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ORDINÁRIO – É elemento crucial na constituição da missa e cultos de várias igrejas tradicionais.

Contém as partes que são literalmente iguais em todas as missas ou cultos. Ao contrário do PRÓPRIO
(Leituras, Sermão, Hinos, etc.) que trás em cada missa ou culto outros textos.
Originalmente essas composições foram cantadas para o acompanhamento da missa, no entanto, a partir
do renascimento surgiu a tendência de essas obras se deslocarem do seu sentido litúrgico original e
passaram a ser apresentadas como concertos em igrejas e teatros.
Além disso, quase todos os compositores de missas optam pelo texto em latim, porém, o Kyrie (uma parte
do ordinário da missa) está em grego, contrariamente às outras partes do ordinário (glória, credo, sanctus,
e agnus dei).
Uma das obras que mais se destaca é, precisamente, a “Missa de Notre Dame” de Guilhaume de Machaut
(um compositor Francês).

CAMERATA FIORENTINA – Foi uma academia informal de aristocratas humanistas, que se reunia em
Florença, Itália, sob a liderança de Giovanni de Bardi (Conde de Vernio).
Era um local onde se discutia a literatura, ciências, artes e onde executava música, tendo o seu apogeu na
sua influência cultural e cientifica entre os anos de 1577 e 1582.
Os intelectuais da Camerata Fiorentina criticavam o uso excessivo da polifonia (então bastante popular) à
custa da inteligibilidade do texto cantado e para se contrapor a essa tendência procuravam transpor
elementos da cultura grega para a música utilizando-se, sobretudo, da tragédia clássica e retórica que,
segundo eles, representavam ou transmitiam os estados e alma e as paixões através das influências da voz.
O seu ponto de partida foi a monodia.
Por fim, foi como consequência da procura dos ideais clássicos da tragédia clássica que surgiu a ópera,
tendo sido a primeira obra dramática “Dafne” (com música de Jacopo Peri e libreto de Ottavio Rinuccini)
tendo sido executada pela 1ª vez em 1597 (mais tarde chamada de ópera).
Mais tarde “Euridice” em 1598.

SINGSPIEL – É uma forma de drama musical em Alemão tida como um subgénero da ópera. Caracteriza-se
pelo diálogo falado alternando com conjuntos, canções, baladas e áreas – que podem assumir formas mais
líricas, estróficas, ou mais semelhantes a peças folclóricas.
Os enredos são, geralmente, cómicos ou românticos por natureza e, frequentemente, incluem elementos
de magia, criaturas fantásticas e caraterizações comicamente exageradas do bem e do mal.
Alguns dos primeiros Singspiel foram peças milagrosas na Alemanha onde o diálogo foi intercalado com o
canto. No início do séc. XVII as peças milagrosas tornam-se profanas, a palavra “SINGSPIEL” foi encontrada
impressa e a Secular (usada no entretenimento secular) também estava a ser executada tanto em
empréstimos traduzidos quanto em imitações de músicas e peças em inglês e italiano e em peças originais
(criações Alemãs).
No séc. XVIII, alguns SINGSPIEL eram traduções de óperas de balada inglesas. Em 1736 o Embaixador da
Prússia (Inglaterra) encomendou uma tradução da ópera de balada “The Devil To Pay”. Foi realizado com
sucesso na década de 1740 em Hamburgo e Leipzig. Uma outra versão foi eleita por Johann Adam Hiller e
Weibe em 1766, a primeira de uma série de colaborações que levaram Hiller e Weibe a serem chamados
“os pais do SINGSPIEL alemão”.

MODOS RITMICOS – É um termo da musicologia para definir um esquema rítmico baseado na métrica da
poesia. Foi usado na idade média e desenvolvido pelos compositores da Escola de Notre Dame.
A primeira exposição do sistema apareceu no tratado “De Mensurabili Musica” atribuído a Johannes
Garlândia em torno de 1240. A maior parte das fontes aponta a existência de 6 modos rítmicos, embora,
na prática, somente, os 3 primeiros fossem mais usados:
- Troqueu;
- Lambo;
- Dáctilo;
- Anapesto;
- Espondeu;
- Pírrico.

A partir de cada modo podiam-se construir células rítmicas maiores, chamadas ordens perfeitas ou
imperfeitas, definidas pelo número de repetições e pela posição da pausa final. As limitações impostas por
esse modelo foram substituídas no séc. XIX com as inovações da “Ars Nova”

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