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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO
RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM

Arritmias
Cardíacas


Princípios Básicos
Teórico-práticos
PROF.ª RENATA FLAVIA
Função do Coração

▪ Responsável pela ejeção


de volume de sangue
pelo ventrículo a cada
minuto

DÉBITO CARDÍACO
▪ Coordenação entre
eventos elétricos e
mecânicos faz-se
necessária.
Ritmo Sinusal
Critérios para Interpretação do Ritmo
Sinusal

▪ Ritmo regular
▪ Frequência cardíaca entre 50 e 100 bpm
▪ Onda P positiva, uniforme e arredondada, na
proporção de 1:1 com QRS
▪ Intervalo PR entre 0,12s e 0,20s
▪ Complexo QRS < 0,12s
Sistema de Condução Normal

IMPULSO ELÉTRICO
INICIADO NO NODO
SINUSAL – NÃO
VISÍVEL
NODO SINUSAL

DESPOLARIZAÇÃO
ATRIAL – ONDA P FEIXES DE
HIS
NODO DESPOLARIZAÇÃO
JUNCIONAL VENTRICULAR – QRS

REPOLARIZAÇÃO
VENTRICULAR –
FIBRAS ONDA T
Pontos-chave na Avaliação do ECG

1. Determinar regularidade do ritmo - regular ou


irregular?
2. Calcular frequência cardíaca;
3. Avaliar onda P - existe onda p? Positiva ou
negativa? Qual a relação entre as ondas P e o QRS?
4. Avaliar intervalo PR - < 0,20s
5. Avaliar complexo QRS - < 0,12s. Estreito ou
alargado?
6. Avaliar segmento ST - o ponto J localiza-se: acima,
abaixo ou na linha isoelétrica? Há infra ou supra
desnivelo do segmento ST?
7. Avaliar onda T - normal ou invertida?
Arritmia Cardíaca

ANORMALIDADE NA FREQUÊNCIA, NA
REGULARIDADE OU NA ORIGEM DO IMPULSO
CARDÍACO, OU UMA ALTERAÇÃO NA SUA
CONDUÇÃO CAUSANDO UMA SEQUÊNCIA
ANORMAL DA ATIVAÇÃO MIOCÁRDICA.
Reconhecendo as Arritmias
Curso de um Ciclo Cardíaco

→ Eventos elétricos ! ECG

→ Eventos mecânicos ! Pressão

→ Eventos auscultatórios ! sons


cardíacos
Ciclo Cardíaco
Eletrocardiograma Normal
R

LINHA ISOELÉTRICA
LINHA ISOELÉTRICA
T
P

INTERVALO Q SEGMENTO
PR
ST

S
Alterações do
Ritmo
Determinando o Ritmo
Ritmo Irregular ao Monitor
Determinação da Gravidade

▪ Avaliar
ritmo
• Regular
quanto à ou
sua irregular
regularida
de
▪ Checar a • < 50
frequênci • > 100
a cardíaca

• ESTREITO
▪ Checar • ALARGAD
QRS O
Avaliando o Ritmo
Avaliando o Ritmo
Avaliando o Ritmo
CHECAR!!!
• Eletrodos
• Amplitude
• Mudar a
derivação
Avaliando o Ritmo
Arritmias mais
Comuns na Prática
Cotidiana
Diante de Alterações no ECG

TAQUIARRITMIA BRADIARRITMI
A

INSTABILIDADE
HEMODINÂMIC
A
Taquiarritmias

▪ Fibrilação atrial
▪ Flutter atrial
▪ Taquicardia atrial
▪ Taquicardia supraventricular
▪ Taquicardia ventricular
▪ Torsades de Pointes
Simulador
Fibrilação Atrial - características

▪ Ritmo:
▪ Atrial ! linha de base desordenada
▪ Ventricular ! grosseiramente irregular

▪ Frequência:
▪ Atrial ! 350 a 600 bpm ! indeterminada
▪ Ventricular: pode estar controlada ou não

▪ Ondas P ! ausente
▪ Intervalo PR ! indeterminado
▪ Complexo QRS ! estreito
Fibrilação Atrial - características
Fibrilação Atrial - características
Flutter Atrial - características

▪ Ritmo:
▪ Atrial ! regular
▪ Ventricular ! regular ou irregular - depende da
proporção AV
▪ Frequência:
▪ Atrial ! 240 a 450 bpm
▪ Ventricular: geralmente entre 60 e 180

▪ Ondas P ! ondas de flutter – dente de serra


▪ Intervalo PR ! indeterminado
▪ Complexo QRS ! estreito
Flutter Atrial - características
Taquicardia Atrial - características

▪ Ritmo ! regular
▪ Frequência ! 150 a 250
▪ Ondas P:
▪ Positivas e arredondadas
▪ Formato diferente da onda P sinusal

▪ Intervalo PR ! 0,12 a 0,20s


▪ Complexo QRS ! estreito
Taquicardia Atrial - características
Taquicardia Supraventricular -
características

▪ Ritmo ! regular
▪ Frequência ! 150 a 250
▪ Ondas P ! visíveis ou não
▪ Intervalo PR :
▪ Na presença de onda P ! 0,12 a 0,20s
▪ Na ausência de onda P ! indeterminado

▪ Complexo QRS ! estreito


TSVP e Cardioversão
Taquicardia Ventricular - características

▪ Ritmo:
▪ Monomórfica ! quase sempre regular
▪ Polimórfica ! regular ou irregular

▪ Frequência ! 101 a 250


▪ Ondas P :
▪ Sem associação com QRS
▪ Pode não ser visível

▪ Intervalo PR ! indeterminado
▪ Complexo QRS ! Alargado – largas e bizarras
Bradiarritmias

▪ Bradicardia sinusal
▪ Marcapasso errante
▪ Ritmo juncional
▪ BAV 1º
▪ BAV 2º
▪ BAV 3º ou BAVT
Simulador
Bradicardia Sinusal - características

▪ Ritmo ! levemente irregular


▪ Frequência ! < 50
▪ Ondas P :
▪ Positiva e uniforme
▪ Arredondada

▪ Intervalo PR ! 0,12 a 0,20s


▪ Complexo QRS ! estreito
Marcapasso Errante - características

▪ Ritmo ! levemente irregular


▪ Frequência:
▪ 60 a 100
▪ < 60

▪ Ondas P ! formato varia a cada ciclo cardíaco


▪ Intervalo PR:
▪ 0,12s a 0,20s
▪ Varia entre batimentos

▪ Complexo QRS ! estreito


Ritmo Juncional - características

▪ Ritmo ! regular
▪ Frequência ! 40 a 60
▪ Ondas P :
▪ Invertida ou negativa
▪ Não tem relação com QRS
▪ Pode estar ausente

▪ Intervalo PR ! < 0,12s se onda P surge antes do


QRS
▪ Complexo QRS ! estreito
Bloqueio Átrio-ventricular 1º -
características

▪ Ritmo ! regular
▪ Frequência ! em geral de 50 a 100
▪ Ondas P :
▪ Positivas, uniformes e arredondadas
▪ Proporção de 1:1

▪ Intervalo PR:
▪ > 0,20s
▪ Constante

▪ Complexo QRS ! estreito


Bloqueio Átrio-ventricular 2º -
características

▪ Ritmo:
▪ Atrial ! regular Wenckebach
▪ Ventricular ! irregular

▪ Frequência:
▪ Atrial ! 60 a 100
▪ Ventricular ! bradicárdico frequentemente

▪ Ondas P ! podem ser “bloqueadas”


▪ Intervalo PR:
▪ > 0,20 s
▪ Aumento progressivo do intervalo até faltar um QRS

▪ Complexo QRS ! estreito


Bloqueio Átrio-ventricular 2º -
características

▪ Ritmo:
▪ Atrial ! regular Mobitz 2
▪ Ventricular ! em geral regular

▪ Frequência:
▪ Atrial ! 60 a 100 em geral
▪ Ventricular ! < atrial, bradicárdico frequentemente

▪ Ondas P ! podem ser “bloqueadas”


▪ Intervalo PR:
▪ > 0,20 s
▪ Aumento fixo do intervalo até faltar um QRS

▪ Complexo QRS ! ocasionalmente alargado,


bloqueado
Bloqueio Átrio-ventricular 3º -
características
▪ Ritmo:
▪ Atrial ! regular
▪ Ventricular ! regular MARCAPASS
▪ Frequência: O!
▪ Atrial ! 60 a 100 em geral
▪ Ventricular ! depende do local do marcapasso
▪ Juncional: 40 a 60
▪ Ventricular: 20 a 40

▪ Ondas P ! normais, sem relação com QRS


▪ Intervalo PR ! indeterminado
▪ Complexo QRS ! depende do local do marcapasso
▪ Juncional: < 0,12s
▪ Ventricular > 0,12s
Outros Ritmos

▪ Extrassístole atrial
▪ Extrassístole ventricular
▪ Fibrilação ventricular
▪ Atividade elétrica sem pulso
▪ Assistolia
Simulador
Extrassístole Atrial - características

▪ Ritmo ! depende do ritmo de “base”, torna-se


irregular
▪ Frequência: 60 a 100 em geral
▪ Ondas P:
▪ Achatadas, denteadas, em tenda
▪ Intervalo PR:
▪ 0,12s a 0,20s
▪ Pode variar em relação ao sinusal

▪ Complexo QRS ! geralmente estreito


Extrassístole Ventricular -
características
▪ Ritmo ! depende do ritmo de “base”, torna-se
irregular
▪ Frequência: 60 a 100 em geral
▪ Ondas P ! se presentes não se relacional com
QRS
▪ Intervalo PR ! indeterminado
▪ Complexo QRS:
▪ Alargado
▪ Bizarro
Extrassístole Ventricular – ATENÇÃO!

▪ Configuração:
▪ Monomórfica
▪ Polimórfica

▪ Padrão:
O NO
▪ Bigeminismo e trigeminismo H !
OL ITOR
N
▪ Frequência em série: MO
▪ Duas ESV ! par
▪ Três ESV ! salvas
▪ Quatro ESV ! TV não sustentada

▪ Fenômeno R sobre T
Fibrilação Ventricular - características

▪ Ritmo ! linha de base desordenada, fina ou


grosseira
▪ Frequência ! indeterminada
▪ Ondas P ! indeterminada
▪ Intervalo PR ! indeterminado
▪ Complexo QRS ! indeterminado
Fibrilação Ventricular - características
Atividade Elétrica sem Pulso -
características
▪ Ritmo ! regular ou irregular
▪ Frequência ! normal ou bradicárdico
▪ Ondas P ! depende do ritmo de base
▪ Intervalo PR ! depende do ritmo de base
▪ Complexo QRS ! estreito ou alargado
Assistolia- características

▪ Ritmo ! nenhum
▪ Frequência ! nenhuma
▪ Ondas P ! geralmente ausente
▪ Intervalo PR ! nenhum
▪ Complexo QRS ! nenhum
Assistência ao Paciente Instável

▪ Paciente clinicamente instável – preconizar


avaliação:
▪ Eletrocardiograma
▪ Pressão arterial
▪ Pulso
▪ Frequência respiratória
▪ Saturação de oxigênio
▪ Temperatura
▪ Débito urinário
▪ Nível de consciência
rflavia@gmail.com

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