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O autor nos fala que existem diferentes tipos de organizações em diferentes tipos de
ambientes, ou seja, as organizações são adaptadas ao seu ambiente e sofrem
interferência para que se auto-organizem, numa interação constante entre suas
partes e o todo, influenciando e sendo influenciado. Cabendo ao administrador ter
uma visão sistêmica e holística do meio em que está inserido para a sobrevivência
da mesma. Percebe-se isso com mais ênfase em empresas cujos ambientes são
extremamente mutantes.
Gareth Morgan cita muitos teóricos como Elton Mayo (estudos de Hawthorne) onde
a teoria das Relações Humanas foi fundamentada. Desse estudo foram
desenvolvidos muitos outros relacionados à motivação do ser humano no trabalho.
Dentre os nomes que mais se destacaram estão Maslow e Herzberg.
Percebe-se que nas organizações não precisa ocorre todo o processo, ou seja, não
precisam morrer e, sim, se adaptarem ao novo panorama (entropia negativa). Nesse
novo panorama temos a teoria contingencial, que nos fala sobre o que pode ou
não ocorrer e que as empresas precisam estar preparadas para tomadas de
decisões dentro desse contexto.
Nomes como Tom Burn e G. M. Stalker sobressaíram por causa de um estudo que
fizeram em duas fábricas, uma mecanista, pois o ambiente era estável e outra
orgânica, cujo ambiente estava em constante mutação. Fazendo-nos ver que o que
determina o tipo de empresa é o ambiente em que ela se encontra, quanto mais
instável maior a necessidade de adaptação.
Já Paul Lawrence e Joy Lorsch, também citados por Morgan, nos falam que as
empresas não são totalmente mecanistas ou orgânicas, pois determinados setores
precisam ser adaptados ao sistema que melhor lhe fornecer as ferramentas para seu
desempenho. Percebe-se que é preciso ver as partes das empresas isoladamente e
também o seu conjunto, e só então, determinar qual o melhor sistema para cada
uma dessas partes, não perdendo o foco do todo, ou seja, da empresa em si e do
ambiente em que ela está inserida.
Ele ainda nos fala que existem variedades de tipo conforme estudo realizado por
Henry Mintzberg: a máquina burocrática, a forma departamentalizada (ambiente
simples e estável, focado para produção e eficiência), a burocracia profissional
(ambiente estável, tarefas complicadas), a estrutura simples e adhocracias
(ambientes instáveis).
Outra teoria presente é a do Desenvolvimento Organizacional – DO, que ajuda a
combinar as descobertas da teoria de sistemas e a contingencial através de uma
análise mais aprofundada da organização e seu ambiente. Daí pode-se inferir que a
análise pormenorizada dos subsistemas e do sistema pode nos fornecer ferramentas
para possíveis soluções dos problemas encontrados, sempre levando em
consideração que não podemos desviar o foco do todo, privilegiando as partes.
Mas uma vez, o autor cita Darwin (teoria da evolução) para nos falar sobre a
seleção natural que existe na natureza, ou seja, os organismos que se adaptam
sobrevivem e os que não conseguem se adaptar estão fadados ao fracasso, ou seja,
morrer.
Este capítulo é bastante útil para a maior compreensão das teorias já estudadas e
quais os tipos de organizações que as adotam e quais as teorias que melhor se
adaptam a determinados ambientes. Nessa perspectiva podemos inferir que as
organizações precisam interagir entre si, num sentimento de cooperação, uma vez
que o ambiente interfere nessas relações e que a cooperação pode ser uma
ferramenta poderosa de sobrevivência. Estamos constantemente ouvindo falar de
parcerias, e nesse sentido, percebemos a ecologia organizacional presente.