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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS
CURSO DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE – RMSFC

RELATÓRIO DO XV SEMINÁRIO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE

TERESINA-PI
2010
1

JENNYESLE LIMA CASTRO


LARISSE KELLY PORTELA
LUCI SANTIAGO
ROSE BATISTA

SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

TERESINA-PI
2010
LISTA DE ABREVIATURAS
2

ASA: Ação Social Arquidiocesana


ECA: Estatuto da Criança e do Adolescente
ONU: Organização das Nações Unidas
SUS: Sistema Único de Saúde

SUMÁRIO
3

1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 04

2 SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE............................................. 08


2.1 ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES:
PRIORIDADES EM SAÚDE DA FAMÍLIA......................................................... 08
2.2 SEXUALIDADE NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA: MITOS,
DIREITOS E ESTRATÉGIAS DE PROTEÇÃO À
SAÚDE.............................................................................................................. 11
2.3 ESTRATÉGIAS DE VIOLÊNCIA, MARGINALIZAÇÃO E EXCLUSÃO
SOCIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES.................................................. 13
2.4 ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: IMPACTOS NA SAÚDE E QUALIDADE
DE VIDA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES................................................. 17

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 21

REFERÊNCIAS................................................................................................. 22
4

1 INTRODUÇÃO

Em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) se configurou


como um marco na construção das políticas voltadas para a infância e para a
adolescência ao corroborar a necessidade de atenção absoluta e de maneira
prioritária às crianças e aos adolescentes nas políticas de proteção e promoção e
ao destacar a participação democrática e o controle social como elementos
fundamentais dessas políticas.
No mesmo ano, o Encontro Mundial de Cúpula pela Criança, promovido
pela Organização das Nações Unidas (ONU), acordou um plano de ação com
metas para a infância e para a adolescência e que foram reafirmados 12 anos
mais tarde na Assembléia Geral das Nações Unidas sobre a Criança, assumindo
um novo conjunto de metas para melhorar as condições de vida das crianças e
dos adolescentes no mundo.
Por conseguinte as discussões da IV Conferência Nacional dos Direitos
da Criança e do Adolescente, sob a coordenação do Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente, também se direcionaram em estabelecer
uma agenda propositiva para o enfrentamento da violência. A agenda
compreende um conjunto de nove eixos e dez compromissos, por meio dos quais
se pretendeu orientar o desenvolvimento de políticas e planos de ação.
Paralelamente às ações institucionais, as
organizações da sociedade civil, atuavam em parceria do Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente e de outros Parceiros, incentivando e
cobrando do Governo a materialização dos compromissos em metas e
orçamentos, além de se organizarem em uma rede voltada para acompanhar o
cumprimento dos pactos assumidos. A Rede de Monitoramento Amiga da Criança,
exemplo desta organização civil, atua monitorando e apoiando o avanço da
situação da criança e do adolescente no Brasil, tendo como base os
compromissos assumidos no documento “Um Mundo para as Crianças” e no
Termo de Compromisso Presidente Amigo da Criança. Contudo entende-se que
para estruturar uma proposta de monitoramento dos compromissos firmados pelo
Governo, faz necessário reconhecer que o Brasil é grande; não apenas pela sua
extensão territorial, mas em função da grandiosidade dos desafios que precisam
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ser enfrentados. A iniqüidade é um deles. Como conseqüência, os programas e


políticas públicas para crianças e adolescentes, para se mostrarem efetivos,
precisam dar conta de metas da mesma ordem de grandeza. Mas o como uma
compensação da complexidade dos problemas associados ao seu porte, deve-se
reconhecer que o Brasil é rico na sua diversidade. Infelizmente, a diversidade e
todo seu potencial são muito pouco aproveitados na concepção de
desenvolvimento do país, direcionando-se em iniqüidades, muito mais que em
oportunidades.
O crescimento das iniqüidades é preocupante porque está claro que só
será possível alcançar as metas propostas quando os países conseguirem
produzir um ambiente de eqüidade, que tenha como principal fundamento a
valorização da diversidade, o que não ocorre no Brasil.
Segundo projeções realizadas pela Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico, a iniqüidade é um fator que restringe
significativamente o crescimento das nações, criando um círculo vicioso no qual a
mesma iniqüidade que explica o grau de pobreza de vários países do mundo
também é causa do pouco crescimento econômico desses países e, por
conseqüência, acaba causando maiores desigualdades e maior pobreza
(UNICEF, 2004).
Neste ponto que se encontra, provavelmente, o ponto de articulação entre
as metas previstas no Um Mundo melhor para as crianças e os Objetivos do
Milênio, especialmente naquele objetivo que propõe a erradicação da extrema
pobreza e da fome do mundo, principal desafio das Nações Unidas.
Essas considerações permitem duas grandes conclusões. A
primeira é que, dada sua magnitude e complexidade, essa tarefa não é apenas do
Estado brasileiro. É um desafio que precisa ser assumido por toda a sociedade,
tendo o Governo Federal como principal animador e articulador do processo. A
segunda é saber que o Brasil não conseguirá cumprir os compromissos firmados
perante a Assembléia Geral da ONU e o resto do mundo, se não construir um
país menos desigual e mais equânime, valorizando sua diversidade.
Um mundo adequado para as crianças e para os adolescentes, segundo
o documento “Um Mundo para as Crianças”, é aquele em que toda criança recebe
o melhor no início de sua vida e tem acesso à Educação Básica de qualidade. É
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aquele no qual toda criança tem amplas oportunidades para desenvolver suas
capacidades individuais em um ambiente acolhedor.
Mas para chegar a um mundo com essas características, é
essencial que todos os países incluam nas suas estratégias a redução das
iniqüidades, especialmente aquelas resultantes da discriminação racial, da
discriminação entre meninos e meninas, entre crianças urbanas e rurais ou entre
aqueles com e sem deficiências.
Assim para responder aos compromissos
internacionais presentes no documento “Um Mundo para as Crianças” e
objetivando a construção de um país mais adequado às necessidades e às
possibilidades de suas crianças, o Governo Federal apresentou à sociedade o
Plano Presidente Amigo da Criança e do Adolescente, estruturado em torno de
quatro grandes compromissos. Esses compromissos, por sua vez, se articulam
com os nove eixos propostos no Pacto pela Paz do Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente, criando uma agenda mais ampla descrita a
seguir:

✓ Promovendo vidas saudáveis


✓ Proteção contra os maus-tratos, a exploração e a violência
✓ Combatendo o HIV e a Aids
✓ Promoção de uma educação de qualidade
✓ Eixo saúde
✓ Eixo cultura, esporte e lazer
✓ Eixo assistência social
✓ Eixo proteção especial
✓ Eixo medidas socioeducativas
✓ Eixo Conselhos dos Direitos, Tutelares e fundos
✓ Eixo meios de comunicação
A Rede de Monitoramento Amiga da Criança também produziu
recomendações gerais que deveriam perpassar todas as políticas e ações
focadas na melhoria das condições de vida de crianças e adolescentes
brasileiros.
A primeira diz respeito a inclusão da família nos planos e políticas do
Governo. A Rede Amiga entende que para melhorar as condições de vida das
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crianças é necessário reduzir as causas familiares que representam a fonte dos


problemas evidenciados.
Uma segunda recomendação se direciona para o
aporte dos vários setores da sociedade brasileira, com intuito de levar em conta
as particularidades e especificidades de cada região na construção de políticas
voltadas a esse público.
O aumento da quantidade e qualidade das informações e bases de
dados sobre as políticas públicas governamentais disponibilizadas pelos vários
canais e comunicação do governo se apresenta como uma quarta recomendação.
A adoção de ações que combatam de frente as grandes iniqüidades
existentes no país se apresenta como a mais importante das recomendações
para o governo brasileiro

2 SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

2.1 ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES:


PRIORIDADES EM SAÚDE DA FAMÍLIA

Na organização da atenção à saúde do adolescente e do jovem devem


ser levados em consideração os seguintes aspectos: adequação dos serviços de
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saúde às necessidades específicas de adolescentes e jovens, respeitando as


características da atenção local vigente e os recursos humanos e materiais
disponíveis; respeito às características socioeconômicas e culturais da
comunidade, além do perfil epidemiológico da população local; participação ativa
dos adolescentes e jovens no planejamento, no desenvolvimento, na divulgação e
na avaliação das ações.
Princípios como a Ética, Privacidade, Confidencialidade e sigilo também
devem ser considerados para a atenção de crianças e adolescentes a fim de
contribuir para uma melhor relação cliente-profissional, favorecendo a descrição
das condições de vida, dos problemas e das dúvidas. Esses mesmos princípios
também ampliam a capacidade do profissional no encaminhamento das ações
necessárias e favorecem o vínculo.
A fim de elaborar o planejamento das atividades que serão desenvolvidas
pelo serviço de saúde, recomenda-se realizar um diagnóstico que considere as
características dos adolescentes e jovens que residem na área de atuação da
unidade de saúde, características das famílias, condições de vida, recursos
comunitários e esportivas; condições de atendimento nas unidades de saúde.
Os profissionais das diversas áreas devem interagir por meio de um
enfoque transdisciplinar, no entanto evitando-se visões fragmentadas. As
decisões devem ser compartilhadas em discussões conjuntas, resultando em uma
intervenção mais eficaz. Sempre que necessário, recomenda-se a interconsulta
ou a referência para outros profissionais/ serviços.
É recomendável que o profissional que atende adolescentes e jovens
adquira uma série de competências que permitam a realização adequada das
ações de promoção da saúde, prevenção de agravos, assistência e reabilitação. A
educação permanente deve visar, mais que um simples domínio de
conhecimentos e habilidades técnicas, à transformação da prática profissional e
da qualidade do serviço.
O espaço físico, destinado ao atendimento de adolescentes e
jovens, deve levar em conta a otimização e o aproveitamento da estrutura
existente em cada unidade, criando ou adaptando ambientes onde adolescentes e
jovens, de ambos os sexos, se sintam mais à vontade.
A captação deste público deve ser
realizada por meio de ações e atividades estratégicas desenvolvidas, tanto no
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interior das unidades de saúde quanto nas comunidades, de acordo com os


diferentes modelos de organização dos serviços de saúde e das distintas
realidades municipais. Envolve estratégias como a divulgação interna na unidade;
visitas domiciliares; divulgação na comunidade; parcerias institucionais. Neste
último caso podemos destacar a importância da escola como um espaço
privilegiado para a captação dos adolescentes e jovens porque agrega grande
parte dos adolescentes e jovens da comunidade; é um espaço de socialização,
formação e informação; onde eles passam a maior parte do seu tempo.
É importante ressaltar que existem grupos de adolescentes e jovens em
situações especiais de agravos, que devem ser priorizados na atenção à saúde.
Esses grupos não vêm sendo adequadamente atendidos por despreparo dos
serviços de saúde para o acolhimento dessa clientela. Isso implica no
desenvolvimento de estratégias diferenciadas como a criação de mecanismos de
integração com as instituições que lidam com esses grupos.
Neste sentido torna-se importante estabelecer um acolhimento nas UBS
para o referido público, onde todos os funcionários da unidade devem se envolver
nesse processo. Isso implica a humanização das relações entre equipes de saúde
e usuários, de forma que todos os adolescentes e jovens que procuram o serviço
de saúde sejam ouvidos com atenção, recebam informação, atendimento e
encaminhamento adequados.
A recepção na unidade de saúde configura-se como uma oportunidade de
formação de vínculo com o serviço. Para que se estabeleça um clima de
confiança e de compromisso, torna-se fundamental a adoção de atitudes
acolhedoras, cordiais e compreensivas, visando a proporcionar segurança e
tranqüilidade, bem como autonomia nos cuidados com a saúde.
Considera-se importante o estabelecimento de fluxogramas que
permitam representar de forma clara os serviços de saúde. Isso contribui como
instrumento de visualização do cotidiano, tanto como elemento facilitador da
movimentação do adolescente/jovem nas unidades de saúde quanto para a
própria equipe, sendo útil para avaliar diversas situações e auxiliar no
planejamento e na execução das atividades. Sugere-se que cada unidade defina
o seu fluxograma de acordo com as instalações físicas, com os recursos humanos
existentes e com os serviços oferecidos. É fundamental que o fluxograma
favoreça o atendimento a essa clientela.
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A unidade de saúde desenvolve diferentes ações que atenderão às


necessidades locais e às especificidades da atenção integral a adolescentes e
jovens de ambos os sexos. Poderá constar visita domiciliar; atendimento
individual; atividades em grupo para adolescentes, jovens e familiares; ações
educativas e de promoção da saúde; participação juvenil; atividades intersetoriais.
A programação do serviço de saúde deve prever um sistema de referência
e contra-referência que assegure acesso universal e oportuno, em termos de
atenção, que corresponda ao problema identificado. Quando o cliente for referido
para outro setor da mesma unidade, é interessante que a própria equipe que está
realizando o primeiro atendimento facilite o agendamento, de modo que o
adolescente não se sinta fragmentado nessa atenção. O sistema de referência e
contra-referência deve contemplar também o encaminhamento para instituições
que não são da área de saúde, como escolas, cursos profissionalizantes,
atividades esportivas, culturais, dentre outros.

2.2 SEXUALIDADE NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA: MITOS, DIREITOS E


ESTRATÉGIAS DE PROTEÇÃO À SAÚDE

A sexualidade é uma dimensão


fundamental de todas as etapas da vida de homens e mulheres, envolvendo
práticas e desejos relacionados à satisfação, à afetividade, ao prazer, aos
sentimentos, ao exercício da liberdade e à saúde. A sexualidade humana é uma
construção histórica, cultural e social, e se transforma conforme mudam as
relações sociais. No entanto, em nossa sociedade, foi histórica e culturalmente
limitada em suas possibilidades de vivência, devido a tabus, mitos, preconceitos,
interdições e relações de poder (BRASIL, 2006).
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Para adolescentes e jovens, esta dimensão se traduz em um campo de


descobertas, experimentações e vivência da liberdade, como também de
construção de capacidade para a tomada de decisões, de escolha, de
responsabilidades e de afirmação de identidades, tanto pessoais como políticas. A
sexualidade se destaca como campo em que a busca por autonomia de projetos e
práticas é exercida de forma singular e com urgência próprias da juventude
(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A
CULTURA, 2003).
A promoção dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos envolve a
promoção do bem-estar de adolescentes e jovens, o estímulo à educação,
inclusive como condição para a saúde sexual e reprodutiva; o envolvimento de
jovens no planejamento, na implementação e na avaliação das atividades que a
eles se destinam, com destaque para a educação, a saúde sexual e a saúde
reprodutiva.
Nesse contexto, destaca-se a “problemática” da gravidez na
adolescência, considerada quase sempre como um fator desestruturador da vida
de adolescentes, bem como elemento de reprodução do ciclo de pobreza, ao
“impor” obstáculos à continuidade dos estudos e ao acesso ao mercado de
trabalho.
Com efeito, em muitos casos, a gravidez na adolescência está
relacionada com a situação de vulnerabilidade social, bem como com a falta de
informação e acesso aos serviços de saúde, e ao baixo status de adolescentes
mulheres nas relações sociais vigentes, sobretudo das pobres e negras. Alguns
estudos têm explorado a relação entre gravidez na faixa etária de 10 a 14 anos e
a ocorrência de violência sexual, hipótese que não tem sido contestada. Ao
mesmo tempo, nesta faixa etária, a gravidez pode ainda estar relacionada com o
desejo de se tornar mãe e de constituir família (CAVASIN, 2004).
Contudo, encarar a sexualidade e reprodução de maneira positiva e como
dimensão de saúde potencializa a auto-estima e fortalece adolescentes e jovens
enquanto sujeitos sociais. Alguns importantes passos têm sido dados. No último
censo demográfico, por exemplo, já se passa a considerar a faixa etária de 10 a
14 anos como idade reprodutiva, o que tem resultado em ganhos de informações
importantes para a formulação de políticas públicas (BRASIL, 2006).
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Outro aspecto bastante relevante diz respeito aos direitos sexuais e


reprodutivos de adolescentes e jovens. Tais direitos não são previstos no ECA,
contudo, este traz em seu conteúdo mecanismos para que os mesmos sejam
assegurados na assistência à saúde:
 O reconhecimento de adolescentes como sujeitos de direitos implica na
garantia da privacidade, na preservação do sigilo e no consentimento
informado como direitos invioláveis na assistência à saúde;
 A garantia do direito ao respeito, como inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral destes sujeitos, e preservação da imagem, identidade,
autonomia, dos valores, das idéias e crenças, da opinião e expressão, dos
espaços e objetos pessoais;
 A afirmação da natureza tutelar do direito à saúde, isto é, sua definição
como um direito cuja garantia exclui qualquer outra norma que prejudique o
bem tutelado, neste caso, a saúde. Isto implica na inviolabilidade da
prestação de qualquer atendimento em saúde necessário, mesmo diante
da ausência de familiar ou responsável legal.
Desse modo, além da preservação dos direitos sexuais e reprodutivos,
tem-se ainda a garantia da assistência à saúde nos casos de violência doméstica
e sexual.
A violência sexual contra crianças e adolescentes é fenômeno de
complexos condicionantes/afetações multidimensionais; tem raízes culturais,
sócio-econômicas, étnicas e históricas; o que dificulta seu enfrentamento
(RELATÓRIO DA REGIÃO NORDESTE I, 2008). Ressalta-se nesse mesmo
relatório a articulação de alguns setores, no estado do Piauí, para atuar na
prevenção desse tipo de violência, a saber:
 A Ação Social Arquidiocesana (ASA) presta assistência específica para
crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, através do Projeto
Girassol. Destarte, em sua atuação, o conjunto de informações
acumuladas permitiu indicar dimensões estratégicas pertinentes para
consolidar Planos Municipais em 77 municípios; além de se tornarem
referência para análise de resultados operacionais do Plano Estadual de
Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes;
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 A Comissão 18 de Maio conduzida pelo Ponto Focal para enfrentamento à


violência sexual contra crianças e adolescentes, atualmente sob
responsabilidade da Casa de Zabelê, promove discussão sistemática
intersetorial, continuada, mobilizando atores e instâncias para sensibilizar,
fomentar, exigir e efetivar ações protetivas contra situações de
vulnerabilidades associadas ao fenômeno;
 A Coordenadoria Estadual de Direitos Humanos e da Juventude, na
mesma perspectiva, possui entre suas prioridades para 2008, estruturar no
Piauí rede intersetorial de assistência a vítimas de violência. Dentre estas,
focaliza prioritariamente a violência sexual contra crianças e adolescentes.
Nessa contextualização, cabe assegurar os direitos de crianças,
adolescentes e jovens, através da implementação de ações intersetoriais,
produção de conhecimento e criação de programas de protagonismo juvenil,
promovendo saúde, prevenindo violências e possibilitando a ampliação do
cuidado.

2.3 ESTRATÉGIAS DE VIOLÊNCIA, MARGINALIZAÇÃO E EXCLUSÃO SOCIAL


DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Crianças e adolescentes são sujeitos de diretos. Estes estão garantidos no


ordenamento jurídico brasileiro e, às vezes, são ameaçados pela violência
difundida na cultura social, afetando especialmente crianças, adolescentes e suas
famílias. Estão certificados na Declaração Universal dos Direitos Humanos de
1948, na Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Resolução 44/25
da Assembléia Geral da ONU e no ECA (Lei nº 8.069/1990), bem como em
políticas setoriais do Governo referentes à área de saúde.
A violência pode gerar problemas sociais, emocionais, psicológicos e
cognitivos durante toda a vida, podendo apresentar também comportamentos
prejudiciais à saúde. Resulta em altos custos econômicos e sociais para a
sociedade e tem profundos efeitos emocionais nas famílias, devido ao impacto na
saúde, na qualidade de vida e nos anos potenciais de vida perdidos.
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Em geral, se manifesta por meio do abuso de substâncias psicoativas, do


álcool e outras drogas e da iniciação precoce à atividade sexual, tornando-os
mais vulneráveis à gravidez, à exploração sexual e à prostituição. As causas
externas (acidentes e violências) foram responsáveis, no Brasil, por 124.935
óbitos em 2006, representando 13,7% do total de óbitos por causas definidas. É a
terceira maior causa de mortalidade na população geral. Apresenta-se como a
primeira causa de morte entre os adolescentes e crianças a partir de um ano de
idade.
O tipo mais freqüente de maus-tratos contra a criança ou adolescente é a
violência doméstica, que ocorre na maioria das vezes dentro dos lares ou no
convívio familiar. Esta se distingue da violência intrafamiliar por incluir outros
membros do grupo, sem função parental, que convivam no espaço doméstico.
Incluem-se aí empregados (as), pessoas que convivem esporadicamente,
agregados. Costuma prolongar-se por muito tempo, uma vez que a família,
considerada o agente protetor da criança, tende a acobertar ou silenciar o ato de
violência, seja pela cumplicidade dos adultos e /ou pelo medo que as vítimas têm
de denunciar o abusador.
Nas estimativas encontradas na literatura internacional, 80% dos
abusadores têm idade em torno de 40 anos, e 70% são homens. Crianças que
vivem com apenas um dos pais têm cerca de 80% a mais de riscos de sofrerem
maus-tratos e 2,2 vezes mais chances de terem sua educação negligenciada.
A violência intrafamiliar é toda ação ou omissão que prejudique o bem-
estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno
desenvolvimento de outro membro da família. Pode ser cometida dentro ou fora
de casa por algum membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir
função parental, ainda que sem laços de consangüinidade, e em relação de poder
à outra. O conceito de violência intrafamiliar não se refere apenas ao espaço
físico onde a violência ocorre, mas também as relações em que se constrói e
efetua.
Os problemas de saúde mental e social relacionados com a violência em
crianças e adolescentes podem gerar conseqüências como ansiedade,
transtornos depressivos, alucinações, baixo desempenho na escola e nas tarefas
de casa, alterações de memória, comportamento agressivo, violento e até
tentativas de suicídio.
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A exposição precoce de crianças e adolescentes à violência pode estar


relacionada com o comprometimento do desenvolvimento físico e mental, além de
enfermidades em etapas posteriores da vida, como as doenças sexualmente
transmissíveis, a AIDS, o aborto espontâneo e outros.
As políticas de saúde para reverter esse problema de saúde pública são
pactuadas nas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS),
seguindo os princípios da universalidade, equidade e preservação da autonomia
das pessoas na defesa de sua integridade física e moral.
O papel dos estados, municípios e distrito federal para o enfrentamento da
violência envolve:
• Organização da rede de atenção integral às vítimas de violências, garantindo o
acesso aos serviços de saúde básicos e especializados para crianças e
adolescentes.
• Qualificação dos serviços para o acolhimento e atendimento de crianças e
adolescentes vítimas de violências, com uma equipe multiprofissional e
abordagem humanizada em prol da redução de danos.
• Notificação dos casos de violência, garantindo o sigilo e a orientação à vítima e
à família com relação aos direitos de crianças e adolescentes.
• Acompanhamento das vítimas e das famílias com visitas sistemáticas de
profissionais de saúde para identificar as situações de violência (maus tratos,
negligência, exploração sexual, abuso sexual, trabalho infantil, entre outros) ou de
violência repetida.
• Encaminhamento para as redes intersetoriais e sociais dos casos que
necessitam de atendimento específico ou acompanhamento.
Os dados atualmente disponíveis no Brasil e exterior indicam que a
violência contra crianças e adolescentes é um importante problema de saúde.
Assim, profissionais que atuam na área devem estar preparados para identificar e
atuar adequadamente sobre casos onde há suspeita de maus-tratos. A
identificação e ação efetiva destes profissionais é um dos fatores que pode
contribuir de forma significativa para a redução do problema. Entretanto, para que
isso possa ocorrer estes profissionais necessitam conhecimentos básicos para
reconhecer e diagnosticar maus-tratos, conhecimentos sobre aspectos legais
como a obrigatoriedade da notificação, sobre políticas públicas de saúde
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adotadas no país e municípios, dados epidemiológicos, fatores de risco e


conseqüências do problema.
A rede de serviços do SUS constitui-se num espaço privilegiado para a
identificação, acolhimento, atendimento, notificação, cuidados e proteção de
crianças e adolescentes em situação de violência, bem como para a orientação as
famílias, independente de raça/etnia, sexo, diversidade cultural e religiosa, e
orientação sexual, dando igual tratamento às pessoas com deficiências, dentre
outras peculiaridades.
A notificação deve ser compreendida como um instrumento de garantia de
direitos e de proteção social de crianças e adolescentes, permitindo aos
profissionais de saúde, educação, assistência social, assim como os conselhos
tutelares e a justiça adotarem medidas imediatas para cessar a violência.
Os principais tipos de maus-tratos passíveis de notificação incluem
negligência ou abandono, sevícias ou abuso físico, Síndrome de Munchausen por
procuração, Síndrome do Bebê Sacudido, abuso sexual e abuso psicológico.
Uma política de prevenção, mesmo no nível local, deve estar voltada para
dar visibilidade ao problema, desconstruindo o conceito de que a violência é algo
que faz parte da natureza, reforçando o conceito de que a violência é cultural e
por isso pode ser eliminada da convivência social. Isto envolve, em primeiro lugar,
os formadores de opinião, os profissionais dos meios de comunicação, os
legisladores, os gestores públicos e demais promotores e executores de políticas
públicas, buscando criar uma consciência do conteúdo das políticas e
informações dirigidas à comunidade e da necessidade de mudanças.
A política de prevenção deve atingir, sensibilizando e capacitando, todos os
atores que tenham contato com pessoas vítimas de violência nas diferentes
etapas do processo. Isto inclui os profissionais de saúde, os agentes policiais,
membros do Poder Judiciário, psicólogos e assistentes sociais.
As ações de prevenção devem evitar que a violência intrafamiliar se
perpetue de geração em geração, buscando romper sua continuidade naqueles
casais ou famílias que tenham iniciado o seu ciclo. Também promover alternativas
de organização social e familiar que incorporem a igualdade de seus membros,
fortalecendo a autonomia e auto-estima.
Para alcançar este objetivo é necessário criar e fortalecer espaços de
atenção às vítimas de violência, com equipes multidisciplinares que prestem
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atendimento clínico ás lesões físicas, assistência psicológica individual e familiar,


e também assistência social e legal.
É fundamental instituir e multiplicar redes de apoio, estimular que se
constituam grupos de auto-ajuda onde as vítimas de violência recuperem, através
de sua própria história, sua auto-estima e confiança, sendo capazes de
reconhecer seus próprios recursos para superar o problema. Isto significa
introduzir uma cultura de autocuidado.

2.4 ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: IMPACTOS NA SAÚDE E QUALIDADE DE


VIDA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A ausência de cuidados que atingem, de forma histórica e contínua,


aqueles que sofrem de exclusão desigual pelos serviços de saúde, aponta para a
necessidade da reversão de modelos assistenciais que não contemplem as reais
necessidades de uma população, o que implica em disposição para atender
igualmente ao direito de cada cidadão. Tal lógica também deve ser contemplada
pelo planejamento de ações voltadas para a atenção integral as pessoas que
consomem álcool e outras drogas Historicamente, a questão do uso abusivo e/ou
dependência de álcool e outras drogas tem sido abordada por uma ótica
predominantemente psiquiátrica ou médica (BRASIL, 2003).
As implicações sociais, psicológicas, econômicas e políticas são evidentes,
e devem ser consideradas na compreensão global do problema. Cabe ainda
destacar que o tema vem sendo associado à criminalidade e práticas antisociais e
à oferta de “tratamentos” inspirados em modelos de exclusão/separação dos
usuários do convívio social (BRASIL, 2003).
O uso do álcool é cultural, sendo permitido em quase todas as sociedades
do mundo. Informações sobre “saber beber com responsabilidade e as
conseqüências do uso inadequado de álcool”, ainda são insuficientes e não
contemplam a população de maior risco para o consumo, que são os
adolescentes e os adultos jovens.
Além disso, o primeiro contato com a droga ocorre, geralmente, na
adolescência, etapa do ciclo evolutivo marcada por múltiplas e profundas
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mudanças no plano físico e psíquico, que tornam o adolescente mais vulnerável


do ponto de vista psicológico e social. Entretanto, apesar dos adolescentes serem
encarados como grupo de risco, no que diz respeito ao uso de substâncias
psicoativas, os fatores que podem levá-los a utilizar drogas são variados. Os
principais deles estão relacionados às características individuais e sociais,
incluindo, nessa última categoria, a coletividade, a família e o grupo de pares
(PRATTA; SANTOS, 2007).
Fatores de risco e de proteção podem ser identificados em todos os
domínios da vida adolescente: nos próprios indivíduos, em suas famílias, em seus
pares, em suas escolas e nas comunidades, e em qualquer outro nível de
convivência sócio-ambiental; é importante notar que tais fatores de risco não
ocorrem de forma estanque, havendo entre eles considerável transversalidade e
conseqüente variabilidade de influência. Ainda assim, a vulnerabilidade é maior
em indivíduos que estão insatisfeitos com a sua qualidade de vida, possuem
saúde deficiente, não detêm informações minimamente adequadas sobre a
questão de álcool e drogas, possuem fácil acesso às substâncias, e possuem
integração comunitária deficiente (MACÊDO, 2007).
Existe uma tendência mundial que aponta para o uso cada vez mais
precoce de substâncias psicoativas, incluindo o álcool, sendo que tal uso também
ocorre de forma cada vez mais pesada. No Brasil, estudo realizado pelo CEBRID
– Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicoativas sobre o uso indevido
de drogas por estudantes dos antigos 1º e 2º graus em 10 capitais brasileiras
revelou percentual altíssimo de adolescentes que já haviam feito uso de álcool na
vida: 74,1%. Quanto a uso freqüente, e para a mesma amostra, chegamos a
14,7%. Ficou constatado que 19,5% dos estudantes faltaram à escola, após
beber, e que 11,5% brigaram, sob o efeito do álcool (BRASIL, 2003).
Estudos como este encontram dificuldades para a sua replicação em
ambientes escolares de natureza privada, o que se justifica por diversas razões;
dentre elas, destacamos o temor (por parte de diretores e donos de escolas) de
que, mediante divulgação indevida dos dados obtidos, estes estabelecimentos de
ensino fiquem de alguma forma estigmatizados como locais nos quais haveria
uma suposta facilitação ao uso de substâncias psicoativas, o que supostamente
teria impacto indesejado sobre a credibilidade da escola como local de formação
pessoal (MACÊDO, 2007).
19

Como conseqüências, temos altos índices de abandono escolar, bem como


o rompimento de outros laços sociais que reforçam a percepção pública deste uso
como próximo ao crime, faltando a compreensão do fenômeno como reflexo de
questões multifatoriais. Observa-se também o aumento no uso de ansiolíticos,
anfetaminas e cocaína. Comparando-se o aumento do consumo destas
substâncias ao longo dos quatro levantamentos, na categoria de uso "seis vezes
ou mais no mês", observou-se aumento no consumo de 100% para os
ansiolíticos; 150% para as anfetaminas; 325% para a maconha e 700% para a
cocaína (BRASIL, 2003).
As relações entre o uso do álcool, outras drogas e os eventos acidentais ou
situações de violência, evidenciam o aumento na gravidade das lesões e a
diminuição dos anos potenciais de vida da população, expondo as pessoas a
comportamentos de risco. Os acidentes e violências ocupam a 2ª causa de
mortalidade geral, sendo a primeira causa de óbitos entre pessoas de 10 a 49
anos de idade. Esse perfil se mantém nas séries históricas do Sistema de
Mortalidade do Ministério da Saúde, nos últimos oito anos (BRASIL, 2003).
Ao considerarmos crianças e adolescentes em situação de rua, vemos um
agravamento da situação acima descrita, no tocante às substâncias psicoativas
em, sendo apresentados percentuais altíssimos de uso na vida, em todas as
capitais pesquisadas, também de forma cada vez mais precoce e pesada.
Os fatores de risco para o uso indevido de álcool são características ou
atributos de um indivíduo, grupo ou ambiente de convívio social, que contribuem
para aumentar a probabilidade da ocorrência deste uso. Em uma leitura primária,
se as manifestações do uso indevido de álcool por adolescentes encontram seu
lugar na comunidade, é neste ambiente comunitário que terão lugar as práticas
terapêuticas, preventivas e educativas de maior impacto sobre os chamados
fatores de risco para este uso indevido.
O uso abusivo de substâncias psicoativas configura um desafio à premente
organização de dispositivos de cuidados voltados especificamente para esta
clientela, cada vez mais exposta à crescente disponibilidade de substâncias lícitas
e ilícitas. O uso indevido de substâncias psicoativas tomou proporção de grave
problema de saúde pública no país; esta constatação também se reflete nos
demais segmentos da sociedade pela relação comprovada de tal uso com os
agravos sociais dele decorrentes (MACÊDO, 2007).
20

Qualquer sociedade deve assumir o compromisso ético de cuidar de suas


crianças e adolescentes, o que deveria encontrar equivalência no aumento na
atenção voltada para esta faixa etária específica; não devemos esquecer que o
descaso do presente poderá incorrer em um custo futuro pesado para toda a
sociedade.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Seminário através da discussão dos textos propostos possibilitou uma


aproximação teórica com as questões práticas advindas dos territórios de atuação
da Residência sobre a saúde da criança e do adolescente, bem como o cuidado a
ser implementado, considerando os direitos assegurados pelo ECA, a articulação
intersetorial entre os serviços de saúde e outras políticas sociais.
A partir do que foi estudado, entende-se como grande desafio
para uma política nacional de atenção integral à saúde de adolescentes e jovens
justamente implementar ações de saúde que atendam às especificidades desta
população, de modo integral, respondendo às demandas colocadas pelas
condições decorrentes das distintas situações de vida dos adolescentes e jovens
do País. Estas ações devem considerar as desigualdades de gênero, baseadas
na raça/cor, na orientação sexual e na classe social, e contribuir para a sua
superação. É preciso considerar, também, as diferenças culturais e as
21

desigualdades socioeconômicas entre as diferentes regiões do país e seu impacto


na situação de saúde e na organização das ações.
Reorganizar serviços em uma perspectiva de acolhimento das demandas
específicas desta população, e de forma que o acesso às ações, aos serviços e
aos insumos de saúde seja garantido sem as limitações atualmente impostas,
requer uma reflexão sobre o papel dos diversos atores envolvidos no atendimento
desta população no setor Saúde e nos demais setores que desenvolvem políticas
de atenção à juventude.

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DST/Aids. A Política do Ministério da Saúde para atenção integral a usuários
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