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Aula 00 – Pronomes

Curso: Português
Professor: Bruno Spencer
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Teoria e Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 00

APRESENTAÇÃO

Olá amigos!!!
Vamos direcionar este curso à preparação para o concurso de Fiscal de
Tributos da Prefeitura Municipal de Maricá – ISS Maricá.
O edital saiu!!! Portanto, não podemos perder tempo em nossa
preparação.
Nosso curso terá uma abordagem direta e objetiva, para que você
assimile a matéria em um menor espaço de tempo possível e chegue
preparado ao dia da prova.
Meu nome é Bruno Spencer, atualmente, exerço a função de Auditor
Fiscal da Receita Federal do Brasil - AFRFB, cargo que persegui por alguns
anos. Fui aprovado em 27º lugar no histórico concurso de 2012, nada demais,
porém o suficiente para garantir a minha sonhada vaga. Nesse lendário
concurso, apenas alguns bravos 256 candidatos foram aprovados para a
segunda fase - provas discursivas.
Para chegar nesse resultado, podem ter certeza que foi necessário muito
PLANEJAMENTO e DEDICAÇÃO. Milagres acontecem todos os dias, mas é
fundamental que façamos a nossa parte da melhor maneira possível,
com disciplina, fé e perseverança.
Quando me vi desempregado, em 2007, com 31 anos de idade, após dar
muita "cabeçada" e não obter sucesso no mercado de trabalho, resolvi entrar
de vez no mundo dos concursos. O primeiro que tentei verdadeiramente foi o
da Caixa Econômica de 2008. Como estava desempregado, estudava de manhã
e de tarde, à noite frequentava um cursinho e, quando chegava em casa,
estudava mais um pouco só para relaxar. Resultado?? Consegui o primeiro
lugar do polo Recife. Isso foi o que eu precisava para ganhar mais
autoconfiança, daí decidi que seria AFRFB. Então dei seguimento aos estudos e,
em 2009, passei no ATA-MF, em 2010, na SAD-PE e no MPU, em 2012 no ACE
- MDIC (excedente) e AFRFB.
Devemos, pois, lembrar que vida de concurseiro não é feita só de
sucessos. Aqui, não mencionei minhas derrotas, mas podem ter certeza que
foram tantas quantos os sucessos. O que vejo em comum entre as pessoas que
passam em concursos é que todas estudam com confiança que um dia
chegarão à vitória, por isso conseguem manter o foco e a disciplina. Não
há concorrentes para quem está preparado.
Trabalhe sua mente, não se deixe desanimar, estude hoje para
estar preparado amanhã!!!

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Análise do Edital

O estudo da Língua Portuguesa é um investimento seguro para


qualquer concurseiro. Ainda não vi, uma sequer, prova em que a matéria não
seja cobrada de forma diferenciada.
Já vi pessoas se dedicarem muito às matérias específicas e se
prejudicarem por perder muito tempo para responder a prova de Português.
Não é preciso apenas dominar a disciplina, é necessário estar bem
treinado na resolução de questões com precisão e boa velocidade. Isso vai
lhe dar uma boa pontuação e tempo para dedicar-se à resolução outras
matérias.
Vamos ver como estão sendo cobrados os assuntos no edital:

Item Assunto Aula

Interpretação de textos, com domínio de relações


1 discursivas, semânticas e morfossintáticas. Tipos 10
textuais: narrativo, descritivo, argumentativo e
injuntivo. Gêneros discursivos.
2 Coesão e coerência textual. 9
3 Valor dos conectivos. 4
4 Usos dos pronomes. 0
Semântica: sinonímia, polissemia, homonímia,
5 hiperonímia, hiponímia. Figuras de linguagem: 10
hipérbole, metáfora, metonímia, personificação e
outros.
6 Estrutura e formação de palavras: composição, 11
derivação e outros processos.
7 Flexão nominal e verbal. 1, 2
8 Emprego de tempos e modos verbais. 2
9 Classes de palavras. 1
10 Regência nominal e verbal. 6, 7
11 Concordância nominal e verbal. 5

12 Estruturação de períodos: coordenação, subordinação e 3, 4


correlação.
13 Pontuação. 8
14 Variação linguística. Ortografia vigente. 11

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O curso abrangerá todos os pontos constantes do edital, organizados de


forma didática, para que você estude e aprenda a matéria de forma gradual
e estruturada.
Este curso terá um foco especial na objetividade e na eficiência, devido
à grande proximidade da prova, para que você consiga estudar bem a nossa
matéria e também as demais.
Neste curso, comentaremos cerca de 340 questões de bancas diversas,
algumas delas grandes – FCC e FGV – e outras de menor porte, como
CONSULPLAN, IBFC e VUNESP.
ATENÇÃO – NÃO COMENTAREMOS QUESTÕES DA COSEAC UFF.
Ao final do curso, você terá como BÔNUS - para concluir sua
preparação - TRÊS PROVAS TOTALMENTE COMENTADAS, sendo uma delas
da COSEAC UFF!!!

Aula Conteúdo

00 Pronomes
01 Classes Gramaticais
02 Verbo
03 Função Sintática dos Termos
04 Períodos e Conectivos
05 Concordância Verbal e Nominal
06 Regência Verbal e Nominal
07 Crase
08 Pontuação
09 Coerência e Coesão Textual
10 Texto
11 Ortografia, Acentuação e o Novo Acordo Ortográfico

12 Bônus - Prova Comentada

13 Bônus - Prova Comentada


14 Bônus - Prova COSEAC UFF Comentada
*Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial, na página do
curso.

Boa aula a todos!

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Aula 00 – Pronomes

Olá amigos,
Hoje vamos ao estudo dos PRONOMES. Este é um assunto
importantíssimo e que reflete em muitos outros, mas que também é muito
abordado diretamente pelas bancas.
Atentem aos conceitos de cada espécie de pronome. Procurem
entender suas formas de utilização e deem especial ATENÇÃO ao item 2.3 –
Colocação Pronominal.
Vamos nessa!!!

Sumário

1 – Classificação .................................................................................. 6
2 – Pronomes Pessoais ........................................................................ 7
2.1 - Retos .......................................................................................... 7
2.2 - Oblíquos ..................................................................................... 8
2.3 – Colocação Pronominal ................................................................ 10
2.4 – Colocação Pronominal nas Locuções Verbais.................................. 14
3 – Pronomes Possessivos ................................................................. 15
4 – Pronomes Demonstrativos ........................................................... 16
5 – Pronomes Relativos ..................................................................... 18
6 – Pronomes Interrogativos ............................................................. 19
7 – Pronomes Indefinidos .................................................................. 19
8 – Pronomes de Tratamento ............................................................. 19
9 – Questões Comentadas ................................................................. 21
10 - Lista de Exercícios ...................................................................... 48
11 – Gabarito ..................................................................................... 65
12 – Referencial Bibliográfico ............................................................ 65

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1 – Classificação

Os pronomes são palavras que acompanham ou substituem o


nome (substantivo). Como consequência, podem ser (pronomes ADJETIVOS) ou
(pronomes SUBSTANTIVOS).
Pronomes Adjetivos - acompanham
Pronomes Substantivos – substituem

Exemplos:
Meu carro é vermelho.
meu - pronome adjetivo - acompanha e qualifica o nome “carro”

Ele é vermelho.
ele - pronome substantivo - substitui o termo “meu carro”

Quem pegou meu livro?


quem - pronome substantivo – pode ser substituído por um nome.

O menino pegou meu livro?


meu - pronome adjetivo – acompanha e qualifica o nome “livro”

Veja as espécies de pronomes no quadro abaixo:


eu, tu, ele/ela, nós,
Reto
vós, eles/elas
me, te, se, o, a, lhe,
Oblíquo Átono nos, vos, se, os, as,
PESSOAIS lhes
mim, comigo, ti,
contigo, si, ele, ela,
Oblíquo Tônico
nós, conosco, vós,
convosco, si, eles, elas
meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s),
POSSESSIVOS
nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s)
este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso,
DEMONSTRATIVOS
aquele(s), aquela(s), aquilo

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quem, onde, como, quando, quanto, que, o qual,


RELATIVOS
a qual, cujo(s), cuja(s)
INTERROGATIVOS quem, onde, que, quanto(a)(s)
algum(a), nenhum(a), todo, tudo, nada, algo,
INDEFINIDOS muitos, vários, tanto, qualquer, alguém, ninguém,
mais, menos, que, qualquer um...
Você, Senhor(a), Vossa Senhoria, Vossa
TRATAMENTO
Excelência, Vossa Santidade, Vossa Alteza...

2 – Pronomes Pessoais

São os pronomes que substituem (pronomes substantivos) as pessoas


do discurso. Têm um destaque dentro da oração, pois podem ser sujeitos,
objetos ou predicativos.
Exemplos:
• João foi ao teatro. / Ele foi ao teatro.
• Mário entregou o livro a sua amiga. / Mário entregou-o a sua amiga.
Os pronomes pessoais podem ser RETOS ou OBLÍQUOS.
Vamos ver cada um deles!

2.1 - Retos

Fazem o papel de sujeito nas orações.


Exemplos:
• Eu trabalhei muito.
• Tu estudarás o suficiente.

Eu (singular)
1a Pessoa Quem fala
Nós (plural)

Tu (singular)
2a Pessoa Para quem se fala
Vós (plural)

ele(a) (singular)
3a Pessoa De quem se fala
eles(a) (plural)

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2.2 - Oblíquos

Fazem o papel de objetos ou complementos nas orações.


Exemplos:
• Beijou-a pela manhã.
• Sempre te apoiamos.
• Fê-lo esquecer dos problemas.
Os pronomes oblíquos se dividem em ÁTONOS e TÔNICOS.

ÁTONOS TÔNICOS

me (singular) mim, comigo


1a Pessoa
nos (plural) nós, conosco

te (singular) ti, contigo


2a Pessoa
vos (plural) vós, convosco

se, o, a lhe (singular) si, consigo, ele(a)


3a Pessoa
se, o, a, lhe(s) (plural) si, eles(a)

Um ponto importante nesse assunto é a contração dos verbos com os


pronomes o, a, os, as, que fazem-nos assumir as formas lo(s), la(s), no(s),
na(s).

Em formas verbais terminadas em R, S, Z acrescentamos o L antes de


o(s), a(s).

Exemplos:
• Devemos aprender a lição. / Devemos aprendê-la.
• Escolhemos o livro. / Escolhemo-lo.
• Fez as pessoas felizes. / Fê-las felizes.
• Vou cortar as cebolas. / Vou cortá-las.

Note que as consoantes R, S e Z são cortadas e por vezes acentua-se a


sílaba final do verbo.

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Em formas verbais terminadas em sons nasais AM, EM, ÃO, ÕE


acrescentamos a consoante N antes de o(s), (a)(s).
Exemplos:
• Enrolavam o novelo. / Enrolavam-no.
• Eles fazem o trabalho. / Eles fazem-no.
• Estudarão a aula. / Estudarão-na.
• Põe o livro sobre a mesa e estuda. / Põe-no sobre a mesa e estuda.
NOTE que nesses casos NÃO se corta qualquer letra do verbo!!!

Quando o verbo for transitivo direto e indireto temos as seguintes opções


para utilização dos pronomes:
Exemplos:
Entreguei o livro a minha colega.
Entreguei-o a minha colega. (substituiu-se o termo “o livro” - objeto direto –
OD)
Entreguei lhe o livro. (substituiu-se o termo “a minha colega” - objeto indireto
– OI) Repare que o “a” é uma preposição.
Entreguei lho. (substituindo os dois termos; lho = lhe + o)

Pronomes Oblíquos Reflexivos


Os pronomes oblíquos, exceto o(s), a(s) lhe(s), podem referir-se ao
próprio sujeito da oração. Nesses casos são chamados de REFLEXIVOS.
Exemplos:
• Achei-me em um lugar distante.
• Nós aperfeiçoamo-nos nas matérias da prova.
• Endireita-te antes que seja tarde.
Ele machucou-se enquanto lutava.
• Ela pensou consigo a respeito de sua vida.

1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012

Fazendo-se as alterações necessárias, o segmento grifado está substituído


corretamente por um pronome em:

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a) alçar a turma = alçar-lhe

b) retirou um conjunto deles = retirou-nos

c) guiar os estudantes = guiar-os

d) desconstruir a visão = desconstruir-lhe

e) analisaram os cursos de oito faculdades = analisaram-nos

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Como o verbo “alçar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo A (alçá-la).

Alternativa B – Incorreta – Como o verbo “retirar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O, no entanto a forma verbal “retirou” não termina
em som nasal, portanto não deve receber o N (retirou-o).

Alternativa C – Incorreta – Como o verbo “guiar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O, no entanto, como a forma verbal “guiar” termina
em R, devemos cortá-lo e adicionar o L ao pronome O (guiá-los).

Alternativa D – Incorreta - Como o verbo “desconstruir” é transitivo direto,


devemos utilizar o pronome oblíquo A. Como a forma verbal termina em R,
devemos cortá-lo e adicionar o L ao pronome A (desconstrui-la).

Alternativa E – Correta - Como o verbo “analisar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo OS. A forma verbal “analisaram” termina em som
nasal, portanto deve receber o N (analisaram-nos).

Gabarito: E

2.3 – Colocação Pronominal

Esse é um assunto importantíssimo para concursos, seja para a prova


objetiva, seja para a discursiva.
Os pronomes oblíquos podem vir antes, no meio ou após os verbos,
dessa forma ocorrerá o que se chama de próclise, mesóclise ou ênclise.
Exemplos:
• Não o deixarei desanimar. (próclise)
• Falar-te-ei a respeito de tudo. (mesóclise)
• Falou-nos de sua experiência. (ênclise)

Vamos esquematizar algumas regras:

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•Ocorrência de palavras de ATRAÇÃO (invariáveis), tais como


advérbios, pronomes indefinidos, pronomes relativos,
Próclise
conjunções subordinativas, palavra "só", palavras
negativas.
•Ex. Não me abandone. / Nada lhe tira o foco. / Ele é o
homem de quem lhe falei. / Pedi a ele que os avisasse. / Só
lhe sobrou uma alternativa.

• Nas orações: optativas, exclamativas ou interrogativas


nas formas seguintes:
•Ex. Deus o abençoe! / Quanto te maltratas! / Quem se
disponibilizará?

•É PROIBIDO o uso de pronomes átonos no início de


períodos, ou após pausas* sem palavra de atração!!!

•Verbo no FUTURO DE PRESENTE ou FUTURO do PRETÉRITO,


caso não haja palavra atrativa.
Mesóclise •Ex. dar-te-ei, fazê-lo-ia

•Regra geral, caso não seja caso de próclise ou mesóclise.


•Ex. Suas palavras deixaram-nos tranquilos. / As pessoas
Ênclise aplaudiam-no calorosamente.

1. Quando vier a forma infinitiva precedida da preposição “a”, os pronomes


o(s), a(s) virão após o verbo.
Ex. Não tornaremos a encontrá-los tão cedo.

2. Quando o verbo no GERÚNDIO for precedido de preposição teremos


obrigatoriamente PRÓCLISE.
Ex. Em se tratando de carros, prefiro os importados.

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3. Enquanto a proibição de iniciar períodos com pronomes átonos é


ABSOLUTA, a proibição após as “pausas” comporta exceções.

Ex. Atendeu todos aquele que, mesmo envergonhados, lhe solicitaram ajuda.

Nesse caso, o pronome é atraído pelo pronome relativo QUE, mesmo estando
antes do termo intercalado.

Note como, na linguagem informal, muitas vezes “atropelamos” as regras


gramaticais:
“Eu te darei o céu meu bem e o meu amor também. ” – A rigor, a frase está
gramaticalmente ERRADA.
Apesar de todo o romantismo do autor, a grafia correta seria a seguinte:
Eu dar-te-ei o céu... (futuro do presente sem palavra atrativa = mesóclise)
Repare que, caso houvesse uma palavra atrativa, aí sim, poderíamos usar a
próclise normalmente.
Ex. Não te darei... (correto)

Entretanto, essa linguagem usual em verbos no futuro, vem sendo a


cada dia mais aceita, sendo inclusive abonada por alguns gramáticos mais
modernos, devido à estranheza que pode causar o uso da quase arcaica
mesóclise.
Nesse caso, poderíamos até utilizar a próclise após uma vírgula.
Exemplo:
Ela, que você julgou ser má, far-te-á um vitorioso.
ou
Ela, que você julgou ser má, te fará um vitorioso.

Fique ligado!
Nos exercícios, verifique o posicionamento da banca a respeito do tema.

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2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida de um bombeiro é dura!
c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.
d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!
Comentários:
Alternativa A - Incorreta – A palavra “não” atrai o pronome, por isso seria
correto a próclise nesse caso. “Não me queira mal...”
Alternativa B - Correta – Não se começa período com pronome oblíquo,
por isso etá correto o emprego da ênclise.
Alternativa C - Incorreta – Por mais esquisito que seja, a nossa gramática atesta
como correto o uso da mesóclise para os tempos futuro de presente e futuro
do pretérito do indicativo. “Encontrar-nos-emos depois...”
Alternativa D - Incorreta – ATENÇÃO, note que “sempre” também é uma palavra
atrativa por ser advérbio.
Eis algumas palavras atrativas: advérbios, pronomes indefinidos, pronomes
relativos, conjunções subordinativas, palavra "só", palavras negativas.
“Quando sempre me chamarem...”
Alternativa E - Incorreta – “Jamais” também é classificado como advérbio,
assim como palavra de negação, por isso atrai o pronome “te” para antes do
verbo. “Jamais te desesperes...”
Gabarito: B

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2.4 – Colocação Pronominal nas Locuções Verbais

As locuções verbais formam-se por VERBO AUXILIAR + VERBO


PRINCIPAL (INFINITIVO, GERÚNDIO OU PARTICÍPIO). As regras já vistas
anteriormente continuam válidas, porém como temos dois verbos, vamos ver
como se aplicam.

Quando NÃO há palavra atrativa:


1. Próclise em relação ao auxiliar – OK – (se conseguiu livrar) – Caso não
seja início de período!!!
2. Ênclise em relação ao auxiliar – OK - (conseguiu-se livrar)
3. Próclise em relação ao principal – OK - (linguagem usual falada)
(conseguiu se livrar)
4. Ênclise em relação ao principal – OK - (conseguiu livrar-se) – PERFEITO
– Essa é a forma recomendada!

OBSERVAÇÃO:
1 - As formas verbais no PARTICÍPIO NÃO admitem ÊNCLISE!!!
Ex. Eles haviam ajudado-nos. (ERRADO)
2 - No caso de o verbo principal estar no PARTICÍPIO, a forma ideal será a
segunda (ênclise em relação ao auxiliar).

Quando há palavra atrativa:


1. Próclise em relação ao auxiliar – OK – (não se conseguiu livrar) - Forma
recomendada!
2. Ênclise em relação ao auxiliar – ERRADO - (não conseguiu-se livrar)
devido à existência da palavra atrativa
3. Próclise em relação ao principal – OK - (linguagem usual falada) (não
conseguiu se livrar)
4. Ênclise em relação ao principal – OK - (não conseguiu livrar-se – a
palavra atrativa “perde a força”)

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Veja o resumo abaixo:

Quando NÃO há palavra atrativa

Caso não seja início


1 Próclise ao auxiliar OK se conseguiu livrar
de período

2 Ênclise ao auxiliar OK conseguiu-se livrar OK

3 Próclise ao principal OK conseguiu se livrar linguagem usual


Perfeito!!!
4 Ênclise ao principal OK conseguiu livrar-se Forma
recomendada!!!

Quando HÁ palavra ATRATIVA


Perfeito!!!
1 Próclise ao auxiliar OK não se conseguiu livrar Forma
recomendada!!!
2 Ênclise ao auxiliar X não conseguiu-se livrar ERRADO

linguagem
3 Próclise ao principal OK não conseguiu se livrar
usual
A palavra
4 Ênclise ao principal OK não conseguiu livrar-se atrativa “perde
a força”.

OBSERVAÇÃO
Quando há preposição entre o verbo auxiliar e verbo principal, admite-se a
próclise ou ênclise, desde que não esteja no particípio.
Ex. O médico deixou de se cuidar. / O médico deixou de cuidar-se.

3 – Pronomes Possessivos

Servem para designar a POSSE de algo. Determinam ou qualificam os


nomes. Nas orações, possuem função de adjunto adnominal.
Exemplos:
• Minha casa é amarela, a tua é branca.
• Nosso objetivo é um só.
• Estude e realizará seu sonho.

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meu(s), minha(s)
1a Pessoa
nosso(s), nossa(s)

teu(s),tua(s)
2a Pessoa
vosso(s), vossa(s)

3a Pessoa seu(s), sua(s)

Há situações que o uso dos pronomes possessivos seu(s), sua(s), pode gerar
certa confusão quanto a quem ou a que se referem.
Exemplo:
O cachorro comeu o seu almoço.
Nesse caso devemos usar os termos dele(s), dela(s).
O cachorro comeu o almoço dele.

4 – Pronomes Demonstrativos

Servem para indicar a posição das pessoas da oração em relação


a espaço, tempo ou posição textual.
Os mais conhecidos são: este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso,
aquele(s), aquela(s) e aquilo.
Também são pronomes demonstrativos: aqueloutro(a)(s), mesmo(a)(s),
próprio(a)(s), semelhante, tal e tais.

➔ Usamos ESTE(A)(S), quando:


1. O objeto está PERTO de quem FALA.
Ex. Estas canetas são suas. (as canetas devem estar na mão ou bem próximo
a quem fala)
2. Refere-se a um momento PRESENTE.
Ex. Esta semana está demorando a passar. (a semana ainda está acontecendo)
3. ANTES de enunciar algo.
Ex. Os pronomes possessivos são estes: meu, minha, teu, tua...

➔ Usamos ESSE(A)(S), quando:


1. O objeto está PERTO de quem OUVE.
Ex. Essas canetas são suas. (as canetas devem estar próximo de que ouve)

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2. Refere-se a um momento PASSADO PRÓXIMO.


Ex. Essa semana demorou a passar. (a semana já aconteceu, mas não está tão
distante)
3. Refere-se a algo DEPOIS de mencionado.
Ex. Os pronomes possessivos são meu, minha, teu, tua... Esses pronomes são
usados para indicar posse.

➔ Usamos AQUELE(A)(S), quando:


1. O objeto está LONGE de quem FALA e de quem OUVE.
Ex. Aquelas canetas são suas. (as canetas devem longe das duas pessoas)
2. Refere-se a um momento PASSADO DISTANTE.
Ex. Aquela semana está demorou a passar. (a semana aconteceu em um
passado remoto)
3. Quando falamos de dois aspectos em uma oração, para falarmos do
MENCIONADO PRIMEIRAMENTE.
Ex. Os pronomes pessoais podem ser retos ou oblíquos, estes servem como
complementos, enquanto aqueles servem com sujeitos de orações. (“estes”
referem-se a “oblíquos” – “aqueles” referem-se a “retos”)

Vamos ver alguns exemplos da utilização dos demais pronomes demonstrativos:


• Tais atitudes não são permitidas aqui.
• Nunca vi coisa semelhante.
• Ela sabe o que aconteceu. (aquilo)
• O próprio presidente pediu desculpas.
• Ele mesmo admitiu o erro.
• Aqueloutro carro é mais novo que esse.

QUANDO USAR...

ANTES de enunciar
objeto está momento
algo OU
ESTE(A)(S) PERTO de quem PRESENTE
FALA para citar o TERMO
MAIS PRÓXIMO entre
dois já citados

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objeto está momento


algo DEPOIS de
ESSE(A)(S) PERTO de quem PASSADO
mencionado
OUVE PRÓXIMO

objeto está momento


LONGE de quem para citar o PRIMEIRO
AQUELE(A)(S) PASSADO
FALA e de quem TERMO entre dois já
DISTANTE
OUVE citados

5 – Pronomes Relativos

Eles têm esse nome, pois referem-se a termos ANTERIORMENTE


MENCIONADOS na oração. São eles: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo(s),
cuja(s), quanto(s), quanta(s), quem, que, como, quando e onde.
Vamos a alguns exemplos e observações:
• Aquela é a garota por quem ele apaixonou-se.
Repare que “quem” refere-se ao nome “garota” já mencionado na oração.

• O livro que estou lendo é ótimo. / O livro o qual estou lendo é ótimo.
• Falei com a mãe do seu amigo que esteve lá na delegacia.
Para evitar duplo sentido, melhor seria usar “o qual” ou “a qual”, a
depender de quem “esteve lá na delegacia”.

• Falei com a mãe do seu amigo o qual esteve na delegacia.


Nesse caso, fica claro que o amigo é quem esteve na delegacia.

• A cidade onde nasci é a mais bela.


• Esse é o hospital cujos médicos são os melhores.
Veja que o pronome “cujos” dá uma idéia de posse do “hospital” em relação
aos “médicos”.
OBSERVAÇÃO
1. O pronome QUEM é usado apenas para PESSOAS.
2. O pronome ONDE é usado apenas para LUGARES.
3. NÃO se usa artigo após o pronome CUJO(A)(S).
Esse é o carro cuja a porta está quebrada. (ERRADO)
Esse é o carro cuja porta está quebrada. (CORRETO)

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6 – Pronomes Interrogativos

São usados em frases interrogativas na 3a pessoa no modo direto ou


indireto.
Exemplos:
• Que aconteceu? / Ele perguntou o que aconteceu.
• Quem será? / Imagino quem será o próximo.
• Qual o motivo? / Todos sabem qual o motivo da sua falta.
• Quantas pessoas chegaram? / Imagine quantas pessoas virão à festa.

7 – Pronomes Indefinidos

Servem para designar algo de forma imprecisa, vaga, indefinida ou


indetermidada, referindo-se sempre à 3 a pessoa. Podem ocorrer como
pronomes substantivos, pronomes adjetivos ou locuções.
Exemplos:

• Alguém acredita nisso?


• Algo importante aconteceu.
• Vi tantas pessoas que não pude contar.
• Há muito a se fazer.
• Gosto de quem gosta de mim.
Eis alguns outros:
• algum(a)(s), nenhum(a)(s), todo(a)(s), outro(a)(s), muito(a)(s),
certo(a)(s), vários(a), demais, tanto(a)(s), quanto(a)(s), qualquer,
alguém, ninguém, tudo, nada, cada, algo, mais, menos, que, quem, qual,
pouco(a)(s), tal, tais, bastante(s) (= muito(s)), uns, uma(s)
Algumas LOCUÇÕES:
• cada qual, tal qual, qualquer um, quem quer, um ou outro

8 – Pronomes de Tratamento

Servem para nos dirigirmos a pessoas adequadamente de acordo com


critérios de familiaridade ou formalidade, que a situação exija.
Quando nos dirigimos diretamente a uma autoridade, um juiz por
exemplo, devemos falar da seguinte maneira:
• Vossa Excelência chegou a alguma decisão? (note que o verbo fica

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na 3ª pessoa)

No entanto, quando em sua ausência, nos referimos à mesma


autoridade, devemos escrever da maneira seguinte:
• Sua Excelência chegou a alguma decisão?

Vamos a um pequeno quadro resumo.

VOCÊ •Informal, familiar

SENHOR(A) •Respeitoso

VOSSA SENHORIA •Cerimonioso, funcionários graduados

VOSSA EXCELÊNCIA •Altas autoridades

VOSSA REVERENDÍSSIMA •Sacerdotes

VOSSA EMINÊNCIA •Cardeais

VOSSA SANTIDADE •Papa

VOSSA MAJESTADE •Reis e rainhas

É isso aí pessoal.
Vamos às questões???

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9 – Questões Comentadas

3) FCC/Analista Judiciário/TRE AP/Judiciária/2006


Atenção: Para responder à questão, considere a crônica (Texto I) e o poema
(Texto II) que seguem.
Texto I
O jivaro
Um sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um
jornal sua conversa com um índio jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de
um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações,
e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo.
O Sr. Matter:
− Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de um macaco.
E o índio:
− Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!
(Rubem Braga, Recado de primavera)
Texto II
Anedota búlgara
Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que
também se caçam borboletas [e andorinhas ficou muito espantado e achou uma
barbaridade.
(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia)
O czar caçava homens, não ocorrendo ao czar que, em vez de homens, se
caçassem andorinhas e borboletas, parecendo-lhe uma barbaridade levar
andorinhas e borboletas à morte.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se, de forma
correta, os elementos sublinhados por, respectivamente,
a) não o ocorrendo de tais levá-las.
b) não ocorrendo-lhe dos mesmos levar-lhes.
c) lhe não ocorrendo destes as levar-lhes.
d) não ocorrendo-o dos cujos as levarem.
e) não lhe ocorrendo destes levá-las.
Comentários:
Item 1 – Temos, aqui, duas coisas essenciais, a preposição “a” (“ao czar”) e a
palavra atrativa “não”, por isso usaremos o pronome “lhe” antes do verbo (“não
lhe ocorrendo”).

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Item 2 – Usaremos o pronome demonstrativo “estes”, referindo-se ao termo


“homens”, já citado no texto (termo mais próximo), fundido com a
preposição ”de”, oriunda da expressão” em vez de”.
Item 3 – O verbo levar é TD em relação a “andorinhas e borboletas” e não há
palavra atrativa. Então, usaremos o pronome “as” em posição enclítica (levá-
las).
Gabarito: E

4) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Judiciária/2013


Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.
Cada um fala como quer, ou como pode, ou como acha que pode. Ainda ontem
me divertiu este trechinho de crônica do escritor mineiro Humberto Werneck,
de seu livro Esse inferno vai acabar:
“− Meu cabelo está pendoando – anuncia a prima, apalpando as melenas.
Tenho anos, décadas de Solange, mas confesso que ela, com o seu solangês,
às vezes me pega desprevenido.
− Seu cabelo está o quê?
− Pendoando – insiste ela, e, com a paciência de quem explica algo elementar
a um total ignorante, traduz:
− Bifurcando nas extremidades.
É assim a Solange, criatura para a qual ninguém morre, mas falece, e, quando
sobrevém esse infausto acontecimento, tem seu corpo acondicionado num
ataúde, num esquife, num féretro, para ser inumado em alguma necrópole, ou,
mais recentemente, incinerado em crematório. Cabelo de gente assim não se
torna vulgarmente quebradiço: pendo-a.”
Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino.
Amigas da família, mãe e filha adolescente vieram tomar um lanche conosco.
D. Glorinha, a mãe, achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava
no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava sentado numa
extremidade da mesa:
− Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão?
− Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a seu pedido.
Socorreu-me a filha adolescente:
− Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim na casa dos outros.
− A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha
com reprovação, isto é, dardejou-a com olhos censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck:

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“Você pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem
alheia. Brasileiro é assim mesmo, adora embonitar a conversa para
impressionar os outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre o que
chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado rebarbativo como forma de,
numa discussão, reduzir ao silêncio o interlocutor ignaro. Uma espécie de gás
paralisante verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
“Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se valeu o autor do texto para
lembrar o estilo retórico pelo qual se notabilizou o escritor baiano.
Não haverá prejuízo para a correção da frase acima ao se substituírem os
segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
a) a que recorreu - que fez notável.
b) do qual incorreu - com que se afamou.
c) a cujo recorreu – o qual celebrizou.
d) em que fez uso – em cujo deu notabilidade.
e) em cujo incorreu – com o qual se propagou.
Comentários:
Alternativa A – Correta – Os verbos “recorrer” e “valer” têm sentido
equivalente, mas regência diversa (valer-se de algo / recorrer a algo).
Podemos observar que foi a preposição foi substituída com perfeição. Em relação
ao segundo trecho, recomendo fazer a substituição e conferir e regularidade ou
não da oração (o estilo retórico que fez o escritor baiano notável). Aqui,
o sentido ficou preservado, assim como a correção gramatical.
Alternativa B - Incorreta – O primeiro trecho apresenta erro de regência pois o
verbo incorrer exige a preposição “em”, além de modificar o valor semântico,
pois esse verbo significa cair, implicar-se, incidir, cometer, etc (ex. O sujeito
incorreu no artigo 11 da lei penal). O segundo trecho está correto.
Alternativa C - Incorreta – O pronome “cujo” fica totalmente maluco nesse
contexto, pois esse é utilizado para indicar posse. Poderíamos ter a forma
indicada na alternativa A ou mesmo a forma “ao qual recorreu”, ambos corretos.
O segundo trecho está perfeito, com o pronome “o qual” referindo-se ao termo
“estilo retórico”.
Alternativa D - Incorreta – No primeiro trecho, temos o uso indevido da
preposição “em”. O segundo trecho, ficaria assim: “que deu notabilidade a...” .
Novamente, o pronome “cujo” foi usado equivocadamente.
Alternativa E - Incorreta – Primeiro trecho com erros de pronome e de semântica
devido ao verbo substituído com sentido diferente do original. Na segunda parte
a substituição mantém a correção do texto.
Gabarito: A

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5) FCC/Analista Judiciário/TRT 16/Administrativa/2014


Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo − um fragmento
de O espírito das leis, obra clássica do filósofo francês Montesquieu, publicada
em 1748.
[Do espírito das leis]
Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto o
mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que por
sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo físico
segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres particulares
inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro;
e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...)
O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é governado
por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que
Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser poderia, a
todo instante, esquecer seu criador − Deus, pelas leis da religião, chamou-o a
si; um tal ser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo − os filósofos
advertiram-no pelas leis da moral.
(Montesquieu − Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34)
As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e
destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria
reger as leis humanas.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) desrespeitam a elas – destituem-nas − deveria reger-lhes
b) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regê-las
c) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger
d) lhes desrespeitam – destituem-lhes − deveria regê-las
e) desrespeitam-nas – destituem-nas − as deveria reger
Comentários:
Nessa altura do campeonato, vocês já repararam que a primeira coisa que
devemos fazer ao analisar a correção do uso do pronome oblíquo é a
transitividade do verbo.
Nesta questão, temos três verbos transitivos diretos – TD (não pedem
preposição em seu complemento). Assim já sabemos que NÃO cabem as formas
“lhe(s)” e “a ele(a)(s)” (enquanto o “a” é preposição, enquanto o “lhe” equivale
a “a ele(a)”).
Então teremos como pronomes nos três casos o pronome “as”, referindo-se ao

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termo “leis humanas”.


Em relação à colocação, nas duas primeiras orações, há ênclise por ausência de
palavra atrativa, enquanto na terceira, o pronome relativo “que” atrai o
pronome “as” (próclise). Poderíamos ter também a forma “regê-las”, na terceira
oração.
Gabarito: E

6) FGV/AJ/TJ AM/Leiloeiro/2013
Muito além do ridículo (fragmento)
“Certa vez, ante o espanto da opinião pública com a violência de uma rebelião
de presos, o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu‐se com esta:
espantoso, mesmo, é que os detentos enjaulados em condições subumanas não
estejam realizando mais motins pelo país afora.
Lins era um humanista por excelência e sempre achou equivocada a política
penitenciária. Não havia ironia no que disse. Com mais de 500 mil presos, o
sistema atual tem capacidade para receber pouco mais de 300 mil. O que sobra
fica amontoado em celas fétidas, sujeito à disseminação de doenças e, o que é
pior, a mais violência. Como é possível imaginar que um ser humano se adapte
a tais condições?
Do outro lado dos muros das prisões, uma sociedade acuada pela escalada da
violência urbana prefere imaginar que lugar de bandido é na cadeia, deixando
o Estado à vontade para varrer a sujeira tapete abaixo. Construir presídios e
dar tratamento digno ao preso não rendem votos. Punir, sim.
Daí porque se discute tanto um novo Código Penal, como se fossem frouxas as
117 leis penais especiais e os 1.170 crimes tipificados de que dispomos.
Inclusive trazendo de volta a ideia da maioridade penal, que na prática significa
transformar menino em delinquente e sujeitá‐lo à crueldade das prisões. Nada
mais autoritário. O que a juventude precisa é de amparo, de oportunidade, de
educação, e não de medidas que visem a puni‐la.
A sociedade não pode virar as costas ao drama dos presídios”.
(Marcus Vinicius Furtado)
“...o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu‐se com esta: ...”;
o emprego da forma do demonstrativo sublinhada
a) mostra equívoco do autor do texto, pois a forma correta seria “essa”.
b) indica que o seu referente será enunciado a seguir.
c) demonstra que o referente do pronome já foi enunciado.
d) destaca que o fato ocorrido ocorreu no tempo presente.
e) informa que o referente tem significado humorístico ou irônico.

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Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Utilizamos o pronome ESSA para nos referirmos a
termos ANTERIORMENTE MENCIONADOS no texto.
Alternativa B – Correta – Perfeito, é o que acontece no texto. Utilizamos o
pronome demonstrativo ESTA antes de enunciar algo.
“... o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu‐se com esta: espantoso,
mesmo, é que os detentos enjaulados em condições subumanas não estejam
realizando mais motins pelo país afora. “
QUANDO USAR...

ANTES de enunciar
objeto está momento
algo OU
ESTE(A)(S) PERTO de quem PRESENTE
FALA para citar o TERMO
MAIS PRÓXIMO entre
dois já citados
objeto está momento
ESSE(A)(S) algo DEPOIS de
PERTO de quem PASSADO
mencionado
OUVE PRÓXIMO

objeto está momento


LONGE de quem PASSADO para citar o PRIMEIRO
AQUELE(A)(S)
FALA e de quem DISTANTE TERMO entre dois já
OUVE citados

Alternativa C – Incorreta – Utilizamos o pronome ESSA para nos referirmos a


termos ANTERIORMENTE MENCIONADOS no texto.
Alternativa D – Incorreta – A forma verbal “saiu‐se” denuncia que o fato ocorreu
no passado.
Alternativa E – Incorreta – Não há qualquer conotação irônica no texto. O
pronome demonstrativo que pode ser usado com conotação irônica é TAL.
Ex. Ela é a tal de quem todos falavam
Gabarito: B

7) FCC/TJ/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012

Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.

Os livros de história sempre tiveram dificuldade em falar de mulheres que não


respeitam os padrões de gênero, e em nenhuma área essa limitação é tão
evidente como na guerra e no que se refere ao manejo de armas.

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No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos


protagonizados por guerreiras. Com efeito, a sucessão política regularmente
coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa verdade soe.
Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma
mulher dirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo número
de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como qualquer
Churchill, Stálin ou Roosevelt. Semíramis de Nínive, fundadora do Império
Assírio, e Boadiceia, que liderou uma das mais sangrentas revoltas contra os
romanos, são dois exemplos. Esta última, aliás, tem uma estátua à margem do
Tâmisa, em frente ao Big Ben, em Londres. Não deixemos de cumprimentá-la
caso estejamos passando por ali.

Em compensação, os livros de história são, em geral, bastante discretos sobre


as guerreiras que atuam como simples soldados, integrando os regimentos e
participando das batalhas contra exércitos inimigos em condições idênticas às
dos homens. Essas mulheres, contudo, sempre existiram. Praticamente
nenhuma guerra foi travada sem alguma participação feminina.

(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das
Letras, 2009. p. 78)

Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi


corretamente substituído por um pronome em:

a) coloca uma mulher no trono = coloca-na no trono

b) dirige o país = lhe dirige

c) integrando os regimentos = integrando-lhes

d) liderou uma das mais sangrentas revoltas = liderou-na

e) registrar certo número de guerreiras = registrá-lo

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – O uso do pronome A está correto, pois o verbo


“colocar” é TD, porém, como a forma “coloca” não termina em som nasal, não
cabe o uso do N (a coloca). Por outro lado, o advérbio “regularmente”, presente
no texto, atrai o pronome para a posição de próclise.

Alternativa B – Incorreta – Como o verbo “dirigir” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O (dirige-o). Não há no texto palavra atrativa que
justifique a próclise.

Alternativa C – Incorreta – Como o verbo “integrar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo OS (integrando-os). A ênclise é obrigatória, pois
inicia um oração, após uma vírgula.

Alternativa D – Incorreta - Como o verbo “liderar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo A. A forma “liderou” não termina em som nasal, por

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isso não cabe o uso do N (a liderou). O pronome “que” atrai o pronome para a
posição de próclise.

Alternativa E – Correta - O verbo “registrar” é transitivo direto, por isso devemos


utilizar o pronome oblíquo O. Como a forma verbal termina em R, devemos
cortá-lo e adicionar o L ao pronome O (registrá-lo). Já que não há palavra
atrativa no texto, o pronome está corretamente empregado como ênclise.

Gabarito: E

8) FGV/AL/CM Caruaru/Administração/2015
Assinale a opção que indica a frase em que o emprego da forma “mim” contraria
a norma culta da língua.
a) Para mim, assistir às aulas é questão de princípio.
b) Tudo foi feito em segredo, entre mim e a empresa.
c) A mim, ninguém me engana.
d) Tinham receio de mim, após a festa, nunca mais voltar.
e) Desmaiei e demorei a voltar a mim.
Comentários:
Alternativa A – Correta – Os pronomes oblíquos não servem como sujeitos e
sim como complementos de verbos e nomes. Os pronomes pessoais retos é
que fazem o papel de sujeito nas orações. A utilização de “para mim” está
correta, pois tem função de complemento.
Alternativa B – Correta – Ok, pois “entre mim e a empresa” tem função de
complemento.
Alternativa C – Correta – O termo “a mim” é objeto indireto pleonástico.
CALMA, VAMOS VER ESTE ASSUNTO DETALHADAMENTE NA AULA DE FUNÇÃO
SINTÁTICA.
Alternativa D – Incorreta - Tinham receio de EU, após a festa, nunca mais voltar.
A frase intercalada disfarça a presença do verbo “voltar”, portanto o pronome
oblíquo “mim” está inadequado, uma vez que não pode ser o sujeito da oração.
Alternativa E – Correta – O termo “a mim” é complemento verbal de “voltar”
(voltar a quê?)
Gabarito: D

9) FCC/EST/BB/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

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Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em
redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos
aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a
esclarecer o nosso próprio mistério.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos
de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não o mais
estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões,
o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos,
constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos
tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata
logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é
inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências
que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história
humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos
estão aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla
companhia, generosa e quase invisível.
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)
Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão,
atribuímos à solidão os mais terríveis contornos, mas nunca estamos
absolutamente sós no mundo.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos
b) tememo-la – julgamo-la - invencível atribuímo-la
c) tememos a ela – lhe julgamos invencível – lhe atribuímos
d) a tememos – julgamo-la invencível - atribuímos-lhe
e) a tememos – julgamos invencível a ela – lhe atribuímos
Comentários:
Item 1 – Em primeiro lugar observamos que o verbo “temer” é TD, logo
devemos empregar o pronome “a”. Em seguida, veja que há uma palavra
atrativa, o pronome indefinido “muitos”, então vamos usar a próclise (a

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tememos).
Item 2 – Temos o verbo julgar que é TD e devemos usar ênclise por ser início
de oração. Assim a forma correta é “julgamo-la”.
Item 3 – Repare que o verbo atribuir é TDI, no entanto o termo que vamos
substituir é o objeto indireto – OI (veja que há uma crase, então já sabemos
que há preposição no termo “à solidão”). Como o verbo vem após virgula e
inicia uma nova oração dentro do período composto, vamos de ênclise
(atribuímos-lhe), ok?
Gabarito: D

10) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Apoio


Especializado/Tecnologia da Informação/2014
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Novas fronteiras do mundo globalizado
Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar
que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse
definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer
que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites.
Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem
no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas.
Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo
que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o
outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à
noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países
em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos
ideais cultivados pela modernidade.
(Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense,
1994, p. 220)
As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos
as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois falta às novas
tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que
submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.
Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os
segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:
a) lhes tomemos – falta-lhes – submeta-lhes
b) tomemos a elas − lhes falta − lhes submeta
c) as tomemos – falta-lhes − as submeta
d) lhes tomemos − lhes falta − as submeta

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e) as tomemos − falta a elas – submeta-las


Comentários:
Como na questão anterior, vemos que nas três orações o complemento é o
mesmo - “as novas tecnologias”. Na segunda oração, porém, há uma crase, isso
indica que há também uma preposição.
Item 1 - O verbo tomar é TD, então teremos como complemento o pronome
“as”. Vamos posicioná-lo antes do verbo (próclise) devido ao advérbio “não”,
que o atrai.
Item 2 – A crase é fundamental para identificarmos a existência de preposição
no complemento do verbo faltar (TI – ex. Faltou ao encontro). Nesse caso,
usaremos “a elas” ou “lhes”.
OBSERVAÇÃO – Temos, antes do verbo, a conjunção “pois”, que é
coordenativa. Enquanto as conjunções subordinativas atraem o pronome, as
coordenativas admitem o uso de próclise ou ênclise (FACULTATIVO).
Item 3 - Submeta o quê?? As novas tecnologias... Verbo TD ok? Veja que há
um “que” (pronome relativo), que atrai o pronome “as” (próclise).
Gabarito: C

11) FCC/AFTE/SEFAZ PE/2014


Instruções: A questão refere-se ao texto abaixo.
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista
cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem
de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito
raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas
populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos.
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo
da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma
sucessão de tentativas erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual.
Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um
tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas,
botinas escarrapachadas, cartolinha − também se fixou pelo consenso do
público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica
cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou
imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física
do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.

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Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não
contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o
dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de
cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas
estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O -
circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico.
Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo,
ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas
medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só
não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia.
A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em
sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível
humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator
comum de todas as expressões humanas.
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da
província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 21920)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada
de modo INCORRETO em:
a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía
d) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência
e) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na
Comentários:
Alternativa A – Correta – O pronome está correto, pois o verbo arremedar é TD.
A forma infinitiva do verbo permite a ênclise, além de que não há palavra de
atração. Os verbos terminados em “R”, “S” e “Z” perdem estas consoantes.
Alternativa B - Correta – O pronome “as” está correto pois substitui o objeto
direto – OD (as botinas...). Ênclise correta, uma vez que inexiste palavra de
atração.
Alternativa C - Correta – O pronome “a” está correto pois substitui o objeto
direto – OD. A próclise também está regular devido à palavra atrativa “que” (ver
o texto).
Alternativa D - Correta – O termo “o fator comum” é objeto direto da forma
verbal “pôs”. Como o verbo termina em “S”, este é cortado e acrescenta-se o

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“L” ao pronome.
Alternativa E - Incorreta – O pronome está coreto, pois o verbo é TD, porém a
forma correta seria “eliminou-a”, pois a forma verbal “eliminou” não finaliza
com som nasal.
Gabarito: E

12) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010

A frase em total concordância com o padrão culto escrito é:

a) Dirigimo-nos a V.Sa. para solicitar que, em vossa apreciação do documento,


haja bastante precisão quanto aos pontos que quereis ver alterados.

b) Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fizestes


referência desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça
o mal-entendido.

c) Ao encontrar-se com Sua Magnificência, não se conteve: − Senhor Reitor,


sou o mais novo membro do corpo docente e vos peço um minuto de sua
atenção.

d) Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua Santidade: − Ponho-me a vossa


disposição se acaso deseje mandar uma mensagem ao povo brasileiro.

e) Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados sobre a questão em debate


e, assim, lhe pedimos que nos conceda um prazo para que o documento seja
mais bem elaborado.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Quando nos dirigimos diretamente a uma


autoridade, um juiz por exemplo, devemos falar da seguinte maneira: Vossa
Excelência chegou a alguma decisão? (note que o verbo fica na 3ª pessoa,
o mesmo acontece com os pronomes oblíquos correspondentes)
Portanto deveríamos ter o seguinte:

Dirigimo-nos a V.Sa. para solicitar que, em sua apreciação do documento, haja


bastante precisão quanto aos pontos que quer ver alterados.

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VOCÊ •Informal, familiar

SENHOR(A) •Respeitoso

VOSSA SENHORIA •Cerimonioso, funcionários graduados

VOSSA EXCELÊNCIA •Altas autoridades

VOSSA REVERENDÍSSIMA •Sacerdotes

VOSSA EMINÊNCIA •Cardeais

VOSSA SANTIDADE •Papa

VOSSA MAJESTADE •Reis e rainhas

Alternativa B – Incorreta – Lembre-se de que o verbo deve ficar na 3ª pessoa


do singular.

Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fez referência
desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça o mal-
entendido.

Alternativa C – Incorreta – A maneira formalmente correta de dirigir-se a um


reitor é vossa magnificência. Na primeira referência, no entanto, não é
necessário o uso do pronome de tratamento, uma vez que não se está se
dirigindo ao reitor de maneira direta ou indireta, portanto podemos utilizar o
termo “senhor reitor”, para evitar a repetição do pronome de tratamento.

Ao encontrar-se com o senhor reitor, não se conteve: − Vossa


Magnificência, sou o mais novo membro do corpo docente e lhe peço um
minuto de sua atenção.

Alternativa D – Incorreta – Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua


Santidade: − Ponho-me a sua disposição se acaso deseje mandar uma
mensagem ao povo brasileiro.

Alternativa E – Correta – Foram aplicadas corretamente o pronome de


tratamento, assim como a flexão do verbo o pronome oblíquo
correspondente na 3ª pessoa do singular.

Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados sobre a questão em debate


e, assim, lhe pedimos que nos conceda um prazo para que o documento seja
mais bem elaborado.

Gabarito: E

13) FGV/TNS/Assembléia Legislativa BA/Redação e Revisão


Legislativa/Letras/2014

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Assinale a opção em que a reescritura da frase inicial está correta.


a) Tu sempre pões o prato sobre a mesa. / Tu sempre põe‐no sobre a mesa.
b) Amemos a nós como aos demais. / Amemos‐nos como aos demais.
c) Respondi aos inquisidores rapidamente. / Respondi‐os rapidamente.
d) Carta de quem quer muito a você. / Carta de quem lhe quer muito.
e) Eu respondi à carta ontem. / Eu lhe respondi ontem.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Erro de colocação pronominal. A palavra “sempre” é
advérbio, por isso atrai o pronome, devendo ocorrer a ênclise (“Tu sempre o
pões na mesa”). Palavras “atrativas”: advérbios, palavras negativas,
pronomes indefinidos e relativos, conjunções subordinativas, verbos
proparoxítonos e etc.
Alternativa B - Incorreta – Quase correto! Faltou apenas o corte do “S” (amemo-
nos). A ênclise é obrigatória, pois é início de frase e o pronome “nos” está
adequado, porque é equivalente ao termo “a nós”, que complementa o verbo
transitivo indireto - TI.
Alternativa C - Incorreta – Aqui, houve erro de pronome, pois o verbo é TI nesse
caso, cabendo assim o pronome “lhes” (substitui aos inquisidores). Novamente,
só pode ser ênclise pois inicia a frase.
Alternativa D - Correta – Perfeito. O pronome “lhes” substitui “a você”,
adequadamente. A próclise também está correta devido ao pronome “quem”
Alternativa E - Incorreta – Apesar de soar estranho, a forma correta seria a
ênclise, pois não há palavra atrativa (Eu respondi-lhe ontem).
Gabarito: D

14) FCC/ACE/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2015

Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.

Eduardo Coutinho, artista generoso

Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo


Coutinho, mestre dos documentários, morto em 2014, está em sua recusa aos
paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar a
distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa,
surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada
expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões de fábrica”,
“os sertanejos nordestinos”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente
enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de
quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está

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falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da


Paraíba.

Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro


deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração
prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para
conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não
para ajustar ou comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar
à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, distinguir uma da
outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo
dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um
homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa
no espírito do outro: fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se,
mostra-se, mostra-o, mostra-nos.

(Armindo Post, inédito)

Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na


seguinte frase:

a) A perspectiva ética aonde Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa


que retrata é uma das características nas quais seus filmes se distinguem.

b) O paternalismo e o sentimentalismo, posições das quais muitos se agarram


para tratar o outro, não são atitudes por onde Coutinho tenha mostrado
qualquer inclinação.

c) As expressões coletivistas, com cujas Coutinho jamais se entusiasmou, são


chavões em que se deixam impressionar as pessoas de julgamento mais
apressado.

d) As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo a


ter destacados os atributos pelos quais ele se deixara atrair.

e) Os paradigmas já mecanizados, nos quais muitos se deixam nortear, não


mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a singularidade
de cuja as pessoas são portadoras.

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – O pronome relativo “onde” deve ser utilizado apenas


para LUGARES, enquanto a preposição A também não cabe no contexto, uma
vez que o sujeito (Coutinho) manifesta na perspectiva ética todo o respeito pela
pessoa que retrata. Portanto os pronomes adequados são em que e na qual.

No segundo pronome relativo, a preposição adequada é por, uma vez que os


filmes se destacam por um motivo. Cabe nesse caso as expressões por que e
pelas quais.

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A perspectiva ética em que/na qual Coutinho manifesta todo o respeito pela


pessoa que retrata é uma das características pelas quais/por que seus filmes
se distinguem.

Alternativa B – Incorreta – Houve um erro na utilização da preposição que


acompanha o pronome “quais”, porque quem se agarra, agarra-se a algo,
portanto utilizamos a que ou às quais.

O pronome relativo “onde” deve ser utilizado apenas para LUGARES.

O paternalismo e o sentimentalismo, posições às quais/a que muitos se


agarram para tratar o outro, não são atitudes por que/pelas quais Coutinho
tenha mostrado qualquer inclinação.

Alternativa C – Incorreta – Os verbos entusiasmar e impressionar pedem a


preposição com (se impressionar com algo/ se entusiasmar com algo). O
pronome relativo “cujas” não cabe no contexto, pois ele é utilizado para indicar
posse.

As expressões coletivistas, com que/com as quais Coutinho jamais se


entusiasmou, são chavões com que/com as quais se deixam impressionar as
pessoas de julgamento mais apressado.

Alternativa D – Correta – Tanto o verbo “interessar” como “atrair” pedem a


preposição POR (se interessar por algo/ se atrair por algo).

Alternativa E – Incorreta – A locução “se deixam nortear” pede a preposição


POR (se deixar nortear por algo).

O pronome relativo “cuja” não cabe no contexto, pois ele é utilizado para indicar
posse. As pessoas são portadoras da singularidade e não ao contrário.

Os paradigmas já mecanizados, pelos quais/por que muitos se deixam


nortear, não mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a
singularidade de que/da qual as pessoas são portadoras.

Gabarito: D

15) FGV/AB/BNB/2014
SEM SOLUÇÃO
Carlos Heitor Cony - Folha de São Paulo
Foi melancólico o 1º de Maio deste ano. Não tivemos a tragédia do Riocentro,
que até hoje não foi bem explicada e, para todos os efeitos, marcou o início do
fim da ditadura militar.
Tampouco ressuscitamos o entusiasmo das festividades, os desfiles e a
tradicional arenga de um ditador que, durante anos, começava seus discursos
com o famoso mantra: "Trabalhadores do Brasil".

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De qualquer forma, era um pretexto para os governos de plantão forçarem um


clima de conciliação nacional, o salário mínimo era aumentado e, nos teatros da
praça Tiradentes, havia sempre uma apoteose patriótica com os grandes nomes
do rebolado agitando bandeirinhas nacionais. Nos rádios, a trilha musical era
dos brados e hinos militares, na base do "avante camaradas".
Este ano, a tônica foram as vaias que os camaradas deram às autoridades
federais, estaduais e municipais. Com os suculentos escândalos (mensalão,
Petrobrás e outros menos votados), as manifestações contra os 12 anos de PT,
que começaram no ano passado, só não tiveram maior destaque porque a mídia
deu preferência mais que merecida aos 20 anos da morte do nosso maior ídolo
esportivo.
Depois de Ayrton Senna, o prestígio de nossas cores está em baixa, a menos
que Paulo Coelho ganhe antecipadamente o Nobel de Literatura e Roberto Carlos
dê um show no Teatro alla Scala, em Milão, ou no Covent Garden, em Londres.
Sim, teremos uma Copa do Mundo para exorcizar o gol de Alcides Gighia, na
Copa de 1950, mas há presságios sinistros de grandes manifestações contra o
governo e a FIFA, que de repente tornou-se a besta negra da nossa soberania.
A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para
apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube a favor da
Argentina.
“A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para
apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube...”; se, em lugar
de “o papa Francisco” estivesse “o rei da Espanha”, a forma “Sua Santidade”
deveria ser substituída adequadamente por:
a) Vossa Excelência;
b) Vossa Majestade;
c) Vossa Senhoria;
d) Sua Excelência;
e) Sua Majestade.
Comentários:
Quando nos dirigimos diretamente a uma autoridade, um juiz por
exemplo, devemos falar da seguinte maneira:

• Vossa Excelência chegou a alguma decisão? (note que o verbo fica


na 3ª pessoa)

No entanto, quando em sua ausência, nos referimos à mesma


autoridade, devemos escrever da maneira seguinte:

• Sua Excelência chegou a alguma decisão?

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Como no texto não se está na presença do rei da Espanha utilizamos o pronome


Sua Majestade, que é o pronome adequado para nos referirmos a reis e rainhas.

VOCÊ •Informal, familiar


SENHOR(A) •Respeitoso
VOSSA SENHORIA •Cerimonioso, funcionários graduados
VOSSA EXCELÊNCIA •Altas autoridades
VOSSA REVERENDÍSSIMA •Sacerdotes
VOSSA EMINÊNCIA •Cardeais
VOSSA SANTIDADE •Papa
VOSSA MAJESTADE •Reis e rainhas

Gabarito: E

16) FCC/Analista/BACEN/Área 1/2006


Está correto o emprego de ambos os elementos destacados na frase:
a) Os sonhos de cujos nos queremos alimentar não satisfazem os desejos com
que a eles nos moveram.
b) A expressão de Elio Gaspari, a qual se refere o autor do texto, é "cidadãos
descartáveis", e alude às criaturas desesperadas cujo o rumo é inteiramente
incerto.
c) Os objetivos de que se propõem os neoliberais não coincidem com as
necessidades por cujas se movem os "cidadãos descartáveis".
d) As miragens a que nos prendemos, ao longo da vida, são projeções de
anseios cujo destino não é a satisfação conclusiva.
e) A força do nosso trabalho, de que não relutamos em vender, dificilmente será
paga pelo valor em que nos satisfaremos.
Comentários:
Ótima questão para testarmos nossos conhecimentos sobre os pronomes
relativos.
Alternativa A – Incorreta – O primeiro termo, acerta na regência com o pronome
“de” (alimentar-se de algo), porém peca em relação ao pronome relativo. O
pronome “cujo” da ideia de posse. Coreto seria o uso dos pronomes “que” ou
“os quais”. O segundo termo, pelo contrário, acerta no pronome “que”, porém,
peca pela utilização indevida da preposição “com”.
Alternativa B – Incorreta – No primeiro termo seria possível as expressões “às
quais” ou “a que”, uma vez que a forma verbal “se refere” exige a preposição
“a”. Em seguida, há novo erro, pois não cabe artigo após o pronome “cujo”.

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Alternativa C – Incorreta – Há erro de regências no termo “de que”, pois, quem


se propõe, se propõe a algo. A forma correta seria “a que” ou “aos quais”. O
termo “por cujas” também está errado, devendo ser trocado por “por que” ou
“pelas quais” (refere-se a necessidades).
Alternativa D – Correta – Nos prendemos a elas (as miragens). Finalmente, o
pronome “cujo” veio corretamente colocado, entre dois nomes e indicando uma
relação de “posse” entre os dois.
Alternativa E – Incorreta – Há dois erros de regência que se refletem no uso
indevido das preposições. No primeiro, há um uso indevido da preposição “de”
(quem vende vende alguma coisa – verbo transitivo direto – TD). Já o verbo
satisfazer-se é transitivo indireto e exige o complemento “com”, pois nos
satisfazemos com algo. Então a expressão correta seria “com que” ou com “o
qual”.
Gabarito: D

17) FCC/TL/ALE-RN/Técnico Legislativo/2013

O segmento grifado nas expressões abaixo está corretamente substituído pelo


pronome correspondente em:

a) que enfunavam as velas dos barcos = enfunavam-nos

b) sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos = sentir-lhe

c) só os hebreus e os persas zoroastrianos adotavam a percepção progressiva


do tempo = adotavam-a

d) A linguagem preservou tais sensações culturais em torno do tempo =


preservou-o

e) as culturas que residualmente cultuavam um eterno retorno = cultuavam-no

Comentários:

Alternativa A – Incorreta – Como o verbo “enfunar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo AS. A forma verbal “enfunavam” termina em som
nasal, portanto deve receber o N, porém houve erro no gênero do pronome
(enfunavam-nas).

Alternativa B – Incorreta – Como o verbo “sentir” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo O. Como a forma verbal termina em R, devemos
cortá-lo e adicionar o L ao pronome O (senti-lo).

Alternativa C – Incorreta – Como o verbo “adotar” é transitivo direto, devemos


utilizar o pronome oblíquo AS. A forma verbal “adotavam” termina em som
nasal, portanto deve receber o N, porém houve erro no gênero do pronome
(adotavam-nas).

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Alternativa D – Incorreta - Como o verbo “preservar” é transitivo direto,


devemos utilizar o pronome oblíquo AS. Houve erro no gênero do pronome
(preservou-as).

Alternativa E – Correta - O verbo “cultuar” é transitivo direto, por isso devemos


utilizar o pronome oblíquo O. A forma verbal “cultuavam” termina em som nasal,
portanto deve receber o N (cultuavam-no).

Gabarito: E

18) CONSULPLAN/CBTU/METROREC/Analista de Gestão


Advogado/2014
Trem das onze
Não posso ficar nem mais um minuto com você
Sinto muito amor, mas não pode ser
Moro em Jaçanã,
Se eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas
Só amanhã de manhã.
Além disso, mulher
Tem outra coisa,
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar,
Sou filho único
Tenho minha casa para olhar
E eu não posso ficar.
(Adoniran Barbosa. Disponível em: http://letras.mus.br/adoniranbarbosa/.)

Em “Minha mãe não dorme” e “Tenho minha casa para olhar” os termos em
destaque estabelecem um vínculo entre o emissor e o elemento por ele
antecedido. Acerca de tal relação identifica-se um(a)
a) vínculo afetivo seguido de um vínculo de uso.
b) vínculo de parentesco seguido de um vínculo de posse.
c) determinação vinculativa idêntica para as duas ocorrências.
d) vínculo de origem na primeira ocorrência e na segunda, de posse.
Comentários:

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Pessoal, sabemos que “minha” é um pronome possessivo, ou seja, indica


posse de uma forma geral. No entanto, a banca foi um pouco mais a fundo na
análise semântica do pronome nos casos acima.
Enquanto, no caso de uma “casa”, eu posso de fato possuí-la (ter a sua
propriedade). No caso de uma “mãe”, o filho não tem efetivamente a sua posse.
Porém, o pronome serve para indicar o vínculo de parentesco existente.
Gabarito: B

19) CONSULPLAN/CBTU/METROREC/Assistente de Manutenção


Eletrica/2014
Em “[...] a despeito de pressões, prisões, ameaças e abusos de toda a espécie
que se abateram sobre seus quadros."
A palavra destacada tem a finalidade de
a) marcar uma causa
b) introduzir uma condição.
c) sinalizar uma consequência.
d) retomar palavras expressas anteriormente.
Comentários:
Alternativas A, B e C – Os valores semânticos de causa, condição e
consequência são expressos por meio de conjunções ou mesmo
preposições, que são importantes termos com função conectiva.
Alternativa D – Correta – Observe que podemos “trocar” o “que” por AS QUAIS,
isso nos indica e o QUE é um pronome relativo, ou seja, sua função é retomar
termos já citados anteriormente. Neste caso, ele substitui ou retoma todo o
trecho marcado abaixo em azul.
“a despeito de pressões, prisões, ameaças e abusos de toda a espécie
que/os quais se abateram sobre seus quadros."
Gabarito: D

20) CONSULPLAN/MAPA/Administrador/2014

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Quanto à linguagem utilizada na mensagem expressa nos cartazes levados pelos


personagens da charge, é correto afirmar que a substituição por “Me sigam até
a verdade” implicaria
a) uma aproximação maior com o público leitor através do uso de uma
linguagem atual.
b) inadequação linguística, incorrendo em incompreensão da mensagem a ser
transmitida.
c) desacordo do uso quanto à colocação do pronome oblíquo de acordo com a
norma padrão.
d) uma manifestação de caráter popular em que há preocupação com o uso da
norma padrão da língua.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Além de não gerar a aproximação com o público, a
frase ficaria errada.
Alternativa B – Incorreta – A mensagem seria compreendida, porém não seria
gramaticalmente correta.
Alternativa C – Correta – Não se pode iniciar uma frase com um pronome
átono.
• É PROIBIDO o uso de pronomes átonos no início de períodos, ou
após pausas sem palavra de atração!!!
Alternativa D – Incorreta – Seria justamente o contrário!
Gabarito: C

21) CONSULPLAN/MAPA/Veterinário/2014

As verdades da razão
Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas algo que
inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes: toda razão
é fundamentalmente conversação. “Conversar” não é o mesmo que ouvir

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sermões ou atender a vozes de comando. Só se conversa sobretudo só se


discute entre iguais. Por isso o hábito filosófico de raciocinar nasce na Grécia,
junto com as instituições políticas da democracia. Ninguém pode discutir com
Assurbanipal ou com Nero, e ninguém pode conversar abertamente em uma
sociedade em que existem castas sociais inamovíveis. [...] Afinal de contas, a
disposição a filosofar consiste em decidir-se a tratar os outros como se também
fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as deles e construindo a
verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre umas e outras.
[...]Oferecemos nossa opinião aos outros para que a debatam e por sua
vez a aceitem ou refutem, não simplesmente para que saibam “onde estamos
e quem somos”. E é claro que nem todas as opiniões são igualmente válidas:
valem mais as que têm melhores argumentos a seu favor e as que melhor
resistem à prova de fogo do debate com as objeções que lhe sejam colocadas.
[... ]A razão não está situada como um árbitro semidivino acima de nós
para resolver nossas disputas; ela funciona dentro de nós e entre nós. Não só
temos que ser capazes de exercer a razão em nossas argumentações como
também e isso é muito importante e, talvez, mais difícil ainda devemos
desenvolver a capacidade de ser convencidos pelas melhores razões, venham
de quem vierem. [...] A partir da perspectiva racionalista, a verdade buscada é
sempre resultado, não ponto de partida: e essa busca incluía conversação entre
iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia. Não como afirmação da própria
subjetividade, mas como caminho para alcançar uma verdade objetiva através
das múltiplas subjetividades.
(Fernando Savater. “As verdades da razão”. In: As perguntas da vida. São
Paulo: Martins Fontes, 2001.)

A partir de mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico-


semântica entre as partes do texto, identifique a referenciação corretamente
estabelecida quanto ao destacado em “– e isso é muito importante e, talvez,
mais difícil ainda –” (3º§).
a) A capacidade de exercer a razão em nossas argumentações.
b) O exemplo dado de comparação entre razão e árbitro semidivino.
c) A consciência de que a razão não está situada como um árbitro semidivino.
d) O desenvolvimento da capacidade de sermos convencidos pelas melhores
razões.
Comentários:
Para descobrirmos o termo REFERENTE, ou seja, a que se refere o pronome
“isso”, vamos recuperar a frase inteira.
“Não só temos que ser capazes de exercer a razão em nossas argumentações
como também e isso é muito importante e, talvez, mais difícil ainda devemos

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desenvolver a capacidade de ser convencidos pelas melhores razões,


venham de quem vierem.”
A expressão “não só... como também” traz duas situações, que estão grifadas
acima. Repare que o pronome “isso” vem após o termo “como também”, dessa
forma, referindo-se ao segundo elemento grifado, que ainda não havia sido
citado.
O que é muito importante e, talvez, mais difícil ainda?
Desenvolver a capacidade de ser convencidos pelas melhores razões, venham
de quem vierem.
Gabarito: D

22) CONSULPLAN/MAPA/Agente Administrativo/2014


É sina de minha amiga penar pela sorte do próximo, se bem que seja um penar
jubiloso. Explico-me. Todo sofrimento alheio a preocupa e acende nela o facho
da ação, que a torna feliz. Não distingue entre gente e bicho, quando tem de
agir, mas, como há inúmeras sociedades (com verbas) para o bem dos homens,
e uma só, sem recurso, para o bem dos animais, é nesta última que gosta de
militar. Os problemas aparecem-lhe em cardume, e parece que a escolhem de
preferência a outras criaturas de menor sensibilidade e iniciativa (...).
(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1988.)

Os elementos destacados em “Todo sofrimento alheio a preocupa e acende nela


o facho da ação, que a torna feliz.” são responsáveis por importantes funções
de coesão textual, estabelecendo vínculos com elementos já anunciados.
Com base no trecho anterior, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para
as falsas.
( ) Os pronomes destacados possuem o mesmo referente, indicado
anteriormente no texto.
( ) Os dois registros do pronome “a” podem ser substituídos pelo pronome “lhe”.
( ) O uso do pronome pessoal reto “ela” (nela), nesse caso, só é permitido
porque está antecedido de preposição.
A sequência está correta em
a) F, V, F.
b) V, V, F.
c) V, F, V.
d) V, V, V.

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Comentários:
Item I – Verdadeiro – Ambos referem-se a ela (“minha amiga”).
Item II – Falso – O pronome A serve para complementar verbos que não
exigem preposição em seu complemento (transitivos diretos), enquanto LHE
complementa verbos transitivos indiretos (que exigem preposição).
Item III – Verdadeiro – nela = em + ela
Observe que no primeiro caso em que não há preposição, não podemos utilizar
o pronome pessoal “ela”, mas sim o pronome oblíquo “a”. Lembre-se de que
utilizamos os pronomes pessoais para a função de sujeito e os oblíquos para a
função de objeto. No caso de “nela” (em ela), temos um adjunto adverbial.
Vamos aprofundar o assunto de função sintática em aula específica.
Gabarito: C

23) CONSULPLAN/Prefeitura de Congonhas MG/Professor


Língua Portuguesa/2010
A expressão destacada foi corretamente substituída pela forma átona do
pronome pessoal em:
a) “... livros sobre amor cruzaram seu caminho...” (1º§) – cruzaram-lhe
b) “... reinventado o sexo.” (2°§) – reinventado-lo
c) “Transformamos o sexo em verdade.” (2º§) – transformamo-lo
d) “A vida sem amor pode fazer sentido...” (5º§) – fazer-lhe
e) “Antes que se frustrem as expectativas.” (6º§) – frustrem-as
Comentários:
Em formas verbais terminadas em R, S, Z acrescentamos o L antes de
o(s), a(s).
Exemplos:
• Devemos aprender a lição. / Devemos aprendê-la.
Note que as consoantes R, S e Z são cortadas e por vezes acentua-se a
sílaba final do verbo.
Em formas verbais terminadas sons nasais AM, EM, ÃO, ÕE
acrescentamos a consoante N antes de o(s), (a)(s).
Exemplos:
• Enrolavam o novelo. / Enrolavam-no.
Alternativa A – Incorreta – cruzaram seu caminho = cruzaram-no
Alternativa B – Incorreta – reinventando o sexo = reinventando-o

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Alternativa C – Correta – transformamos o sexo – transformamo-lo


(terminada em R, S, Z)
Alternativa D – Incorreta – fazer sentido = fazê-lo (terminada em R, S, Z)
Alternativa E – Incorreta - frustrem as expectativas = frustrem-nas
Gabarito: C

24) CONSULPLAN/Prefeitura de Poço Redondo


SE/Recepcionista/2010
“É a sua sensibilidade sem tamanho.” O pronome destacado anteriormente é:
a) Pessoal.
b) Possessivo.
c) Demonstrativo.
d) Indefinido.
e) Interrogativo.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Pronomes pessoais são os pronomes que
substituem as pessoas do discurso (pronomes substantivos). Têm um
destaque dentro da oração, pois podem ser sujeitos, objetos ou
predicativos.
Alternativa B – Correta – Muito fácil não é pessoal? Mas cuidado, não se
empolguem!
Os pronomes possessivos servem para designar a POSSE de algo. Determinam
ou qualificam os nomes. Nas orações, possuem função de adjunto adnominal.
Alternativa C – Incorreta – Pronomes demonstrativos servem para indicar a
posição das pessoas da oração em relação a espaço, tempo ou posição
textual. Os mais conhecidos são: este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso,
aquele(s), aquela(s) e aquilo.
Alternativa D – Incorreta – Pronomes indefinidos servem para designar algo
de forma imprecisa, vaga, indefinida ou indeterminada, referindo-se sempre à
3 a pessoa.
Alternativa E – Incorreta – Os pronomes interrogativos são usados em frases
interrogativas na 3a pessoa no modo direto ou indireto.
Gabarito: B
Espero que tenham gostado da aula.
Boa sorte a todos!!!

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10 - Lista de Exercícios

1) FCC/TJ/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012

Fazendo-se as alterações necessárias, o segmento grifado está substituído


corretamente por um pronome em:

a) alçar a turma = alçar-lhe

b) retirou um conjunto deles = retirou-nos

c) guiar os estudantes = guiar-os

d) desconstruir a visão = desconstruir-lhe

e) analisaram os cursos de oito faculdades = analisaram-nos

2) FUNCAB/ASC/CBM AC/2012
No trecho “[...] esperando uma hipótese muito remota de trazê-LO de volta...
[...]”, o pronome pessoal oblíquo átono O está corretamente empregado.
A opção em que o pronome pessoal oblíquo átono destacado também está
empregado de acordo com as regras da norma culta da língua é:
a) Não queira-ME mal, mas eu precisava fazer esse desabafo com você!
b) Demo-NOS conta, somente agora, de como a vida deumbombeiro é dura!
c) Encontraremos-NOS depois dessa chamada para comemorarmos a vida.
d) Quando sempre chamarem-ME, lembre que estarei disposto a salvar vidas!
e) Jamais desesperes-TE; chegarei logo, são, salvo e feliz. Salvei algumas vidas!

3) FCC/Analista Judiciário/TRE AP/Judiciária/2006


Atenção: Para responder à questão, considere a crônica (Texto I) e o poema
(Texto II) que seguem.
Texto I
O jivaro
Um sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um
jornal sua conversa com um índio jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de
um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações,
e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo.
O Sr. Matter:
− Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de um macaco.
E o índio:

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− Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!


(Rubem Braga, Recado de primavera)
Texto II
Anedota búlgara
Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que
também se caçam borboletas [e andorinhas ficou muito espantado e achou uma
barbaridade.
(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia)
O czar caçava homens, não ocorrendo ao czar que, em vez de homens, se
caçassem andorinhas e borboletas, parecendo-lhe uma barbaridade levar
andorinhas e borboletas à morte.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se, de forma
correta, os elementos sublinhados por, respectivamente,
a) não o ocorrendo de tais levá-las.
b) não ocorrendo-lhe dos mesmos levar-lhes.
c) lhe não ocorrendo destes as levar-lhes.
d) não ocorrendo-o dos cujos as levarem.
e) não lhe ocorrendo destes levá-las.

4) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Judiciária/2013


Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.
Cada um fala como quer, ou como pode, ou como acha que pode. Ainda ontem
me divertiu este trechinho de crônica do escritor mineiro Humberto Werneck,
de seu livro Esse inferno vai acabar:
“− Meu cabelo está pendoando – anuncia a prima, apalpando as melenas.
Tenho anos, décadas de Solange, mas confesso que ela, com o seu solangês,
às vezes me pega desprevenido.
− Seu cabelo está o quê?
− Pendoando – insiste ela, e, com a paciência de quem explica algo elementar
a um total ignorante, traduz:
− Bifurcando nas extremidades.
É assim a Solange, criatura para a qual ninguém morre, mas falece, e, quando
sobrevém esse infausto acontecimento, tem seu corpo acondicionado num
ataúde, num esquife, num féretro, para ser inumado em alguma necrópole, ou,
mais recentemente, incinerado em crematório. Cabelo de gente assim não se
torna vulgarmente quebradiço: pendo-a.”

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Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino.
Amigas da família, mãe e filha adolescente vieram tomar um lanche conosco.
D. Glorinha, a mãe, achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava
no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava sentado numa
extremidade da mesa:
− Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão?
− Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a seu pedido.
Socorreu-me a filha adolescente:
− Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim na casa dos outros.
− A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha
com reprovação, isto é, dardejou-a com olhos censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck:
“Você pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem
alheia. Brasileiro é assim mesmo, adora embonitar a conversa para
impressionar os outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre o que
chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado rebarbativo como forma de,
numa discussão, reduzir ao silêncio o interlocutor ignaro. Uma espécie de gás
paralisante verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
“Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se valeu o autor do texto para
lembrar o estilo retórico pelo qual se notabilizou o escritor baiano.
Não haverá prejuízo para a correção da frase acima ao se substituírem os
segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
a) a que recorreu - que fez notável.
b) do qual incorreu - com que se afamou.
c) a cujo recorreu – o qual celebrizou.
d) em que fez uso – em cujo deu notabilidade.
e) em cujo incorreu – com o qual se propagou.

5) FCC/Analista Judiciário/TRT 16/Administrativa/2014


Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo − um fragmento
de O espírito das leis, obra clássica do filósofo francês Montesquieu, publicada
em 1748.
[Do espírito das leis]
Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto o
mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que por
sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundo físico
segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres particulares

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inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, sujeitos a erro;


e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si mesmos. (...)
O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é governado
por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as leis que
Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser poderia, a
todo instante, esquecer seu criador − Deus, pelas leis da religião, chamou-o a
si; um tal ser poderia, a todo instante, esquecer-se de si mesmo − os filósofos
advertiram-no pelas leis da moral.
(Montesquieu − Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 33 e 34)
As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e
destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria
reger as leis humanas.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) desrespeitam a elas – destituem-nas − deveria reger-lhes
b) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regê-las
c) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger
d) lhes desrespeitam – destituem-lhes − deveria regê-las
e) desrespeitam-nas – destituem-nas − as deveria reger

6) FGV/AJ/TJ AM/Leiloeiro/2013
Muito além do ridículo (fragmento)
“Certa vez, ante o espanto da opinião pública com a violência de uma rebelião
de presos, o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu‐se com esta:
espantoso, mesmo, é que os detentos enjaulados em condições subumanas não
estejam realizando mais motins pelo país afora.
Lins era um humanista por excelência e sempre achou equivocada a política
penitenciária. Não havia ironia no que disse. Com mais de 500 mil presos, o
sistema atual tem capacidade para receber pouco mais de 300 mil. O que sobra
fica amontoado em celas fétidas, sujeito à disseminação de doenças e, o que é
pior, a mais violência. Como é possível imaginar que um ser humano se adapte
a tais condições?
Do outro lado dos muros das prisões, uma sociedade acuada pela escalada da
violência urbana prefere imaginar que lugar de bandido é na cadeia, deixando
o Estado à vontade para varrer a sujeira tapete abaixo. Construir presídios e
dar tratamento digno ao preso não rendem votos. Punir, sim.
Daí porque se discute tanto um novo Código Penal, como se fossem frouxas as
117 leis penais especiais e os 1.170 crimes tipificados de que dispomos.
Inclusive trazendo de volta a ideia da maioridade penal, que na prática significa

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transformar menino em delinquente e sujeitá‐lo à crueldade das prisões. Nada


mais autoritário. O que a juventude precisa é de amparo, de oportunidade, de
educação, e não de medidas que visem a puni‐la.
A sociedade não pode virar as costas ao drama dos presídios”.
(Marcus Vinicius Furtado)
“...o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu‐se com esta: ...”;
o emprego da forma do demonstrativo sublinhada
a) mostra equívoco do autor do texto, pois a forma correta seria “essa”.
b) indica que o seu referente será enunciado a seguir.
c) demonstra que o referente do pronome já foi enunciado.
d) destaca que o fato ocorrido ocorreu no tempo presente.
e) informa que o referente tem significado humorístico ou irônico.

7) FCC/TJ/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012

Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.

Os livros de história sempre tiveram dificuldade em falar de mulheres que não


respeitam os padrões de gênero, e em nenhuma área essa limitação é tão
evidente como na guerra e no que se refere ao manejo de armas.

No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos


protagonizados por guerreiras. Com efeito, a sucessão política regularmente
coloca uma mulher no trono, por mais desagradável que essa verdade soe.
Sendo as guerras insensíveis ao gênero e ocorrendo até mesmo quando uma
mulher dirige o país, os livros de história são obrigados a registrar certo número
de guerreiras levadas, consequentemente, a se comportar como qualquer
Churchill, Stálin ou Roosevelt. Semíramis de Nínive, fundadora do Império
Assírio, e Boadiceia, que liderou uma das mais sangrentas revoltas contra os
romanos, são dois exemplos. Esta última, aliás, tem uma estátua à margem do
Tâmisa, em frente ao Big Ben, em Londres. Não deixemos de cumprimentá-la
caso estejamos passando por ali.

Em compensação, os livros de história são, em geral, bastante discretos sobre


as guerreiras que atuam como simples soldados, integrando os regimentos e
participando das batalhas contra exércitos inimigos em condições idênticas às
dos homens. Essas mulheres, contudo, sempre existiram. Praticamente
nenhuma guerra foi travada sem alguma participação feminina.

(Adaptado de Stieg Larsson. A rainha do castelo de ar. São Paulo: Cia. das
Letras, 2009. p. 78)

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Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi


corretamente substituído por um pronome em:

a) coloca uma mulher no trono = coloca-na no trono

b) dirige o país = lhe dirige

c) integrando os regimentos = integrando-lhes

d) liderou uma das mais sangrentas revoltas = liderou-na

e) registrar certo número de guerreiras = registrá-lo

8) FGV/AL/CM Caruaru/Administração/2015
Assinale a opção que indica a frase em que o emprego da forma “mim” contraria
a norma culta da língua.
a) Para mim, assistir às aulas é questão de princípio.
b) Tudo foi feito em segredo, entre mim e a empresa.
c) A mim, ninguém me engana.
d) Tinham receio de mim, após a festa, nunca mais voltar.
e) Desmaiei e demorei a voltar a mim.

9) FCC/EST/BB/2012
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Da solidão
Há muitas pessoas que sofrem do mal da solidão. Basta que em redor delas se
arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma presença
humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do céu
desabasse sobre a sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.
No entanto, haverá na terra verdadeira solidão? Tudo é vivo e tudo fala, em
redor de nós, embora com vida e voz que não são humanas, mas que podemos
aprender a escutar, porque muitas vezes essa linguagem secreta ajuda a
esclarecer o nosso próprio mistério.
Pintores e fotógrafos andam em volta dos objetos à procura de ângulos, jogos
de luz, eloquência de formas, para revelarem aquilo que lhes parece não o mais
estático dos seus aspectos, mas o mais comunicável, o mais rico de sugestões,
o mais capaz de transmitir aquilo que excede os limites físicos desses objetos,
constituindo, de certo modo, seu espírito e sua alma.
Façamo-nos também desse modo videntes: olhemos devagar para a cor das
paredes, o desenho das cadeiras, a transparência das vidraças, os dóceis panos

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tecidos sem maiores pretensões. Não procuremos neles a beleza que arrebata
logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – é
inábil e desajeitado. Amemos nessas humildes coisas a carga de experiências
que representam, a repercussão, nelas sensível, de tanto trabalho e história
humana. Concentradas em sua essência, só se revelam quando nossos sentidos
estão aptos para as descobrirem. Em silêncio, nos oferecerão sua múltipla
companhia, generosa e quase invisível.
(Adaptado de Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)
Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão,
atribuímos à solidão os mais terríveis contornos, mas nunca estamos
absolutamente sós no mundo.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos
b) tememo-la – julgamo-la - invencível atribuímo-la
c) tememos a ela – lhe julgamos invencível – lhe atribuímos
d) a tememos – julgamo-la invencível - atribuímos-lhe
e) a tememos – julgamos invencível a ela – lhe atribuímos

10) FCC/Analista Judiciário/TRT 1/Apoio


Especializado/Tecnologia da Informação/2014
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Novas fronteiras do mundo globalizado
Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar
que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço estivesse
definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer
que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites.
Se a diferença entre o “Primeiro” e o “Terceiro” mundo é diluída, outras surgem
no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas.
Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo
que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não seria o
outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à
noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países
em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos se afastam dos
ideais cultivados pela modernidade.
(Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense,
1994, p. 220)
As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não tomemos
as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois falta às novas

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tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o controle ético que
submeta as novas tecnologias a um padrão de valores humanistas.
Para evitar as viciosas repetições do texto acima é preciso substituir os
segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes formas:
a) lhes tomemos – falta-lhes – submeta-lhes
b) tomemos a elas − lhes falta − lhes submeta
c) as tomemos – falta-lhes − as submeta
d) lhes tomemos − lhes falta − as submeta
e) as tomemos − falta a elas – submeta-las

11) FCC/AFTE/SEFAZ PE/2014


Instruções: A questão refere-se ao texto abaixo.
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista
cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem
de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito
raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas
populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos.
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo
da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma
sucessão de tentativas erradas.
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe.
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual.
Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um
tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito.
O vestuário da personagem − fraquezinho humorístico, calças lambazonas,
botinas escarrapachadas, cartolinha − também se fixou pelo consenso do
público.
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica
cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin eliminou
imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física
do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito.
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não
contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o
dandismo do grotesco.
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de
cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas

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estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O -


circo.
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico.
Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo,
ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas
medíocres que condescendem com o fácil gosto do público.
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só
não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia.
A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em
sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível
humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator
comum de todas as expressões humanas.
(Adaptado de: Manuel Bandeira. “O heroísmo de Carlito”. Crônicas da
província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 21920)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada
de modo INCORRETO em:
a) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
b) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
c) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía
d) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência
e) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na

12) FCC/AJ/TRE-RS/Judiciária/2010

A frase em total concordância com o padrão culto escrito é:

a) Dirigimo-nos a V.Sa. para solicitar que, em vossa apreciação do documento,


haja bastante precisão quanto aos pontos que quereis ver alterados.

b) Senhor Ministro, sabemos todos que Vossa Excelência jamais fizestes


referência desairosa ao poder legislativo, mas desejamos pedir-lhe que desfaça
o mal-entendido.

c) Ao encontrar-se com Sua Magnificência, não se conteve: − Senhor Reitor,


sou o mais novo membro do corpo docente e vos peço um minuto de sua
atenção.

d) Assim que terminou a cerimônia, disse à Sua Santidade: − Ponho-me a vossa


disposição se acaso deseje mandar uma mensagem ao povo brasileiro.

e) Entendemos que V.Exa. necessita de mais dados sobre a questão em debate


e, assim, lhe pedimos que nos conceda um prazo para que o documento seja
mais bem elaborado.

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Gabarito: E

13) FGV/TNS/Assembléia Legislativa BA/Redação e Revisão


Legislativa/Letras/2014
Assinale a opção em que a reescritura da frase inicial está correta.
a) Tu sempre pões o prato sobre a mesa. / Tu sempre põe‐no sobre a mesa.
b) Amemos a nós como aos demais. / Amemos‐nos como aos demais.
c) Respondi aos inquisidores rapidamente. / Respondi‐os rapidamente.
d) Carta de quem quer muito a você. / Carta de quem lhe quer muito.
e) Eu respondi à carta ontem. / Eu lhe respondi ontem.

14) FCC/ACE/TCE-CE/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2015

Atenção: A questão refere-se ao texto que segue.

Eduardo Coutinho, artista generoso

Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo


Coutinho, mestre dos documentários, morto em 2014, está em sua recusa aos
paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar a
distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa,
surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada
expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões de fábrica”,
“os sertanejos nordestinos”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente
enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de
quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está
falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da
Paraíba.

Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro


deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração
prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para
conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não
para ajustar ou comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar
à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele, distinguir uma da
outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo
dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um
homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa
no espírito do outro: fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se,
mostra-se, mostra-o, mostra-nos.

(Armindo Post, inédito)

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Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na


seguinte frase:

a) A perspectiva ética aonde Coutinho manifesta todo o respeito pela pessoa


que retrata é uma das características nas quais seus filmes se distinguem.

b) O paternalismo e o sentimentalismo, posições das quais muitos se agarram


para tratar o outro, não são atitudes por onde Coutinho tenha mostrado
qualquer inclinação.

c) As expressões coletivistas, com cujas Coutinho jamais se entusiasmou, são


chavões em que se deixam impressionar as pessoas de julgamento mais
apressado.

d) As pessoas por quem Coutinho se interessasse eram retratadas de modo a


ter destacados os atributos pelos quais ele se deixara atrair.

e) Os paradigmas já mecanizados, nos quais muitos se deixam nortear, não


mereciam de Coutinho nenhum crédito, pois só lhe importava a singularidade
de cuja as pessoas são portadoras.

15) FGV/AB/BNB/2014
SEM SOLUÇÃO
Carlos Heitor Cony - Folha de São Paulo
Foi melancólico o 1º de Maio deste ano. Não tivemos a tragédia do Riocentro,
que até hoje não foi bem explicada e, para todos os efeitos, marcou o início do
fim da ditadura militar.
Tampouco ressuscitamos o entusiasmo das festividades, os desfiles e a
tradicional arenga de um ditador que, durante anos, começava seus discursos
com o famoso mantra: "Trabalhadores do Brasil".
De qualquer forma, era um pretexto para os governos de plantão forçarem um
clima de conciliação nacional, o salário mínimo era aumentado e, nos teatros da
praça Tiradentes, havia sempre uma apoteose patriótica com os grandes nomes
do rebolado agitando bandeirinhas nacionais. Nos rádios, a trilha musical era
dos brados e hinos militares, na base do "avante camaradas".
Este ano, a tônica foram as vaias que os camaradas deram às autoridades
federais, estaduais e municipais. Com os suculentos escândalos (mensalão,
Petrobrás e outros menos votados), as manifestações contra os 12 anos de PT,
que começaram no ano passado, só não tiveram maior destaque porque a mídia
deu preferência mais que merecida aos 20 anos da morte do nosso maior ídolo
esportivo.

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Depois de Ayrton Senna, o prestígio de nossas cores está em baixa, a menos


que Paulo Coelho ganhe antecipadamente o Nobel de Literatura e Roberto Carlos
dê um show no Teatro alla Scala, em Milão, ou no Covent Garden, em Londres.
Sim, teremos uma Copa do Mundo para exorcizar o gol de Alcides Gighia, na
Copa de 1950, mas há presságios sinistros de grandes manifestações contra o
governo e a FIFA, que de repente tornou-se a besta negra da nossa soberania.
A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para
apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube a favor da
Argentina.
“A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para
apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube...”; se, em lugar
de “o papa Francisco” estivesse “o rei da Espanha”, a forma “Sua Santidade”
deveria ser substituída adequadamente por:
a) Vossa Excelência;
b) Vossa Majestade;
c) Vossa Senhoria;
d) Sua Excelência;
e) Sua Majestade.

16) FCC/Analista/BACEN/Área 1/2006


Está correto o emprego de ambos os elementos destacados na frase:
a) Os sonhos de cujos nos queremos alimentar não satisfazem os desejos com
que a eles nos moveram.
b) A expressão de Elio Gaspari, a qual se refere o autor do texto, é "cidadãos
descartáveis", e alude às criaturas desesperadas cujo o rumo é inteiramente
incerto.
c) Os objetivos de que se propõem os neoliberais não coincidem com as
necessidades por cujas se movem os "cidadãos descartáveis".
d) As miragens a que nos prendemos, ao longo da vida, são projeções de
anseios cujo destino não é a satisfação conclusiva.
e) A força do nosso trabalho, de que não relutamos em vender, dificilmente será
paga pelo valor em que nos satisfaremos.

17) FCC/TL/ALE-RN/Técnico Legislativo/2013

O segmento grifado nas expressões abaixo está corretamente substituído pelo


pronome correspondente em:

a) que enfunavam as velas dos barcos = enfunavam-nos

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b) sentir o tempo em termos de ritmos orgânicos = sentir-lhe

c) só os hebreus e os persas zoroastrianos adotavam a percepção progressiva


do tempo = adotavam-a

d) A linguagem preservou tais sensações culturais em torno do tempo =


preservou-o

e) as culturas que residualmente cultuavam um eterno retorno = cultuavam-no

18) CONSULPLAN/CBTU/METROREC/Analista de Gestão


Advogado/2014
Trem das onze
Não posso ficar nem mais um minuto com você
Sinto muito amor, mas não pode ser
Moro em Jaçanã,
Se eu perder esse trem
Que sai agora às onze horas
Só amanhã de manhã.
Além disso, mulher
Tem outra coisa,
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar,
Sou filho único
Tenho minha casa para olhar
E eu não posso ficar.
(Adoniran Barbosa. Disponível em: http://letras.mus.br/adoniranbarbosa/.)

Em “Minha mãe não dorme” e “Tenho minha casa para olhar” os termos em
destaque estabelecem um vínculo entre o emissor e o elemento por ele
antecedido. Acerca de tal relação identifica-se um(a)
a) vínculo afetivo seguido de um vínculo de uso.
b) vínculo de parentesco seguido de um vínculo de posse.
c) determinação vinculativa idêntica para as duas ocorrências.
d) vínculo de origem na primeira ocorrência e na segunda, de posse.

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19) CONSULPLAN/CBTU/METROREC/Assistente de Manutenção


Eletrica/2014
Em “[...] a despeito de pressões, prisões, ameaças e abusos de toda a espécie
que se abateram sobre seus quadros."
A palavra destacada tem a finalidade de
a) marcar uma causa
b) introduzir uma condição.
c) sinalizar uma consequência.
d) retomar palavras expressas anteriormente.

20) CONSULPLAN/MAPA/Administrador/2014

Quanto à linguagem utilizada na mensagem expressa nos cartazes levados pelos


personagens da charge, é correto afirmar que a substituição por “Me sigam até
a verdade” implicaria
a) uma aproximação maior com o público leitor através do uso de uma
linguagem atual.
b) inadequação linguística, incorrendo em incompreensão da mensagem a ser
transmitida.
c) desacordo do uso quanto à colocação do pronome oblíquo de acordo com a
norma padrão.
d) uma manifestação de caráter popular em que há preocupação com o uso da
norma padrão da língua.

21) CONSULPLAN/MAPA/Veterinário/2014

As verdades da razão
Raciocinar não é algo que aprendemos na solidão, mas algo que
inventamos ao nos comunicar e nos confrontar com os semelhantes: toda razão

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é fundamentalmente conversação. “Conversar” não é o mesmo que ouvir


sermões ou atender a vozes de comando. Só se conversa sobretudo só se
discute entre iguais. Por isso o hábito filosófico de raciocinar nasce na Grécia,
junto com as instituições políticas da democracia. Ninguém pode discutir com
Assurbanipal ou com Nero, e ninguém pode conversar abertamente em uma
sociedade em que existem castas sociais inamovíveis. [...] Afinal de contas, a
disposição a filosofar consiste em decidir-se a tratar os outros como se também
fossem filósofos: oferecendo-lhes razões, ouvindo as deles e construindo a
verdade, sempre em dúvida, a partir do encontro entre umas e outras.
[...]Oferecemos nossa opinião aos outros para que a debatam e por sua
vez a aceitem ou refutem, não simplesmente para que saibam “onde estamos
e quem somos”. E é claro que nem todas as opiniões são igualmente válidas:
valem mais as que têm melhores argumentos a seu favor e as que melhor
resistem à prova de fogo do debate com as objeções que lhe sejam colocadas.
[... ]A razão não está situada como um árbitro semidivino acima de nós
para resolver nossas disputas; ela funciona dentro de nós e entre nós. Não só
temos que ser capazes de exercer a razão em nossas argumentações como
também e isso é muito importante e, talvez, mais difícil ainda devemos
desenvolver a capacidade de ser convencidos pelas melhores razões, venham
de quem vierem. [...] A partir da perspectiva racionalista, a verdade buscada é
sempre resultado, não ponto de partida: e essa busca incluía conversação entre
iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia. Não como afirmação da própria
subjetividade, mas como caminho para alcançar uma verdade objetiva através
das múltiplas subjetividades.
(Fernando Savater. “As verdades da razão”. In: As perguntas da vida. São
Paulo: Martins Fontes, 2001.)

A partir de mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico-


semântica entre as partes do texto, identifique a referenciação corretamente
estabelecida quanto ao destacado em “– e isso é muito importante e, talvez,
mais difícil ainda –” (3º§).
a) A capacidade de exercer a razão em nossas argumentações.
b) O exemplo dado de comparação entre razão e árbitro semidivino.
c) A consciência de que a razão não está situada como um árbitro semidivino.
d) O desenvolvimento da capacidade de sermos convencidos pelas melhores
razões.

22) CONSULPLAN/MAPA/Agente Administrativo/2014


É sina de minha amiga penar pela sorte do próximo, se bem que seja um penar
jubiloso. Explico-me. Todo sofrimento alheio a preocupa e acende nela o facho

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da ação, que a torna feliz. Não distingue entre gente e bicho, quando tem de
agir, mas, como há inúmeras sociedades (com verbas) para o bem dos homens,
e uma só, sem recurso, para o bem dos animais, é nesta última que gosta de
militar. Os problemas aparecem-lhe em cardume, e parece que a escolhem de
preferência a outras criaturas de menor sensibilidade e iniciativa (...).
(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1988.)

Os elementos destacados em “Todo sofrimento alheio a preocupa e acende nela


o facho da ação, que a torna feliz.” são responsáveis por importantes funções
de coesão textual, estabelecendo vínculos com elementos já anunciados.
Com base no trecho anterior, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para
as falsas.
( ) Os pronomes destacados possuem o mesmo referente, indicado
anteriormente no texto.
( ) Os dois registros do pronome “a” podem ser substituídos pelo pronome “lhe”.
( ) O uso do pronome pessoal reto “ela” (nela), nesse caso, só é permitido
porque está antecedido de preposição.
A sequência está correta em
a) F, V, F.
b) V, V, F.
c) V, F, V.
d) V, V, V.

23) CONSULPLAN/Prefeitura de Congonhas MG/Professor


Língua Portuguesa/2010
A expressão destacada foi corretamente substituída pela forma átona do
pronome pessoal em:
a) “... livros sobre amor cruzaram seu caminho...” (1º§) – cruzaram-lhe
b) “... reinventado o sexo.” (2°§) – reinventado-lo
c) “Transformamos o sexo em verdade.” (2º§) – transformamo-lo
d) “A vida sem amor pode fazer sentido...” (5º§) – fazer-lhe
e) “Antes que se frustrem as expectativas.” (6º§) – frustrem-as

24) CONSULPLAN/Prefeitura de Poço Redondo


SE/Recepcionista/2010

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“É a sua sensibilidade sem tamanho.” O pronome destacado anteriormente é:


a) Pessoal.
b) Possessivo.
c) Demonstrativo.
d) Indefinido.
e) Interrogativo.

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11 – Gabarito

1 E 7 E 13 D 19 D
2 B 8 D 14 D 20 C
3 E 9 D 15 E 21 D
4 A 10 C 16 D 22 C
5 E 11 E 17 E 23 C
6 B 12 E 18 B 24 B

12 – Referencial Bibliográfico

1. CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL - Novíssima Gramática da Língua


Portuguesa, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008.
2. BECHARA, EVANILDO – Moderna Gramática Portuguesa, Nova Fronteira,
Rio de Janeiro, 2009.

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