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ABR 1993 NBR 8682


Revestim ento de argam assa de cim ento
em tubos de ferro fundido dúctil
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
EndereçoTelegráfico: Especificação
NORMATÉCNICA
Origem: Projeto NBR 8682/1992
CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:009.25 - Comissão de Estudo de Tubo de Ferro Fundido Dúctil
NBR 8682 - Ductile iron pipes - Centrifugal cement mortar lining - General
requirements - Specification
Descriptors: Tube cement. Mortar. Ductile iron pipe
Esta Norma substitui a NBR 8682/1984
Copyright © 1990,
Válida a partir de 29.06.1993
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Revestimento de tubo. Argamassa. Tubo de ferro 4 páginas
Impresso no Brasil fundido
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO NBR 6118 - Projeto e execução de obras de concre-


1 Objetivo to armado - Procedimento
2 Documentos complementares
3 Condições gerais NBR 7211 - Agregados para concreto - Especifica-
4 Condições específicas ção
5 Inspeção
6 Aceitação e rejeição NBR 7217 - Agregado - Determinação da composi-
ção granulométrica - Método de ensaio

1 Objetivo NBR 7220 - Agregado - Determinação de impurezas


orgânicas úmidas em agregado miúdo - Método de
Esta Norma fixa as condições exigíveis para a aceitação ensaio
do revestimento de argamassa de cimento em tubos de
ferro fundido dúctil, fabricados conforme a NBR 7663. NBR 7663 - Tubos de ferro fundido dúctil centrifuga-
do para canalização sob pressão - Especificação
2 Documentos complementares
3 Condições gerais
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
3.1 Materiais
NBR 5732 - Cimento Portland comum - Especifica-
ção 3.1.1 Cimento

NBR 5733 - Cimento Portland de alta resistência O cimento usado para o revestimento deve obedecer às
inicial - Especificação NBR 5732, NBR 5733, NBR 5735 ou NBR 5737, a critério
do fabricante. Outro tipo de cimento pode ser usado me-
NBR 5734 - Peneiras para ensaio com telas de tecido diante acordo prévio entre fabricante e comprador.
metálico - Especificação
3.1.2 Areia
NBR 5735 - Cimento Portland de alto-forno - Espe-
cificação A areia usada deve ter sua distribuição granulométrica
controlada e deve ser constituída de partículas granula-
NBR 5737 - Cimento Portland resistente a sulfatos - res inertes, duras, resistentes e estáveis, conforme a
Especificação NBR 7211, naquilo em que se aplique.
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2 NBR 8682/1993

3.1.2.1 A limpeza da areia é considerada, sob o ponto de 3.4.5 A argamassa danificada deve ser removida das
vista das impurezas orgânicas e das substâncias argilo- áreas defeituosas. A argamassa utilizada na operação de
sas, conforme os métodos dados a seguir. reparação deve ter uma consistência conveniente e ser
aplicada de maneira a se obter um revestimento com es-
3.1.2.2 O ensaio de impurezas orgânicas deve ser efetua- pessura constante.
do pelo método colorimétrico previsto na NBR 7220.
3.4.6 Aditivos podem ser adicionados para obter boa ade-
3.1.2.3 As quantidades de substâncias argilosas e outras são com a superfície da argamassa não danificada exis-
partículas finas não devem exceder 2% em massa. tente.

3.1.3 Água 4 Condições específicas

A água usada na preparação da argamassa não deve 4.1 Granulometria da areia


ser prejudicial à argamassa nem à água que venha a ser
eventualmente transportada no tubo. A presença de par- 4.1.1 A determinação da composição granulométrica da
tículas minerais sólidas é, entretanto, admitida desde que areia deve obedecer à NBR 7217.
aquelas condições sejam cumpridas, bem como o dis-
posto na NBR 6118. 4.1.2 A curva granulométrica da areia deve ser traçada
utilizando-se peneiras normalizadas conforme a NBR 5734
3.2 Argamassa e deve obedecer aos requisitos indicados em 4.1.2.1 a
4.1.2.3.
3.2.1 A argamassa do revestimento deve ser composta de
cimento, areia e água. Quaisquer aditivos devem ser in- 4.1.2.1 A fração mais fina, compreendendo partículas que
dicados e podem ser usados, desde que não prejudi- passam pela peneira com abertura de malha de 0,125 mm,
quem as qualidades do revestimento ou da água trans- deve ser menor que 10% em massa.
portada, nem a conformidade do revestimento com todas
as especificações desta Norma. 4.1.2.2 A fração, compreendendo partículas de tamanhos
inferiores a aproximadamente um terço da espessura
3.2.2 A argamassa deve ser cuidadosamente misturada normal do revestimento de argamassa, isto é, 1,00 mm
e ter uma consistência que resulte em um revestimento para DN do Grupo I (50 a 300), 1,70 mm para DN do Gru-
denso e homogêneo. po II (350 a 600), e 2,00 mm para DN do Grupo III (700 a
1200), deve ser maior que 50% em massa.
3.2.3 A argamassa de cimento deve conter, pelo menos,
uma parte de cimento para 3,5 partes de areia, em massa. 4.1.2.3 A fração mais grossa, compreendendo partículas
de tamanhos superiores, aproximadamente, à metade da
3.3 Superfície interna do tubo espessura normal do revestimento de argamassa, isto é,
1,40 mm para DN do Grupo I (50 a 300), 2,36 mm para DN
Todos os corpos estranhos, escamas ou qualquer outro do Grupo II (350 a 600), e 2,80 mm para DN do Grupo III
material que possam prejudicar o bom contato entre o (700 a 1200), deve ser inferior a 5% em massa.
metal e o revestimento devem ser removidos da superfí-
cie sobre a qual o revestimento é aplicado. A superfície 4.2 Espessura do revestimento de argamassa
interna do tubo deve estar livre de quaisquer projeções de
metal que possam provocar descontinuidade do reves- 4.2.1 A espessura normal do revestimento de argamassa e
timento. os valores mínimos admitidos (valores médios e em um
ponto) são indicados na Tabela.
3.4 Aplicação do revestimento
4.2.2 Na ponta do tubo, a espessura do revestimento po-
3.4.1 A argamassa de cimento do revestimento é aplicada de ser reduzida a valores inferiores ao valor mínimo. O
por centrifugação no interior do tubo. Excluída a superfí- comprimento do chanfro deve ser tão reduzido quanto
cie interna da bolsa, as partes do tubo em contato com a possível e sempre inferior a 50 mm.
água transportada devem ser inteiramente cobertas com
argamassa. 4.3 Determinação da espessura do revestimento de
argamassa
3.4.2 A argamassa deve ser livre de quaisquer cavidades
ou bolhas de ar visíveis, e devem ser adotados cuidados 4.3.1 A verificação da espessura do revestimento é efetua-
para garantir densidade máxima em todos os pontos. A da sobre a argamassa recentemente centrifugada, pe-
consistência da argamassa, o tempo requerido e a veloci- la inserção de um estilete de aço de diâmetro máximo de
dade de rotação do tubo devem ser controlados de forma 1,5 mm, ou sobre a argamassa endurecida através de um
que a segregação da areia no revestimento seja reduzida processo não destrutivo.
ao mínimo.
4.3.2 A espessura do revestimento deve ser medida em
3.4.3 Uma vez concluída a centrifugação, qualquer perda ambas as extremidades do tubo em, pelo menos, uma
de água da argamassa por evaporação deve ser suficien- seção perpendicular ao eixo do tubo.
temente vagarosa, de forma a não impedir o endureci-
mento. 4.3.2.1 Em cada seção, que deve estar a 200 mm, no
mínimo, da extremidade do corpo do tubo, devem ser to-
3.4.4 São permitidos reparos de áreas danificadas ou de- madas medidas em quatro pontos espaçados por inter-
feituosas. valos de 90°.
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Tabela - Espessura do revestimento de argamassa de cimento

Unid.: mm

Grupo de DN Diâmetro DE Espessura da camada (e) Massa aproximada


nominal por unidade de
(DN) Valor normal Valor médio Valor mínimo comprimento(B)
mínimo em um ponto (kg/m)

50 66 1

75 92 1,6

80 98 1,7

I 100 118 3 2,5 1,5(A) 2,1

150 170 3,2

200 222 4,2

250 274 5,2

300 326 6,3

350 378 12,3

II 400 429 5 4,5 2,5 14

500 532 17,5

600 635 20,9

700 738 29,3

800 842 33,4

III 900 945 6 5,5 3,0 37,6

1000 1048 41,7

1200 1255 50

(A) De acordo com a literatura técnica disponível, o valor mínimo em um ponto de 1,5 mm pode ser considerado adequado para assegu-
rar proteção do tubo contra corrosão.
(B) Massa calculada com base na espessura normal e um diâmetro interno igual ao valor do diâmetro nomimal, considerando uma mas-
sa específica de 2200 kg/m3.

4.3.3 Os valores da espessura do revestimento devem ser 4.4 Aspecto visual da superfície do revestimento
arredondados para o décimo de milímetro mais próximo. endurecido
4.4.1 A superfície do revestimento de argamassa de ci-
4.3.4 A espessura do revestimento, medida em qualquer mento deve ser uniformemente lisa. Permitem-se apenas
ponto do tubo, não deve ser inferior ao valor mínimo in- grãos isolados de areia na superfície do revestimento.
dicado na Tabela. A média aritmética das quatro medidas
em cada seção não deve ser inferior ao valor mínimo es- 4.4.2 O revestimento deve apresentar-se isento de bolhas,
pecificado na Tabela. escamas, fendas e ondulações.
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4.4.3 Fissuras, devidas à contração da argamassa duran- para cada fonte de suprimento correspondente à quan-
te o endurecimento do revestimento, são aceitáveis com tidade necessária para a produção de uma semana.
uma largura máxima de 0,8 mm.
5.4.1.2 A verificação de impurezas orgânicas e percentual
4.4.4 Forma-se uma camada de areia fina e cimento, de de substâncias argilosas pode ser efetuada sobre uma
aproximadamente um quarto da espessura total do re- amostra média, representativa das quantidades neces-
vestimento, em sua superfície, devido ao processo de sárias à produção de um mês.
centrifugação da argamassa.
5.4.1.3 A freqüência destas várias verificações pode ser
modificada dependendo da regularidade dos fornecedo-
5 Inspeção
res e, em particular, deve ser aumentada, pelo menos
temporariamente, se as fontes de suprimento são modi-
5.1 Se o comprador desejar inspecionar o revestimento
ficadas ou são constatadas irregularidades em forneci-
de argamassa, esta inspeção deve ser efetuada na fábri-
mento da mesma origem.
ca, ou em outro local, desde que de comum acordo.
5.4.2 Verificação da espessura do revestimento
5.2 O fabricante deve fornecer equipamentos, materiais,
gabaritos de controle e pessoal necessários à execução A espessura do revestimento deve ser verificada em, pe-
dos ensaios. lo menos, um tubo por turno e por instalação de centri-
fugação, para cada diâmetro fabricado.
5.3 O comprador, ou seu representante, deve ser avisado,
com a necessária antecedência, do início das operações 5.4.3 Verificação do aspecto do revestimento
de inspeção. Caso o comprador, ou seu representante,
não se apresente em tempo oportuno, após ter sido avi- 5.4.3.1 Cada tubo deve ser inspecionado quanto à apa-
sado, o fabricante deve proceder às operações de inspe- rência do revestimento, com especial cuidado quanto à
ção, ainda que sem a presença daquele. condição da superfície e ao acabamento das extremida-
des.
5.4 As operações de inspeção são as indicadas em
5.4.3.2 Quaisquer reparos considerados necessários,
5.4.1 a 5.4.3.
após esta verificação, devem ser efetuados de acordo
com o método descrito em 3.4.5.
5.4.1 Ver ificação da deter minação da composição
granulométrica da areia 6 Aceitação e rejeição

5.4.1.1 Em geral, é considerada adequada a determinação Os revestimentos que cumprirem as exigências desta Nor-
da curva granulométrica da areia de uma amostra média ma devem ser aceitos.

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