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ANÁLISE MATEMÁTICA I

2008/2009
(com Laboratórios)

Curso de EB

1ª Parte
Preparação para o Cálculo
Limites e continuidade

DMAT
Preparação para o Cálculo
Representação gráfica

Referencial cartesiano

Um referencial cartesiano é constituído por duas rectas


perpendiculares (fixas), com ponto de intersecção O:
• O diz-se a origem do referencial;
• o eixo horizontal diz-se o eixo das abcissas (eixo do x ou
eixo OX);
• o eixo vertical diz-se o eixo das ordenadas (eixo do y ou
eixo OY).

Os eixos dividem o plano em quatro regiões - os 4 quadrantes.

Um ponto do plano é um par ordenado de números a, b, (1ª


coordenada - abcissa; 2ª coordenada - ordenada).

Plano XOY - conjunto destes pares ordenados e respectivo


referencial.

y Eixo das Ordenadas

2º Quadrante 2 1º Quadrante

1 P = (2,1)
Eixo das Abscissas
-2 -1 0 1 2 x
-1
3º Quadrante 4º Quadrante
-2

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Representação gráfica de uma equação

Definição: Dados dois conjuntos não vazios A e B, chama-se


produto cartesiano entre A e B a
A×B = a, b : a ∈ A e b ∈ B .

No plano XOY, a curva associada a uma equação (ou "gráfico


da equação") é o conjunto dos pares ordenados que verificam a
equação (é um subconjunto do produto cartesiano ℝ 2 ).

Exemplo: x 2 + y 2 = r 2 (c/ r > 0) - caracteriza a circunferência


de centro na origem e raio r.

Intersecções de gráficos

• Pontos de intersecção de dois gráficos caracterizados por


y = fx e y = gx:

y = fx
são as soluções do sistema .
y = gx

Caso particular - pontos de intersecção com os eixos

• Intersecção como o eixo do x :


y = 0 caracteriza o eixo do x, portanto faz-se y = 0 na
respectiva equação;

• Intersecção com o eixo do y :


x = 0 caracteriza o eixo do x, portanto faz-se x = 0 na
respectiva equação.

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Observação: Uma condição em x e y representa uma região do
plano XOY.

Questões:
Indique uma condição que represente:

1. o círculo de centro −1, 2 e raio 3;

2. a metade superior do círculo anterior;

3. a linha que delimita a região anterior.

Simetria de gráficos

Seja G um gráfico (ou uma região):


• G é simétrico relativamente ao eixo do y caso
x, y ∈ G  −x, y ∈ G
para quaisquer x, y ∈ ℝ;

• G é simétrico relativamente ao eixo do x caso


x, y ∈ G  x, −y ∈ G
para quaisquer x, y ∈ ℝ;

• G é simétrico relativamente à origem caso


x, y ∈ G  −x, −y ∈ G
para quaisquer x, y ∈ ℝ.

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Estudo de rectas

Declive de uma recta

Sendo r uma recta não vertical, o valor da razão


y2 − y1
x2 − x1
é igual para quaisquer dois pontos x 1 , y 1  e x 2 , y 2 , com
x2 ≠ x1.

Este valor traduz a variação na vertical por unidade de variação


na horizonal e designa-se por declive da recta (ou coeficiente
angular da recta).

Assim, o declive m de uma recta não vertical é dado por

Δy y 2 −y 1
m= Δx
= x 2 −x 1 ,

quaisquer que sejam x 1 , y 1  e x 2 , y 2 , pontos (distintos) da


recta.
y

y2
∆y = y2 − y1
y1
∆x = x2 − x1

0 x1 x2 x

O declive não está definido para rectas verticais.

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O sinal de m permite-nos saber se o valor de y aumenta ou
diminui com a variação de x:

y m>0

m=0

m<0
m indefinido

O declive de uma recta é igual ao valor da tangente do ângulo


que esta forma com a parte positiva do eixo do x, isto é,

m = tg α, se α ≠ 90º.

α
0 x

Quanto maior for o valor absoluto do declive, maior é a taxa de


variação de y (e "mais íngreme" é a recta).

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Equações de rectas

As diferentes formas de equações de uma recta:

• Equação geral de uma recta: Ax + By + C = 0;

• Equação reduzida de uma recta não vertical (com o declive e


a ordenada na origem): y = mx + b;

• Equação de uma recta não vertical (com o declive e um


ponto): y − y 1 = mx − x 1 ;

• Equação de uma recta horizontal: y = b;

• Equação de uma recta vertical: x = a.

Rectas paralelas e perpendiculares

Sejam r 1 e r 2 rectas não verticais, com declives m 1 e m 2 :

• as rectas são paralelas se e só m 1 = m 2 (isto é, têm o


mesmo declive);

• as rectas são perpendiculares se e só m 1 = − m12 .


Rectas paralelas: m1=m2 Rectas perpendiculares: m1= -1/m2

y Y=m1.x+b1
y Y=m1.x+b1

Y=m2.x+b2

Y=m2.x+b2
x
x

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Funções
Conceito de função
Uma relação (ou correspondência) entre dois conjuntos X e Y é
um conjunto de pares ordenados da forma x, y, com x ∈ X e
y ∈ Y.

Uma função (ou aplicação) f de um conjunto A para um


conjunto B é uma correspondência que a cada elemento x ∈ A
associa um único elemento y ∈ B.

Simbolicamente escreve-se
f:A → B
x → y = fx.
Terminologia usual:
• A designa-se por domínio de f e representa-se por D f ;

• B é o conjunto de chegada da função;

• os elementos de A designam-se por objectos;

• se a x ∈ A corresponde o elemento y de B, y diz-se a


imagem de x;

• o conjunto das imagens por f diz-se o contradomínio de f e


representa-se por CD f .

Uma função cujos domínio e conjunto de chegada são


subconjuntos de ℝ diz-se uma função real de variável real
(f.r.v.r.):
f : D f ⊂ ℝ → ℝ.
Nota: Dada a expressão de uma f. r. v. r., salvo indicação contrá-

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ria, o domínio é o maior subconjunto de ℝ onde está definida.
Classificação de funções

Seja f uma função de A em B:


• f diz-se injectiva se a objectos diferentes correspondem
imagens diferentes.

• f diz-se sobrejectiva se o seu contradomínio coincide com o


seu conjunto de chegada.

• f diz-se bijectiva se é simultaneamente injectiva e


sobrejectiva.

Simbolicamente,
• f é injectiva sse ∀ x 1 , x 2 ∈A : x 1 ≠ x 2 ⇒ fx 1  ≠ fx 2 ;

• f é sobrejectiva sse ∀ y∈B ∃ x∈A : y = fx;

• f é bijectiva sse ∀ y∈B ∃ 1x∈A : y = fx.

Nota: Recorde-se que


1
f é uma função de A em B sse ∀ x∈A ∃ y∈B : y = fx.

Daqui para a frente, salvo menção explícita em contrário,


quando nos referimos a uma função estamos a considerar
uma função real de variável real.

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Representação gráfica de uma função

Sendo f uma função, chama-se gráfico de f a


G f = x, y ∈ ℝ 2 : x ∈ D f ∧ y = fx.

Dada a representação gráfica de f :


• a sua projecção sobre o eixo do x dá o domínio de f ;

• a sua projecção sobre o eixo do y dá o contradomínio de f ;

• toda a recta vertical correspondente a um valor do domínio


da função intercepta o gráfico da função num e num só ponto.

Alguma transformações nas representações gráficas

y = fx − c , com c > 0 - deslocamento para a direita;

y = fx + c , com c > 0 - deslocamento para esquerda;

y = fx − c , com c > 0 - deslocamento para baixo;

y = fx + c , com c > 0 - deslocamento para cima;

y = −fx - reflexão em torno do eixo do x;

y = f−x - reflexão em torno do eixo do y;

y = −f−x - reflexão relativamente à origem;

fx , fx ≥ 0 reflexão da parte negativa


y = |fx| = -
−fx , fx < 0 em torno do eixo do x.

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Simetrias nos gráficos de funções
Seja f uma função:
• f diz-se par se f−x = fx, para todo o x ∈ D f , isto é,
∀ x∈D f : f−x = fx;

• f diz-se ímpar se f−x = −fx, para todo o x ∈ D f , isto é,


∀ x∈D f : f−x = −fx.

Polinómios e funções racionais

• Função polinomial (ou polinómio)

px = a n x n + a n−1 x n−1 +. . . +a 2 x 2 + a 1 x + a 0 , com a n ≠ 0,

em que a n , a n−1 , … , a 0 são números reais, designados por


coeficientes de px, e n ∈ ℕ 0 , designado por grau do
polinómio.

Grau zero: fx = a função constante;


primeiro grau: fx = ax + b função afim;
segundo grau: fx = ax 2 + bx + c função quadrática;
terceiro grau: fx = ax 3 + bx 2 + cx + d função cúbica.

• Função racional
px
fx =
qx
onde px e qx são polinómios.

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Operações algébricas com funções

Sejam f e g funções, k ∈ ℝ e n ∈ ℕ:

Operação algébrica Imagens Domínio

produto de k por f k × fx Df

soma de f com g fx + gx Df ∩ Dg

diferença entre f e g fx − gx Df ∩ Dg

produto de f por g fx × gx Df ∩ Dg

1
o inverso (algébrico) de f fx
D f ∩ x ∈ ℝ : fx ≠ 0

potência n de f fx n Df

D n f = D f , se n é ímpar
raíz índice n de f n fx D f ∩ x ∈ ℝ : fx ≥ 0,
se n é par

módulo de f |fx| Df

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Composição de funções

Sendo f e g funções, chama-se composta de f com g à função h


definida por

hx = f ∘ gx = fgx,

nos valores do domínio de g cuja imagem por g esteja no


domínio de f , isto é, à função

f ∘ g : D f∘g ⊆ ℝ → ℝ
x ↦ y = f ∘ gx = fgx

com D f∘g = x ∈ ℝ : x ∈ D g ∧ gx ∈ D f .

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Função inversa

Definição: A função g diz-se função inversa da função f se


D g = CD f e
g ∘ fx = x, para todo x ∈ D f .
f ∘ gx = x, para todo x ∈ D g
A função g denota-se por f −1 .

Observação 1: Uma função tem inversa se e só se é injectiva.


Em particular, uma função estritamente monótona num intervalo
é invertível (e a inversa tem o mesmo tipo de monotonia).

Observação 2: O gráfico de f contém o ponto a, b se e só se o


gráfico de f −1 contém o ponto b, a.
Ou seja, os gráficos de f e de f −1 são simétricos relativamente à
bissectriz dos quadrantes ímpares.

Exemplos: Vejam-se os gráficos das funções x 3 e 3 x :

y 4 y = x3
3

1 y=3 x
[Plot]
-2 -1 1 2
-1
x

-2

-3

-4

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Funções logaritmo e exponencial

A função exponencial
fx = e x
tem domínio ℝ, contradomínio ℝ + e é estritamente crescente.

A sua inversa é a função logaritmo neperiano, ln x, com domínio


ℝ + e contradomíno ℝ, caracterizada por
y = ln x  e y = x.
As conhecidas propriedades

e ln x = x, ∀x ∈ ℝ +
lne x  = x, ∀x ∈ ℝ

traduzem, precisamente, que as funções são a inversa uma da


outra.

y 4

3 y=ex
2

1
y =lnx
-4 -3 -2 -1 1 2 3 4
x
-1

-2

-3

-4

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Aplicação às funções trigonométricas inversas

A função seno tem domínio ℝ e contradomínio −1, 1, é


periódica (com período 2π, é ímpar, anula-se em x = kπ, com
k ∈ ℤ; não é injectiva nem sobrejectiva.

Restringindo-a a − π2 , π
, temos a restrição principal do seno:
2
sen : − π , π  → −1, 1,
2 2
que é estritamente crescente em − π2 , π2 , logo invertível e a sua
inversa é estritamente crescente em −1, 1:

π/2
1

-π/2
0 π/2 -1
0 1

-1

-π/2

sen x arcsen x

arcsen : −1, 1 → − π2 , π
2
 e
y = arcsen x ⇔ sen y = x ∧ y ∈ − π2 , π
2

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A função coseno tem domínio ℝ e contradomínio −1, 1, é
π
periódica (com período 2π, é par e anula-se para x = kπ + 2
,
com k ∈ ℤ; não é injectiva nem sobrejectiva.

Restringindo-a a 0, π, temos a restrição principal do coseno:


cos : 0, π → −1, 1,
que é estritamente decrescente em 0, π, logo é invertível e a sua
inversa é contínua e estritamente decrescente em −1, 1:
π

π π/2
0 π/2

-1

-1 0 1

cos x arccos x

arccos : −1, 1 → 0, π e


y = arccos x ⇔ cos y = x ∧ y ∈ 0, π

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A função tangente, definida por tg x = sen
cos x , tem domínio
x

ℝ\ kπ + π2 : k ∈ ℤ e contradomínio ℝ, é periódica (com


período π, é ímpar e anula-se em x = kπ, com k ∈ ℤ; não é
injectiva mas é sobrejectiva:

Restringindo-a a − π2 , π
2
, temos a restrição principal da
tangente
tg : − π , π → ℝ,
2 2
que é estritamente crescente em − π2 , π2 , logo é invertível e a
sua inversa é estritamente crescente em ℝ:
π/2

-π/2 0 π/2 0

-π/2

tg x arctg x

arctg : ℝ → − π2 , π
2
e
y = arctg x ⇔ tg y = x ∧ y ∈ − π2 , π
2

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A função cotangente, definida por cotg x = cos
sen x , tem domínio
x

ℝ\kπ : k ∈ ℤ e contradomínio ℝ, é periódica (com período π,


é ímpar anula-se em x = kπ + π2 , com k ∈ ℤ; não é injectiva
mas é sobrejectiva:

Restringindo-a a 0, π, obtemos a restrição principal da


cotangente:
cotg : 0, π → ℝ,
que é estritamente decrescente em 0, π, logo é invertível e a sua
inversa é estritamente decrescente em ℝ:

0 π/2 π π/2

cotg x arccotg x

arccotg : ℝ → 0, π e
y = arccotg x ⇔ cotg y = x ∧ y ∈ 0, π

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As funções secante e a cosecante

Duas outras funções trigonométricas importantes são as funções


secante e cosecante, definidas por

1 ,
sec x = cos x em ℝ\ kπ + π : k ∈ ℤ ,
2
e
1 ,
cosec x = sen em ℝ\kπ : k ∈ ℤ.
x

Trabalhar com estas funções reduz-se a trabalhar com o seno e


com o coseno.

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Limites e continuidade
Limite (finito) de uma função em c ∈ ℝ
Intuitivamente,
• consideremos f definida (excepto eventualmente em c num
intervalo aberto que contém c (o que garante que nos pode-
mos aproximar tanto quanto pretendermos de c, por valores
no domínio de f , diferentes de c).

• f tende para L quando x tende para c se as imagens por f (de


valores diferentes de c aproximam-se tanto quanto quisermos
de L, desde que os objectos se aproximem o suficiente de c.

Definição de limite (segundo Cauchy):


Sejam f uma função definida (excepto eventualmente em c
num intervalo aberto que contém c e L um número real.
Diz-se que f tende para L quando x tende para c se,

para todo o número real  > 0,


existe um número real δ > 0
tal que, para qualquer x,
se 0 < |x − c| < δ, então fx − L < ,

ou seja,

lim fx = L
x→c

sse
∀ > 0 ∃δ > 0 ∀x : 0 < |x − c| < δ ⇒ fx − L <  .

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Podemos tornar um pouco mais precisa a ideia intuitiva:

lim fx = L
x→c

sse
as imagens dos pontos do domínio, diferentes de c,
estão tão próximas quanto quisermos de L
(proximidade definida pelo , fx ∈ L − , L +  ),
desde que nos aproximemos suficientemente de c
(proximidade definida pelo δ, x ∈ c − δ, c + δ ).

Proposição: O limite de uma função num ponto, quando existe,


é único.

Observação: esta definição é imediatamente generalizável a


funções em que o domínio não é um intervalo, mas contém um
intervalo nestas circunstâncias.

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Limites laterais:
Intuitivamente:
• estudamos um limite lateral de f em c quando nos aproxima-
mos de c por valores superiores - limite à direita - ou por
valores inferiores - limite à esquerda;
• no primeiro caso f está definida (excepto eventualmente em
c num intervalo com extremo inferior c e no segundo num
intervalo com extremo superior c.

Rigorosamente:
Sejam f uma função definida (excepto eventualmente em c
num intervalo de extremo superior c e L um número real.
Diz-se que f tende para L quando x tende para c por valores
superiores (ou, à direita de c) se

∀ > 0∃δ > 0∀x : c < x < c + δ ⇒ fx − L < .



x>c ∧ |x−c|<δ

Este limite representa-se por lim fx


x→c +

Analogamente define-se o limite por valores inferiores (ou, à


esquerda de c), que se representa por lim fx.
x→c −

Proposição: Sendo f uma função definida (excepto


eventualmente em c num intervalo aberto que contém c,

lim fx existe sse lim fx e lim fx existem e são iguais,
x→c x→c − x→c +

sendo esse o seu valor.

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Propriedades dos limites (finitos)

Proposição (alguns limites básicos):


Sejam b e c números reais e n um inteiro positivo:
1. lim b = b;
x→c

2. lim x = c;
x→c

3. lim x n = c n .
x→c

Proposição: Sejam b e c números reais, n um inteiro positivo e f


e g funções tais que lim fx e lim gx existem (e são finitos).
x→c x→c
Então:
• as funções bf, f + g, f − g, f × g e f n têm limite em c e
lim bfx = b lim fx,
x→c x→c

lim fx + gx =lim fx + lim gx,


x→c x→c x→c

lim fx − gx =lim fx − lim gx,


x→c x→c x→c

lim fx × gx =lim fx × lim gx,


x→c x→c x→c
n
lim fx = lim fx
n
;
x→c x→c

• se lim gx ≠ 0, a função


f
g tem limite em c e
x→c
limfx
fx
lim gx
= x→c
limgx
.
x→c x→c

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Proposição (limites de funções polinomiais e racionais):
• se px é uma função polinomial e c é um número real, então
lim px = pc;
x→c

• se rx é uma função racional dada por rx =


px
qx
e c é um
número real tal que qc ≠ 0, então
pc
lim rx = rc = .
x→c qc

Proposição (limites de uma função envolvendo um radical):


Seja n um inteiro positivo. O seguinte limite é válido para todo o
c se n for ímpar, e é válido para c > 0 se n for par:
lim n x = n c .
x→c

Proposição (limites de funções trigonométricas):


Qualquer uma das funções trigonométricas
senx, cosx, tgx, cotgx, secx e cosecx
tem limite, em qualquer valor c do respectivo domínio, e este é
é igual ao valor da função em c.

Proposição (limites das funções exponencial e logaritmo):


As funções exponencial e logaritmo têm limite, em qualquer
valor c do respectivo domínio, e este é é igual ao valor da
função em c, isto é
lim e x = e c , ∀ c∈ℝ ; lim ln x = ln c, ∀ c∈ℝ +
x→c x→c

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 25


Proposição (limites da função composta):
Se f e g são funções tais que
lim
x→c
gx = L e lim fx = fL,
x→L
então
lim
x→c
fgx = f lim
x→c
gx = fL.

Proposição (Princípio do Encaixe para funções):


Se f, g e h são funções tais que
hx ≤ fx ≤ gx,
para todo o x pertencente a um intervalo aberto que contém c
(com excepção, eventualmente, em c e
lim hx =lim gx = L,
x→c x→c
então
lim fx = L.
x→c

Limites notáveis:
senx 1−cosx
lim x = 1, lim x =0
x→0 x→0

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 26


Observações complementares

Nota: Da definição de Cauchy resulta imediatamente que


lim fx = L  lim fx − L = 0  lim fx − L = 0,
x→c x→c x→c

o que se usa frequentemente quando aplicamos o Princípio do


Encaixe.

Recorde-se ainda o seguinte:

Diz-se que f é um infinitésimo quando x tende para c se


lim fx = 0.
x→c

Proposição: Se f é um infinitésimo quando x tende para c e g é


uma função limitada, então f × g é um infinitésimo quando x
tende para c.
Ou seja,

o produto de um infinitésimo por uma função limitada


é um infinitésimo.

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Continuidade de uma função

Sendo f : D f ⊆ ℝ → ℝ uma função real e c ∈ D f , diz-se que f


é contínua em c se lim fx existe e é igual a fc.
x→c

Assim, da definição de limite segundo Cauchy, resulta que

f é contínua em c ∈ D f
sse
∀ > 0 ∃δ > 0 ∀x : |x − c| < δ  fx − fc < 

• f é contínua no intervalo aberto a, b se for contínua em


cada ponto do intervalo indicado;

• f é contínua à direita em c se lim fx = fc;


x→c +

• f é contínua à esquerda em c se lim fx = fc;


x→c −

• Se a, b ⊆ D f , então diz-se que f é contínua no intervalo


a, b se f é contínua em a, b, é contínua à direita em a e é
contínua à esquerda em b.

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 28


Prolongamento por continuidade

Sendo f e g duas funções com domínios D f e D g , diz-se que g é


um prolongamento de f (ou que f é uma restrição de g) se

D f  D g e ∀x ∈ D f , fx = gx.

Diz-se que f é prolongável por continuidade a c, se existe um


prolongamento de f, com domínio D f ∪ c, contínuo em c.

Proposição: Seja f uma função e a ∉ D f .


f é prolongável por continuidade a a sse existe (e é finito) lim fx.
x→a

Neste caso, o prolongamento por continuidade de f a a é a função

g : D f ∪ a → ℝ
definida por
fx , se x ∈ D f
gx =
lim fx , se x = a
x→a

Exemplo:
sin x
O prolongamento por continuidade de x é a função
g : ℝ → ℝ definida por
sen x
x , se x ≠ 0
gx = .
1 , se x = 0

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 29


Observação:
Seja I um intervalo aberto que contenha um número real c.
Se f é uma função definida em I (excepto eventualmente em c),
e não é contínua em c, diz-se que f tem uma descontinuidade
em c.

Uma descontinuidade pode ser removível ou não removível -


no primeiro caso, podemos obter uma função contínua, definindo
ou redefinindo o valor de f em c; no segundo caso tal não é
possível.

Uma descontinuidade em c é removível sse existe (e é finito)


lim fx.
x→c

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 30


Propriedades da continuidade (relativamente às
operações)

Proposição: Sejam b um número real, n um inteiro positivo e f


e g funções contínuas em c. Então:
• as funções bf, f + g, f − g, f × g, f n e | f | são contínuas em c;
• se gc ≠ 0, as funções 1
g e
f
g são contínuas em c;
• n f é contínua em c, se n f tem significado num intervalo
aberto que contenha c.

Proposição: Se f é uma função contínua em c e g é contínua em


fc, então g ∘ f é contínua em c.

Teoremas fundamentais das funções contínuas

Teorema de Bolzano (ou do Valor Intermédio):


Se f é contínua no intervalo fechado a, b e k é um número
entre fa e fb, então existe pelo menos um c ∈ a, b tal que
fc = k.

Intuitivamente,

uma função contínua num intervalo não passa de um valor a


outro sem assumir todos os valores intermédios.

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 31


Corolário 1: Se f é contínua no intervalo a, b e não se anula
em algum ponto de a, b, então em todos os pontos de a, b a
função f tem o mesmo sinal.

Corolário 2: Se f é contínua no intervalo a, b e fa × fb < 0


então f tem pelo menos um zero em a, b.

Teorema de Weirstrass: Qualquer função contínua num


intervalo a, b (fechado e limitado) tem máximo e mínimo
nesse intervalo.

Observação: Em qualquer um destes resultados, as condições


são apenas condições suficientes; não são condições necessárias.

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 32


Limites infinitos e no infinito

Pretendemos agora generalizar a noção de limite aos casos em


que x tende para infinito e/ou L é infinito.

Observações prévias

As definições que se seguem serão mais claras se pensarmos


que, quando falamos de x próximo de a, temos que distinguir três
situações:

• se a ∈ ℝ, estamos a considerar x num intervalo


a − , a + , com  > 0 (quanto menor for o , mais
próximo garantimos que x está de a;

• se a = +∞, estamos a considerar x num intervalo M, +∞,


com M > 0 (quanto maior for o M, mais próximo garantimos
que x está de +∞;

• se a = −∞, estamos a considerar x num intervalo −∞, N,


com N < 0 (quanto menor for o N, mais próximo garantimos
que x está de −∞.

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 33


Limites infinitos

Seja f uma função definida (excepto eventualmente em c) num


intervalo aberto contendo c.

Limite de f com c ∈ ℝ e L = +∞
Diz-se que f tende para +∞ quando x → c, e escreve-se
lim fx = +∞,
x→c
se
∀M > 0 ∃δ > 0 : 0 < |x − c|< δ ⇒ fx > M.

Intuitivamente,
lim fx = +∞
x→c

sse
as imagens dos pontos do domínio, diferentes de c,
estão tão próximas quanto quisermos de +∞
(proximidade definida pelo M, fx ∈ M, +∞ ),
desde que nos aproximemos suficientemente de c
(proximidade definida pelo δ, x ∈ c − δ, c + δ ).

Limite de f com c ∈ ℝ e L = −∞
Diz-se que f tende para −∞ quando x → c, e escreve-se
lim fx = −∞,
x→c
se
∀N < 0 ∃δ > 0 : 0 < |x − c|< δ ⇒ fx < N.

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 34


De modo análogo ao que foi feito, definem-se os limites infinitos
quendo x tende para c por valores superiores ou por valores
inferiores.

Diz-se que f tende para infinito quando x tende para c, e


escreve-se lim fx = ∞, se lim |fx| = +∞;
x→c x→c

• Se lim fx = +∞, f diz-se um infinitamente grande


x→c
positivo quando x tende para c;

• se lim fx = −∞, f diz-se um infinitamente grande


x→c
negativo quando x tende para c;

• se lim fx = ∞, f diz-se um infinitamente grande quando


x→c
x tende para c.

Observação: Uma função f pode ser um infinitamente grande


em c sem que lim fx = +∞ ou lim fx = −∞.
x→c x→c

Neste caso diz-se que, quando x tende para c, f tende para


infinito sem sinal determinado.

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 35


Limites no infinito

Limite de f com c = +∞ e L ∈ ℝ
Sejam f uma função definida num intervalo não limitado
superiormente e L ∈ ℝ.
Diz-se que f tende para L quando x → +∞, e escreve-se
lim fx = L,
x→+∞
se
∀ > 0 ∃M > 0 ∀x : x > M ⇒ |fx − L| < .

Intuitivamente,
lim fx = L
x→+∞

sse
as imagens dos pontos do domínio
estão tão próximas quanto quanto quisermos de L
(proximidade definida pelo , fx ∈ L − , L + ,
desde que nos aproximemos suficientemente de +∞
(proximidade definida pelo M, x ∈ M, + ∞ .

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 36


Limite de f com c = −∞ e L ∈ ℝ
Seja f uma função definida num intervalo não limitado
inferiormente e L ∈ ℝ.
Diz-se que f tende para L quando x → −∞, e escreve-se

lim fx = L,
x→−∞

se
∀ > 0 ∃N < 0 ∀x : x < N ⇒ |fx − L| < .

Limites infinitos no infinito

Limite de f com c = +∞ e L = +∞ ou L = −∞
Seja f uma função definida intervalo não limitado
superiormente.
Diz-se que f tende para +∞ quando x → +∞, e escreve-se
lim fx = +∞,
x→+∞
se
∀M > 0 ∃N > 0 : x > N ⇒ fx > M

Diz-se que f tende para −∞ quando x → +∞, e escreve-se


lim fx = −∞,
x→+∞
se
∀M < 0 ∃N > 0 : x > N ⇒ fx < M

Definições no caso em que x → −∞ são análogas.

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 37


Propriedades dos limites infinitos

Para limites infinitos, nalguns casos o conhecimento dos limites


das funções envolvidas nas operações permite-nos saber,
imediatamente, o limite da nova função; noutros casos, temos
que calcular explicitamente o valor do limite da nova função -
tem-se o que se chama uma indeterminação.

Nota: Todas as propriedades que se seguem são válidas para c


finito ou infinito.

Proposição: Sejam f e g funções, para as quais faz sentido falar


de limite em c, tais que
gx ≥ fx,
para qualquer x suficientemente próximo de c.

1. Se lim fx = +∞, então lim gx = +∞;


x→c x→c

2. se lim gx = −∞, então lim fx = −∞.


x→c x→c

Propriedades da soma

Proposição: Sejam f e g funções.

1. Se lim fx = +∞ e lim gx = +∞, então


x→c x→c
lim fx + gx = +∞;
x→c

2. se lim fx = −∞ e lim gx = −∞, então


x→c x→c
lim fx + gx = −∞;
x→c

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 38


3. sendo b ∈ ℝ,
se lim fx = ∞ e lim gx = b, então lim fx + gx = ∞
x→c x→c x→c

(se o limite de f for +∞ ou −∞, o limite da soma também o é).

Notação abreviada:
Estas propriedades são frequentemente escritas na forma

+∞ + +∞ = +∞ −∞ + −∞ = − ∞

+∞ + b = +∞ −∞ + b = − ∞ ∞+b = ∞

Atenção, esta é uma mera notação abreviada, que deve ser


interpretada exactamente no sentido das propriedades 1., 2. e 3.
da proposição anterior, e não como se estivessemos realmente a
"somar os infinitos" ou a "somar infinito com b".

Símbolos de indeterminação (associados à soma)

Na notação abreviada, os símbolos

+∞ + −∞ ∞ + ∞

são designados por símbolos de indeterminação.

Isto quer apenas dizer que, nas situações correspondentes, o


facto de existir ou não limite, bem como o seu valor, depende
das funções envolvidas; não resulta imediatamente de uma
propriedade das operações.

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 39


Observação: Tendo presente que f − g = f + −1 × g é fácil
deduzir as propriedades da subtracção e ainda que

+∞ − +∞ −∞ − −∞ ∞ − ∞

também são símbolos de indeterminação.

Propriedades do produto
Proposição: Sejam f e g funções.
1. Se lim fx = ∞ e lim gx = ∞, então lim f × gx = ∞
x→c x→c x→c

(caso f e g tendam para +∞ ou para −∞, pelo sinal do produto


podemos saber se f × g tende para +∞ ou −∞;

2. Se lim fx = ∞ e lim gx = b ∈ ℝ\0, então


x→c x→c
lim f × gx = ∞
x→c

(caso f tenda para +∞ ou para −∞, pelo sinal do produto


podemos saber se f × g tende para +∞ ou −∞.

Observação:
• Se f e g tendem ambas para +∞ ou ambas para −∞, f × g
tende para +∞;
• se uma das funções tende para +∞ e a outra para −∞, f × g
tende para −∞.
Conclusões análogas se tiram para a alínea 2.

Símbolos de indeterminação (associados ao produto)

0 × +∞ 0 × −∞ 0 × ∞

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 40


Propriedades do quociente

O estudo do quociente de duas funções fica mais simples tendo


presente que
fx
= fx × 1 .
gx gx
Assim, as propriedades desta operação resultam das do produto e
das duas primeiras alíneas da proposição que se segue.

De igual modo, uma indeterminação associada ao quociente


pode transformar-se numa indeterminação associada ao produto.

Proposição: Sejam f e g funções, com g não nula num intervalo


aberto contendo c (excepto eventualmente em c:
1
1. se lim gx = ∞ então lim gx
= 0;
x→c x→c

1
2. se lim gx = 0 então lim gx
=∞
x→c x→c

1
[se lim gx = 0 + , então lim gx
= +∞,
x→a x→a
1
se lim gx = 0 − , então lim gx
= −∞;
x→a x→a

fx
3. se lim gx = ∞ e lim fx é finito, então lim gx
= 0;
x→c x→c x→c

4. se lim gx = 0 e lim fx é infinito ou finito e diferente de


x→c x→c

zero, então
fx
lim =∞
x→c gx
(dependendo do sinal das funções f e g, poderemos podemos
saber se este limite é +∞ ou −∞.

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 41


Na notação abreviada, escreve-se


a
∞ =0 0
=∞ a
0
= ∞, se a ≠ 0

Símbolos de indeterminação (assoc. ao quociente)

0 ∞
0 ∞

Mais alguns limites notáveis

Os seguintes limites são conhecidos (demonstram-se sem ser


pelas propriedades dos limites), estão relacionados com
propriedades importantes das funções em causa e são chamados
de limites notáveis:

ex
lim
x →+∞ x = +∞

ln x
lim
x →+∞ x =0

e x −1
lim x =1
x →0

lnx+1
lim x =1
x →0

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 42


Propriedades da exponenciação

Sejam f e g funções, com fx > 0 para qualquer x ∈ D f .


Em ℝ +
x = e lnx
pelo que

fx gx = e lnfx×gx .

Assim, as propriedades da exponenciação de funções resultam


das propriedades da exponencial, do logaritmo e do produto de
funções.

Proposição: Se f e g são funções, com fx > 0 para qualquer


x ∈ D f , tais que
lim fx = a ∈ ℝ\0 e lim gx = b ∈ ℝ,
x→c x→c

então
lim fx gx = ab.
x→c

Quando algum dos limites é infinito na prática o mais eficaz, em


geral, é fazer a transformação acima indicada.

Símbolos de Indeterminação (assoc. à exponenciação):

00 1∞ +∞ 0
Recorrendo a
fx gx = e lnfx×gx
podemos transformar estas situações em indeterminações do tipo
−∞ × 0, 0×∞ e +∞ × 0.

Acetatos de AMI0809 - EB (versão de 13 Out 08 - corrigida) 1ª Parte - 43

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