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Equipe : Ana Paula Zatta, Gustavo Piva e Sandra Baldo

A Efetividade da Política Nacional do Meio Ambiente


(PNMA)

A Política Nacional do Meio Ambiente, regida pela Lei 6.933 de 1981 é anterior
à Constituição Federal de 1988 e tem como objeto regular o uso indiscriminado
de determinado bem, evitando o risco de desequilíbrio ambiental.

Para efetivar a PNMA foi necessária a criação de vários órgãos relacionados


ao meio ambiente e criação de legislação a respeito. Criou-se então o
SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente, o qual é formado por um
conjunto de diversos níveis do poder público com objetivo de proteger o meio
ambiente, constituindo a grande estrutura da gestão ambiental.

As leis ambientais do Brasil estão entre completas do mundo, por este motivo
deveriam bastar para que o país já tivesse sob controle toda sua política
ambiental. Existem porém, barreiras entre o que podemos chamar de setores,
ou seja, entre o Estado e a política de mercado, e o que pode influenciar no
aumento dessas barreiras é a falta de capacitação em todos os níveis, a falta
de recursos financeiros e a falta de políticas públicas eficientes.

De acordo com pesquisa realizada sobre o tema proposto, os principais


indicadores da efetividade ou não da PNMA adotada no Brasil serão elencados
abaixo, pois o grande desafio é manter o crescimento econômico e ao mesmo
tempo preservar o meio em que se vive, lembrando sempre que os recursos
naturais são finitos e limitados as necessidades humanas são consideradas
ilimitadas.

1. Não são adotadas políticas de educação ambiental em todos os níveis;


2. Não há incentivo às mudanças de hábitos e estilo de vida, visando
preservar o meio em que vive;
3. É dado ênfase aos instrumentos repressivos e punitivos;
4. Existe um grande número de instâncias decisórias com poder para
editar normas ambientais e este cenário gera conflito de competências;
5. Falta de profissionais habilitados, equipamentos adequados para
fiscalização e efetivação de programas de educação e conscientização
ambiental;
6. O Licenciamento Ambiental, utilizado como instrumento para
regulamentar a utilização dos recursos ambientais é considerado caro,
excessivamente burocrático e moroso;
7. Há uma corrente de pensamento que considera o Licenciamento
Ambiental um instrumento sem efetividade na proteção do meio
ambiente, pois considera que existem falhas na organização e estrutura
dos órgãos de controle ambiental. Pois, a existência de considerável
quantidade de órgãos ambientais descentralizados pode resultar na
demora de investigação e penalização de quem infringe as normas de
proteção ambiental.

Pode-se concluir, no entanto que não basta o país possuir uma vasta e
completa legislação sobre o meio ambiente, nem uma grande estrutura com
órgãos destinados à sua efetivação. A falta de investimentos em uma
política educacional voltada à preservação e conservação do meio
ambiente, o incentivo à redução de consumo de certos agentes e produtos
potencialmente poluidores e muitas vezes dispensáveis no dia a dia se
reflete no esgotamento de recursos naturais.

Como exemplo podemos citar a água. Elemento que parecia “inesgotável”


até algum tempo atrás, hoje percebe-se que está cada vez mais cara e
escassa. Reflexo, este de anos de negligência com o meio ambiente.

Portanto, mesmo que a PNMA tenha representado um grande avanço na


questão ambiental, para que seja realmente eficiente são necessárias
mudanças estruturais profundas visando sempre a prevenção e mitigação
de danos ambientais através da educação e conscientização de todos.
Fontes Consultadas

https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/download/2175-7984.../23765
acessado em 15/08/2018

https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/112287074/politica-nacional-do-
meio-ambiente-e-a-eficacia-de-seus-instrumentos
acessado em 15/08/2018

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