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Curso: Português
Professor: Bruno Spencer
Curso: Português
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 00
APRESENTAÇÃO
Olá amigos!!!
Vamos direcionar este curso à preparação para o concurso de Fiscal de
Tributos da Prefeitura Municipal de Maricá – ISS Maricá.
O edital saiu!!! Portanto, não podemos perder tempo em nossa
preparação.
Nosso curso terá uma abordagem direta e objetiva, para que você
assimile a matéria em um menor espaço de tempo possível e chegue
preparado ao dia da prova.
Meu nome é Bruno Spencer, atualmente, exerço a função de Auditor
Fiscal da Receita Federal do Brasil - AFRFB, cargo que persegui por alguns
anos. Fui aprovado em 27º lugar no histórico concurso de 2012, nada demais,
porém o suficiente para garantir a minha sonhada vaga. Nesse lendário
concurso, apenas alguns bravos 256 candidatos foram aprovados para a
segunda fase - provas discursivas.
Para chegar nesse resultado, podem ter certeza que foi necessário muito
PLANEJAMENTO e DEDICAÇÃO. Milagres acontecem todos os dias, mas é
fundamental que façamos a nossa parte da melhor maneira possível,
com disciplina, fé e perseverança.
Quando me vi desempregado, em 2007, com 31 anos de idade, após dar
muita "cabeçada" e não obter sucesso no mercado de trabalho, resolvi entrar
de vez no mundo dos concursos. O primeiro que tentei verdadeiramente foi o
da Caixa Econômica de 2008. Como estava desempregado, estudava de manhã
e de tarde, à noite frequentava um cursinho e, quando chegava em casa,
estudava mais um pouco só para relaxar. Resultado?? Consegui o primeiro
lugar do polo Recife. Isso foi o que eu precisava para ganhar mais
autoconfiança, daí decidi que seria AFRFB. Então dei seguimento aos estudos e,
em 2009, passei no ATA-MF, em 2010, na SAD-PE e no MPU, em 2012 no ACE
- MDIC (excedente) e AFRFB.
Devemos, pois, lembrar que vida de concurseiro não é feita só de
sucessos. Aqui, não mencionei minhas derrotas, mas podem ter certeza que
foram tantas quantos os sucessos. O que vejo em comum entre as pessoas que
passam em concursos é que todas estudam com confiança que um dia
chegarão à vitória, por isso conseguem manter o foco e a disciplina. Não
há concorrentes para quem está preparado.
Trabalhe sua mente, não se deixe desanimar, estude hoje para
estar preparado amanhã!!!
Análise do Edital
Aula Conteúdo
00 Pronomes
01 Classes Gramaticais
02 Verbo
03 Função Sintática dos Termos
04 Períodos e Conectivos
05 Concordância Verbal e Nominal
06 Regência Verbal e Nominal
07 Crase
08 Pontuação
09 Coerência e Coesão Textual
10 Texto
11 Ortografia, Acentuação e o Novo Acordo Ortográfico
Aula 00 – Pronomes
Olá amigos,
Hoje vamos ao estudo dos PRONOMES. Este é um assunto
importantíssimo e que reflete em muitos outros, mas que também é muito
abordado diretamente pelas bancas.
Atentem aos conceitos de cada espécie de pronome. Procurem
entender suas formas de utilização e deem especial ATENÇÃO ao item 2.3 –
Colocação Pronominal.
Vamos nessa!!!
Sumário
1 – Classificação .................................................................................. 6
2 – Pronomes Pessoais ........................................................................ 7
2.1 - Retos .......................................................................................... 7
2.2 - Oblíquos ..................................................................................... 8
2.3 – Colocação Pronominal ................................................................ 10
2.4 – Colocação Pronominal nas Locuções Verbais.................................. 14
3 – Pronomes Possessivos ................................................................. 15
4 – Pronomes Demonstrativos ........................................................... 16
5 – Pronomes Relativos ..................................................................... 18
6 – Pronomes Interrogativos ............................................................. 19
7 – Pronomes Indefinidos .................................................................. 19
8 – Pronomes de Tratamento ............................................................. 19
9 – Questões Comentadas ................................................................. 21
10 - Lista de Exercícios ...................................................................... 48
11 – Gabarito ..................................................................................... 65
12 – Referencial Bibliográfico ............................................................ 65
1 – Classificação
Exemplos:
Meu carro é vermelho.
meu - pronome adjetivo - acompanha e qualifica o nome “carro”
Ele é vermelho.
ele - pronome substantivo - substitui o termo “meu carro”
2 – Pronomes Pessoais
2.1 - Retos
Eu (singular)
1a Pessoa Quem fala
Nós (plural)
Tu (singular)
2a Pessoa Para quem se fala
Vós (plural)
ele(a) (singular)
3a Pessoa De quem se fala
eles(a) (plural)
2.2 - Oblíquos
ÁTONOS TÔNICOS
Exemplos:
• Devemos aprender a lição. / Devemos aprendê-la.
• Escolhemos o livro. / Escolhemo-lo.
• Fez as pessoas felizes. / Fê-las felizes.
• Vou cortar as cebolas. / Vou cortá-las.
1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012
Comentários:
Gabarito: E
Ex. Atendeu todos aquele que, mesmo envergonhados, lhe solicitaram ajuda.
Nesse caso, o pronome é atraído pelo pronome relativo QUE, mesmo estando
antes do termo intercalado.
Fique ligado!
Nos exercícios, verifique o posicionamento da banca a respeito do tema.
2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida de um bombeiro é dura!
c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.
d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!
Comentários:
Alternativa A - Incorreta – A palavra “não” atrai o pronome, por isso seria
correto a próclise nesse caso. “Não me queira mal...”
Alternativa B - Correta – Não se começa período com pronome oblíquo,
por isso etá correto o emprego da ênclise.
Alternativa C - Incorreta – Por mais esquisito que seja, a nossa gramática atesta
como correto o uso da mesóclise para os tempos futuro de presente e futuro
do pretérito do indicativo. “Encontrar-nos-emos depois...”
Alternativa D - Incorreta – ATENÇÃO, note que “sempre” também é uma palavra
atrativa por ser advérbio.
Eis algumas palavras atrativas: advérbios, pronomes indefinidos, pronomes
relativos, conjunções subordinativas, palavra "só", palavras negativas.
“Quando sempre me chamarem...”
Alternativa E - Incorreta – “Jamais” também é classificado como advérbio,
assim como palavra de negação, por isso atrai o pronome “te” para antes do
verbo. “Jamais te desesperes...”
Gabarito: B
OBSERVAÇÃO:
1 - As formas verbais no PARTICÍPIO NÃO admitem ÊNCLISE!!!
Ex. Eles haviam ajudado-nos. (ERRADO)
2 - No caso de o verbo principal estar no PARTICÍPIO, a forma ideal será a
segunda (ênclise em relação ao auxiliar).
linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.
OBSERVAÇÃO
Quando há preposição entre o verbo auxiliar e verbo principal, admite-se a
próclise ou ênclise, desde que não esteja no particípio.
Ex. O médico deixou de se cuidar. / O médico deixou de cuidar-se.
3 – Pronomes Possessivos
meu(s), minha(s)
1a Pessoa
nosso(s), nossa(s)
teu(s),tua(s)
2a Pessoa
vosso(s), vossa(s)
Há situações que o uso dos pronomes possessivos seu(s), sua(s), pode gerar
certa confusão quanto a quem ou a que se referem.
Exemplo:
O cachorro comeu o seu almoço.
Nesse caso devemos usar os termos dele(s), dela(s).
O cachorro comeu o almoço dele.
4 – Pronomes Demonstrativos
QUANDO USAR...
ANTES de enunciar
objeto está momento
algo OU
ESTE(A)(S) PERTO de quem PRESENTE
FALA para citar o TERMO
MAIS PRÓXIMO entre
dois já citados
5 – Pronomes Relativos
• O livro que estou lendo é ótimo. / O livro o qual estou lendo é ótimo.
• Falei com a mãe do seu amigo que esteve lá na delegacia.
Para evitar duplo sentido, melhor seria usar “o qual” ou “a qual”, a
depender de quem “esteve lá na delegacia”.
6 – Pronomes Interrogativos
7 – Pronomes Indefinidos
8 – Pronomes de Tratamento
na 3ª pessoa)
SENHOR(A) •Respeitoso
É isso aí pessoal.
Vamos às questões???
9 – Questões Comentadas
“Você pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem
alheia. Brasileiro é assim mesmo, adora embonitar a conversa para
impressionar os outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre o que
chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado rebarbativo como forma de,
numa discussão, reduzir ao silêncio o interlocutor ignaro. Uma espécie de gás
paralisante verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
“Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se valeu o autor do texto para
lembrar o estilo retórico pelo qual se notabilizou o escritor baiano.
Não haverá prejuízo para a correção da frase acima ao se substituírem os
segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
a) a que recorreu - que fez notável.
b) do qual incorreu - com que se afamou.
c) a cujo recorreu – o qual celebrizou.
d) em que fez uso – em cujo deu notabilidade.
e) em cujo incorreu – com o qual se propagou.
Comentários:
Alternativa A – Correta – Os verbos “recorrer” e “valer” têm sentido
equivalente, mas regência diversa (valer-se de algo / recorrer a algo).
Podemos observar que foi a preposição foi substituída com perfeição. Em relação
ao segundo trecho, recomendo fazer a substituição e conferir e regularidade ou
não da oração (o estilo retórico que fez o escritor baiano notável). Aqui,
o sentido ficou preservado, assim como a correção gramatical.
Alternativa B - Incorreta – O primeiro trecho apresenta erro de regência pois o
verbo incorrer exige a preposição “em”, além de modificar o valor semântico,
pois esse verbo significa cair, implicar-se, incidir, cometer, etc (ex. O sujeito
incorreu no artigo 11 da lei penal). O segundo trecho está correto.
Alternativa C - Incorreta – O pronome “cujo” fica totalmente maluco nesse
contexto, pois esse é utilizado para indicar posse. Poderíamos ter a forma
indicada na alternativa A ou mesmo a forma “ao qual recorreu”, ambos corretos.
O segundo trecho está perfeito, com o pronome “o qual” referindo-se ao termo
“estilo retórico”.
Alternativa D - Incorreta – No primeiro trecho, temos o uso indevido da
preposição “em”. O segundo trecho, ficaria assim: “que deu notabilidade a...” .
Novamente, o pronome “cujo” foi usado equivocadamente.
Alternativa E - Incorreta – Primeiro trecho com erros de pronome e de semântica
devido ao verbo substituído com sentido diferente do original. Na segunda parte
a substituição mantém a correção do texto.
Gabarito: A
6) FGV/AJ/TJ AM/Leiloeiro/2013
Muito além do ridículo (fragmento)
“Certa vez, ante o espanto da opinião pública com a violência de uma rebelião
de presos, o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu‐se com esta:
espantoso, mesmo, é que os detentos enjaulados em condições subumanas não
estejam realizando mais motins pelo país afora.
Lins era um humanista por excelência e sempre achou equivocada a política
penitenciária. Não havia ironia no que disse. Com mais de 500 mil presos, o
sistema atual tem capacidade para receber pouco mais de 300 mil. O que sobra
fica amontoado em celas fétidas, sujeito à disseminação de doenças e, o que é
pior, a mais violência. Como é possível imaginar que um ser humano se adapte
a tais condições?
Do outro lado dos muros das prisões, uma sociedade acuada pela escalada da
violência urbana prefere imaginar que lugar de bandido é na cadeia, deixando
o Estado à vontade para varrer a sujeira tapete abaixo. Construir presídios e
dar tratamento digno ao preso não rendem votos. Punir, sim.
Daí porque se discute tanto um novo Código Penal, como se fossem frouxas as
117 leis penais especiais e os 1.170 crimes tipificados de que dispomos.
Inclusive trazendo de volta a ideia da maioridade penal, que na prática significa
transformar menino em delinquente e sujeitá‐lo à crueldade das prisões. Nada
mais autoritário. O que a juventude precisa é de amparo, de oportunidade, de
educação, e não de medidas que visem a puni‐la.
A sociedade não pode virar as costas ao drama dos presídios”.
(Marcus Vinicius Furtado)
“...o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu‐se com esta: ...”;
o emprego da forma do demonstrativo sublinhada
a) mostra equívoco do autor do texto, pois a forma correta seria “essa”.
b) indica que o seu referente será enunciado a seguir.
c) demonstra que o referente do pronome já foi enunciado.
d) destaca que o fato ocorrido ocorreu no tempo presente.
e) informa que o referente tem significado humorístico ou irônico.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Utilizamos o pronome ESSA para nos referirmos a
termos ANTERIORMENTE MENCIONADOS no texto.
Alternativa B – Correta – Perfeito, é o que acontece no texto. Utilizamos o
pronome demonstrativo ESTA antes de enunciar algo.
“... o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu‐se com esta: espantoso,
mesmo, é que os detentos enjaulados em condições subumanas não estejam
realizando mais motins pelo país afora. “
QUANDO USAR...
ANTES de enunciar
objeto está momento
algo OU
ESTE(A)(S) PERTO de quem PRESENTE
FALA para citar o TERMO
MAIS PRÓXIMO entre
dois já citados
objeto está momento
ESSE(A)(S) algo DEPOIS de
PERTO de quem PASSADO
mencionado
OUVE PRÓXIMO
7) FCC/TJ/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012
(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das
Letras, 2009. p. 78)
Comentários:
isso não cabe o uso do N (a liderou). O pronome “que” atrai o pronome para a
posição de próclise.
Gabarito: E
8) FGV/AL/CM Caruaru/Administração/2015
Assinale a opção que indica a frase em que o emprego da forma “mim” contraria
a norma culta da língua.
a) Para mim, assistir às aulas é questão de princípio.
b) Tudo foi feito em segredo, entre mim e a empresa.
c) A mim, ninguém me engana.
d) Tinham receio de mim, após a festa, nunca mais voltar.
e) Desmaiei e demorei a voltar a mim.
Comentários:
Alternativa A – Correta – Os pronomes oblíquos não servem como sujeitos e
sim como complementos de verbos e nomes. Os pronomes pessoais retos é
que fazem o papel de sujeito nas orações. A utilização de “para mim” está
correta, pois tem função de complemento.
Alternativa B – Correta – Ok, pois “entre mim e a empresa” tem função de
complemento.
Alternativa C – Correta – O termo “a mim” é objeto indireto pleonástico.
CALMA, VAMOS VER ESTE ASSUNTO DETALHADAMENTE NA AULA DE FUNÇÃO
SINTÁTICA.
Alternativa D – Incorreta - Tinham receio de EU, após a festa, nunca mais voltar.
A frase intercalada disfarça a presença do verbo “voltar”, portanto o pronome
oblíquo “mim” está inadequado, uma vez que não pode ser o sujeito da oração.
Alternativa E – Correta – O termo “a mim” é complemento verbal de “voltar”
(voltar a quê?)
Gabarito: D
9) FCC/EST/BB/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em
redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos
aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a
esclarecer o nosso próprio mistério.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos
de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não o mais
estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões,
o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos,
constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos
tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata
logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é
inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências
que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história
humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos
estão aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla
companhia, generosa e quase invisível.
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)
Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão,
atribuímos à solidão os mais terríveis contornos, mas nunca estamos
absolutamente sós no mundo.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos
b) tememo-la – julgamo-la - invencível atribuímo-la
c) tememos a ela – lhe julgamos invencível – lhe atribuímos
d) a tememos – julgamo-la invencível - atribuímos-lhe
e) a tememos – julgamos invencível a ela – lhe atribuímos
Comentários:
Item 1 – Em primeiro lugar observamos que o verbo “temer” é TD, logo
devemos empregar o pronome “a”. Em seguida, veja que há uma palavra
atrativa, o pronome indefinido “muitos”, então vamos usar a próclise (a
tememos).
Item 2 – Temos o verbo julgar que é TD e devemos usar ênclise por ser início
de oração. Assim a forma correta é “julgamo-la”.
Item 3 – Repare que o verbo atribuir é TDI, no entanto o termo que vamos
substituir é o objeto indireto – OI (veja que há uma crase, então já sabemos
que há preposição no termo “à solidão”). Como o verbo vem após virgula e
inicia uma nova oração dentro do período composto, vamos de ênclise
(atribuímos-lhe), ok?
Gabarito: D
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não
contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o
dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de
cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas
estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O -
circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico.
Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo,
ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas
medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só
não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia.
A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em
sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível
humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator
comum de todas as expressões humanas.
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da
província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 21920)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada
de modo INCORRETO em:
a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía
d) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência
e) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na
Comentários:
Alternativa A – Correta – O pronome está correto, pois o verbo arremedar é TD.
A forma infinitiva do verbo permite a ênclise, além de que não há palavra de
atração. Os verbos terminados em “R”, “S” e “Z” perdem estas consoantes.
Alternativa B - Correta – O pronome “as” está correto pois substitui o objeto
direto – OD (as botinas...). Ênclise correta, uma vez que inexiste palavra de
atração.
Alternativa C - Correta – O pronome “a” está correto pois substitui o objeto
direto – OD. A próclise também está regular devido à palavra atrativa “que” (ver
o texto).
Alternativa D - Correta – O termo “o fator comum” é objeto direto da forma
verbal “pôs”. Como o verbo termina em “S”, este é cortado e acrescenta-se o
“L” ao pronome.
Alternativa E - Incorreta – O pronome está coreto, pois o verbo é TD, porém a
forma correta seria “eliminou-a”, pois a forma verbal “eliminou” não finaliza
com som nasal.
Gabarito: E
12) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010
Comentários:
SENHOR(A) •Respeitoso
Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fez referência
desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça o mal-
entendido.
Gabarito: E
Comentários:
O pronome relativo “cuja” não cabe no contexto, pois ele é utilizado para indicar
posse. As pessoas são portadoras da singularidade e não ao contrário.
Gabarito: D
15) FGV/AB/BNB/2014
SEM SOLUÇÃO
Carlos Heitor Cony - Folha de São Paulo
Foi melancólico o 1º de Maio deste ano. Não tivemos a tragédia do Riocentro,
que até hoje não foi bem explicada e, para todos os efeitos, marcou o início do
fim da ditadura militar.
Tampouco ressuscitamos o entusiasmo das festividades, os desfiles e a
tradicional arenga de um ditador que, durante anos, começava seus discursos
com o famoso mantra: "Trabalhadores do Brasil".
Gabarito: E
Comentários:
Gabarito: E
Em “Minha mãe não dorme” e “Tenho minha casa para olhar” os termos em
destaque estabelecem um vínculo entre o emissor e o elemento por ele
antecedido. Acerca de tal relação identifica-se um(a)
a) vínculo afetivo seguido de um vínculo de uso.
b) vínculo de parentesco seguido de um vínculo de posse.
c) determinação vinculativa idêntica para as duas ocorrências.
d) vínculo de origem na primeira ocorrência e na segunda, de posse.
Comentários:
20) CONSULPLAN/MAPA/Administrador/2014
21) CONSULPLAN/MAPA/Veterinário/2014
As verdades da razão
Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas algo que
inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes: toda razão
é fundamentalmente conversação. “Conversar” não é o mesmo que ouvir
Comentários:
Item I – Verdadeiro – Ambos referem-se a ela (“minha amiga”).
Item II – Falso – O pronome A serve para complementar verbos que não
exigem preposição em seu complemento (transitivos diretos), enquanto LHE
complementa verbos transitivos indiretos (que exigem preposição).
Item III – Verdadeiro – nela = em + ela
Observe que no primeiro caso em que não há preposição, não podemos utilizar
o pronome pessoal “ela”, mas sim o pronome oblíquo “a”. Lembre-se de que
utilizamos os pronomes pessoais para a função de sujeito e os oblíquos para a
função de objeto. No caso de “nela” (em ela), temos um adjunto adverbial.
Vamos aprofundar o assunto de função sintática em aula específica.
Gabarito: C
10 - Lista de Exercícios
1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012
2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida deumbombeiro é dura!
c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.
d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!
Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino.
Amigas da família, mãe e filha adolescente vieram tomar um lanche conosco.
D. Glorinha, a mãe, achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava
no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava sentado numa
extremidade da mesa:
− Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão?
− Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a seu pedido.
Socorreu-me a filha adolescente:
− Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim na casa dos outros.
− A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha
com reprovação, isto é, dardejou-a com olhos censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck:
“Você pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem
alheia. Brasileiro é assim mesmo, adora embonitar a conversa para
impressionar os outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre o que
chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado rebarbativo como forma de,
numa discussão, reduzir ao silêncio o interlocutor ignaro. Uma espécie de gás
paralisante verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
“Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se valeu o autor do texto para
lembrar o estilo retórico pelo qual se notabilizou o escritor baiano.
Não haverá prejuízo para a correção da frase acima ao se substituírem os
segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
a) a que recorreu - que fez notável.
b) do qual incorreu - com que se afamou.
c) a cujo recorreu – o qual celebrizou.
d) em que fez uso – em cujo deu notabilidade.
e) em cujo incorreu – com o qual se propagou.
6) FGV/AJ/TJ AM/Leiloeiro/2013
Muito além do ridículo (fragmento)
“Certa vez, ante o espanto da opinião pública com a violência de uma rebelião
de presos, o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu‐se com esta:
espantoso, mesmo, é que os detentos enjaulados em condições subumanas não
estejam realizando mais motins pelo país afora.
Lins era um humanista por excelência e sempre achou equivocada a política
penitenciária. Não havia ironia no que disse. Com mais de 500 mil presos, o
sistema atual tem capacidade para receber pouco mais de 300 mil. O que sobra
fica amontoado em celas fétidas, sujeito à disseminação de doenças e, o que é
pior, a mais violência. Como é possível imaginar que um ser humano se adapte
a tais condições?
Do outro lado dos muros das prisões, uma sociedade acuada pela escalada da
violência urbana prefere imaginar que lugar de bandido é na cadeia, deixando
o Estado à vontade para varrer a sujeira tapete abaixo. Construir presídios e
dar tratamento digno ao preso não rendem votos. Punir, sim.
Daí porque se discute tanto um novo Código Penal, como se fossem frouxas as
117 leis penais especiais e os 1.170 crimes tipificados de que dispomos.
Inclusive trazendo de volta a ideia da maioridade penal, que na prática significa
7) FCC/TJ/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012
(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das
Letras, 2009. p. 78)
8) FGV/AL/CM Caruaru/Administração/2015
Assinale a opção que indica a frase em que o emprego da forma “mim” contraria
a norma culta da língua.
a) Para mim, assistir às aulas é questão de princípio.
b) Tudo foi feito em segredo, entre mim e a empresa.
c) A mim, ninguém me engana.
d) Tinham receio de mim, após a festa, nunca mais voltar.
e) Desmaiei e demorei a voltar a mim.
9) FCC/EST/BB/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em
redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos
aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a
esclarecer o nosso próprio mistério.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos
de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não o mais
estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões,
o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos,
constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos
tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata
logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é
inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências
que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história
humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos
estão aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla
companhia, generosa e quase invisível.
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)
Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão,
atribuímos à solidão os mais terríveis contornos, mas nunca estamos
absolutamente sós no mundo.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos
b) tememo-la – julgamo-la - invencível atribuímo-la
c) tememos a ela – lhe julgamos invencível – lhe atribuímos
d) a tememos – julgamo-la invencível - atribuímos-lhe
e) a tememos – julgamos invencível a ela – lhe atribuímos
tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que
submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.
Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os
segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:
a) lhes tomemos – falta-lhes – submeta-lhes
b) tomemos a elas − lhes falta − lhes submeta
c) as tomemos – falta-lhes − as submeta
d) lhes tomemos − lhes falta − as submeta
e) as tomemos − falta a elas – submeta-las
12) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010
Gabarito: E
15) FGV/AB/BNB/2014
SEM SOLUÇÃO
Carlos Heitor Cony - Folha de São Paulo
Foi melancólico o 1º de Maio deste ano. Não tivemos a tragédia do Riocentro,
que até hoje não foi bem explicada e, para todos os efeitos, marcou o início do
fim da ditadura militar.
Tampouco ressuscitamos o entusiasmo das festividades, os desfiles e a
tradicional arenga de um ditador que, durante anos, começava seus discursos
com o famoso mantra: "Trabalhadores do Brasil".
De qualquer forma, era um pretexto para os governos de plantão forçarem um
clima de conciliação nacional, o salário mínimo era aumentado e, nos teatros da
praça Tiradentes, havia sempre uma apoteose patriótica com os grandes nomes
do rebolado agitando bandeirinhas nacionais. Nos rádios, a trilha musical era
dos brados e hinos militares, na base do "avante camaradas".
Este ano, a tônica foram as vaias que os camaradas deram às autoridades
federais, estaduais e municipais. Com os suculentos escândalos (mensalão,
Petrobrás e outros menos votados), as manifestações contra os 12 anos de PT,
que começaram no ano passado, só não tiveram maior destaque porque a mídia
deu preferência mais que merecida aos 20 anos da morte do nosso maior ídolo
esportivo.
Em “Minha mãe não dorme” e “Tenho minha casa para olhar” os termos em
destaque estabelecem um vínculo entre o emissor e o elemento por ele
antecedido. Acerca de tal relação identifica-se um(a)
a) vínculo afetivo seguido de um vínculo de uso.
b) vínculo de parentesco seguido de um vínculo de posse.
c) determinação vinculativa idêntica para as duas ocorrências.
d) vínculo de origem na primeira ocorrência e na segunda, de posse.
20) CONSULPLAN/MAPA/Administrador/2014
21) CONSULPLAN/MAPA/Veterinário/2014
As verdades da razão
Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas algo que
inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes: toda razão
da ação, que a torna feliz. Não distingue entre gente e bicho, quando tem de
agir, mas, como há inúmeras sociedades (com verbas) para o bem dos homens,
e uma só, sem recurso, para o bem dos animais, é nesta última que gosta de
militar. Os problemas aparecem-lhe em cardume, e parece que a escolhem de
preferência a outras criaturas de menor sensibilidade e iniciativa (...).
(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1988.)
11 – Gabarito
1 E 7 E 13 D 19 D
2 B 8 D 14 D 20 C
3 E 9 D 15 E 21 D
4 A 10 C 16 D 22 C
5 E 11 E 17 E 23 C
6 B 12 E 18 B 24 B
12 – Referencial Bibliográfico