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Marco Regulatorio Das Relacoes Entre Estado e Sociedade Civil PDF
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da própria sociedade. O termo – que tem é bastante expressivo, já que equivale a 4,9%
ganhado cada vez mais força e tem sido dos trabalhadores formais brasileiros, ou
disseminado por diversas organizações quase 1⁄4 (23,0%) do total dos empregados
nacionais e internacionais – afirma o caráter na administração pública no mesmo ano.
autônomo, a finalidade pública e a voz própria
Se considerado o número de trabalhadores
da sociedade civil organizada.
ocupados para mensurar o porte das
Dados divulgados pela pesquisa Fundações Organizações da Sociedade Civil, é possível
Privadas e Associações sem Fins Lucrativos afirmar que a maioria é de pequeno porte. Em
(Fasfil)1 indicam que existem no Brasil 290,7 mil 2010, enquanto 253,9 mil entidades possuíam
Organizações da Sociedade Civil. A maior parte menos de cinco pessoas assalariadas (87,3%),
delas surgiu após a promulgação da Constituição no outro extremo, apenas 1,2% das entidades
Federal de 1988, que reconheceu a organização tinham mais de 100 empregados.
e a participação social como direitos e valores a Nesse pequeno grupo das maiores
serem garantidos e fomentados. organizações, no entanto, estão concentrados
Em relação ao mercado de trabalho, a 1,3 milhão de pessoas, o que equivale a 63,3%
pesquisa revelou que as OSCs empregam, do total de empregados.
juntas, 2,1 milhões de trabalhadores formais Sobre as fontes de renda que conformam
assalariados, em uma média de 7,3 pessoas as receitas das Organizações da Sociedade
assalariadas por entidade. Esse contingente Civil, é importante mencionar que, embora
os recursos governamentais possam ser
1
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Instituto mobilizados pelas OSCs brasileiras, elas não
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); Grupo de Institutos,
Fundações e Empresas (Gife) e Associação Brasileira de dependem do Estado, e a maior parte delas
Organizações Não Governamentais (Abong). As Fundações se organiza, historicamente, com base em
Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil (Fasfil). Rio
de Janeiro: IBGE, 2012. recursos próprios e doações privadas.
MARCO REGULATÓRIO DAS
ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL
e os dirigentes que tenham utilizado dinheiro A organização, por sua vez, deverá elaborar
público indevidamente em projetos anteriores cuidadosamente seu projeto, prevendo os
fiquem impedidos de assinar novas parcerias. objetivos, as metas, os custos, as atividades
e os profissionais envolvidos em cada etapa.
PRESTAÇÃO DE CONTAS SIMPLIFICADA
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
A prestação de contas de recursos públicos
deve ser feita a toda a sociedade brasileira, Para garantir o monitoramento das parcerias,
sendo, portanto, responsabilidade tanto é importante que os órgãos públicos se
dos gestores governamentais quanto das preparem para esclarecer dúvidas e capacitar
organizações. A principal mudança com o as organizações desde o momento da
novo Marco Regulatório será tornar mais concepção do projeto até a fase de prestação
simples a prestação de contas de projetos com de contas. Para tanto, o Marco Regulatório
valores menores e acompanhar com ainda propõe a criação, nos órgãos públicos, de uma
mais proximidade os projetos que envolvam Comissão de Monitoramento e Avaliação, que
mais recursos. seja responsável por formular procedimentos
EFICIÊNCIA NOS PROJETOS de acompanhamento das parcerias, sugerir
uniformização de entendimentos e identificar
MAIS PLANEJAMENTO
boas práticas, entre outras atividades de apoio.
O planejamento é uma etapa fundamental REVELANDO RESULTADOS
para a realização de uma boa parceria. Com a
nova legislação, o órgão público deverá indicar Para revelar os resultados do trabalho das
no edital as ações que pretende alcançar, o Organizações da Sociedade Civil, o Marco
interesse público envolvido, o diagnóstico Regulatório busca incentivar a padronização
da realidade que pretende transformar, os de objetos, custos e indicadores, apontando
benefícios e os prazos de execução da ação. também a necessidade de considerar as
MARCO REGULATÓRIO DAS
ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL
diversidades regionais. Com isso, inicia-se uma de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e
transição para um controle dos resultados de 14 organizações da sociedade civil de
das parcerias que volte o olhar para o seu representatividade nacional.
impacto nas políticas públicas, garantindo
Logo no início, o grupo realizou um seminário
maior transparência e eficiência no gasto do
internacional para construir um plano de ação
dinheiro público.
e definiu três eixos orientadores para sua
atuação: contratualização, sustentabilidade
HISTÓRICO econômica e certificação.
Em 2010, um grupo de organizações,
Priorizou o eixo referente às parcerias, tendo
movimentos e redes se articulou em uma
finalizado em 2012 uma minuta de projeto de
plataforma para um novo Marco Regulatório
lei para auxiliar os debates do Poder Legislativo
para as Organizações da Sociedade Civil e
em relação ao tema.
apontou a necessidade de aprimoramentos
nas leis referentes às parcerias com o governo. Em 2013, as discussões sobre o Marco
Em 2011, o Governo Federal criou um Grupo Regulatório das Organizações da Sociedade
de Trabalho Interministerial para, em conjunto Civil no Congresso Nacional se intensificaram,
com a sociedade civil, elaborar propostas e a partir de um diálogo constante com os
análises sobre o tema. O grupo foi coordenado deputados e senadores para que as propostas
pela Secretaria-Geral da Presidência da de alteração legislativa incorporassem os
República e contou com a participação da resultados do Grupo de Trabalho. A síntese
Casa Civil; Controladoria-Geral da União; dessas contribuições foi consolidada em um
Advocacia-Geral da União; Ministério do substitutivo, aprovado em dezembro de 2013
Planejamento, Orçamento e Gestão; Ministério no Senado Federal e encaminhado para a
da Justiça; Ministério da Fazenda; Instituto Câmara dos Deputados em fevereiro de 2014.
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ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL