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DRAMATURGIA II
ENCENAÇÃO
Revisando os períodos:
- Temas históricos: a história do país como matéria prima, identidade nacional . A História,
entre 1820 e 1830, conhece um sucesso crescente junto ao público. A estética romântica segue
essa paixão.
- Personagens deixam de ser os da tragédia antiga e passam a ser os nobres da Inglaterra,
França, Espanha, Itália (Lucrecia Bórgia). Nobre e heróicos.
“Através da representação da História, o teatro deveria levar o público a forjar a sua
identidade nacional ao descobrir o encadeamento das causas e dos efeitos que pouco a pouco
haviam fabricado seu passado e determinado o seu presente”.
- Década de 20’: década de transição. Fatos históricos sob a forma dramática, rompendo as
regras de tempo e lugar.
- 1825: cenas históricas (não chegava a ser teatro). Fatos históricos sob a forma dramática,
rompendo as regras de tempo e lugar.
- 1827: cena histórica para o drama histórico. Comédie Française encena Henrique III e
Hernani de Dumas.
- Dramaturgos: Buchner, Kleist, Vitor Hugo, Alexandre Dumas e Alexandre Dumas Fo.
- Descoberta da teatralidade (o termo só surge dois séculos mais tarde). Diderot: há diferenças
entre a representação do teatro e a representação da sociedade. O teatro é uma arte: estilização
da representação teatral, o realismo integral é uma utopia, a morte da representação.
- Os dramaturgos se envolvem com a materialização cênica da sua obra;
- O exemplo de Shakespeare está em todas as memórias românticas: cumpria sua função
social e misturava personagens nobres com a plebe e a burguesia.
- A partir de 1831, as obras escritas para ilustrar a Historia, passam a ser bem recebidas:
Marion Delorme (Hugo), A marechala de Ancre (Vigny) e Antony, Carlos VII visita seus
grandes vassalos e Richard Darlington (Dumas).
“Os tempos estavam maduros para o nascimento de uma nova dramaturgia: representação
“verídica” da História Moderna.
- Esses dramas são mais românticos que históricos;
- Representação romântica da Histórica: entre um realismo mimético e uma liberdade poética.
REALISMO: prenúncios
Comparado às tragédias clássicas, Shakespeare era tomado como exemplo e modelo do
realismo dramático, pela força e diversidade dos seus personagens. E também pela
exuberância dos seus quadros históricos, pelo grande e verdadeiro. Recusa a distinção entre os
homens. (Contra as regras da tragédia)
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OS PRIMEIROS ENCENADORES:
1866: Duque de Meininger: Os Meiningen
1887: André Antoine e o Théâtre Libre.
O QUE É TEATRO?
É um espetáculo em que pessoas vivas – os atores – atuam para representar algo, para
interpretar o espírito de alguém através de um acontecimento que se encena.
Teatro é um espetáculo.
Circo é um espetáculo mas não é teatro. Tourada idem.
O teatro é drama = ação = actio.
Sem actio há espetáculo mas não há teatro.
“Seu ideal é a síntese do som, da cor e da plástica. O encanto do Teatro reside em sua
trindade. O Teatro é a aliança tripartida das artes da palavra, da música e do espetáculo visual.
O Teatro é a Universidade das cores e dos sons”. (Goethe)
“Nenhum segmento da arte manifesta com tanta força e clareza a expressão da sua época, a
concepção dos mundos e do homem, as relações sociais”.
ENCENADOR
Tradução do francês metteur en scène ou règisseur, o vocábulo encenador corresponde a um
tipo especial de diretor que surge no começo do século XX, na França, com André Antoine,
tornando-se o elemento detonador da revolução estética do teatro ocidental do referido século,
muitas vezes sendo o inventor de teorias, métodos e princípios da criação cênica.
Michalski (1982, p.14) considera que, no Brasil, direção, refere-se mais ao processo
executivo de uma realização teatral, enquanto que encenação, traduz o resultado da
elaboração criativa de uma linguagem expressiva autônoma.
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Règisseurs: diretores artísticos, enérgicos inventores das teorias, métodos, escolas e dos
princípios da criação cênica. Homens de ampla e sólida cultura geral: filosofia, psicologia,
prosa e poesia, artes plásticas, dança, estilos, gêneros, maquinaria.
NATURALISMO SIMBOLISMO
Representação Ilusionista Irrealismo, teatralidade
Representação figurativa do real Cores, linhas e formas / cheios e vazios /
sombras e luzes.
Afirma Sugere
Descreve Faz alusão
Redundância Elipses
A verdade O sonho
Materialidade da representação Desmaterialidade
Denota Conota
Stanislávski
Meyerhold
Alfred Jarry Realismo: Séculos XIX e XX:
Erwin Piscator Ibsen, Strindberg, Tchekhov
Brechet Gorki, Bernard Shaw, Jarry (épico).
Artaud
Grotowski Pirandello: realismo fantástico
Living Theatre - multiplicidade do indivíduo
Peter Brook - realidade e sonho, vida e ficção
Thèatre du Soleil - dualismo
- nada é verdade
Dramaturgos:
Romatismo: século XVIII Maiakovski: doutrinas estéticas do
Ideais da Revolução Francesa marxismo, propaganda soviética.
Goethe: emoção anárquica x pensamento Pós Guerra: Sartre, Camus, Tenessee
racional Williams, Ionesco, Beckett, Anouilh,
Lessing: rompe o classicismo francês Genet, Arthur Müller, Dürremat, Peter
Shiller: Sturm und Drang Weiss, Heiner Müller, Adamov, O’Neil.
Victor Hugo: romântico (sec. XIX)
Teatro do Absurdo:
Büchner: século XIX - Beckett, Genet, Adamov, Arrabal,
O mergulho nas águas. Primeiro Edward Albee, Harold Pinter,
dramaturgo coerente do Teatro do Ionesco.
Absurdo. Pós-romântico ou pré-
expressionista. O mundo que lhe falhou. Brecht: O Teatro Épico
Nem Deus nem a terra. As cenas possuem O ser social condiciona o pensamento.
unidade interna. A Morte de Danton. Espectador é um observador crítico.
O homem é mutável.
Expressionismo: Cada cena justifica-se em si mesma.
Wedekind: estados íntimos mais que a O homem dinâmico: seus motivos.
realidade exterior. Distorção desta pelo
olho interior. (lidago á 1ª guerra)
Kaiser – O Soldado Tanaka