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FORTALEZA - CE
2008
ii
FORTALEZA
CEARÁ - BRASIL
2008
MARCIO DAVY SILVA SANTOS
iii
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Prof. Raimundo Nonato Távora Costa – Dr.
(Orientador)
____________________________________________
Almiro Tavares Medeiros – Dr.
(Conselheiro)
_____________________________________________
Danielle Ferreira de Araújo – Ms.
(Conselheira)
iv
A Deus pela força nessa minha caminhada, aos meus pais que me
incentivaram pela busca do conhecimento, ao meu filho e minha irmã
pelo amor e a minha esposa pelo companheirismo.
Dedico.
v
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, responsável pelo ser que sou e por me ajudar nesse percurso da
minha caminha pelo o conhecimento;
A Universidade Federal do Ceará, ao Departamento de Engenharia Agrícola onde
passei momentos prazerosos durante a minha vida acadêmica;
Ao Prof. Raimundo Nonato Távora Costa, por sua contribuição no enriquecimento do
saber bem como a sua dedicação e o seu companheirismo.
Ao Professor Almiro Tavares Medeiros e Danielle Ferreira de Araújo pelo apoio e
orientações para a realização deste trabalho.
Ao CNPq, pela contribuição das bolsas de estudo;
Aos Amigos Wescley, Ana Paula, Haroldo, Olavo, Eveline e principalmente aos amigos
de turma Eloneide, Jorgiana e Osvaldo pelo seu companheirismo.
A minha esposa Meire, por me ajudar nas horas difíceis e por me dar força, coragem e
amor.
Aos meus pais Claúdio e Eliane por acreditar em mim e no meu saber.
Ao meu filho Antônio Cauã por ser compreensivo na minha ausência.
A minha irmã Rebeca, pelo companheirismo.
Aos meus Avós.
Aos amigos de trabalho de campo.
vi
EPÍGRAFE
Bertolt Brecht
vii
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE TABELAS
TABELA 18. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura do
mamoeiro – textura: Franco-argilosa.............................................................................................28
TABELA 19. Tempo de reposição para a condição de irrigação sem déficit...............................29
TABELA 20. Percentual do VBP destinado ao pagamento da água (Mensal)..............................33
TABELA 21. Percentual do VBP destinado ao pagamento da água (Durante o ciclo)................33
xii
LISTA DE FIGURAS
1. Introdução
vantagens. Isto se agrava, principalmente quando o projeto não taxa a água usada pelo
irrigante ou taxa a valor irrisório.
Atualmente paga-se uma taxa denominada k2 que se baseia nos custos
operacionais relativos à infra-estrutura de uso comum e ao consumo de água do
Perímetro. O cálculo desta é feito somando-se as despesas totais de administração,
operação e manutenção da infra-estrutura de irrigação e drenagem de uso comum do
sistema, dividido pela quantidade de água a ser consumida pelas culturas.
O volume de água captado numa fonte hídrica para a irrigação, em geral, é
superior as necessidades hídricas da cultura. Isso se deve as perdas que ocorrem durante
a condução e a aplicação de água na irrigação, bem como as perdas que ocorrem no
campo após a irrigação.
Segundo Howell (2001), a água captada para irrigação dentro de uma bacia
está sujeita, basicamente, a três tipos de perdas:
a) Perdas por evaporação em canais.
b) Perdas por infiltração durante a condução da água em canais e por
percolação abaixo da zona radicular da cultura durante e após a irrigação.
Em alguns casos, podem ser recuperadas por canais de drenagem.
c) Perdas relacionadas com a água de drenagem, quando essa se torna poluída
ou salinizada.
Perdas por infiltração em canais não revestidos têm sido responsáveis pela
elevação do lençol freático e pela salinização do solo em várias regiões do mundo.
No manejo da irrigação surge a palavra freqüência de irrigação ou turno de
rega, que nada mais é do que o número de dias decorridos entre uma irrigação e outra. A
frequência de irrigação poder ser fixa ou variável, dependendo da postura assumida pelo
irrigante. A frequência de irrigação fixa traz consigo a vantagem da possibilidade da
programação das atividades ligadas à irrigação das culturas, uma vez que se sabe por
antecipação o quando irrigar, ficando apenas a definição de quanto irrigar.
Existem três processos básicos de se controlar a irrigação: processos baseados
nas condições atmosféricas, nas condições de água do solo e nas condições de água nas
plantas:
O controle da irrigação via solo passa necessariamente pelo conhecimento de
suas características. Assim densidade aparente, granulometria, declividade, velocidade
de infiltração básica (VIB), capacidade de água disponível (CAD), umidade de
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1.1. Generalidades
A irrigação por superfície é o método mais utilizado em todo o mundo. De
acordo com Cuenca (1989), a história da irrigação começa com aplicação de água ao
solo, utilizando-se a superfície para o escoamento por gravidade. Ainda conforme
Walker e Skogerboe (1987), a civilização da antiga mesopotâmia prosperou entre os
valores do Rio Tigres e Eufrates, há mais de 6.000 anos, utilizando, embora de forma
rudimentar, o método de irrigação por superfície.
Os sistemas de irrigação por superfície, também denominado sistema de
irrigação por gravidade, tem como principal característica distribuir a água à área
irrigada utilizando a superfície do solo para escoamento superficial, de forma a permitir
um escoamento contínuo, sem causar erosão. Esta condição pode ser obtida por
sistematização do terreno ou simples uniformização da superfície.
Cada sistema de irrigação por superfície tem suas próprias vantagens e
limitações, que dependem de fatores como: custo inicial da implantação, tamanho e
forma da área, características do solo, topografia do terreno, natureza da fonte de água e
potencial hídrico, tipo de cultura, preferências sociais e experiência histórica.
Quando comparados a outros sistemas, geralmente, os sistemas de irrigação por
superfície revelam menores custos fixos e variáveis. Além disso, apresentam
simplicidade operacional, facilitando a assimilação das técnicas de manejo pelos
irrigantes. São adaptáveis a um grande número de tipo de solos e culturas, não
apresentando dependência do porte da cultura e da ocorrência de ventos. Água de baixa
qualidade física, química e biológica não impõe severas restrições à utilização destes
sistemas, uma vez que, em geral, a água não entra em contato direto com as partes
vegetais consumidas “in natura”; também não existem dispositivos muito sujeitos a
obstrução física.
Entre as principais limitações dos sistemas de irrigação por superfície,
destacam-se a acentuada dependência das condições topográficas, normalmente
requerendo sistematização do terreno, sendo este trabalho oneroso e exige cuidadosos
levantamentos topográficos e habilidade na execução. Esta dependência os tornam,
5
ainda, inadequados para solos rasos e pedregosos. Também, não são bem adaptáveis a
solos excessivamente permeáveis, que apresentam alta taxa de infiltração. Estes
sistemas são partes integrantes das áreas para as quais foram dimensionados, sendo
quase impossível promoverem mudanças relativamente pequenas nos sistemas, sem
afetar o seu desempenho. Outra particularidade é que a técnica de cultivo deve ser
adaptada ao sistema de irrigação, ou seja, as linhas de plantio devem apresentar um
gradiente de declive, espaçamento, comprimento e disposição, compatíveis com as
exigências do sistema de irrigação. Dessa forma é difícil ajustar o sistema de irrigação
por superfície a culturas já instaladas, onde as linhas de plantio estão dispostas,
geralmente, em nível.
Outro fato é que estes sistemas de irrigação geralmente são menos eficientes
para aplicar água que os sistemas de irrigação por aspersão e localizada, o que pode
aumentar os custos de operação e manutenção.
Na irrigação por sulcos, a água é aplicada em pequenos canais denominados
sulcos, infiltrando-se ao longo do perímetro molhado e movimentando-se nas direções
vertical e lateral. Os sulcos são construídos por meio de um implemento denominado
sulcador, existindo diferentes tipos de sulcos: em nível, retilíneos com gradiente de
declive, em contorno e corrugações.
As principais variáveis envolvidas no dimensionamento de sistema de irrigação
por superfície são: o comprimento do sulco, a vazão derivada, o tempo de aplicação de
água às parcelas, a forma do sulco, que exerce influência na eficiência de irrigação, o
espaçamento entre sulcos, que deve ser em função da textura de solo, da cultura e de
aspectos relacionados à mecanização, e a declividade dos sulcos, a qual deve
proporcionar uma velocidade excessiva da água de irrigação para não causar erosão.
Um processo típico de irrigação por superfície, com drenagem livre, pode ser
caracterizado por quatro fases: avanço, reposição, depleção e recesso (Figura 1).
O início da fase de avanço coincide com o início da irrigação, no momento em
que a vazão é derivada à parcela a ser irrigada, e prolonga-se até que a frente de avanço
atinge a sua extremidade final. A previsão da fase de avanço da água na superfície do
solo não é simples, devido à natureza do escoamento superficial, reduzindo-se com a
6
distância devido à infiltração. Quando se aplica uma vazão constante à montante de uma
parcela, a razão de avanço diminui progressivamente com o tempo à medida que a área
de infiltração vai aumentando numa proporção maior que a redução da velocidade de
infiltração média da água na distância considerada.
Ti
curva de recesso
Fase de recesso
Tempo - T
Tc
Fase de depleção
Fase de reposição Tempo de oportinidade
de infiltração
Tx
Fase de avanço
curva de avanço
Distância do ponto de derivação - x
toda água superficial for removida por escoamento no final da parcela e por infiltração
ao longo desta, termina a fase de recesso e o processo de irrigação.
Em condições normais, o recesso inicia-se junto ao ponto de derivação de água
à parcela. Em algumas condições, pode ocorrer também outra fase recessiva, no final da
parcela, que avança a montante, de encontro com a primeira. No momento em que a
lâmina de água desaparece da superfície do solo, tem-se o final do recesso e do processo
de irrigação.
Chuva ou irrigação
ET
influência na eficiência da irrigação, o espaçamento entre sulcos, que deve ser uma
função da textura de solo, da cultura e de aspectos relacionados à mecanização, e a
declividade dos sulcos, a qual não deve proporcionar uma velocidade excessiva da água
de irrigação, para não causar erosão.
Exemplo ilustrativo - Sistema de irrigação por sulcos
Análises de avaliação do sistema de irrigação devem ser realizadas
periodicamente após sua implantação visando, sobretudo, medir as eficiências de
aplicação e de armazenamento, bem como a uniformidade de distribuição da infiltração
de água ao longo do sulco. Referidas análises fornecerão elementos que virão nortear
sugestões relacionadas ao manejo da irrigação para uma melhoria dos índices de
eficiência e uniformidade. É comum ver sistemas de irrigação por superfície operando
com eficiência de armazenamento de 100% e eficiência de aplicação entre 20 e 40%.
Existem programas de computação para o dimensionamento e a avaliação de
sistemas de irrigação por sulcos, tais como os desenvolvidos por Rivera (1995) e por
Marques (2000).
13
Metodologia
LL a
seguinte expressão: T , em que T é o tempo de oportunidade para infiltrar a
k
lâmina requerida (minutos), LL é a lâmina de irrigação necessária (mm) e K e a são os
coeficiente da equação de infiltração acumulada.
4. Resultados e discussão
4.1. Perdas de água por condução
Nas Tabelas 1 e 2 visualizam-se os dados de hidrógrafas de vazões de entrada
e hidrógrafas de vazões de saída em função do tempo, obtidas em duas calhas Parshall
na entrada e duas calhas Parshall na saída em um canal secundário não-revestido
localizado no setor D do Perímetro Irrigado Curu Pentecoste (Figuras 3 e 4).
As calhas de entrada apresentavam uma equação de calibração do tipo
potencial, ao passo que as calhas de saída apresentavam os valores calibrados de vazão
em uma fita métrica afixada em sua secção convergente. A duração do teste foi
associada ao tempo de irrigação da área.
As equações ajustadas da vazão em função do tempo acumulado (Figuras 5 e
6), integradas no tempo do teste estimaram os volumes de água de entrada e de saída,
respectivamente, em 37,96 m3 e 24,73 m3, com perda por condução de 34,8% e,
portanto, eficiência de condução de 65,2%.
Tabela 1. Hidrógrafas das vazões de entrada em função do tempo.
Carga Vazão (m³.h-
-
Tempo (min.) Carga (m) Vazão (m³.h ¹) Tempo(min.) (m) ¹)
0 0.208 18.81 0 0.210 27.78
5 0.208 18.81 5 0.210 27.78
10 0.208 18.81 10 0.210 27.78
15 0.208 18.81 15 0.210 27.78
20 0.210 19.12 20 0.211 28.01
30 0.215 19.88 30 0.214 28.70
40 0.195 16.90 40 0.197 24.88
50 0.190 16.18 50 0.197 24.88
27.5
Vazão (m 3.h -1)
26.5
10 26
Qe = -0.0028t2 + 0.0912t + 18.487
25.5
5
r2 = 0.777 25
24.5
0 24
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60
Tempo acumulado (min.) Tempo acumulado (min)
18 18
16 16
14 14
12
Vazão (m 3.h -1)
12
Vazão (m 3.h -1)
10
10 Qs = 12.788t0.0577 0.0573
8 Qs = 12.747t
8
r2 = 0.924 2
6 6 r = 0.906
4 4
2 2
0 0
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60
Estas perdas por condução nos canais secundários de terra, além das perdas em
canais e acéquias de condução de água deve se situar em torno de 30 a 40% no âmbito
do perímetro irrigado. Tais perdas dificultam a irrigação de todo o lote agrícola do
produtor (4,0 a 5,0 ha) durante o período de recebimento semanal de água e junto ao
Comitê de Bacia Hidrográfica no que diz respeito à vazão a ser liberada nos
reservatórios.
Estas informações de perdas por condução são de fundamental importância,
tanto para subsidiar discussões em nível de Comitê de Bacia Hidrográfica, quanto,
sobretudo em nível de Distrito de Irrigação. Há a necessidade urgente que a
Audipecupe, em parceria com os produtores, adotem medidas que visem minimizar
estas perdas por condução. Neste sentido, foi testado um sistema de condução,
distribuição e aplicação de água, denominado politubo janelado (Figura 7).
O sistema de politubo janelado é constituído por uma mangueira de polietileno
flexível, onde são adaptadas as janelas de vazões reguláveis. Referido sistema além de
eliminar as perdas na condução de água nos canais, reduz consideravelmente a mão-de-
obra do irrigante. Ainda, permite uma maior flexibilidade para o uso de vazão reduzida
na fase de reposição.
Do ponto de vista da relação benefício/custo, os seguintes aspectos devem ser
considerados: 1. O custo fixo por unidade de área da aquisição de sifões em relação ao
politubo janelado é em torno de 1/3; 2. O custo variável relacionado à mão-de-obra para
operação da irrigação com o politubo janelado é em torno de 1/3, se comparado ao
sistema com sifões; 3. O uso do politubo janelado permite incrementar a área irrigada
em 30% em razão da economia de água; 4. A irrigação com o politubo janelado permite
que o produtor realize a irrigação de todo o seu lote agrícola sem a necessidade de
trabalho noturno.
Considerando a economia com mão-de-obra e o incremento de área irrigada, a
tecnologia do politubo janelado demonstrou sua viabilidade considerando o indicador de
rentabilidade relação benefício/custo.
20
Tabela 3. Disponibilidade real de água em função das principais unidades texturais de solo e culturas -
Perímetro Irrigado Curu-Pentecoste.
Textura Cultura Ucc(g.g-1) Upmp(g.g-1) ds(g.cm-3) Zr(cm) CAD(mm) F DRA(mm)
Pimenta 0,31 0,15 1,30 50 104,0 0,25 26,0
Franco- Banana 0,31 0,15 1,30 40 83,2 0,35 29,1
Argilosa Coqueiro 0,31 0,15 1,30 100 208,0 0,65 135,2
Feijão 0,31 0,15 1,30 40 83,2 0,45 37,4
Mamoeiro 0,31 0,15 1,30 45 93,6 0,40 37,4
Pimenta 0,14 0,06 1,50 50 60,0 0,25 15,0
Banana 0,14 0,06 1,50 40 48,0 0,35 16,8
Franca Coqueiro 0,14 0,06 1,50 100 120,0 0,65 78,0
Feijão 0,14 0,06 1,50 40 48,0 0,45 21,6
Pimenta 0,35 0,17 1,25 50 112,5 0,25 28,1
Argilosa Banana 0,35 0,17 1,25 40 90,0 0,35 31,5
Coqueiro 0,35 0,17 1,25 100 225,0 0,65 146,2
Feijão 0,35 0,17 1,25 40 90,0 0,45 40,5
Tabela 4. Dados diários médios de evapotranspiração de referência para o município de Pentecoste obtida
pelo método de Penman Monteith/FAO.
ETo (Penman-Monteith)
MÊS
mm.dia-1
Janeiro 6,15
Fevereiro 5,33
Março 4,14
Abril 4,14
Maio 4,28
Junho 4,61
Julho 5,21
Agosto 6,85
Setembro 7,83
Outubro 7,97
Novembro 7,77
Dezembro 7,27
23
Tabela 5. Lâmina média de água aplicada nas principais unidades texturais de solo e culturas - Perímetro
Irrigado Curu-Pentecoste.
Textura Cultura sifão (m) H (m) Q (L.s-1) Tco(min) L (m) E(m) Lap (mm)
Pimenta 0,0254 0,26 0,7435 120 100 1,0 53,53
Franco- Banana 0,0381 0,13 1,1829 90 120 0,8 66,53
Argilosa Coqueiro 0,0700 0,30 6,0700 35 100 0,8 159,33
Feijão 0,0508 0,22 2,7400 30 80 0,5 123,10
Mamoeiro 0,0381 0,21 1,5034 60 72 0,8 62,60
Pimenta 0,0400 0,47 2,4800 25 20 1,0 123,95
Banana 0,0381 0,17 1,3527 90 50 0,8 188,60
Franca Coqueiro 0,0381 0,14 1,2300 90 80 0,8 103,57
Feijão 0,0400 0,92 3,4700 30 100 1,0 62,46
Pimenta 0,0381 0,33 1,8800 60 100 1,0 67,68
Argilosa Banana 0,0381 0,31 1,8266 60 100 0,8 82,20
Coqueiro 0,0381 0,28 1,7400 120 100 0,8 156,60
Feijão 0,0381 0,23 1,5734 100 100 1,0 94,40
Tabela 6. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura do feijão vigna –
textura: Franca
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR TRa LL (mm) (%)
(mm) (mm) (mm)
Agosto 6,85 0,40 21,6 8,0 8,0 21,92 62,46 35,1
Setembro 7,83 1,15 21,6 2,4 2,0 18,00 62,46 28,8
Outubro 7,97 0,35 21,6 7,7 7,0 19,52 62,46 31,3
Tabela 7. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura do feijão vigna –
textura: Franco-argilosa
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR TRa LL (mm) (%)
(mm) (mm) (mm)
Agosto 6,85 0,40 37,4 13,6 13,0 35,62 123,10 29,0
Setembro 7,83 1,15 37,4 4,2 4,0 36,01 123,10 29,3
Outubro 7,97 0,35 37,4 13,4 13,0 36,26 123,10 29,5
Tabela 8. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura do feijão vigna –
textura: Argilosa
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR TRa LL (mm)
(mm) (mm) (mm) (%)
Agosto 6,85 0,40 40,5 14,8 14,0 38,36 94,40 40,6
Setembro 7,83 1,15 40,5 4,5 4,0 36,01 94,40 38,1
Outubro 7,97 0,35 40,5 14,5 14,0 39,05 94,40 41,4
24
Tabela 9. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura da pimenta –
textura: Franca
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR LL
TRa (mm) (%)
(mm) (mm) (mm)
Julho 5,21 0,60 15,0 4,8 4,0 12,50 123,95 10,1
Agosto 6,85 0,60 15,0 3,6 3,0 12,33 123,95 9,9
Setembro 7,83 1,05 15,0 2,0 2,0 16,44 123,95 13,3
Outubro 7,97 1,05 15,0 2,0 2,0 16,73 123,95 13,5
Novembro 7,77 0,90 15,0 2,1 2,0 13,98 123,95 11,3
Dezembro 7,27 0,90 15,0 2,3 2,0 13,08 123,95 10,6
Tabela 10. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura da pimenta –
textura: Franco-argilosa
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR LL
TRa (mm) (%)
(mm) (mm) (mm)
Julho 5,21 0,60 26,0 8,3 8,0 25,00 53,55 46,7
Agosto 6,85 0,60 26,0 6,3 6,0 24,66 53,55 46,1
Setembro 7,83 1,05 26,0 3,2 3,0 24,66 53,55 46,1
Outubro 7,97 1,05 26,0 3,1 3,0 25,10 53,55 46,9
Novembro 7,77 0,90 26,0 3,7 3,0 20,97 53,55 39,2
Dezembro 7,27 0,90 26,0 4,0 4,0 26,17 53,55 48,9
Tabela 11. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura da pimenta –
textura: Argilosa
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR LL
TRa (mm) (%)
(mm) (mm) (mm)
Julho 5,21 0,60 28,1 9,0 9,0 28,13 67,68 41,6
Agosto 6,85 0,60 28,1 6,8 6,0 24,66 67,68 36,4
Setembro 7,83 1,05 28,1 3,4 3,0 24,66 67,68 36,4
Outubro 7,97 1,05 28,1 3,4 3,0 25,10 67,68 37,1
Novembro 7,77 0,90 28,1 4,0 4,0 27,97 67,68 41,3
Dezembro 7,27 0,90 28,1 4,3 4,0 26,17 67,68 38,7
25
Tabela 12. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura da bananeira –
textura: Franca
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR LL
TRa (mm) (%)
(mm) (mm) (mm)
Julho 5,21 1,1 16,8 3,0 3,0 17,19 188,60 9,1
Agosto 6,85 1,1 16,8 2,2 2,0 15,07 188,60 8,0
Setembro 7,83 1,1 16,8 2,0 2,0 17,22 188,60 9,1
Outubro 7,97 1,1 16,8 2,0 2,0 17,53 188,60 9,3
Novembro 7,77 1,1 16,8 2,0 2,0 17,09 188,60 9,1
Dezembro 7,27 1,1 16,8 2,1 2,0 15,99 188,60 8,5
Tabela 13. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura da bananeira –
textura: Franco-argilosa
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR LL
TRa (mm) (%)
(mm) (mm) (mm)
Julho 5,21 1,1 29,1 5,1 5,0 28,65 66,53 43,1
Agosto 6,85 1,1 29,1 4,0 4,0 30,14 66,53 45,3
Setembro 7,83 1,1 29,1 3,4 3,0 25,83 66,53 38,8
Outubro 7,97 1,1 29,1 3,3 3,0 26,30 66,53 39,5
Novembro 7,77 1,1 29,1 3,4 3,0 25,64 66,53 38,5
Dezembro 7,27 1,1 29,1 3,6 3,0 23,99 66,53 36,1
Tabela 14. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura da bananeira –
textura: Argilosa
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR LL
TRa (mm) (%)
(mm) (mm) (mm)
Julho 5,21 1,1 31,5 5,5 5,0 28,65 82,20 34,8
Agosto 6,85 1,1 31,5 4,2 4,0 30,14 82,20 36,7
Setembro 7,83 1,1 31,5 3,7 3,0 25,83 82,20 31,4
Outubro 7,97 1,1 31,5 3,6 3,0 26,30 82,20 32,0
Novembro 7,77 1,1 31,5 3,7 3,0 25,64 82,20 31,2
Dezembro 7,27 1,1 31,5 4,0 4,0 31,98 82,20 38,9
26
Tabela 15. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura do coqueiro –
textura: Franca
Lap Ea (%)
Meses ETo Kc DRA TR LL
TRa (mm)
(mm) (mm) (mm)
Julho 5,21 1,0 78,0 15,0 15,0 78,15 103,57 75,5
Agosto 6,85 1,0 78,0 11,4 11,0 75,35 103,57 72,7
Setembro 7,83 1,0 78,0 10,0 10,0 78,30 103,57 75,6
Outubro 7,97 1,0 78,0 10,0 10,0 79,70 103,57 77,0
Novembro 7,77 1,0 78,0 10,0 10,0 77,70 103,57 75,1
Dezembro 7,27 1,0 78,0 10,7 10,0 72,70 103,57 70,2
Tabela 16. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura do coqueiro –
textura: Franco-argilosa
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR TRa LL (mm) (%)
(mm) (mm) (mm)
Julho 5,21 1,0 135,2 26,0 26,0 135,46 159,33 85,0
Agosto 6,85 1,0 135,2 20,0 20,0 137,00 159,33 85,9
Setembro 7,83 1,0 135,2 17,3 17,0 133,11 159,33 83,5
Outubro 7,97 1,0 135,2 17,0 17,0 135,49 159,33 85,0
Novembro 7,77 1,0 135,2 17,4 17,0 132,09 159,33 82,9
Dezembro 7,27 1,0 135,2 18,6 18,0 130,86 159,33 82,1
Tabela 17. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura do coqueiro –
textura: Argilosa
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR LL
TRa (mm) (%)
(mm) (mm) (mm)
Julho 5,21 1,0 146,2 28,1 28,0 145,88 156,60 93,1
Agosto 6,85 1,0 146,2 21,3 21,0 143,85 156,60 91,9
Setembro 7,83 1,0 146,2 18,7 18,0 140,94 156,60 90,0
Outubro 7,97 1,0 146,2 18,3 18,0 143,46 156,60 91,6
Novembro 7,77 1,0 146,2 18,8 18,0 139,86 156,60 89,3
Dezembro 7,27 1,0 146,2 20,1 20,0 145,40 156,60 92,8
27
Tabela 18. Necessidade de água por irrigação e eficiência de aplicação para a cultura do mamoeiro –
textura: Franco-argilosa
Lap Ea
Meses ETo Kc DRA TR LL
TRa (mm) (%)
(mm) (mm) (mm)
Julho 5,21 1,17 37,4 6,1 6,0 36,57 62,60 58,4
Agosto 6,85 1,17 37,4 4,7 4,0 32,05 62,60 51,2
Setembro 7,83 1,17 37,4 4,1 4,0 36,64 62,60 58,5
Outubro 7,97 1,17 37,4 4,0 4,0 37,29 62,60 59,6
Novembro 7,77 1,17 37,4 4,1 4,0 36,36 62,60 58,1
Dezembro 7,27 1,17 37,4 4,4 4,0 34,02 62,60 54,3
3. Conclusões
As perdas de água por condução nos canais secundários não revestidos além de
comprometerem a sustentabilidade hídrica do sistema de abastecimento no perímetro
irrigado, reduz o coeficiente de utilização da terra e aumenta a jornada diária de trabalho
do produtor com a irrigação noturna.
6. Referências Bibliográficas
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p.33-43, 1997.
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do Ceará segundo o Censo Agropecuário 1995-1996. Revista Brasileira de
Engenharia Agrícola e Ambiental. Campina Grande, v. 5, n. 1, p. 161-165, 2001.
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Perímetro Irrigado de São Gonçalo-PB. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
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Hall, Inc. Englewood Cliffs, New Jersey. 1987. 386 p.