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DO RIO CUIABÁ
NOVEMBRO DE 2001
MODELAGEM INTEGRADA PARA GESTÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO CUIABÁ
Aprovada por:
________________________________________________
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NOVEMBRO DE 2001
ii
LIMA, ELIANA BEATRIZ NUNES
RONDON
Modelagem Integrada para Gestão da
Qualidade da Água na Bacia do Rio Cuiabá
[Rio de Janeiro] 2001.
xxii, 184 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, D.Sc.,
Engenharia Civil, 2001)
Tese - Universidade Federal do Rio de
Janeiro, COPPE
1. Modelagem Integrada; 2- Qualidade da
Água; 3- Fonte Pontual; 4- Ferramentas
Analíticas: Estatística Multivariadas, Séries
Temporais, Modelo QUAL2E.
I. COPPE/UFRJ II. Título (série)
iii
Aos meus pais.
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus que, durante todo o período de realização dessa tese, não deixou
que meus ânimos e as minhas esperanças se abalassem pelas dificuldades e perdas
sofridas. Pelo contrário, tudo fez para que o sofrimento se transformasse em tempo de
profundo crescimento e amadurecimento pessoal.
Agradeço, ainda:
Aos meus pais, pelo carinho e confiança que sempre me dedicaram, motivando-me
nas decisões tomadas em minha vida pr ofissional e acadêmica;
A minha irmã que foi incansável no apoio em substituição a minha presença junto
aos meus filhos;
Ao João, meu esposo, e a meus filhos Flavinha e João Lucas pelo amor, carinho e
dedicação com que me acompanharam nessa longa jornada de trabalho;
A D. Olga e Sr Armando pelo estímulo e apoio durante essa etapa de minha vida;
v
Resumo da tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Doutor em Ciências (D.Sc.)
vi
Abstract of thesis presente d to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements
for the degree of Doctor of Science (D.Sc.)
This study focus on the evaluation of temporal pollution dynamics in the Cuiabá
River basin, caused by urbanization processes occurring in the last decades. The study
area covers a 26 km reach of the Cuiabá river, passing the cities of Cuiabá and Várzea
Grande, suited in the “Cuiabá Lowland” of the Upper Paraguai watershed. Applied
methodology involved two years lasting field campains, in several points of the river
reach for determination of physical, chemical, biological and hydrological variables.
There were also considered measurements about the Cuiabá river and its main affluents
realized by other sources. Digital satellite imagery was used for classification of actual
land use. Dealing with a multiple database, several statistical techniques such as
correlation, regression and time series analysis were applied, in order to evaluate spatial
and temporal patterns of pollution dynamics and to identify the driving forces of water
quality problems in the watershed. Water quality modeling with QUAL2E was done to
predict future scenarios of land use. The analysis of temporal evolution of water quality
showed an intact reaeration capacity of the Cuiabá river due its physical characteristic.
Nevertheless, water quality has decreased along the observed time period and
simulations are predicting values lower than allowed by the CONAMA resolution for
rivers qualified as class II. Concentrations of organic, fecal coliforms and nutrients
loads show a significant increase in time, predominantly caused by loads of domestic
wastewater. To control and reduce impacts of domestic and industrial point sources,
investments in infrastructure of wastewater treatment are highly necessary. Diffuse
pollution seems to have a strong impact on water quality of the studied Cuiabá river
reach, making necessary to improve the diagnostic and control of these loads. Applied
analytical tools showed efficiency in the detection of temporal and spatial changes of
water quality patterns in the river basin, and also the clustering of sub-watershed.
vii
ÍNDICE DO TEXTO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 1
viii
3.4. Antecedentes da Qualidade da Água na Bacia do Rio Cuiabá ..................54
ix
4.5.5. Discretização do Trecho do Rio .........................................................76
5. RESULTADOS............................................................................................. 82
5.2.3. pH.......................................................................................................92
5.3.4. pH .....................................................................................................109
5.2.11. NTK................................................................................................120
xi
5.2.12. Colif ormes Totais ...........................................................................122
xii
6.4.1. Banco de Dados ................................................................................160
7. CONCLUSÕES........................................................................................... 165
xiii
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 7 - Mapa de Localização das Sub - Bacias Urbanas do Rio Cuiabá, Cuiabá –
Mato Grosso com Identificação das Principais ETE’s. ...........................................25
Figura 11 - Distribuição Espacial dos Pontos no Rio Cuiabá – Mato Grosso e Principais
Tributários do Perímetro Urbano – Mato Grosso - 2000. .......................................63
xiv
Figura 16 a-l - Gráficos Box - Plot das Variáveis Físico - Químicas nos Pontos Rc5 e
Rc12 Localizados a montante e a jusante do Perímetro Urbano da Cidade de
Cuiabá e Várzea Grande - Mato Grosso - 1987-2000 .............................................86
Figura 17 a-l - Gráficos Box - Plot das Variáveis Físico-Químicas dos Pontos Rc5 e
Rc12 Localizados a montante e a jusante do Perímetro Urbano das Cidades de
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso – 1987-2000. ...........................................98
Figura 18 a-d -Gráficos Box - Plot das Variáveis Físico-Químicas e dos Pontos Rc5 e
Rc12 Localizados a montante e a jusante do Perí metro Urbano das Cidades de
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ............................................99
Figura 19 a-b – Variação Temporal da Temperatura da Água por Período nos Pontos
Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso – 1987 –2000. ..................104
Figura 20 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da Temperatura da Água por
Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso – 1987-
2000. ......................................................................................................................105
Figura 21 a-b - Variação Temporal da Turbidez por Período nos Pontos Rc5 e Rc12,
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ..........................................106
Figura 22 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da Turbidez por Período nos
Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ........107
Figura 23 a-b - Variação Temporal da Cor por Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá
e Várzea Grande– Mato Grosso - 1987-2000. .......................................................108
Figura 24 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da Cor por Período nos Pontos
Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande– Mato Grosso - 1987-2000. .....................108
Figura 25 a-b - Variação Temporal do pH por Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e
Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. .........................................................109
Figura 26 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado do pH por Período nos Pontos
Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande– Mato Grosso - 1987-2000. .....................110
xv
Figura 27 a-b - Variação Temporal da Alcalinidade por Período nos Pontos Rc5 e
Rc12, Cuiabá e Várzea – Mato Grosso - 1987-2000. ............................................111
Figura 28 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da Alcalinidade por Período
nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000....112
Figura 29 a-b - Variação Temporal da Condutividade por Período nos Pontos Rc5 e
Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ...............................113
Figura 30 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da Condutividade por Período
nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ..114
Figura 31 a-b - Variação Temporal do OD por Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá
e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ......................................................115
Figura 32 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado do OD por Período nos Pontos
Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande– Mato Grosso - 1987-2000. .....................115
Figura 33 a-b- Variação Temporal da DQO por Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá
e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ......................................................116
Figura 34 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da DQO por Período nos
Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ........117
Figura 35 a-b - Variação Temporal da DBO por Período nos Pontos Rc5 e Rc12,
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ..........................................118
Figura 36 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da DBO por Período nos
Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ........118
Figura 37 a-b - Variação Temporal dos Sólidos Suspensos por Período nos Pontos Rc5 e
Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ...............................119
Figura 38 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado dos Sólidos Suspensos por
Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande– Mato Grosso - 1987-
2000. ......................................................................................................................120
Figura 39 a-b - Variação Temporal do NTK por Período nos Pontos Rc5 e Rc12,
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ..........................................121
xvi
Figura 40 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado do NTK por Período nos
Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ........121
Figura 41 a-b - Variação Temporal dos Coliformes Totais por Período nos Pontos Rc5 e
Rc12, Cuiabá e Várzea Grande - MT - 1987-2000................................................122
Figura 42 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado dos Coliformes Totais por
Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande– Mato Grosso - 1987-
2000. ......................................................................................................................123
Figura 43 a-b - Variação Temporal dos Coliformes Fecais por Período nos Pontos Rc5 e
Rc12, Cuiabá e Várzea Grande - Mato Grosso - 1987-2000. .................................124
Figura 44 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado dos Coliformes Fecais por
Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-
2000. ......................................................................................................................125
Figura 45 a-b - Variação Temporal do Fósforo Total por Período nos Pontos Rc5 e
Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000. ...............................126
xvii
Figura 52 - Classes de Ocupação Correspondente à Bacia do Rio Cuiabá - Perímetro
Urbano das Cidades de Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso. ........................141
Figura 54 - Cenários dos Constituintes OD, DBO e Coliforme Fecais nos Anos de 2005
e 2010 para o Trecho do Perímetro Urbano do Rio Cuiabá – Cuiabá – Mato
Grosso. ...................................................................................................................147
Figura 55 - Intervalo de Predição das Variáveis OD, DBO e Coliformes Fecais do Rio
Cuiabá para os Anos de 2001 e 2002. ....................................................................148
xviii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 2 - Coeficientes Hidráulicos para o Trecho do Rio Cuiabá – Mato Grosso. .......75
xix
Tabela 12 - Estatísticas de Contraste entre os Períodos no Ponto Rc5 - Cuiabá e Várzea
Grande -Mato Grosso ..............................................................................................89
Tabela 19 - Percentuais por Categoria do Uso da Terra por Sub-Bacia Urbana das
Cidades de Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso. ............................................130
xx
Tabela 23 - Equações de Regressões Considerando o NDVI como Variável Preditora
para Estimar a Qualidade da Água das Sub-Bacias do Perímetro Urbano das
Cidades de Cuiabá e Várzea Grande - Mato Grosso. ............................................135
Tabela 27 - Múltiplos Cenários das Variáveis OD, DBO e Coliformes Fecais do Trecho
do Perímetro Urbano da Cidade de Cuiabá e Várzea Grande - Mato Grosso - 2000.
...............................................................................................................................144
xxi
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 4 -Cargas Produzidas por Algumas das Principais Indústrias na Bacia do Rio
Cuiabá, Cuiabá – Mato Grosso - 2000.....................................................................27
Quadro 7 - Lista dos Modelos de Qualidade de Água por Ordem Cronológica. .............49
xxii
1. INTRODUÇÃO
Essas alterações têm levado não apenas a uma inovação conceitual, na qual a
água passa a ser considerada um bem econômico e finito, conforme estabelece a
legislação nacional dos recursos hídricos, mas avançam para o gerenciamento desse
recurso de forma a atender aos seus usos múltiplos, impondo, assim, a necessidade de se
buscar um novo modelo de gestão das águas.
Dentro desse mesmo cenário, uma das importantes contribuintes para a região do
Pantanal, a bacia do rio Cuiabá, localizada na porção central da bacia do Alto Paraguai,
denominada Baixada Cuiabana, sofreu, nas décadas de 70 e 80, um crescimento
bastante acelerado. Apesar de apresentar um declínio a partir da década de 90 até os dias
atuais, seus municípios não se estruturaram para acompanhar esse intenso processo de
urbanização, que se caracterizou por uma ocupação desordenada e heterogênea,
principalmente nas áreas periféricas das cidades de Cuiabá e Várzea Grande.
2
A ocupação eminentemente urbana desses municípios resultou em um
incremento da demanda nos diversos usos das águas do rio Cuiabá e conseqüente
aumento das cargas orgânicas, de nutrientes e de coliformes gerados pelos esgotos
domésticos, bem como das contribuições de fontes difusas ligadas às atividades
agrícolas e de criações de animais nas pequenas propriedades rurais.
O rio Cuiabá tem um significado que transcende os seus usos mais nobres, como
o abastecimento público, irrigação, pesca e balneabilidade, e está intrinsecamente ligado
à cultura e à vida da população ribeirinha. FERREIRA (1999) descreve que essas
comunidades aí estão como testemunho do tempo que resulta de fases históricas
marcadas na cultura mato-grossense. Nelas as danças do cururu e siriri não são
tradições, mas sim vivências. Mugica de pintado e piraputanga assada não são pr atos
típicos, mas pratos do dia a dia. As festas de santos não são folclore, mas costumes que
marcam a profunda espiritualidade desse povo. Costumes de uma gente simples e
alegre. Uma gente que se tornou, através de suas relações com o rio, guardiã do
potencial da cultura e da sabedoria do Pantaneiro.
3
Os objetivos deste estudo definiram-se a partir do estabelecimento de algumas
hipóteses referentes ao estado da qualidade da água e à combinação de metodologias
para aplicação na base de dados disponíveis sobre a bacia. A primeira hipótese destina-
se à investigação sobre a qualidade e o processo de deterioração da água do rio Cuiabá,
ao longo dos anos, decorrentes das descargas pontuais de esgoto doméstico e industrial
lançadas nos principais tributários desse rio, no perímetro urbano das cidades de Cuiabá
e Várzea Grande. A segunda hipótese refere-se à eficácia da utilização de ferramentas
analíticas, tais como: estatísticas multivariadas, séries temporais, modelos matemáticos
e sensoriamento remoto para lidar com as complexas interações inerentes a esses
instrumentos e uma base múltipla de dados hidrológicos, climatológicos, de qualidade
da água, de uso e ocupação do solo.
4
Uma revisão bibliográfica é apresentada no Capítulo 3, onde se enfatiza a
importância da água como componente global, institucional e gerencial, dentro de uma
visão integrada de gestão dos recursos hídricos em uma bacia hidrográfica. Além disso,
são identificadas as fontes poluidoras pont uais e difusas que têm contribuído para a
degradação dos corpos d’água e as ferramentas analíticas como: técnicas estatísticas,
modelos matemáticos e sensoriamento remoto, utilizadas para dar apoio à gestão da
qualidade da água.
5
dos esgotos domésticos e as cargas difusas como fatores intervenientes no processo de
deterioração das águas da bacia do rio Cuiabá.
6
2. ÁREA DE ESTUDO
O estado de Mato Grosso situa -se na região Centro-Oeste do Brasil, possui cerca
de 900.000 Km2 de extensão territorial, onde se encontra distribuída uma população
aproximada de 2.500.000 hab. (IBGE, 2000). Apresenta uma grande disponibilidade
hídrica, já que nele se localizam as principais nascentes de três grandes bacias
hidrográficas brasileiras: Amazônica, Araguaia / T ocantins e Platina.
A bacia do rio Cuiabá, uma das mais importantes para a formação da bacia do
Alto Paraguai, apresenta uma superfície de, aproximadamente, 28.000 km2 até as
proximidades do município de Barão de Melgaço e estende-se entre os paralelos 14o
18’e 17o 00’S e 54o 40’ e 56o 55’W (CAVINATTO et al., 1995). O rio Cuiabá, que tem
suas nascentes no município de Rosário Oeste, é inicialmente formado por dois
pequenos cursos de água, Cuiabá do Bonito e Cuiabá da Larga, que afloram entre as
serras Azuis e Cuiabá, numa altitude de 500 metros. O ponto de união desses cursos de
7
Fonte: Adaptação PCBAP (1997)
Figura 1 - Caracterização da Bacia do Alto Paraguai
água é denominado Limoeiro, onde o rio passa a ser chamado de Cuiabazinho. Quando
recebe as águas do rio Manso, dobra seu volume, tendo daí em diante o nome de
Cuiabá. O rio Manso é um dos principais afluentes do rio Cuiabá e um dos contribuintes
do rio Paraguai, controlando uma área de drenagem de 9.365 km2 , que representa cerca
de 40% da bacia do rio Cuiabá, na cidade do mesmo nome, e, aproximadamente, 2% da
bacia hidrográfica formadora do Pantanal (SONDOTÉCNICA, 1987).
8
A bacia do rio Cuiabá é constituída por três regiões geomorfológicas, com
características bióticas e abióticas definidas e próprias, que correspondem às áreas de
planalto e serras circunvizinhas, à Baixada Cuiabana e à planície do Pantanal, conforme
apresentado na Figura 2. CAVINATTO et al. (1995) subdividem a bacia do Cuiabá em
alta e média e consideram o Pantanal como uma região à parte. Para GODOY FILHO
(1986), o Pantanal situa -se abaixo das cotas de 200m e pode ser considerado uma
paisagem recente do ponto de vista geológico, resultante dos processos de surgimento
da Cadeia Andina que proporcionaram a individualização da bacia sedimentar do
Pantanal.
9
Leverger e Várzea Grande, é de 723.599 habitantes, distribuídos em uma área de
28.732,73 km2 , dos quais 722.348 estão na área urbana e 51.246 na área rural (IBGE,
2000).
10
1991 (5) 402.813 5,96 161.958 7,03 564.771 6,23
1996 (7) 433.355 1,47 193.401 3,61 626.756 2,10
1997 (8) 440.969 1,76 201.241 4,05 642.210 2,47
1998 (8) 447.390 1,46 207.846 3,28 655.236 2,03
1999 (8) 453.813 1,44 214.435 3,17 668.248 1,99
2000 (8) 483.044 1,44 215.276 3,17 681.580 1,99
Fonte: (1) Censo Demográfico: Sinopse Preliminar, VII Recenseamento Geral do Brasil – 1960/IBGE,
(2) Censo Demográfico do Estado de Mato Grosso, VI Recenseamento Geral do Brasil – 1950/IBGE,(3)
Sinopse Preliminar do Censo Demográfico de Mato Grosso, VIII Recenseamento Geral do Brasil –
1970/IBGE,(4) Censo Demográfico – Dados Distritais – Mato Grosso IX Recenseamento Geral do Brasil
– 1980/IBGE,(5) Censo Demográfico – 1991/MT Resultados do Universo Relativos às Características da
População e dos Domicílios - IBGE ,(6) Estimativa IPDU/DPI com base nos Censos Demográficos de
1980 e 1991,(7) Contagem da População, 1996 – IBGE/MT(8) Estimativa IBGE
11
800.000
700.000
600.000
população
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
1872
1890
1900
1920
1940
1950
1960
1970
1980
1990
1991
1996
1997
1998
1999
2000
anos
13
anual entre 17 e 20°C e temperatura máxima média anual entre 29 e 32°C (MUSIS,
1997).
1100
1000
900
800
700
Vazão (m3/s)
600 1999
2000
500
Média 1948-98
400
300
200
100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
14
Verificou-se, ainda, que com a implantação da usina hidroéletrica de Manso -
UHM, as vazões na Estação Porto decresceram quando comparadas com as médias dos
anos de 1948 a 1998 e de 1999. Isto ocorreu em virtude do fechamento das comportas
da usina para enchimento do reservatório, resultando na retenção das águas do rio
Manso, um dos principais tributários do rio Cuiabá, como mencionado anteriormente.
O rio Cuiabá e seus principais tributários respondem por 69,3% do total da água
destinada ao abastecimento público na bacia, o que representa uma adução de 1.406,8
l/s, sendo 30,7% retirados de poços, além de suprir a zona rural, o que ocorre de forma
difusa ao longo de todo o rio, atendendo a fazendas, sítios, entre outros (TEIXEIRA,
1997). Nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, este manancial atende um percentual
ainda maior, 95% e 82%, respectivamente, do abastecimento desses municípios
(ENGEPOLI, 1999) o que reforça, ainda mais, a importância e a necessidade de se
garantir o uso sustentável desse recurso.
15
7.358, de 13/12/2000, que autoriza a sua extinção, já esteja em vigor, esses sistemas não
foram repassados ao município, devido às dificuldades operacionais e tarifárias
apresentadas pelos mesmos.
2.4.2. Irrigação
A bacia do rio Cuiabá, de acordo com o PCBAP (1997), apresenta 88% de sua
área total composta por vegetação natural e 12% de áreas antropizadas. Desse último
percentual, 87% são ocupadas com pastagem plantada com subdominância de
policultura, onde predomina o desenvolvimento da pecuária extensiva, principalmente
nos municípios de Cuiabá, Santo Antônio do Leverger, Acorizal, Rosário Oeste, Nobres
e Chapada dos Guimarães, Nossa Senhora do Livramento, Barão de Melgaço e Poconé.
As policulturas, também presentes, abrangem inúmeras culturas, tais como: milho,
arroz, feijão, algodão, hortaliças, frutas regiona is, entre outras, exploradas em pequenas
áreas distribuídas pela bacia. Apenas 9% de sua área destinam-se à plantação de soja e
milho que se desenvolvem, predominantemente, nas áreas de nascentes dos rios Casca,
Roncador e Manso. Estima-se que cerca de 504 ha são irrigados, o que representa uma
estimativa de consumo de 6.840 litros/h.ha, (PCBAP, 1997). Além do desenvolvimento
dessas atividades, ocorre, ainda, na região de Nobres, a exploração de diamante e de
calcário.
16
basicamente, a criação de animais em pequenas chácaras e a agricultura de subsistência
para plantio de mandioca, milho e hortaliça.
17
A implantação dessa usina foi marcada por interrupções e polêmicos
questionamentos entre comunidade científica, organizações não-governamentais,
associações dos pescadores e toda a população a respeito de sua concepção, viabilidade,
e impactos ambientais gerados.
18
Vazão de vertedouro 3200 m³/s
Vazão regularizada 135.0 m³/s
Diâmetro da tubulação 5.200 mm
Velocidade de escoamento no conduto 4,94 m/s
BARRAGEM
N.A. mínimo normal 278,0 m
N.A máximo máxima 289,8 m
N.A máximo normal 287,0 m
Cota de Coroamento 291,0
Cota da Soleira TD 264,9 m
Cota da Soleira vertedouro 276.25 m
Volume útil 2.951 x 106 m³
Volume Acumulado 7.3x 10 9 m³
Comprimento máx da reserva máx. Normal 55,0 km
Fonte: FURNAS, 2000
19
Manso terá suas características alteradas drasticamente, principalmente a jusante, onde a
sua vazão será diminuída para o enchimento do reservatório.
Essa fase ocorreu de forma tão intensa na região de Manso que as comunidades
ribeirinhas, aliadas a Organizações Não-Governamentais e à Associação dos
Pescadores, protestaram e entraram com uma ação civil para impedir a continuidade da
obra. Alegaram que a água a jusante e a montante da barragem também apresentava
péssima qualidade e um forte cheiro proveniente desse processo de decomposição,
provocando doenças de pele e afugentado os cardumes, tirando-lhes, assim, a principal
fonte de alimento e a única alternativa de renda. Embora o volume de água no rio tenha
ficado bastante reduzido e a pesca difícil, no último dia 29 de junho, a procissão fluvial
de São Pedro não foi cancelada para se manter a tradição, sendo o peixe servido aos
devotos doado por criadores, donos de tanques (MIDIANEWS, 2000).
Além dos problemas relacionados com a qualidade das águas, outros foram
constatados, tais como: restrições nas divulgação das análises químicas de qualidade da
água realizadas por um laborató rio particular localizado no Rio de Janeiro; programa de
educação ambiental em regiões fora da área de alagamento da usina; assentamento das
famílias desalojadas em áreas de solo extremamente ácido, impróprio para a agricultura
20
de subsistência; a coleta de animais silvestres realizada de forma precária, resultando na
morte de muitos animais e transferência das peças arqueológicas para o acervo de uma
instituição particular de outro estado (MIDIANEWS, 2000).
O rio Cuiabá tem sido largamente utilizado para a diluição dos efluentes
domésticos gerados nas sub-bacias urbanas, principalmente nas que apresentam maiores
concentrações populacionais. Nelas são diretamente lançados esgotos domésticos,
resíduos sólidos in natura, alé m da parcela proveniente dos efluentes industriais. O
Quadro 2 apresenta a evolução, no período de 1990 a 2000, dos incrementos realizados
nos sistemas de abastecimento de água e esgoto da cidade de Cuiabá, onde a cobertura
de rede de esgoto dessa cidade e de Várzea Grande atinge 38% e 16 % da população,
respectivamente. Na Figura 5 observa -se a lacuna existente entre o percentual de
população atendida com o sistema de abastecimento de água e de coleta de esgoto na
cidade de Cuiabá.
21
Quadro 2 -Evolução do Número de Economias de Água e Esgoto na Cidade de
Cuiabá – Mato Grosso - 1990-2000.
NoEconomias População População No Economias População
População
Ano Faturadas de Atendida Atendida com Faturadas de Atendida Com
(Hab) (1)
Água (2) Água Esgoto Esgoto (2) Esgoto
1990 389.071 89.314 359.935 119.393 29.626 119.393
1991 402.812 93.936 378.562 126.739 31.449 126.739
1992 419.783 102.567 413.345 125.970 31.258 125.970
1993 435.514 105.888 426.729 133.002 33.003 133.002
1994 450.563 108.331 436.574 135.497 33.622 135.497
1995 465.107 115.719 451.154 178.537 44.302 178.537
1996 433.355 117.930 420.354 183.147 45.854 183.147
1997 440.969 127.389 427.740 183.228 45.446 183.228
1998 453.448 131.099 439.845 182.962 45.400 182.962
1999 466.281 135.190 452.293 186.963 46.393 186.963
2000 482.498 136.513 468.023 186.423 46.259 186.423
Fonte : (1) IBGE no de pessoas por domicílio=4,03 (1998), (2) SANEMAT/Agência de Saneamento da
cidade de Cuiabá
22
verificada tenha sido de 200 mg/l e uma DBO final, após tratamento, de 40 a 60 mg/l, o
que representa, uma eficiência de 98% na remoção de matéria orgânica (DOMINGUES,
2000). Nos vinte cinco sistemas isolados existentes, a parcela tratada é relativamente
pequena, pois apenas quatro encontram-se em funcionamento, ainda que precariamente,
sendo que os demais apresentam problemas físicos e operacionais.
23
2.4.4.1. Características das Sub-bacias Urbanas de Cuiabá e Várzea Grande
24
A Figura 7 ilustra a localização das sub-bacias, relacionadas de acordo com a
denominação do projeto do sistema integrado de esgotamento sanitário elaborado pela
Geotécnica e implantado parcialmente.
Figura 7 - Mapa de Localização das Sub - Bacias Urbanas do Rio Cuiabá, Cuiabá
– Mato Grosso com Identificação das Principais ETE’s.
25
O projeto inserido no PMSS II, em fase de aprovação, contempla a
complementação da SB19 e SB16, execução de parte da SB14 e a interligação dos
sistemas isolados existentes no Cophamil, Cohab Nova e Santa Isabel, na SB15, que
será conectada à Estação de Tratamento de Esgoto - ETE D. Aquino, construção da
elevatória da Prainha (sistema unitário) e recuperação da ETE D. Aquino, o que
resultará em um acréscimo de 20.143 ligações no sistema integrado, com orçamento
estimado no valor de US$ 15.000.000,00. Essas intervenções podem ser visualizadas na
Figura 7, anteriormente apresentada.
A previsão da parcela real de cargas que são lançadas no rio Cuiabá, oriundas
das indústrias, não é de fácil verificação, uma vez que FEMA não disponibiliza os dados
operacionais da eficiência apresentadas pelos sistemas.
26
Quadro 4 -Cargas Produzidas por Algumas das Principais Indústrias na Bacia do
Rio Cuiabá, Cuiabá – Mato Grosso - 2000.
Carga
Rem local de
Cidade Tipo de Indús tria Tipo de Tratamento Acum.
(KgDBO/dia) Lançamento
(%)
Extração de óleos Fossa Séptica/, Trat Rio Arica -
Cuiabá 107,00 99,37
vegetais Primário e Secundário Açu
Esmagamento de Córrego sem
Cuiabá Lagoa de estabilização 14,7 100
soja nome
Extração de óleo Rio Aricá -
Cuiabá Lagoa de estabilização
vegetal Açu
Fabrica de cerveja
e/ou refrigerantes Reator Anaeróbio e
Cuiabá 5.846,4 33,55 Rio Cuiabá
02 fab. De cerveja Lagoa de estabilização
e/ou refrigerante
Tanque de aeração e Rio Arica -
Cuiabá Laticínio 291,8 97,41
leito de secagem Açu
Beneficiamento de Fossa Séptica/lagoa Córrego
Cuiabá 386,0 95,80
couro e pele aerada e L.Mat Formigueiro
Lagoa Anaeróbia a
Cuiabá Abatedores bovinos 3.300,00 76,4 Rio Cuiabá
Facultativas
córrego sem
V. Grande Ext. de óleo vegetal Lagoa de Estabilização 14,7 100
nome
V. Grande Laticínio Tanque de .Aeração 291,8 97,41 R. Arica-Açu
Lodos Ativados e.
V. Grande Ind. Química 4,0 -
Lagoa Facultativa
V. Grande Laticínio Filtro Anaeróbio 28,2 99,73 R. Cuiabá
Beneficiamento de
couro e pele
Benef. de leite Sistema em
Várzea
Abate de bovinos Implantação 4.173,0 57,50 Rio Cuiabá
Grande
f. de refrigerante
abate de aves
abate bovinos
Fonte: PCBAP (1997) e Cadastro FEMA.
27
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Esse mesmo autor enfatiza, ainda, que a compreensão sistêmica dos processos
cíclicos de energia e matéria na natureza, em geral, e das águas da terra, em particular,
constitui um dos grandes desafios das ciências hidrológicas e ambientais neste século.
Torna -se necessário transcender o pensamento mecanicista ao sistêmico que sustenta
28
não pode r a totalidade de um sistema ser apreendida pelo estudo de suas partes, mas
dentro do contexto do todo maior agindo e interagindo de forma integrada.
A gestão das águas no Brasil passou por um período de grandes avanços desde o
final da década de 80 até a promulgação da Lei das Águas - no 9984, de 17.07.2000.
Esta lei é fundamentada em alguns princípios básicos, tais como: adoção da bacia
hidrográfica como unidade de planejamento; garantia do uso múltiplo dos recursos
hídricos; reconhecimento da água como um recurso finito, vulnerável e um bem de
valor econô mico, instituindo, assim, a cobrança pelo seu uso e previsão de uma gestão
descentralizada e participativa, com o deslocamento do poder de decisão para os níveis
hierárquicos locais e regionais do governo, e a participação dos usuários, da sociedade
civil organizada, das ONG’s e outros agentes através dos comitês de bacia.
Com esta lei, foram ainda definidos cinco instrumentos para o gerenciamento
das águas no país, com o objetivo de promover a gestão e o controle dos recursos
hídricos, todos eles dependentes de bases sólidas de dados. No primeiro grupo,
encontram-se o plano de recursos hídricos e o enquadramento dos corpos d’água que
respondem pela gestão quantitativa e qualitativa da água. São instrumentos que
fortalecem a relação entre a gestão dos recur sos hídricos e do meio ambiente, a partir da
formulação de metas de qualidade a serem alcançadas, tomando como base a Resolução
CONAMA 20. No segundo grupo, estão a outorga e a cobrança, elementos relevantes de
controle dos usos desses recursos hídricos. O quinto instrumento é o sistema nacional de
29
informações, destinado a coletar, organizar, criticar e difundir a base de dados relativos
aos recursos hídricos.
MAGRINI & SANTOS (2001) enfatizam que com a promulgação da lei das
águas, foram introduzidas muda nças radicais na concepção da gestão ambiental e nos
instrumentos tradicionalmente aplicados por esta lei, principalmente no rompimento do
conceito de gestão vigente, calcado na divisão político-administrativa e na utilização de
instrumentos de comando-controle.
Acompanhando essa evolução no setor, o estado de Mato Grosso teve a sua Lei
o
n 6.945 aprovada, em 05.11.1997, onde é definida como órgão gestor a Fundação
Estadual do Meio Ambiente, não apresentando na composição do seu sistema a criação
da agência de bacias, conforme previsto em lei a nível nacional.
30
por atividades antropogênicas. A poluição, entretanto, decorre de uma mudança na
qualidade física, química, radiológica ou biológica do ar, água ou solo, causada pelo
homem ou por outras atividades antropogênicas que podem ser prejudiciais ao uso
presente, futuro e potencial do recurso. BRANCO (1991) salienta a dificuldade de se
definir com precisão o que se entende por ca racterísticas naturais ou o que são
alterações significativas.
31
NOVOTNY et al. (1993) reforçam que a urbanização provoca alterações na
composição atmosférica, nos aspectos quantitativos e qualitativos dos corpos receptores
e outros corpos d’ água e no solo da bacia. Os autores enfatizam, ainda, que os sistemas
ecológicos nativos são substituídos por uma ecologia urbana. Emissões de resíduos
aumentam drasticamente e as fontes dessas contaminações são diversas, tais como:
indústrias, sistemas de coleta e tratamento de efluentes domésticos, coleta e disposição
de resíduos sólidos (aterros, lixões), deposição de detritos e restos de materiais diversos.
O destino das emissões dos contaminantes nos corpos d’água depende não
somente da quantidade de substância emitida, mas das características e dos processos de
transporte, dispersão e transformação (biodegradação, hidrólise, fotólise) que ocorrem
dentro de um corpo receptor.
32
Fonte: adaptado de DAVIS et. al (1998)
Figura 8 - Fontes de Poluição Pontual e Difusa em Bacias Urbanas.
As principais categorias de poluentes que compõem cada classe, conforme
definido por DAVIS et al. (1998), podem ser observadas no Quadro 5, onde os
poluentes de maior representatividade incluem: material orgânico que causa a
deficiência de oxig ênio nos corpos d’água; nutrientes, que provocam o excessivo
crescimento de algas nos lagos, reservatórios, rios e mares; os organismos patogênicos;
material em suspensão; metais pesados; material orgânico tóxico e calor. Este estudo
concentrou-se na análise das categorias presentes nas fontes pontuais, decorrentes do
lançamento dos esgotos domésticos, muito embora uma caracterização dos efluentes
industriais tenha sido levantada na bacia.
33
dependem do oxigênio para viver. Os níveis críticos de oxigênio variam entre espécies
mais exigentes, como as trutas que requerem cerca de 7,5 mg/l de OD, até as menos
exigentes, como as carpas e cascudos (peixe da região) que podem sobreviver com até
3,0 mg/l.
Neste item será feita a caracterização dos principais parâmetros analisados neste
estudo, seus conceitos e definições, enfatizando-se, ainda, os aspectos naturais de cada
um deles sem a influência e interferência da ação antrópica. Serão destacados, ainda, os
34
efeitos da poluição, sob o ponto de vista de diversos autores, e os limites estabelecidos
pela Resolução CONAMA 20, que fixa valores para os padrões de diferentes classes de
um corpo receptor. O Quadro 6 apresenta os limites para um rio de Classe II e ainda,
sobre os usos a que se destinam essas águas.
3.2.1.2. Turbidez
35
3.2.1.3. Sólidos
BRANCO (1983) ressalta que todos os contaminantes da água, com exceção dos
gases dissolvidos, contribuem para a carga de sólidos, os quais podem ser classificados
pelas suas características físicas (suspensos e dissolvidos) e químicas (orgânicos e
inorgânicos). Segundo o mesmo autor, os sólidos voláteis representam uma estimativa
da matéria orgânica nos sólidos, ao passo que os sólidos fixos caracterizam a presença
de matéria inorgânica ou mineral. Entretanto, a APHA (1997) salienta que as
determinações de sólidos fixos e voláteis não se distinguem exatamente entre materiais
orgânicos e inorgânicos porque a perda de peso pelo aquecimento não se limita ao
material orgânico, incluindo, também, perda por decomposição ou volatilização de
alguns sais minerais como: carbonatos, cloretos, sulfatos, sais de amônio, entre outros.
3.2.1.4. Condutividade
36
3.2.1.5. Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO
3.2.1.7. Cor
As águas naturais possuem cor que varia entre zero e 200 unidades, pois acima
disso já seriam águas de brejo ou pântano, com altos teores de matéria orgânica
dissolvida. Coloração abaixo de 10 unidades é quase imperceptível. A coloração das
águas naturais pode variar em função das características e das substâncias presentes.
Substâncias orgânicas como os taninos produzem a cor marrom transparente, as algas,
cor verde e a suspensão de argilas, cor amarelo - avermelhada. No Brasil, a Resolução
CONAMA 20, de 18/06/86, aceita para água bruta até 75 unidades de cor para receber
tratamento convencional e depois ser distribuída em sistemas urbanos, não devendo
37
mostrar cor superior a 5 unidades, conforme estabelece a Portaria 36, do Ministério da
Saúde, e, mais recentemente, a Portaria 1469, de 29/1/2000.
3.2.1.8. pH
pH, termo usado para expressar a intensidade da condição ácida (H+) ou alcalina
(OH -) de uma soluç ão, em termos de concentração de íons de hidrogênio H+ é definido
como o logaritmo negativo da concentração molar de íons de hidrogênio.
pH = - log [H+ ]
De acordo com ESTEVES (1988), o pH pode ser considerado uma das variáveis
ambientais mais importantes e complexas de se interpretar, devido ao grande número de
fatores que podem influenciá -lo. Em geral, nas águas naturais o pH é alterado pelas
concentrações de íons H+ originados da dissociação do ácido carbônico, que gera
valores baixos de pH e das reações de íons de carbonato e bicarbonato com a molécula
de água, que elevam os valores de pH para a faixa alcalina.
3.2.1.9. Alcalinidade
38
outra solução, sendo controlado pelas reações químicas e pelo equilíbrio entre os íons
presentes. É essencialmente uma função do gás carbônico dissolvido e da alcalinidade
da água (FEITOSA et al. , 1997).
3.2.1.10. Nitrogênio
39
forma orgânica ou de amônia, referem-se à poluição recente, enquanto que nitrito e
nitrato à poluição mais remota. A Resolução CONAMA estabelece limites para amônia
não-ionizável NH 3, de 0,02 mgN/l, Nitrato, 10 mgN/l, e Nitrito, 1,0 mgN /l.
3.2.1.11. Fósforo
3.2.1.12. Coliformes
40
complexas interações e tem se tornado comum no gerenciamento de bacias
hidrográficas. Contudo, sua eficácia depende da qualidade e quantidade de dados de
campo, que, em geral, tendem a ser esparsos, principalmente quando se trata de sub-
bacias inteiras. Os autores afirmam, ainda, que as bases de dados geradas por
instituições governamentais com a finalidade de monitoramento podem ser úteis para
um entendimento inicial dos processos e de interações que venham a ocorrer dentro da
bacia e para mostrar pesquisas mais detalhadas, úteis aos planos de gerenciamento.
41
reduzir a dimensionalidade do problema e facilitar a interpretação sem perda de
informações importantes. Além desses, outros métodos são comumente utilizados na
fase de aprofundamento, como os testes de hipóteses e análises de séries temporais.
NASCIMENTO et al. (1996) apresentam uma revisão da aplicação dessas técnicas
dentro da área de Engenharia Sanitária e Ambiental, enfocando as potencialidades,
limites e restrições do emprego desses métodos.
Sua aplicação tem sido largamente difundida nos últimos anos, devido à
necessidade de se ter uma redução drástica dos dados para análise e tomada de decisão.
BERZAS et al. (2000); VIDAL et al. (2000); VEGA et al. (1998); CAMARGO et al.
(1995) e ESTEVES et al. (1995) aplicaram essa técnica para reduzir o número de
variáveis utilizadas e avaliar as variações espaciais e temporais da qualidade das águas
em diferentes bacias. BRAUNER (2000) comenta que as ACP são frequentemente
utilizadas para reduzir a dimensionalidade dos dados espaciais e eliminar a correlação
que possa existir entre certas variáveis pela transformação das variáveis originais em
42
variáveis ortogonais. BOLLMANN et al. (2000) salientam, ainda, que um dos objetivos
iniciais da ACP é verificar se uns poucos componentes explicam a maior parte da
variância dos dados. Se isso ocorrer, pode-se reduzir a dimensão dos dados, o que
permite compreender melhor a aproximação dos dados (análise de agrupamento) e as
correlações entre as variáveis para sua seleção e redução dos dados através de eixos
explicativos e representação gráfica. Apesar dessas vantagens mencionadas, esses
autores enfatizam que vários problemas podem ocorrer na aplicação dessa técnica,
principalmente na interpretação dos resultados, já que nem sempre os novos
componentes podem apresentar uma explicação prática e clara.
43
pode ser visto a partir de um dendograma que apresenta um resumo do processo de
agrupamento e da proximidade dos grupos. Muitas aplicações de análises de cluster para
avaliação da qualidade da água têm sido reportadas (BERZAS et al. 2000; VEGA et al.
1998).
44
A aplicação do sensoriamento remoto em estudo ambiental tem sido amplamente
utilizada, segundo GOKSEL (1998), CHANSENG et al. (2000), e se mostra como o
mais importante método para juntar informações sobre a cobertura da terra, sendo por
isso utilizado para monitorar as mudanças ocorridas dentro e nos limites do
desenvolvimento de áreas urbanas e rurais, já que permite acompanhar as mudanças
espaciais e temporais. O uso de imagens de satélite no contexto urbano tem sido
preferencialmente ligado a estudos de microclima, por exemplo mapeamento de ilhas de
calor, e à produção de mapas de cobertura e uso da terra. Porém, alguns autores
RICHARDS (1993) e RIDD (1995) sugerem que mais informações biofísicas podem ser
extraídas como índices de superfícies impermeabilizadas.
45
chamado ETM ( Enhanced Thematic Mapper) possui, além de 7 bandas multiespectrais,
uma banda pancromática com resolução espacial de 15 m.
3.3.2.2.2. Classificação
46
imagens podem ser supervisionados e não-supervisionados. No primeiro, são escolhidas
amostras de treinamento que correspondem a pequenas áreas, selecionadas da imagem
que pertence às classes de interesse, de onde se obtêm informações referentes aos níveis
de cinza dos seus pixels para o desenvolvimento da classificação. Dentre os vários
métodos de classificação, destacam-se o de máxima verossimilança, o mais utilizado, o
de classificação supervisionada de imagens e o de sensoriamento remoto, onde supõe-se
que os níveis de cinza dos pixels de cada classe sejam feitos a partir da probabilidade de
cada um pertencer às classes previamente definidas.
dC = -K1.L + K2.(Cs-C)
dt
dL = - K1.L
onde,
C - concentração de OD(mg/L)
Cs - concentração de saturação de OD (mg/l)
L - demanda bioquímica de oxigênio DBO (mg/l)
t - tempo (T)
K1 - coeficiente de desoxigenação (1/T)
K2 - coeficiente de reaeração (1/T)
47
O Quadro 7 apresenta uma listagem com a evolução cronológica dos modelos de
qualidade e as características inerentes a cada um deles, permitindo um conhecimento
de sua evolução e modificações propostas ao longo do tempo. As equações de Streeter e
Phelps sofreram modificações, a partir da década de 60, como descrito no mesmo
Quadro, que relaciona alguns autores como: CAMP (1963), DOBBINS (1964),
O`CONNOR (1967), DRESNACK et al. (1968) apud BITTENCOURT et al (1996) que
tiveram nessa clássica equação o marco inicial na área de modelagem.
48
Quadro 7 - Lista dos Modelos de Qualidade de Água por Ordem Cronológica.
Ano Modelo Características
Este modelo representa o balanço entre Oxigênio Dissolvido (OD) e
1925 STREETER PHELPS Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) definidos na forma de equações
diferenciais ordinárias de primeira ordem.
É um modelo de simulação de OD/DBO que modifica as equações
1963 CAMP originais adicionando os ter mos referentes à sedimentação e/ou
resuspensão, DBO do escoamento superficial e fotossíntesse.
Modelo de simulação, o OD/DBO apresenta-se na forma de equações
1964 DOBBINS diferenciais de segunda ordem, considerando os efeitos da demanda
bentônica, fotossíntese e respiração no acréscimo da taxa de OD.
Este modelo de simulação OD/DBO utiliza uma equação onde os termos
1967 O’CONNOR referentes a DBO carbonácea e DBO nitrificante estão separados.
Modelo proposto pelo Texas Water Development Board (WDB),mostra, de
1970 DOSAG I forma integrada, a equação de Streeter Phelps e é aplicável a sistemas
unidimensionais sem considerar os efeitos da dispersão.
Criado pela Enviromental Protection Agency EPA, este modelo registra
1970 DOSAG III maior habilidade nos procedimentos de simulação e maio número de
parâmetros simulados no DOSAG I.
O modelo QUAL I, desenvolvido pelo Texas WDB, usa equações
unidimensionais de dispersão-adevecção pela solução das diferenças
finitas. É diferente dos modelos acima citados, que utilizam um trecho
como um elemento computacional e necessitam apenas de lançamento no
início e final de cada trecho a ser alimentado. utiliza um elemento
computacional padrão de um comprimento estabelecido através do sistema.
Elementos computa cionais com propriedades hidrológicas e físicas
1971 QUAL I similares são agrupados no mesmo trecho.
O modelo CE-QUAL -I CM pode ser aplicado em uma, duas ou três
dimensões e deve ser ligado a um modelo hidrodinâmico. Inclui processo
detalhado de qualidade d’água para temperatura, salinidade, balanço de
OD/carbono, ciclos de nitrogênio, fosfóro e silica e interações de
fitoplanctum, zooplanctum, bactéria e sedimentos. O CE-QUAL-ICM
requer uma grande quantidade de dados para calibragem de processos
químicos e biológicos.
O modelo QUAL- II é uma modificação do QUAL –I proposto pela EPA –
Enviromental Protection Agency, sendo aplicável para rios profundos e
dentríticos. Pode simular variações temporais e espaciais de até treze
parâmetros de qualidade de água
1972 QUAL-II O modelo CE-QUAL-RIVI é hidrodinâmico, unidimensional e de qualidade
da água usado para simular escoamentos altamente variáveis em rios com
barragens ou outras estruturas. O transporte de poluentes por advecção e
dispersão está ligado à hidrodinâmica e transformações de poluentes
também são simuladas .
Dissolved Oxigen Simulation Model – O modelo de simulação de oxigênio
dissolvido inclui OD/DBO, bactéria (Chick’s Law) e uma substância
1974 SIMOX conservativa. A versão mais recente também decaimento de primeira
ordem de nitrogênio e fósforo para representar sedimentação, absorção e
transformação.
QUAL II / SEMOG é um modelo matemático determinístico,
unidimensional de Qualidade de água, desenvolvido pela firma Water
Resource Engineering para o Southeast Michigan Council of
QUAL –SEMOG
1976 Governments, a partir do modelos QUAL I e QUAL II. Pode ser operado
tanto em regime permanente quanto dinâmico, embora, em termos
hidráulicos, forneça apenas soluções permanentes.
O modelo CE-QUAL - W2 é bidimensional vertical, hidrodinâmico e de
1976
CE-QUAL - W2 Qualidade da água . Inclui temperatura, salinidade, ciclo de OD/carbono,
(cont.)
ciclos de nitrogênio, fósforo, fitopanctum e bactéria. Vários níveis de
49
complexidade são possíveis devido à organização modular das simulações
de qualidade d’água . O CE- QUAL –W2 tem sido aplicado largamente
para rios, lagos, reservatórios e estuários nos Estados Unidos.
QUAL2E é um modelo unidimensional de estado permanente, usado
frequentemente para simular os efeitos de descargas de poluição de fontes
pontuais e não-pontuais na Qualidade da água de rios. Ciclos detalhados
de OD/DBO e de nutriente são simulados, considerando os efeitos de
QUAL2E respiração de algas, reaeração e demanda de oxigênio de sedimentos. Os
metais podem ser simulados arbitrariamente como constituintes
conservativos ou não. Sua hidrodinâmica baseia-se na equação
unidimensional de advecção-dispersão. É amplamente utilizado em todo o
mundo, havendo diversos exemplos de aplicação no Brasil.
Hydrologic Simulation Program – Fortran – Este modelo combina as
cargas de escoamento da bacia e cargas, transporte e transformação, nos
rios de OD/DBO, nutrientes, algas e pesticidas/tóxicos. O HSPF requer
uma extensa gama de dados de entrada e coeficientes par a parametrizar
cada processo de qualidade e quantidade de água. As simulações
detalhadas de ciclo de nutriente incluem nitrificação e desnitrificação,
HSPF absorção de amônia e de ortofósforo, uptake (coletor ascedente de gás),
vaporização e imobilização. As tr ansformações de tóxicos no rio abrangem
solubilidade, volatização, fotólises, oxidação e biodegradação. Somente a
variação em uma dimensão é considerada no corpo de água. O HSPF
1985 inclui três compartimentos de algas e considera a respiração, crescimento,
assentamento e morte usando a cinética Michaelis- Menten. É um modelo
altamente detalhado e tem sido largamente aplicado nos Estados Unidos.
Este modelo foi desenvolvido pelo Instituto Dinamarqês de hidráulica para
simular processos de águas pluviais, escoamento em bacias e qualidade da
água em corpos de águas unidimensionais. Sua hidrodinâmica é baseada
em uma solução diferencial finita para as equações completas de ST.
MIKE 11
Venant para escoamento de canal aberto; é simulado escoamento não -
permanente. Os módulos de águas pluviais-escoamento usam uma
abordagem parâmetro global para simular escoamentos, mas as cargas
poluentes não são simuladas.
Water Analysis Simulation Program – Este programa de simulação de
análise da água foi desenvolvido para simular os processos de
hidrodinâmica e de grande qualidade de água em 1, 2 ou 3 dimensões para
avaliar o destino e transporte de contaminantes convencionais e tóxicos.
WASP Ciclos de OD/DBO detalhados, nitrogênio, fósforo e fitoplancton são
simulados, usando-s e o componente de qualidade da água neutro. O
módulo toxi também avalia a cinética de substâncias tóxicas. O wasp tem
sido usado em conjunto com o swmm e aplicado largamente nos Estados
Unidos e frequentemente na América Latina.
Fonte: Bittencourt, et al.( 1996)
50
controle da qualidade das águas e de simulações decorrentes do estado de ocupação da
bacia, mas, também, para prognosticar valores decorrentes da implantação de
empreendimentos. Serão listadas diversas experiências com o uso desses modelos,
enfatizando-se não só a região da área de estudo, bem como outras regiões do Brasil e
de outros países.
CUBILLO (1992) relata que a Companhia Canal de Isabel II, responsável pelo
gerenciamento da água e esgoto de Madrid, na Espanha, tem feito uso do modelo para a
maioria dos rios da Comunidade de Madrid. Inicialmente, ele foi aplicado no
planejamento de um programa de expansão de tratamento de resíduos e posteriormente
para gerenciar as estações de tratamento de esgoto e avaliar o controle da qualidade das
águas dos rios de Madrid.
51
não-conservativa arbitrária (Ferro Total). Entre outros interesses, o trabalho mostrou a
compatibilidade de utilização de um modelo matemático com uma planilha expandida
(spreadsheet), criando um instrumento de gerenciamento computacional acessível tanto
ao pessoal técnico como aos responsáveis pelas tomadas de decisão.
TEIXEIRA (1994) aplicou o modelo QUAL2E aos rios Coxipó e Cuiabá com o
objetivo de avaliar as cargas orgânicas dos anos de 1993, 1995 e 2005, considerando as
hipóteses de remoção de cargas domésticas na ordem de 80%, 50% e 0% para vazões
hidrológicas mínimas e médias (80 m3 /s e 407 m3/s) no Estação Porto, correspondente
ao ponto Rc8 da área de estudo. Com base nessa simulação, foram feitas recomendações
e proposições de diretrizes para cada nível de tratamento de esgoto na bacia, atendendo
aos padrões estabelecidos para rios de classe I e II.
52
FISHER (1995) calibrou o modelo QUAL2E para um trecho de 20 Km na bacia
do Ribeirão do Feijão com o objetivo de determinar o grau de contaminação desse rio,
provocado principalmente pelo resíduo proveniente do aterro não-controlado (lixão),
que constitui a maior fonte de poluição na bacia. utilizou, também, um Índice de
Qualidade da Água (IQA) como mais uma técnica de análise para comparação com o
modelo.
53
trechos nos quais os elementos computacionais têm as mesmas propriedades
hidrogeométricas, declividade, seção transversal do canal, rugosidade, etc. e taxas de
constantes bioló gicas, de decaimento de DBO, de fontes bênticas e de sedimentação de
algas, etc.
A bacia do rio Cuiabá tem demandado vários estudos ao longo dessas últimas
décadas GOMES (1984), TEIXEIRA (1994), LIMA et al. (1994), FEMA (1995),
PCBAP (1996), FIGUEIREDO (1996) que, em geral, buscaram a caracterização de
variáveis hidrológicas, físico-químicas e bacteriológicas e a utilização de modelos
matemáticos para simulação da qualidade da água.
54
bentônicos) decorrente de todo o processo de ocupação na bacia. São estudos que
caminham para uma nova área denominada ecohidrologia.
ZALEWKI (2000) considera essa área uma nova tendência para atingir o
desenvolvimento sustentável dentro de uma bacia, pois estuda as inter-relações
funcionais entre a hidrologia e a biota aquática resultante da evolução biogeoquímica
que ocorre dentro do ciclo da água. O autor enfatiza, ainda, que a degradação dos
recursos hídricos apresenta duas faces: a poluição e a ruptura dos ciclos d’água e dos
nutrientes. A primeira pode ser substancialmente eliminada através do uso de
tecnologia, a segunda, mais complexa, está ligada à destruição da estrutura biótica
dentro da área da bacia e dentro dos sistemas dos recursos hídricos. Alguns estudos
sobre a bacia serão, a seguir, descritos, pela importância de suas informações.
55
para o ano de 2005 indicaram um acréscimo da DBO na ordem de 100%, em relação a
1993, se não ocorrer nenhuma remoção da carga lançada, chegando a 9mg/l, em Cuiabá.
O autor concluiu, ainda, que os teores de OD sempre estarão acima de 5,0 mg/l, mesmo
no ponto Rc12, considerado o mais crítico. O fósforo total assume valores elevados e
para se enquadrar aos limites do rio classe II deverá alcançar cerca de 95% de remoção
nas estações de tratamento. O parâmetro coliforme ficará bastante elevado, na ordem de
105 NMP/100ml, requerendo, assim, no mínimo, um tratamento que apresente uma
eficiência de 99,9% para atingir os limites da classe II.
56
MMA (1997) coordenou a execução do Plano de Conservação da Bacia do Alto
Paraguai – PCBAP, como um componente do projeto Pantanal, no âmbito do Programa
Nacional de Meio Ambiente – PNMA, envolvendo os estados de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, abrangem as áreas inundáveis do Pantanal Mato-grossense e nas terras
mais elevadas e mais secas do seu entorno. Esse estudo resultou na formação de uma
ampla base de informações para o monitoramento e gestão da bacia, apresentando os
seguintes produtos: um diagnóstico ambiental da BAP dentro das temáticas das ciências
naturais e humanas, envolvendo, ainda, aspectos econômicos e jurídicos institucionais e
o zoneamento ambiental da bacia; carta de fragilidade e de impactos ambientais,
definindo diretrizes gerais e específicas para cada unidade baseadas nos critérios de
preservação ambiental, recuperação ambiental e de desenvolvimento com conservação
da natureza.
57
climatológico fornece informações básicas para outros programas ambientais e para a
operação do empreendimento. Para atender a esses objetivos, inicialmente a
ELETRONORTE e posteriormente FURNAS, definiram uma nova rede de
monitoramento em pontos considerados estratégicos para avaliar os impactos
decorrentes da implantação da usina. Registros das observações estão sendo realizados
desde 1986 até a presente data, correspondendo a períodos anteriores e posteriores ao
fechamento das comportas. Esses relatórios são encaminhados à FEMA, órgão gestor da
Política Ambiental do Estado, para acompanhar a evolução das alterações e direcionar
ações mitigadoras para o impacto produzido.
58
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo utilizou uma base de dados múltiplos para avaliar os impactos do
processo de urbaniz ação na evolução da qualidade da água da bacia do rio Cuiabá, no
trecho correspondente ao perímetro urbano das cidades de Cuiabá e Várzea Grande.
Foram considerados os aportes da carga poluidora provenientes das fontes pontuais dos
esgotos domésticos e industriais lançados nos principais tributários desse rio. Para lidar
com as complexas interações de bases múltiplas de dados hidrológicos, climatológicos,
de qualidade da água e de uso e ocupação do solo, utilizaram-se ferramentas analíticas
como estatísticas multivariadas, séries temporais, modelo matemático e sensoriamento
remoto.
- faixas de variações por período e por ponto para verificação da qualidade da água do
rio Cuiabá, no perímetro urbano, tendo como limite os padrões estabelecidos pela
Resolução CONAMA 20 para um rio classe II;
59
- uma análise da tendência da série temporal nesses pontos, decorrente de todo o
processo de ocupação e urbanização sofrido pela bacia.
60
- agrupar as sub-bacias de acordo com as características comuns de qualidade e inter-
relacioná-las com o tipo de ocupação;
- utilizar o sensoriamento remoto para estimar dados de qualidade da água nas bacias e
alimentar modelos matemáticos;
61
Fonte: SIBAC, 2000.
Figura 10 – Formulário do Banco de Dados do SIBAC para Visualização da
Consulta do Banco de Dados.
62
Figura 11 - Distribuição Espacial dos Pontos no Rio Cuiabá – Mato Grosso e
Principais Tributários do Perímetro Urbano – Mato Grosso - 2000.
Embora a bacia apresente um grande número de pontos de monitoramento, as
freqüências e tipos de variáveis analisadas alteram de acordo com as fontes e natureza
dos estudos realizados. Dessa forma, para atender aos objetivos propostos neste estudo,
os pontos Rc5 e Rc12 foram escolhidos para análise devido a sua localização
estratégica, a montante e a jusante do perímetro urbano, e por possuírem uma série
histórica com maior número de observações, permitindo, assim, atender às exigências
das análises estatísticas a serem realizadas. Além dos pontos localizados no rio Cuiabá,
foram levantados, nesse trecho, dados referentes a seus principais tributários (sub-
bacias), conf orme Quadros 8 e 9.
63
Quadro 8 - Caracterização dos Pontos Monitorados no Rio Cuiabá –– Perímetro
Urbano, Mato Grosso - 1999-2000.
Ponto no rio Coordenadas
Localização
Cuiabá (UTM)
Rc5 Cbá na Passagem da Conceição 592,160/ 8.278 ,820
Rc6 Cbá Riberão do Lipa 592,685 /8.276,95
Rc7 Cbá Copamil 592,050/ 8.274,945
Rc8 Cbá Porto 595,610 /8.273,320
Rc9 Cbá Corrego Gambá 598,220/ 8.271,595
Rc10 Cbá Corrego Barbado 599,670 /8.269,660
Rc11 Cbá São Gonçalo 599,670/ 8.269,660
Rc12 Cbá após ponte JK 595,190 /8.263,880
64
Quadro 10 - Síntese dos Métodos e Equipamentos Empregados para Análises
Físico - Químicas e Microbiológicas e Limites de Detecção. Variáveis Analisadas
nas Seções Amostradas da Bacia do Rio Cuiabá – Mato Grosso - 1998 – 2000.
Limite de
Variável Método Equipamentos
Detecção
PH Eletrométrico 0,1 PHmetro, Digimed-Dm20
Temperatura Ar, Termômetro c/ coluna Hg, certificado, escala
Termômetro de contato 0,5
Água (ºC) de 0 a 100ºC c/ variação 0,1ºC
Comp. visual solução
Cor (uH) padrão de cobalto- 2,5 Colorímetro/Polilab/Aqua Nessler An1000
platina
Turbidez UT Nefelométrico 0,1 Turbidímetro/Polilab/AP-1000
Potenciométrico com 1. Phmetro/Digime/Dm20.
Alcalinidade (mg/l
titulação c/ H2S04 0,1 2. Bureta automática/ Metrohm Herisau/ E-
CaCo3)
0,02N 1.85-10ml
Laboratório –
Condutividade
empregando eletrodo 0,01 Condutivímetro/Micronal/ B-330
(µS/cm)
de platina
Método de Winkler
OD (mg/l) 0,1 Titulador
Modificado
1. Cápsula de Porcelana
Sólidos Totais 2. Balança eletrônica de precisão de 0,1 µg
Sólidos Fixos /Scientech/AS-210
Gravimétrico 1,0
Sólidos Voláteis 3. Estufa/ FANEM/ 320SE/ temp. 105ºC.
(mg/l) 4.Mufla/Engro/M-355,Temp 550-600 ºC.
5.Dissecador/Pyrex/200mm
Método das Diluições
DBO Incubado a 20ºC, 5 0,1 Titulador
dias
1.Aquecedor p/ refluxo conjunto SEBELIN c/
Refluxo c/ K2 Cr2 O7 06 provas / Ética
DQO (mg/l) 0,025N e Titulação c/ 0,010 2. Agitador magnético/FANEM/ 257
Fe(NH4)2(SO4)2 . 6H2 0 3. Pipetador Automático /Metrohm Herisau/
E485
Nitrogênio Kjeldhal Perssulfato e leitura Espectrofotômetro/Micronal- B-375
0,01
(mgN/l) colorimétrica Comprimento de onda
Fósforo Total Ácido ascórbico e Espectrofotômetro/Micronal- B-375/
0,010
(mgP/l) leitura colorimétrica Comprimento de onda 660 nm.
Coliformes Totais e
Fermentação em tubos 1. Estufa de cultura/ FANEM/ 002 CB
Fecais 2,0
múltiplos 2. Banho-maria/ FANEM
(NMP/100ml)
Fonte: adaptado de FARIAS, (2001)
65
Na segunda etapa, realizou-se a análise do comportame nto da série cronológica e
das tendências apresentadas por cada variável nos pontos em questão. Foram também
obtidos modelos para prognosticar os novos valores das variáveis, nos pontos Rc5 e
Rc12, para os anos de 2001 e 2002. Na terceira etapa, analisaram-se as inter-relações
entre os tipos de classes de ocupação obtidos a partir da imagem de satélite do ano de
1999, para as 13 sub-bacias que compõem o perímetro urbano Cuiabá e Várzea Grande,
com as características físico-químicas e bacteriológicas observadas nesse mesmo
período.
A análise exploratória dos dados foi realizada com três fontes dos pontos Rc5 e
Rc12, com o objetivo de se conhecer as características e o comportamento das amostras,
sua tendência central (mediana) e a variabilidade de seus valores (amplitude). Gráficos
Box-plots foram utilizados para facilitar a visualização das estatísticas descritivas,
permitindo demonstrar os percentis inferior (25%) e superior (75%) e a mediana (50%).
Nas extremidades, encontram-se as barras de erros que definem os 10% e 90%, e os
círculos que representam os pontos fora dessa variação. Destaca-se, nesse tipo de
gráfico, a faixa de amplitude (mínima e máxima) apresentada pelas variáveis.
66
4.2.3. Teste de Hipóteses
68
melhor maneira possível. Para isso, utilizaram-se as informações das outras duas fontes,
seguindo os passos:
Neste item será apresentada a seqüência das análises realizadas para estudar as
inter-relações entre o processo de urbanização e a qualidade da água das treze sub-
bacias, localizadas no perímetro urbano, que constituem os principais tributários do rio
Cuiabá nesse trecho, conforme visto na Figura 14.
70
4.2.5.2. Análise de Regressão
71
agrupamento errado, em virtude da diferença na magnitude e faixa de variação dos
parâmetros analíticos.
4.3. Geoprocessamento
4.3.2.1. Pré-Processamento
72
de controle. A seguir serão apresentados os métodos e técnicas usados em cada etapa,
nos diferentes Softwares aplicados.
4.3.2.3. Classificação
73
mata ciliar, cerrado, campo e água) usando os algoritmos da máxima verossimilhança e
da distância mínima.
74
4.5.1. Formulação do Modelo QUAL2E
Onde:
75
4.5.3. Coeficientes de Qualidade da Água
K2 = valor obtido pela equação de O’Conner e Dobbins, (0,6 m < H<4,0 e 0,05
m/s<v<0,8 m/s);
K5 = 1,0 d-1
K = 60
76
afastada dos lançamentos, embora as sub-bacias do município da Várzea Grande
efetuem lançamento ao longo desse trecho.
Os dados das cargas industriais foram obtidos a partir das taxas de DBO e de
vazões fornecidas pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEMA). Para os casos
em que não se dispunha de dados de vazão do efluente, adotou-se o valor de 50 l/s, de
forma a não afetar o balanço de quantidade de água do rio.
77
mostra, ainda, os valores calculados levando-se em conta a remoção resultante do
sistema de tratamento a ser implementado conforme detalhado acima.
78
Passagem da Conceição (0)
Coophamil (5850m)
(6250m) Captação VG
Pontos de Amostragem
Contibuição de efluentes domésticos
Contribuição de efluentes industriais
Captação
Ponte JK (26260m)
79
Tabela 4 – Concentrações Estimadas de DBO e Coliformes Fecais para as Sub -
Bacias do Rio Cuiabá,-Mato Grosso - Ano de 2005.
Vazão Coliformes Vazão
Sub- População DBO
contribuição Fecais Incremental
bacias (hab) (mg/l)
(m3/s) (NMP/100ml) (m3/s)
SB01 0,340 0
SB02 54640,003 3,18 91,07 4,37E+10 0,094861
SB03 45629,188 0,31 142,59 3,65E+10 0,079217
SB04 0 0,200 0,00 0,00E+00 0
SB05 29403,319 1,509 15,00 2,35E+10 0,051047
SB06 6379,593 0,021 318,98 5,10E+09 0,011076
SB07 2861,694 0,005 286,17 2,29E+09 0,004968
SB08 24513,258 0,082 306,41 1,96E+10 0,042558
SB09 2000,625 0,007 4,00 1,60E+09 0,003473
SB10 50859,622 0,421 307,30 4,07E+10 0,088298
SB14 44692,362 0,510 62,07 3,58E+10 0,077591
SB15 36327,082 0,122 307,30 2,91E+10 0,063068
SB16 48951 ,826 1,086 84,40 3,92E+10 0,084986
SB17 63921,836 0,674 56,07 5,11E+10 0,110975
SB18 41601,263 16,068 61,18 3,33E+10 0,072224
SB19 74999,43 0,652 70,75 6,00E+10 0,130207
SB20 202730 0,330 25,34 1,62E+11 0,351962
SB21 26377,307 4,043 263,77 2,11E+10 0,045794
80
Tabela 6 - Concentrações Estimadas de DBO e Coliformes Considerando
Tratamento Secundários para as Sub – Bacias do Rio Cuiabá,-Mato Grosso -Anos
2000, 2005 e 2010.
2000 2005 2010
Sub-Bacias DBO Col. Fecal DBO Col. Fecal DBO Col. Fecal
(mg/l) (NMP/100ml) (mg/l) (NMP/100ml) (mg/l) (NMP/100ml)
SB01
SB02 68,28 6,15E+09 18,21 6,56E+09 19,43 4,43E+10
SB03 106,91 5,13E+09 28,52 5,48E+09 30,43 3,70E+10
SB04 0,00 0,00E+00 0,00 0,00E+00 0,00 0,00E+00
SB05 11,25 3,31E+09 3,00 3,53E+09 3,20 2,38E+10
SB06 239,16 7,17E+08 63,80 7,66E+08 30,67 5,17E+09
SB07 214,56 3,22E+08 57,23 3,43E+08 60,96 2,32E+09
SB08 229,73 2,76E+09 61,28 2,94E+09 65,39 1,99E+10
SB09 3,00 2,25E+08 0,80 2,40E+08 0,85 1,62E+09
SB10 230,40 5,72E+09 61,46 6,10E+09 15,07 4,12E+10
SB14 46,54 5,03E+09 12,41 5,36E+09 11,09 3,62E+10
SB15 230,40 4,09E+09 61,46 4,36E+09 64,59 2,95E+10
SB16 63,28 5,51E+09 16,88 5,87E+09 18,01 3,97E+10
SB17 42,04 7,19E+09 11,21 7,67E+09 11,97 5,18E+10
SB18 45,87 4,68E+09 12,24 4,99E+09 13,06 3,37E+10
SB19 53,05 8,43E+09 14,15 9,00E+09 15,10 6,08E+10
SB20 19,00 2,28E+10 5,07 2,43E+10 5,41 1,64E+11
SB21 197,77 2,97E+09 52,75 3,17E+09 56,29 2,14E+10
81
5. RESULTADOS
Das variáveis analisadas para o ponto Rc12, apenas dois constituintes, fósforo
total e coliforme total apresentaram diferenças significativas entre as três fontes. De
82
uma forma geral, das vinte e sete variáveis analisadas nos dois pontos, somente três
tiveram diferenças representativas, não sendo, por isso, consideradas neste estudo.
84
Tabela 9 - Estatísticas Descritivas das Variáveis Físico-químicas e Bacteriológicas do Ponto Rc12 no Período de Seca e Cheia do Rio
Cuiabá –Mato Grosso– 1987 à 2000.
Período
Seca Cheia
Mín. Máx. Per. Per. Per. Mín. Máx. Per. Per. Per.
25 50 75 25 50 75
Temperatura do Ar (oC) 18,90 38,00 28,00 31,00 33,00 17,20 38,00 29,00 30,00 32,70
Temperatura da Água (oC) 23,00 38,00 26,00 27,50 28,70 25,00 34,00 28,00 28,95 30,00
PH 5,80 8,39 7,46 7,70 7,83 6,30 7,96 7,20 7,51 7,75
Cor (uH) 5,00 160,00 8,75 20,00 38,50 10,00 400,00 21,25 70,00 150,00
OD (mg/l) 3,70 8,50 6,36 6,98 7,30 4,90 8,80 6,61 7,00 7,42
DQO (mg/l) ,16 26,00 4,90 7,00 11,28 1,90 39,00 6,24 10,20 15,40
DBO (mg/l) ,36 4,00 1,00 1,00 1,60 ,05 8,00 ,90 1,00 1,78
Alcalinidade Total (mg/l) 15,00 58,00 33,00 43,00 48,00 5,90 76,00 26,50 35,00 40,00
Turbidez UT 1,20 65,10 8,07 10,00 18,25 4,00 275,00 28,50 42,00 71,85
Condutividade (µS) 41,80 222,00 86,75 94,00 104,33 19,40 103,60 52,00 62,00 72,00
Sólidos Susp. Totais (mg/l) 4,00 835,00 15,00 20,00 34,00 4,00 231,00 34,75 75,00 113,25
Sólidos Susp. Fixos (mg/l) 3,00 79,00 6,00 14,00 23,00 6,00 265,00 35,15 46,50 133,25
Sólidos Susp. Voláteis (mg/l) 1,00 60,00 4,00 6,00 9,00 2,00 62,00 5,00 9,50 16,75
Sólidos Totais (mg/l) 17,00 1184,00 77,00 102,50 143,00 51,00 330,00 99,00 159,00 215,00
Sólidos Tot. Fixos (mg/l) 3,00 195,00 48,00 61,00 90,00 2,00 285,00 56,00 116,50 160,00
Sólidos Tot. Voláteis (mg/l) 3,00 1086,00 15,00 28,00 56,00 2,00 277,00 16,00 33,00 57,00
Sólidos Diss. Fixos (mg/l) 7,00 135,00 27,00 46,00 78,00 10,00 263,00 48,75 63,00 139,00
Sólidos Diss. Voláteis (mg/l) 1,00 1079,00 24,00 43,00 72,00 7,00 151,00 13,00 44,00 53,00
Nitrogênio Total (mg/l) ,03 1,56 ,24 ,37 ,54 ,03 ,89 ,32 ,35 ,60
Nitrogênio Amoniacal (mg/l) ,01 ,97 ,02 ,05 ,07 ,01 ,48 ,02 ,03 ,06
Nitrato (mg/l) ,010 ,285 ,040 ,056 ,160 ,010 ,937 ,053 ,098 ,170
Nitrito (mg/l) ,002 ,050 ,005 ,005 ,005 ,003 ,050 ,005 ,005 ,009
Transparência (m) ,06 ,90 ,36 ,60 ,70 ,10 1,10 ,18 ,20 ,35
Fósforo Total (mg/l) ,000 ,654 ,051 ,089 ,111 ,020 ,670 ,072 ,103 ,190
Colifor. Totais (NMP/100ml) 3,60E+02 2,2E+05 1,E+04 2,E+04 3,E+04 1,E+02 1,6E+06 1,E+03 3,E+03 1,E+04
Colifor. Fecais (NMP/100ml) 9,70E+01 1,6E+05 5,E+03 1,E+04 2,E+04 2,E+00 9,0E+04 1,E+02 7,E+02 2,E+03
Nitrogênio Total Kjeldhal ,01 2,67 ,18 ,37 ,53 ,01 1,53 ,16 ,27 ,43
85
40 40 9,0
8,5
Temperatura do Ar (oC)
41
8,0
30 30
7,5
pH
2
7,0
20 20 205
11
6,5
6,0
10 10 5,5
N= 75 58 41 31 N= 82 63 43 32
N= 82 59 66 49
5 12 5 12 5 12
PONTO
(a) PONTO (b) PONTO (c)
500 10 50
9
40
400
8
30
Cor (uH)
300
DQO (mg/l)
OD (mg/l)
7
20
6
200
10
5
100
0
4
0 3 -10
N= 50 36 27 20 N= 74 60 62 48 N= 77 55 59 45
5 12
(d) 5 12
(e) 5 12
(f)
PONTO PONTO PONTO
300 300
10
8
Alcalinidade (CaCO3)
200 200
6 Turbidez (uT)
DBO(mg/l)
100 100
2
0 0
N= 80 61 42 29
-2 N= 71 50 31 24
N= 72 53 59 43 5 12 5 12
5 12
(g) PONTO (h) PONTO (i)
PONTO
300 300 300
Sólidos Suspensos Totais (mg/l)
0 0 0
N= 84 62 43 32 N= 38 25 30 19 N= 45 28 29 19
5 12 5 12 5 12
Figura 16 a-l - Gráficos Box - Plot das Variáveis Físico - Químicas nos Pontos Rc5
e Rc12 Localizados a montante e a jusante do Perímetro Urbano da Cidade de
Cuiabá e Várzea Grande - Mato Grosso - 1987-2000
86
Tabela 10 - Estatísticas de Contraste entre os Períodos de Cheia e Seca no Ponto Rc5 do Rio Cuiabá - Cuiabá e Várzea Grande-
Mato Grosso - 1987 -2000.
Sig. Monte Carlo (bilateral) Sig. Monte Carlo (unilateral)
Intervalo de Intervalo de confiança
confiança de 99% de 99%
U de Mann- W de Z Sig. Limite Limite Sig. Limite Limite
Whitney Wilcoson Inferior Superior Inferior Superior
Temperatura do Ar (oC) 1952,500 5355,500 -1,953 ,047 b ,042 ,053 ,023b ,019 ,027
Temperatur a da Água (oC) 820,500 3670,500 -6,160 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
PH 1314,000 3330,000 -5,063 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Cor (uH) 360,500 1635,500 -4,738 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
OD (mg/l) 1444,000 3274,000 -3,474 ,001 b ,000 ,001 ,000b ,000 ,001
DQO (mg/l) 1279,500 4282,500 -3,869 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
DBO (mg/l) 1845,000 4473,000 -,327 ,741 b ,730 ,753 ,378b ,366 ,390
Alcalinidade total (mg/l) 1006,00 2281,500 -4,407 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Turbidez UT 697,500 3937, 500 -7,252 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Condutividade (µS/cm) 702,500 2655,500 -7,529 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Sólidos Suspensos Totais (mg/l) 166,500 907,500 -4,337 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Sólidos Suspensos Fixos (mg/l) 368,000 1403,000 -2,973 ,004 b ,002 ,005 ,002b ,001 ,003
Sólidos Suspensos Voláteis (mg/l) 224,000 659,000 -1,345 ,182 b ,172 ,192 ,092b ,084 ,099
Sólidos Totais (mg/l) 733,000 2164,000 -2,375 ,018 b ,014 ,021 ,008b ,006 ,011
Sólidos Totais Fixos (mg/l) 336,500 1156,500 -3,128 ,002 b ,001 ,002 ,001b ,000 ,002
Sólidos Totais Voláteis (mg/l) 549,000 1014,000 -,436 ,667 b ,655 ,679 ,332b ,320 ,344
Sólidos Dissolvidos Fixos (mg/l) 117,000 417,000 -1,241 ,216 b ,205 ,226 ,110b ,102 ,118
Sólidos Dissolvidos Voláteis (mg/l) 116,000 182,000 -,569 ,583 b ,571 ,596 ,297b ,285 ,308
Nitrogênio Total (mg/l) 105,500 336,500 -1,099 ,283 b ,271 ,295 ,139b ,130 ,148
Nitrogênio Amoniacal (mg/l) 183,500 711,500 -1,862 ,060 b ,054 ,066 ,030b ,025 ,034
Nitrato (mg/l) 218,000 746,000 -2,565 ,009b ,007 ,012 ,005b ,003 ,006
Nitrito (mg/l) 138,000 463,000 -2,062 ,044 b ,039 ,049 ,021b ,017 ,025
Transparência (m) 134,000 459,000 -4,476 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Fósforo Total (mg/l) 802,500 3080,500 -4,923 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Coliformes Totais (NMP/100ml) 1144,500 3845,500 -4,510 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Coliformes Fecais (NMP/100ml) 1626,500 4327,500 -2,414 ,016 b ,013 ,020 ,009b ,006 ,011
Nitrogênio Total Kjeldhal (mg/l) 1375,000 2503,000 -,502 ,629 b ,616 ,641 ,314b ,302 ,326
87
Tabela 11 - Estatísticas de Contraste entre os Períodos de Cheia e Seca no Ponto Rc12 do Rio Cuiabá - Cuiabá e Várzea Grande
- Mato Grosso -1987-2000.
Sig. Monte Carlo (bilateral) Sig. Monte Carlo (unilateral)
Intervalo de Intervalo de confiança
confiança de 99% de 99%
U de Mann- W de Z Sig. Limite Limite Sig. Limite Limite
Whitney Wilcoson Inferior Superior Inferior Superior
Temperatura do Ar (oC) 1532,500 2757,500 -,344 ,732 b ,720 ,743 ,371b ,359 ,384
Temperatura da Água (oC) 558,000 2269,000 -4,976 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
PH 660,000 1986,000 -5,550 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Cor (uH) 397,500 1432,500 -3,795 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
OD (mg/l) 1033,000 2209,000 -2,744 ,006 b ,004 ,008 ,002b ,001 ,004
DQO (mg/l) 733,500 2503,500 -3,899 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
DBO (mg/l) 1071,000 2841,000 -1,420 ,162 b ,153 ,172 ,080b ,073 ,086
Alcalinidade total (mg/l) 588,000 1491,000 -3,731 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Turbidez UT 278,000 2169,000 -7,241 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Condutividade (µS/cm) 307,500 1582,500 -7,434 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Sólidos Suspensos Totais (mg/l) 142,000 772,000 -4,142 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Sólidos Suspensos Fixos (mg/l) 66,500 562,500 -4,700 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Sólidos Suspensos Voláteis (mg/l) 176,500 641,500 -2,002 ,042 b ,037 ,047 ,023b ,019 ,027
Sólidos Totais (mg/l) 537,500 1713,500 -3,676 ,000 b ,000 ,001 ,000b ,000 ,001
Sólidos Totais Fixos (mg/l) 238,500 979,500 -3,955 ,000 b ,000 ,001 ,000b ,000 ,001
Sólidos Totais Voláteis (mg/l) 420,000 1086,000 -1,347 ,179 b ,169 ,189 ,091b ,084 ,099
Sólidos Dissolvidos Fixos (mg/l) 177,000 430,000 -,283 ,785 b ,775 ,796 ,389b ,376 ,402
Sólidos Dissolvidos Voláteis (mg/l) 154,000 290,000 -,429 ,680 b ,668 ,692 ,339b ,326 ,351
Nitrogênio Total (mg/l) 142,000 442,000 -2,104 ,031 b ,026 ,035 ,016b ,013 ,019
Nitrogênio Amoniacal (mg/l) 226,500 691,500 -2,128 ,035 b ,030 ,040 ,018b ,015 ,022
Nitrato (mg/l) 315,500 811,500 -1,801 ,072 b ,066 ,079 ,034b ,030 ,039
Nitrito (mg/l) 184,500 509,500 -2,119 ,034 b ,029 ,038 ,019b ,015 ,022
Transparência (m) 151,500 476,500 -4,025 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Fósforo Total (mg/l) 502,000 1880,000 -4,607 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Coliformes Totais (NMP/100ml) 888,000 2214,000 -1,753 ,078 b ,071 ,085 ,037b ,032 ,042
Coliformes Fecais (NMP/100ml) 1121,000 2447,000 -,007 ,995 b ,994 ,997 ,498b ,485 ,511
Nitrogênio Total Kjeldhal (mg/l) 1206,000 2976,000 -1,148 ,252 b ,241 ,263 ,127b ,119 ,136
88
Tabela 12 - Estatísticas de Contraste entre os Períodos no Ponto Rc5 - Cuiabá e Várzea Grande -Mato Grosso
1987-2000.
Sig. Monte Carlo (bilateral) Sig. Monte Carlo (unilateral)
Intervalo de Intervalo de confiança
confiança de 99% de 99%
U de Mann- W de Z Sig. Limite Limite Sig. Limite Limite
Whitney Wilcoson Inferior Superior Inferior Superior
Temperatura do Ar (oC) 1422,500 2647,500 -,142 ,884 b ,876 ,893 ,441b ,428 ,454
Temperatura da Água (oC) 102,000 2813,000 -1,353 ,173 b ,163 ,182 ,085b ,077 ,092
PH 1171,500 2497,500 -2,480 ,011 b ,008 ,013 ,006b ,004 ,008
Cor (uH) 592,500 1222,500 -,432 ,667 b ,655 ,679 ,335b ,323 ,347
OD (mg/l) 831,500 2007,500 -3,765 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
DQO (mg/l) 1061,000 2601,000 -1,224 ,215 b ,204 ,225 ,106b ,098 ,114
DBO (mg/l) 897,000 2328,000 -1,856 ,066 b ,060 ,072 ,033b ,028 ,037
Alcalinidade total (mg/l) 919,500 1822,500 -1,024 ,308 b ,296 ,319 ,150b ,141 ,159
Turbidez UT 1318,500 3209,500 -,889 ,371 b ,359 ,383 ,184b ,174 ,194
Condutividade (µS/cm) 1523,500 3476,500 -,155 ,880 b ,872 ,889 ,445b ,432 ,457
Sólidos Suspensos Totais (mg/l) 275,500 600,500 -,248 ,807 b ,797 ,817 ,403b ,390 ,415
Sólidos Suspensos Fixos (mg/l) 261,000 471,000 -,397 ,694 b ,683 ,706 ,348b ,336 ,360
Sólidos Suspensos Voláteis (mg/l) 169,000 340,000 -,322 ,764 b ,753 ,775 ,387b ,374 ,399
Sólidos Totais (mg/l) 797,500 1658,500 -,019 ,988 b ,985 ,991 ,495b ,482 ,508
Sólidos Totais Fixos (mg/l) 399,000 864,000 -,546 ,593 b ,580 ,605 ,290b ,278 ,301
Sólidos Totais Voláteis (mg/l) 400,500 865,500 -,523 ,600 b ,587 ,613 ,303b ,291 ,315
Sólidos Dissolvidos Fixos (mg/l) 87,000 240,000 -,984 ,334 b ,322 ,346 ,167b ,157 ,176
Sólidos Dissolvidos Voláteis (mg/l) 86,500 222,500 -,074 ,951 b ,945 ,956 ,486b ,473 ,498
Nitrogênio Total (mg/l) 88,000 179,000 -1,362 ,186 b ,176 ,196 ,096b ,088 ,103
Nitrogênio Amoniacal (mg/l) 118,500 271,500 -2,108 ,036 b ,031 ,041 ,018b ,015 ,022
Nitrato (mg/l) 316,500 592,500 -,104 ,923 b ,917 ,930 ,465b ,452 ,478
Nitrito (mg/l) 163,500 299,500 -,385 ,713 b ,701 ,725 ,358b ,346 ,371
Transparência (m) 288,000 613,000 -,487 ,630 b ,617 ,642 ,311b ,299 ,322
Fósforo Total (mg/l) 860,500 2186,500 -1,791 ,072 b ,065 ,079 ,036b ,031 ,041
Coliformes Totais (NMP/100ml) 384,500 2095,500 -6,029 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Coliformes Fecais (NMP/100ml) 344,500 2114,500 -6,361 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Nitrogênio Total Kjeldhal (mg/l) 704,500 1832,500 -3,025 ,003 b ,001 ,004 ,001b ,000 ,002
89
Tabela 13 - Estatísticas de C ontraste entre os Períodos no Ponto Rc12 - Cuiabá e Várzea Grande -Mato Grosso -
1987-2000.
Sig. Monte Carlo (bilateral) Sig. Monte Carlo (unilateral)
Intervalo de Intervalo de confiança
confiança de 99% de 99%
U de Mann- W de Z Sig. Limite Limite Sig. Limite Limite
Whitney Wilcoson Inferior Superior Inferior Superior
Temperatura do Ar (oC) 2136,500 5539,500 -2,063 ,039 b ,034 ,044 ,018b ,014 ,021
Temperatura da Água (oC) 1679,500 4529,500 -2,255 ,024 b ,020 ,028 ,012b ,009 ,015
PH 1961,500 4106,500 -2,745 ,006 b ,004 ,008 ,003b ,001 ,004
Cor (uH) 1069,500 2344,500 -,418 ,674 b ,662 ,686 ,335b ,323 ,347
OD (mg/l) 1197,000 3150,000 -4,795 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
DQO (mg/l) 2143,500 5146,500 -,562 ,581 b ,568 ,594 ,288b ,277 ,300
DBO (mg/l) 1874,000 4502,000 -1,220 ,223 b ,212 ,234 ,111b ,103 ,119
Alcalinidade total (mg/l) 1578,500 2904,500 -1,205 ,226 b ,215 ,236 ,113b ,105 ,121
Turbidez UT 1992,500 5232,500 -1,863 ,061 b ,054 ,067 ,031b ,027 ,036
Condutividade (µS/cm) 2059,500 5629,500 -2,567 ,012 b ,009 ,015 ,005b ,003 ,007
Sólidos Suspensos Totais (mg/l) 275,500 1151,000 -2,819 ,003 b ,001 ,004 ,001b ,000 ,002
Sólidos Suspensos Fixos (mg/l) 410,000 1127,000 -,703 ,485 b ,472 ,498 ,242b ,230 ,253
Sólidos Suspensos Voláteis (mg/l) 631,000 867,500 -,495 ,623 b ,611 ,636 ,316b ,304 ,328
Sólidos Totais (mg/l) 402,500 2465,000 -,891 ,373 b ,361 ,386 ,189b ,179 ,199
Sólidos Totais Fixos (mg/l) 1190,000 1479,000 -1,010 ,324 b ,312 ,336 ,158b ,148 ,167
Sólidos Totais Voláteis (mg/l) 659,000 1413,500 -,698 ,483 b ,470 ,496 ,244b ,233 ,255
Sólidos Dissolvidos Fixos (mg/l) 672,500 560,000 -,088 ,934 b ,928 ,940 ,471b ,458 ,483
Sólidos Dissolvidos Voláteis (mg/l) 260,000 501,000 -,352 ,734 b ,723 ,745 ,364b ,351 ,376
Nitrogênio Total (mg/l) 248,000 432,500 -1,149 ,252 b ,241 ,263 ,129b ,120 ,137
Nitrogênio Amoniacal (mg/l) 201,500 817,500 -2,686 ,007 b ,005 ,009 ,004b ,002 ,006
Nitrato (mg/l) 289,500 895,500 -1,773 ,074 b ,067 ,081 ,035b ,030 ,040
Nitrito (mg/l) 367,500 624,000 -,362 ,658 b ,646 ,671 ,321b ,309 ,333
Transparência (m) 299,000 800,500 -3,491 ,000 b ,000 ,001 ,000b ,000 ,001
Fósforo Total (mg/l) 1228,000 3506,000 -2,755 ,006 b ,004 ,008 ,003b ,002 ,005
Coliformes Totais (NMP/100ml) 404,500 3105,500 -7,405 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Coliformes Fecais (NMP/100ml) 440,500 3141,500 -7,221 ,000 b ,000 ,000 ,000b ,000 ,000
Nitrogênio Total Kjeldhal (mg/l) 1549,000 3502,000 -1,452 ,141 b ,132 ,150 ,071b ,064 ,077
90
Tabela 14 - Resultados do Teste da Mediana para os Pontos Rc5 e Rc12 em
Relação ao Padrão CONAMA 20, do rio Cuiabá - Cuiabá e Várzea Grande - Mato
Grosso –1987-2000.
Estatística de Contraste – Teste da Mediana para o Ponto Rc5 e Rc12.
Ponto Rc5 Ponto Rc12
N. Mediana Sig. Probabilidade N. Mediana Sig. Probabilidade
Exata do Ponto Exata do Ponto
Cor 19 75.0000a * * 16 75.0000 1.000 .563 b
OD 21 5.0000 .000 .000b 17 5.0000 .000 .000 b
DBO 20 5.0000a * * 17 5.0000a * *
Turbidez 21 100.0000a * * 17 100.0000a * *
Sólidos 14 500.0000a * * * *
Dissolvidos
Fósforo Total 19 2,500E+02 .000 .000b 15 2,500E+02 .002 .002 b
Coliforme Total 19 5000.0000 .058 .058b 15 5000.0000 .000 .000 b
Coliforme Fecal 19 1000.0000 .005 .005b 15 1000.0000 .000 .000 b
*teste não realizado
5.2.1. Temperatura do Ar
91
5.2.3. pH
A variável cor teve, no ponto Rc5, valores que, na seca, oscilaram entre 5,00 e
120,00 uH, com mediana de 15,00 uH, e, na cheia, entre 10,00 e 400,00 uH, com
mediana de 70,00 uH. Quanto ao ponto Rc12, durante a seca a cor mínima registrada
foi de 5,00 uH, elevando-se até 160,00 uH, sendo a mediana de 20,00 uH. Na cheia , os
valores estiveram entre 10,00 e 300,00 uH, com mediana de 60,00 uH. Verificou-se,
ainda, que ocorreram diferenças significativas (teste de Mann Whitney sig.< 0,05) entre
os períodos de seca e chuva, nos dois pontos observados, porém essa variável não
apresentou grandes diferenças (teste mediana sig.> 0,05) entre os pontos e manteve
todos os seus valores abaixo do limite de 75 uH, fixado pela Resolução CONAMA 20.
A variabilidade em cada ponto e entre os períodos é melhor visualizada na Figura 16
(d).
92
em ambos os pontos permaneceram acima do limite de 5 mg/l, definido pela Resolução
CONAMA 20.
No ponto Rc5, os teores mínimo e máximo de DQO variaram entre 3,0 e 35,97
mg/l e a mediana ficou em 7,79 mg/l, durante a seca, e entre 5,0 e 16,53 mg/l, com
mediana de 13,44 mg/l, no período de cheia. No ponto Rc12, os valores de DQO
oscilaram entre 3,0 e 11,58 mg/l, com mediana de 7,00 mg/l, em época de seca, e na
cheia, entre 8 e 19,67 mg/l, com media na de 13,44 mg/l. A Figura 16 (f) ilustra
variações significativas, entre os períodos, nos dois pontos amostrados. Observam-se,
ainda, maiores teores no ponto Rc12, na estação chuvosa.
5.2.8. Alcalinidade
93
diferenças ocorridas de forma significativa entre os períodos, em ambos os pontos, e
uma pequena variação no eixo montante – jusante.
5.2.9. Turbidez
5.2.10. Condutividade
95
5.2.15. Sólidos Totais Fixos
97
300 3000 3000
0 0 0
N= 29 20 28 18 N= 52 39 39 29 N= 40 30 35 26
5 12 5 12 5 12
2000
800 2000
600
1000
400 1000
200
0
0 0 N= 24 13 20 16
N= 39 30 35 26 N= 32 19 27 18 5 12
5 12 5 12
PONTO
(d) PONTO
(e) PONTO (f)
1200 1,6 1,2
Sólidos Dissolvidos Voláteis (mg/l)
1,4
1,2
800 ,8
1,0
600 ,8 ,6
,6
400 ,4
,4
200 ,2
,2
0 0,0 0,0
N= 23 11 20 16 N= 21 13 7 6 N= 32 17 10 5
5 12 5 12 5 12
,06
,8
Nitrogênio Nitrato (mg/l)
,05 ,6
Fósforo Total (mg/l)
,6 ,04
,4
,03
,4
,02
,2
,2
,01
0,00 0,0
0,0
N= 25 16 7 6 N= 66 52 40 28
N= 32 23 10 9
5 12
(j) 5 12
(k) 5 12
(l)
PONTO PONTO
PONTO
Figura 17 a-l - Gráficos Box - Plot das Variáveis Físico-Químicas dos Pontos Rc5 e
Rc12 Localizados a montante e a jusante do Perímetro Urbano das Cidades de
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso – 1987-2000.
98
LOG(COLIFORMES TOTAIS) NMP/100ml
2,0 3,0 7
6
2,5
1,5
Transparência (m) 5
2,0
NTK (mg/l)
4
1,0 1,5
3
1,0
2
,5
,5 1
0,0 0
0,0
N= 34 25 30 21 N= 73 58 51 44
N= 62 47 39 27
5 12 5 12
5 12
PONTO
(a) PONTO (b) PONTO (c)
6
LOG(COLIFORMES FECAIS) NMP/100ml
-1
N= 73 59 51 44
5 12
PONTO
(d)
Figura 18 a-d -Gráficos Box - Plot das Variáveis Físico-Químicas e dos Pontos Rc5
e Rc12 Localizados a montante e a jusante do Perímetro Urbano das Cidades de
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
99
5.2.22. Nitrogênio Nitrato
No ponto Rc5, a variável fósforo total teve, no período de seca, valores mínimo
e máximo de 0,005 a 0,476 mg/l, com mediana de 0,050 mg/l e, na cheia, as
concentrações ficaram entre 0,020 e 0,670 mg/l, com mediana de 0,103 mg/l. No ponto
Rc12, a variação foi de 0,005 a 0,654 mg/l e a mediana de 0,089 mg/l, na seca, de 0,045
a 0,780 mg/l, com mediana de 0,129 mg/l, no período de cheia. A Figura 17 (l) visualiza
as variações significativas em ambos os pontos e períodos e ao longo do eixo montante-
jusante, na seca e cheia. Observa -se, também, que os valores nos pontos amostrados
encontram-se superiores ao limite de 0,025 mg/l estabelecido pela Resolução
CONAMA nº 20.
100
5.2.25. Transparência
101
5.2.28. Coliformes Fecais
102
5.3. Séries Temporais
103
5.3.1. Temperatura da Água
34 (a) 32 (b)
32
TEMPERATURA DA ÁGUA (oC) - Rc5
30
28
28
26
26
24
24
22
20 22
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19
19 eca
19 eca
19
19 eca
19
19 eca
19 eca
20
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
00 a
99
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
ec
ec
ec
se
-s
-s
-s
-s
-s
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-s
-s
-s
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-s
-s
a
a
c
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
a
a
SÉRIE SÉRIE
104
34 (a) (b)
34
32
32
28
28
26
26
24
24
22
22
20
0 10 20 30 20
19
19 -se
19
19 -se
19 se
19 sec
19 se
19
19 se
19
19 se
19
19 sec
20 ss
20
20 se
SÉRIE (1987-2000)
87
88 ca
89
90 ca
91 ca
92
93 ca
94
95 ca
96
97 ca
98 ca
00 ec
01
02 ca
99
-s
-s
-s
-s
-s a
-s
-
ec
ec
ec
ec
ca
a
a
SÉRIE
31
(c) 32 (d)
30
TEMPERATURA DA ÁGUA (oC) - Rc12
29
28
28
27
26
26
25
24
24
23 22
0 10 20 30
19
19 sec
19 eca
19 sec
19 eca
19 sec
19 eca
19 sec
19 eca
19 sec
19 eca
19 sec
19 eca
20 sec
20 eca
20 -sec
87
88 a
89
90 a
91
92 a
93
94 a
95
96 a
97
98 a
99
00 a
01
02 a
-
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
SÉRIE (1987-2000)
ec
a
Figura 20 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da Temperatura da Água
por Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso –
1987-2000.
5.3.2. Turbidez
Constata-se, na Figura 22 (a) e (c), que o ponto Rc5 apresentou uma curva
crescente com alta significância (sig F< 0,01) para os dois modelos, linear (r = 0,51) e
quadrático (r = 0,52). Essa curva evidencia que a turbidez tem aumentado ao longo dos
anos, mesmo no ponto localizado a montante dos principais tributários do rio Cuiabá, no
perímetro urbano, demonstrando que esse acréscimo decorre de um processo de
105
alterações que a bacia vem sofrendo nos trechos do Alto Cuiabá. No ponto Rc12,
embora a curva obtida mostre uma tendência suave de acréscimo, os testes realizados
não caracterizaram nível de significância (sig F> 0,05) para os dois modelos.
70 (a) 100 (b)
60
80
50
60
40
30
40
20
20
10
0 0
19
19 sec
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 sec
19
19 sec
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
20 sec
87
88 a
89
90
91 a
92
93
94 a
95
96
97
98
00 a
99
87
88 a
89
90 a
91
92
93 a
94
95 a
96
97
98 a
99
00 a
-
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
ec
a
a
SÉRIE SÉRIE
Figura 21 a-b - Variação Temporal da Turbidez por Período nos Pontos Rc5 e
Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
106
70 (a) 70 (b)
60
60
50
30
30
20
20
10
10 0
0 10 20 30
19
19 -sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 -sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
20 -sse
20 sec
20 -sec
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
00 ca
01 a
02 a
99 a
-
-s
SÉRIE (1987-2000)
ec
a
SÉRIE
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
0 10 20 30
19
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
20 -sec
20 sec
20 sec
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
99 a
00 a
01 a
02 a
-
-s
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
Figura 22 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da Turbidez por Período
nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
A variação da cor nos pontos Rc5 e Rc12 oscilou em função do período sazonal,
de acordo com a Figura 23 (a) e (b). Na série estudada, os números de observações eram
reduzidos e os cálculos das falhas foram obtidos através de uma regressão e
interpolação, produzindo uma reta nesse intervalo de tempo.
Na Figura 23 (a), o ponto Rc5 mostra uma curva crescente com alta significância
(sig F< 0,01) para os dois modelos: linear e quadrático, r = 0,44 e 0,60, respectivamente.
Essa curva evidencia o aumento da cor ao longo dos anos, atingindo valores acima dos
limites definidos pelo pa drão ambiental para um rio classe II, de 75 uH. Ressalta, ainda,
que esse acréscimo decorre de um processo de alterações que a bacia vem sofrendo nos
trechos a montante.
107
160 (a) 140 (b)
140 120
120
100
80
60
60
40
40
20
20
0 0
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 sec
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
00 a
99
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
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-s
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-s
-s
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-s
-s
-s
-s
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
a
a
SÉRIE SÉRIE
Figura 23 a-b - Variação Temporal da Cor por Período nos Pontos Rc5 e Rc12,
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
140 (a) 160 (b)
140
120
120
100
80 80
60
60
40
40
20
20 0
0 10 20 30 40
19
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
20 sse
20 sec
20 sec
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
00 ca
01 a
02 a
99 a
-
-s
-
SÉRIE (1987-2000)
ec
a
SÉRIE
(c) (d)
140
140
120 120
100 100
COR (Pt/l) - Rc12
COR (Pt/l) - Rc12
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
0 10 20 30
19
19 -sec
19 eca
19 -sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
20 sec
20 -sec
20 eca
87
88 a
89
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
99 a
00 a
01 a
02
-s
-s
-s
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
Figura 24 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da Cor por Período nos
Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
No ponto Rc12, pode -se notar uma tendência de acréscimo, apesar de os testes
de tendência não apresentarem significância (sig. F >0,05), conforme ilustra a Figura 24
(c). O modelo gerado para os pontos Rc5 e Rc12, Figura 24 (b) e (d) caracteriza-se
108
como uma série aleatória com tendência de aumento para valores acima do limite
estabelecido pela Resolução CONAMA 20.
5.3.4. pH
7,8
8,0
7,6
7,8
pH - Rc12
pH - Rc5
7,4
7,6
7,2
7,4
7,0
6,8 7,2
19
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 sec
19
19 eca
19 eca
19
19 eca
19 eca
19
19 eca
19 eca
19
19 eca
19 eca
19
20 eca
87
88
89 a
90
91
92
93
94
95
96
97
98
00 a
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
99
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
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-s
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-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
ec
ec
ec
ec
ec
a
a
SÉRIE SÉRIE
Figura 25 a-b - Variação Temporal do pH por Período nos Pontos Rc5 e Rc12,
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
Observa -se, também, que no ponto Rc5 a série estudada mostrou uma tendência
de decréscimo significativo (sig.F<0,05) com melhor ajuste apresentado pelo modelo
linear (r = 0,39). Porém, nos últimos dois anos, a curva define uma tendência de
acréscimo com uma faixa de variação mais ampla (7,8 a 6,8), embora o valor médio
tenha ficado pr óximo do pH neutro. Para o ponto Rc12, não se confirma nenhuma
tendência (sig F >0,05), conforme (a) e (c).
A Figura 26 (b) e (d) apresenta o modelo gerado para as séries, nos pontos Rc5 e
Rc12, caracterizando-se como aleatória para o ponto Rc5, com tendência de decréscimo.
Entretanto, nos últimos anos, registrou-se um acréscimo nos seus valores, com faixa de
variação entre 7,5 e 7,7. Para o ponto Rc12, os valores prognosticados mostram
pequenas variações, na faixa de 7,4 a 7,6.
109
8,0 (a) 8,0 (b)
7,8 7,8
7,6 7,6
pH - Rc5
pH - Rc5
7,4 7,4
7,2 7,2
7,0 7,0
6,8 6,8
19
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 eca
19 sec
19 -sec
19 eca
19 sec
19 sec
19 eca
19 -sec
20 sse
20 eca
20 sec
0 10 20 30
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92
93 a
94 a
95
96 a
97 a
98
00 ca
01
02 a
99 a
-
-s
-s
-s
-s
-s
-
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
(c) 8,2
(d)
8,0
8,0
7,8
7,8
pH - Rc12
pH - Rc12
7,6
7,6
7,4
7,4
7,2
7,2
19
19 -sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 -sec
20 sec
20 sec
20 sec
0 10 20 30
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
99 a
00 a
01 a
02 a
-
-s
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
Figura 26 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado do pH por Período nos
Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
5.3.5. Alcalinidade
110
70 (a) 60 (b)
60
40
40
30
20
30
10
0 20
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 sec
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 eca
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
00 a
99
87
88
89
90
91
92 a
93
94
95
96
97
98
99
00
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
a
a
SÉRIE SÉRIE
Figura 27 a-b - Variação Temporal da Alcalinidade por Período nos Pontos Rc5 e
Rc12, Cuiabá e Várzea – Mato Grosso - 1987-2000.
Esta variável apresentou, na Figura 27 (a) e (b), uma elevação de seus valores
em relação ao ponto Rc5, provavelmente devido aos lançamentos de esgotos domésticos
e industriais gerados nas áreas de drenagem das sub-bacias localizadas no perímetro
urbano das cidades de Cuiabá e Várzea Grande.
Na Figura 28 (a), verifica-se para o ponto Rc5 uma curva com alta tendência de
decréscimo (sig. F< 0,01) nos dois modelos, linear e quadrático (r = 0,78). Inversamente
ao que ocorreu no ponto Rc5, o ponto Rc12 evidenciou uma curva com tendência
significativa de acréscimo (sig. F <0,05) e com melhor ajuste para o modelo quadrático
(r = 0,66). Pode -se observar, ainda, que a série apresenta longos intervalos de
interrupções, cujo preenchimento se deu através da interpolação e regressão, eliminando
a componente aleatória da série e não permitindo uma análise mais criteriosa do
comportamento dos dados ao longo do período em estudo. Observando com mais
detalhe os dados obtidos para os de 1999 e 2000, constata -se que o ponto Rc5 mantém a
tendência de decréscimo e o ponto Rc12 de elevação em seus valores.
111
(a) (b)
80 70
70
60
30
30
20
20
10 10
0 0
0 10 20 30
19
19 -sec
19 eca
19 -sec
19 eca
19 eca
19 -sec
19 eca
19 -sec
19 eca
19 -sec
19 eca
19 sec
20 sse
20 sec
20 sec
87
88 a
89
90 a
91
92
93 a
94
95 a
96
97 a
98
00 ca
01 a
02 a
99 a
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
(c) 60 (d)
60
50
50
40
40
30
30
20
20
19
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 eca
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 eca
20 sec
20 sec
20 sec
0 10 20 30
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
99
00 a
01 a
02 a
-
-s
-s
-s
ec
a
SÉRIE (1987-2000)
SÉRIE
5.3.6. Condutividade
112
Maiores concentrações foram observadas no período de seca e menores na época de
cheia, decorrentes da diluição dos eletrólitos dissolvidos na água.
140 (a) 180 (b)
160
120
CONDUTIVIDADE (US/cm) - Rc5
100
120
100
80
80
60
60
40 40
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 eca
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20
87
88
89
90
91
92
93
94
95 a
96
97
98
99
00
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
00 a
99
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
ec
se
a
a
c
SÉRIE SÉRIE
Figura 29 a-b - Variação Temporal da Condutividade por Período nos Pontos Rc5
e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
Destaca-se, na Figura 30 (a), para o ponto Rc5, uma curva com tendência
significativa de decréscimo (sig.F <0,05) dos modelos linear e quadrático ( r = 0,47), até
o ano de 1998. A partir daí, observa-se um incremento na concentração dessa variável,
que se torna maior nos anos subseqüentes. Para o ponto Rc12, Figura 30 (b), não se
verifica nenhuma tendência expressiva (sig. F >0,05), embora tenha ocorrido um
relativo incremento no ano de 2000.
113
120 (a) 140 (b)
110
120
90
100
80
80
70
60
60
50
40 40
0 10 20 30
19
19 -sec
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 -sec
19 -sec
19 -sec
19 -sec
19 sec
20 sse
20 -sec
20 -sec
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
00 ca
01 a
02 a
99 a
-
-s
-
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
(c) 180
(d)
180
160
160
CONDUTIVIDADE (US/cm) - Rc12
120 120
100
100
80 80
60
60
40
40
19
19 sec
19 sec
19 -sec
19 eca
19 sec
19 sec
19 -sec
19 eca
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
20 sec
20 sec
20 sec
0 10 20 30
87
88 a
89 a
90 a
91
92 a
93 a
94 a
95
96 a
97 a
98 a
99 a
00 a
01 a
02 a
-
-s
-s
-s
ec
a
SÉRIE (1987-2000)
SÉRIE
A evolução temporal dos valores de oxigênio dissolvido nos pontos Rc5 e Rc12
é ressaltada na Figura 31 (a) e (b), onde são visíveis as variações entre os períodos de
seca e chuva. Isto ocorre ao longo do perímetro urbano, em função dos afloramentos
rochosos que provocam uma elevação na turbulência, propiciando uma maior taxa de
oxigenação na massa, na época de estiagem. Na chuva, a lâmina d’água no leito sobe,
cobrindo esses afloramentos e diminuindo esse efeito, podendo-se notar, assim,
menores concentrações nesse período.
A Figura 32 (a) e (c) mostra que para o ponto Rc5 os teores de oxigênio
disponível na massa líquida apresentaram oscilações com tendência de acréscimo e que,
nos últimos anos, esses teores têm sofrido um moderado decréscimo (sig. F >0,05),
sendo o melhor ajuste obtido através do modelo quadrático (r = 0,45). Entretanto, para o
114
ponto Rc12, observa-se uma curva com tendência de decréscimo significativo dos seus
valores (sig.de F< 0,05) e o modelo que melhor se ajusta é o quadrático ( r = 0,78). Isso
caracteriza a queda dos teores de oxigênio dissolvido na massa líquida, ao longo dos
anos, decorrente das cargas orgânicas lançadas pelos principais tributários no perímetro
urbano.
10 (a) 10 (b)
9
9
8
OD (mg/l) - Rc5
OD - Rc12
7
7
6
6
5
5 4
19
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 sec
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19
20 eca
87
88
89 a
90
91
92
93 a
94
95
96
97
98
00 a
99
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
ec
ec
a
a
SÉRIE SÉRIE
Figura 31 a-b - Variação Temporal do OD por Período nos Pontos Rc5 e Rc12,
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
10 (a) 10 (b)
9 9
OD (mg/l) - Rc5
8
OD (mg/l) - Rc5
7 7
6 6
5 5
0 10 20 30
19
19 -se
19 se
19 se
19 se
19 se
19 se
19 -se
19 se
19 se
19 se
19 se
19 -se
20 ss
20 se
20 se
87
88 ca
89 ca
90 ca
91 ca
92 ca
93 ca
94 ca
95 ca
96 ca
97 ca
98 ca
00 ec
01 ca
02 ca
99 ca
-
-s
-
SÉRIE (1987-2000)
ec
a
a
SÉRIE
10
(c) (d)
10
9 9
8 8
OD - Rc12
OD - Rc12
7 7
6 6
5 5
4 4
0 10 20 30
19
19 -sec
19 -sec
19 -sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 -sec
19 -sec
19 -sec
19 sec
19 sec
20 -sec
20 -sec
20 -sec
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
99 a
00 a
01 a
02 a
-
-s
SÉRIE (1987-2000)
ec
a
SÉRIE
Figura 32 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado do OD por Período nos
Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
115
Na Figura 32 (b) e (d) são configurados os modelos de prognóstico para os anos
de 2001 e 2002, nos pontos Rc5 e Rc12. Os valores estimados para o primeiro ponto
estão abaixo de 7 mg/l e, para o ponto a jusante, abaixo de 6 mg/l. Embora es ses valores
ainda estejam dentro do limite estabelecido pela Resolução CONAMA 20, de 5 mg/l,
observa -se que o ponto Rc12 apresenta, ao longo dos anos, uma taxa declinante dos
teores de oxigênio, apesar da elevada capacidade de autodepuração demonstrada pelo
rio.
(a) (b)
40 10
9
30
DQO (mg/l) - Rc12
DQO (mg/l) - Rc5
20
10
6
5
0
19
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 -sec
20 -sec
20 sec
20 -sec
19
19 eca
19 eca
19 eca
19
19 eca
19 eca
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 sec
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
99 a
00 a
01 a
02 a
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
00 a
99
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
ec
ec
ec
a
a
SÉRIE
SÉRIE
Figura 33 a-b- Variação Temporal da DQO por Período nos Pontos Rc5 e Rc12,
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
116
(a) (b)
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
0 10 20 30
19
19 -se
19 -se
19 -se
19 -se
19 -se
19 -se
19 -se
19 4-s
19 -se a
19 -se
19 -se
19 -se
20 -ss
20 -se a
20 -se
87
88 ca
89 ca
90 ca
91 ca
92 ca
93 ca
9 ca
95 ec
96 ca
97 ca
98 ca
00 ec
01 ca
02 ca
99 ca
-0
SÉRIE (1987-2000)
se
ca
SÉRIE
(c) (d)
9,5 10
9,0
9
8,5 DQO (mg/l) - Rc12
8,0 8
DQO (mg/l) - Rc12
7,5
7
7,0
6,5
6
6,0
5
5,5
19
19 7-s
19 -se
19 -se
19 -se
19 -se
19 2-s
19 -se
19 se
19 -se
19 -se
19 7-s a
19 -se
20 -se
20 -se
20 -se
0 10 20 30
8
88 ec
89 ca
90 ca
91 ca
9 ca
93 ec
94 ca
95 ca
96 ca
9 c
98 ec
99 ca
00 ca
01 ca
02 ca
-
-s
ec
a
a
SÉRIE (1987-2000)
SÉRIE
Figura 34 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da DQO por Período nos
Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
A Figura 35 (a) e (c) apresenta, nos pontos Rc5 e Rc12 as variações dos valores
da DBO, que se mostram irregulares nos períodos de seca e cheia.
117
4,0 (a) 3,0 (b)
3,5
2,5
3,0
2,0
2,0 1,5
1,5
1,0
1,0
,5
,5
0,0 0,0
19
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
20 eca
19
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 eca
20 sec
87
88
89 a
90
91
92 a
93
94
95 a
96
97
98 a
99
00
87
88
89 a
90
91
92
93
94
95
96 a
97
98
00 a
99
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
ec
a
a
SÉRIE SÉRIE
Figura 35 a-b - Variação Temporal da DBO por Período nos Pontos Rc5 e Rc12,
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
4,0 (a) 4,0 (b)
3,5 3,5
3,0
3,0
DBO (mg/l) - Rc5
1,5
1,0
1,0 ,5
,5 0,0
0 10 20 30
19
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
20 sse
20 -sec
20 sec
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
00 ca
01 a
02 a
99 a
-
-s
-
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
(c) 3,0
(d)
3,0
2,5
2,5
2,0
DBO (mg/l) - Rc12
DBO (mg/l) - Rc12
2,0
1,5
1,5
1,0
1,0
,5
0,0
,5
0 10 20 30
19
19 eca
19 sec
19 eca
19 sec
19 sec
19 eca
19 sec
19 sec
19 eca
19 sec
19 sec
19 eca
20 sec
20 sec
20 eca
87
88
89 a
90
91 a
92 a
93
94 a
95 a
96
97 a
98 a
99
00 a
01 a
02
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
Figura 36 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado da DBO por Período nos
Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
A Figura 36 (a) e (c) evidencia que nos testes realizados para análise de
tendências não se verificou, nos pontos Rc5 e Rc12, nenhuma tendência significativa
(sig. F> 0,05) pa ra os modelos linear e quadrático, apesar de se observar, na curva
118
apresentada pelo ponto Rc12, um ligeiro acréscimo. A despeito das variações e picos
ocorridos na série observada, os valores de oxigênio requeridos para a degradação da
matéria orgânica ainda permaneceram dentro dos limites de até 5mg/l.
80
60
100
40
20
0 0
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
20 sec
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 eca
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97 a
98
00 a
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
99
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
ec
a
SÉRIE SÉRIE a
Figura 37 a-b - Variação Temporal dos Sólidos Suspensos por Período nos Pontos
Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
Essa variável apresentou, no ponto Rc5, conforme Figura 38 (a) e (c), um
aumento considerável ao longo dos anos (sig. F < 0,05 ), com um melhor ajuste para o
modelo quadrático (r = 0,498). No ponto Rc12, constatou-se uma tendência de
acréscimo altamente significativa (sig.F<0,01) e o melhor ajuste foi também pelo
modelo quadrático (r=0,688). Apesar do aumento dessa variável no ponto Rc5, seus
valores ainda permanecera m abaixo de 100mg/l, enquanto que, no ponto Rc12,
registraram-se variações superiores a 100 mg/l.
119
(d). Concentrações abaixo de 100mg/l são esperadas para os dois pontos, valores bem
abaixo do limite estabelecido pela Resolução que fixa 500mg/l.
(a) (b)
100 120
SÓLIDOS SUSPENSOS (mg/l) - Rc5
100
80
60
40
40
20
20
0 0
0 10 20 30
19
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 sec
20 -sse
20 sec
20 -sec
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
00 ca
01 a
02 a
99 a
-
-s
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
200 (d)
160
(c)
140
100
80
100
60
40
20
0
0
-20
19
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19 eca
19 sec
19 eca
19 -sec
19 eca
19 sec
20 eca
20 -sec
20 sec
0 10 20 30
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92
93 a
94
95 a
96
97 a
98
99 a
00
01 a
02 a
-
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
Figura 38 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado dos Sólidos Suspensos
por Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso -
1987-2000.
5.2.11. NTK
120
,5 (a) ,7 (b)
,6
,4
,5
,3
,2 ,2
,1
,1
0,0
19
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
20 sse
19
19 eca
19 eca
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 eca
87
88
89
90 a
91
92 a
93
94
95
96
97 a
98
00 ca
99
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
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-s
-s
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-s
-s
-s
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-s
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-
ec
-s
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-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
ec
a
a
SÉRIE SÉRIE
Figura 39 a-b - Variação Temporal do NTK por Período nos Pontos Rc5 e Rc12,
Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
A curva obtida a partir do estudo da tendência da série do ponto Rc5 é vista na
Figura 40 (a), onde não se observa nenhuma tendência (sig. F>0,05) para os modelos
analisados enquanto que para o ponto Rc12, Figura 40 (b), verifica-se uma tendência de
acréscimo altamente significativa.
,5 (a) ,5 (b)
,4 ,4
NTK (mg/l) - Rc5
NTK (mg/l) - Rc5
,3 ,3
,2 ,2
,1 ,1
0 10 20 30
19
19 -sec
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19 sec
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19 sec
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19 sec
20 -sse
20 -sec
20 sec
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
00 ca
01 a
02 a
99 a
-
SÉRIE (1987-2000) -s
ec
a
SÉRIE
(c) ,8
(d)
,7
,6
,6
,5
NTK (mg/l) - Rc12
,4
,4
,3
,2
,2
0,0
,1
0,0 -,2
0 10 20 30
19
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 eca
19 eca
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
20 eca
20 sec
20 sec
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93
94
95 a
96 a
97 a
98 a
99 a
00
01 a
02 a
-
-s
-s
-s
-s
SÉRIE (1987-2000)
ec
a
SÉRIE
Figura 40 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado do NTK por Período nos
Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
121
Na Figura 40 (b) e (d) são registradas as concentrações estimadas para os anos
de 2001 e 2002, nos períodos de seca e chuva. Para o ponto Rc5, esperam-se
concentrações abaixo de 0,3 mg/l e no ponto Rc12, valores acima de 0,6 mg/l.
40000
40000
30000
30000
20000
20000
10000
0
10000
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 sec
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
00 a
99
19
19 eca
19 sec
19 sec
19 eca
19 -sec
19 sec
19 eca
19 sec
19 eca
19 sec
19 sec
19 eca
20 sec
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
87
88
89 a
90 a
91
92 a
93 a
94
95 a
96
97 a
98 a
99
00 a
ec
-s
-s
-s
-s
-s
-s
a
ec
a
SÉRIE SÉRIE
Figura 41 a-b - Variação Temporal dos Coliformes Totais por Período nos Pontos
Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande - MT - 1987 -2000.
Devido à característica do crescimento bacteriano do grupo coliformes, optou-se
por testar, além dos modelos linear e quadrático, os modelos logarítmicos e
exponenciais, de forma a observar qual melhor se adequaria à série. Os dados
mostraram que a evolução dos coliformes totais apresentou, ao longo da série, no ponto
Rc5, Figura 42 (a), uma curva com tendência altamente significativa (sig. F <0,01) e (r
= 0,49) demonstrada pelo modelo exponencial. Com os modelos quadrático e
logarítmico (sig. F < 0,05) registrou-se um grau expressivo, sendo o linear de moderada
significância (sig. F. entre 0,05 – 0,10).
Para o ponto Rc12, a série estudada também evidenciou curvas com tendências
elevadas para todos os modelos testados (sig. F <0,01), porém o modelo exponencial
obteve o melhor ajuste ( r = 0,86), conforme visualizado na Figura 42 (c).
122
Essa tendência de aumento dos coliformes nos dois pontos deve-se à
contribuição de fezes humanas e de animais de sangue quente que são carreados para
dentro do leito do rio, principalmente nos períodos de chuva. Para o ponto Rc5,
localizado a montante de todo o lançamento dos despejos domésticos e industriais, esse
aumento restringe -se à parcela de contribuição dos animais das pequenas chácaras
localizadas ao longo das margens do rio e, também, devido ao recebimento das cargas
de coliformes dos trechos correspondentes ao Alto Cuiabá. Essas concentrações elevam-
se mais no ponto Rc12, em decorrência dos lançamentos de de spejos ao longo do
perímetro urbano.
20000
30000
10000
20000 5000
4000
3000
2000
10000
1000
0
500
400
300
-10000 200
0 10 20 30
19
19 -sec
19 eca
19 eca
19 -sec
19 eca
19 -sec
19 eca
19 -sec
19 eca
19 sec
19 sec
19 sec
20 sse
20 eca
20 -sec
87
88 a
89
90
91 a
92
93 a
94
95 a
96
97 a
98 a
00 ca
01
02 a
99 a
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-
SÉRIE (1987-2000) ec
a
SÉRIE
50000
(c) 50000
(d)
COLIFORMES TOTAIS (NMP/100ml) - Rc12
40000
COLIFORMES TOTAIS (NMP/100ml) - Rc12
40000
30000
30000
20000
20000
10000
0 10000
0 10 20 30
19
19 sec
19 sec
19 eca
19 -sec
19 sec
19 sec
19 eca
19 sec
19 -sec
19 sec
19 eca
19 sec
20 sec
20 sec
20 sec
87
88 a
89 a
90
91 a
92 a
93 a
94
95 a
96 a
97 a
98
99 a
00 a
01 a
02 a
-
-s
-s
-s
-s
SÉRIE (1987-2000)
ec
a
SÉRIE
Figura 42 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado dos Coliformes Totais
por Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso -
1987-2000.
123
5.2.13. Coliformes Fecais
A evolução temporal dos coliformes fecais para o ponto Rc5 registrou uma
tendência moderada de acréscimo (sig. F entre 0,05 – 0,1), de acordo com os modelos
linear e logarítmico, com um coeficiente de regressão pouco representativo (r = 0,34).
Para o ponto Rc12, as curvas obtidas em todos os modelos evidenciaram altas
significativas e o melhor ajuste corresponde ao modelo exponencial (r = 0,89).
20000 (a) 40000 (b)
10000
COLIFORMES FECAIS (NMP/100ml) - Rc5
20000
6000
1000
4000
500
400
300
2000
200
100 1000
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 sec
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
20 sec
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
87
88
89
90
91
92
93
94
95 a
96
97
98
00 a
99
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
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-s
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-s
-s
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-s
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
ec
a
a
SÉRIE SÉRIE
Figura 43 a-b - Variação Temporal dos Coliformes Fecais por Período nos Pontos
Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande - Mato Grosso - 1987-2000.
124
12000 (a) 20000 (b)
10000 10000
4000 1000
2000 500
400
300
0
200
-2000 100
0 10 20 30
19
19 sec
19 -sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 sec
19 -sec
20 sec
20 sec
20 sec
87
88 a
89 a
90 a
91 a
92 a
93 a
94 a
95 a
96 a
97 a
98 a
99 a
00 a
01 a
02 a
-
-s
SÉRIE (1987-2000)
ec
a
SÉRIE
(c) 40000
(d)
40000
20000
10000
8000
6000
10000
9000
4000
8000
7000
6000
5000 2000
4000
1000
3000
19
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 eca
19 sec
19 -sec
19 sec
19 -sec
19 eca
19 -sec
19 sec
19 -sec
20 sec
20 -sec
20 eca
0 10 20 30
87
88 a
89 a
90 a
91
92 a
93 a
94 a
95 a
96
97 a
98 a
99 a
00 a
01 a
02
-
-s
-s
-s
-s
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
Figura 44 a-d - Análise das Tendências e Modelo Gerado dos Coliformes Fecais
por Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso -
1987-2000.
O comportamento dos modelos obtidos para caracterização da série dos
coliformes fecais foi similar ao que ocorreu com os coliformes totais, conforme Figura
44 (b) e (d). Para o ponto Rc5, a série estudada mostrou-se como estocástica, com
tendência de acréscimo e sazonalidade, e os valores estimados pelo modelo variaram na
faixa de 2000 a 3000 NMP/100ml. No ponto Rc12, a componente sazonal desaparece,
evidenciando a tendência de acréscimo resultante das cargas de coliformes. Os valores
estimados tendem a crescer acentuadame nte, chegando a atingir concentrações próximas
a 40.000 NMP/100ml, o que equivale a concentrações oito vezes maiores que a
permitida para um rio classe II.
125
5.2.14. Fósforo Total
A variação do fósforo total nos pontos Rc5 e Rc12, Figura 45 (a) e (b),
apresentou, ao longo da série, muitas interrupções, cujo preenchimento se deu através
de equações de regressão.
,4 (a) ,5 (b)
,3 ,4
,2 ,3
,1 ,2
0,0 ,1
0,0
-,1
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27
19
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19 eca
19
19 eca
19 eca
19 eca
20 eca
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
ec
SÉRIE
a
SÉRIE
Figura 45 a-b - Variação Temporal do Fósforo Total por Período nos Pontos Rc5 e
Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso - 1987-2000.
A evolução temporal do fósforo total para o Ponto Rc5, Figura 46 (a), registrou
uma curva crescente, com moderada significância para o modelo linear (sig. F entre
0,05 – 0,1) e um coeficiente de regressão pequeno (r = 0,34). Para o ponto Rc12, Figura
45 (b), as curvas obtidas nos dois modelos não se mostraram significativas.
Os valores prognosticados para os pontos Rc5 e Rc12, Figura 46 (c) e (d), nos
períodos de seca e chuva, encontram-se próximos de 0,1 mg/l, o que representa uma
concentração bastante elevada, quatro vezes superior ao limite estabelecido pela
Resolução CONAMA 20, de 0,025 mg/l.
126
,4 (a) ,4 (b)
,3 ,3
FÓSFORO TOTAL (mg/l) - Rc5
,1 ,1
0,0 0,0
-,1 -,1
0 10 20 30 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31
(c) (d)
,5 ,5
,4
,4
,3
,3
,2
,2
,1
,1
0,0
-,1 0,0
0 10 20 30
19
19 -sec
19 eca
19 sec
19 -sec
19 eca
19 sec
19 -sec
19 eca
19 -sec
19 sec
19 eca
19 -sec
20 sec
20 eca
20 -sec
87
88 a
89
90 a
91 a
92
93 a
94 a
95
96 a
97 a
98
99 a
00 a
01
02 a
-s
-s
-s
-s
-s
-s
ec
SÉRIE (1987-2000)
a
SÉRIE
Figura 46 a-d – Análise das Tendências e Modelo Gerado do Fósforo Total por
Período nos Pontos Rc5 e Rc12, Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso – 1987-
2000.
127
Figura 46 - Classificação da Imagem Landsat-5 TM, Utilizando o Algoritmo de
Máxima Verossimilhança para a Bacia do Rio Cuiabá, Perímetro Urbano – Mato
Grosso - Abril 1999.
128
A verificação dos resultados das classificações das fotos aéreas 1:8000 mostrou
uma discreta superioridade do algoritmo máxima verossimilhança, em relação ao da
distância mínima. As Tabelas 17 e 18 expõem as estatísticas referentes aos erros de
omissão, de comissão e total que compõem a matriz de erro. O algoritmo de máxima
verossimilhança registrou o valor do erro total de 0,286 e o coeficiente de kappa de
0,676, considerados melhores em relação ao da distância mínima. A superioridade desse
algoritmo também se destacam em relação às classes, que apresentaram uma melhor
definição entre as categorias (urbanização alta e baixa, campo, cerrado, mata e água).
Os percentuais por classe obtidos nesse algoritmo foram utilizados para posterior
inter-relação com os dados de qualidade da água, variáveis físico-químicas e
bacteriológicas das sub-bacias no período correspondente à aquisição da imagem.
129
A Tabela 19 contém os resultados da classificação para as dezesseis sub-bacias
que compõem o mosaico urbano das cidades de Cuiabá e Várzea Grande e destaca,
ainda, características referentes à área e perímetro urbano das respectivas sub-bacias.
Porém, neste estudo, serão analisadas treze sub-bacias que apresentam corpo receptor
definido, de forma a permitir a comparação com os dados de qualidade.
Tabela 19 - Percentuais por Categoria do Uso da Terra por Sub-Bacia Urbana das
Cidades de Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso.
Área Perímetro Urbanização Campo Preservado
Sub-BaciasDenominação Corpo Recptor NDVI
(há) (m) (%) (%) (%)
SB20 Acoxip R. Coxipó 19029,91 64683,37 0,30 31,84 47,07 20,71
SB14/15 Alipa C. Rib.Lipa 6943,56 47012,64 0,27 34,4 47,95 16,97
SB19 Abarba C. Barbado 1421,86 20521,18 0,12 74,25 19,36 5,99
SB01 Apari C. Pari 5315,92 38657,02 0,32 15,07 62,79 21,05
SB17 Aprain C. Prainha 655,60 12135,51 0,05 71,68 25,47 2,44
SB16 Ampint C. Mane Pinto 935,79 13478,90 0,15 64,83 24,30 10,14
SB18 Agamba C. Gamba 473,58 10494,83 0,08 80,42 16,58 2,72
SB04 Aguari C. Guarita 2058,38 20433,90 0,26 41,75 42,29 15,38
SB03 Aembov C. Embauval 707,10 11859,18 0,25 53,8 33,39 11,81
SB6789 - Difusa 1772,42 20923,68 0,27 39,61 29,57 27,96
SB21 Asgonc C. S. Gonçalo 1990,24 21638,24 0,28 40,93 40,39 18,14
SB02 Apicar C. Picarrão 3842,18 27261,34 0,24 50,99 38,60 10,11
SB10 Asanta C. Santana 1159,91 17501,65 0,30 42,6 31,27 24,64
SB05 Aengord C. Engordador 1041,38 15469,48 0,24 50,95 36,00 12,01
SB22 C. Lavrinha 1840,27 23684,02 0,32 31,51 37,84 29,33
SB23 Difusa 3020,75 30098,17 0,31 25,37 54,62 18,41
130
Tabela 20 - Resultados da Classificação da Imagem de Acordo com o Índice de Vegetação e as Categorias de
Uso da Terra para a Bacia do Rio Cuiabá – Mato Grosso, 2000.
131
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Acoxip
Aembov
Abarba
Alipa
Apicar
Aprain
Apari
Aengord
Agamba
Aguari
Asanta
Asgonc
Asgonc
Ampint
132
100
80
60
(%) Valor médio
40 Cuiabá
V.Grande
20
0
ão
o
po
VI
ad
aç
D
am
N
rv
iz
se
an
re
rb
P
U
133
5.3.1. Análise de Correlação
134
Tabela 22 - Equações de Regressões Considerando a Porcentagem de Urbanização
como Variável Preditora para Estimar a Qualidade da Água das Sub-Bacias do
Perímetro Urbano das Cidades de Cuiabá e Várzea Grande - Mato Grosso.
Variável Equação Sig. r
Cor 45.067 + 0.102 0,827 0,006
OD 1.443 + 0.244 0,657 0,026
DBO -163,743 + 10.570 0,415 0,085
DQO -28.219 + 1.234 0,018 0,525
Alcalinidade -3.160 + 1.210 0,006 0,628
Turbidez 7.213 + 0.126 0,034 0,447
Condutividade -52.898 + 7.004 0,001 0,767
Fósforo Total -0.601 + 2.721 x 10-2 0,001 0,791
Coliformes Totais -8610321 + 26 0,013 0,557
Coliformes Fecais -2373613 + 75608.407 0,018 0,523
NTK 0.853 + 4.101 x 10-2 0,269 0,150
135
às características físico-químicas e bacteriológicas, elevados teores de fósforo, DBO,
coliformes totais, alcalinidade e de condutividade, oriundos dos lançamentos dos efluentes
domésticos, fazendo com que apresentassem as maiores concentrações de carga orgânica
remanescente.
136
Figura 50 - Distribuição das Sub-Bacias nos Eixos das Componentes 1 e 2.
Destaca-se, também, nessa mesma figura, a sub-bacia da Guarita que se posicionou
na extremidade superior, demonstrando uma fraca relação com as variáveis da componente
1 e forte correlação com a turbidez, NTK e cor, que formam a componente 2. Vale
ressaltar, ainda, a localização da sub-bacia do Pari, na posição extrema esquerda do gráfico,
o que evidencia seus baixos teores em relação aos dois eixos. As sete sub-bacias restantes
apresentaram menores valores quando comparadas às variáveis que compõem os dois eixos.
A técnica de cluster permite realizar uma classificação a partir dos casos que
emergem e agrupam um passo a cada tempo, até que todos componham um único grupo. A
coluna dos coeficientes indica a distância entre dois cluster juntos, em cada estágio de
agrupamento. Na Tabela 25, são apresentadas as etapas do método com os respectivos
conglomerados, sendo identificados, ainda, os três grupos definidos para esta análise.
137
Tabela 25 - Histórico dos Aglomerados por Sub-bacia do Perímetro Urbano do Rio
Cuiabá - Mato Grosso – 1999-2000.
Histórico dos Conglomerados das Microbacias
Conglomerado que se combina Etapa em que o conglomerado
aparece pela primeira vez
Etapa Conglomerado Conglomerado Coeficientes Conglomerado Conglomerado Próxima
1 2 1 2 Etapa
1 9 12 2,938 0 0 5
2 1 4 3,342 0 0 4
3 10 11 3,895 0 0 7
4 1 2 4,766 2 0 9
5 9 13 5,914 1 0 8
6 3 6 7,259 0 0 8
7 9 10 9,591 5 3 9
8 3 7 10,940 6 0 10
9 1 9 13,770 4 7 12
10 3 5 13,910 8 0 11
11 3 8 27,632 10 0 12
12 1 3 30,974 9 11 0
12:Asanta
9:Aembov
11:Apicar
3:Abarba
8:Aguari
5:Aprain
6:Ampint
1:Acoxip
4:Apari
2:Alipa
Número de
conglomerados
1 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
2 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
3 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
4 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
5 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
6 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
7 X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
8 X X X X X X X X X X X X X X X X X X
9 X X X X X X X X X X X X X X X X X
10 X X X X X X X X X X X X X X X X
11 X X X X X X X X X X X X X X X
12 X X X X X X X X X X X X X X
138
5.3.4.1. Análise da Variância entre os Grupos
Com o objetivo de analisar o comportamento das médias de cada variável dos três
grupos definidos em relação à média global, realizou-se o teste da ANOVA. Na Tabela 26
verifica-se que das onze variáveis analisadas, nove indicam que os valores de cada grupo
diferem significativamente (sig. F <0,05) sendo que apenas duas não apresentam diferenças
entre os grupos, NTK e cor. Podem ser visualizados, ainda, os valores (mínimo, médio e
máximo) de cada variável nos três diferentes grupos. Ressalta-se que o grupo I engloba oito
sub-bacias, o grupo II quatro e o III apenas uma sub-bacia.
Máximo 6.78 164.75 30.71 86,63 20.55 400.00 1.24 2,5E+06 2,5E+06 4.90 105
2 Media 3.12 262.97 74.53 88.52 15.66 446.36 1.51 1,3E+07 3,9E+06 3.73 40.06
Mínimo 2.38 198.90 45.59 59.83 14.20 332.60 1.18 5,3E+06 1,7E+06 .37 37.50
Máximo 4.54 362.08 98.31 115.10 18.50 546.67 1.84 1,9E+07 5,8E+06 7.74 45.00
3 Media 2.41 376.97 13.52 30.85 45.63 393.43 1.49 8,7E+06 8,7E+06 6.11 65.00
Mínimo 2.41 376.97 13.52 30.85 45.63 393.43 1.49 8,7E+06 8,7E+06 6.11 65.00
Máximo 2.41 376.97 13.52 30.85 45.63 393.43 1.49 8,7E+06 8,7E+06 6.11 65.00
Total Media 4.36 176.10 32.00 60.55 16.13 328.53 .87 4,8E+06 2,1E+06 3.09 52.99
Mínimo 2.38 8.07 1.12 14.90 5.00 38.73 .09 1,9E+03 1,3E+03 .37 19.91
Máximo 6.78 376.97 98.31 115.10 45.63 546.67 1.84 1,9E+07 8,7E+06 7.74 105
139
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) apresentaram médias de 107,55 mg/l e 13,04
mg/l, respectivamente, com faixa de variação de DQO entre 8,07 e 164,75 mg/l e de DBO
entre 1,12 e 30,71 mg/l, evidenciando contribuições oriundas de esgotos domésticos.
140
Figura 52 - Classes de Ocupação Correspondente à Bacia do Rio Cuiabá - Perímetro
Urbano das Cidades de Cuiabá e Várzea Grande – Mato Grosso.
A alcalinidade atingiu teores de 88,52 mg/lCaCO 3 com variações de 59,83 a 115,10
mg/lCaCO 3 e a turbidez, valor médio de 15,66 UT, com variações entre 14,20 e 18,50 uH,
teor relativamente baixo, uma vez que o padrão ambiental estabelece 100 uH para rios de
classe II. A coloração da água nessas sub-bacias foi de 40,06 UT, com variações entre
37,50 e 45,00 UT, abaixo do limite de 75 UT estabelecido pelos padrões ambientais. A
condutividade variou entre 332,60 e 546,67 µS/cm, com média de 444,36 µS/cm, muito
superior ao encontrado no grupo I.
141
A sub-bacia da Guarita, única no grupo III apresentou um valor médio de
urbanização de 41,74 % e índice de vegetação de 26%. Embora esses percentuais estejam
muito próximos aos do grupo I, as características físico-químicas e bacteriológicas das
águas desse córrego demonstraram um grau de comprometimento elevado, conforme pode
se observar na Figura 52. Os teores médios de oxigênio dissolvido, de 2,41 mg/l, mostram-
se bastante críticos para a manutenção das vidas aquáticas e não correspondem com o limite
definido pela Resolução CONAMA 20, que classifica esse córrego como classe 4 . Em
relação aos valores de matéria orgânica, medidos a partir da DQO e DBO, as médias foram
de 376,97 mg/l a 13,52 mg/l, respectivamente.
142
resultados da calibração do modelo para os constituintes OD, DBO e coliformes fecais,
nesse trecho, que tem início na Passagem da Conceição, ponto Rc5, até a Ponte J.K, ponto
Rc12.
Na Tabela 27, destaca-se a calibração realizada para o constituinte OD, que resultou
em teores de oxigênio variando de 7,5 a 7,0 mg/l, implicando em um déficit de 0,5 mg/l
nesse trecho. Quando comparados esses resultados com os pontos de controle, dispostos ao
longo desse trecho (Rc7, Rc8, Rc9, Rc11 e Rc12), obteve -se um erro, entre os valores
observados e os valores calibrados, inferior a 10%, o que denota um bom ajuste desse
modelo para essa variável. As concentrações para os valores calibrados e observados no
trecho registraram uma taxa declinante, apesar de ainda encontrar-se superior ao limite de 5
mg/l, estabelecido pelo padrão ambiental para um rio classe II.
No que se refere à DBO, verifica-se que o valor simulado apresentou uma curva
com inflexões a partir do Km 11, ponto onde têm início as contribuições mais intensas das
sub-bacias urbanizadas, Mané Pinto, Prainha, Gambá e Barbado. Destaca-se, porém, que os
valores dos pontos de controle não acompanharam a tendência da curva calibrada,
mantendo concentrações pouco acima de 1 mg/l. Essas diferenças podem ser atribuídas à
parcela de DBO sedimentavél, não considerada nessa análise. Constata-se, ainda, que o
limite de 5 mg/l da Resolução encontra-se mantido.
143
os dois municípios que, devido às características dos sistemas, do tipo lodos ativados,
apresentam apenas uma remoção de matéria orgânica de 90% e de 95% de coliformes.
144
Calibração - 2000
8
OD (mg/l)
6
10,32
11,91
13,50
15,09
16,67
18,26
19,85
21,44
23,03
24,61
26,20
0,79
2,38
3,97
5,56
7,15
8,73
Distância (km)
Calibração - 2000
6
5
DBO (mg/l)
4
3
2
1
0
1,59
3,18
4,76
6,35
7,94
9,53
11,12
12,70
14,29
15,88
17,47
19,06
20,64
22,23
23,82
25,41
0
Distância (km)
Calibração - 2000
Coliformes Fecais
100000
10000
(NMP/100l)
1000
100
10
1
1,59
3,18
4,76
6,35
7,94
9,53
11,12
12,70
14,29
15,88
17,47
19,06
20,64
22,23
23,82
25,41
0
Distãncia (km)
145
Para os anos de 2005 e 2010, observa -se que na hipótese de não se ter tratamento e
das cargas geradas nas sub-bacias atingirem diretamente o rio Cuiabá, a simulação
apresenta no final do trecho, uma concentração de 6,59 e 6,09 mg/l, respectivamente,
ocasionando um déficit de 1,0 e 1,5 mg/l ao longo do trecho. Na alternativa de se ter uma
remoção de 80 % das cargas orgânicas das sub-bacias, a concentração de oxigênio deverá
manter-se em 6,96 mg/l. Nota-se que mesmo para a alternativa mais crítica, 0% de
remoção e ano de 2010, o rio ainda estaria acima do limite de 5 mg/l, apesar da tendência
de deflexão da curva.
146
ano 2005 ano 2010
8
8 7,5
OD (mg/l)
7,5 7
OD (mg/l)
7 6,5
6,5 6
6 5,5
5,5
5 5
4,5 4,5
4 4
10,32
12,70
15,09
17,47
19,85
22,23
24,61
0,79
3,18
5,56
7,94
0,79
3,18
5,56
7,94
10,32
12,70
15,09
17,47
19,85
22,23
24,61
Distância (km) Distância ( Km)
ST CT Limite ST CT Limite
6 8
DBO (mg/l)
DBO (mg/l)
4 6
4
2 2
0 L 0
10,32
12,70
15,09
17,47
19,85
22,23
24,61
10,32
12,70
15,09
17,47
19,85
22,23
24,61
0,79
3,18
5,56
7,94
0,79
3,18
5,56
7,94
ST CT limite ST CT Limite
coliformes fecais
1,00E+08
(NMP/100ml)
1,00E+08
(NMP/100ml)
1,00E+06 1,00E+06
1,00E+04 1,00E+04
1,00E+02
1,00E+02
1,00E+00
10,32
13,50
16,67
19,85
23,03
26,20
0,79
3,97
7,15
1,00E+00
10,32
13,50
16,67
19,85
23,03
26,20
0,79
3,97
7,15
Distância (Km)
Distância (Km)
ST CT Limite ST CT Limite
Figura 54 - Cenários dos Constituintes OD, DBO e Coliforme Fecais nos Anos de 2005
e 2010 para o Trecho do Perímetro Urbano do Rio Cuiabá – Cuiabá – Mato Grosso.
147
(a) (b)
8,2 8,5
8,0 8,0
7,8
7,5
7,6
7,0
7,4
OD (mg/l) - Rc12
OD (mg/l) - Rc5
6,5
7,2
7,0 6,0
1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004
ANO ANO
(c) (d)
3,0 2,4
2,8
2,2
2,6
2,4 2,0
DBO (mg/l) - Rc5
2,2
DBO (mg/l) - Rc12
1,8
2,0
1,8 1,6
1,6
PERÍODO PERÍODO
1,4
1,4
2 2
1,2 R² = 0,0967
R² = 0,0472
1,2
1,0 1
1
,8 R² = 0,0047 1,0 R² = 0,1831
1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004
ANO ANO
(e) (f)
20000 30000
10000
COLIFORMES FECAIS (NMP/100ml) - Rc5
8000 20000
6000
4000
2000
10000
PERÍODO 9000
1000 PERÍODO
800 8000
2
2
600 R² = 0,0624 7000
R² = 0,9820
400 1 6000
1
R² = 0,0436
5000 R² = 0,9785
1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004
1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004
ANO
ANO
Figura 55 - Intervalo de Predição das Variáveis OD, DBO e Coliformes Fecais do Rio
Cuiabá para os Anos de 2001 e 2002.
148
Para o OD, verifica-se que ocorreu, no ponto Rc5, uma faixa com abrangência
bastante larga, nos dois períodos. Na seca, os valores preditos variaram de 8,1 a 6,8 mg/l e
na cheia de 7,8 a 6,0 mg/l, sendo o coeficiente de determinação pouco significativo. No
ponto Rc12, que apresenta uma curva com tendência marcante de decréscimo, as
diferenciações entre os períodos não foram marcantes, porém mostraram-se bastante
diversificadass em rela ção ao ponto Rc5 e os valores ficaram entre 6,4 e 4,0 mg/l. O
coeficiente de determinação foi de 0,6, nesse ponto, mostrando uma melhor capacidade de
resposta dessa variável, que apresentou uma curva com tendência marcante de decréscimo,
ou seja, valores já bastante críticos para o rio Cuiabá.
149
6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
150
6.1.1. Aspectos Ecológicos
Neste item serão discutidas as variáveis OD, DBO, DQO e sólidos, consideradas
principais contribuintes da poluição orgânica e pH, alcalinidade e condutividade como
componentes da poluição inorgânica, além dos nutrientes representados pelo nitrogênio e
fósforo.
Projetos e estudos têm sido desenvolvidos em várias regiões do país com o objetivo
de se medir a capacidade de resposta dos corpos d’água quando submetidos a grande
contribuição de cargas orgânicas. SALATI et al. (1999) enfatizam a importância da
capacidade de autodepuração do rio Corumbataí, localizado na cidade de São Paulo, que
por ser um rio típico de uma região de Planalto, consegue assimilar parte de suas cargas
orgânicas, evitando sérios comprometimentos da qualidade da água para a região a jusante.
No Projeto BRA/96/017(1998), desenvolvido na bacia do Paraíba do Sul, observou-se que
em um trecho do rio, onde são lançados efluentes domésticos de várias cidades ribeirinhas,
sem nenhum tipo de tratamento, os níveis de DBO variaram entre 3,0 e 4,0 mg/l e teores de
oxigênio se mantiveram acima de 6,0 mg/l, apesar da contribuição dos efluentes
domésticos.
153
A condutividade apresentou variações significativas entre os períodos, com maiores
valores na seca, e incrementos foram observados na concentração desta variável, no ponto
Rc12, atingindo até 220 µS/cm. O mesmo ocorreu no ponto Rc5, nesse período, reduzindo
o efeito das cargas orgânicas e evidenciando a contribuição da geologia da bacia. NETTO
(1993) FIGUEIREDO (1996) e SALATI et al. (1999) citam exemplos de degradação da
qualidade da água dos rios Tietê e Jundiaí, que se localizam em áreas de urbanização
intensa. Um estudo sobre esses rios, realizado em 1999, mostrou uma variação no sentido
montante-jusante entre 31 e 602 µS/cm e 81 e 503 µS/cm, respectivamente.
154
superficial da água, como fazem todos os detergentes, facilitando a formação de espumas
na superfície da água, fenômeno que tem ocorrido ao longo do rio Cuiabá de forma bastante
freqüente.
A evolução da qualidade da água, ao longo dos anos, mostrou para os pontos Rc5 e
Rc12 uma curva crescente no aumento das concentrações de coliformes fecais e totais,
sendo que para o primeiro ponto a contribuição está associada aos dejetos animais e para o
segundo aos esgotos domésticos. Isso indica uma poluição aguda do rio nos aspectos
ligados à saúde pública, podendo ocasionar doenças de veiculação hídrica, implicando,
também, em restrições aos destinados à balneabilidade e à irrigação de horticulturas.
155
6.2. Determinação das Forças Dominantes na Alteração da Qualidade da Água
da Bacia
Estudos têm mostrado que a variabilidade da qualidade das águas é muito complexa
e apresenta flutuações que podem estar associadas a fatores e processos hidrológicos,
geomorfológicos e à acão antropogênica na bacia. Medir e isolar a contribuição específica
de cada fator torna-se extremamente difícil, porém pode-se observar a predominância de
alguns em relação a outros. DAVIS & CORNWELL (1998) salientam que para um melhor
entendimento do processo de avaliação da qualidade da água faz-se necessário conhecer a
dinâmica da atuação de cada um dos fatores: clima, litologia da região, da vegetação
circuncidante, do ecossistema aquático e da influência do homem e a interação estabelecida
pela ação conjunta entre essas combinações.
Neste item será feita a avaliação de como esses fatores têm interferido na qualidade
da água da bacia e a identificação da distribuição espacial da urbanização nas diferentes
sub-bacias que compõem o mosaico urbano da cidade de Cuiabá e Várzea Grande.
156
6.2.2 Efeitos Combinados das Descargas Orgânicas e Sazonalidade
157
oxigênio dissolvido, ainda acima de 5 mg/l, valores de DBO e DQO, em torno de 10 e
130,00 mg/l, característica mais comum de águas limpas. Os coliformes fecais e totais
apareceram em níveis menores que nos outros grupos, denotando a contribuição
preferencial de dejetos de animais.
O grupo II, formado pelas sub-bacias Prainha, Gambá, Barbado e Mané Pinto, é um
grupo mais intensamente urbanizado, apresentando concentrações elevadas de: matéria
orgânica, medida através da DBO e DQO, com valores médios de 74,00 a 263,00 mg/l;
coliformes totais e fecais de 1,25 x 107 a 3,85 x 106; nutrientes, fósforo e NTK, com
valores médios de 1,50 a 3,72 mg/l e teores de oxigênio bastante críticos, caracterizando-se,
assim, como um esgoto de fraca intensidade. TUCCI (1998) apresenta valores de alguns
parâmetros típicos de efluentes de esgoto municipal e combinado, os quais se assemelham
aos verificados neste estudo.
158
6,7 e 5,4 mg/l, respectivamente, dentro de um intervalo de predição que variou de 6,3 a 4,0
mg/l, para o ponto Rc12. Nos cenários dos anos de 2005 e 2010, a concentração no ponto
Rc12 situou-se próxima a 6,0 mg/l, considerando-se a pior alternativa, de não se ter
tratamento dos esgotos nas cidades. TEIXEIRA (1994) também simulou esse parâmetro
para o ano de 2005 e concluiu que o OD não chega a ser um problema para a classificação
do rio, pois os valores da simulação mantiveram-se acima de 5,0 mg/l para o ponto Rc12.
Essas previsões, no entanto, juntamente com a análise da tendência ao longo do tempo,
denotam que está ocorrendo uma perda da capacidade de reaeração do rio, impondo, assim,
a necessidade de se investir na melhoria dos sistemas de esgoto, como uma forma de
minimizar o efeito dessas cargas.
159
crescimento populacional estimado, chegando a números acima de 107 para o ano de 2010.
A redução desse efeito só será obtida através da implantação de estações de tratamento do
tipo lagoas de maturação, calhas ultravioletas e desinfecção.
160
6.4.2. Modelos Combinados
O modelo QUAL 2E, ainda que utilizado neste estudo de forma simplificada,
desenhou também cenários futuros para as variáveis OD, DBO e coliformes fecais que
permitiram a visualização do decréscimo dos teores de OD e do aumento da DBO e
coliformes se medidas estruturais, como a implantação e ampliação dos sistemas de
tratamento de esgotos não forem implementadas. Ressaltou que para melhoria da qualidade
sanitária do rio, são necessários sistemas de tratamento que apresentem níveis de remoção
161
de coliformes acima de 99,99% para permitir que o rio garanta os limites do padrão
ambiental.
SOULSBY (2001) comenta que a qualidade da água é uma das variáveis mais
importantes que influenciam a estrutura e o funcionamento das comunidades aquáticas, e os
impactos ocorridos nas mudanças no uso e ocupação do solo, podem, ao longo do tempo,
podem ser melhor visualizados a partir da sua caracterização. Neste estudo, esses valores
foram inter-relacionados com a qualidade da água a partir da aplicação de técnicas
estatísticas de regressão, correlação, ACP e cluster, identificando, assim, o agrupamento
das sub-bacias que apresentaram características similares em função do % de ur banização e
as que poderiam responder mais diretamente a esse processo.
Resultados similares foram obtidos por BERZAS et al. (2000) que utilizaram a
combinação das técnicas de ACP e cluster para descobrir o agrupamento natural das
variáveis. WUNDERLIN et al. (2001) apontam também que a análise de cluster rendeu
bons resultados como um método exploratório para avaliar as diferenças espaciais e
temporais, contudo fracassou em demonstrar os detalhes dessas diferenças. Comentam,
163
ainda, que a ACP não resultou na redução de parâmetros como desejado. Entretanto, os
autores reforçam que o uso de análises de componentes principais, juntamente com análises
de cluster, permitiram agrupar os parâmetros selecionados de acordo com os aspectos
comuns, bem como avaliar a incidência de cada grupo na mudança geral da qualidade da
água da bacia do rio Suquía, na Argentina, especialmente durante as mudanças temporais.
164
7. CONCLUSÕES
165
separadamente e que a unidade espacial mais apropriada para essa combinação é a da bacia
hidrográfica. A política de recursos hídricos isoladamente não irá resolver as questões da
degradação, mas a combinação de política, educação, planejamento e aplicabilidade das leis
pode prover mecanismos para reduzir a taxa de degradação, possibilitando proteção
humana e ambiental.
Cabe ressaltar que, embora o enfoque deste estudo tenha sido direcionado para a
contribuição das fontes pontuais de origem doméstica, os resultados encontrados apontam
para as fortes contribuições advindas de fontes difusas que, em geral, passam a largo dos
programas de monitoramento e da fiscalização do órgão ambiental, por serem contribuições
consideradas insignificantes.
166
medir, avaliar e prognosticar valores para a qualidade da água da bacia do rio Cuiabá, no
trecho do perímetro urbano.
É importante salientar que a qualidade da água não se traduz apenas pelas suas
características físicas e químicas, mas pela qualidade de todo o recurso hídrico que envolve
a saúde e o funcionamento equilibrado do ecossistema, incluindo aí as plantas, a
comunidade aquática e seus habitantes. COY et al. (1994) salientam que o processo de
urbanização desenvolvido dentro do aglomerado Cuiabá /Várzea Grande traz implicações,
não apenas ambientais, como verificada no presente trabalho, mas, também, resulta em
profundas disparidades entre os segmentos da sociedade. Similarmente pode-se afirmar que
a deterioração da qualidade das águas do rio Cuiabá não representa apenas um dano
ambiental, mas a perda da identidade de muitas gerações que têm no rio a sua referência de
vida, costumes e sobrevivência.
167
a natureza apresenta uma capacidade de resposta que nem sempre pode ser numericamente
controlada (RAJAR, 1997).
168
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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