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“ LAVA A JATO DE PECADORES ”

Ao aterrizar em Roma para o GP da Itália de Fórmula 1 do ano


passado, fui recebido no aeroporto pelo Paulo Sérgio e sua esposa
Merly.
Naquela época, ele jogava futebol pelo Roma e, aproveitando uma
tarde de folga, os dois me levaram para conhecer a Basílica de São
Pedro no centro do pequeno e poderoso estado do Vaticano.
O que mais me impressionou, além da majestade do templo, foi a
“ Porta Santa ”. Situada entre o saguão da entrada e a nave principal,
esta porta permanece fechada com uma parede de tijolos durante 24
anos. Mas no Ano Jubilar ( Ano Santo ), celebrado pela Igreja Católica
de 25 em 25 anos, a parede é derrubada e todos que passam pela porta
recebem a indulgência plenária, sendo absolvidos de todos os seus
pecados sem as penitências exigidas pelo sacramento da confissão.
Tudo começou em 1300 quando o Papa Bonifácio abriu o primeiro
Jubileu Católico. Como as indulgências naquela época eram pagas, havia
uma espécie de pedágio pela remissão. Mas essa idéia do jubileu os
católicos tomaram emprestado dos judeus, que já o celebravam
milhares de anos antes.
Ao abrir o jubileu deste ano na noite do Natal de 99, o Papa João
Paulo II deu a largada para uma peregrinação que levará a Roma nada
menos que 26 milhões de fiéis em busca do perdão de seus pecados por
concessão papal.

Lava a Jato

Por ser um cara muito prático, fiquei encantado com a idéia deste
“ lava a jato ” de pecadores.
- Mas será que funciona ?
Como Deus decretou que o salário do pecado é a morte e sabendo
que todos pecaram, senti um frio na barriga ao pensar no destino eterno
desta multidão de gente sincera mas mal informada sobre a gravidade
das conseqüências do pecado, bem como de qual é a única maneira
correta de se obter o verdadeiro perdão.
O maior problema não é o que dizer para essa gente e, sim, como
dizer que só o sangue de Jesus nos purifica de todos os pecados e nos
apresenta santos e inculpáveis diante de Deus. Fora dessa verdade
absoluta, todo mundo caminha como ovelha para o matadouro.
A Porta Verdadeira

Discutindo minha inquietação com o amigo Ed René, chegamos à


conclusão que a melhor maneira de alertar nossos amigos católicos
sobre o perigo da “ Porta Santa ” é apresentar-lhes uma outra porta:
Eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de
mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não lhes deram
ouvidos. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo.
Palavras de Jesus o Bom Pastor ( João 10: 1 a 15 ).
Penso que a maioria dos católicos sinceros não teria dificuldade de
assimilar o conceito de que Jesus é a porta, o caminho, a verdade e a
vida.
- Mas o que fazer com a “ Porta Santa ” do Vaticano sem chutar “
a santa ” ?
- Aproveitar o ano jubilar para esclarecer que existe a necessidade
de todos nós passarmos por uma porta. Nesse caso a “ Porta Santa ”
serve apenas como uma metáfora da Verdadeira Porta que é Jesus.
Essa sim, é a única porta que garante total perdão de pecados e
salvação para todo pecador que por Ele passar, recebendo-o como seu
único e suficiente Salvador.

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