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RESUMO

O livro trata fortemente da relacionamento do mundo moderno com a


utilização de recursos naturais, com um foco prioritário em produto agrícolas na
busca por energia.
A questão acaba se tornando um problema mais ideológico, uma briga entre
esquerda e direita, onde a direita tratava qualquer questão ambiental como algo
relacionado à esquerda.
O sistema capitalista mira os benefícios de curto prazo, não dando atenção
aos custos externos àquilo, provocando efeitos colaterais irreversíveis.
O problema dos agrocombustíveis, como ainda será visto, está no centro das
relações sociais, a energia é o motor da economia no mercado capitalista.

Energia e desenvolvimento
Os primeiros pensamentos a respeito da redução das emissões de gases foi
proposta inicialmente em 1990, na mesma proposta constava ainda a elevação de
20% no consumo de energias renováveis, utilizando 10% de agrocombustíveis no
transporte, percentual que, em 2008, por causa das reações contrárias, foi reduzido
para 8%. No entanto estas premissas ainda são bem inferiores para uma ação
eficaz que salvaguarda o planeta.
A energia fóssil vem sendo questionada tanto por não ser renovável quanto
por poluir. A busca por alternativas está aberta, mas ela está longe de ser inocente.
Quanto à questão do petróleo e sua substituição, ela ainda está atrelada aos
problemas geopolíticos. Basta, para tanto, lembrar que os Estados Unidos ainda
dependem do petróleo produzido no Oriente Médio e na Venezuela. O primeiro caso
acabou culminando nas guerras contra o Iraque e o Afeganistão. O segundo levou a
uma parceria na produção do etanol, proposta por Bush ao presidente do Brasil,
Lula, em sendo os dois países, na aurora do século XXI, os maiores produtores de
agroenergia.
Estes problemas já acontecem a muito tempo devido aos responsáveis pela
economia e pela política dos países industrializados não se preocupavam com o
problema.
Quando a situação se deteriorou ao ponto de afetar os interesses
econômicos e a qualidade de vida de todas as camadas sociais, incluindo os grupos
socialmente dominantes, para que a destruição ecológica se transformasse num
desafio. Sendo a razão pela qual a questão da agroecologia emerge atualmente
como prioridade política.
A energia é uma necessidade humana desde sempre, o desenvolvimento das
modalidades energéticas permitiu o crescimento da mobilidade social, do transporte,
e transformou-se num dos aspectos fundamentais daquilo que hoje denominamos
globalização. A energia exerceu um papel central nesse processo, já que ela se
encontra no coração de duas atividades principais da economia: produção e o
transporte.
Tudo isso se reproduziu até o momento em que os efeitos destrutivos de tais
práticas colocassem em perigo o próprio modelo de desenvolvimento. E isso não
somente por causa do esgotamento de algumas de suas fontes, mas principalmente
em função de seus nocivos efeitos ecológicos e sociais. A convergência entre os
dois fatores acabou configurando inúmeras resistências ao modelo neoliberal.
O processo do neoliberalismo soava ilusório, já que ele escondia muitas
realidades: a forma social como a produção era feita, a repartição ulterior da
riqueza, a destruição do meio ambiente.
O progresso corresponde aos interesses pontuais de algumas classes sociais
ligados à acumulação do capital que desfrutam de todas as vantagens de manter
elevada a taxa de acumulação e pouco preocupadas com aquilo que costumamos
chamar de bem comum, no entanto sem o recurso da energia, o capitalismo seria
inoperante.
As diferentes fases da história humana são pontuadas pelo uso de diferentes
fontes energética, o domínio da energia teve um papel muito importante. Ela está na
base da atividade agrícola, artesanal ou industrial. O uso das energias naturais
aparece como um mecanismo de sobrevivência: inicialmente era o sol, o vento, a
água, mas igualmente a energia de tração animal ou humana, até chegar nas fontes
nucleares mais complexas.
Hoje temos uma distinção entre as energias renováveis e não-renováveis, ou
seja, entre aquelas que utilizam matérias-primas cuja existência não é cíclica. Foi
necessária a crise do petróleo para alertar a opinião pública sobre o custo da
energia e sobre seu caráter não renovável.
A energia exerceu um papel muito mais importante na segunda fase do
desenvolvimento capitalista. Em sua fase mercantil, de fato, o capitalismo não
produziu grandes revoluções energéticas. Naquela época se concentrava na
extração de riquezas minerais ou agrícolas, o que não exigia senão energias de
tração animal ou humana.
As sociedades mercantis se desenvolveram embasadas nas trocas, fruto do
trabalho e, portanto numa atividade separada da produção agrícola.
A ignorância dos fatores nacionais e sociais, como foi o caso do carvão, do
petróleo ou do arroz, corre o risco de se repetir na agroenergia, caso não acionamos
em tempo o sinal de alerta.
Uma nova consciência social desenvolveu-se em nível mundial, e redes de
atores foram sendo fortificadas ou criadas no rastro dessa nova dinâmica. O
problema da ecologia e do uso dos recursos energéticos estava bem presente,
mesmo se somente se tratasse da aurora de um novo processo.
O ritmo desses acontecimentos foi a chave para muitas negociações
internacionais. Estavam previstas reduções mais progressivas das agressões mais
graves contra o equilíbrio ecológico, mas sem que essa redução atentasse contra o
modo de exploração dos recursos naturais. A solução deste problema ecológico
estaria na mão dos indivíduos.

Crise Energética
A crise começou, segundo o autor, do esgotamento previsível de um ciclo,
aquele do petróleo, do gás e do carvão, aumentando o efeito estufa. Dessas
energias, garantem o abastecimento de 80% do consumo mundial, por possuírem
alta rentabilidade energética.
Petróleo - Os EUA utilizam cerca de um quarto do petróleo mundial, mas
possui somente cerca de 3% das reservas conhecidas. Produz cerca de 7% da
eletricidade mundial. Socialmente falando, o aumento no seu preço já afeta os mais
pobres, incapazes de suportar as consequências nos preços dos transportes.
É necessário concluir portanto que a crise das energias não-renováveis é
real. No ritmo atual, sua utilização esgotaria o conjunto das reservas por volta dos
anos 2100. Chamando o olhar para outras dimensões energéticas, e também aliada
ao uso da energia e o aquecimento global.
Gases estufa - O aumento das emissões começa com a revolução industrial
e se acentuou no neoliberalismo do capitalismo. Um crescimento econômico
exponencial de uma minoria da população inclusive na periferia do mundo
industrializado.
As novas tecnologias da informação liberam cada vez mais o consumo e a
produção de bens. Aumentando também o uso de transportes, que trás
consequências da poluição atmosférica.
O tipo de consumo deste modelo econômico exige uma exploração mais
intensa das reservas naturais, principalmente no domínio da energia. O progresso
econômico se traduz num desprezo ao meio ambiente.O superaquecimento vem
tanto por conta do aumento de emissões de gases de efeito estufa, mas também
pela diminuição das terras de florestas tropicais naturais, que absorvem grande
parte deste calor.
Processos como a intensificação da monocultura, trouxe a monopolização de
insumos e levou a diminuição de investimentos em agricultura familiar.

Os agrocarburantes
São os agrocombustíveis, que queimamos nas caldeiras ou em aparelhos
domésticos, destinados ao cozimento de alimentos. São combustíveis derivados da
biomassa e em princípios renováveis.
Primeira geração - substitutos dos combustíveis fósseis, levando à matriz do álcool
e de outras oleaginosas.
São duas as categorias do agrodiesel exemplificado no estudo. Os óleos
vegetais trazem uma série de mudanças químicas para serem utilizados na forma
de combustível, como a celulose.

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