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REL
RELAATÓRIO TÉCNICO
(MARÇO 2007)
06 1. APRESENTAÇÃO
07 2. INTRODUÇÃO
10 3. OBJETIVOS
12 4. ASPECTOS LEGAIS
14 5. LEVANTAMENTO
TÉCNICO
30 6. LEVANTAMENTO
QUANTITATIVO
34 7. DADOS GERAIS
37 8. CONCLUSÕES
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CONDIÇÕES SANITÁRIAS E
DE CONFOR TO NOS L
CONFORTO OCAIS
LOCAIS
DE TRABALHO A CÉU ABERTO
ABERTO
REL
RELAATÓRIO EXECUTIVO
3
CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO
NOS LOCAIS DE TRABALHO A CÉU ABER
LOCAIS TO
ABERTO
Pesquisa de Campo
Participantes
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APOIO
5
1. APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
E
m 2007, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhado-
res em Transporte Rodoviário Urbano de São Pau-
lo estará completando 74 anos de muita luta em defe-
sa do trabalhador em transporte rodoviário, com uma tradicio-
nal participação em estudos, pesquisas e trabalhos de campo
sobre a saúde e condições de trabalho de funcionários que atu-
am em uma importante atividade para a sociedade em geral.
Em parceria com o Instituto Cultural de Integração, De-
senvolvimento e Cidadania, Grupo “O Resgate”, institui-
ção sem fins lucrativos, que tem como finalidade proporcionar o
atendimento e a realização de atividades educativas de qualifi-
cação, requalificação profissional, culturais, esportivas e de lazer;
complementando os serviços prestados pelo Estado e com o
apoio da Federação dos Trabalhadores em Transportes Ro-
doviários do Estado de São Paulo (FT TRESP) da Confe-
deração Nacional dos Trabalhadores em Transportes Ter-
restres (CNTT) e da Nova Central Sindical dos Trabalhadores
no Estado de São Paulo (NCST), estamos apresentando este
novo trabalho sobre as Condições Sanitárias e de Conforto
dos Trabalhadores a céu aberto, resultado de diversas ins-
peções realizadas nos ambientes onde trabalham motoristas,
cobradores e fiscais, em pontos iniciais e finais além de percur-
sos de diversas empresas de transporte coletivo e urbano de
passageiros da cidade de São Paulo.
Realizamos um trabalho planejado e coletivo com a participação
de diretores, delegados do Sindicato e cipeiros coordenados pela
Secretaria de Assuntos e Saúde do Trabalhador, visando facilitar e
estabelecer a aplicação de Normas Legais de Regulamentação,
melhorias nas condições de trabalhos externos, favorecendo a ex-
pansão da fiscalização por parte dos órgãos públicos, avançando,
aperfeiçoando e complementando as normas de segurança.
Março 2007
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A partir daí, em 1994 uma Portaria do Delega-
do Regional do Trabalho no Estado de São Paulo
criou-se o PTUM/SP (Programa de Transporte Ur-
bano no Município de São Paulo) com a participa-
ção do Sindicato dos Condutores, Delegacia Re-
gional do Trabalho, FUNDACENTRO, SPTRANS
(antiga TRANSURB), entre outras entidades pú-
blicas que contribuíram para o desenvolvimento
do programa até então inédito no Brasil.
A primeira parte do projeto ocorreu nas gara-
gens com uma série de fiscalizações realizadas
nas empresas do setor pela DRT/SP acompa-
nhadas pelo Sindicato, representantes da CIPA,
dos SESMT’S e dos Centros de Referência em
Saúde do Trabalhador da PMSP (regiões Oeste,
Sul e Leste), totalizando 64 fiscalizações num to-
tal de 83 garagens existentes na época, 58 das
64 empresas fiscalizadas tinham um total de
45.159 trabalhadores, sendo 39.451 do sexo mas-
culino, 1.228 do sexo feminino e 101 menores.
Concluiu-se que todo e qualquer trabalho vol-
tado a prevenção de acidentes e doenças de
trabalho, não se realiza do dia para a noite,
uma vez que se faz necessário o envolvimento
de uma série de pessoas e na maioria das ve-
zes com investimentos financeiros.
Porém, vale ressaltar que o ponto chave
é a conscientização de trabalhadores e em-
pregadores quanto a importância da pre-
venção, dessa forma conseguiremos uma mu-
dança de comportamento e sem ela não pode-
mos fazer prevenção com eficiência.
Po r t a n t o , o t r a b a l h o p re v e n t i v o d e v e s e r
contínuo e permanente, pois um bom dia de tra-
balho é sem acidentes.
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3. OBJETIVOS
O setor de transportes possui entre suas prin-
cipais atribuições garantir os níveis de acessi-
bilidade e mobilidade necessária a efetivação
do desenvolvimento de uma nação.
As deficiências de planejamento assim como
a falta de investimentos e de uma política con-
creta para o setor, somadas a reduzida
intermodalidade de transporte público no Brasil
apresenta conseqüências de altos custos de ser-
viços, níveis elevados de acidentes, agressões
ao meio ambiente, descaso com a infra-estrutu-
ra que resultam no péssimo atendimento as de-
mandas da população quanto à necessidade
de um transporte eficiente e de baixo custo.
A cada dia aumenta a precarização do tra-
balho dos profissionais que transportam mais
de seis milhões de passageiros por dia na
cidade de São Paulo.
Os aspectos de saúde e segurança, na mai-
oria das vezes, são ignorados e tratados
como matérias de cunho secundário até mes-
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mo de forma preconceituosa. Não podemos
compactuar com tais posicionamentos, de-
vemos incentivar políticas públicas de saú-
de, priorizar a negociação coletiva como im-
portante ferramenta de prevenção, buscar a
mudança do comportamento dos interessa-
dos através de orientação e conscientização
e exigir das autoridades competentes medi-
das pertinentes e eficazes para a redução
de infortúnios.
As inspeções nos diversos pontos finais ti-
veram como objetivo caracterizar as condições
de trabalho e evidenciar o descumprimento da
Lei 6.514 de 22 de dezembro de 1977, no que
diz respeito a NR21 – Trabalho a Céu Aberto
e NR24 Condições Sanitárias e de Conforto
nos Locais de Trabalho.
Uma vez caracterizado o descumprimento
da legislação em referência este parecer
visa dar elementos técnicos para adequa-
ção dos pontos finais de ônibus com sani-
tários, água potável e a obrigatoriedade de
manter um local com área coberta para o
bom desempenho das atividades.
A metodologia utilizada foi de análise
qualitativa “in-loco”
“in-loco”, sendo feitas entre-
vistas com profissionais do transporte pú-
blico (motoristas, cobradores e fiscais)
fiscais),
tendo o acompanhamento dos CIPEIROS
de cada empresa aqui representada pelo
parecer técnico.
Os profissionais envolvidos neste parecer
são responsáveis pelas conclusões contidas
neste e encontram-se à disposição caso se-
jam necessários esclarecimentos técnicos.
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4. ASPECTOS LEGAIS
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das Normas Regulamentares de Se-
gurança e Medicina do Trabalho
(NR-1-Disposições Gerais).
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5. LEVANT
LEVANTAMENTO TÉCNICO
ANTAMENTO
5.1 - CIDADE DUTRA /
BOLA BRANCA
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DETALHES DO LOCAL DE TRABALHO (CABINE)
DOS FISCAIS DA EMPRESA CIDADE DUTRA /
BOLA BRANCA E DEMAIS EMPRESAS QUE POS-
SUEM PONTO NO TERMINAL DO METRÔ BRÁS
OUTRAS EMPRESAS
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5.4 - EMTU - EMPRESA METROPOLIT
METROPOLITANA
ANA DE
TRANSPORTES URBANOS
Linha 47 – Guarulhos (Jardim São Paulo) São Paulo – Terminal Metrô Carrão
Linha Mogi 2 – Mogi das Cruzes (Terminal Rodoviário) São Paulo – Brás
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5.5 - SANITÁRIO NO TERMINAL BRÁS
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Linha 5362 - Grajaú - Praça do Patriarca
18
Linha 5631 - Cidade Dutra / Largo São Francisco
Linha 5632 - Vila São José / Largo São Francisco
19
O
BELO
5.7 - CAMPO BEL
20
Linha 6835 - Valo Velho / Terminal Capelinha
21
5.8 - VIP JABAQUARA
Linha 5752 -
Jardim Miriam /
Metrô Conceição
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5.9 - VIP AE CARVALHO
CARVALHO
23
5.10 - VIP AE CARV ALHO / IMPERADOR
CARVALHO
Linha 242P -
Jardim Helena /
Metrô Penha
24
Linha 352A - Jardim Helena / Terminal São Mateus
25
Linha 233A - Jardim Helena / Ceret
O setor de transporte
possui entre suas
principais atribuições
garantir níveis de
acessibilidade e
mobilidade necessárias
a efetivação do
desenvolvimento
de uma nação.
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5.11 - VIAÇÃO TÂNIA
27
5.12 - VIAÇÃO TUPI
28
5.13 - VIAÇÃO OAK TREE
6.1 - TOTAL DE P
TOTAL AS
PAS SA
ASSA GEIROS TRANSPOR
SAGEIROS TADOS
TRANSPORT
NO ANO DE 2006
Fonte: www.sptrans.com.br
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6.2 - FROTA CONTROL
FROTA ADA - 2006
CONTROLADA
Fonte: www.sptrans.com.br
Fonte: www.sptrans.com.br
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6.4 - NÚMERO TOT AL DE FUNCIONÁRIOS
TOTAL
NO SISTEMA ESTRUTURAL
ASSOCIADOS AO
SINDICATO DOS
SISTEMA MOTORISTAS E TRAB. NÃO ASSOCIADOS TOTAL
ESTRUTURAL EM TRANSPORTE E OUTROS
RODOVIÁRIO
URBANO DE SP
Operação de
manutenção,
fiscalização e 28.000 10.883 38.883
administração
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6.6 - MAPA COM A
MAPA LOCALIZAÇÃO
DOS TERMINAIS DE ÔNIBUS
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7. DADOS GERAIS
7.1 - QUADRO DE FUNCIONÁRIOS DO SISTEMA
ESTRUTURAL (A TU
(ATU
TUAÇÃO
AÇÃO EXTERNA) COM OU SEM
ACESSO A REDE SANITÁRIA
Com acesso a
rede sanitária
39%
Sem acesso a
rede sanitária
61%
Conclusão:
Total de trabalhadores com atuação a céu aberto
(motoristas,cobradores e fiscais)
Sendo que:
13.211 (39%) com acesso a rede sanitária
20.409 (61%) sem acesso a rede sanitária
Portanto, apenas 39% das linhas operadas possuem acesso a rede sanitária.
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7.3 - QUADRO DE FUNCIONÁRIOS DO SISTEMA
ESTRUTURAL (A TU
(ATU AÇÃO EXTERNA) COM
TUAÇÃO OU SEM
ACESSO A ÁGUA POTÁVEL
Conclusão:
Total de trabalhadores com atuação a céu aberto
(motoristas, cobradores e fiscais) = 33.620.
Sendo que:
12.619 (38%) com acesso a água potável
21.001 (62%) sem acesso a água potável
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7.5 - Terminais do sistema estrutural dotados de rrede
Terminais ede sanitária
Sendo que:
O descaso para as
condições de trabalho
mostra-se explícito no
Terminal de Metrô Brás
que abriga um terminal
metroviário, um rodoviário
e um ferroviário possui
os sanitários fechados
para a utilização.
Sanitário Mulheres
Terminal Brás (Fechado)
Sanitário Homens
Terminal Brás (Fechado)
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8. CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
A análise das condições de trabalho tem um papel
importante na intervenção do poder público, dos
representantes dos trabalhadores, da sociedade
civil, pois a partir da identificação dos fatores
causais que determinam e condicionam os
trabalhadores a situações inerentes ao seu dia-a-
dia, poderemos intervir de forma mais eficaz na
solução de problemas causados no transporte de
passageiros devido ao trânsito denso em ambientes
urbanos, congestionamentos, percursos lentos que
são um dos principais causadores do estress.
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A aplicação da metodologia permitiu identificar
as demandas fisiológicas prioritárias levantadas
pelos trabalhadores, cipeiros e principalmente o
SESMT do Sindicato.
De acordo com o levantamento do parecer
técnico realizado nos trajetos das linhas
pesquisadas, concluímos:
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1. Adequar o local para que os trabalhadores
que realizam suas atividades a céu aberto
possuam um abrigo a fim de protegê-los das
intempéries e também de insolação, calor, frio,
umidade, ventos sem esquecer da implantação
de condições sanitárias compatíveis com o
gênero da atividade exercida.
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PRODUÇÃO, IMPRESSÃO E ACABAMENTO
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