos na planta do
imóvel, a quantidade e seção dos fios que passarão dentro de cada eletroduto, qual o
trajeto da instalação, a distribuição dos dispositivos e circuitos e seu funcionamento.

Todos esses dados estão contidos neste capítulo que falará sobre diagramas de
instalação. Nele você verá que existem diversos t~posde diagramas, conhecerá suas
características, simbologia e modo de utilização.

Diagrama elétrico

Diagrama elétrico é a representação de uma instalação elétrica ou parte dela por meio
;-..
de símbolos gráficos, definidos nas normas NBR 5259, NBR 5280, NBR 5444, NBR
, 12519, NBR 12520 e NBR 12523.

Dos diagramas existentes, estudaremos neste capítulo três


. diagrama funcional;
. diagrama multifilar;
. diagrama unifilar.

o diagrama funcional apresenta todo o sistema elétrico e permite interpretar com


rapidez e clareza o funcionamento ou a seqüência funcional dos circuitos.

Esse tipo de diagrama não se preocupa com a posição física dos componentes da
, instalação elétrica.
r-

Tecnologiaaplicada:Diagramaselétricos
-
~

Prática Profissional: Eletricidade Geral

A figura a seguir mostra um exemplo' de diagrama funcional de um circuito composto


por um interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada.

o diagrama multifilar é usado somente para os


circuitos elementares, pois é de difícil interpretação quando o circuito é complexo. É
um diagrama que representa todo sistema elétrico em seus detalhes e todos os
condutores.

Veja na figura a seguir, um exemplo de diagrama multifilar mostrando um circuito


composto de um interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada.

o diagrama unifilar apresenta as partes principais de


um sistema elétrico e identifica o número de condutores. O trajeto dos condutores é
representado por um único traço.
Esse tipo de diagrama geralmente representa a posição física dos componentes da
instalação, porém não representa com clareza o funcionamento e a seqüência
funcional dos circuitos. É o tipo de diagrama mais usado em instalações elétricas
prediais.

A figura a seguir apresenta um diagrama unifilar do circuito elétrico composto por um


interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada.

Tecnologia aplicada: Diaaramas elétricos


, PráticaProfissional: Eletricidade Geral

Os sfmbolos gráficos usados neste diagrama são definidos pela norma NBR 5444,

pára ~Qremu~adÓS~m plán(a 6a&a (arqultQtónícaj do imóval. NQ~tâ plâr'\ta é indicada


a lo~a- liza~ão. ~xata dos ~jr~ujto~ d~ luz. de força, de telefone e seus respec;tivos
aparelhos.

-
-

.
Eletroduto embutido no teto ou
1 parede

"""'
Para todas as dimensões em
2 --~---
. m25 Eletroduto embutido no piso milímetros, indicar a seção, se
e~t;; n~n fnr riA 1~ mm

3 Telefone no teto

4 _1_1- Telefone no piso

Tubulação para campainha, som, Indicar na legenda o sistema


!; _1.I1_li'- anlJn~iArlnr ruI nlltrn ~i~t~m~ passante
~

Condutor de fase no interior do


6 I AIAtrnnlltn

Condutorneutrono interiordo Cada traço represente um


7 eletroduto condutor. Indicar a seção, n° do
1 circuito e a seção dos condutores,
exceto se forem de 1.5 mm2
Condutorde retorno no interior do
R eletronlJtn

Condutor terra no interior do


9 T ~I~trnrllltn

Condutorpositivo no interior do
1n eletrorl\ Jto

Condutornegativo no interior do
11 AIAtrnnlltn

1? CQrdn~lh~ nF! t~rr~ Indicar a seçãoutilizada;em 50.


c:i"nifi~~
~
r;n mm2
Leito de cabos com um circuito 25. significa 25 mm2
13 passante composto de: três 10. siqnifica 10 mm2
,..,
-
"'""'
fases, cada um por dois cabos de
25 mm2 mais cabos de neutro de
~A~~n 10 mm2

Tecnologia aplicada: Diagramas elétricos

~
Prática Profissional: Eletricidade Geral

fOutos e distribui~ão: cont.)

14 Caixa de passagem no piso Dimensões em mm


--~--
Cx. passo
(200x200x100)

Caixade passagem no teto


15
--~-
Cx. passo
Dimensões em mm

(200x200x100)

16 =~=
Cx.passo
Caixade passagem na parede Indicara altura e se necessário
fazer detalhe (dimensões em
(200x200x100) mm)

17 / Eletroduto que sobe

18 o' Eletroduto que desce

19 Eletroduto que passa descendo

20 Eletroduto que passa subindo

No desenho aparecem quatro


sistemas que são habitualmente:
21 Sistr-na de calha de piso 1- Luz e força
11-Telefone (TELEBRÁS)
111-Telefone (P(A)BX, KS, ramais)
IV- Especiais (COMUNICAÇÕES)

22 Condutor seção 1,0 mm2, fase


t-- para campainha

t-
'"""
23 Condutor seção 1,0 mm2, neutro Se for de seção maior, indicá-Ia
para campainha

24 , Condutorseção 1,0 mm2, retorno


para campainha
"""

T ecnologia aplicada: Diagramas elétricos


Prática Profissional: Eletricidade Geral

---~.
Quadros de distríbuicão
Quadro parcial de luz e força
25 aparente

Quadro parcial de luz e força


26 embutido
-~-~

Quadro geral de luz e força


27 aparente Indicar as cargas de luz em watts
e de força em W ou kW
-~

Quadro geral de luz e força


28 embutido

29 -~- Caixa de telefones

r 30 Caixa para medidor


1:Mrn

Interruptores

31 Interruptor de uma seção A letra minúscula indica o ponto


comandado

32 Interruptor de duas seções As ietras minúsculas indicam os


a(!)b pontos comandados

33 Interruptor de três seções As letras minúsculas indicam os


aló')b pontos comandados
~
~
, 34 a Interruptor paralelo ou three-way A letra minúscula indica o ponto
comandado

35 Interruptor intermediário ou A letra minúscula indica o ponto


Four-Way comandado

36 Botão de minuteria

Nota: Os símbolos de 31 a 38 são


37 Botão de campainha na parede para plantas; os de 39 a 46 são
(ou comando à distâncía) para diagramas.

38 Botão de campainha no piso (ou


comando a distância)

r-

"""'

I'"'

Tecnologiaaplicada:Diagramaselétricos
~

PráticaProfissional: Eletricidade Geral

(Interruotores: conto -
Indicar a tensão, correntes
39 Fusível nominais

Indicar a tensão, correntes


40 Chave seccionadora com nominais
fusíveis, abertura sem carga Ex.: chave tripolar

41 Chave seccionadora com Indicar a tensão, correntes


fusfveis, abertura em carga nominais
Ex.: chave bipolar

42 Chave seccionadora abertura Indicar a tensão, correntes


-%- sem carga nominais
Ex.: chave monopo!ar

43 Chave seccionadoraaberturaem Indicar a tensão, correntes


.-0/ }- nominais
carga

44 Disjuntor a óleo Indicar a tensão, corrente,


potência, capacidade nominal de
interrupção e polaridade

Indicar a tensão, corrente


45 ~ Dísjuntor a seco potência, capacidade nominal de
-()o- interrupção e polaridade através
de tracos

46 o- Chave reversora
o-

Luminárias, refletores, lâmoadas --- ~ ~

A letra minúscula indica o ponto


a Pontode luz incandescente no
47 de comando e o número entre
teto. Indicar o n° de lâmpadas e a
dois traços o circuito
-4-02X100W potência em watts
corresDondente

48 Ponto de luz incandescentena Deve-se indicar a altura da


parede (arandela) arandela
W:X60W

49 a Ponto de luz incandescente no


teto (embutido)
-4-@2X100W
Ponto de luz fluorescenteno teto A letra maiúscula indica o ponto
(indicaro no.de lâmpadase na de comando e o número entre
4- [QJ :X20W legendao tipo de partidae reator) dois traços o circuito
sol corresoondente

51 Ponto de luz fluorescentena Deve-se indicar a altura da


parede luminária
4-I;g;J:X20W

Tecnologia aplicada:Diagramas elétricos


PráticaProfissional:EletricidadeGeral

(luminárias refletores lâmpadas: cont.)


Pontode luz fluorescente no teto
52 (embutido)
.4-1r"7ã"la
~ '4x20W
~-~,-~

Ponto de luz incandescente no


53 teto em circuito vigia (emergência)

54 Pontode luz fluorescente no teto


em circuito vigia (emergência)
'"""'

55 Sinalização de tráfego (rampas,


$ entradas, etc.)

r- 56 Lâmpada de sinalização

57 Refletor Indicar potência, tensão e tipo de


lâmpadas

58 Poste com duas luminárias para Indicar potências, tipo de


iluminação externa lâmpada~

59 Lâmpada obstáculo
@
1'"'\ 60 Minuteria Diâmetro igual ao do interruptor
r
-,_o

Ponto de luz de emergência na


61 parede com alimentação
""'"
-$ independente

62 Exaustor
@
-,-

Motobomba para bombeamento


63
EE da reserva técnica de água para
combate a incêndio

I'""

!'"

r'

'""'

Tecnologia aplicada: Diagramas elétricos


Prática Profissional: Eletricidade Geral

Tomadas
64 Tomadade luz na parede, baixo
(300 mm do piso acabado)

A potênciadeveráser indicadaao
Tomadade luz a meio a altura lado em VA (excetose for de 100
(1.300 mm do piso acabado) VA), como tambémo númerodo
65 circuitocorresponden-te e a
altura da tomada,se for diferente
da normalizada;se a tomadafor
de força, indicaro númerode W
ou kW

66 Tomadade luz alta (2.000 mm do


piso acabado)

67 Tornada de luz no piso

68 Saída para telefone externo na


parede (rede Telebrás)
-~-

Especificar "h"
69
~ Saída para telefone externo na
parede a uma altura "h"

70 Sa(_Oa para telefone interno na


parede

71 Saída para telefone externo no


piso

72 Saída para telefone interno no


piso

73
~ Tomadapara rádio e televisão

74 Relógio elétrico no teto


<9
75
~ Relógio elétrico na parede

jas: conto
T ecnologia aplicada: Diagramas elétricos
Prática Profissional:EletricidadeGeral

76 Saída de som, no teto

77 Saída de som, na parede Indicar a altura "h"

78 Cigarra

79
Campainha

80 Quadro anunciador Dentro do círculo, indicar o número


de chamadas em algarismos
romanos.

Motores e Transformadores

81 Gerador Indicar as características


nominais

82 Motor indicar as características


nominais

83 Transformador de potência Indicar a relação de tensões e


r' _.(~)- valores nominais

Indicara relação de espiras,


/"' 84 Transformadorde corrente classe de exatidão e nível de
~ (um núcleo) isolamento. A barra de primário
deve ter um traço mais grosso.

85 Transformador de potencial
~:_.-
86 Transformadorde corrente (dois
~e.- núcleos)

87 Retificador

-@
,

"'"'

Tecnologia aplicada: Diagramas elétricos


Prática Profissional: Eletricidade Geral

.~

Acumuladores
a) O traço longo representa o I
Acumulador ou elementos de pólo positivo e o traço curto, o
pilha pólo negativo
! b) Este símbolo poderá ser
88 usado para representar uma
-11- bateria se não houver risco de
dúvida. Neste caso, a tensão
ou o n° e o tipo dos elementos
devem m ser indicado s .
Bateria de acumuladoresou Sem indicação do número de
89 pilhas. Forma 1 I elementos

Bateria de acumuladores ou Sem indicação do número de


90 pilhas. Forma 2 elementos
-It---;l-

Como exemplo, é apresentado a seguir um esquema da instalação elétrica de uma


residência, na planta baixa.

"'

;sc 1:100

Tecnologiaaplicada:Diagramaselétricos
PráticaProfissional:Eletrk:idadeGeral

Exercícios
1. Resolva os exercícios a seguir:
a. Qual é a diferença entre os diagramas multifilar e funcional?

b. o que é diagrama elétrico?

"'"

c. Qual tipo de diagrama é mais usado em instalações elétricas prediais?

d. Qual é a norma da ABNT que define os símbolos gráficos para serem usados em
plantas baixas, em instalações elétricas prediais?

1'"-\

I'"'

I'""'

r 2. Complete a tabela que segue com os respectivos símbolos.

"""'
Ia. Eletroduto embutido no teto ou parede

b. Eletroduto embutido no piso

Telefone no teto

d Condutorneutrono interiordo eletroduto


;'""

-- e Condutor de retorno no interior do eletroduto


"""'

Tecnologiaaplicada:Diagramaselétricos
"
"""

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Para acender ou apagar uma lâmpada, fazer funcionar um ferro de passar roupas
elétrico ou qualquer eletrodoméstico, é necessária a utilização de dispositivos
construidos para esta finalidade. Esses dispositivos são indispensáveis em uma
instalação elétrica e são denominados de interruptores, tomadas, plugues e porta-
lâmpadas.

t-Jestecapítulo, esses dispositivos serão tratados em suas particularidades técnicas,


utilizações esimbologia, para que você possa escolher e especificar de forma correta
o que melhor se adapte às necessidades do trabalho.

Interruptores

Interruptores são dispositivos de manobra que permitem abrir, fechar ou comutar um


circuito elétrico. Geralmente são usados nas instalações elétricas prediais em circuitos
de iluminação.

Os interruptores são constituídos basicamente de duas partes: corpo e contatos. O


corpo do interruptor é feito de baquelite, porcelana ou plástico e serve para alojar as
partes metálicas compostas pelos contatos e pelos sistemas de molas.

Os contatossão feitos de latão cadmlado, ferro cadmiado e ferro. Quando acionados,


eles têm a função de abrir, fechar ou comutar um circuito elétrico. Normalmente esses
contatos são construídos para suportarem uma corrente máxima de 10 amperes, valor
este que vem impresso no corpo do interruptor.

Tecnologia aplicada:Dispositivosde manobra,ligaçãoe conexão


PráticaProfissional:EletricidadeGeral

Tipos de interruptores

Os interruptores são fabricados basicamente em três tipos:


. interruptor simp1es;
. interruptor paralelo;
. interruptor intermediário.

o interruptor simples é o tipo de interruptor mais usado em instalações elétricas e sua


única função é interromper ou restabelecer o circuito. As figuras que seguem
representam este tipo de interruptor e um circuito utilizando um interruptor simples.
"

"""'

r
"'""'
E~~J
Em circuitos com interruptor simples, existe a possibilidade de substituição do
interruptor por um dispositivo controlador de luminosidade denominado dimmer. Esse
dispositivo possui dois terminais de ligação, e deve ser ligado da mesma forma que o
r-
interruptor simples.

,
o dimmer apresenta duas vantagens em relação ao interruptor; controle de
'"'
luminosidade e economia de energia elétrica, pois pode ser regulado para
""'

proporcionar menos lumino~jdade do que a que seria fornecida se o comando da

I'"-'
iluminação fosse realizado apenas por meio de um interruptos simples.

r
As ilustrações que seguem apresentam dois modelos de dimmer: um do tipo
I'""' deslizante e outro do tipo rotativo.

,-..

,-.,
'"""

"""

Tecnologiaaplicada:Dispositivosde manobra,ligaçãoe conexão


Prática Profissional: Eletricidade Geral

Os interruptores paralelos são aqueles que permitem o comando de uma lâmpada


em dois pontos diferentes. Possuem três bornes: um é comum e os outros dois são
responsáveis pela comutação do circuito, o que permite que se ligue ou desligue o
circuito a partir de dois pontos diferentes.

Esse tipo de interruptor é muito usado para comandar iluminação de escadarias,


corredores e dormitórios.

As figuras que seguem ilustram o sistema de acíonamento interno e o esquema


elétrico desse interruptor.

Para esse tipo de instalação, é necessária a utilização de dois interruptores paralelos.


As figuras a seguir demonstram um circuito utilizando est( 3 interruptores.

Se os dois interruptoresestiveremna mesmaposição(posiçãoI ou posição11), a


lâmpada estará acesa. Por outro lado, se os interruptores estiverem em posições
diferentes, a lâmpada se apagará. Desta forma, independentemente da posição de um
dos interruptores, é possível comandar a lâmpada a partir de qualquer um dos pontos.

Tecnotogiaaplicada:Dispositivosde manobra,ligaçãoe conexão


PráticaProfissional: Eletricidade Geral

Quando é necessário comandar uma lâmpada ou um circuito a partir de vários pontos


diferentes (3 ou mais pontos), é necessário utilizar dois interruptores paralelos e
interruptores intermediários entre eles.

,-., Os interruptores intermediários possuem quatro bornes de ligação, responsáveis


pela comutação dos circuitos.

Através desses interruptores é possível a comutação do circuito em quantos pontos


forem necessários, pois a sua construção permite dois tipos de ligações que
possibilitam esta comutação. As figuras a seguir ilustram as ligações nas~ I e li.
/'

A seguir é mostrado o esquema de um circuito de iluminação comandado a partir de


quatro pontos diferentes, utilizando dois interruptores paralelos e dois intermediários.

r"

"""

Se for necessário comandar a lâmpada do circuito anterior em sete pontos diferentes,


bastaria acrescentar ao circuito mais três interruptores intermediários, entre os

interruptores paralelos.

Estes interruptores são utilizados em corredores longos com várias portas no seu
percurso, como por exemplo em hospitais, onde é necessário o comando de um
circuito em vários pontos diferentes.

o aspectofísicodos interruptores varia de acordo com o fabricante e necessidade do


ambiente onde ele será usado. Os interruptores simples e paralelo são idênticos e o
intermediário possui tecla dupla. .

Tecnologiaaplicada:Dispositivosde manobra,ligaçãoe conexão


Prática Profissional: Eletricidade Geral

A seguir são apresentados alguns modelós como exemplo. É sempre interessante


consultar catálogos de fabricantes para conhecer a diversidade de combinações e
tipos de interruptores fabricados, a fim de escolher o que melhor se adapte ao
trabalho a ser realizado.

De acordo com o interruptor utilizado, escolhe-se um tipo de placa de proteção. As


figuras que seguem ilustram alguns modelos.

Tomadas e plugues

Tomadas e plugues são dispositivos que permitem ligações elétricas provisórias de


aparelhos portáteis industriais e eletrodomésticos. A ligação é feita por meio do
encaixe entre o plugue, que é a parte móvel, e a tomada, que é a parte fixa.

Nesses tipos de dispositivos, os valores de tensão de serviço e corrente nominal mais


comuns são: 250 V - 6 A, 10 A e 30 A.

Tecnologiaaplicada:Dispositivosde manobra,ligaçãoe conexão


PráticaProfissional:EletricidadeGeral

Os plugues e as tomadas são fabricados normalmente de baquelite, porcelana ou


nailon. Eles se diferenciam entre si pelo formato e quantidade de pinos. Os pinos
podem ser redondos ou chatos e devem corresponder ao formato e quantidade dos
contatos da tomada.

"'""
Quandoo plugue possuio pino-terra,este normalmentediferencia-sedos outros pinos
J'""', pelo seu maior comprimento.

-
"""

A tomada pode ser simples ou universal. O que diferencia uma da outra é o formato
dos pinos do plugue que podem ser encaixados. A tomada simples só pode receber
pinos redondos, enquanto que a tomada universal aceita pinos redondos e chatos,
conforme ilustrações que seguem.
-"

r-
r
simples universal

,.-
A seguir, são apresentados alguns modelos de tomadas e plugues. Consu)tando
catálogos de fabricantes, é possível encontrar muitos outros tipos.

tomadas
plugues
"
I""

I'""'

/"'
TecnolOQlaaplicada: Dispositivos de manobra. liaacão e conexão
I?ráticaProfissional:EletricidadeGeral

A instalação de interruptores e tomadas deve obedecer à norma NBR 5410. Essa


norma determina que o interruptor fique a 1,2 m do piso. Para tomadas existem três
alturas padronizadas: a 30 cm (baixa), a 1,2 m (média) e a 2 m (alta) do piso
acabado.

Porta-lâmpadas

Porta-lâmpadas são dispositivos de fixação e conexão elétrica usados entre a


lâmpada e os condutores. Os materiais mais utilizados na fabricação desses
dispositivos são a porcelana e o baquelite.

A norma NBR 5112 determina todos os parâmetros construtivos e ensaios desse


dispositivo.

A rosca destinada a receber a lâmpada é denominada de rosca Edison.. com vários


diâmetros diferentes. O seu código é provido da letra E (Edison) e um número que
determina o diâmetro da rosca em milímetros: E-10, E-12, E-14, E-17, E-27 e E-40.
As lâmpadas incandescentes usadas em residências possuem rosca E-27.

Alguns tipos de porta lâmpadas são mostrados nas figuras que seguem.

Tecnologiaaplicada:Dispositivosde manobra,ligaçãoe conexão


PráticaProfissional: Eletricidade Geral

Exercícios
1. Responda às seguintes perguntas.
a) Ouais são os três tipos de interruptores usados em instalações elétricas prediais?

b) Qual é a corrente máxima que pode circular por um interruptor simples, em


instalações prediais?

c) De que forma deve ser ligado um dimmer em um circuito elétrico?

d) Que vantagem o interruptor paralelo apresenta em relação ao interruptor simples?

e) Faça o esquema de um circuito de iluminação com uma lâmpada comandada a


partir de três pontos diierentes.

f) Ouais são os valores de tensão de seNiço e correntes nominais mais comuns para
tomadas e plugues?

g) Qual é a diferença entre as tomadas simples e universal?

h) Qual é o tipo de rosca que é utilizado em porta-lâmpadas para lâmpadas usadas


em residências?

Tecnologia aplicada: Dispositivos de manobra, ligação e conexão


Prática Profissional: Eletricidade Geral

Neste capítulo serão estudados dispositivos usados em instalações prediais e em


comandos elétricos industriais.

Paraa complementaçãodo estudodesse assunto, é importanteque você consulte


catálogostécnicos fornecidospor fabricantesdesses dispositivos,nos quais é possível
obter informaçõestécnicasque permitemdimensionare especificaros dispositivosde
acordocom os parâmetrosdo circuito.

Dispositivos de proteção

Os dispositivos de proteção dos circuitos elétricos podem ser divididos em quatro


tipos:
. interruptor de corrente de fuga;
. fusíveis;
. disjuntores;
. relês térmicos.

Interruptor de corrente de fuga

o interruptor de corrente de fuga é um dispositivo que faz o desligamento de qualquer


circuito que apresente uma corrente de fuga entre 15 e 30 mA. Isso garante a
segurança contra incêndios. Apesar de se ter a sensação de choque em caso de
contato da fase com o corpo humano, não há risco de vida, caso o circuito seja
protegido por esse dispositivo.

Tecnologiaaplicada:Dispositivosde proteção,acionamentoe sinalização


PráticaProfissional:EletricidadeGeral

A ilustração a seguir representa um interruptor de corrente de fuga.

"""'

o interruptor de corrente de fuga possui um transformador de corrente, um disparador


e um mecanismo liga-desliga. Ele funciona comparando uma corrente de entrada com
uma corrente de saída. Se a diferença estiver entre 15 e 30 mA, o disparador opera
em 30 ms.

~.
I
J R
= N ~'--:--RtJ-.Ij-N---l
(\)
'-
o
~~~=I
J: 'Ddesligado1
~
--o

i~ . "ii) E - ~tl~
I Q)
(\)

~
t ;
I
o
-.-
~
(I)
i t:: t::
'O(\)
, o..~ ""-
o o
L :
F1 ; (\)&-0 .--'.t-t- .
...~: :

falha
consim.idor~
para a com caixa
,--
metálica
carcaça Jaterrado
-~
.
corrente de ... .
aterrado
...
, fuga

Ele deve ser ligado de modo que todos os condutores do circuito, inclusive o neutro,
passem pelo interruptor. Isso permite a comparação entre as correntes de entrada e
de saída e o desligamento da alimentação do circuito em caso de fuga de corrente.
,..,
I""'

Tecnologiaaplicada:Dispositivosde proteção,aclonamentoe sinalização

~
Prática Profissional: Eletricidade Geral

Veja exemplos de esquemas de ligação para interruptores de corrente de fuga nas


ilustrações a seguir.

Há interruptores projetados para operar com correntes de fuga de 500 mA, porém eles
só protegem as instalações contra riscos de incêndio, não oferecendo segurança
contra riscos pessoais.

Fusíveis

Os fusíveis são dispositivos de proteção destinados a interromper circuitos pelos quaís


esteja circulando uma corrente de curto.circuito ou sobrecarga de longa duração.

Há vários modelos de fus:",eis, de diversos fabricantes. Os mais usuais são os do tipo


cartucho, faca, diazed e NH.

Os fusíveis são formados por um corpo de material isolante, normalmente fibra


prensada ou porcelana no qual está inserido um fio fusível de chumbo, cobre ou prata,
que uma vez fundido por sobrecarga ou curto-circuito, interrompe a corrente do
circuito.
O corpo de material isolante serve de proteção contra acidentes pessoai$ (choques).

Tecnologiaaplicada:Dispositivosde proteção,acionamentoe sinalização


PráticaProfissional: Eletricidade Geral

Os fusíveis são construídos para várias intensidades de correntes e tensão máxima de


serviço até 600 V.

o fio fusível existente no interior do fusível, chamado 'usl~1


cal1uC'hO
lámina fusivel
elo fusível, ou lâmina fusível, é o condutor que se
funde dentro do fusível e interrompe a corrente do
/"' circuito quando há sobrecarga de longa duração ou
curto-circuito. Quando ocorrer a queima do elo fusível,
o dispositivo deverá se substituído por outro de mesma
característica.

Disjuntores

Disjuntores são dispositivos de manobra e proteção


com capacidade de ligação e interrupção de corrente
quando surgem no circuito condições anormais de
trabalho como curto-circuito ou sobrecarga.

o disjuntor é composto das seguintes


partes:
. caixa moldada feita de material
isolante na qual são montados os
componentes;
. alavanca liga-desliga por meio da
qual se liga ou desliga manual-
mente o disjuntor;
. extintor de arco ou câmara de ex-
tinção, que secciona e extingue o
arco que se forma entre os con-
,.-. tatos quando acontece sobrecarga
ou curto-circuito;
. mecanismo de disparo que desliga
automaticamente o disjuntor em
caso de sobrecarga.

relê bimetálico que aciona o mecanismo de disparo quando há sobrecarga de longa


- .
duraçao;
/"'

~ Tecnologiaaplicada:Dispositivosde proteção,acionamentoe sinalização


. relê eletromagnético que aciona o mecanismo de disparo quando há um curto-
circuito.

o disjuntor inserido no circuito funciona co mo um interruptor. Como o relê bimetálico e


o relê eletromagnético são ligados em séri e dentro do disjuntor, ao ser acionada a
alavanca liga-desliga, fecha-se o circuito qlue é travado pelo mecanismo de disparo e
a corrente circula pelos dois relês.

Havendo uma sobrecarga de longa duração no circuito, o relê bimetálico atua sobre o
mecanismo de disparo abrindo o circuito. Da mesma forma, se houver um curto-
circuito, o relê eletromagnético é que atua sobre o mecanismo de disparo abrindo o
circuito instantaneamente.

Quando ocorrer o desarme do disjuntor, basta acionar a alavanca de acionamento


para que o dispositivo volte a operar não sendo necessária sua substituição como
I

ocorre com os fusíveis.

Quanto às características elétricas, os disjuntores podem ser unipolar, bipolar e


tripolar; normalmente para correntes de 6 A, 10 A, 15 A, 20 A, 25 A, 30 A, 35 A, 40 A,
50 A 60 A, 70 A, 90 A, 70 A, 100 A e 150 A.

unipolar bipolar tripa/ar

Eles possuem disparo livre, ou seja, se a alavanca for acionada para a posição ligada
e houver um curto-circuito ou uma sobrecarga, o disjuntor desarma.

Tecnologiaaplicada:Dispositivosde proteção,acionamentoe sinalização


Prática Profissional: Eletricidade Geral

Observação
O disjuntor deve ser colocado em série com o circuito que irá proteger,

o tempo de disparo da proteção térmica (ou contra sobrecarga) torna-se mais curto
quando o disjuntor trabalha em temperatura ambiente elevada. Isso ocorre
normalmente dentro do quadro de distribuição. Por isso, é necessário dimensionar a
corrente nominal do disjuntor, de acordo com as especificações do fabricante, e
considerando também essa situação.

Relês térmicos

Esse componente é também denominado de relê bimetálico. Sua função básica é


proteger motores ou outros equipamentos contra aquecimento demasiado produzido
por sobrecarga. Protege também os motores trifásicos em caso de funcionamento
bifásico, ou seja, se faltar uma fase por um motivo qualquer, o motor continuará
funcionando, mas ocorrerá uma elevação da corrente das outras duas fases. Essa
elevação da corrente provocará um aquecimento do relê, interrompendo o circuito.

o relê térmico é constituído basicamente de um bimetal, contato fixo, contato móvel e


elemento de arraste conforme ilustração a seguir.

o bimetal é formado pela união de dois metais com coeficientes de dilatação


diferentes.

Quando esse bimetal é aquecido, pela elevação da corrente, curva-se acionando o


contato fechado, abrindo-o.

Tecnologiaaplicada:Dispositivosde proteção,acionamentoe sinalização


PráticaProfissional: Eletricidade Geral

Os dispositivos de proteção são representados pelos símbolos gráficos apresentados


na tabela a seguir conforme determina a norma NBR 12523.

Observação
Antes de substituir ou rearmar qualquer dispositivo de proteção, deve-se sanar as
causas que provocaram a interrupção do funcionamento do circuito elétrico.

Dispositivos de acionamento
São considerados como dispositivos de acionamento aqueles direta ou indiretamente
responsáveis pelo acionamento de algum equipamento elétrico, como um motor por
exemplo. Nesse grupo de ~()mponentes estão as botoeiras, os contatores e as
chaves fim de curso.

Botoeiras
Botoeiras ou botões de comando, são chaves auxiliares de comando manual que
interrompem ou estabelecem um circuito de comando por meio de pulsos. A figura a
seguir ilustra um tipo de botoeira.

As chavesauxiliarestipo botoeirasão constituídaspor botãode acionamento,


contatosmóveis e contatosfixos. .

Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção. acionamento e sinalização

~
Prática Profissional: Eletricidade Geral

A norma NBR 12523/92 define o símbolo gráfico desse componente e a NBR 5280/83,
a letra para designação, conforme as ilustrações a seguir.

51 E--il soE--
,,-.

contato aberto contato fechado

"'"'

I""'
Contatores
/"'

Contatores são dispositivos de manobra mecânica acionados eletricamente, capazes


de conduzir ou interromper correntes em condições normais do circuito.

,-. Esse componente apresenta várias vantagens, entre elas:


. permite acionar equipamentos com maior segurança e precisão;
. apresenta grande durabilidade;
. é construído para uma elevada freqüência de operação;
. pode ser comandado a distância.

As figuras que seguem ilustram dois tipos de contatores.


--

,,--

Através da ilustração simplificada em corte mostrada a seguir. é fácil compreender o


,
funcionamento de um contator.
I'""'

r"
Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização
PráticaProfissional: Eletricidade Geral

A bobina, quando alimentada por um circuito externo, cria um campo magnético que é
concentrado no núcleo fixo e atrai o núcleo móvel.

Nesse deslocamento, através de um acionamento mecânico fecham os contatos


abertos e abrem os contatos fechados.

Chaves fim de curso


"""
Chaves fim de curso são chaves auxiliares de comando usadas para comandar
contatores, válvulas, sinall.l?ção e outros elementos.

Tecnologiaaplicada:Dispositivosde proteção.acionamentoe sinalização


.-
,

"""'

PráticaProfissional:EletricidadeGeral

Esse tipo de dispositivo é constituído por um elemento de acionamento, que pode ser
uma alavanca ou haste, que quando acionado permite abrir ou fechar internamente
contatos elétricos.
""'

I'""

-
"

/""'

-
r-

r-
~

""'
Dispositivos de sinalização
,---
"""' Sinalização é uma forma visual ou sonora de chamar a atenção do operador para uma
situação determinada em um circuito, máquina ou conjunto de máquinas.

"""' A sinalização pode ser:


~ . luminosa;
r-'\ . sonora.
--
-- A sinalização luminosa é a mais usada por ser de mais rápida visualização.
r-

"'""'

r
,

t'"""'

~
A lente do sinalizado r deve propiciar bom brilho e, quando a lâmpada está apagada,
deve apresentar-se completamente opaca em relação à luz ambiente.
~
A sinalização sonora pode ser feita por meio de buzinas ou campainhas.
r
"
/"' Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização

"'"""

-
Prática Profissional: Eletricidade Geral

Essetipo de sinalização é usado normalmente em locais com ruídos, como por


exemplo na sinalização de ponte rolante, com a função de chamar a atenção em uma
emergência.

Exercícios

1. Responda às seguintes perguntas.


a. Qual é a função do interruptor de corrente de fuga?

'""

b. Ouais são os tipos de fusíveis mais usuais?

c. Como ocorre a interrupção do circuito através do fusível?

Tecnologiaaplicada:Dispositivosde proteção.acionamentoe sinalização


"""'

Prática Profissional: Eletricidade Geral

d. Qual é a diferençaentre um disjuntor e um fusível?

r-
e. Em quais condições o disjuntor desarma?

"'"'

f. Qual é a função do relê térmico?

g. o que são dispositivos de acionamento?

.-. h. Faça o símbolo gráfico de uma botoeira,


I'""'

I"""'

1'"""\

i. Cite duas vantagens da utilização do contator.

/'"'

--
,

I'""'

I""'

r Tecnologiaaplicada:Dispositivosde proteção,acionamentoe sinalização


PráticaProfissional:EletricidadeGeral

j. Qual a função de uma chave fim de curso?

k. Cite dois dispositivos de sinalização.

'""\

'""'

'"

"""\

"""

"""I

,'"'

'"""'

,,-.,
'"

""'"'

Tecnologíaaplicada:Dispositivosde proteção,acionamentoe sinalização


Prática Profissional: Eletricidade Geral

Segundo a ABNT, aterrar significa colocar instalações e equipamentos no mesmo


potencial de modo que a diferença de potencial entre a terra e o equipamento seja zero.
Isso é feito para que, ao operar máquinas e equipamentos elétricos, o operador não
receba descargas elétricas do equipamento que ele está manuseando.

Portanto,o aterramento tem duas finalidades básicas: proteger o funcionamento das


instalações elétricas e garantir a segurança do operador e do equipamento que está
sendo usado.

Neste capítulo são apresentadas as técnicas de aterramento e 0S materiais que são


usados para esse fim. Esses conhecimentos são de fundamental importância para o
eletricista de manutenção e devem ser estudados com bastante cuidado.
--
1'"'\ Para aprender com mais facilidade esse assunto, é necessário ter conhecimentos
anteriores sobre corrente e tensão elétrica.

o que deve ser aterrado

Em princípio, todo equipamento deve ser aterrado, inclusive as tomadas para máquinas
portáteis. Veja figura a seguir.
r

""'

I'"""

--
Tecnologiaaplicada:Aterramento
Prática Profissional: Eletricidade Geral

Outros equipamentos que devem ser aterrados são:


. máquinas fixas;
. computadores e outros equipamentos eletrônicos;
. grades metálicas de proteção de equipamentos de alta tensão;
. estruturas que sustentam ou servem de base para equipamentos elétricos e
eletrodutos rígidos ou flexíveis.

Observações
I. Em equipamentos eletrônicos e impressoras gráficas, o aterramento elimina os efeitos
da eletricidade estática.
11.O aterramento para computadores deve ser exclusivo para esse tipo de equipamento.

Na prática, é comum adotar-se o conceito de massa com referência ao material condutor


onde está contido o elemento eletrizado e que está em contato com a terra.

caixa de
conector
inspeção

Assim, as bobinas de um motor, por exemplo, são os elementos eletrizados. A carcaça,


(base de ferro do motor) e a estrutura de ferro que fazem parte do conjunto constituem a
massa, formada de material condutor.

Eletrodo de aterramento

o eletrodo de aterramento tem a função de propiciar bom contato elétrico entre a terra e o
equipamento a ser aterrado. Ele p constituído por hastes de cobre ou tubos galvanizados
fincados no solo. Deve ter, no mínimo, 1,50 m de comprimento.

TecnOlogia apliCada: Aterramento


Prática Profissional: Eletricidade Geral

Observação
O ponto de conexão do condutor de proteção com o eletrodode aterramentodeverá ser
acessívelà inspeçãoe protegidomecanicamente.
No circuitoa seguir, vê-se um transformadorcujo primárioe secundárioestão aterrados
,-..
de modoa atenderaos requisitosde funcionamentoe segurança.

"'"'"

I"'"'

Se, por acidente, o secundário entrar em contato direto com o primário, haverá um curto-
circuito através dos eletrodos de aterramento. Esse curto-circuito fará com que a tensão
caia praticamente a zero. Por outro lado, a corrente de curto-circuito provocará a
interrupção do circuito através dos fusíveis.

Corrente de fuga

, Corrente de fug'a (ou de falta) é a corrente que flui de um condutor para outro e/ou para a
terra quando um condutor energizado encosta acidentalmente na carcaça do
equipamento ou em outro condutor sem isolação.

Em quase todos os circuitos, por mais bem dimensionados que sejam, há sempre uma
corrente de fuga natural para a terra. Essa corrente é da ordem de 5a 10 mA e não causa
prejuízos à instalação.

A corrente de fuga (ou de falta) é ilustrada no diagrama a seguir no qual a carcaça de


uma máquina aterrada no ponto 1 teve um contato acidental com um resistor.
I'""'

r-
,,-.

r
r-
'"' Tecnologiaaplicada:Aterramento
-
Prática Profissional: Eletricidade Gera!

Como se pode ver, a corrente passa para a massa e retorna à fonte pela terra, partindo
do eletrodo 1 para o eletrodo 2.

Se no sistema o neutro é aterrado, a corrente de fuga (falta) retornará por ele como
mostra o diagrama a seguir.

"""

Qualquer fuga de corrente, seja por meio de isolamento defeituoso ou através do corpo de
pessoas ou animais, pode causar incêndios ou acidentes, muitas vezes fatais.

Se ela ultrapassar os 15 mA, pode haver riscos para o circuito, daí a necessidade de se
operar com os dispositivos de segurança.

Tecnologiaaplicada:Aterramento
Prática Profissional: Eletricidade Geral

Condutores de proteção

o aterramento de um circuito ou equipamento pode ser feito de várias formas, e para


cada sistema é utilizada uma terminologia para o condutor de proteção:
. condutor PE;
. condutor N;
. cbndutor PEN.

o condutor PE é aquele que liga a um terminal de aterramento principal as massas e os


elementos condutores estranhos à instalação. Muitas vezes, esse condutor é chamado de
terra de proteção, terra de carcaça ou simplesmente condutor de proteção. A norma NBR
5410 prescreve que este condutor tenha cor verde com espiras amarelas.

o condutor
N é aquele que tem a função de neutro no sistema elétrico e tem por
finalidade garantir o correto funcionamento dos equipamentos. Esse condutor é também
denominado condutorterra funcional.

o condutorPEN tem as funçõesde terra de proteçãoe neutrosimultaneamente.

A seção dos condutores para ligação à terra é determinada pela ABNT NBR 5410 (tabela
53), que é apresentada a seguir.

Seção

S ~ 16 S

Sistemas de aterramento para redes de baixa tensão

Do ponto de vista do aterramento, os sistemas de distribuição de energia em baixa tensão


são denominados conforme determina a NBR-541O, ou seja: sistema TT; sistema TN-S;
sistema TN-C; sistema IT.
r"'

'""'

Tecnologia aplicada: Aterramento


Prática Profissional: Eletricidade Geral

o sistema TT é o sistema pelo qual o condutor de proteção serve exclusivamente para


aterramento. As massas são ligadas ao cabo que está ligado à terra por um ou vários
eletrodos de aterramento.

o sistema TN-S é um sistema com condutor neutro e condutor de proteção distintos

L1
L2
L3
N '.
I~, '- -
r I.."..'..I-.~'" r .. ..,' ;'-
-=- ,,,-,1-1,-,,-, "
,' ,-,,-,'.-1.
-
' ' "

massas

No sistema TN-C, o N e o PE formam o condutor PEN com a função de neutro (N) e

proteção (PE).

Tecnologia aplicada: Aterramento


Prática Profissional: Eletricidade Geral
"""

Observação
Existem restrições quanto ao uso desse sistema, porque oferece riscos. Em caso de
rompimento do condutor PEN, a massa do equipamento fica ligada ao potencial da linha
como mostra a ilustração a seguir.

Além disso, se o sistema de distribuição empregado não é conhecido, o neutro nunca


deve ser usado como terra.

No sistema IT somente a massa é aterrada, não havendo nenhum ponto de alimentação


diretamente aterrado.

I'""'

Quando o sistema não oferece condições de aterramento, liga-se a massa diretamente no


eletrodo de aterramento. Este pode atender a um ou mais equipamentos como mostra a
ilustração a seguir.

r-
,

"""

Tecnologia aplicada: Aterramento


""'

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Terramiter ou terrômetro

o instrumento usado para medir a resistência de terra é chamado de terramiter ou


terrômetro.

'""'

'""'"

'"""'

A condiçãonecessáriapara a medição,é que a resistênciade terra de um aterramento


seja de, no máximo,2 .0.,

"""

Exercicios
'""'

1. Respondaàs perguntasque seguem.


""'
a} O que significaaterrar?

b) o que é massa na terminologia de aterramento?

Tecnología aplicada: Aterramento


'"'"

---
r--.

PráticaProfissional:EletricidadeGeral
1""'\
"""'

c) Qual é o comprimento mfnimo do eletrodo de aterramento?

r-

""'

"""'

-'"" d) A partir de que valor a corrente de fuga se torna perigosa para o circuito?

I"'"

e) Qual deve ser a seção de um condutor de proteção em um circuito com condutores


fase de 25 mm2
r

/'""'

,,-,

2. Relacione a coluna da direita com a coluna da esquerda.


I'""- 1. Sistema TT ( ) Condutor neutro ede proteção distintos.
r- 2. Sistema TN-S () Somente a massa é aterrada.
"'""' 3. Sistema TN-C () Condutor de proteção exclusivo para aterramento.
, 4. SistemaIT (' ) Condutor terra funcional.
""""
5. Condutor N ( ) Condutor com a função de neutro e proteção.

,..."

I'"""

.--
I""'

'""

r--

",...
Tecnologiaaplicada:Aterramento

'"'
--
--.

'"'

"
"'""

Seja qual for o tipo de projeto da área eletroeletrônica que se


queira realizar, seja instalação, montagem ou reparo, a maneira
adequada de representar a disposição. dos componentes e o
modo como eles se relacionam entre si é por meio do diagrama
esquemático.

Neste capítulo, estudaremos os diagramas de comando cuja


finalidade é representar os circuitos elétricos. Esse conhecimen-
to é importante quando se necessita analisar o esquema de uma
máquina desconhecida para realizar sua manutenção. Essa
análise permite solucionar problemas "difíceis" e essa experiên-
cia é indispensável para o profissional .de manutenção eletroele-
trônica.

Diagrama elétrico
""'"

r o diagrama elétrico é um desenho que mostra a maneira como


r- as várias partes de um dispositivo, rede, instalação, grupo de
aparelhos ou itens de um aparelho são interrelacionados e/ou
interconectados. É a representação de uma instalação elétrica
ou parte dela por meio de símbolos gráficos, definidos nas
normas NBR 5259, NBR 5280, NBR 5444, NBR 12519, NBR
12520 e NBR 12523.

Diagrama de comando
O diagrama de comando faz a representação esquemática dos
circuitos elétricos. Ele mostra os seguintes aspectos:
. funcionamento seqüencial dos circuitos;
. representação dos elementos, suas funções e as interliga-
"""
ções, conforme as normas estabelecidas;
-
~

--

visão analítica das partes ou do conjunto;


possibilidade de rápida localização física dos componentes

Para que o profissional da área eletroeletrônica possa "ler" o


esquema, ele tem que saber reconhecer os símbolos e os
modos de dispô-Ias dentro do esquema.

Essas informações estão padronizadas por normas técnicas que


estabelecem a maneira pela qual devem ser elaborados os
desenhos técnicos para a eletroeletrônica.

Tipos de diagramas
Os diagramas podem ser:
. multifilar completo (ou tradicional),
. funcional, e
. de execução.

o diagrama multifilar completo (ou tradicional) representa o


circuito elétrico da forma como é montado e no qual todos os
elementos componentes e todas as ligações dos circuitos são
representados por símbolos gráficos. Esse ~ipo de diagrama é
difícil de ser interpretado e elaborado, principatmente quando os
circuitos a serem representados são complexos. Veja exemplo a

seguir.

- K1
Em razão das dificuldades de interpretação desse tipo de
diagrama, os três elementos básicos dos diagramas, ou seja, os
caminhos da corrente, os elementos e suas funções e a seqüên-
cia funcional são separados em duas partes representadas por
diagramas diferentes.

o diagramasimplificadono qual os aspectosbásicossão


representadosde forma prática e de fácil compreensãoé
chamadode diagramafuncional.Veja exemplona ilustraçãoa
seguir.
""'

2 - OOHZ 'r2f)V
li

F'
" 1.2
-F22

1""\
A representação, a identificação e a localização física dos
elementos tornam-se facilmente compreensíveis com o diagra-
ma de execução (ou de disposição) mostrado a seguir.

G00 ~ F

K2

r-',

r
'"' c:J .
BORNES
Símbolos literais
De acordo com a norma NBR 5280 de abril de 1983, símbolos
literais para elementos de circuitos são representações em
forma de uma letra maiúscula inicial, podendo ser seguida por
números, outras letras ou combinações alfanuméricas para
particularizar cada elemento do circuito. .

Exemplos:
. PVI - voltímetro para tensões de O mV - 10 mV
. PA3 - amperímetro para correntes de O mA - 100 mV
. R15 - resistor de 1 M .Q

Os símbolos literais têm a função de facilitar a identificação dos


elementos do circuito, ou seja, componentes, equipamentos,
conjuntos, subconjuntos, quando relacionados em uma lista de
materiais. Sua utilização ajuda na interpretação de esquemas e
diagramas de circuitos. Eles são uti1izadossomente em projetos
novos.

A seguir são apresentados alguns exemplos de representação e


identificação de componentes.

Identificação por letras e números:

K8!
~i KBZI=:J
, A1

K2c=J
: A1

A2 :M \A2

Identificação por símbolos gráficos

~
:8

êb =e=
b

Os retângulos ou círculos representam os componentes e as


letras ou símbolos indicam um determinado contator e sua
função no circuito.

(~~
'-I~ CONTATORDE lK3AOO EMESTREl.A
Quando o contator é identificado por meio de letras, sua função
só é conhecida quando o diagrama de potência é analisado.

A seguir, está a tabela referente à norma da ABNT NBR 5280


que apresenta as letras maiúsculas iniciais para designar

.-- elementos do circuito.


"""'

" Letra Tipos de elementos Exemplos


Amplificadores com válvulas ou
A Conjuntos, subconjuntos transistores, amplificadores magné-
""' ticos faser, maser.
Sensores termoelétricos~ células
Transdutores de grandezas não-
fotoelétricas, dinamômetros,
"'"'
B elétricas, pára-elétricas e vice-
transdutores a cristal, microfones,
versa.
alto-falantes.
c Caoacitores
IElementos
I
I
combinatórios, linhas de
I atraso, elementos biestáveis,
Elementos binários, dispositivos de
,... o
I"""'
atraso, dispositivos de memória monoestáveis, núcleo de memória,
fitas magnéticas de gravação.
Dispositivos luminosos, de aqueci-
E Miscelânea. mento ou outros não especificados
/'" nesta tabela.
I"" Dispositivos de proteção. Fusfveis, pára-raios, dispositivos de
F
" descar.Qa de sobre-tensão.
Geradores rotativos, conversares
G Geradores, fontes de alimentação : de freqüência rotativos, baterias,
fontes de alimentação, osciladores.
H Dispositivos de sinalização , Indicadores óticos e acústicos
K Relés, contatores.
L Indutores.
M Motores
dispositivos de medição, integra-
p Equipamento de medição e ensaio dores, indicadores, geradores de
sinal, relógios,
Dispositivos mecânicos de conexão
Q Abridor, isolador.
I para circuitos de potência.
"'"'"

I'"
Resistores ajustáveis, potenciô-
R Resistores metros reostatos, derivadores
(shunts), termistores.
Chaves de controle, "push buttons"
s Seletores, chaves
I
chaves limitadoras, chaves seleto-
! ras, seletores.
Transformadores de tensão, de
T Transformadores
corrente.
I Discriminadores, demoduladores,
u Moduladores codificadores, inversores, converso-
res.
Válvulas, tubos de descarga de
v Válvulas, semicondutores.
gás, diodos, transistores, tirístores
"Jumpers", cabos, guias de onda,
Elemento de transmissão, guias de
w acopladores direcionais, dipolos,
onda, antenas.
antenas parabólicas.
Tomadas macho e fêmea, pontos
x Terminais, plugues, soquetes. !de prova, quadro de terminais,
barra de terminais.
Dispositivos mecânicos operados Válvulas pneumáticas, freios, em-
y i
eletricamente breaÇJens.
Transformadores híbridos, ~qua- Filtros a cristal,circuitosde balan-
z lizadores, limitadores, cargas de ceamento,compressoresexpanso-
terminacão sares ("compandors").

Identificação de bornes de bobinas e contatos

As bobinas têm os bornes indicados pejas letras a e b, como


mostram os exemplos a seguir.

AI a
r '

(:) -(a/'~ '


-ra; b
--
~

r-

Nos contatores e relés, os contatos são identificados por núme-


~
ros que indicam:
"'"
. função - contatos abridores e fechadores do circuito de força
r,
ou de comando; contatos de relés temporizados ou relés
,

'"""'
térmicos;
. posição - entrada ou saída e a posição física dos contatores.
"'"
Nos diagramas funcionais, essa indicação é acompanhada
.- da indicação do contator ou elemento correspondente.
--
r- No esquema a s~uir são mostradas as identificações de função
e posição dos contatos.

ENTRADASDOS CONTATOSFECHADORESDE FORÇA


"'"
t
"'""
; DEZENASINDICAMPOSIÇÃoDOS CONTATOS

NÚMERO1 (UNIDADE)INDICAENTRADA
-- DE CONTATOABRIOOR

-
r

,
I
!
:
NÚMERO3 (UNIDADE)IND~ EN1F.ADA
DE CONTATOFECHADOR

~. .
1 3 5 (j)3 ~ 3(j) 4(:1)

I"'"' ~1
~
1"'\

INDICAsAlDA
NÚMERO 4 (UNIDADE)
/"' DE CONTATOFECHAOOR

r NOMERO 2 (UNIDADE) INDICA sAlDA


DE CONTATOABAIOOR
I"'"
""'"
sAlDAS DOS CONTATOS FECHAOORES DE FORÇA
r-
,...,

Simbologia dos componentes de um circuito


~

"" Por facilitar a elaboração de esquemas ou diagramas elétricos,


r- criou-se uma simbologia para representar graficamente cada
,.-;
componente num circuito elétrico.
r-
'"""

'"""'

-,...,

r-
1""'\

I""

"""'

~
-
~

I""
"""'

Motores trifásicos de CA

--
/"'

-
"

"'""

,.-.,
. .
--~ maior palie da energia elétrica produzida é distribuída em corrente alternada
"""' (CA), o que justifica o largo emprego dos motores de CA.

A construçãomecânicados motoresde CA é maissimplesque a dos rt:1°tores


de
CC.Porisso,elessãomaiscomumenteusadosna indústria.

Neste capítulo estudaremos a estrutura, os tipos e as características de funciona-


mento dos motores trifásicos de corrente alternada.

Para isso é necessário que você tenha conhecimentos anteriores sobre magne-
tismo e eletromagnetismo, indução eletromagnética e corrente alternada.

Motores trifásicos de CA
",",'

I""' Os motores trifásicos de CA são menos complexos que os motores de CC. Além
" disso, a inexistência de contatos móveis em sua estrutura garante seu funcionamen-
r-. to por um grande período, sem a necessidade de manutenção.
"""'
A velocidade dos motores de CA é determinada pela freqüência da fonte de ali-
mentação, o que propicia excelentes condições para seu funcionamento a velocida-
des constantes.

""" Os motores trifásicos de CA funcionam sob o mesmo princípio dos motores


monofásicos, ou seja, sob a ação de um can")po magnético rotativo gerado no estator,
, provocando com isto uma força magnética no rotor. Esses dois campos magnéticos
agem de modo conjugado, obrigando o rotor a girar.

Tipos de motores trifásicos de CA

-
I""'
Os motores trifásicos de CA são de dois tipos: motores assíncronos (ou de indução)
e motores síncronos.

,..,

~
Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

Motor assíncrono de CA

o motor assíncrono de CA é o mais empregado por ser de construção simples,


resistente e de baixo custo. O rotor desse tipo de motor possu,i uma parte auto-sufici-
ente que não necessita de conexões externas.

Esse motor também é conhecido como


motor de indução, porque as correntes de CA
são induzidas no circui~o do rotor pelo campo
magnético rotativo do éstator. (Fig. 10.1)

No estator do motor assíncrono de CA es-


tão alojados três enrolamentos referentes às
três fases. Estes três enrolamentos estão
montados com uma defasagem de 120°,

o rotor é constituído por um cilindro de cha-


pas em cuja periferia existem ranhuras onde
Fig. 10.1
o enrolamento rotórico é alojado. (Fig. 10.2)

Funcionamento - Quandoa corrente


alternada trifásica é aplicada aos
enrolamentos do estator do motor
assíncronode CA, produz-seum cam-
po magnéticorotativo (campogirante).

A figura 10.3 mostra a ligação inter-


na de um estator trifásico em que ~s bo-
binas (fases) estão defasadas em 1200
e ligadas em triângulo. Fig.10.2

A-C1

C-Bt
B-A1

Fig. 10.3

o campo magnético gerado por uma bobina depende da corrente que no mo-
mento circula por ela. Se a corrente for nula, não haverá formação de campo magné-
tico; se ela for máxima, o campo magnético também será máximo."
""
Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

"'"'

Como as correntes nos três enrolamentos estão com uma defasagem de 120°, os
três campos magnéticos apresentam também a mesma defasagem.

Os três campos magnéticos individuais combinam-se e disso resulta um campo


/'
único cuja posição varia com o tempo. Esse campo único, giratório, é que vai agir
/'
sobre o rotor e provocar seu movimento.

o esquema a seguir mostra como agem as três correntes para produzir o campo
f""-, magnético rotativo num motor trifásico. (~ig. 10.4)
,
--

/"'-

"""

,,-
1"'\

"'""

I""
Fig. 10.4

No esquema vemos que no instante 1, o valor da corrente A é nulo e, portanto,


não há formação de campo magnético. Isto é representado pelo O (zero) colocado no
,.. pólo do estator.

As correntes B e C possuem valores iguais, porém sentidos opostos.

Como resultante, forma-se no estator, no instante 1, um campo único direcionado


no sentido N -7 S.

No instante2, os valoresdas correntesse alteram.O valor de C é nulo.A e B têm


valores iguais, mas A é positivoe B é negativo.

r.. o campo resultante desloca-se em 60° em relação à sua posição anterior.

Quandoum momento intermediário (d) é analisado, vemos que nesse instante as


r- correntes C e A têm valores iguais e o mesmo sentido positivo. A corrente B, por sua
vez, tem valor máximo e sentido negativo. Como resultado, a direção do campo fica
, , numa posição intermediária entre as posições dos momentos 1 e 2. (Fig. 10.5)

~
Eletricista de manutenção -Máquinas elétricas

Se analisarmos, em todos os instantes, a situação da


corrente durante um ciclo completo, verificaremos que o
campo magnético gira em tomo de si. A velocidade de
campo relaciona-se com a freqüência. das correntes con-
forme já foi demonstrado.

Tipos de motores assíncronos

Os motores assíncronos diferenciam-se pelo tipo de


enrolamento do rotor. Assim, temos: .
. motor com rotor em gaiola de esquilo;
. motor de fotor bobinado.

Motor com rotor em gaiola de esquilo

o motor com rotor em gaiola de esquilo tem um rotor


constituído por barras de cobre ou de alumínio colocadas
Fig. 10.5 nas ranhuras do rotor. As extremidades são unidas por
um anel também de cobre ou de alumínio. (Figo 10.6)

Entre o núcleo de ferro e o enrolamento de


barras não há necessidade de isolação, pois
as tensões induzidas nas barras do rotor são
muito baixas.
'"
Esse tipo de motor apresenta as seguintes
características:
. velocidade que varia de 3 a 5% à vazio
até a plena carga; '"--'

. ausência de controle de velocidade; Fig. 10.6


. possibilidade de ter duas ou mais velocidades fixas;
. baixa ou média capacidade de arranque, dependendo do tipo de gaiola de es-
quilo do rotor (simples ou dupla).
.
Esses motores são usados para situações que não exigem velocidade variável e
que possam partir com carga. Por isso são usados em moinhos, ventiladores, pren-
sas e bombas centrífugas, por exemplo.
c1
No funcionamento do motor com rotor em
gaiola de esquilo, o rotor, fon11ado por condu-
-I- --=.
-=. ~ tores de cobre, é submetido ao campo mag-
.-='- -~
ti .-- ---
-- nético giratório, já explicado anteriormente.
--
-
--. -
--
- Como conseqüência, nesses condutores (bar-
- --
ras da gaiola de esquilo) circulam correntes
induzidas, devido ao movimento do campo
magnético. (Fig. 10.7) .
Fig.10.7
.-

, Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas

,"",
Segundo a Lei de Lenz, as correntes induzidas tendem a se opor às variações do
campo original. Por esse motivo, as correntes induzidas que circulam nos condutores
'"""'..

formam um campo magnético de oposição ao campo girante.


/'"'.

/' Como o rotor é suspenso por mancais no centro do estator, ele girará juntamente
,- com o campo girante e tenderá a acompanhá-lo com a mesma velocidade. Contudo,
isso não acontece, pois o rotor permanece em velocidade menor que a do campo
"""'
girante.

~ Se o rotor alcançasse a velocidade do campo magnético do estator, não haveria


-- sobre ele tensão induzida, o que o levaria a parar.
~
Na verdade, é a diferença entre as velocidades do campo magnético do rotor e a
do campo do estator que movimenta o rotor. Essa diferença recebe o nome de
escorregamento e é dada percentualmente por:

"""
s= VS-VR .100
Vs
-
,.-.

Onde
,,
Vs é a velocidade de sincronismo
I"'--
VR é a velocidade real do rotor
"'"'

,.' Quando a carga do motor é aumentada, ele tende a diminuir a rotaçào e a aumen-
tar o escorregamento. Conseqüentemente, aumenta a corrente induzida nas barras
~ da gaiola de esquilo e o conjugado do motor.

Desse modo, o conjugado do motor é determinado pela diferença entre a veloci-


'"'"
dade do campo girante e a do rotor.

Motor de rotor bobinado

o motor com rotor bobinado trabalha em rede de corrente alternada trifásica. Per-
mite um arranque vigoroso com pequena corrente de partida.

~ Ele é indicado quandose necessitade partida com carga e variaçãode velocida-


""""' de, como é o caso de compressores,transportadores,guindastese pontesrolantes.
r-

"""'
o motor de rotor bobinado é composto por um estator e um ,rotor.

r o estator é semelhante ao dos motores trifásicos já estudados. Apresenta o mes-


,-- mo tipo de enrolamentos, ligações e distribuição que os estatores de induzido em
I'"' curto. (Fig. 10.8) .

I""'

r'
-..
~
Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas

3
.::::;.
,
'\
,, ~~:::~-;::;:J
~
'" ",_~~L~

Figo10.8

o rotor bobinado usa enrolamentos de fios de cobre nas ranhuras, tal como o
estator.
-::-:7""!7--

o enrolamento é colocado no rotor com uma


defasagem de 12°C, e seus terminais são
ligados a anéis coletores nos quais, através das
escovas, tem-se acesso ao enrolamento.
(Fig. 10.9)

Ao enrolamento do roto r bobinado deve ser '"


ligado um reostato (reostato de partida) que per-
mitirá regular a corrente nele induzida. Isso tor-
na possível a partida sem grandes picos de
Fig.10.9 corrente e possibilita a variação de velocidade
dentro
- - -- de certos limites.

O reostato de partida é composto de três


resistoresvariáveis, conjugados por meio de
uma ponte que liga os resistores em estrela,
em qualquerposiçãode seu curso. (Fig. 10.10) r--- ,
-n I
I ~ I '.

o motor trifásico de rotor bobinado é reco- I~I '"" '


mendado nos casos em que se necessita de
partidas a plena carga. Sua corrente de partida
d'" ~ I:~O
I:
L.--':
'"" "
Ji
," .J

apresenta ba1xaintensidade: apenas uma vez


Fig.10.10
e meia o valor da corrente nominal.

É também usado em trabalhos que exigem variação de velocidade, pois o


enrolamento existente no rotor, ao fazer variar a intensidade da corrente que percorre
o induzido, faz variar a velocidade do motor.

~
Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

Deve-se lembrar, porém, que o motor de rotor bobinado é mais caro que os outros
devido ao elevado custo de seus enrolamentos e ao sistema de conexão das bobi-
nas do roto r, tais como: anéis, escovas, porta-escovas, reostato.

Em pleno regime de marcha, o motor de rotor bobinado apresenta um deslizamento


maior que os motores comuns.

É importante saber que há uma relação entre o enrolamentodo estator e o do


rotor. Essa relação é de 3: 1, ou seja, se a tensãodo estatorfor 220V,a do rotor em
"..
vazioserá de 220 + 3, ou 73Vaproximadamente.

A mesma relação pode ser aplicada às intensidades da corrente. Se a intensida-


de no estator for 1CA, o rotor será percorrido por uma corrente de 1C . 3 ::: 30A.

Conseqüentemente, a seção do fio do enrolamento deve ser calculada para essa


corrente. Por isso, os enrolamentos dos induzidos têm fios de maior seção que os do
indutor.

Observação
É importante verificar na plaqueta do motor as
correntes do estator e do rotor.

Funcionamento - O princípio de funcionamento do motor com rotor bobinado é o


mesmo que o do motor com rotor em gaiola de esquilo.

A única diferença é que a resistência do enrolamento do rotor bobinado pode ser


alterada, pois esse tipo de rotor é fechado em curto na parte externa, através de
reostatos. Isso permite o controle sobre o valor da corrente que circula no enrolamento
"""
do rotor e, portanto, a variação de velocidade, dentro de certos limites, mantém o
conjugado constante.

Em resumo, pode-se dizer que, para a formação de um campo girante homogê-


neo, devem existir duas condições:
. o estator deve ser dotado de três bobinas deslocada entre si de 120°;
. nas três bobinas do estator devem circular três correntes alternadas senoidais
defasadas em 120°, ou seja, 1/3 do período.

Na figura 10.11, vemos que o campo magnético no estator gira em sentido horá-
rio, porque as três correntes alternadas tomam-se ativas, seqüencialmente, nos três
enrolamentos do estator, também em sentido horário.
Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas

'"

-
CI
Figo 10.11

Se inver1ermos a seqüência de fase nos enrolamentos do estator, por meio de


dois terminais de ligação, o campo gira em sentido contrário, isto é, em sentido anti-
horário.

É desta maneira que se inverte o sentido de rotação do campo girante e, conse-


qüentemente, a rotação dos motores trifásicos.

Para determinar a velocidade de rotação do campo girante, é necessário estabe-


lecer a relação entre freqüência (f) e o número de pares de pólos (p) pela seguinte
fórmula:
n= (rpm)
f.60
P

Motor síncrono de CA

o motor síncrono de CA apresenta a mesma construção de um alternador, e


ambos têm o rotoralimentadopor CC. A diferençaé que o alternadorrecebe energia
mecânica no eixo e produz CA no estator; o motor síncrono, por outro lado, recebe
energia elétrica trifásica CA no estator e fornece energia mecânica ao eixo.

Esse tipo de motor apresenta as seguintes características:


. velocidade constante (síncrona);
. velocidade dependente da freqüência da rede;
. baixa capacidade de arranque.
Por essas características, o motor síncrono é usado quando é necessária uma
velocidade constante.

Funcionamento - A energia elétrica de CA no estator cria o campo magnético rotativo,


enquanto o roto r, alimentado com CC, age como um ímã.
Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

,,-

Um ímã suspenso num campo magnético gira até ficar paralelo ao campo. Quan-
do o campo magnético gira, o ímã gira com ele. Se o campo rotativo for intenso, a
força sobre o rotor também o será. Ao se manter alinhado ao campo magnético rotativo,
I'""
o rotor pode girar uma carga acoplada ao seu eixo. (Fig. 10.12)

.-

I""'

/"I
---

"'""

"""

Fig. 10.12

r
Quando parado, o motor síncrono não pode partir com aplicação direta de corren-
te CA trifásica no estator, o que é uma desvantagem. De modo geral, a partida é feita
como a do motor de indução (ou assíncrono). Isso porque o rotor do motor síncrono
é constituído, além do enrolamento normal, por um enrolamento em gaiola de esqui-
lo.

Ligação dos motores trifásicos


"...

~ Como já foi estudado, o motor trifásico tem as bobinas distribuídas no estator e


r ligadas de modo a formar três circuitos distintos, chamados de fases de enrolamento.

Essas fases são interligadas formando ligações em estrela (Y) ou em triângulo


r
(~), para o acoplamento a uma rede trifásica. Para isso, deve-se levar em conta a
tensão que irão operar.

Na ligação em estrela, o final das fases se fecha em si, e o início se liga à rede.
(Fig. 10.13) .
r

~
Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

Na ligação em triângulo, o início de uma fase é fechado com o final da outra, e


essa junção é ligada à rede. (Fig. 10.14)

Os motores trifásicos podem dispor de


R 5 T
3, 6, 9 ou 12 terminais para a ligação do
1 2 3
estator à rede elétrica. Assim, eles podem
R
operar em uma, duas, três ou quatro ten-
sões, respectivamente. Todavia, é mais co-
mum encontrar motores com 6 e 12 termi-
nais.
T S
Os motores trifásicos com 6 terminais só
Fig.10.14 podem ser ligados em duas tensões uma a
.J 3 maior do que a outra. Por exemplo:
220/380V ou 440/760V.

Esses motores são ligados em triângulo na menor tensão e, em estrela, na maior


tensão.

A figura 10.15 mostra uma placa de ligação desse tipo de motor.

y
@--@-{V

Cf
R
~s G( T
Fig. 10.15

Os motores com 12 terminais, por sua vez, têm possibilidade de ligação em qua-
tro tensões: 220V. 380V. 440V e 760V.
-.
"""',

.,.
-""-
~
1'""',
Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas
r'"
r\
~ A ligação à rede elétrica é feita da seguinte maneira:
1"\
I""' M para 220V ~ para 440V
1"'\ YY para 380 Y para 760
-
.".. \

,.-. Veja a representação da placa de ligação desse tipo de motor. (Fig. 10.16)
,

"""'" 1 PlACA.
DE~
2 3
-- ,
r 1I

-"",, --

, 4
5
/""\
7 8 9
1"\ I

1""'\
6
,
, 911 912
7'"'
Fig. 10.16
""'

r
Padronização da tensão e da dimensão dos motores trifásicos assíncronos e
1"' síncronos

-
I""
Os motores trifásicos são fabricados com diferentes potências e velocidades para
as tensões padronizadas da rede, ou seja, 220V, 380V, 440V e 760V, nas freqüênci-
"'"
as de 50 e 60Hz.
r
/""" No que se refere às dimensões,os fabricantesseguemas normas NEMA, IEC e
da ABNT.
r ,
1"\

-,
/""

/'
"""

I"""'

---
r
'"""
I""
r..
/"'

~
-
"'""
~~II'::_II~~s
escovas são responsáveis pelo contato elétrico entre a parte fixa (carcaça) e
a parte móvel (induzido ou armadura) da máquina.

o bom funcionamento da máquina depende da qualidade desse contato e esse,


por sua vez, depende do perfeito ajuste das escovas sobre o coletor.
""-
Quando há n~cessidadede substituiçãodas escovas, por exemplo,sãonecessá-
rios algunsajustes.

Assim, neste capítulo, estudaremos a escova, o porta-escovas, o coletor e os


ajustes que se fazem nesse conjunto.

A escova

A escova é uma peça que estabe-


lece o contato elétrico deslizante en-
tre uma parte fixa e uma parte móvel
das máquinas elétricas giratórias.
(Fig.7.1)

Essa peça é fabricada com uma mis-


tura de pó de carvão e grafite. Em al-
guns casos, junta-se também pó de co-
bre. Fig.7.1

Para assegurar um bom funcionamento da máquina com um mínimo de desgas-


te, deve-se levar em consideração a resistência elétrica, a dureza e a abrasividade
das escovas.

Tipos de escovas

As escovas são classificadas de acordo com a mistura empregada em sua fabri-


cação.Assim,temos: .
-
~

-
~

,., Eletricista de manutenção- Máquinas elétricas

. escovas à base de carvão;


. escovas com agregado de pó de cobre;
. escovas à base de grafite.

As escovas à base de carvão são compostas por uma mistura de carvão (em
maior proporção) e de grafite. São usadas em máquinas de corrente contínua para
tensões entre 11O e 440V.

As escovas com agregado de pó de cobre são compostas por uma mistura de


.- carvão e grafite, à qual se agrega o pó de cobre. Isso é feito para diminuir a resistên-
cia elétrica das escovas e aumenta sua capacidade de condução de corrente.
"'"
Esse tipo de escova é empregado geralmente em máquinas de baixa tensão,
como, por exemplo, os motores de arranque para automóveis.

As escovas à base de grafite são fabricadas a partir de uma mistura de carvão e


grafite, com uma proporção maior de grafite.

""'" Essas escovas têm pouca resistência elétrica e melhores características lubrifi-
cantes. Dessa forma, elas diminuem o desgaste do coletor.

Para selecionar o tipo mais adequado de escova a ser empregado, deve-se levar
em conta os seguintes aspectos:
. a corrente que ela pode conduzir;
. a velocidade do coleto r;
.-- . a pressão do contato;
. a resistência elétrica.

Manutenção

o cuidado com as escovas deve constar da verificação periódica das seguintes


condições:
. superfície de contato;
. pressão da mola;
. conexão elétrica;
/'" . desgaste natural.

Além disso, deve-se também eliminar graxa, pó e óleo aderidos às escovas.

,.-
---
/.
I""'

""'

~
Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

---

o porta-escovas
o porta-escovasé o elemento que mantémas escovasfirmemente segurasna
sua posição corretaem relaçãoao coletor.Ele é usadoem todos os tipos de máqui-
nas giratóriascujo induzidotenha coletor.

o por1a~escovas é constituídopor uma caixa onde estão alojadas uma ou mais


escovase uma mola ou lâmina curvada que pressionaas escovas,mantendo-asem
contato CO(T1
o coletar.É fabricadode latão,cobre, baqueliteou plástlco.(Fig. 7.2)

"'"
Fig.7.2

Existem várias formas de polia-escovas, segundo o tipo de máquina e de corren-


te que circula por essa máquina.

Tipos de porta-escovas

Os porta-escovas podem ser:


. fixo (Fig. 7.3);
-
. regulável. (Fig. 7.4)

~
Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas

Nas máquinas grandes, os porta-escovas são montados e isolados sobre um


anelou coroa. A coroa, por sua vez, é montada na parte inferior de uma das tampas.
Desse modo, os porta-escovas podem se ajustar sobre os passadores no sentido
lateral e no sentido vertical. (Fig. 7.5 e 7.6)

4 ~ ,
~ "'"\/,
..- "'\ "

Fig.7.5

Manutenção

Ao se fazer a manutenção, além da limpeza de poeira ou de graxa, é necessário


verificar o estado da caixa, do suporte, dos parafusos e rebites e do isolamento elétri-
co com relação à massa da máquina.

o coletor
o coletor é uma peça metálica, de formato circular, utilizado em todos os rotores
bobinados. Serve para ligar eletricamente, através das escovas, o bobinado móvel
do rotor com os bobinados e/ou circuitos extemos.

Tipos de coletores

Os coletores podem ser classificados de duas maneiras: quanto à construção e


quanto ao formato.

Quanto à construção, os coletores podem ser de anéis ou laminados.

Os coletores de anéis são formados por dois ou três anéis, isolados entre si e
montados sobre o eixo da máquina, da qual estão eletricamente isolados. (Fig. 7.7)

~
'-"
~

""'

~
Eletricista de manutenção -Máquinas elétricas

~
,

Os coletores laminados são formados por diversas lâminas de cobre, isolados


-
entre si e do eixo do induzido. São construídos montando-se certo número de lâmi-
nas e igual número de segmentos de mica sobre uma bucha de ferro formada por um
conjunto com dois anéis frontais. (Fig. 7.8)

LÃMINA BUCHA

j:-::-~--= / ~
~
~,

ANÉIS FRONTAIS
-"""""

'""'

SEGMENTO DE MICA
Fig.7.8
~
A lâmina é de seção transversal, em forma de cunha, com dois entalhes em V nas I'-.
extremidades (formato de cauda de andorinha). Os anéis frontais encaixam-se nes-
ses dois entalhes. (Fig. 7.9)
RANHURA
~
'-'
-

CAUDA DE ANDORINHA
Fig, 7.9

~
Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas

RANHURA
"""
/' Nas máquinas de pequena potência, as cone-
-- CABEÇA
xões entre as lâminas e as pontas das bobinas são
feitas através da soldagem do condutor diretamen-
""
/" te no entalhe existente na cabeça da lâmina. (Fig.
-"" /
7.10)
/
.,/
/"
Fig. 7.10 Nas máquinas de maior potência, as lâminas têm
"""
suportes de metal rígido, nos quais são soldadas as
pontas dos bobinados. (Fig'. 7.11)

Os segmentos isolantes são feitos de mica,


intercalados entre as lâminas.

Os anéis frontais são de ferro, isolados com


arruelas cônicas de mica ou micanite. A bucha
ou casquilho é de ferro.

As características de um coletor são dadas


pelo diâmetro externo, pelo diâmetro do ferro in-
terno, pelo tamanho e quantidade das lâminas,
pelo formato de suas cabeças e também pelo
tipo de isolamento que comumente é feito com
mica, baquelite ou outro isolante.

Quanto ao formato, os coletores podem ser de dois


tipos: tambor axial e frontal radial.

Os coletores de tipo tambor axial formam a maioria


dos coletores laminados. (Fig. 7.12)

Os coletores do tipo frontal radial são usados nos


motores de repulsão indução e também nos motores de
ferramentas portáteis, em motores de limpadores de
pára-brisas e em qualquer máquina na qual o espaço
ocupado pelo coleto r é importante.

Manutenção
A superfície do coletor, onde estão assentadas as escovas, deve estar lisa e
centrada em relação ao eixo do rotor.

Os isolamentos de mica estão geralmente abaixo das lâminas, e as ranhuras


devem estar livres de pó de carvão, para que cada lâmina fique eletricamente isolada
das demais. .

~
Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas

Os coletores devem ser mantidos limpos, livres de óleo, graxa e umidade, para
evitar arcos elétricos prejudiciais.

Periodicamente, é necessário polir as superfícies do coletor com lixa bem fina.

Quando essas superfícies apresentarem riscos, afundamentos ou estiverem ova-


lados, deve-se retificar o coleto r no torno mecânico.

Teste do conjunto e circuito entre lâminas

Esse tipo de teste deve ser realizado de acordo com a tensão da máquina onde
está colocado o coletor.

Nas máquinas de 6, 12, ou 24 volts, o teste é realizado através de uma lâmpada


em série com uma tensão duas ou três vezes o valor dessa tensão. Essa recomen-
dação vale tanto para o teste entre as lâminas quanto para a prova entre as lâminas
e a massa.

Para máquinas de maior tensão, como as de 220 volts, o teste entre coletor, con-
junto e lâminas é realizado com uma lâmpada em série de pouca potência, como a
de 25 watts. Esta lâmpada é usada para evitar a passagem de correntes altas e a
formação de arcos elétricos prejudiciais.

Ajustes das escovas

Para fazer o ajuste das escovas, deve-se:


. colocar a escova no porta-escova; ""
. colocar uma lixa entre o coletor e a esco-
va, com a face áspera voltada para a escova;
. fixar a mola, dando a necessária pressão
à escova;
. lixar a escova, puxando a lixa no sentido
da rotação do induzido, forçando a escova com
a mão. O trabalho deve ser iniciado com lixa
grossa e terminado com lixa fina, para que a
superfície de contato da escova fique o mais
lisa possível; (Fig. 7.13)
. limpar a escova, o porta-escova e o coletor;
. ajustar a pressão da mola, verificando se
a escova desliza levemente no porta-escova;
~
1"'\

- Eletricista de manutenção -Máquinas elétricas

""'

. montar a mola e prender um


~
dinamômetro no carvão;
.- . colocar um papel entre a escova e o
r~

~
~ coletor;
. para verificar a força da pressão da mola,
?'
puxar o papel e fazer a leitura do dínamômetro
no momento em que o papel começar a se
"""'
movimentar. A pressão da mola deve ser de
,,-:,
150 gramas por centímetro quadrado de es-
cova (Fig. 7.14);
" . colocar o rotor com os lados da bobina
r- marcados no ponto central dos pólos auxilia-
"" res;
. afrouxar o colar de fixação do porta-es-
Figo7.14 cova e deslocar o conjunto até que uma das
r" escovas toque as duas barras do coletor onde
"'"" são ligadas as pontas da bobina condensada.
,

~
Observação
r-
f"'\ Nas máquinas sem pólos auxiliares, o
posicionamento das escovas em relação ao
coletor (calagem) é feito um pouco avançado no
r
sentido da rotação para os geradores e atrasado
para os motores. Nessas máquinas, geralmente,
,-.
.. há uma marca no colar do porta-escova, indican-
-"""
do a posição exata da calagem.
;-..

Nem sempre a lâmina do coletor fica no centro


f" geométrico da bobina. Quando a escova é mal
calada, produz-se um intenso faiscamento no
/"'
coletor.
f'""

r
/"'

..-
r
-
r,

r""'

-'"

'"

/""+
Sistemas de partida de motores
trifásicos
,

;...

"

-,

Os motores trifásicos podem fazer uso de diversos sistemas de


r
partida. A escolha de cada um depende das condições exigidas
pela rede, das características da carga e da potência do motor.

~
Para iniciar o estudo dos comandos das .máquinas elétricas,
veremos neste capítulo os tipos e os sistemas de partida para
motores trifásicos.
,-.
Para isso, é necessário que você domine os conceitos sobre
corrente alternada, transformadores e ligações estrela e triângu-
lo.

Conjugado ou momento

r Conjugado, ou momento, é o conjunto de forças (binário) produ-


zido pelo eixo do rotor que provoca o movimento de rotação.

o conjugadonão é constantedo momentoda partidaaté que a


r-
velocidadenominalseja alcançada. Essa variaçãochama-se
curva de conjugado,cujos valores são expressosem porcenta-
/"
gem em relaçãoao conjugadonominal, ou seja, com relaçãoao
conjugadona velocidadea plena carga.
r
Cada motor tem sua própria curva de conjugado. Essa curva
varia com a potência e a velocidade do motor. Assim, em
motores de velocidade e potência iguais, mas de fabricantes
, diferentes, geralmente a curva do conjugado é diferente.
r'
~

-
~
o conjugadopode ser calculadopela fórmula:

M = 9.55'~(em newton/ metro)


n
~

Nessa igualdade, M é o momento ou conjugado; P é a potência;


n é a rotação.
~

A curva típica do conjugadomotor (CCM) é mostradoa seguir. ~


-/
,-,

Cma. CURVADE CONJUGADO00 r~OTOR


~~--""'\ (CCM)
i ~
'-
CP Crrw" ,

.
~

8
<:
(:)
;;;
"""
8

I
0' ,-,
'-'"
-
"""
Para a carga, temos a curva do conjugadoresistente(CCR),que -'
~
varia segundo o tipo de carga.
""'"

,
Veja a seguiras curvasdo conjugadoresistenteparaalguns .~
--
tipos de carga:
i'""\
. conjugadoresistentediminui com o aumentoda velocidade -..I
"-"'\
-"
'"""

ct
CP
>-..

"

. '
.
. I
: I
! I = ~~-
+ i NN
I -" V
. conjugadoresistente se mantém constante com o aumento
da velocidade

'"
CP

"""'

. conjugadoresistente aumenta com o aumento da velocidade

A curva do conjugadomotor (CCM) deve situar-sesempre acima


da curva do conjugadoresistente(CCR),para garantir a partida
do motor e sua aceleraçãoaté a velocidadenominal.
-.

-
r
/"'

r,

""'

-
~
De modo geral, quanto mais alta a curva do conjugado do motor
"em relação ao conjugado resistente, melhor será o desempenho
do motor"

CURVA DE CONJUGADO00 !"OTOR


(CCM)

~
o
o
.-:
~
:>

~
u

Tipos de partida

Os motores podem ser submetidos à partida direta ou a diversas


modalidades de partida indireta que fornecerão curvas de
conjugados diferentes.

Assim, podemos escolher um tipo de partida mais adequado à


curva do conjugado da máquina, diminuindo a corrente de
partida do motor.

Partida direta
A par1idadireta é realizadapor meio de chavesde par1idadireta
ou de contatorese se presta a motorestrifásicosde rotor tipo
gaiola.

Nesse tipo de partidaa plena tensão,o motor pode partir a plena


carga e com correntese elevandode cinco a seis vezes o valor
da corrente nominal, conforme o tipo ou número de pólos do
motor.

o gráfico a seguir mostra a relação entre a rotação e o conjuga*


do e a corrente. A curva a mostra que a corrente de partida é
seis vezes o valor da corrente nominal. A curva b mostra que o
conjugado na partida atinge aproximadamente1,5 vezes o valor
do conjugado nominal.

~
~
~
~

OOTAÇÃO.
% ~ NOMI~

Para cargas diferentes, as curvas características do motor


permanecem constantes, pois a carga não exerce influência no
comportamento do motor. A influência da carga se limita ao
tempo de aceleração do motor. Assim, se a carga colocada no
eixo do motor for grande, ele levará mais tempo para alcançar a
velocidade nominal.

o motor não atinge a rotação em duas situações:


. o conjugado de partida do motor é menor que o conjugado
de partida de carga;
. o conjugado mínimo do motor é menor que o conjugado da
carga na velocidade nominal;

Se uma situação dessas ocorrer, o motor terá o rotor travado e


poderá ser danificado se as altas correntes que circulam em seu
enrolamento não forem eliminadas.

Desvantagens da partida direta


A utilização da partida direta apresenta as seguintes desvanta-
I"'"
gens:
aquecimentonos condutores da rede devido aos picos de
corrente;
elevada queda de tensão no sistema de alimentação da
rede, o que provoca interferência em equipamentos instala-
dos no sistema:

~
~

custo elevado devido à necessidade de superdimensiona-


mento do sistema de proteção (cabos e condutores).

Partida indireta
Quando não é possível o emprego da partida direta, deve-se
usar a partida indireta, cuja finalidade é reduzir o pico de corren-
te na partida do motor.

A redução do pico de corrente somente é possível se a tensão


de alimentação do motor for reduzida, ou se for alterada a
característica do motor, mudando as ligações dos seus termi-
nais.

A queda da corrente de partida é diretamente proporcional à


queda de tensão. E a queda do conjugado é diretamente pro-
porcional ao quadrado da relação entre a tensão aplicada e a
tensão nominal.

Partidapor ligação estrela-triângulo


A partida por ligação estrela-triângulo é um tipo de partida
indireta. É usada quando a curva do conjugado do motor é
suficientemente elevada para poder garantir a aceleração da
máquina com a corrente reduzida. Isso acontece nos motores
para serras circulares, torno ou compressores que devem partir
com válvulas abertas.

Além disso, é necessário que o motor tenha a possibilidade de


ligação em dupla tensão (220/380 V, 380/660 V, ou 440n60 V) e
que tenha, no mínimo, seis bornes de ligação.
,-

""'"

o motor parte em dois estágios.No primeiroestágio,ele está


ligado em estrela e pronto para receberuma tensão .J3 vezes
maior que a tensão da rede. Com isso, a correnteque circulará
nos enrolamentosserá três vezes menor,ou seja, será 1/3 da
corrente para a ligaçãotriângulo (22estágio).
~

""'

I""

,,",
~
"""

/""'

I
~

--
"'"

Assim, o conjugadoe a corrente de partidaserão,também,


1'"\ reduzidos a 1/3 do valor.
r-
Observação
r Como a curva do conjugadoreduz-sea 1/3 do valor, sempreque
se usaressetipo de partida,deve-seempregarummotorcom
curva de conjugadoelevada.
""""

"""'
No segundo estágio, o motor é ligado em triângulo. Isso aconte-
ce quando a rotação atinge cerca de 80% da rotação nominal.

""'"
Essa comutação leva a um segundo pico de corrente, mas de
r
pouca intensidade, já que o motor está girando.
r

r
r
I'""'
"""'

r
~

~
-
~
Dessa forma, o motor parte em dois pequenos picos de corrente,
'ao invés de um pico de grande intensidade como na partida
direta.

VELOCIDADE

Vantagensda partida estrela-triângulo - As vantagens da partida


estrela-triângulo são:
. custo reduzido;
. ilimitado número de manobras;
. componentes de tamanho compacto;
. redução da corrente de partida para aproximadamente 1/3
da corrente de partida da ligação triângulo.

Desvantagens
As desvantagensda partidaestrela-triângulosão:
. necessidadeda existênciade seis bornesou terminais
acessíveispara a ligaçãoda chave;
. necessidadede coincidênciada tensão da rede com a
tensão em triângulodo motor;
, redução do momentode partidapara 1/3 como conseqüên-
cia da reduçãoda correntede partida para 1/3;
. pico de correntena comutaçãoquase correspondentea uma
partida direta caso o motor não atinja pelo menos85% de
sua velocidadenominal.Como conseqüência,aparecem
problemasnos contatosdos contatoresbem como na rede
elétrica.
"'""

""'"

r-..
Em geral, esse tipo de partida só pode ser empregado em
partidas de máquinas em vazio, ou seja, sem carga. Somente
r'
depois de o motor atingir 95% da rotação, a carga poderá ser
ligada.
,-.

"""
Partida por autotransformador
"""" Esse sistema de par1ida é usado para dar par1idaem motores
/"-- sob carga, como por exemplo, motores para calandras, bombas,
'"-"' britadores.
r-
""" Ele reduz a corrente de partida e, por isso, evita a sobrecarga na
rede de alimentação, embora deixe o motor com um conjugado
I'-" suficiente para a partida e a aceleração.

A partida efetua-se em dois estágios. No primeiro, a alimentação


do motor é feita sob tensão reduzida por meio do autotransfor-
mador.
I'"'

"""
Na partida,o pico de correntee o conjugadosão reduzidos
"...
proporcionalmenteao quadrado da relaçãode transformação.
Conformeo "tap" do transformador,esta relaçãode transforma-
ção pode ser 65 ou 85%.

Desse modo, o conjugado do motor atinge, ainda no primeiro


, estágio, maior velocidade do que a atingida no sistema de
r- ligação estrela-triângulo.

-- No segundo estágio, decorrido o tempo inicial da partida, o


--- ponto neutro do autotransformador é aberto, o motor é ligado
~
sob plena tensão, retomando suas características nominais.
I'"'
r-
A tensão no motor é reduzida através dos "taps" de 65% ou de
r\
80% do autotransformador.
/'""'

No "tap" de 65%, a corrente de linha é aproximadamente igual à


do sistema de partida estrela-triângulo. Entretanto, na passagem
,

1'""'
da tensão reduzida para a plena tensão, o motor não é desliga-

1""'\
do.
,

,...

/',
o segundo pico de correnteé bastantereduzidoporque o
áutotransformador,por um curto períodode tempo, se torna uma
reatâncialigadaem série com o motor.

Ao utilizar um autotransformadorpara um motor ligado a uma


rede 220 V e que absorva100 A, observamosque:
. se o autotransformadorfor ligado no I'tap"de 65%, a tensão
aplicada nos bornesdo motorserá de: 0,65 . 220 = 143 V;
. com a tensão reduzidaem 65%, a corrente nos bornesdo
motor tambémserá reduzidade 65%, e será de: 0,65 . 100 A
=65A;
. como o produtoda tensão petacorrente na entrada do
autotransformadoré igual ao produtoda tensão pela corrente
na saída,a correntena rede será de 42,25 A, conformeé
demonstradoa seguir:
220 V . tE = 143 V . 65 A

IE=143V.65A
"- =42,25 A
220 V
conjugado no t'tap" de 65% será então de 42%, ou seja:
M=V2
M = 0,65 . 0,65 = 0,42

Calculando da mesma maneira, encontraremos que o conjugado


no "tap" de 80% será de aproximadamente 64% do conjugado
nominal, ou seja: M = 0,80 . 0,80 = 0,64

Vantagensda partidacom autotransformador- As vantagens


desse tipo de par1idasão:
. corrente de linha semelhanteà da partidaestrela-triângulo
no "tap" de 65%;
. possibilidadede variaçãodo "tap" de 65% para 80% ou até
90% da tensãoda rede.

Desvantagens
As desvantagens desse sistema de partida são as seguintes:
. limitação da freqüência de manobra;
. custo mais elevado quando comparado ao da partida estrela-
triângulo;
"

necessidade de quadros maiores devido ao tamanho do


autotransformador.

Partida por resistência rotórica


A partida por resistência rotórica (ou partida do motor com rotor
bobinado e reostato) pode ser feita, conforma o caso, em dois,

três, quatro ou mais estágios.


""

Em cada um desses casos, a partida é feita por diminuição


sucessiva de resistências previamente inseridas no circuito do
rotor, enquanto o estator permanece sob tensão plena. Isso é
feito por meio de um reostato externo conectado ao circuito
rotórico por meio de um conjunto de escovas e anéis deslizan-
teso

o pico de corrente e o conjugado de p~rtida são reguláveis em


/' função do número de estágios, ou à medida que a resistência do
reostato diminui.
,-.
,--'
Esse sistema de partida é o que apresenta melhor resultado,
pois permite adaptar o conjugado durante a partida e os picos de
corrente correspondentes às necessidades da instalação.

"
Durante a partida,a resistênciarotóricaadicionalé mantidano
circuito para diminuira correntede partidae aumentar os
'"

conjugados.

, A resistência externa pode ser regulada de forma que o conju-


gado de partida seja igualou próximo do valor do conjugado
máximo.

,..-
r
À medida que a velocidade do motor aumenta, a resistência
éxterna é reduzida gradualmente.

Quando o motor atinge a velocidade nominal, a resistência


externa é totalmente retirada do circuito, o enrolamento rotórico
é curto-circuitado e o motor passa a funcionar como um motor
de gaiola.

o gráfico a seguir mostra os picos de corrente para uma partida


de motor com rotor bobinado em quatro estágios.
'"""'

..

I
8
LU

VEl.OC~

Partida de motores síncronos trifásicos


Os rotores dos motores síncronos podem ser construídos
apenas com o enrolamento em que será aplicada a corrente
contínua.

Neste caso, o motor não é dotado de partida. Para funcionar,


necessita ser impulsionado até a velocidade próxima à do
sincronismo, ou seja, até o momento em que o estator seja
ligado à rede e que seja aplicada corrente contínua ao rotor.
PráticaProfissional:EletricidadeGeral

Quase tudo que está à nossa volta é fruto do trabalho dos homens, desde a sua
criação até a sua execução. De manhã, ao tomarmos café com leite e comermos pão
com manteiga, nem sempre somos capazes de imaginar quantas pessoas
colaboraram com seu trabalho físico e intelectual para termos esses produtos. Graças
ao trabalho e à capacidade dessas pessoas, conseguimos viver com maior conforto e
saúde.

Também não somos capazes de imaginar sob que condições esse trabalho foi
realizado. Porém, isso é muito importante porque condições inseguras, insalubres ou
perigosas podem trazer ao trabalhador doenças profissionais que o tornarão incapaz
para uma vida produtiva.

Os princípios da ergonomia ajudam a estudar as condições sob as quais o trabalho é


realizado, melhorando o conhecimento sobre a atividade real do trabalhador e
detectando pontos de desequilíbrio entre o homem e seu posto de trabalho. Isso torna
poss{vel influir tanto na organização das tarefas quanto no ambiente em que elas são
realizadas, permitindo a atuação direta sobre suas conseqüências negativas como os
acidentes de trabalho, as doenças profissionais e do trabalho, a fadiga industrial.

Neste capítulo, estudaremos algumas noções sobre ergonomia e também formas de


r-
organizar o trabalho de modo a obter maior produtividade com menos esforço, mais
segurança e mais eficácia.

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia


I:'ráticaProfissional:EletricidadeGeral

o queé ergonomia

Ergonomia é o-conjunto de conhecimentos científicos relativos ao ser humano que


auxiliam na concepção de máquinas, instrumentos e dispositivos, de modo que ao
serem utilizados, proporcionem aos seus usuários o máximo de conforto, segurança e
eficácia.

Por exemplo: você já viu como funciona uma guilhotina manual que serve para cortar
chapas de aço? A haste de movimentação da guilhotina, que tem contato com as
mãos do trabalhador, deve ter um formato adequado, de modo a permitir que todos os
dedos nela se apoiem, conforme mostra a ilustração abaixo. Esse formato respeita a
anatomia das mãos, proporcionando conforto ao trabalhador.

(
/

A ergonomia surgiu nos anos 40 com o objetivo de compreender o trabalho humano


em suas relações dentro dos contextos social e tecnológiclJ. Trata-se de uma área de
conhecimento que utiliza informações de diversas outras áreas como a engenharia, a
fisiologia, a psicologia, a medicina, a fisioterapia, a sociologia.

A ergonomia se classifica em:


. ergonomia do produto, que trata do design dos produtos a serem oferecidos no
mercado;
. ergonomia de produção, que estuda o modo como os processos produtivos são

organizados.

A ergonomia de produção, por sua vez, pode ser subdividida em:


. ergonomia de concepção, que trata dos projetos de máquinas e equipamentos,

processos de trabalho e plantas industriais, com a finalidade de evitar que seu uso
venha a causar desconforto e doenças profissionais em seus usuários;
. ergonomia de correção, que trata da correção dos problemas ergonômicos
gerados por máquinas, equipamentos, processos de trabalho e plantas industriais
e que estejam causando desconforto e doença aos trabalhadores. .

Tecnologiaaplicada:Noçõesde Ergonomia
"'"'

PráticaProfissional:EletricidadeGeral

Através daobservação
dos postosdetrabalho,os especialistas
em ergonomia
têm
verificadoque o trabalhocada vez mais se realizapor meiode tarefas manuais
~
repetitivascom exigênciasde precisãoe rapidezcada vez maiorese com um ritmo de
trabalho impostopelas máquinas.

Essa exigênc,a de um grau cada vez maior de produtividade e competitividade leva a


um crescente aumento das doenças relacionadas ao trabalho, sejam elas físicas ou
/"
mentais, particularmente os casos de Distúrbios Ósteo-musculares Relacionados com
o Trabalho (DORT). Essas doenças profissionais têm graves repercussões tanto para
o trabalhador que adoece, quanto para a sociedade que tem que arcar com os custos
i"'\
de sua assistência médica e previdenciária.

/""\
Elas são resultado de exigências de esforço físico intenso, levantamento e transporte
r,
manual de peso, postura inadequada no exercício das atividades, exigências rigorosas
de produtividade, jornadas de trabalho prolongadas ou em turnos, atividades
monótonas ou repetitivas etc.
"
,

Norma Regulamentadora 17

Segurança e saúde do tra,~alhador são assuntos muito sérios. Em virtude disso,


existem as Normas Aegulamentadoras (NA) que tratam das questões relativas à
segurança e medicina do trabalho, são de responsabilidade do Ministério do Trabalho
e Emprego e cuja aplicação é fiscalizada pela Secretaria de Segurança e Saúde do
Trabalho. .

A Ergonomia é tratada na NR-17 que "visa estabelecer parâmetros que permitam a


adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente",

"As condiçõesde trabalho incluemaspectosrelacionadosao 1evantamento


transporte
e descargade materiais,ao mobiliário,aos equipamentosa às condiçõesambientais
do posto de trabalho e à própriaorganizaçãodo trabalho."(1)
r-
r-
í"

,-.
I'"" Tecnologiaaplicada:Noçõesde Ergonomla
prática Profissional:EletricidadeGeral

Isso significa que essa NA descreve parâmetros para estabelecimento de condições


mínimas de trabalho no que se refere a:

. levantamento, transporte e descarga individual de materiais, estabelecendo,


por exemplo,que "Não deverá ser exigidonemadmitidoo transportemanualde
cargas ...cujopeso seja suscetívelde comprometer',(2)
a saúdeou a segurançado
trabalhador; .

. mobiliário dos postos de trabalho que exige, por exemplo, que "Para trabalho
manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa
postura, visualização e operaçáo...,,(3);

equipamentos dos postos de trabalho que estabeleceque "Todosos


equipamentosque compõemum postode trabalhodevemestar adequadosàs
característicaspsicofisiológicasdos trabalhadorese a naturezado trabalhoa ser
executado"(4);

. condições ambientais do trabalho que exige, entre outras coisas, que "Nos
locais de trabalho onde são executados atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes"... "são recomendadas E'Sseguintes condições de
conforto:
a) nfveis de rufdo de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira
registrada no INMETRO;
b) fndice de temperatl;Jra efetiva entre 20 e 23° C;
c) velocidade do ar não superior a 0,75 m/s;
d) umidade relativa ao ar não inferior a 40%. (5)"

. organização do trabalho, que "para efeito da NA, deve levar em conta, no


mínimo:
a) as normas de produção;
b) modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo do tempo;
e) o ritmo do trabalho;
f) o conteúdo das tarefas. (6)0.

Tecnologiaaplicada:Noçõesde Ergonomla
Prática Profissional: Eletricidade Geral

Organização do trabalho

Como vimos, organização do trabalho é um dos itens da NR-17 que trata da


ergonomia com vistas a proporcionar conforto e segurança ao trabalhador na
realização de seu trabalho. O problema surge quando é necessário elaborqr e por em
prática essa organização. Por exemplo, escolher uma forma mais rápida de realizar
uma tarefa pode afetar a qualidade do produto e a segurança do trabalhador, tornando
o trabalho perigoso.

Além disso, precisamos pensar, também, .na quantidade e qualidade dos materiais
necessários, nas condições de equipamentos e do ambiente para as pessoas que vão
operá-los, na hora e no local em que eles devem estar.

Antes de iniciar o trabalho,precisamos providenciar:


. máquinas;
. ferramentas adequadas e em bom estado;
. matéria-prima;
. equipamentos diversos, inclusive os de segurança;
. tempo necessário;
. pessoas qualificadas etc.

Quandofazemos,com antecedência,um estudo de todos os fatores que vão interferir


no trabalho e reunimos o que é necessário para a sua execução, estamos
organizando o trabalho para alcançar bons resultados.

Tecnologia aplicada:Noçõesde Ergonomia


,..

PráticaProfissional: Eletricidade Geral

Posto de trabalho

Posto de trabalho é o local definido e delimitado para a realização de uma atividade


qualquer. Esse local deve ter tudo o que é necessário para o trabalho: máquinas,
bancadas, material, ferramentas, instalações etc. Num posto de trabalho, podem
trabalhar uma ou mais pessoas.

A organização do espaço do posto de trabalho é de grande importância para se obter


produtividade, ou seja, para se produzir mais, com menos esforço, tempo e custo, sem
perda da qualidade.

1-
.~(
-;1
../

/
\\J

"-
.~

-~

'~

Para essa organização. é valiosa a técnica baseada nos princípios de economia de


movimentos.

Princípios de economia de movimentos

Esses princípios orientam procedimentos para reduzir movimentos do profissional e


aumentar a produtividade. A idéia básica desses princípios é a de que não se deve
fazer nada que seja desnecessário. Normalmente, esses princípios são empregados
em trabalhos contínuos, manuais e em pequenas montagens. De acordo com tais
princípios, o trabalho deve ser organizado com base nas seguintes idéias: .

Tecnologia aplicada: Noções de Eroonomia


Prática Profissional:EletricidadeGeral

1 Uso de músculos adequados

Deve haver concordância entre o esforço a ser feito e os músculos a serem utilizados
num trabalho físico. Pela ordem, devemos usar os músculos dos dedos. Se estes não
forem suficientes para o esforço despendido, vamos acrescentando a força de outros
músculos: do punho, do antebraço, do braço e dos ombros.

Essa quantidade de músculos deve ser usada de acordo com a necessidade: nem
mais, o que seria desperdício de energia; nem menos, porque a sobrecarga de um só
músculo pode causar problemas sérios ao trabalhador.

Por exemplo: quando um pintor usa um pincel médio para pintar uma porta numa
determinada altura, ele deve usar os músculos dos dedos mais os músculos dos
punhos. Se utilizasse também o antebraço, estaria fazendo esforço desnecessário.

2. Mãos e braços

As mãos e os braços devem trabalhar juntos. Sempre que possível, deve-se organizar
o trabalho de modo que ele possa ser realizado com as duas mãos ou os dois braços
num mesmo momento e em atividades iguais.

Se, por exemplo, temos de colocar uma porca num parafuso, dar meia-volta na porca
e colocar a peça numa caixa de embalagem, devemos fazer esse trabalho com as
duas mãos e os dois braços. Numa empresa, esse tipo de trabalho pode ser feito de
modo rápido e eficiente pelo trabalhador, desde que se façam as adaptações
necessárias no posto de trabalho e que o trabalhador passe por um treinamento.

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia


,r..,.

PráticaProfissional: Eletricidade Geral

3. Movimentos curvos

Os movimentos dos braços e das mãos devem ser feitos em curvas contínuas, isto é,
sem paradas e, se possível, de forma combin~da.. Um exemplo de movimento em
curvas é o de encerar que, em vez de vaivém, deve ser feito em círculos contínuos.

Um exemplo de movimento combinado é o que fazemos quando pegamos um


parafuso com as mãos e o seguramos de modo que sua posição fique adequada para
encaixá-lo num furo.

4. Lançamentos

Quando necessitamos transportar coisas, poderemos lançá-Ias em vez de carregá-Ias,


se a distância assim o permitir. Esse lançamento deve seguir uma trajetória chamada
balística porque descreve uma curva igual ao caminho que faz uma bala disparada de
uma arma de fogo. É o que fazem os pedreiros ao usarem pás para lançar areia de um
local para outro.

Tecnologia aplicada:Noçõesde Ergonomia


PráticaProfissional: Eletricidade Geral

5. Ritmo

o trabalho deve ser feito com ritmo, ou seja, cadência. Quando andamos uma longa
distânpia. devemos manter um ritmo constante, de modo que não nos cansemos
andando muito rápido, nem demoremos andando muito devagar.

Mas é preciso lembrar que cada pessoa tem um ritmo próprio. Assim, o trabalhador
deve seguir o seu próprio ritmo e mantê-lo constantemente.

Ao serrar uma barra de aço de bitola fina, por exemplo, com uma serra manual, o
movimento de vaivém deve ter um ritmo normal. Um movimento excessivamente rápido,
além de cansar quem está serrando, pode resultar num corte malfeito, sem boa
qualidade. Também pode causar redução da produção pois o trabalhador, após
excessivo esforço, vê-se obrigado a parar por muito cansaço.

6. Zonas de trabalho

É preciso demarcar bem a zona de trabalho, que é a área da extensão das mãos do
trabalhador quando ele movimenta os braços, sem precisar movimentar o corpo.

No plano horizontal, temos a chamada zona ótima, adequadapara a realização de


tarefas mais precisas, em que são movimentados os dedos e os punhos.

,..
'""

r
,

"'""' Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia


Prática Profissional: Eletricidade Geral

Quando usamos dedos, punho e antebraço na execução de um trabalho, estamos


usando a zona normal, conforme ilustra afigura abaixo.

A zona de alcance máximo dos braços corresponde à área denominada zona


máxima. Além desse limite, não é recomendável a realização de nenhuma tarefa.

Todas as ferramentas, materiais, botões de comandoeo pon~os de operação devem estar


sempre colocados nessas áreas, seguindo, se possível, a seqüênc.ia: zona ótima, zona
normal, zona máxima.

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia


Prática Profissional: Eletricidade Geral

7. Altura do posto de trabalho

A altura do posto de trabalho é um dos aspe~tos importantes para manter o conforto


do trabalhador e evitar cansaço. Sempre que possível, a pessoa deve ter liberdade
~
para trabalhar em pé ou sentada, mudando essas duas posições de acordo com sua
disposição física. Portanto, as máquinas e bancadas devem ter altura adequada à
altura do trabalhador para ele trabalhar em pé. Para seu conforto, deve haver um
assento alto, regulável, que lhe possibilite trabalhar sentado. No entanto, existem
trabalhos que só podem ser feitos com o irabalhador sentado, como é o caso dos
motoristas, e trabalhos que só podem ser feitos em pé, como é o caso dos cozinheiros
à frente do fogão.

Em cadeira alta, o trabalhador precisa ter um apoio para os pés, de modo que haja
facilidade de circulação do sangue pelas coxas, pelas pernas ~ pelos pés.

r-

'"""

I"""'

r-
Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia
PráticaProfissional: Eletricidade Geral

8. Um lugar para cada coisa

Deve haver sempre um lugar para cada coisa e cada coisa deve estar sempre em seu
lugar. Pondo isso em prática, evitam-se fadiga, perda de tempo e irritação por não se
encontrar o que se necessita.

Um exemplo desse princípio de ordem e organização é o dos quadros de oficinas


mecânicas, que apresentam contornos das ferramentas a fim de que cada uma volte
sempre ao seu local.

9. Objetos em ordem

Objetosem ordem facilitam o trabalho. Se, numa seqüência de operações, você usa
ferramentas ou outros objetos, procure colocá-los na mesma ordem da seqüência de
uso e na zona em que vai trabalhar. Os objetos de uso mais freqüente devem ficar
mais próximos de você.

10. Uso da força da gravidade

A força da gravidade faz com que os


corpos sejam atraídos para o centro da
Terra. Deve ser aproveitada para
pequenos deslocamentos, como é caso
de abastecimento e retirada de materiais.
Sua bancada, por exemplo, pode ter uma
calha para você receber peças ou
transportá-Ias para outro posto.

Tecnologia aplicada:Noçõesde Ergonomia


Prática Profissional: Eletricidade Geral

11. Ferramentas

As ferramentas devem ser adequadas ao trabalho, tanto no tipo quanto no tamanho.


Por exemplo, para pregar pregos pequenos, devemos usar martelos pequenos e para
pregos grandes, martelos grandes. Devemos apertar i,Jmaporca com chave de boca
com tamanho e tipo apropriados, pois o uso da ferramenta inadequada pode causar
acidentes.

Fatores ambientais

Fatores como iluminação, barulho, temperatura etc., devem ser considerados para
aumentar a produtividade, assegurar a qualidade do produto ou serviço que está
sendo feito e garantir o conforto e a saúde ocupacional do trabalhador.

o conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como as edificações, os


equipamentos, os móveis, as condições de temperatura, de pressão, a umidade do ar,
a iluminação, a ordem, a limpeza e as próprias pessoas, constituem o nosso
ambiente. Nos locais de trabalho, a combinação de alguns desses elementos gera
produtos e serviços. A todo esse conjunto de elementos e ações denominamos
condições ambientais.

Com o desenvolvimento tecnológico, é possível imaginar que, num futuro próximo, os


trabalhadores fiquem livres de desenvolver atividades em ambientes que coloquem em
risco sua integridade física e saúde.

Já estamos chegando quase lá. Hoje, existem robôs que, manipulados por controle
remoto, descem ao fundo das crateras vulcânicas para colher amostras de solo e
registrar informações que permitirão prever a ocorrência de futuras erupções. Os
cientistas fazem a sua parte em locais mais seguros. Nas linhas de montagem, os
,,-., robôs se encarregam de atividades repetitivas e perigosas.

Entretanto, apesar de todo o avanço científico e tecnológico, ainda há situações em


que o homem é obrigado a enfrentar condições desfavoráveis em seu ambiente de
trabalho, expondo-se ao risco de contrair doenças ou sofrer lesões. E o que é pior: há
casos em que o homem desenvolve seu trabalho em condições ambientais
aparentemente inofensivas, sem ter consciência dos riscos invisíveis que está
enfrentando. .

"""" T ecnologia aplicada: Noções de Ergonomia


~rática Profissional; Eletricidade Geral

Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento de suas


tarefas diárias. Alguns atingem grupos específicos de profissionais. É o caso, por
exemplo, dos mergulhadores, que trabalham submetidos a altas pressões e a baixas
temperaturas. Por isso, são obrigados a usar roupas especiais, para conservar a
temperatura do corpo, e passam por cabines de compressão e descompressão, cada
vez que mergulham ou sobem à superfície.

Outros fatores de risco não escolhem profissão: agridem trabalhadores de diferentes


áreas e níveis ocupacionais, de maneira sutil, praticamente imperceptível. Esses
últimos são os mais perigosos, porque são os mais ignorados.

Riscos físicos
Todos nós, ao desenvolvermos nossos trabalhos, gastamos uma certa quantidade de
energia para produzir um determinado resultado. Quando as condições físicas do
ambiente, como, por exemplo, o nível de ruído e a temperatura, são agradáveis,
produzimos mais com menor esforço. Mas, quando essas condições fogem muito dos
limites de tolerância, vem o cansaço, a queda de produção, a falta de motivação para
o trabalho, as doenças profissionais e os acidentes do trabalho.

Em outras palavras, os fatores físicos do ambiente de traralho interferem


diretamente no desempenho do trabalhador e na produção e, por isso, merecem ser
anali~ados com o maior cuidado.

Ruído: Os especialistas no assunto definem o ruído como todo som que causa
sensação desagradável ao homem.

Quando você se encontra em um ambiente de trabalho e não consegue ouvir


perieitamente a fala das pessoas, isso é uma indicação de que o local é barulhento ou
ruidoso.

o som e o ruído, penetrando pejos ouvidos, atingem o cérebro. Se medidas de


controle não forem tomadas, graves conseqüências podem ocorrer. Agindo no
aparelho auditivo, o ruído pode causar surdez profissional cuja cura é impossível,
deixando o trabalhador com dificuldades para ouvir rádio, televisão e para manter um
bom "papo" com os amigos.

Tecnologiaaplicada:Noçõesde Ergonomia
,
--

PráticaProfissional: Eietricidade Geral

r-

-
-
Muitas vezes subestimamos os perigos das energia elétrica, por não ser um perigo
visível ou apalpável como ocorre em mecânica, por exemplo.

Mas uma simples troca de lâmpada pode ser fatal se não forem observados alguns
aspectos importantes com relação a segurança.

Neste capítulo serão abordados assuntos que devem ser encarados com muita
seriedade, pois, sua vida é mais importante que qualquer outra coisa, inclusive seu
trabalho.

Efeitos da corrente elétrica no corpo humano


,...

Partindodo princípiode que tudo é formado por átomos, e corrente elétrica é o


movimento dos elétrons de um átomo a outro, o corpo humano é então um condutor
de eletricidade.

"""'

r
,..
--
..- Tecnologiaaplicada:Proteçãocontraos perigosda energiaelétrica

~
Prática Profissional: Eletricidade Geral

A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano pode ser perigosa dependendo
da sua intensidade, do caminho por onde ela circula e do tipo de corrente elétrica.
Assim, uma pessoa suporta, durante um curto período de tempo, uma corrente de até
40 mA.

Vejamos por quê.

Com as mãos úmidas, a resistência total de um corpo humano é de aproximadamente


1300.0., Aplicando a lei de Ohm (V = R . I) , vamos nos lembrar de que para uma
corrente de 40 mA circular em uma resistência de 1300 .0.,é necessária apenas uma
.
tensão elétrica de: V = 1300 0,04 = 52, ou seja, 52 V. .

Por causa disso, em nível internacional, tensões superiores a 50 V são consideradas

perigosas.

Através da tabela que segue, é possível observar em valores de correntes, o que


pode ocorrer com uma pessoa quando submetida à passagem de uma corrente
elétrica. É claro que cada ser humano tem valores resistivos diferentes e esses
valores variam de acordo com o metabolismo, a presença ou não de umidade, e o
trajeto que a corrente faz através dos membros da pessoa.

Veja na ilustração a seguir, o que pode ocorrer em alguns dos órgãos do corpo
humano, quando atravessado por uma corrente, entrando pela mão e saindo pelos
pés de uma pessoa descalça sobre um chão molhado.

Tecnologiaaplicada:Proteçãocontraos perigosda energiaelétrica


-.
PráticaProfissional:EletricidadeGeral

1. Cérebro; detenção da circulação sangüínea;


2. Músculo: paralisação do músculo; sarda de um
órgão ou parte dele;
3. Pulmões: acúmulo anormal de líquido; aumento
de pressão;

- 4. Coração: infarto; aumento do número de


contrações e perda da capacidade de bombear
sangue;
5. Diafragma: parada respiratória; tetanização;
I'""'
6. ~im: insuficiência renal; incontinência de urina;
7. Embrião (feto): tetanização; aumento do
r-
número de contrações no coração e perda de
-- capacidade de bombear sangue;
desprendimento da placenta;
8. Vasos circulatórios: entupimento e parada
cardíaca;
9. Sangue: fuga da parte líquida, coagulável do sangue;
r 10. Bulbo: inibição dos centros respiratórios e cardíacos
r
r Devido ao que acabou de ser explicado, os seguintes cuidados devem ser tomados:
. os reparos de equipamentos elétricos devem ser sempre feitos por especialistas;
I'""'" . as partes do corpo expostas à tensão devem estar devidamente isoladas;

-
r-

r-
. os equipamentos

reparos.
devem estar desligados por completo durante a execução dos

Medidas de proteção

"-,,
Várias medidas podem ser tomadas para proteger as pessoas contra choques
r- elétricos. As mais usuais são:
r . proteção através do condutor terra;
. proteção por isolamento;
r- . proteção por separação de circuitos. .

r'

r
r

Tecnologiaaplicada:Proteçãocontraos perigosda energiaelétrica


r
PráticaProfissional: Eletricidade Geral

Proteção através do condutor terra

A falha de isolação de qualquer equipamento cuja instalação tenha sido realizada sem
o condutor terra, fará a carcaça do equipamento ficar energizada. Se alguém se
encostar nesta carcaça, uma corrente elétrica circulará através de seu corpo,
ocasionando um choque elétrico.

Para evitar esse tipo de acidente deve-se instalar um condutor terra na carcaça do
equipamento.Esta medida de proteçãoé C?hamadade aterramento.

Se ocorrer falha na isolação do equipamento, estando a carcaça aterrada, teremos


um curto-circuito entre a fase e o terra. Isto faz romper o fusível e elimina o perigo. A
corrente de curto-circuito passa à terra pelo condutor de proteção.

o condutor de proteção deve ter cor verde com espiras amarelas (NBR 5410)

Tecnologiaaplicada:Proteção contra os perigos da energia elétrica


PráticaProfissional:EletricidadeGeral

Proteçãoporlsolação

Uma outra forma de proteção contra choques elétricos é através da utilização de


materiais isolantes na carcaça dos equipamentos. As ferramentas elétricas e os
aparelhos eletrodomésticos são envolvidos em materiais isolantes com boa resistência
mecânica.

"""'

Proteção por separação de circuitos

r A proteção por separação de circuitos é feita com o auxílio de um transformador


isolador (1:1) com o secundário não aterrado. Assim é possNel deixar o secundário
sem referência com o terra, deixando de existir, dessa forma, diferença de potencial
entre os terminais do secundário e o terra.

,.--,

I'""'

r"'

Tecnologiaaplicada:Proteçãocontraos perigosda energiaelétrica


Prática Profissional: Eletricidade Geral

Exercícios

1. Responda às questões que seguem.


a) Qual é o valor limite de corrente elétrica que uma pessoa pode suportar durante um
curto período de tempo?

b) o que pode ocorrer com uma pessoa quando submetida a passagem de uma
corrente elétrica de 30 mA ?

c) Acima de qual valor a tensão é considerada perigosa?

"'"'

d) Cite um exemplo de danC' que a corrente elétrica pode causar ao passar pelo
coração de uma pessoa.

2. Relacionea coluna da esquerda com a coluna da direita.


1. Proteção através do condutor terra. ( ) Transformador isolador 1:1.
2. Proteção por separação de circuitos. ( ) Aterramento.
3. Proteção por ísolação. ( ) Carcaça de materiais isolantes.

Tecnologiaaplicada: Proteção contra os perigos da energia elétrica


PráticaProfissional: Eletricidade Geral

Para a realização de suas tarefas do dia-a-dia, o profissional da área eletroeletrônica


necessita não só do conhecimento teórico, mas lambem de uma série de equipamentos,
componentes e ferramentas que o auxiliam nesse trabalho.

Neste capítulo serão estudadas as ferramentas mais usadas em eletricidade, ou seja,


alicates e chaves de fenda.

Alicates
""'"

~
.. o alicate é uma ferramenta de aço forjado composta de dois braços e um pino de
. articulação. Cada uma das extremidades de cada braço (cabeça) pode ser em formato de

garras, de lâminas de corte ou de pontas que servem para segurar, cortar, dobrar ou
retirar peças de determinadas montagens.

'""'

Tecnologiaaplicada Ferramentaspara instalaçõeselétricas


PráticaProfissional: Eletricidade Geral

Existem vários modelos de alicates, cada um adequado a um tipo de trabalho. Em


serviços de eletricidade, os alicates mais usuais são os seguintes:
. alicate universal;
. alicate de corte diagonal;
. alicate de bico;
. alicate decapador;
. alicate gasista.

o alicate universal é o modelo mais conhecido e usado de toda a família dos alicates.
Os tipos existentes no mercado variam principalmente em relação ao acabamento e ao

formato da cabeça.

Esse tipo de alicate é uma das principais ferramentas usadas pelo eletricista, pois serve
para prender, cortar ou dobrar condutores.

Este alicate é composto de dois braços articulados por um pino ou eixo, que permite abri-
10 e fechá-lo. e em uma das extremidades se encontram suas mandíbulas. São
encontrados nos comprimentos de 150 mm, 165 mm, 175 mm, 190 mm, 200 mm,
210 mm e 215 mm.

o alicate de corte
diagonal serve para col1ar condutores. É encontrado nos comprimentos de 130 mm e
160 mm.

Tecnologiaaplicada: Ferramentas para instalações elétricas


Prática Profissional: Eletricidade Geral

Alicate de bico redondo é utilizado para fazer olhal em condutores com diâmetros
,
diferentes, de acordo com o parafuso de fixação. E encontrado nos comprimentos de 130
mm e 160 mm.

r.

o alicate decapador possui mandíbulas reguláveis para decapar a isolação com rapidez
e sem danificar o condutor. Tem comprimento padronizado conforme o diâmetro do
condutor.

~;;1
~ '-f"
I'""""

Outro alicate usado pelo eletricista instalador é o alicate gasista, também chamado de
alicate bomba d'água, que possui mandíbulas reguláveis, braços não isolados e não tem
corte. Serve para montar rede de eletrodutos, e especificamente buchas e arruelas. É
encontrado nos comprimentos de 160 mm, 200 mm e 250 mm.

r-

Tecnologiaaplicada:Ferramentaspara instalaçõeselétricas

~
Prática Profissional: Eletricidade Geral

Chave de fenda

A chave de fenda comum ou chave de parafuso é uma ferramenta manual utilizada para
apertar e desapertar parafusos que apresentam uma fenda ou ranhura em suas cabeças.

Ela é constituída por uma haste de aço-carbono ou aço especial, com uma das
extremidades forjada em forma de cunha e outra, em forma de espiga prismática ou
cilíndrica esfriada, encravada solidamente em um cabo.

o cabo normalmenteé feito dr materialisolanterígidocom ranhuraslongitudinaisque


permitemuma boa empunhadurado operadore impedemque a ferramentaescorregue
da mão.

A região da cunha da chave de fenda é temperada para resistir à ação cortante das
ranhuras existentes nas fendas dos parafusos. O restante da haste deve apresentar uma
boa tenacidade para resistir ao esforço de torção quando a chave de fenda estiver sendo
utilizada.

Para permitir o correto ajuste na fenda do parafuso, as chaves de fenda comuns de boa
qualidade apresentam as faces esmerilhadas em planos paralelos, próximo ao topo.

Tecnologia aplicada:Ferramentasparainstalaçõeselétricas
PráticaProfissional:EletricidadeGeral

--
'"""-'

""'

A finalidade dessas faces esmerilhadas é dificultar o


escorregamento da cunha na fenda do parafuso
quando ele está sendo apertado ou desapertado. Isso evita que
a fenda do parafuso fique danificada e protege o operador de acidentes devidos ao
escorregamento da ferramenta
"

Além da chave de fenda comum, existem alguns outros modelosindicadospara o uso em


trabalhosda área eletroeletrônica.Elas são:
. chave PhiJips;
. chave tipo canhão.

Chave Philips

A chave Philipsé uma varianteda chave de fenda. Nela, a "!xtremidadeda haste, oposta
ao cabo, tem o formato de cruz. É usada em parafusosque usam este tipo de fenda.
"""

r-

"""
Chave tipo canhão

A chave tipo canhão tem na extremidade de sua haste um alojamento com dimensões
iguais às dimensões externas de uma porca. Esse tipo de chave serve para a colocação
de porcas.
,

r
r
Tecnologiaaplicada:Ferramentaspara instalaçõeselétricas
PráticaProfissional: Eletricidade Geral

Conservação e condições de uso

Como qualquer outra ferramenta, a chave de fenda requer cuidados especiais de


manuseio e armazenamento.

Para que a chave de fenda se mantenha em perfeito estado para uso, deve-se seguir os
seguintes cuidados de manuseio:
. não usar o cabo da chave como um martelo;
. não usar a chave para cortar, raspar ou traçar qualquer material;
. usar a chave adequada ao tamanho e tipo do parafuso;
. jamais esmerilhar ou limar a cunha da chave.

Para evitar acidentes, ao apertar parafusos, a peça deve estar apoiada em um lugar
firme. Do contrário, a chave poderá escorregar e causar ferimentos na mão que estiver
segurando a peça.

Exercícios

1. Responda às seguintes questões:


a) Ouais são as ferramentas mais usada nas atividades da área eletroeletrônica?

b) Qual dos alicates estudados nesta lição serve para prender, cortar e dobrar
condutores?

Tecnologia aplicada: Ferramentas para instalações elétricas


..
C;
~
C:
C PráticaProfissional: Eletricidade Geral
(
~
(;:
~ c) Qual é a função do alicate bomba d'água?
~
C:
(;;
(;
~
c:
c
2. Associe a coluna da esquerda com a coluna da direita.
~
a) alicate decapador ( ) Serve para cortar condutores.
c:
c: b) alicate de bico ( ) Tem uma fenda no formato de cruz.
C: c) alicate de corte diagonal ( ) Decapa a isolação de condutores.
(; d) chave tipo canhão ( ) Serve para montar redes de eletrodutos.
C e) chave Philips ( ) Faz olhal em condutores.
C ( ) Serve para colocação de porcas.
C
~
(;:
~
c
c
c
o
Q
o
o
c
c
o
o
o
o
o
ç
o
o
o Tecnologia aplicada:Ferramentaspara instalaçõeselétricas

o
o
o
o
--

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Para executar seu trabalho, além dos materiais e acessórios para redes de eletrodutos, o
eletricista necessita também de ferramentas. Algumas delas serão estudadas neste
capítulo.

Ferramentas

Dentre as ferramentas que o eletricista pode usar em seu trabalho diário, podem ser
citadas a serra manual para cortar eletrodutos metálicos e as tarraxas para abrir roscas
nesses mesmos eletrodutos.

Serra manual
A serra manual é uma ferramenta composta de um arco de aço e uma lâmina de aço
rápido ou carbono dentada e temperada. Ela é usada para cortar ou abrir fendas em
materiais metálicos.

Tecnologiaaplicada:Ferramentasparaeletrodutos
-
Prática Profissional:EletricidadeGeral

. A lâmina de serra, que pode ser alternada ou ondulada, possui um lado dentado com
trava, permitindo a execução de um corte com largura maior que a espessura da lâmina.

"'"

No comércio, são encontradas lâminas de serra éom comprimentos de 8, 10 e 12


polegadas e 14, 18, 24 e 32 dentes por polegada.

Os dentes das lâminas de serra não têm sempre o mesmo tamanho. Ess.etamanho
depende do passo, ou seja, do número de dentes, contidos em determinada distância
(25,4 cm ou 1ti).

Peças finas, tais como chapas e tubos, devem ser serradas com serra de dentes finos, ou
seja, aquelas que têm maior quantidade de dentes por polegada. Por outro lado, material
muito macio ou blocos inteiriços podem ser serrados com serras de dentes relativamente
mais grossos, isto é, aquelas que têm menor quantidade de dentes por polegada. Veja
tabela a seguir.

/""
i~~nhQ;i9S" flustracã~~;'

32 dentes por polegada Tubos, eletrodutos e L:~~


chapas finas
Dentes finos

24 dentes por polegada Perfis de aço em T, L,

"
U, latão e cobre
~
18 dentes por polegada Aços resistentes

Dentes grossos

14 dentes por polegada Material macio e


grandes superffcies

"""'

r'

Tecnologia aplicada:Ferramentaspara eletrodutos

~
PráticaProfissional: Eletricidade Geral

Utilização da serra manual

Para utilizar a serra manual, primeiramente seleciona-se a lâmina de acordo com o


material a ser serrado. Na montagem da lâmina no arco, deve-se observar o sentido dos
dentes que devem obedecer o avanço do corte.

Ao serrar, o ritmo de corte deve ser mantido em aproximadamente sessenta golpes por
minuto. A serra deve ser usada em todo o seu comprimento. Ao se aproximar do término
do corte, deve-se diminuir a velocidade e a pressão sobre a serra para evitar acidentes.

:>
,/

Inicialmente, a lâmina de serra deve ser guiada com o dedo polegar, a fim de que seja
mantida ligeiramente inclinada para a frente.

Tecnologia aplicada: Ferramentas para eletrodutos


~

Prática Profissional: Eletricidade Geral

. Tarraxaparaeletroduto metálicorígido
"""'

"'"
A tarraxa para tubos é uma ferramenta destinada a fazer roscas nos eletrodutos
metálicos e plásticos. É fabricada basicamente em dois tipos:
1. tarraxa universal e
2. tarraxa simples de cossinete ajustável.

J""-

I'"'

/"'

Basicamente as tarraxas compõe-se das seguintes peças mostradas na ilustração a


seguir.

/""\

"'""'

A tarraxa universal, é assim chamada em


virtude de permitir, com apenas dois jogos de cossinetes, fazer roscas em qualquer tubo,
cujo diâmetro esteja compreendido entre 1/2" e 2".
I'""'

I'""

,...,.,

_.
r-

Tecnologlaaplicada:Ferramentaspara eletrodutos
PráticaProfissional: Eletricidade Geral

- - - --- --- Em virtudedo sistema mecânico dessas tarraxas, é


necessário que cada cossinete tenha o seu lugar próprio,
não sendo possível trocá-lo de posição. Para isso, eles são numerados, bem como seus
alojamentos no corpo da tarraxa.

Toda a vez que houver necessidade de montar cossinetes em tarraxa universal, deve-se
verificar se o número gravado no cossinete corresponde ao gravado no corpo da tarraxa,
ao lado do alojamento de cada cossínete.

Com exceçãoda tarraxauniversal,todos os outros tipos de tarraxa utilizamum jogo de


cossinetespara cada diâmetrode eletrodutoa ser roscado.

Utilização da tarraxa

Para a utilização desta tarraxa, deve-se escolher a guia de acordo com o diâmetro do
eletroduto, prendendo-a firmemente com o parafuso de fixação.

Tecnología aplicada: Ferramentas para eletrodutos


""'"

'""'

"'"'

,,-..
Prática Profissional: Eletricidade Geral
~.

""

r
guia

~
,

,"'""

""

I'""

--
,-. O par de cossinetesdeve ser montadocom a parte escareadapara dentro, e os
,,-..
parafusosdevemser ligeiramenteapertados.
, ,
!'"'\

I"'"

,---,

~
, ! /
/
~ ret:
rei: diâmetro
diâmetro retopar
reto .Dar
,..,.~

"""" As marcas contidas nos cossinetes


-~,- ~ ~"~'~~-'~~ ~~-~.

, e na tarraxa são referênciaspara dar simetriaà abertura.


"'"',
,

".-,
r""'

,I'""

/"""'-

r
,, '\ Os cossinetesdevem ser fixados de forma que o eletrodutofique preso na alturada
,...
r---'
- metadedos filetes da rosca de corte.

I"""'

.-

Tecnologiaaplicada:Ferramentasparaeletrodutos

~
PráticaProfissional: Eletricidade Geral

I
parafuso de
ajuste

~
""

espessura

Ao se fazer a rosca, deve-se manter um movimento de vaivém, avançando 1/2 volta e


retornando 1/4 de volta. Então, os cossinetes são novamente apertados dando um novo
passo.

.AI'

"
-

Esse procedimento deve ser repetido até que o comprimento necessário de rosca seja
atingido.

Tecnologiaaplicada:Ferramentasparaeletrodutos
Prática Profissional: Eletricidade Geral

Tarraxa para eletroduto de plástico rígido

-'"'

A montagemdesta tarraxa é bem mais simples, pois o guia e o cossinete são encaixados
e fixados com parafusos.
- .~

:;:::::t

/'""'
1~-

"'"""'

/'-

."... A tarraxa é movimentada no sentido horário. Esse movimento força a ferramenta para
, dentro do tubo para formar os sulcos iniciais.

"""

r,
.-.

,",.

A cada meia volta de avanço no sentido horário, deve-se voltar duas vezes no sentido
anti-horário.
I'""'

'""

, Exercícios
"'""'

"'""' 1. Responda às questões abaixo.


a) Qual é o cuidado a ser tomado quando se prende a lâmina de serra no arco?

I'""

b) Ouais são as peças que compõem uma tarraxa para eletroduto metálico?
r
r-
~
Tecnologia aplicada:Ferramentaspara eletrodutos
--
--
,

PráticaProfissional: Eletricidade Geral

c) o que é passo da lâmina?

d) Qual é o passo da lâmina a ser usado para serrar eletrodutos e tubos?

'"""

'"""

e) Por que a tarraxa universal tem essa denominação?

--
""'

~
~I'""-

'"'"

"'"\

-
'""'

Tecnologiaaplicada:Ferramentaspara eletrodutos
~

""'"

PráticaProfissional:EletricidadeGeral

""'"

I"-'

--
--

I'"

/'\
Para executar seu trabalho, muitas vezes o eletricista precisa, além de ferramentas
como alicates e chaves, de equipamentos adicionais que o auxiliem na execução de

-'""'
determinadas tarefas.

Neste capítulo, serão apresentados três utensílios que ajudam o eletricista em seu
trabalho. Serão mostradas também as formas corretas de sua utilização.

,
Escadas
,..,

A escadaé um equipamentoutilizadopelo eletricistapara que possa realizar


"""
trabalhos em diferentes alturas. Elas são encontradasbasicamenteem três
,.-
modelosdiferentes:
. escadasimples;
I"'-
. " escadadupla; ".
r-
. escadacom apoio.

"""

r A escada simples é constituída


basicamente por degraus e pernas. Esse
tipo de escada só pode ser usado em locais
""'"
que ofereçam apoio a sua parte superior I

~
como por exemplo paredes.
r-

r
I""'"

""'

Tecnologia aplicada:Utensniospara eletricistas

~
Prática Profissional: Eletricidade Geral

o apoiocontraas paredes deve ter uma inclinação tal, que os pés fiquem distantes
da parede aproximadamente 1/4do comprimento "L",
""'"
'"
"'""

Antes de subir na escada, é necessário certificar-se de que os pés da escada estejam


firmemente apoiados ao chão. Se o piso for escorregadio, use um tapete de
borracha no apoio dos pés da escada.

Ao utilizaressa escada,deve-sesolicitar o auxílio de


outra pessoa para segurá-Ia firmemente antes da
subida. Se possível, o último degrau deve ser
amarradono ponto de apoio para que a escada não
escorreguede lado.

Tecnologiaaplicada:Utensffioscara eletricistas
~

"'""

Prática Profissional; Eletricidade Geral

As escadas dupla e com apoio são semelhantes na forma construtiva, diferindo


apenas na utilização. A escada dupla permite a subida de duas pessoas, enquanto
que a escada com apoio permite a subida de somente uma.

Esses tipos de escada não precisam ser apoiadas em paredes, porque possuem dois
lados que se abrem com o auxílio de uma dobradiça. Além disso, um braço articulado
mantém a escada na posição aberta.
,.'"'""-

/"

,-.
/"'

"'"'

",

Cinto poria-ferramentas
I'"'-
'""'

r-
I'"'"

r-..

/"'

I"--

r
, Esse cinto é um equipamentode segurança usado não só para proteger o eletricista
~
contra quedas, mas também para transportar as ferramentas de forma prática e
organizada, uma vez que, para evitar acidentes nunca se deve carregar ferramentas
r no bolso. .
-"""

Tecnologia aplicada: Utensílios para eletricistas

~
,':)
::I
PráticaProfissional: Eletricidade Geral .-
..-
)
o cinto deve ser colocadona cintura com as ferramentasencaixadasnos espaços
:)
separadospara cada uma; alicates,chavesde fendas e canivete.
>
.)
~
Guia de náilon
')
')
o guia de náilon é utilizado para facilitar a passagem dos condutores nos eletrodutos. :)
')
Na ponta desse utensílio existe uma mola com uma esfera para guiar a haste de ']
nailon através das curvas. :)
::)
,':)
~
:)
~
:)
::)
~
Na outra extremidade do guia, a fixação dos condutores é feita por meio do olhal
::)
metálico, conforme ilustração a seguir.
:J
o
o
:}
::)
o
o
o
o
v
Após feitas as amarrações, e antes de introduzir o guia através do eletroduto, estas
o
devem ser isoladas com fita isolante. As amarrações devem receber uma camada de
o
vaselina ou talco industrial, fabricados para esse fim, à medida que o guia e as fiações
o
forem sendo introduzidas. Isto é feito para facilitar a passagem dos condutores pelos
o
eletrodutos.. o
o
C
o
c
o
c
o
Tecnologia aplicada: Utensílios para eletricistas
o
c
c
~
o
c
o Prática Profissional: Eletricidade Geral

o Exercícios
c'
o
1. Responda as questões a seguir.
c
a) Quais são os modelos de escadas existentes?
o
c
o
c
()
o b) o que deve ser feito quando se utiliza uma escada simples em pisos
() escorregadios? .
o
(j
o
o
c
c) Qual é a diferença entre a escada simples e a dupla?
o
~
()
(';
\)
o d) Qual é a função do cinto porta-ferramentas?
o
c
"
C
o
e) Quando a guia de nailon deve ser usada?
o
t')
o
c
o
-o
c.
o
o
()
c
o
o
o
o
Tecnologia aplicada: Utensílios para eletricistas
c
o
o
Práticaprofissional:EletricidadeGeral

-
/"-.

---

-
/'"'

/"'-

I'""i
Nesta atividade você vai executar várias emendas, de acordo com as informações
J"--
tecnológicas já estudadas, de modo que apresentem boa resistência mecânica, bom
I'""
contato elétrico e boa isolação.

Equipamentos e ferramentas
. Ferro de soldar;
. 2 alicates universais;
. Alicate decapador.

Material necessário
Faça a lista de materiais a partir dos passos 1 a 4 da sessão Procedimento desta
atividade prática. Consulte catálogos de fabricantes de fita isolante, ligas de solda e
r condutores elétricos.
"'""

""""'

"""'

.-

r
,,--
I'"'

"...

/"' Ensaio 1: Emendar soldar e isolar condutores

~
Práticaprofissional:EletricidadeGera!

Procedimento
1. Execute a emenda do tipo prolongamento. Utilize fio de cobre 2,5 mm2 com
isolação de PVC.

2. Para executar a emenda, desencape os condutores a serem unidos com o auxílio


de um alicate decapador.

Observação
O condutor deve ser desencapado numa extensão de aproximadamente 50 vezes
seu diâmetro.

3. Cruze os fios sem isolação enrolando as primeiras espiras com os dedos.

4. Continue o enrolamento das espiras com o auxílio de um alicate.

~
fi

Ensaio 1: Emendar snldRr e l~nlRr cnndutores


Práticaprofissional:EletricidadeGeral

5. Dê o apertofinal usando dois alicates.

I~.

6. Utilizando ferro de soldar e o metal de adição, solde todas as emendas de forma


-.
que o metal fundido preencha todos os espaços entre as espiras.
I""'-

}"o,

"""'

metal de "
ot"" adição"""ir
.;::

7. Isole a emenda com, no mfnimo, duas camadas de fita isolante sem cortá-Ia,
procurando deixá-Ia bem esticada e com a mesma espessura do isolamento do
condutor.
r'"

r-
I""'

,...,
8. Execute a emendado tipo rabo de rato. Utilizefio de cobre de 2,5 mm2e isolação
,
de PVC.

rabo de rato
"4f

r
I""'

"'"'

!'"""'
I
r Ensaio 1: Emendar, soldar e isolar condutores
p'rática profissional: Eletricidade Geral

9. Puxe as pontas dos condutores para fora da caixa e desencape-os como foi feito
no passo 2.

10. Inicie a emenda torcendo os condutores com os dedos.

11. Dê o apertofinal com o auxilio do alicate.

-..

12. Dobre a emenda ao meio para fazer o travamento.

""'

-g

Ensaio 1: Emendar,soldare isolarcondutores


Prática profissional: Eletricidade Geral

13. Isole a emenda como indicado no passo 7.

14. Execu~ea emenda do tipo derivação. Utilize fio de cobre de 2,5 mm2com isolação
de PVC.

"'"

;'""'

/""

I'"""

;"-..

r'
15. Para executar a emenda, desencape o condutor a ser derivado em um
-"""
comprimento aproximado de 50 vezes seu diâmetro. Use um alicate decapador.

16. Desencape a região do condutor principal na qual se efetuará a emenda em um


./""
comprimento aproximado de 10 vezes seu diâmetro.
r-
r-

17. Cruze o condutorem um ângulo de 900em relaçãoao condutorprincipal,


segurando-oscom o alicate universal.

condutor
principal
.-'"'

r-

condutor
derivado

alicate

""""'
18. Com os dedos, enrole o condutor derivado sobre o principal. Mantenha as espiras
""""' uma ao lado da outra. Faça, no mínimo, seis espiras.

F'
/""\

".-

r'
r

Ensaio1: Emendar,soldare isolarcondutores


,..
p;ráticaprofissional:EletricidadeGeral

19. Dê o apertofinal e 1aça o arremate com o auxflio de dois alicates universais.

alicate
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20. Solde a emenda como foi feito no passo 6.

21. Isole a emenda como foi feito no passo 7.

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Ensaio 1: Emendar. soldar e isolar condutores

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Práticaprofissional:EletricidadeGeral

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Nesta atividade você vai utilizar ferramentas manuais para executar curvas e desvios
,,-. em eletrodutos rígidos, metálicos e de PVC, tendo que serrar e abrir roscas conforme
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especificações.
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Equipamentos e ferramentas
~

-
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.
.
Metro;
Arco de serra;
. Tripé ou dobra-tubos;
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. Tarraxas com acessórios para 0 Y2";

I'-'
. Giz
I"""'

r Material necessário
,

Faça a lista de materiais a partir dos passos da sessão Procedimento desta atividade
""" prática. Consulte catálogos de eletrodutos e as normas NBR 5597 e
NBR 6150.

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/'" Ensaio2: Serrar.abrirroscase curvar eletrodutos

~
F;'rátlcaprofissional: Eletricidade Geral

Procedimento
1. Serre a barra do eletroduto metálico dividindo-a em duas partes de 1,5 m cada.

Observações
I. Use a serra em todo o seu comprimento.
11.O ritmo do corte deve ser mantido em aproximadamente sessenta golpes por
minuto.

Precaução '
Ao se aproximar do término do corte, diminua a velocidade e a pressão sobre a
serra para evitar acidentes.

2. Serre os pedaços de roscás existentes nas barras de eletroduto,

Ensaio2: Serrar,abrir roscase curvareletrodutos


Práticaprofissional: Eletricidade Geral

3. Fixe os cossinetesna tarraxa, de forma que o eletrodutofique preso na altura da


metade dos filetes da rosca de cor1e.

4. Abra roscas com 50 mm de comprimento nas extremidades dos dois pedaços de


eletrodutos.

5. Para abrir a rosca, mantenha um movimento de vaivém da tarraxa, avançando Y2


volta e retornando 1/4de volta.

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Ensaio 2: Serrar,abrir roscase curvareletrodutos

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Práticaprofissional:EletricidadeGeral

6. Utilizandoumapartedo eletroduto com a rosca já executada, faça um desvio


conforme o desenho a seguir.

7. Para fazer o desvio, apoie o


eletroduto no chão, segure o dobra-tubos com as mãos e prenda o eletroduto com
os pés.

8. Puxe o cabo do dobra-tubos aos poucos e dobre o eletroduto conforme a inclinação


da curva desejada.

9. Curve a outra parte do eletroduto,deixando-ocom uma curva de 90°.

Ensaio2: Serrar,abrir roscase curvareletrodutos


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1'-\

Prática profissional: Eletricidade Geral

10. Paracurvar o eletroduto no ângulo pedido, faça marcações no eletroduto. Elas


devem ser eqüidistantes e equivalentes a 12 vezes seu diâmetro.

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"
~

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I-

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11. Repita os passos 1 e 2,


utilizando uma barra de eletroduto rígido de PVC.

12. Abra rosca com 50 mm de comprimento nas extremidades dos dois pedaços de
eletroduto. Utilize a tarraxa para eletroduto de PVC.

"""'
13. Para abrir a rosca, movimente a tarraxa no sentido horário. A cada meia volta de
r avanço no sentido hora-ia, volte duas vezes no sentido anti-horário.
/""",,

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r- 14.Façaum desvio em um dos pedaços do eletroduto e uma curva de 90° no outro,


'"' conforme ilustrações a seguir.
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r
I"" Ensaio2: Serrar.abrir roscase curvareletrodutos
r-
Práticaprofissional:EletricidadeGeral

15. Para fazer o desvio, marque com dois traços a zona a ser curvada.

16. Selecione a mola correspondente ao eletroduto,

17. Introduza a mola de maneira que coincida com a zona a ser curvada.

18. Aqueça a zona a ser curvada sobre uma fonte de calC-:-($uavepara que o plástico
amoleça e desloque o eletroduto em um e outro sentido.

..
.
._~~
~W/~ '-"")

fonte de calor

19. Comece a curvar o eletroduto lentamente quando perceber que o material plástico
está cedendo.

Observação
Evite queimar ou amolecer o plástico demasiadamente.

Ensaio 2: Serrar,abrir roscase curvareletrodutos


"
PráticaProfissional:EletricidadeGeral

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Sempre que se monta uma rede de eletrodutos, é necessário uni-los às caixas ou a


outro eletroduto, fixando-os no local conforme o traçado previsto na instalação.
Durante a montagem de instalações elétricas com proteção de eletrodutos, também é
feita a introdução, com a ajuda de uma guia de firo ou fita de aço, dos condutores nos
eletrodutos. Para isso, é necessário marcar a localização dos elementos da instalação
e tratar o percurso dos condutores de acordo com a planta e as normas específicas de
instalação.

Neste ensaio, você vai aprender a realizar as operações necessárias para a


montagem da rede de eletrodutos.

Ferramentas, instrumentos e utensílios Material necessário


. alicates adequados para a execução . eletroduto metálico;
da tarefa; . buchas e arruelas para eletrodutos;
. chave de fenda; . caixas de passagem
. arco de serra;
. tarraxa;
. martelo;
. prumo;
. nível;
. metro;
. escada;
. régua;
. fio guia;
. bancadacom morsaparatubos

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos


F?rátJca
Profissional: Eletricidade Gera!

Procedimento

-Marcar,localizaros elementose traçar o percursoda instalação


1 Para marcar um ponto no teto, inicialmente determine as distâncias de referência
na planta baixa.

2. Marque no piso um ponto com as medidas de referência.

3. Segure o fio de prumo, apoiando-o no teto, conforme figura a seguir.

Precaução
Use uma escada em bom estado e assegure-se de que ela está firme e não
deslizará quando você subir nela.

4. Desloque o fio ,de prumo até que coincida com o ponto marcado no piso e marque
o ponto no teto.

5. Para fazer o traçado vertical, determine o ponto de referência que coincida com a
localização do elemento a ser instalado.

6. Coloqueo prumode maneiraque o cordãocoincidacom o ponto marcado.

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos


-
"'"""'

Prática Profissional: Eletricidade Geral


,

7. Marque outro,pontona direção do fio de prumo afastadodo ponto anterior.


"'"'

I'""-

I""

r-
~

I'"""
,,-.
" 8. Com o auxnio de uma régua e um pedaço de giz, trace uma linha que passe pelos
-- dois pontos marcados.

9. Para fazer o traçado horizontal, inicialmente determine um ponto de referência na


r altura desejada.
r
r--
10. Coloque uma régua de maneira que a borda superior coincida com o ponto de
/""
referência e coloque o nível sobre a régua.
r--

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r
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I"""'

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1'"'\

Observação
r Ao manusear o nível, tome cuidado para não derrubá-Ia ou batê-Ia.
r

11. Mova a régua até que o nível indique a horizontal idade e marque o segundo ponto.

/""
12. Retire o nfvel e realize o traçado da linha.
I"'"'

r
r
I""'- Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos

r"
PráticaProfissional:EletricidadeGeral

II - Montar rede embutida de eletrodutos

1. Parafixar as caixas, abra os furos nas caixas forçando o disco com um toca-pino e
acabando de removê-lo com um alicate (figura 32).

2. Fixe a caixa de acordo com a localização dos elementos na instalação.

3. Emende os eletrodutos, prendendo um dos eletrodutos na morsa para tubos e


atarraxando a luva até a metade.

4. Atarraxeo outro eletrodutona luva montadasobre o primeiro,torcendo-ocom a


mão até sentiro primeiroaperto.

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos


Prática Profissional: Eletricidade Geral

5. Use uma chave de grifo e dê o apertofinal.

"""'

'""'

Observação
Os topos dos eletrodutos .devem ficar unidos dentro da luva.

6. Ajuste o tubo no local a ser instalado.


,
7. Coloque as arruelas até o fim da rosca.

8. Coloque uma das pontas do tubo numa das caixas e experimente enfiar a outra
ponta do tubo na outra caixa.

9. Retire o tubo e faça ajustes finais.


"""'

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos


Prática Profissional: Eletricidade Geral

10.Coloqueo eletrodutocom as pontasenfiadasnas caixas,ajuste as arruelasna


altura definitivae coloqueas buchas.

11. Dê o apertofinal atravésda arruela,usando-sealicatebombad'águaou chave


apropriada.

111 -Montar rede exposta de eletrodutos

1. Faça a emendados eletrodutos.

2. Enrosque as caixas de passagem nos eletrodutos.

Nota
As caixas de passagem para instalação exposta são do tipo condulete.

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos


PráticaProfissional:EletricidadeGeral

3. Fixe o conjuntona superfíciecom braçadeirasapropriadas(figura41)

r-.
~ Nota
""'"
Quando as caixas forem do tipo condulete, primeiramente montam-se as caixas nos
""""
eletrodutos e posteriormente fixa-se o conjunto no local da instalação.
1""'\

r, -
IV Introduzir condutores em eletrodutos

I"""'

""""

1. Selecione o fio pescador com o comprimf!nto com 1 metro a mais, no mínimo, da


"""'
distância entre caixas.
r

1 -~I

Figura 44
r
I"""

I'""'
Precaução
r-
Para criar uma proteção contra ferimentos acidentais, dobre as pontas do fio pescador.

2. Limpee sequeinternamente
a tubulação.
,.-.,
r-

r
Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos
.Prática ProfISsional: Eletricidade Geral

3. Introduzao fio pescador no eletroduto até que ele saia na outra caixa,

3. Amarre uma mecha de estopa num arame e engate-o ao fio pescador.

Observação
A estopadeve entrarjusta no eletroduto.

4. Puxe o fio pescador até que a estopa saia do outro lado (caixa seguinte) deixando
o eletroduto internamente seco e limpo.

Precaução
Utilize luvas para não ferir as mãos:.

5. Introduza novamente o fio pescador no eletroduto.

6. Prenda os condutores à extremidade do fio pescador.

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos


Prática Profissional: Eletricidade Geral

7. Desencape
os extremosdos condutores aproximadamente 1Ocm.
8. Amarre os extremos dos condutores desencapados na alça do fio pescador.

""

9. Cubra a união dos condutores com a alça com fita isolante.

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I"""

I'"""'

10. Introduza talco industrial na boca do eletroduto e sopre-o

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I'""'

r"

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos


PráticaProfISsional:
EletricidadeGeral

Puxeo fio pescador até que os condutores fiquem próximos da boca de entrada do
eletroduto.

~
Condutores ~

União 'Guia de aço

11. Introduzaos condutores,puxandoo fio pescador suavemente à medida que o


ajudante for guiando os condutores até que estes apareçam na boca da saída..

12. Continue puxando até que os condutores tenham sobressaído o necessário para
sua utilização.

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos

~
,

PráticaProfissional: Eletricidade Geral

13. Corte os condutoresno extremoda amarraçãocom o fio pescador.

-
~

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r
"""" Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos

~
Prática profissional: Eletroeletrônica

Neste ensaio, você vai realizar algumas atividades relacionadas a instalações


elétricas. Nele, você vai interpretar diagramas e montar uma instalação elétrica com
uma tomada e uma lâmpada incandescente comandada por interruptor simples em
rede de eletrodutos.

Equipamento

Multímetrodigital
Cinto porta-ferramenta

Ferramentas

. Metro
. Canivete
. Guia de nailon
. Alicate de bico
. Alicate de corte
. Alicate universal
. Chave de fenda 1/8" x 1O"
. Chave de fenda 3/16" x 12"

Ensaio 8: Instalar tomada, interruptor e lâmpada


Prática profissional: Eletroeletrônica

Material necessário

Faça a lista de materiais necessários a partir dos passos da descrição do


procedimento deste ensaio. Consulte catálogos técnicos de fita isolante, condutores
elétricos, lâmpadas incandescentes, interruptores simples, porta-lâmpadas e as
normas NBR 5112, 5444, 5471,6148,12520 e 12523.

Procedimento
1. Faça um diagrama multifilar correspondente ao circuito mostrado a seguir.

2. Meça o percurso da fiação. Se isso não for possível, por imposstbilidade de


localização do percurso da tubulação, use o guia de nailon para obter essa
medida.

Observação
Ao cortar os fios, não se esqueçasde deixar sobras.

Ensaio 8: Instalar tomada, interruptor e lâmpada


Prática profissional: Eletroeletrônica

3. Corte os fios desse percurso, amarre-os no olhal da guia de nailon e isole a


amarração.

condutores guia de nailon isolaç&o

í r-

4, Introduza o guia/fiação no eletroduto. Se necessário, passe vaselfna ou talco


industrial na introdução da fiação.

5. Faça as emendas e insta:r os componentes.

6. Energize o circuito e teste-o.

Ensaio 8: Instalar tomada. interruptor e lâmpada


-
. Prática profissional; Eletricidade Gera!

-
~

"""'

"""

I""'

Neste ensaio, você vai praticar leitura e interpretação de diagramas elétricos. Vai
também montar uma instalação elétrica com duas lâmpadas incandescentes
comandadas por interruptores simples em rede de eletrodutos.

Equipamentos e ferramentas
1'""-\

r
. Multímetrodigital
. Cinto porta ferramentas
. Metro
I""'
Canivete
. Guia de nailon
'"' . Alicatede bico
r . Alicate de corte
. Alicateuniversal
Chavede fenda 1/8" x 10"
. Chavede fenda 3/16" x 12"

""""

.,-
Material necessário

Faça a lista de materiais a partir dos passos da descrição do Procedimento deste


ensaio. Consulte catálogos técnicos de fita isolante, condutores elétricos, lâmpadas
incandescentes, interruptores de duas seções, porta-lâmpadas e as normas NBR
" 5112,5444,5471,6148,12520 e 12523.
r--,

r"'

Ensaio 9: Instalar duas lâmpadas incandescentes


Práticaprofissional:EletricidadeGeral

Procedimento
1. Façaum diagramaunifilarcorrespondenteao circuito a seguir.

2. Meçao percurso da fiação e cone os fios com comprimento correto, não se


esqueça de deixar sobras.

3. Amarre os condutores no olhal da guia de nailon e isole a amarração.

Ensaio 9: Instalarduas lâmpadasincandescentes

~
Práticaprofissional: Eletricidade Geral

4. Introduzao guia/fiaçãono eletroduto.Se necessáriopassevaselinaou talco


industrial na introduçãoda fiação.

-
-
"

,...,
5. Faça as emendas e instale os componentes.

"""'

r,
6. Energize o circuito e teste-o.

r
r
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r
r-
r
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Ensaio 9: Instalar duas lâmpadas incandescentes

r"'

""'
Prática profissional: Eletricidade Geral

Neste ensaio, você vai montar uma luminária para lâmpada fluorescente comandada a
partir de dois pontos diferentes por interruptores paralelos. Vai montar, também, uma
instalação elétrica em rede de eletrodutos para essa luminária.

Equipamentos e ferramentas

. Multímetro digital
. Metro
. Canivete
. Guia de nailon
. Alicate de bico
. Alicate de corte
. Alicate universal
. Cinto porta ferramentas
. Chave de fenda 1/8" x 1O"
. Chave de fenda 3/16" x 12"

Material necessário

Façaa lista de materiais a partir dos passos da descrição do Procedimento deste


ensaio. Consulte catálogos técnicos de fabricantes de lâmpadas fluorescentes e
respectivos receptáculos, reatores, starters, fita isolante, condutores elétricos,
interruptores paralelos e a norma NBR 5444.

Ensaio 10: Instalar luminária


118'0.

Prática profissional: Eletricidade Geral

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r
~

r-

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r-
Procedimento

""""
1. Monte a luminária fluorescente, utilizando o esquema de ligação impresso na

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carcaça do reator.

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r
r

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I'""

,.-

r.
2~ Meça o percurso da fiação e corte os fios, deixando sobras.

I'"""
3. Passe a fiação da instalação na tubulação, de acordo com o diagrama da
instalação. Se necessário, passe vaselina ou talco industrial para facilitar a
introdução da fiação.

-
~

"

r.,

J'""\

r-
I"""

r"

Ensaio10: Instalarluminária

1'"""'\

~
Prática profissional: Eletricidade Geral

Observação
Se este diagrama não estiver coerente com a tubulação de sua bancada, refaça-o de
forma a atender às necessidades da sua instalação.

5. Faça as emendas e ligações dos componentes.

6. Energize o circuito e teste-o.

'"'

Ensaio 10: Instalar luminária


Verificar funcionamento de comando
para inversão de rotação de motor
trifásico

,...

,
I'""'

"""'"

"""'

Neste ensaio você vai montar e verificar o funcionamento de um


circuito de comando que inverterá o sentido da rotação de um
motor trifásico, utilizando chaves auxiliares fim de curso.

As chaves auxiliares fim de curso comandam os contatores.


Estes, por sua vez, comandam as correntes de acionamento dos
motores.

Equipamento
r-

Motor trifásico, 1cv 220 V, 60Hz

~
r
Material necessário
. Fusíveis NH 16 A com base
Fusíveis diazed 4 A com base
. Contatores com bobinas para 220 V
. Botoeiras com três botões
. Relé térmico com faixa de regulagem compatível com motor
. Chaves fim de curso
. Cabosde conexão

Procedimento
1. Com o auxílio de catálogos de fabricantes, faça a especi-
ficação de todos os componentes necessários à montagem
do circuito, simulando a capacidade do motor indicada por
seu instrutor.
2. Monte o circuito de comando conforme diagrama a seguir.

3. Acione 81. Anote o que acontece.

4. Acione 80. Anote o que acontece.

5. Acione 82. Anote o que acontece.

6. Desligue o circuito.

7. Teste o intertravamentopor botões:pulse 81, depois 82 e -"""

torne a pulsar 81. Descreva o que aconteceu.


"
8. Teste o funcionamento das chaves fim de curso: seguin-
do a ordem, pulse 81, 83, 82 e 84.
9. Monte o circuito principal conforme o diagrama a seguir.

""'

I'"'

r"'

,-.,

10. Teste o funcionamento do circuito principal, repetindo os


passos 2 a 7.

11. Pulse S2 mantendo84 pressionado. Observe e explique o


que aconteceu.
r 'fi

r-
12, Pulse 81 mantendo 84 pressionado. Explique o que
aconteceu.
I"""

13. Se o contato13.14 de K1 não ligar quando S1 for aciona-


do, o que acontece com o funcionamento do circuito? Simule
essa situação e explique o que acontece.
".-.

"""' 14. Meçae anote a correntede partida, a corrente na reversãoe


a corrente em funcionamentonormal.
IP
IR
r

r
I"""

r"

r-
Verificar funcionamento de sistema
de partida estrela-triângulo

Neste ensaio, em que você vai instalar um motor trifásico com


comando para partida estrela-triângulo, será possível comprovar
as variações das correntes desse sistema de partida.

Equipamento

Motor trifásico
Amperímetro 0-30 A CA

Material necessário
3 contatores
1 relé temporizador
3 fusíveis para proteção da linha do motor
2 fusíveis para proteção da linha de comando
1 botão liga
1 botão desliga
Cabos de ligação

Procedimento

Ligueo motor trifásico fechado em estrela e coloque o


amperímetro em série com uma das fases de modo a medir
a corrente de linha. Não energize o circuito.

2. Faça a representaçãoesquemáticado circuito montado.

3. Energize O circuito.
5. Indiqueabaixo quais são os valores de corrente de linha e
"""
correntede fase que o motorproporciona.
IL
"'""' IF
,

6. Desenergize o motor e desfaça as ligações.


/""\

7. Ligueo motor trifásico em triângulo e coloque o amperímetro


r' em série com uma das fases de modo a medir a corrente de
"'"" linha. Não energize o circuito.

8. Faça a representação esquemática do circuito montado.

J'"""\
9. Energize o circuito.

"'""'

/""

/"'
11. Indique abaixo quais são os valores de corrente de linha e de
corrente de fase que o motor proporciona.
r--- IL
IF (calculado)

12. Desenergize o motor e desfaça as ligações.

".-.,

"'"'

,.-.

r
r
'"
I'"""

I""'

~
-
'""'

13. Responda:
a) Qual a relação entre as correntes da partida estrela e da
partida triângulo?

b) Qual a relação entre as correntes nominais em estrela e

triângulo?

14. Teste os elementos e monte o circuito de comando conforme


o diagrama a seguir.

--

'"'"'

"""'

15. Teste o circuito e faça as correções necessárias.


16. Monte o circuito principal conforme o diagrama a seguir.

I""'

"'"'

""""'

r-

'"

"'""

"'"'

r-.

-.
I'""'

17. Energizeo circuito e comproveseu funcionamento.

r
18. Desenergize o circuito e insira o amperímetro em série com

Ê'
uma das fases.
r'

,..." 19. Energize o circuito e anote os valores pedidos.


1'""" Corrente de partida estrela -
Corrente nominal estrela -
Corrente de partida triângulo
Corrente nominal triângulo -

"'"""

r-
~

/"'"

r
r-.
i""""

r
r-..
Observação
A partidaem estrelapode ser dada com o eixo do motor sem
rotação.

20. Compare os valores de corrente do passo 19 com os dos


passos 4 e 1O e responda:
a) Por que existe diferença de valores de corrente na parti-
da em triângulo?

b) Se o ajuste do relé temporizador provocar um tempo de


comutação muito curto, isso gera um aumento da corren-
te de partida triângulo? Por quê?

21. Diminua ao mínimo o valor do temporizador. O que aconte-


ceu?

22. Meçaa correntede linha do motor.


IL

23. Meça a corrente que passa pelo relé térmico.


IRT

24. Responda:
a) Qual é a relaçãoque existe entre a correntede linha e a
correnteno relé?
Verificar funcionamento de sistema
de partida estrela-triângulo com
reversão

Neste ensaio, você vai comandar a reversão de rotação do


motor trifásico por meio de botões e relés temporizadores. A
partida desse motor é em estrela-triângulo com contatores.

Equipamento

Motor trifásico
Amperímetro 0-30 A CA

Material necessário
4 contatores
1 relé térmico
3 botões pulsadores
1 relé temporizador

Procedimen to

1 Com o auxílio de catálogos de fabricantes dimensione os


componentes do circuito de acordo com a potência de motor
fornecida pelo instrutor.
2. Teste todos os dispositivos que serão utilizados e disponha-
os no painel.

3. Monte e teste o circuito de comando conforme o diagrama a


seguir.
"""'

""""

r--

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""""'

.I"""

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I'""' 4.
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r"'
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r
r-
5. Descreva a seqüência operacional do circuito após o pulso
de b1.

6. Descreva a seqüência operacional após o pulso de b2.

7 o que poderá ocorrer se os contatores b2 (1,2) ou b1 falha-


rem quando pulsados?

8. Insira o amperímetro no circuito e meça a corrente de pico


na partida e na reversão
VPpart

VPRev

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