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Ementa:
O curso tem por objeto o desenvolvimento do campo dos estudos comparativos das relações
raciais, uma subdivisão das ciências sociais comparadas. Os estudos comparativos, que em
passado não muito distante se aninhavam sob a guarida dos estudos de área, enfrentam hoje
vários desafios, como a proliferação de atores não-estatais, o surgimento de instituições
regionais e internacionais e outros atores transnacionais que transformam e tornam mais
complexas as relações entre estados e sociedades. A comparação entre instâncias estanques,
como estados ou sociedades nacionais está sendo posta em questão.
A segunda parte do curso será dedicada a estudos comparativos das relações raciais, focando
nos casos de Brasil, Estados Unidos e África do Sul. Ao tentar responder o porquê desses países
terem se tornado "casos clássicos", examinaremos a trajetória intelectual do campo,
preocupados particularmente com questões do tipo: Como comparar casos do norte e sul,
oriente e ocidente? Qual tem sido o papel dos intelectuais produtores de conhecimento na
reprodução ou produção da nação? Como construções da "nação" moldam o estudo de
fenômenos sociais, incluindo aí o estudo das relações raciais e do racismo?
Por fim, discutimos como ir além dos estudos comparativos. Se os países não são unidades
discretas, como podemos teorizar suas relações em perspectiva comparada? Ademais, como a
teoriazação deve ser concebida a fim de que o conhecimento produzido seja relevante para o
Sul Global?
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Organização dos temas:
f. Munck, Gerardo. 2006, The Past and Present of Comparative Politics. Kellogg
Institute. Working Paper #330 – October 2006.
2
g. Tilly, Charles (2008), “Method and Explanation”, in Explaining Social Processes.
Paradigm.
h. Charles Ragin and David Zaret, “Theory and Method in Comparative Research: Two
Strategies”, Social Forces, Vol. 61, No. 3 (Mar., 1983), pp. 731-754
i. Theda Skocpol and Margaret Somers, “The Uses of Comparative History in
Macrosocial Inquiry”, Comparative Studies in Society and History, Vol. 22, No. 2
(Apr., 1980), pp. 174-197
3
PARTE II: Estudos Comparados das Relações Raciais
5. Casos: O que são? Casos nos Estudos Comparados das Relações Raciais, 1, 8 de outubro
a. Alexander George, Case Studies and Theory Development in the Social Sciences, MIT
Press, 2005, (capitulo 4)
b. Gilberto Freyre, Casa Grande, (especialmente capitulo II Caracteristicas gerais da
colonização portuguesa do Brasil), Global Editora,48 edição, 2003.
c. Eric Foner, “Why Is There No Socialism in the United States?” History Workshop, No.
17 (Spring, 1984), pp. 57-80.
d. Gay Seidman, “Is South Africa Different: Sociological Comparisons and Theoretical
Contributions from the Land of Apartheid”, Ann. Rev. Social, 1999, 419-40.
e. Comparações:
i. Matthew Lange, James Mahoney, Matthias vom Hau, “Colonialism and
Development: A Comparative Analysis of Spanish and British Colonies”, AJS
Volume 111 Number 5 (March 2006): 1412–62
ii. Peter Fry, “Culturas da Diferença: Seqüelas das Políticas Coloniais
Portuguesas e Britânicas na África Austral”, Afro-Ásia, 29/30 (2003), 271-316;
“Cultures of Difference: the aftermath of Portuguese and British colonial
policies in Southern Africa”, Social Anthropology, vol. 8, nº 2 (2000)
iii. Peter Fry,“Feijoada e soul food 25 anos depois” em idem, A Persistencia
da Raca, Editora Civilizaao Brasileira, 2005.
e. Tannenbaum, Frank. 1946. Slave and Citizen: The Negro in the Americas. New York:
A. A. Knopf.
f. Harris, Marvin. 1964. Patterns of Race in the Americas. Westport, CT: Greenwood
Press.
g. Van der Berghe, Piara L. 1967. Race and Racism: A Comparative Perspective. New
York: Wiley.
4
7. Nos Estudos Comparados das Relações Raciais: EUA, Brasil e África do Sul I, 22 de outubro
a. Carl Degler, 1971. Neither Black nor White: Slavery and Race Relations in Brazil and
tlie United States. NDeaew York: Macmillan.
b. Marx, Anthony W, Making Race And Nation: A Comparison Of South Africa, The
United States, And Brazil, Cambridge, U.K. ; New York, NY, USA : Cambridge
University Press, 1998.
8 Nos Estudos Comparados das Relações Raciais: EUA, Brasil e África do Sul II, 29 de
outubro
a. Ed Telles, Race in Another America (introduction), Princeton University Press, 2004.
b. George Reid Andrews, 2004, Afro-Latin America, 1800-2000, Oxford University Press.
c. Fredrickson, George M. 1995. Black Liberation: A Comparative History of Black
Ideologies in the United States and South Africa. New York: Oxford University Press.
d. Fredrickson, George M. --. 1981. White Supremacy: A Comparative Study in
American and South African History. New York: Oxford University Press.
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PARTE III: Re-conceptualizando o campo dos estudos comparados
e. Ann Laura Stoler, “Tense and Tender Ties: the Politics of Comparison in North
American History and (Post) Colonial Studies”, The Journal of American History, Vol.
88, N. 3 (Dec. 20010), 829-865
f. Edward Said, Orientalism, Vintage Books, 1979.
6
c. Peter Gourevitch, “The Second Image Reversed: The International Sources of
Domestic Politics”, International Organization, Vol. 32, No. 4 (Autumn, 1978), pp.
881-912.
d. Finmore and Sikkink, 2001, “Taking Stock: The Constructivist Research Program in
International Relations and Comparative Politics”, Annu. Rev. Polit. Sci. 2001. 4:391–
416.