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MIRAGEM, Bruno. Curso de direito do consumidor, p. 398
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e) arquiteto.
As razões do tratamento diferenciado concedido aos profissionais liberais podem ser
resumidas nos seguintes argumentos:
a) natureza intuitu personae da atividade desempenhada;
b) exercer, em regra, atividade de meio;
c) serviço diferenciado em comparação ao disponível no
mercado massificado.
De fato, há um caráter personalíssimo (intuitu personae) na relação
existente, por exemplo, entre paciente e médico. Isto significa identificar o requisito da
fidúcia — confiança — neste tipo de relação. Ademais, a atividade do profissional liberal
desempenhada é, em regra, uma atividade de meio, em que o profissional compromete-
se a empregar todo o seu conhecimento e todas as técnicas existentes para atingir o
resultado pretendido, mas não há obrigatoriedade de atingi-lo, pois sua atividade não é
preponderantemente de resultado. Assim, o médico se compromete a tentar salvar um
paciente com câncer, entretanto não poderá assegurar que seus serviços médicos levarão
o enfermo à cura. Logo mais analisaremos o tratamento jurídico dispensado ao
profissional liberal que desempenha atividade de resultado.
2GRINOVER, Ada Pellegrini; BENJAMIN, Antônio Herman de V.; FINK, Daniel Roberto; FILOMENO, José
Geraldo Brito; NERY JR., Nelson; DENARI, Zelmo. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, p. 213
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consumo decorrente de um serviço defeituoso — é que desempenha em regra uma
atividade de meio, sem a obrigatoriedade de se atingir o resultado pretendido. As questões
colocadas sobre o tema são as seguintes:
3GRINOVER, Ada Pellegrini; BENJAMIN, Antônio Herman de V.; FINK, Daniel Roberto; FILOMENO, José
Geraldo Brito; NERY JR., Nelson; DENARI, Zelmo. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, p. 214-215.
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2.Nas obrigações de resultado, a responsabilidade do profissional da medicina
permanece subjetiva. Cumpre ao médico, contudo, demonstrar que os
eventos danosos decorreram de fatores externos e alheios à sua atuação
durante a cirurgia.
3.Apesar de não prevista expressamente no CDC, a eximente de caso fortuito
possui força liberatória e exclui a responsabilidade do cirurgião plástico, pois
rompe o nexo de causalidade entre o dano apontado pelo paciente e o serviço
prestado pelo profissional.
4.Age com cautela e conforme os ditames da boa-fé objetiva o médico que
colhe a assinatura do paciente em “termo de consentimento informado”, de
maneira a alertá-lo acerca de eventuais problemas que possam surgir durante
o pós-operatório.
5.RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO
(REsp 1.180.815/MG, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 3ª T., DJe 26-8-2010).
Responsabilidade Subjetiva
Responsabilidade Objetiva
(Culpa Presumida)
• Não se discute culpa • Discute-se culpa.
• Inversão facultativa do ônus. • Inversão obrigatória do ônus