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MÓDULO CONTROLE SOCIAL - PARA UMA GESTÃO CIDADÃ

TRABALHO FINAL

AGILIZAR PARA FUNCIONAR

Cursistas: Cheila Rosana Teixeira

Marilena Castilho Saraiva

Roseli de Rezende Teixeira

Tutora: Dislei Aparecida Jorge Bento

Maringá/Junho/2017
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 03

RESERVA TÉCNICA 03

REMANEJAMENTO DE LIVOS DIDÁTICOS 03

ADESÃO AO PNLD 04

DEVOLUÇÃO DOS LIVROS DIDÁTICOS 04

ANÁLISE DE DADOS 07

PROPOSTA DE SOLUÇÃO 09

CONCLUSÃO 10

BIBLIOGRAFIA 1

1
INTRODUÇÃO

O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) é o mais antigo dos


programas voltados à distribuição de obras didáticas aos estudantes da rede pública de
ensino brasileira e iniciou-se, com outra denominação, em 1929. Ao longo desses 80
anos, o programa foi aperfeiçoado e teve diferentes nomes e formas de execução.
Atualmente, o PNLD é voltado à educação básica brasileira, tendo como única exceção
os alunos da educação infantil.
O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) compra e distribui obras
didáticas aos alunos do ensino fundamental e médio, na modalidade regular ou
Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Reserva Técnica

A reserva técnica destina-se a ajustar a quantidade real do alunado e as


quantidades de livros disponíveis em cada escola, quando o remanejamento de livros
não for suficiente. Cada rede de ensino tem à sua disposição livros para atender até 3%
da projeção de matrículas deste ano.
O sistema para solicitação de reserva técnica está disponível no PDDE
Interativo. As escolas e secretarias acessarão o sistema ao mesmo tempo e têm até o
início de maio para se organizarem. O FNDE colherá os pedidos validados pelas
secretarias para solicitar atendimento pelos Correios em três datas distintas: 31/03,
17/04 e 02/05.

Remanejamento de Livros Didáticos

O FNDE disponibiliza uma nova ferramenta para apoiar o remanejamento dos


livros nas redes de ensino. Todas as escolas devem acessar a aba Livro no Sistema
PDDE Interativo e preencher as informações solicitadas. Dessa forma, será configurado
um diagnóstico da unidade de ensino, com o quantitativo de livros em falta ou excesso.
Assim, cada rede de ensino poderá ajustar as quantidades de livros em suas escolas.
Adesão ao PNLD

Para participar do PNLD, as escolas federais e as redes de ensino estaduais,


municipais e do Distrito Federal devem firmar um termo de adesão específico,
disponibilizado pelo FNDE.
O termo deve ser assinado pelo titular da escola federal, secretaria estadual ou
distrital de educação ou pelo prefeito municipal. Acompanhado do termo de adesão,
deve constar a cópia do documento de identificação do signatário, com assinatura
semelhante.

Devolução dos livros usados

As escolas públicas recolhem os livros reutilizáveis, dos anos iniciais do


Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que foram usados pelos alunos. O FNDE
sugere que as escolas anotem as quantidades de livros didáticos devolvidos, por ano e
por matéria.
O controle de devolução deve ser realizado, à medida que os alunos entregam
os livros à escola para reutilização no ano seguinte. Neste momento, as escolas precisam
tomar nota de quantos livros foram devolvidos por título, componente e série a fim de
comparar os dados obtidos com a quantidade de livros entregues aos alunos no início
deste ano letivo.
A meta proposta pelo FNDE às redes de ensino é que a devolução seja igual
ou superior a 90% dos livros entregues. Controlar este índice é muito importante, pois
permite que a secretaria de educação avalie quais medidas e providências serão
necessárias para aproximar a realidade de suas escolas à devolução considerada ideal
pelo FNDE.
O Governo Federal tem feito através do Ministério da Educação uma
campanha defendendo o aumento de gastos com o setor educacional em todo o Brasil. O
papel do FNDE, em relação à Educação, é levar recursos financeiros para dentro da
escola e propiciar formação cidadã à Comunidade Escolar, entre outros.
Nesse ínterim, o Controle Social visa à participação da sociedade no
acompanhamento e na verificação da execução das políticas públicas, avaliando
objetivos, processos e resultados. Portanto, quando se acompanha a execução das ações
e programas do governo, está se efetuando o controle social. É uma forma de
compartilhamento de poder de decisão entre Estado e sociedade sobre as políticas, um
instrumento e uma expressão da democracia e da cidadania. Trata-se da capacidade que
a sociedade tem de intervir nas políticas públicas.
O controle social é o conjunto de medidas positivas e negativas a que uma
sociedade recorre para assegurar a conformidade das condutas, dos modelos, normas e
valores culturais estabelecidos. É a integração da sociedade com a administração
pública com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais
eficiência e empenho.
A participação da sociedade brasileira se torna mais eficiente e constante
porque está mais participativa e mais preparada para melhorar os conflitos sociais. Esta
solução se torna mais rápida porque a própria sociedade que sofre com os conflitos é a
mesma que busca os mecanismos para reparar essas deficiências. No controle exercido
pela sociedade sobre o governo, a sociedade é envolvida no exercício da reflexão e
discussão para politização de problemáticas que afetam a vida coletiva.
O controle social, entendido como a participação do cidadão na gestão pública,
é um mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.
Assim, o controle social revela-se como complemento indispensável ao controle
institucional, exercido pelos órgãos fiscalizadores. Para que os cidadãos possam
desempenhá-lo de maneira eficaz, é necessário que sejam mobilizados e recebam
orientações sobre como podem ser fiscais dos gastos públicos.
O controle social pode ser exercido diretamente pelos cidadãos,
individualmente ou de forma organizada, ou mesmo pelos conselhos de políticas
públicas. Este controle pode ainda ocorrer tanto no planejamento como na execução das
ações do governo.
É constituído por um colegiado, representado por membros da sociedade
envolvidos nas atividades da educação. Elabora o seu próprio regimento interno,
disciplinando sua organização adaptada à realidade do município. Possui autonomia,
pois não há subordinação e não está vinculado à administração pública. O mandato pode
ser de até 2 anos, com autorização renovada por igual período. O ato legal, do poder
executivo equivalente, estabelece o período de duração. O Presidente dos Conselhos
será eleito por seus pares em reunião do colegiado, sendo impedido de ocupar essa
função o representante do governo, gestor dos recursos do fundo no município.
O Conselho nos municípios é constituído de 09 membros (no mínimo),
escolhidos nos grupos que o representam, assim distribuídos: dois representantes do
Poder Executivo, um obrigatoriamente da Secretaria da Educação; um professor da
educação básica pública; um diretor, escolhido na escola básica pública; um servidor
técnico-administrativo; dois representantes dos pais de alunos; dois representantes dos
estudantes, um indicado pela entidade de estudantes secundaristas.
O Controle Social é exercido com a participação da sociedade acompanhando e
verificando as ações de gestão pública na execução de políticas públicas, avaliando
objetivos, processos e resultados.
No Brasil a sociedade civil vem se organizando e diversos mecanismos de
participação social vêm sendo implementados na perspectiva de alcançarmos uma
democracia representativa e participativa na gestão de políticas públicas.
O bem estar da sociedade constitui o fim a que se destina a gestão dos recursos
que dela própria se originam e se acumulam nos cofres públicos. Assim, é justo que os
gestores prestem contas a sociedade do bom uso desses recursos. Tal expressão “bom
uso dos recursos públicos” cresce de importância quando a interpretamos a partir de
conceitos de equidade, eficiência, eficácia e economia.
Dá-se efetivação do Controle Social por duas maneiras:
a) Controle Natural → que é executado diretamente pelas comunidades (como é o caso
das associações, fundações, sindicatos, etc.).
b) Controle Institucional → que é exercido por entidades e órgãos do Poder Público,
instituídos de interesse da coletividade (como é o caso do PROCON, Ministério
Público, etc.).
Portanto, o Controle Social é uma maneira de estabelecer um compromisso entre
o poder público e a sociedade com a finalidade de encontrar saída para os problemas
econômicos e sociais. As relações existentes entre essas vertentes estão voltadas para a
capacidade que tem a sociedade organizada de atuar nas políticas públicas, em conjunto
com o Estado, para estabelecer suas necessidades, interesses e controlar a execução
dessas políticas.
ANÁLISE DE DADOS

O Programa tem por objetivo prover as escolas públicas de ensino fundamental


e médio com livros didáticos e acervos de obras literárias, obras complementares e
dicionários.
O PNLD é executado em ciclos trienais alternados. Assim, a cada ano o FNDE
adquire e distribui livros para todos os alunos de determinada etapa de ensino e repõe e
complementa os livros reutilizáveis para outras etapas.
A dinâmica de utilização do sistema ocorrerá da seguinte forma: o gestor da
escola, utilizando o PDDE Interativo, poderá realizar o diagnóstico da unidade de
ensino especificando a quantidade de alunos e professores e a quantidade de livros do
aluno e manuais do professor recebidos na escola. A partir desse diagnóstico e dos
outros diagnósticos realizados pelas demais escolas, o sistema verifica automaticamente
qual a unidade de ensino que possui os livros didáticos em excesso, para que as escolas
que precisam do mesmo livro possam solicitar o remanejamento. O Sistema de
Remanejamento indicará a unidade que possui a obra em excesso e o quantitativo
disponível. Após o diagnóstico da escola, o gestor poderá realizar o remanejamento,
caso tenha livro didático sobrando em outra escola, ou utilizar a reserva técnica, caso
não haja a possibilidade de realizar o remanejamento ou o mesmo não seja suficiente
para suprir o quantitativo de livros didáticos faltosos. Ressaltamos que o remanejamento
só poderá acontecer se os livros didáticos excedentes e faltantes for o mesmo escolhido
por ambas as escolas. O sistema gera automaticamente a lista com as possíveis escolas
que possuem o livro didático em excesso, diferenciando os livros dos alunos dos
manuais dos professores de acordo com a obra didática escolhida pelas escolas. O
funcionamento e a utilidade do Sistema de Remanejamento dependem da contribuição
das unidades de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal, uma vez que, para
que o sistema seja efetivo, é necessário que os beneficiários do PNLD completem as
informações do quantitativo de alunos e professores e do quantitativo de livros
recebidos. Para facilitar a utilização.
A importância dessa abordagem está na orientação para o uso do sistema, que
foi desenvolvido para facilitar as atividades relativas ao controle, ao remanejamento e à
reserva técnica e, consequentemente, à garantia dos livros nas escolas. Queremos
sensibilizar para que não haja a estocagem de livros por parte das escolas e a
importância da permanente alimentação no Sistema, com informações como a extinção
e a paralisação de escolas, o número de alunos, o número de livros devolvidos no final
do ano letivo e o seu remanejamento. Dando sequência, apresentaremos os sistemas
informatizados de controle e consulta e demonstraremos como são as páginas referentes
à escolha de obras, controle de distribuição de livros e outras informações concernentes
aos programas.
Os livros didáticos são escolhidos pelos professores das escolas públicas. O
FNDE adquire, no segundo semestre, todos os livros que serão utilizados pelas escolas
no ano letivo seguinte. Essa aquisição é feita com base na projeção de matrículas,
realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais a partir do Censo
Escolar. Ao considerar a possibilidade de criação de novas escolas, novas turmas ou o
acréscimo de matrículas após a realização do citado Censo, o FNDE encaminha às
Secretarias Estaduais de Educação, Secretarias Municipais de Educação das capitais e
regionais de ensino, a título de reserva técnica, um percentual de 3% dos livros
distribuídos no estado, composto pelos dois títulos mais escolhidos em cada
componente curricular e série. Além disso, adquire em média nacional, 13% a mais do
total de livros encaminhados, para a reposição daqueles que não foram devolvidos ou
que foram devolvidos sem condições de uso. Ao planejar a distribuição dos livros, o
FNDE, além de levar em conta as informações do Censo Escolar, ainda garante uma
reserva técnica com quantidade significativa de obras para situações de falta de livros
que ainda possam ocorrer.
Mesmo com toda eficiência do Programa Nacional do Livro Didático alguns
problemas ainda são enfrentados. Ao conversar com membros responsáveis por esse
setor no Colégio Estadual Rui Barbosa percebe-se que há um problema quanto ao
número de livros disponibilizados para os alunos. É repassado o número de alunos
pelo Censo Escolar e os livros, geralmente, vêm em quantidade insuficiente. Como
somos a única escola no distrito, há uma grande circulação de alunos durante todo o
ano, por isso, nem sempre as informações retiradas do Censo Escolar retratam a
realidade do momento. Em média, para cada três alunos, o livro recebido vem para dois,
gerando muitos transtornos. Fator este que tentamos resolver da forma mais rápida e
eficiente possível.
PROPOSTA DE SOLUÇÃO

É certo que o livro didático apresenta ganhos para os pais. Assim como a
organização de outras etapas do PNLD foram conquistando em decorrência da
consolidação efetiva do programa, pois a aquisição e a distribuição universal são
gratuitas para os alunos das escolas publicas do ensino fundamental brasileiro e para
assegurar a qualidade dos livros a ser adquirido, o programa desenvolve um processo de
avaliação pedagógica. Mas, infelizmente ainda apresenta algumas falhas que poderão
ser corrigidas, pois são simples e que não compromete o ensino aprendizagem e nem
tão pouco o programa.
A proposta de solução, na verdade já testada neste estabelecimento de ensino e
com resultado favorável é que, assim que a remessa de livro é recebida, se faça um
levantamento nas escolas mais próximas, inclusive de Municípios vizinhos,
para verificar se há sobras dos livros desejados para possível remanejamento e, ao
mesmo tempo, oferecer as sobras que a escola possui. Caso não tenha, verificar com o
Núcleo Regional de Educação se a Reserva Técnica possui os títulos que estão em
falta. A escola deve verificar se os livros têm sido devolvidos pelos alunos ao final do
ano letivo e incentivar esta ação, visto que, a conscientização de que no próximo ano os
livros serão reutilizados por outro aluno deva ser frequente. Caso perdure a falta de
livros, a escola poderá procurar a coordenação do livro didático da Secretaria de
Educação do seu Estado e informar a carência de livros para verificar a possibilidade de
atendimento pela Reserva Técnica Estadual.
Mas, se mesmo assim, ainda houver falta de alguns exemplares, mesmo que
todo o processo de Remanejamento e Reserva Técnica, tenha sido executado, no inicio
de março começa outra etapa onde a escola poderá fazer pedidos para FNDE e sanar
suas necessidades.
CONCLUSÃO

O controle social deve sobrevir tanto no planejamento como na execução das


ações do governo. A fiscalização se torna necessária para garantir os direitos dos
cidadãos e evitar os desvios do dinheiro público.
Com a ajuda da sociedade, será mais fácil controlar os gastos públicos em todo
Brasil e garantir, assim, a correta aplicação dos recursos. É fundamental o apoio da
coletividade, organizada no controle dos gastos públicos, monitorando
permanentemente as ações governamentais e exigindo o uso adequado dos recursos
arrecadados. Cada um, fiscalizando o meio em que está inserido poderá facilitar o
destino dos recursos recebidos. Em se encontrando alguma divergência, procurar
relatar os fatos as autoridades competentes para que o problema seja sanado de
maneira eficiente e transparente.
É de fundamental importância que cada cidadão assuma essa tarefa de
participar da gestão pública e de exercer o controle social do gasto do dinheiro público.
O cidadão deve participar desse controle para que os recursos sejam gastos de maneira
ainda mais eficaz.
O Controle Social é efetuado pelo povo. A população, em conjunto ou
individualmente pode participar da gestão pública exercendo seu direito de
fiscalização para prevenir a corrupção e fortalecer a cidadania.
Assim, o controle social revela-se como complemento indispensável ao
controle institucional, exercido pelos órgãos fiscalizadores. Para que os cidadãos
possam desempenhá-lo de maneira eficiente é necessário que sejam mobilizados e
recebam orientações sobre como podem ser fiscais dos gastos públicos.
BIBLIOGRAFIA

Caderno de estudos: Curso Formação pela Escola, módulo Controle Social

Casa Civil do Governo Brasileiro. Planalto.gov. Acesso em 29 de maio de 2017,


disponível em Legislação Brasileira:
http://www.planalto.gov.br9ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

FNDE. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Acesso em 29 de maio de


2017, disponível em: http://www.fnde.gov.br/fnde/institucional

FNDE. Cursos FNDE. Acesso em 01 de junho de 2017, disponível em Cursos do


Programa Formação pela Escola:
http://cursos.fnde.gov.br/mdl07/mod/assignment/view.php?id=880016

FNDE. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Acesso em 05 de junho de


2017, http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico/livro-didatico-apresentacao

FNDE. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Acesso em 05 de junho de


2017, http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico/livro-didatico-apoio-a-gestao

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