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“NotasdeAula˙LabCircuitos1” — 2011/8/11 — 13:46 — page i — #1


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Universidade Federal de Minas Gerais


Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia Elérica

Guia de Aulas Práticas

Laboratório de Circuitos Elétricos 1

Belo Horizonte, Agosto de 2011.

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Apresentação

Este Guia contém o roteiro que serve de suporte para a disciplina La-
boratório de Circuitos Elétricos 1 (ELE028) do curso de graduação em
Engenharia Elétrica da UFMG. Ao todo, são 12 aulas práticas que envol-
vem conceitos básicos de medição de grandezas elétricas e experimentos
básicos com elementos de circuitos: circuitos resistivos, circuitos com fon-
tes dependentes, circuitos com capacitores e indutores, circuitos em regime
transitório e em regime permanente senoidal.
A elaboração desse conjunto de aulas contou com a contribuição dos
professores: Antônio Emı́lio Angueth Araújo, Diógenes Cecı́lio da Silva Jr,
Ivan José da Silva Lopes, Jaime Arturo Ramı́rez, José Osvaldo Saldanha
Paulino e Wadaed Uturbey da Costa.
A digitação do texto contou com a colaboração dos monitores: Elia-
kin Macedo Werner, Pedro Henrique Coelho Machado e Rafael Gomes dos
Santos.

Os Autores

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CAPÍTULO 0
SUMÁRIO v

Sumário

Capı́tulo 1

Segurança e Organização do Laboratório


1. Por que devemos nos preocupar com a segu-
rança nos Laboratórios? 1
2. Por que acidentes acontecem? 1
3. Medidas de segurança para o laboratório 2
4. Uso de equipamentos elétricos 3
5. Organização do laboratório 3

Capı́tulo 2

Utilização de Instrumentos de Medição


1. Apresentação dos instrumentos 5
2. Parte prática 8
3. Questões para o relatório 10

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Capı́tulo 3

Análise Nodal e Análise de Malhas

1. Introdução 11
2. Parte prática 12
3. Questões para o relatório 12

Capı́tulo 4

Circuitos Resistivos: Divisores de tensão


e divisores de corrente

1. Introdução 13
2. Parte prática 14
3. Questão para o relatório 16

Capı́tulo 5

Linearidade e o Princı́pio da Superposição;


Equivalente Thevenin e a Máxima Trans-
ferência de Potência

1. Introdução 17
2. Parte prática 18
3. Questões para o relatório 20

Capı́tulo 6

Circuitos com Amplificadores Operacio-


nais - Parte I

1. Introdução 23
2. Parte prática 24
3. Questões para o relatório 26
4. Pinagem dos Amplificadores Operacionais 741
e 071 26

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Capı́tulo 7

Circuitos com Amplificadores Operacio-


nais - Parte II
1. Introdução 29
2. Parte prática 30
3. Questões para o relatório 31
4. Pinagem dos Amplificadores Operacionais 741
e 071 31

Capı́tulo 8

Transitórios em Circuitos RC
1. Introdução 33
2. Parte prática 34
3. Questões para o relatório 35

Capı́tulo 9

Transitórios em Circuitos RL
1. Introdução 37
2. Parte prática 37
3. Questões para o relatório 38

Capı́tulo 10

Regime Transitório em Circuitos RLC


1. Introdução 41
2. Parte prática 42
3. Questões para o relatório 43

Capı́tulo 11

Circuitos RC e RL em Regime Perma-


nente
1. Introdução 45
2. Parte prática 46
3. Questões para o relatório 47

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Capı́tulo 12

Circuitos RLC em Regime Permanente


1. Introdução 49
2. Parte prática 50
3. Questões para o relatório 51

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CAPÍTULO 1
SEGURANÇA E ORGANIZAÇÃO DO LABORATÓRIO 1

CAPÍTULO 1

Segurança e Organização do Laboratório

Esta aula tem como objetivos: apresentar noções básicas de segurança em


trabalhos práticos com eletricidade, e organização do laboratório.

1. Por que devemos nos preocupar com a segurança nos Labo-


ratórios?

A eletricidade, reconhecidamente, apresenta grande risco a vida das


pessoas que, ao seu contato, ficam sujeitas a sofrer choques elétricos, quei-
maduras, lesões, etc. Em um laboratório de eletricidade ou eletrônica, os
usuários estão expostos às partes vivas dos circuitos. Portanto, toda ativi-
dade a ser desenvolvida requer atenção e concentração.

2. Por que acidentes acontecem?

A variedade de riscos nos laboratórios é muito ampla, seja devido à ex-


posição direta à eletricidade, seja devido à utilização de equipamentos cuja
operação envolve fenômenos como alteração de temperatura ou radiações

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2 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

que podem significar riscos ao usuário. Dentre as causas de acidentes nos


laboratórios, podemos citar:

1. Instruções inadequadas;

2. Supervisão insuficiente e ou inapta do executor;

3. Uso incorreto de equipamentos; e

4. Alterações emocionais e exibicionismo.

Os acidentes que advêm dessas causas geralmente são:

1. Choques elétricos;

2. Queimaduras térmicas ou quı́micas;

3. Intoxicações;

4. Incêndios;

5. Explosões, contaminações por agentes biológicos; e

6. Radiações.

3. Medidas de segurança para o laboratório

Entre as medidas de segurança a serem observadas destacam-se:

1. Em caso de dúvida, pergunte sempre antes de realizar qualquer ação.

2. Não trabalhe sozinho, principalmente fora do horário de expediente.

3. Ao ser designado para trabalhar em um determinado laboratório, é


imprescindı́vel o conhecimento da localização dos acessórios de segu-
rança.

4. Procure conhecer o equipamento antes de utiliza-lo. Leia as instruções


de uso, manuais, etc.

5. Certifique-se da tensão de trabalho dos equipamentos antes de co-


nectá-los à rede elétrica. Quando não estiverem em uso, os aparelhos
devem permanecer desconectados.

6. Planeje sua experiência, procurando conhecer os riscos envolvidos,


precauções a serem tomadas e como descartar corretamente os resı́duos.

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CAPÍTULO 1
SEGURANÇA E ORGANIZAÇÃO DO LABORATÓRIO 3

7. Use roupas adequadas como calças compridas e sapatos fechados. Se


usar cabelos compridos, conserve-os presos.

8. Não são permitidos alimentos nas bancadas, armários e geladeiras dos


laboratórios.

9. Comunique todos os acidentes ao professor.

4. Uso de equipamentos elétricos

Observe os seguintes itens em relação a utilização dos equipamentos


elétricos:

1. Nunca ligue equipamentos elétricos sem antes verificar a tensão cor-


reta.

2. Só opere equipamentos quando fios, tomadas e plugues estiverem em


perfeitas condições. O fio terra deve estar convenientemente conec-
tado.

3. Não opere equipamentos elétricos sobre superfı́cies úmidas.

4. Não use equipamentos elétricos que não tiverem identificação de tensão.


Solicite a instrumentação que faça a medida.

5. Use 1 condutor fase (sob tensão em relação ao neutro), e

6. Use 1 condutor neutro (aterrado no padrão) que é o referencial de


tensão e serve como retorno de corrente.

O condutor de terra (aterrado localmente e disponı́vel em todas as to-


madas da residência com seu terceiro pino) ainda não é exigido pela con-
cessionária apesar de já mencionado nas normas.
A utilização incorreta de equipamentos elétricos pode levar a choques
elétricos, cujos efeitos provocados por uma corrente de 60Hz no ser humano
são variados e dependem da magnitude da corrente elétrica , como ilustrado
na Tabela 1.1 a seguir.

5. Organização do laboratório

Para o bom funcionamento do laboratório, observe as seguintes reco-


mendações:

1. O laboratório deve estar sempre organizado.

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4 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

Corrente Efeito
1mA Limiar de sensibilidade (formigamento).
5 a 15mA Contração muscular (dor).
15 a 25mA Contrações violentas.
Impossibilidade de soltar o objeto.
Morte aparente (asfixia).
25 a 80mA Fibrilação ventricular.
Respiração artificial (massagem cardı́aca).
> 80mA Desfibrilação elétrica.
> 1A Queimadura (necrose).
Morte.

Tabela 1.1: Efeito da passagem de corrente elétrica no ser humano

2. Evite deixar sobre as bancadas materiais estranhos ao trabalho, como


bolsa, celular, livro, blusa, carteira, etc.

3. Ao realizar uma experiência, assegure-se de que mais pessoas sejam


informadas disso.

4. Ao final de cada aula, retorne os equipamentos utilizados ao seu lugar


de origem e certifique-se que a bancada está limpa.

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CAPÍTULO 2
UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 5

CAPÍTULO 2

Utilização de Instrumentos de Medição

Objetivos: utilização do osciloscópio, gerador de sinais e multı́metro. Medição


de valores de tensão de sinais elétricos.

1. Apresentação dos instrumentos

Osciloscópio
O osciloscópio é um instrumento que possibilita a visualização e a medição
de sinais elétricos variáveis no tempo. Geralmente, é capaz de mostrar dois
ou até quatro sinais simultaneamente. Os principais blocos são:

• Mostrador, CRT ou LCD;


• Controles gerais;
• Disparo (trigger);
• Canais de entrada;
• Gerador da base de tempo.

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6 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

Figura 2.1: Osciloscópio Digital

Figura 2.2: Circuito Interno de um Osciloscópio Analógico

O mostrador é uma tela reticulada que pode constituir-se de um tubo


de raios catódicos de uma tela de cristal lı́quido em que, geralmente, no
eixo vertical temos a amplitude e no eixo horizontal o deslocamento do
sinal elétrico ao longo do tempo.
Nos tubos de raios catódicos (CRT), um feixe de elétrons é produzido
por um filamento aquecido (chamado de canhão de elétrons), que é então
acelerado em direção à tela. Este feixe passa por dois pares de placas
metálicas ortogonais. Aplicando-se uma diferença de potencial a estas pla-
cas, Vx e Vy , o feixe é defletido e então colide com uma tela plana. A
superfı́cie interna da tela é revestida por uma camada de material fosfores-
cente que, ao ser atingido pelo feixe de elétrons, emite luz, produzindo um
ponto na tela. Ao se desligar o feixe de elétrons, o ponto de luz se apaga.
Contudo, o tipo do material fosforescente pode apresentar um efeito de

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CAPÍTULO 2
UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 7

persistência, mantendo o ponto aceso na tela por algum tempo.


Existem alguns controles gerais usados para ligar e desligar o equipa-
mento, controlar a intensidade e foco do feixe luminoso etc.
Os canais de entrada são usados para amplificar ou atenuar os sinais
elétricos a serem mostrados na tela. Cada canal pode ser modificado in-
dividualmente, estabelecendo-se uma relação da amplitude do sinal com a
retı́cula da tela. O usuário seleciona o fator de referência da retı́cula, por
exemplo, 5V/div, e a amplitude do sinal pode então ser medida diretamente
na tela. Existem três possibilidades de acoplamento do sinal de entrada:
direto (DC), sem componente contı́nua (AC) e terra (GND). O sinal am-
plificado é aplicado às placas paralelas horizontais (Vy ). Desta maneira,
o feixe de elétrons se desloca vertical e proporcionalmente à amplitude do
sinal de entrada.
Gerador da base de tempo é usado para deslocar o feixe (já proporcional
a amplitude) ao longo do tempo, ou seja, do eixo horizontal. Para se obter
este deslocamento horizontal, basta aplicar uma onda ”dente de serra”às
placas paralelas verticais (Vx ). Este gerador de base de tempo produz uma
onda em que a rampa de subida é usada para deslocar horizontalmente o
feixe de elétrons. Para continuar visualizando o sinal, o feixe, ao atingir
a extremidade da direita da tela, precisa retornar à posição inicial (à es-
querda) e, para tal, é utilizada a rampa de decida e o feixe é desligado.
Este gerador fornece rampas com freqüências fixas e dentro de um razoável
espectro, e está calibrado para que a retı́cula horizontal corresponda ao
perı́odo dos sinais, como por exemplo, 10 ms/div.
Finalmente, o circuito de disparo (trigger) permite que sinais periódicos
possam ser mostrados de uma maneira estável na tela. Para tal, é necessário
sincronizar a rampa de varredura horizontal com o sinal propriamente dito.
O circuito de disparo compara a amplitude do sinal com um determinado
valor (que pode ser definido pelo usuário), detecta a forma de variação
(crescente ou decrescente) e, com isso, gera um pulso. O primeiro pulso
dispara a geração da onda ”dente de serra”, a rampa de subida desloca o
feixe aceso, desenhando na tela a forma de onda do sinal. Até o feixe atingir
a extremidade da direita, outros pulsos serão ignorados, e então a rampa de
descida será gerada. Este comportamento se repete indefinidamente dando
a impressão de uma onda estável na tela. A fonte de sinal de disparo
pode ser qualquer um dos canais de entrada, uma entrada externa, a rede
elétrica, um sinal lógico etc.

Gerador de Sinais
O gerador de sinais é um instrumento que gera sinais elétricos (tensões) em
que é possı́vel controlar a forma de onda (senoidal, quadrada ou triangular),
a amplitude, a freqüência, a componente de tensão contı́nua, a varredura

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8 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

Figura 2.3: Gerador de Sinais

de freqüência etc.

Multı́metro

Figura 2.4: Multı́metro Digital

O multı́metro é um instrumento de medição que agrega diversos medido-


res elétricos, tais como voltı́metro, amperı́metro, wattı́metro e ohmı́metro.
Alguns multı́metros podem verificar a continuidade de circuitos, testar di-
odos e medir capacitâncias. Uma chave seletora define o valor máximo de
medição e o tipo de grandeza elétrica, como por exemplo, tensão e corrente
contı́nuas ou alternadas.

2. Parte prática

Material necessário: Manuais do osciloscópio, gerador de sinais e multı́metro.


Osciloscópio, gerador de sinais, multı́metros e cabo coaxial de 50Ω.

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CAPÍTULO 2
UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 9

Parte 1
Com os equipamentos ainda desligados, conecte um cabo coaxial à saı́da do
gerador de sinais e outro à entrada do canal 1 do osciloscópio. Lembre-se
de ligar as garras de mesma cor.

1. Ligue os equipamentos e obtenha no osciloscópio uma onda senoidal


de 1 KHz e 4Vpp .

(a) Configure o gerador de sinais, escolhendo a forma de onda e a


faixa de freqüência adequadas.
(b) No osciloscópio, selecione a visualização do canal 1 apenas, e
ajuste adequadamente o circuito de disparo (SLOPE, LEVEL,
MODE, SOURCE ), o ajuste vertical do canal de entrada (POSI-
TION, MODE, Acoplamento AC-DC, VOLTS/DIV ) e o gerador
de base de tempo (SEC/DIV ).
(c) Ajuste o osciloscópio até obter dois perı́odos completos da senóide
e desenhe o esboço desta onda no relatório.

2. Repita o Passo 1 para uma onda quadrada de perı́odo igual a 15 ms.

3. Repita o Passo 1 para uma onda triangular de freqüência 500 Hz,


amplitude de 4Vpp e uma componente de tensão contı́nua de 1V.

4. Repita o Passo 3, mudando o acoplamento do canal 1 para AC.

Parte 2
Nesta parte do experimento, você ligará o multı́metro em paralelo com o
osciloscópio.

1. Repita o Passo 3 da Parte 1 observando os valores medidos no osci-


loscópio e no multı́metro. Utilize o multı́metro para medição de tensão
AC e DC. Altere o ajuste do gerador de sinais para forma de onda
quadrada e senoidal sem variar a amplitude ou a freqüência do sinal
gerado. Anote os valores medidos no osciloscópio e no multı́metro
para as três formas de onda.

2. Substitua o gerador de sinais por uma fonte de tensão contı́nua de 5V


e anote os valores medidos.

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10 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

3. Questões para o relatório

1. Apresente todos os esboços das formas de onda dos passos 1 a 4 da


Parte 1.

2. Monte uma tabela comparativa de todos os valores obtidos nos passos


1 e 2 da Parte 2.

3. Explique as diferenças entre os valores da tabela comparativa.

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CAPÍTULO 3
ANÁLISE NODAL E ANÁLISE DE MALHAS 11

CAPÍTULO 3

Análise Nodal e Análise de Malhas

1. Introdução

Para ajudar na resolução de circuitos elétricos foram criados alguns


métodos facilitadores, dentre eles os métodos das tensões de nó e das cor-
rentes de malha. No primeiro, analisa-se as tensões em cada nó a partir
de um outro nó de referencia. E no segundo, são analisadas as correntes
que circulam em cada malha do circuito separadamente. Juntos, esses dois
métodos abrangem praticamente todos os nossos problemas de análise de
circuitos básica.

Objetivos
1. Verificar as Leis de Tensões (LTK) e de Correntes (LCK) de Kirchhoff
utilizando a análise nodal e análise de malhas.

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12 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

2. Parte prática

Material necessário: Fonte de tensão contı́nua de 5V, multı́metro e re-


sistores.

1. Monte o circuito da figura 3.1, usando a fonte de tensão contı́nua de


5V com os seguintes valores de resistores: R1 = 1kΩ, R2 = 2, 2kΩ,
R3 = 1, 2kΩ, R4 = 1kΩ, R5 = 1, 2kΩ.

2. Meça todas as resistências, tensões e correntes, utilizando o multı́metro.

3. Monte uma tabela com todos os valores medidos.

4. Verifique a LCK para os cinco nós do circuito.

5. Verifique a LTK para as duas malhas do circuito.

Figura 3.1: Circuito para determinação das Leis de Tensões e de Correntes


de Kirchhoff

3. Questões para o relatório

1. Determine analiticamente as tensões e correntes em cada elemento do


circuito.

2. Compare com os valores medidos com ambos os multı́metros.

3. Calcule o erro percentual em todos os casos. Explique.

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CAPÍTULO 4
CIRCUITOS RESISTIVOS: DIVISORES DE TENSÃO E DIVISORES DE CORRENTE 13

CAPÍTULO 4

Circuitos Resistivos: Divisores de tensão e


divisores de corrente

1. Introdução

Às vezes, por conta da especificação de um projeto, é necessário limitar


a corrente ou a tensão utilizando-se apenas uma única fonte de alimentação.
Para isso utiliza-se os circuitos puramente resistivos divisores de tensão e
corrente, sendo que para se dividir a tensão as resistências são ligadas em
série e para se dividir as correntes os resistores são ligados em paralelo.

Objetivos
1. Verificar as propriedades dos circuitos básicos para atenuação de cor-
rente e de tensão.

2. Verificar as propriedades da ponte de Wheastone.

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14 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

2. Parte prática

Material necessário: Fonte de tensão contı́nua, multı́metro e resistores.

Propriedade da divisão de corrente


1. Desenvolva, com base no circuito da figura 4.1, as equações para as
correntes I1 e I2 .

2. Considere que os valores dos resistores são Rs = 1kΩ, R1 = 2, 2kΩ e


R2 = 5, 6kΩ. Calcule os valores das correntes I1 e I2 .

3. Monte o circuito da figura 4.1 utilizando o proto-board do NI- ELVIS.


Use a fonte de tensão variável (Variable Power Supply).

4. Faça as medições de correntes nos ramos dos resistores R1 e R2 utili-


zando o multı́metro convencional.

5. Compare os valores calculados com os resultados das medições.

Figura 4.1: Circuito divisor de corrente

Propriedade da divisão de tensão


1. Desenvolva as equações para as tensões V1 e V2 , com base no circuito
da figura 4.2.

2. Considere que os valores dos resistores são R1 = 5, 6kΩ e R2 = 1, 2kΩ


e calcule os valores das tensões nos terminais dos resistores R1 e R2 .

3. Monte o circuito da figura 4.2, utilizando o proto-board do NI- ELVIS.


Use a fonte de tensão +5V (DC Power Supply). Alternativamente,
use a fonte de tensão variável (Variable Power Supply).

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CAPÍTULO 4
CIRCUITOS RESISTIVOS: DIVISORES DE TENSÃO E DIVISORES DE CORRENTE 15

4. Faça as medições de tensão nos terminais dos resistores R1 e R2 ,


utilizando o multı́metro convencional.

5. Compare os valores calculados com os resultados das medições.

6. Modifique o circuito colocando ambos resistores com o mesmo valor


ôhmico e igual a 5, 6kΩ. Refaça as medições e os cálculos e discuta
os resultados.

7. Repita o passo anterior utilizando resistores de 8, 2MΩ

Figura 4.2: Circuito divisor de tensão

Propriedade de circuitos em ponte. Ponte de Wheats-


tone.
1. Modifique o circuito da figura 4.2 com os resistores de 5, 6kΩ e 1, 2kΩ,
colocando um segundo divisor de tensão, com resistências de mesmo
valor, conforme a figura figura 4.3, em paralelo com o primeiro.

2. Considere os resistores R1 = 5, 6kΩ e R2 = 1, 2kΩ. Determine o valor


da tensão Vd .

3. Monte o circuito da ponte de Wheatstone(figura 4.3) utilizando o


protoboard do NI- ELVIS. Use a fonte de +5V (DC Power Supply).
Alternativamente, use a fonte de tensão variável (Variable Power Sup-
ply).

4. Faça as medições de tensão nos terminais para determinação da tensão


Vd utilizando o multı́metro convencional.

5. Compare os valores calculados com os resultados das medições.

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16 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

Figura 4.3: Circuito em ponte

3. Questão para o relatório

1. As propriedades de divisão de corrente poderiam ser aplicadas para


as correntes I1 e I2 no circuito mostrado na figura 4.4? Explique.

Figura 4.4: Circuito da Questão para o relatório 1

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CAPÍTULO 5
LINEARIDADE E O PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO; EQUIVALENTE THEVENIN E A MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA 17

CAPÍTULO 5

Linearidade e o Princı́pio da Superposição;


Equivalente Thevenin e a Máxima Transferência
de Potência

1. Introdução

Em análise de circuitos, às vezes queremos apenas verificar o que ocorre


entre um par de terminais, para isso foram criados os equivalentes de
Thévenin e Norton. Um circuito equivalente de Thévenin eh formado pela
fonte de tensão de Thévenin do sistema e da sua resistência de Thévenin em
série. Para se obter o de Norton Basta realizar uma transformação de fonte
para encontrar uma fonte de corrente em paralelo com uma resistência.
Tal técnica também é importante em outra aplicação: na determinação da
máxima transferência de potência, pois através da resistência equivalente
de Thévenin podemos determinar qual carga deve ser ligada no circuito
para obter o máximo aproveitamento da energia. Visando também a fa-
cilitação na análise do circuito nessa prática também verificaremos uma
importante propriedade dos circuitos lineares que diz que: quando um sis-
tema é alimentado por mais de uma fonte independente, a resposta total é

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18 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

a soma das respostas individuais de cada fonte.

Objetivos
1. Investigar a propriedade da linearidade dos componentes de um cir-
cuito e verificar o Princı́pio da Superposição.

2. Verificar o teorema de Thevenin, obtendo o circuito equivalente (Tensão


de Thevenin e Resistência Equivalente de Thevenin).

3. Verificar o Teorema de Máxima Transferência de Potência.

2. Parte prática

Material necessário: Fontes de tensão contı́nua, multı́metro e resistores.

Parte A - Linearidade e o Principio da Superposição


1. Monte o circuito da figura 5.1. Meça, com o voltı́metro convencional,
o valor da tensão de saı́da Vout para cinco (5) valores da tensão de
entrada Vin : 2V, 4V, 5V, 8V e 10V. Construa uma tabela com todos
os valores medidos.

Figura 5.1: Circuito 1

2. Monte o circuito da figura 5.2, com uma fonte de tensão de 5V. Meça,
com o voltı́metro convencional, a tensão de saı́da Vout .

3. Monte o circuito da figura 5.3. Meça, com o voltı́metro convencional,


a tensão Vout para Vin = 2V, 4V, 5V, 8V e 10V.

4. Some os valores de Vout obtidos com o circuito da figura 5.1 com os


valores obtidos com o circuito da figura 5.2. Compare esta soma com
os valores medidos no circuito da figura figura 5.3.

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CAPÍTULO 5
LINEARIDADE E O PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO; EQUIVALENTE THEVENIN E A MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA 19

Figura 5.2: Circuito 2

Figura 5.3: Circuito 3

Parte B - Teorema de Thevenin


1. Monte o circuito da figura 5.4, utilizando os valores de resistores in-
dicados.

Figura 5.4: Circuito 4

2. Meça o valor da tensão VL utilizando o multı́metro convencional.


3. Determinação da tensão de Thevenin VTH :
Retire o resistor RL e meça a tensão de circuito aberto VOC (Figura
5.5).
4. Determinação do resistor de Thevenin RTH :
Retire a fonte de tensão VS , curto-circuite os terminais a ela ligados,
e meça a resistência equivalente vista entre os nós de interesse (Figura
5.6).
5. Monte o circuito equivalente de Thevenin (Figura 5.7) utilizando a
fonte de tensão ajustável, um resistor igual ao valor de RTH determi-
nado no item 5.8 e o mesmo valor de RL anterior.

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20 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

Figura 5.5: Circuito 5

Figura 5.6: Circuito 6

Figura 5.7: Circuito 7

6. Meça o valor da tensão em RL , utilizando o multı́metro convencional


e compare com o valor obtido no item 2. Analise os resultados.

Parte C - Máxima Transferência de Potência


1. Monte o circuito da figura 5.4, utilizando seis valores diferentes de RL
(utilize resistores iguais, maiores e menores que o valor RTH determi-
nado na parte B).Meça a potência dissipada em RL para cada resistor
utilizado.

2. Faça um gráfico da potência dissipada em função de RL .

3. Questões para o relatório

1. Linearidade e o Principio da Superposição

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CAPÍTULO 5
LINEARIDADE E O PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO; EQUIVALENTE THEVENIN E A MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE POTÊNCIA 21

(a) Determine analiticamente a tensão de saı́da Vout no circuito da


figura 5.3, aplicando o Princı́pio da Superposição.
(b) Faça um gráfico da tensão Vout em função da tensão Vin . In-
dique se a propriedade de linearidade se verifica neste circuito.
Explique.
(c) Calcule os erros percentuais em todos os casos. Compare os
valores medidos com os calculados. Explique as diferenças.

2. Teorema de Thevenin

(a) Determine analiticamente a tensão VL (Figura 5.4) e compare


os valores calculados com os valores correspondentes medidos no
laboratório. Analise as diferenças.

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CAPÍTULO 6
CIRCUITOS COM AMPLIFICADORES OPERACIONAIS - PARTE I 23

CAPÍTULO 6

Circuitos com Amplificadores Operacionais -


Parte I

1. Introdução

O comportamento dos terminais dos amplificadores operacionais é ca-


racterizado por restrições de tensão e corrente dados pelas limitações dos
componentes eletrônicos dos quais é formado.
Essas limitações produzem uma função de transferência muito peculiar
ao AmpOp. Podemos dividir sua função de transferência em três regiões:
a região linear, a saturação positiva e a saturação negativa.
Mais informações podem ser encontradas no capı́tulo 5 do livro texto
seções 1 e 2.

Objetivos
1. Obter uma visão geral do amplificador operacional e fazer uma análise
experimental de seu funcionamento básico.

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24 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

2. Parte prática

Material necessário: Fonte de tensão contı́nua, multı́metro, potencio-


metros, capacitor, LED e AmpOp 741 ou 071.

Parte A - Caracterı́stica de Transferência DC


Neste experimento, vamos observar a caracterı́stica de transferência de
tensão de um amplificador Operacional.
1. Monte o circuito da figura 6.1. A pinagem do circuito integrado a ser
utilizado encontra-se no final desta prática(Figura 6.5.

Figura 6.1: Circuito para determinação da carecterı́stica de Transferência


DC do Amplificador Operacional

2. Ajuste as tensões V1 = +2V e V2 = −2V. Variando o valor do


potenciômetro, varie a tensão de entrada VIN em intervalos de 200mV.
3. Anote todos os valores obtidos para os pares VOUT × VIN em uma
tabela, e trace um gráfico da curva de transferência de tensão do
dispositivo.
OBS.: os pontos da curva de transferência para VIN = 0 (e muito
próximos de zero) são de difı́cil obtenção. Determiná-los demanda maior
precisão de medição e variações muito pequenas da tensão de entrada, não
sendo objetivo deste experimento.

Parte B - O Amplificador Operacional como um Com-


parador
Neste experimento, vamos utilizar um Amplificador Operacional como um
comparador de tensão, e analisar o seu comportamento por meio de uma

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CAPÍTULO 6
CIRCUITOS COM AMPLIFICADORES OPERACIONAIS - PARTE I 25

indicação visual, utilizando um diodo emissor de luz (LED).

Figura 6.2: Circuito para acendimento do LED

1. Um LED é um diodo que, quando polarizado diretamente, emite luz.


Para evitar uma avalanche da corrente direta, um resistor é utilizado
para limitar esta corrente. LED’s verdes e vermelhos, comumente
utilizados em instrumentos sinalizadores, operam com VL = 1, 7V e
I = 5mA. Monte o circuito da figura 6.2 utilizando um LED, uma
tensão VS = 15V. Determine o valor do resistor mais adequado para
o funcionamento do LED.

Parte C - Funcionamento DC
1. Usando um divisor resistivo(Figura 6.3), produza uma fonte de re-
ferência, VREF , de 1 V, e use uma das fontes variáveis para a tensão
VIN . Meça o valor de VIN que faz com que o LED acenda.

Figura 6.3: Circuito para determinação do funcionamento DC do amplifi-


cador operacional

Parte D - Funcionamento AC
1. Substitua a fonte de tensão variável pelo gerador de sinais(Figura
6.4). Usando um sinal senoidal de 10 Hz, 1 V de pico, analise o sinal

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26 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

na saı́da com o osciloscópio e registre a forma de onda resultante.


Aumente o valor da tensão VIN para 2 V de pico. Desenhe a forma
de onda. Como se comportou o LED?

Figura 6.4: Circuito para determinação do funcionamento AC do amplifi-


cador operacional

3. Questões para o relatório

1. Considere o amplificador operacional real, modelo TL 071 ou 741.


Pesquise informações sobre o mesmo e preencha a tabela 6.1. Apre-
sente a equação da curva de transferência levando em conta o modelo
real.

Caracterı́sticas Valor Real Valor Ideal


Ganho de malha aberta
Corrente de Polarização
Impedância de Entrada
Impedância de Saı́da

Tabela 6.1: Tabela de Especificações do AmpOp

2. Desenhe a função de transferência DC do amplificador operacional


obtida na Parte A. Comente os resultados.

3. Proponha um procedimento para melhor caracterizar a curva de trans-


ferência DC entre as regiões de saturação positiva e negativa.

4. Compare a curva obtida com a de um amplificador operacional ideal.

4. Pinagem dos Amplificadores Operacionais 741 e 071

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CAPÍTULO 6
CIRCUITOS COM AMPLIFICADORES OPERACIONAIS - PARTE I 27

Figura 6.5: Pinagem dos Amplificadores Operacionais 741 e 071

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CAPÍTULO 7
CIRCUITOS COM AMPLIFICADORES OPERACIONAIS - PARTE II 29

CAPÍTULO 7

Circuitos com Amplificadores Operacionais -


Parte II

1. Introdução

Os amplificadores podem ser usados como operadores matemáticos en-


tre duas entradas, para isso devemos admitir seu funcionamento na região
linear. Entre os tipos básicos de circuitos com amplificadores operacionais
incluem-se: o amplificador inversor, o somador, o amplificador não-inversor,
o seguidor de tensão, o amplificador diferencial, o integrador, o diferenci-
ador, dentre outros. Nesta prática, serão estudados os circuitos inversor e
somador.
Quando opera como um circuito amplificador inversor (Figura 7.1) ve-
mos que a tensão de saı́da é dada pela equação abaixo:

Rf
vo = − vs (7.1)
Rs
onde a razão entre o resistor de realimentação e o resistor de entrada é
o fator de multiplicação, ou ganho, do amplificador.

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30 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

Quando opera como um circuito amplificador somador (Figura 7.2),


vemos que a tensão de saı́da é dada pela seguinte equação:
 
Rf Rf Rf
vo = − va + vb + vc (7.2)
Ra Rb Rc
onde o ganho de cada entrada é dado pela razão entre os resistores de
realimentação e de entrada. Um maior detalhamento sobre o assunto pode
ser visto no capitulo 5 do livro texto seções 3 e 4.

Objetivos
1. Utilização do amplificador operacional, na sua região de funciona-
mento linear, em algumas configurações básicas.

2. Parte prática

Material necessário: Circuito integrado 741 ou 071, plataforma El-


vis, gerador de sinais, osciloscópio, multı́metro, resistores, capacitor e po-
tenciômetro.

Parte 1 - Amplificador Inversor


1. Monte um amplificador inversor(figura 7.1) com ganho A = 10. Use
Rf = 1, 2kΩ e selecione R1 .

Figura 7.1: Amplificador Inversor

(a) Levante a função de transferência Vout ×Vin deste circuito, usando


o procedimento da aula anterior.
(b) Aplique uma onda senoidal de 1 kHz na entrada Vin . Esboce as
formas de onda Vin e Vout . Aplique diferentes amplitudes de Vin
e observe Vout .

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CAPÍTULO 7
CIRCUITOS COM AMPLIFICADORES OPERACIONAIS - PARTE II 31

(c) Aplique uma onda senoidal de 5 kHz, 10 kHz e 100kHz. Esboce


as ondas de Vin e Vout correspondentes.

Parte 2 - Amplificador Somador


1. Monte um amplificador inversor operando como somador figura 7.2.
Projete o ganho A1 = 10, para a entrada V1 , e A2 = 1, para a entrada
V2 .

Figura 7.2: Amplificador Somador Inversor

(a) Aplique uma senóide com 1 VPP e freqüência de 1 kHz na entrada


V1 , e ajuste o potenciômetro até obter um valor de V2 = 0V.
Desenhe as formas de onda de entrada e saı́da.
(b) Ajuste o potenciômetro até o limite da não saturação de Vout ,
para valores de Vin positivos e negativos. Quais são os valores
correspondentes de V2 ? Esboce as formas de onda.
(c) Ajuste o potenciômetro para o seu valor máximo e esboce as
formas de onda de entrada e saı́da resultantes

3. Questões para o relatório

1. O que aconteceu quando foram aplicados valores elevados de Vin na


Parte 1, letra B? Explique.
2. Explique os resultados obtidos na Parte 1, letra C.
3. Explique os resultados obtidos na Parte 2, letra C.

4. Pinagem dos Amplificadores Operacionais 741 e 071

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32 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

Figura 7.3: Pinagem dos Amplificadores Operacionais 741 e 071

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CAPÍTULO 8
TRANSITÓRIOS EM CIRCUITOS RC 33

CAPÍTULO 8

Transitórios em Circuitos RC

1. Introdução

Os capacitores diferentemente dos resistores não apresentam uma relação


linear entre a tensão e a corrente nos seus terminais, essa relação é dada
pela equação diferencial:

dv
i=C (8.1)
dt
.
Um circuito RC(formado por um resistor e um capacitor) quando ali-
mentado repentinamente por um fonta de tensão ou corrente cc apresentam
comportamento tı́pico, chamado de resposta ao degrau. Esse comporta-
mento pode ser obtido utilizando as Leis de Kirchoff para obter a equação
caracterı́stica do circuito da figura 8.1 - observe que esse circuito é um RC
paralelo - dada por:

dvC vC
C + = IS (8.2)
dt R

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34 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

Figura 8.1: Circuito RC paralelo

Resolvendo a equação acima para a tensão no capacitor temos:

vC = IS R + (V0 − IS R) e−t/τ , t≥0 (8.3)


O termo τ que aparece na equação acima leva o nome de constante de
tempo de um circuito RC e é dado pelo produto da capacitância pela re-
sistência equivalente vista dos terminais do capacitor. Deste modo: τ = RC
. A constante de tempo nos fornece uma idéia do tempo requerido para mu-
danças nas tensões e correntes do circuito RC. Nesta prática, aplicaremos
uma onda quadrada ao circuito RC série, para analisarmos sua resposta
transitória.
Um desenvolvimento mais detalhado do problema pode ser visto no
Capitulo 7, seção 7.3 - Resposta a um degrau de circuitos RL e RC - do
livro texto.

Objetivos
1. Estudo da resposta transitória de circuitos RC.

2. Parte prática

Material necessário: Plataforma Elvis: gerador de sinais e osciloscópio,


resistores e capacitores.

1. Monte um circuito RC série conforme a figura 8.2, utilizando R =


22kΩ e C = 100nF.

2. Aplique uma onda quadrada na entrada do circuito com amplitude


4VPP . Ajuste o osciloscópio de modo a visualizar as formas de onda
Vin e VC (t), simultaneamente. Esboce as formas de onda obtidas.

3. Repita o procedimento do item 2, ajustando o osciloscópio de modo a


visualizar, simultaneamente, as formas de onda de tensão e corrente
no capacitor. Esboce as formas de onda obtidas. Determine, a partir
das medições, a constante de tempo do circuito.

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CAPÍTULO 8
TRANSITÓRIOS EM CIRCUITOS RC 35

Figura 8.2: Circuito RC série

4. Variando a freqüência da onda de entrada conforme a equação f = 2t1p ,


onde tp corresponde à largura do pulso, observe a resposta do circuito
para três casos. Esboce as ondas Vin , VC (t) e I(t) correspondentes
para:

(a) tp = 5τ
(b) tp = 25τ
(c) tp = 0, 5τ

5. Repita o procedimento do item 4, utilizando R = 100kΩ.

3. Questões para o relatório

1. Compare os valores medidos com os valores calculados para as cons-


tantes de tempo. Comente os resultados.

2. Comente os resultados observados no item 4.

3. Discuta os efeitos da mudança de componentes no comportamento


das grandezas observadas.

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CAPÍTULO 9
TRANSITÓRIOS EM CIRCUITOS RL 37

CAPÍTULO 9

Transitórios em Circuitos RL

1. Introdução

A constante de tempo de um circuito RL é dada pela razão entre a


indutância e a resistência equivalente vista dos terminais do indutor. Deste
modo: τ = RL . Ela nos dá uma idéia do tempo requerido para mudanças
nas tensões e correntes do circuito RL. Nesta prática, aplicaremos uma onda
quadrada ao circuito RL série, para analisarmos sua resposta transitória.

Objetivos
1. Estudo da resposta transitória de circuitos RL.

2. Parte prática

Material necessário: Plataforma Elvis: gerador de sinais e osciloscópio,


resistores e indutores.

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38 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

1. Monte um circuito RL série conforme a figura 9.1, utilizando um dos


indutores disponibilizado pelo professor (valores variáveis entre 6mH
e 3H) e R = 470Ω.

Figura 9.1: Circuito RL série

(a) Meça a resistência do indutor com um multı́metro digital. Cal-


cule a constante de tempo do circuito.
(b) Aplique uma onda quadrada na entrada do circuito com ampli-
tude 4VPP . Ajuste o osciloscópio de modo a visualizar as formas
de onda Vin e IL (t), simultaneamente. Esboce as formas de onda
obtidas.
(c) Repita o procedimento do item B, ajustando o osciloscópio de
modo a visualizar, simultaneamente, as formas de onda de tensão
e corrente no indutor. Esboce as formas de onda obtidas. Deter-
mine, a partir das medições, a constante de tempo do circuito.
(d) Variando a freqüência da onda de entrada conforme a equação
f = 2t1p , onde tp corresponde à largura do pulso, observe a res-
posta do circuito para três casos. Esboce as ondas Vin , VL (t) e
IL (t) correspondentes para:
i. tp = 5τ
ii. tp = 25τ
iii. tp = 0, 5τ .
(e) Repita o procedimento do item D, utilizando R = 2kΩ.

3. Questões para o relatório

1. Compare os valores medidos com os valores calculados para as cons-


tantes de tempo. Comente os resultados.

2. Comente os resultados observados no item D.

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CAPÍTULO 9
TRANSITÓRIOS EM CIRCUITOS RL 39

3. Discuta os efeitos da mudança de componentes no comportamento


das grandezas observadas.

4. Comente sobre as semelhanças e diferenças entre circuitos RC e RL.

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CAPÍTULO 10
REGIME TRANSITÓRIO EM CIRCUITOS RLC 41

CAPÍTULO 10

Regime Transitório em Circuitos RLC

1. Introdução

O circuito RLC é um exemplo de circuito de segunda ordem, pois suas


correntes e tensões são descritas por uma equação diferencial de segunda
ordem, apresentando a seguinte forma:

d2 y(t) dy(t)
2
+ 2α + ω0 y(t) = 0 (10.1)
dt dt

onde:
y(t) = variável comum aos 3 elementos (corrente RLC-série e tensão
RLC-paralelo)

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42 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

1
ω0 = √ (frequência natural) (10.2)
LC
1
α= (RLC paralelo) ou (10.3)
2RC
R
α= (RLC série), e (10.4)
2L
q
ωd = ω02 − α2 (frequência angular amortecida). (10.5)

Tal equação leva à equação caracterı́stica:

s2 + 2αs + ω02 = 0, (10.6)


que tem por solução:
q
s = −α ± α2 − ω02 . (10.7)

Combinações de valores de ω0 (freqüência natural) e de α (freqüência


neperiana) geram soluções diferentes, o que implica em diferentes compor-
tamentos transitórios do circuito, a saber: subamortecido, superamortecido
ou criticamente amortecido.

Objetivos
1. Estudar a resposta transitória de circuitos RLC série e paralelo, ob-
servando o comportamento das correntes e tensões destes circuitos.

2. Parte prática

Parte 1
1. Monte o circuito RLC série conforme a figura 10.1, utilizando L =
1.41mH(3 × 470µH), C = 10nF e R variável (máximo de 10kΩ).
Aplique uma onda quadrada na entrada com amplitude de 1.0VPP
e frequência de 500 Hz.

(a) Varie R e registre as formas de onda Vo (t) e Io (t), para condições


de subamortecimento, superamortecimento e amortecimento crı́tico.
(b) Meça a freqüência de oscilação do circuito para a condição de
subamortecimento e calcule a freqüência de oscilação do circuito
(ωd ).

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CAPÍTULO 10
REGIME TRANSITÓRIO EM CIRCUITOS RLC 43

Figura 10.1: Circuito RLC série

(c) Ajuste R para que o circuito tenha amortecimento crı́tico e meça


o valor de R para esta condição.
(d) A partir da teoria, calcule o valor de R para a condição de amor-
tecimento crı́tico. Ajuste R para o valor calculado. Observe as
diferenças em relação ao item C.

Parte 2
1. Monte o circuito RLC paralelo conforme a figura 10.2 utilizando L =
1.41mH (3 × 470µH), C = 10nF, RIN = 10kΩ e R variável (máximo
de 10kΩ). Aplique uma onda quadrada na entrada com amplitude de
1.0 VPP e freqüência de 500 Hz.

Figura 10.2: Circuito RLC paralelo

(a) Repita os procedimentos realizados nos itens A, B, C e D da


parte 1.

3. Questões para o relatório

1. Discuta as semelhanças e diferenças observadas entre os dois circuitos


estudados.

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44 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

2. Discuta as diferenças observadas entre os parâmetros calculados e me-


didos. Aponte os fatores que influenciaram na precisão dos resultados.

3. Discuta o efeito da resistência no comportamento dos circuitos em


relação ao amortecimento.

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CAPÍTULO 11
CIRCUITOS RC E RL EM REGIME PERMANENTE 45

CAPÍTULO 11

Circuitos RC e RL em Regime Permanente

1. Introdução

Capacitores e indutores são componentes cujo comportamento, em re-


gime permanente senoidal, depende da freqüência. Aplicando-se uma tensão
senoidal a circuitos RL e RC, as correntes e tensões em seus terminais apre-
sentarão uma defasagem. A defasagem entre a tensão e a corrente no cir-
cuito será dada pela sua impedância. As impedâncias desses circuitos são
dadas por:
1
Circuito RL: Z = R + jωL Circuito RC: Z = R − j ωC

Objetivos
1. Observar o comportamento de circuitos RC e RL quando submetidos
a excitações senoidais de diferentes freqüências.

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46 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

2. Parte prática

Parte 1
1. Monte o circuito RC conforme a figura 11.1, utilizando R = 470Ω,
C = 100nF. Aplique uma onda senoidal com amplitude de 2.0 Vpp
nas seguintes freqüências: 1 kHz, 2 kHz, 5 kHz, 10 kHz, 15 kHz,
20kHz e 25 kHz.

Figura 11.1: Circuito RC série

(a) Registre as formas de onda Vin (t) e Ic (t), para as freqüências


aplicadas.
(b) Meça a amplitude da tensão (Vin ) e da corrente (Ic ) e a defa-
sagem de Vin em relação a Ic para cada freqüência aplicada. A
defasagem (em radianos) pode ser calculada da seguinte forma:
2π4t/T , onde 4t é a defasagem e T é o perı́odo (ambos em
segundos).

Parte 2
1. Monte o circuito RL conforme a figura 11.2, utilizando R = 10Ω,
L = 940µH (2 × 470µH). Aplique uma onda senoidal com amplitude
de 2.0 Vpp nas seguintes freqüências: 1 kHz, 2 kHz, 5 kHz, 10 kHz,
15 kHz, 20kHz e 25 kHz.

Figura 11.2: Circuito RL série

(a) Registre as formas de onda Vin (t) e IL (t), para as freqüências


aplicadas

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CAPÍTULO 11
CIRCUITOS RC E RL EM REGIME PERMANENTE 47

(b) Meça a amplitude da tensão (Vin ) e da corrente (IL ) e a defasa-


gem de Vin em relação a IL para cada freqüência aplicada.

3. Questões para o relatório

1. A partir dos valores medidos nos itens ”B”, construa curvas da va-
riação do módulo e da fase da impedância com a freqüência.

2. Discuta as semelhanças e diferenças observadas para a variação da


impedância (módulo e fase) com a frequência para os dois circuitos.

3. Comente as defasagens entre tensão e corrente observadas para os dois


circuitos.

4. A partir dos valores medidos nos itens ”B”, determine os valores do


capacitor C e do indutor L nos dois casos.

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CAPÍTULO 12
CIRCUITOS RLC EM REGIME PERMANENTE 49

CAPÍTULO 12

Circuitos RLC em Regime Permanente

1. Introdução

O comportamento das tensões e correntes nos circuitos RLC série e pa-


ralelo, em regime permanente senoidal, depende da impedância do circuito
que, por sua vez, depende da freqüência aplicada. Conforme a relação en-
tre R, XC e XL , o circuito apresentará comportamento resistivo-indutivo,
resistivo-capacitivo ou resistivo puro.

Zserie = R + j (XL − Xc ) (12.1)


 
1 1 1
Yparalelo = + j − (12.2)
R XL XC
1
onde: XC = ωC e XL = ωL.
A ressonância ocorre quando a tensão e corrente nestes circuitos estão
em fase. Para um circuito RLC série, isto ocorre quando a impedância
se torna puramente resistiva; e para um circuito RLC paralelo, quando
a admitância é puramente real. A freqüência para a qual este fenômeno

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50 GUIA DE AULAS PRÁTICAS DO LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1

ocorre é chamada de freqüência de ressonância:


1
ω0 = √ (12.3)
LC
Esta fórmula é válida para ambos os circuitos.

Objetivos
1. Observar o comportamento de circuitos RLC série e paralelo quando
submetidos a tensões senoidais de diferentes freqüências. Observar o
fenômeno de ressonância.

2. Parte prática

Parte 1
1. Monte o circuito RLC série conforme a figura 12.1, utilizando R =
56Ω, C = 200nF e L = 1.64mH. Aplique uma onda senoidal com
amplitude de 5.0 Vpp nas seguintes freqüências: 1 kHz, 2 kHz, 5 kHz,
10 kHz, 12 kHz, 15 kHz e 20 kHz.

Figura 12.1: Circuito RLC série

(a) Registre as formas de onda V(t) e I(t), para as freqüências apli-


cadas.
(b) Meça a amplitude de tensão e da corrente e a defasagem de V
em relação a I, para cada freqüência. A defasagem (em radianos)
pode ser calculada da seguinte forma: 2.π.4t/T , onde 4t é a
defasagem e T é o perı́odo (ambos em segundos).
(c) Ajuste a freqüência da fonte para a condição de ressonância.

Parte 2
1. Monte o circuito RLC paralelo conforme a figura 12.2, utilizando
Rin = 10kΩ, R = 56Ω, C = 200nF e L = 1.64mH. Aplique uma

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CAPÍTULO 12
CIRCUITOS RLC EM REGIME PERMANENTE 51

onda senoidal com amplitude de 5.0 Vpp nas seguintes freqüências: 1


kHz, 2 kHz, 5 kHz, 10 kHz, 12 kHz, 15 kHz e 20 kHz.

Figura 12.2: Circuito RLC série

(a) Repita os procedimentos dos itens A, B e C da parte 1.

3. Questões para o relatório

1. A partir dos valores medidos nas partes 1 e 2, construa curvas da


variação do módulo e da fase da impedância com a freqüência.

2. Discuta as semelhanças e diferenças observadas na variação da im-


pedância (módulo e fase) com a freqüência para os dois circuitos.

3. Compare o valor da freqüência de ressonância medida com o valor


teórico esperado.

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