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O Novo nascimento e PAIXÃO PELA UNIDADE

Intro.
Noé Stanley Gonçalves disse no estudo que foi proferido em
Geração 79, que há mais de 120 figuras diferentes para descrever a
Igreja. A maioria apontam para a centralidade da unidade que deve
caraterizar a Igreja.
David Barrett (Encyclopedia of Christianity) há 30,000
denominações no mundo. Uma ou mais novas iniciadas cada dia.
Mostra como é fragilizada e rachada a Igreja no mundo.
Pr. Estêvam de J. Pessoa, “O universo protestante é formado
de imensa diversidade organizacional, teológica, litúrgica e também
política, possibilitando, assim a qualquer dissidente, a organização
de uma nova igreja, sem abandonar a identidade evangélica original”
(Conversão ou Adesão, 2004, p. 25).
Que motivação existe para formar tantas diferentes
denominações e organizações. Cranfield disse, “O crente (ou igreja)
independente que deseja ser um crente verdadeiro, mas se
considera espiritualmente superior para unir-se à Igreja aqui na terra,
em alguma das suas formas visíveis é simplesmente, uma
contradição de termos”. O NT apresenta um quadro claro de uma
igreja. Queremos apresentar uma discussão da razão dessa unidade
e as implicações.

I. A Visão de Cristo
Depois que Pedro confessou que Jesus era o Cristo, o Filho de
Deus vivo, Jesus anunciou que edificaria a sua igreja. O fato
que não usou o plural mostra que a Igreja que Jesus tinha em
mente era uma realidade universal, que transporia tempo e
espaço.

Pedro, baseado em sua visão da igreja como templo, disse que


na medida que se aproximam dele, a pedra viva, os crentes
são utilizados como pedras vivas para construir uma casa
espiritual. (1 Pe 2.4,5).

A lição fica clara, uma pedra separada de Cristo e dos


seus irmãos fica só. É de pouco valor um tijolo. Seu valor está
no uso, inclusão no edifício. Para um tijolo orgulhar de sua

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individualidade não faz sentido. A razão de sua existênsia é
justamente para ser incluido na construção espiritual e
contribuir sua parte ao todo, sustentando o peso que repousa
sobre ele. Cada crente encontrará sua razão de ser em Cristo
e em sua integração na igreja para servir seus irmãos.

II. A Unidade da Igreja: fato bíblico revelado


1. Por decisão divina, a igreja é una. Porisso Paulo exorta,
“Façam todo esforço para conservar a unidade do espírito pelo
vinculo da paz.”

2. Pela sua origem. Os que recebem o Senhor Jesus Cristo e se


tornam “filhos de Deus” não nasceram somente de pais humanos
mas de Deus – Jo 1.12. Jesus indagou quando sua mãe e irmáos
vieram buscá-lo, quem eram seus irmãos e mãe, declarou que de
fato seus irmáos são todos os que fazem a vontade do Pai.

3. É pedido de Jesus que seja um. Na oração sacerdotal de Jesus,


ele pediu pela unidade da Igreja segundo o modelo da Trindade (Jo
17.21-23). O Bispo B.F. Westcott argumenta em seu comentário
sobre o Evangelho de João que a unidade entre o Filho e o Pai é
essencial. Argumenta que a unidade entre irmãos na Igreja também
seja essencial da mesma maneira.
Mas a unidade entre os membros da Trindade é única. Entre os
membros da Igreja é de propósito e vontade, de interrelacionamento
e fé.

4. Pela habitação do Espírito Santo – “Pois em um só corpo todos


nós fomos batizados em um único Espírito, quer judeus, quer gregos,
quer escravos quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único
Espírito” (1 Co 12.13).
“Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele” (1 Co
6.17) quer dizer que formam um corpo com ele. Compara a maneira
que os membros de um corpo que partilham do mesmo espírito
humano. Hebreus usa a palavra metachoi “participantes” de Cristo
(3.1, 14). A koinonia (participação em comum) descreve a maneira
que crentes devem expressar sua unidade.

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5. A Igreja, por ser Corpo de Cristo, quando dividido divide a
Cristo. “Acaso Cristo está dividido?” pergunta Paulo quando ouviu
das divisões que assolaram a Igreja de Corínto.

III. A Expressão e Vivência da Unidade da Igreja

A. A Igreja é o Povo de Deus que vive no encontro das duas


eras – como o encontra das águas do Rio Solimões com o
Rio Negro perto de Manaus, a Igreja vive na época antes ou
pre-messianica (período de pragas, sofrimento, perseguição
e opressão que antecede a vinda do Messias) bem com
depois, já que Cristo veio, morreu e ressuscitou. Neste
sentido que o NT afirma que os que estão em Cristo
participam nos poderes do mundo vindouro (Hb 6.5).
Somos beneficiados com todas as bênçãos espriituais em
Cristo no lugares celestiais. (Ef 1.3).
B. Dr. Peter O’Brien, do Moore College, Sydney, A Igreja vive
em tensão como uma comunidade escatológica que morreu
com Cristo e ressuscitou e foi exaltado com Ele, mas ao
mesmo tempo vive num mundo de pecado e sofrimento.

C. A tradução da palavra Qahal (Heb.) para ekklesia (grego),


mostra que esta palavra descrevia uma reunião. Era a
congregação, (Dt 4.10 ao pé do Mte. Horebe) e que se
reunia três vezes ao ano Jersualem para ouvir a Palavra de
Deus.
No periodo do NT o termo ekklesia significava assembleia ou
reunião de pessoas e não uma organização ou “sociedade”.
Não tinha nenhum significado intrínsico religioso (veja a
reunião dos efésios para decidir o que fazer com Paulo e os
cristãos que destruiam o bem-estar econômico da cidade de
Éfeso (At 19.32,39,40).

IV. A Igreja no NT.


A. Assembleia local de cristãos – 1 Ts 1.1 – “A igreja dos
tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo”.
B. Ekklesia refere no seu sentido primário em muitos textos
dos crentes reunidos para cultuar – cf. 1 Co 11-14 onde

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encontramos expressões “Quando vocês se reunem ‘em’
igreja” ou 14.35 “é vergonhosa uma mulher falar na igreja”
i.e. reunião.
C. A igreja pertence a Deus, de acordo com 1 Co 1.1; 2 Co 1.1;
Rm 16.16, a igreja é descrita como uma entidade que
pertence aquele que a deu existênsia.
D. Como termo descritivo ekklesia refere a uma congregação
na casa de Ninfa, de Lídia, de Filemom. Gaio congrega
toda a igreja em sua casa (Rm 16.23). A palavra “toda”
mostra que a igreja podia toda reunir na casa de Gaio, mas
que normalmente reunia em casas separadas.

V. A Igreja no NT com referência mais ampla.


A. Cl 1.18 “Ele é cabeça do corpo, que é a igreja”. V. 24, Paulo
completa o que falta das aflições de Cristo em favor do seu
corpo que é a igreja”. Ef 1.22; 3.10,21; 5.23s. 27, 29,32.
Normalmente, interpretada como a igreja universal à qual
todos os crentes no mundo pertencem.
O problema com esta interpretação é que o termo ekklesia
perdeu seu significado normal de reunião. Como seria possível
todos os crentes do mundo reunir num local? Nem os crentes
de S. Paulo poderiam.
B. Mas Paulo diz que os colossenses participam da herança
dos santos no reino da luz e já foram transportados para o
Reino do seu Filho amado.
Uma vez que eles já morreram e foram ressuscitados com
Cristo e pertencem à uma realidade celestial (3.1-3). Cristo já
está no céu sentado à dextra de Deus (3.1), de modo que
quando ele aparecer, eles também vão aparecer com ele em
glória (v. 4)

Ef 2.5,6 igualmente fala de nossa exaltação com Cristo, de


modo que recebemos todas as bênçãos celestiais em Cristo
(1.3). Toda a igreja reunida em volta de Cristo.
Jo 14.1ss a Casa do Pai é a Igreja que existe nas duas
dimensões – celestial (uma casa não feito por mãos) e ao
mesmo tempo uma igreja composta de pessoas vivas na terra.

C. Texto chave: Hebreus 12.22-24

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1. Contrasta esta reunião com o povo israelita reunida ao pé
de Sinai.
2. A igreja está reunida na Jerusalém celestial. Temos
chegado “à igreja dos primogênitos cujos nomes estão
escritos nos céus”.
Diz F.F. Bruce, “Todo o povo de Cristo são os primogênitos”
estão intimamente ligados ao Primogênito, Jesus Cristo.
“Vocês chegaram a Deus, juiz de todos os homens, aos
espíritos dos justos aperfeiçoados, a Jesus mediador de
uma nova aliança, e ao sangue aspergido, que fala melhor
do que sange de Abel” (vv. 23,24).
Os espíritos dos justos aperfeiçoados refere aos santos de
todos os
Tempos. Os justos formam assim uma assembléia celestial
que inclui vivos e mortos.
VI. Imagens e Metáforas da Igreja
A. 1 Co 3.16 “Vocês não sabem que são santuario de Deus e
que o espírito de Deus habita em vocês?”
B. A igreja de Corínto é o templo/santuario de Deus porque o
Espírito habita nela.
A congregação em Corinto é habitação de Deus. Ele não
habita em casas feitas por mãos, em seu povo redimido. O templo é
sagrado porque o Espírito habita nele.
C. Vocês (pl) juntos constituem habitação de Deus. Deus não
habita em grupos separados (como os grupos que se isolaram dos
outros em Corinto). Deus tem um lugar para seu nome (Dt 12.11);
não habita em muitos templos. Profanar o templo dividindo-o significa
destrui-lo.
Novamente em 2 Co 6.16-18 “Habitarei com eles e entre eles andarei
Paulo uso o verbo enoikeo (nunca encontrado na LXX acerca de
Deus) avançando alem de “com” para “em”. Porisso “purifiquemo-
nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a
santidade no temor de Deus” (7.1).

D. Ef 2.20-22 Em Isa 56.4,5 o templo em Jerusalem seria o


local onde todas as nações congregariam para adorar e orar. O
templo aqui seria portanto o cumprimento dessa promessa de
Deus. Junto com os judeus, gentios tornaram o templo novo,
onde Deus se manifesta em sua gloria shekiná v. 22.

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VII. O Corpo de Cristo
O primeiro texto que identifica a igreja com o corpo encontra-se
em 1 Co 10. 16,17 Refere à céia –os que participam se tornam
um corpo. A enfase cai sobre a unidade dos que comem juntos
e discernem o corpo.
Aplica-se a metáfora para uma congregação local, e em
Romanos 12.4 aos crentes que não pertencem
necessáriamente a mesma congregação. “Assim como cada
um de nós tem um corpo com muitos membros e esses
membros não exercem tdoso a mesma função, assim também
em Cristo nóa, que somos muitos, formamos um corpo, e cada
membro está ligado a todos os outros”

Em Colossenses e Efésios a figura do corpo se usa para denotar


uma entidade celestial, isto é, todos os cristãos unidos ao Senhor.
Ele é a vida deles e está sentado no céu a direita de Deus. Crentes
também se assentam com ele nos lugares celestiais.

João 17.20-24 “Minha oração não é apenas por eles. Rogo também
por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para
que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que
eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me
enviaste.
Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim
como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados
a plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste e os
amaste como igualmente me amaste.
Pai quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou
e vejam a minha glória, a glória que me deste porque me amaste
antes da criação do mundo.
“v. 25…Eu os fiz conhecer o teu nome, e continuarei a fazê-lo,
a fim de que o amor que tens por mim esteja neles, e eu neles
esteja.

Conclusão
1. A Igreja existe nas duas eras ao mesmo tempo
2. A unidade da igreja é uma realidade por causa do
relacionamento que os crentes tem com Cristo -–estão nele
e formam um corpo que é o Corpo de Cristo. A alma da
Igreja, segundo Agostinho é o Espírito Santo.

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3. As reuniões da igreja sáo locais num enderesso específico,
mas também reunem no céu juntamente com todos os
justos salvos de todos os tempos.
4. A expressáo máxima da unidade da igreja é o amor.
5. Francis Shaeffer disse, “Jesus deu ao mundo o direito de
identificar a igreja quando ele disse, “Vocês devem amar-se
uns aos outros Com isso todos saberão que vocês são
meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”.

EVANGELIZAÇÃO
Introdução.
Evangelizar é ao mesmo tempo uma responsabilidade e um
privilégio.
Responsabilidade porque Jesus deu aos seus seguidores a ordem:
“Ide e fazei discipulos de todas as nações, batizando-os no nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo ensinando-os a guardar tudo que
vos tenho ensinado”.
É um privilégio porque servir a Deus quer dizer que somos
beneficiados com toda sorte de bençao espiritual em servi-lo.

Esperamos apresentar o que é e porque do evangelização; o método


de evangelização e o galardão.

I. O Porque do Evangelismo

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A. O propósito de Deus na criação – revelar-se – Romanos
1.18-22 para que os homens o glorifiquem e honrem com
gratidão.
1. Saber que ele é uma pessoa com quem podemos ter
comunhão
2. Saber que ele é inteligente – nos deixa tomar decisões e
não ser apenas robôs.
3. Saber que ele é todo poderoso para que possamos ficar
pasmados e adorar um Deus tão tremendo
4. Saber que sua divindade e natureza requer que nós
sejamos santos. Somos criaturas responsáveis. Nossa
consciência nos alerta sobre o certo e errado.
5. Partilhar sua alegria conosco
B. A pecaminosidade do homem –destronizou Deus e colocou
o “eu” no centro. Provocou sua ira.
Is 53.6 “Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada
um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor
fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.

II. A provisão para recuperar pecadores rebeldes


A. Efésios 2.1-3 - A condição do homem sem Cristo
1. mortos em delitos e pecados
2. escravizado pelo príncipe da potestade do ar.
3. Inclinado e enganado pelos pensamentos e
racionalizações.
4. *Medico de Boa Vista, RR
B. Misericórdia e graça – demonstrados na cruz
C. Paulo disse, 1 Co 15.3, “Pois o que primeiramente lhes
transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos
pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou
no terceiro dia, segundo as Escrituras e apareceu a Pedro e
depois aos Doze, Depois disso apareceu a mais de
quinhentos irmãos de uma só vez
D. A porta da fé – não por obras; não por pagamentos, atos
religiosos, romarias, sacrifícios. Ef 2.8,9

Conclusão
Evangelização quer dizer “Proclamar o evangelho do
Cristo crucificado e ressurreto, o único redentor do Homem, de
acordo com as Escrituras, com o propósito de persuadir os

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condenandos e pecadores perdidos a colocarem sua confiança
em Deus, recebendo e aceitando cristo como Salvador em
qualquer situação da vida e na comunhão da igreja, visando ao
dia de seu retorno glorioso”.

Jesus o Exemplo de um Evangelista – João 4


Introdução
Uma razão que pessoas não evangelizam porque não
sabem como. Jesus é o melhor mestre. Aprendamos com ele a
fazer discípulos.

I. Passagem pela Samaria – v. 4


A. Não uma necessidade geográfica, mas espiritual
B. Esperou a chegada da mulher – não desvalorizou,
nem desperezou-a.
C. A hora sexta – meio-dia – toda hora serve para
evangelizar – 2 Tm 4.2 dentro e for a da hora. Será
que os discípulos falaram de Jesus para os
samaritanos?
II. A conversa
A. Fez um pedido – “dá-me de beber” v.7
B. Surpresa da mulher – como sendo judeu pedes de
bebeer a mim?
C. Jesus suscita interesse – se conheceras o dom de
Deus e quem é o que te pede…pedirias e ele te daria
água viva.
D. A mulher não entende – como pode Jesus suprir agua
viva sem um meio de tirar água do poço.
E. Jesus explica que a água viva é diferente da água que
o poço tem. “Tornará a ter sede”.
F. A água que Jesus dá – “nunca mais tornará a ter
sede”.

III. A decisão
A. Dá-me dessa água para que eu não tenha sede, nem
precise vir aqui buscá-la. * Charlie com Dr. Maurice
B. Vai, chama teu marido e vem cá.

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1. Jesus ai tocou na consciência da mulher. “O
homem que agora tens não é teu marido”.
2. Já teve cinco maridos – C. Spurgeon – fala para o
sapateiro em o Tabernáculo em Londres.
3. Quando os convictos do Dia de Pentecoste
procuraram Pedro, ele disse que deveriam se
arrepender e serem batizados.
C. Confessa que Jesus é um profeta.
1. Deve esclarecer o modo certo de adorar.
2. Jesus: náo em Gerezim e nem em Jerusalém.
3. A hora vem e já chegou
4. A mulher e seu povo adora na ignorância – sem
conhecer a Deus. Nós – Jesus e os que nele
creem adoram o que conhecem.
5. Verdadeiros adoradores adoram em Espírito e
verdade
6. O Pai procura verdadeiros adoradores –

D. A mulher confessa que Cristo é o Messias – v.25, 29


1. Jesus se identifica como o Messias
2. A mulher acredita que Ele é – vai e convida a
cidade a sair ao encontro de Jesus – v. 29

Conclusão
Evangelização:
1. Persuadir as pessoas que são pecadores e devem se
arrepender e estão errados em sua ignorancia e adoração.
Precisam mudar – Muculmano, Indio, Católico - *missionário
canadense
2. Persuadir que Jesus é o Messias o Filho de Deus, o único
Salvador
3. Persuadir que precisam confessá-lo publicamente.

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