Resumo 4° Bimestre – Dentística II

Resinas Compostas

Composição:
• Matriz orgânica
o Pigmentos

• Partículas de carga ou matriz inorgânica

• Agentes de união (se não tiver é uma resina pseucomposta)
• Agentes iniciadores – que são ativados com a luz (canforoquinona)
o Os monômeros metacrilatos se polimerizam por reação de adição, que
é iniciado pela formação de radicais livres.

As resinas restauradoras são caracterizadas pelo mecanismo de reação de presa,

que envolve a conversão de uma molécula única – monômero numa macromolécula
– polímero.

Matriz Orgânica

• Bis-GMA – Possui uma consistência mais firme, com escoamento lento, sendo
necessária a mistura com diluentes, aplica maior resistência a resina.
o Alto peso molecular
o Alta viscosidade
o Baixa flexibilidade
o Baixo grau de conversão
o Temperatura ambiente

• TEGDMA / EGDMA - Baixa massa molecular (286U), usado como diluente,

reduzem a viscosidade da massa, aumenta o grau de conversão.
o Incorporação de carga.

• UDMA – Alto peso molecular e baixa viscosidade

Com isso, vemos que a matriz
A matriz orgânica representa: orgânica é a parte da RC que gera os
• A fase hidrofóbica (água causa degradação) da RC. problemas e defeitos da RC.
• Fase plástica da resina composta.
• Sofre contração de polimerização
• Sofre manchamento
• Tem o coeficiente de expansão térmica linear diferente do dente
Propriedades das resinas:
 Alto peso molecular

 Alta reatividade

 Alta conversão dos monômeros

 Alta contração de polimerização

 Baixa contração de polimerização.

O grau de conversão de uma resina composta é dado através do quanto de

monômero foi convertido em polímero durante o processo químico que aconteceu,
ou seja, o grau de conversão dos monômeros é determinado pela porcentagem de
duplas ligações de carbono que foram transformadas em simples ligações após o
processo químico que acontece durante a fotopolimerização.

➔ Baixo grau de conversão – Poucos monômeros reagiram com isso à resina

sofre maior manchamento, maior desgaste.

A presença de oxigênio durante a irradiação da luz polimerizadora resulta na

formação de uma camada de inibição de polimerização da resina. Muitos profissionais
não usam matriz de poliéster em pequenas restaurações de superfície e, na ausência
de qualquer acabamento, tais restaurações ficam mais susceptíveis ao manchamento,
pois os monômeros não foram totalmente convertidos em polímeros nessa camada
superficial da restauração.

Consertos de resina sobre resina não é muito aconselhável, pois não ocorre uma
boa adesão da resina nova sobre a resina velha, por que como dito a cima, a camada
superficial de resina não tem uma total conversão dos monômeros, e quando é
colocada uma nova camada de resina depois de certo tempo, não irá mais ocorrer
a união, pois os monômeros superficiais, já estão sem reatividade para adesão
química.

‫ ־‬Inibidores da polimerização: Evita a polimerização dos monômeros,

aumentando sua vida útil. São os BHT
(hidróxitolueno butílico) e a Hidroquinona.
 Em exposição à luz, impedem a propagação da polimerização.

Polimerização das resinas compostas:

Pode ser: Química, Física e Dual.

 Luz para polimerização → 400 a 500 nanômetros para reagir com a

Canforoquinona e amina terciaria.
Contração de polimerização - A contração de polimerização e a consequente
geração de tensão são características inertes as RC e contribuem para a redução
da integridade marginal, sensibilidade pós-operatória e lesões de carie secundaria. O
sistema adesivo auxilia para que devido à contração não ocorra a microinfiltração
marginal, o adesivo diminui a tensão da região
O ácido ajuda a criar retenções no dente para que o material restaurador se
adapte melhor, que também melhora a microinfiltração marginal.

Trincas → podem ocorrer tanto na resina composta como na estrutura dentaria.

É comum serem observadas no esmalte e é atribuída a força exercida pela
contração de polimerização da resina composta

Configuração cavitária ou fator C: relaxamento das tensões geradas durante a

contração de polimerização depende da área livre da resina, ou seja, daquela que
não mantem contato com nenhuma parede cavitária.

Fator C = Número de superfícies aderidas a resina

Numero de superfícies livres do contato

** Quanto maior as partículas, Menor será o grau de polimerização.

** Quanto menor as partículas, maior será o grau de polimerização.
** Quando misturamos, temos uma contração mais equilibrada.

Resinas Bulk Fill

A técnica restauradora com resinas convencionais apresenta a limitação da
Fotoativação de incrementos de no máximo 2mm de espessura, o que aumenta o
tempo de procedimento clínico. Visando tornar a técnica mais rápida, foram
desenvolvidas as resinas bulk fill.

Segundo os fabricantes, esses materiais podem ser fotoativados em

incrementos de até 4 a 5 mm com cura e propriedades mecânicas garantidas, alta
conversão de 71 %, além de baixa contração volumétrica e menor tensão de
polimerização na interface adesiva, produzindo menor deflexão de cúspides.

Composição:
 Matriz UDMA e EBPADMA, TEGDMA principal diluente.
  Algumas não possuem Bis-GMA e outras uma quantidade menor, com isso
foi preconizada a diminuição dessa quantidade em todas as resinas.
 Carga de 61,5% em peso
 Utilização de fibras de reforço
 Muita translucidez, cor universal.

Alguns mecanismos para tanto são: a utilização de novos monômeros

 O aumento da translucidez do material, permitindo maior penetração de luz;

 A ativação dual, que permite a cura química em maiores profundidades;

 A utilização de moduladores reológicos, que minimizam a tensão de

polimerização;

 A inserção de um material de alta viscosidade auxiliada pela emissão de ondas

sônicas, o que aumenta a fluidez e melhora a adaptação marginal;

 A modificação da fase inorgânica com a utilização de fibras de reforço, o que

confere maior resistência à restauração ou a associação destes.

Assim como nas resinas convencionais, esses materiais também podem ser
classificados quanto à sua viscosidade. Em geral, materiais bulk fill do tipo flow
apresentam menores dureza superficial e módulo de elasticidade. Por esse motivo,
sua indicação restringe-se à aplicação como base, havendo necessidade de
recobrimento oclusal por um material de maior resistência ao desgaste. Dentre os
materiais de alta viscosidade, existem aqueles que devem ser recobertos por outro
material e aqueles que possuem resistência suficiente para suportar cargas oclusais.