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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE MEIO

AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Data: 10/12/2009


DA ZONA DA MATA
Folha: 1/23
PARECER ÚNICO 716379/2009

PARECER ÚNICO SUPRAM-ZM Nº 716379/2009


Indexado ao(s) Processo(s) Nº: 00216/1999/004/2009
Outorga No:
Reserva Legal No:
Regularização APP:
Tipo de processo:
Licenciamento Ambiental ( x ) Auto de Infração ( )

1. IDENTIFICAÇÃO:
Empreendimento (Razão Social) /Empreendedor (nome completo): CNPJ / CPF:
Bela Ischia Ind Com de Polpa de Fruta Congeladas Ltda 01.130.631/0001-98
Empreendimento (Nome Fantasia):
Bela Ischia Ltda
Município: Astolfo Dutra
Atividade predominante: Fabricação de Sucos
Código da DN e Parâmetro
D.02.05.4- Fabricação de Sucos - 70.000 L/dia
Porte do Empreendimento Potencial Poluidor

Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( ) Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( )

Classe do Empreendimento
Classe –3

Fase do Empreendimento
Licença de Operação Corretiva – (LOC)

Localizado em UC (Unidades de Conservação)?


( X ) Não (__) Sim

Bacia Hidrográfica Federal: Rio Paraíba do Sul.


Bacia Hidrográfica Estadual: Rio Pomba
Micro bacia: Córrego Serra da Prata (Classe II)

2. HISTÓRICO:
Inspeção/Vistoria/fiscalização Relatório de Inspeção/Vistoria/Fiscalização Data:

( ) Não (X) Sim Relatório de Vistoria Nº 118/2009 08/12/2009


Auto de Infração Nº: Advertências Emitidas Nº: Multa:
Nenhuma

Rodovia Ubá - Juiz de Fora Km 02 – Ubá/MG


CEP: 36.500-000 – Tel: (32) 3539-2700 e-mail: urczm@copam.mg.gov.br
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2.1. – Descrição do Histórico

A indústria de sucos “Bela Ischia Indústria Comércio de Polpa e Fruta Congelada Ltda.”,
em 10 de junho de 2009, protocolou o requerimento de Licença de Operação Corretiva,
através do Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento – FCEI, e em 26 de
junho de 2009 foi emitido o Formulário de Orientações Básicas (FOB), informando os
documentos necessários ao processo de licenciamento.

Em 12/11/2009 foi formalizado pelo empreendedor, através de sua consultoria, o processo


de licenciamento com apresentação dos documentos exigidos, bem como, do PCA/RCA
contendo a descrição do processo de produção, os impactos ambientais produzidos pelo
empreendimento, bem como, as medidas mitigadoras objetivando a minimização destes
impactos, além dos monitoramentos realizados na vigência da licença.

Em 08 de dezembro de 2009 foi realizada uma vistoria técnica junto ao empreendimento,


visando tomar conhecimento, no local, de todo o processo produtivo e o destino dos
resíduos, bem como obter informações complementares visando subsidiar este parecer
único.

O Responsável pela elaboração dos estudos é a Empresa Engenho Nove Engenharia


Ambiental Ltda., através de seus responsáveis técnicos, Sr. André Luiz Gomes,
Engenheiro Civil CREA BA-15965/D, n.º ART apresentada 1-40514986 e o Sr. Artur Torres
Filho, Engenheiro Agrônomo CREA MG 57040/D. n.º ART apresentada 1-40514984.

3. INTRODUÇÃO:

O presente parecer apresenta uma discussão técnica ambiental e jurídica acerca da


indústria sucos e polpa de fruta. Trata-se de um empreendimento localizado em área
industrial com uma área total de 23.787,50 m2, portando uma área edificada de 5.408 m2,
ocupada por galpões industriais e escritórios.

O processo de licenciamento ambiental deste empreendimento foi enquadrado na fase de


Licença de Operação Corretiva, apesar de que o empreendimento já ter obtido licença de
operação (Nº551/2004) porém esta teve seu prazo de validade expirado obrigando o
empreendimento obter nova licença de operação, uma vez que não foi pedida sua
renovação tempestivamente.

A análise técnica expressa no presente parecer foi baseada não somente nos estudos
ambientais apresentados à SUPRAM-ZM, mas também nas informações obtidas em vistoria
técnica realizada no empreendimento.

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Com estas providências, no cumprimento das leis ambientais, o empreendedor deseja obter
a Licença de Operação em caráter corretivo, para o seu empreendimento, cuja atividade
principal é a fabricação de sucos.

4. CONTROLE PROCESSUAL:
O empreendimento denominado BELA ISCHIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE POLPAS E
FRUTAS CONGELADAS LTDA., requereu, validamente, através de seu sócio-proprietário,
(contrato social às fls. 010/12), o Sr. Marcelino Tilli, a presente LOC (Licença de Operação
Corretiva).

Na análise dos documentos constantes dos autos, verificou-se que o empreendedor


providenciou o adimplemento de 30% dos custos de análise do Licenciamento Ambiental
em questão, bem como o recolhimento dos emolumentos referentes ao FOBI nº
304765/2009; é o que se percebe dos comprovantes de pagamento anexados aos autos às
fls. 016/017, com a sua devida baixa no Sistema Integrado de Informação Ambiental –
SIAM sendo certo que o restante dos custos de análise, de acordo com a planilha, deverá
ser quitado antes do julgamento do processo pela URC.

Por sua vez, de acordo com as informações prestadas no (FCEI) Formulário Integrado de
Caracterização do Empreendimento de fls. 001/002/003, há no empreendimento usos de
recursos hídricos, os quais se encontram devidamente regularizados (Portarias n°
2737/2009 e 320/2005.

Não foi informada nem constatada in loco qualquer supressão de vegetação ou intervenção
em área de preservação permanente. Verificou-se que o empreendimento está localizado
em zona urbana, estando, portanto, desobrigado de proceder à averbação da reserva legal.

No que tange as publicações em periódico de grande circulação e a oficial, referentes ao


requerimento de Licença de Operação, estas encontram-se regularizadas, pelo que se
percebe da documentação anexada aos autos às fls. 073.

No que se refere à atividade referente ao licenciamento em si, eis que toda a documentação
compreendida no presente encontra-se em conformidade com o exigido para o seu
requerimento. De fato, é o que se constata pela análise entre as peças listadas no FOBI de
n.º 304765/2009 e as que aqui foram instruídas.

Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer


condicionantes previstas ao final deste parecer único e qualquer alteração, modificação
ampliação sem a devida e prévia comunicação a SUPRAM-ZM, tornam o empreendimento
em questão passível de autuação.

Vale lembrar, que quando de um eventual pedido de renovação de Licença, que o seu
requerimento deverá ser protocolizado com toda a documentação necessária em até 90
(noventa) dias antes do seu vencimento de acordo com a legislação vigente.
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Por derradeiro, ressalte-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui
a obtenção, pelo Requerente, de certidões, alvarás ou licenças, de qualquer natureza,
exigidos pela legislação federal, estadual ou municipal, devendo sobredita observação
constar no Certificado de Licenciamento.

Desta forma, o processo encontra-se formalizado e devidamente instruído com a


documentação exigível.

5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO:

5.1. – Localização e atividades desenvolvidas

O empreendimento industrial, ora em análise, denominado “Bela Ischia Ltda.” está situado
na área urbana do município de Astolfo Dutra-MG, nas seguintes coordenadas geográficas:
Latitude 21º 17’ 53,3” S e Longitude 42º 52’ 07,5” W, onde as suas atividades estão
pautadas na fabricação de sucos.

A empresa, conforme dados informados no PCA/RCA, conta, atualmente, como um total de


160 empregados, com regime de trabalho de 02 turnos de 10 horas diárias, em sistema de
rodízio.

A atividade principal é fabricação de sucos com a capacidade nominal instalada para 70.000
litros/dia. O empreendimento conta ainda com a produção de cereais (granola), com uma
produção média de 2.000 kg/dia.

A produção média atual, para os produtos produzidos na indústria são apresentados na


tabela 01 abaixo.

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Tabela 01 – Especificação dos produtos e quantidade mensal produzida

O empreendimento possui toda a infra-estrutura para as atividades, mostrada através de


documentação fotográfica anexadas ao processo e constatada pela vistoria realizada na
empresa, incluindo: escritório, galpão, e maquinários diversos para o processamento,
envase de suco e fabricação de cereais.

O empreendimento conta uma caldeira em operação instalada, com capacidade de


produção de 2.000kg de vapor/h e utilizam lenha como combustível, possuindo licença do
IEF para consumo de produtos e subprodutos da flora (lenha).

5.2. – Descrição do processo industrial

O processo industrial inicia-se com o recebimento da polpa de fruta congelada, estas


chegam em tambores de 200 litros adquirido de fornecedores, e em seguida armazenado
em câmaras frias dentro da empresa. Estas após descongeladas passam por tanques onde
são adicionados aditivos, são pasteurizadas, envasadas e armazenadas até a expedição.
Os tambores nos quais chegam a matéria-prima são lavados e retornam aos fornecedores,
sendo utilizados novamente.

A fabricação de polpas de frutas segue o mesmo processo, caracterizando-se como um


fracionamento da polpa.

A fabricação de granola inicia-se com a recepção das matérias-primas, pesagem, mistura,


aquecimento em forno a gás, resfriamento, empacotamento e armazenamento até a
expedição. Em todos os processo são retiradas amostras e encaminhadas para laboratório
para controle de qualidade.

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Os fluxogramas dos processos são apresentados abaixo:

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6. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL:

6.1. – Da utilização de água e energia elétrica

O abastecimento de água para o empreendimento é fornecida pela captação em dois poços


tubulares, cuja vazão outorgada total é de 190,5m 3/dia. O consumo médio mensal é da
ordem de 4.700 m3 /mês, os usos de água estão devidamente regularizados junto a
SUPRAM-ZM. A água explotada dos poços tubulares passam por um sistema de cloração
simples seguida de filtração, sendo bombeada para caixas de armazenamento e utilizadas
nos diversos processos da fábrica.

A energia consumida pelo empreendimento é fornecida pela Energisa S.A., contanto com
dois transformadores sendo um de 220 e outro de 380 volts, com capacidade instalada de
600 kVA e demanda contratada de 370 kW, utilizados na iluminação e movimentos dos
diversos maquinários.

6.2. – Aspectos gerais do entorno

O empreendimento está localizado no município de Astolfo Dutra, na sub-bacia do Rio


Pomba, da Bacia Federal do Rio Paraíba do Sul. Sendo este município considerado a área
de influência dos impactos do empreendimento.

O município de Astolfo Dutra, com uma população de 12.510 habitantes (IBGE 2007), possui
uma área de 159,2 km2, possuindo um clima ameno e úmido, com temperatura média anual
de 23,5 ºC, o relevo apresenta-se 20% plano, 35% ondulado e 45% montanhoso.

Os municípios limítrofes são Rodeiro, Ubá, Piraúba, Guarani, Descoberto, Dona Euzébia e
Itamarati de Minas.

As principais rodovias que dão acesso ao município são BR-116 e MG-285, Astolfo Dutra
encontra-se a 281 Kms de Belo Horizonte, 560 Kms de São Paulo, 250 Kms do Rio de
Janeiro e 1.020 Kms de Brasília.

6.3. – Efluentes líquidos

Os efluentes, gerados na empresa, são constituídos das águas residuárias do processo


industrial, dos esgotos sanitários e águas pluviais dos pátios da empresa.

Consta do PCA, o projeto hidráulico da repontencialização da ETE, para tratamento dos


efluentes industriais e sanitários, baseado no processo de lodos ativados no sistema de
batelada com aeração.

Após o tratamento na ETE, estes efluentes serão encaminhados, para um córrego que
passa nos fundos da fábrica. Os efluentes domésticos oriundos dos sanitários dos
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escritórios e outras dependências da empresa serão descartados em sistema séptico


dimensionado para o número de funcionários da empresa, as características do sistema de
tratamento dos efluentes sanitários e industriais serão discutidos com mais detalhes no item
8.3. deste parecer.

As águas pluviais são coletadas através de canaletas e canalizadas nos limites de seu
terreno e são encaminhas ao corpo receptor nos fundos do empreendimento.

6.4. – Resíduos sólidos

Os resíduos sólidos gerados no empreendimento são basicamente, papeis, plásticos e


papelão, lixo orgânico comum proveniente do refeitório e sucatas devendo a empresa
elaborar e executar um plano de gerenciamento destes resíduos.

6.5. – Ruídos e emissões atmosféricas

Os ruídos produzidos pelo maquinário do laticínio no interior dos galpões e nos arredores da
empresa este foram medidos durante uma campanha para elaboração do PPRA/PCMSO.
As emissões atmosféricas são oriundas de uma caldeira a lenha com capacidade produtiva
de 2.000 kg/h. Outra possível fonte de emissão atmosférica nociva provém da amônia
utilizada no processo de geração de frio, para conservação das polpas de frutas. A amônia
está localizada em tanques de armazenagem e são comprimidas por compressores e
circulam em circuito fechado, porém se faz necessários cuidados e alarmes contra
vazamentos além de ser necessária a construção de uma bacia de contenção onde se
encontram os tanques de armazenamento, o que será pedido nas condicionantes deste
parecer.

7. IMPACTOS IDENTIFICADOS:

O potencial poluidor da indústria concentra-se, principalmente, na geração de águas


residuárias nas operações de higienização das instalações fabris e dos resíduos sólidos
gerados no processo e esgotos sanitários gerados pelos 160 funcionários da empresa.

Constituem efluentes com alta concentração de matéria orgânica, sólidos e matérias


graxas, cujo aporte em corpo receptor acarretam vários efeitos nocivos, dentre eles a
exaustão de oxigênio dissolvido no meio. Gerados na unidade produtiva, em grandes
quantidades, juntamente como os esgotos domésticos, são atualmente descartados num
pequeno córrego nos fundos do empreendimento, córrego Serra da Prata.

Os resíduos sólidos são compostos por metais, plásticos, papel, papelão, vidros, lixo
domiciliar e embalagens pet e tetra-pak. As conseqüências ao meio ambiente advindas da
disposição inadequada desses resíduos são a contaminação dos solos, dos mananciais
hídricos proporcionando um impacto visual negativo e criação de condições propícias a
proliferação de vetores.
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Como impactos ambientais menos relevantes estão os ruídos dos maquinários


estacionários e compressores, bem como as emissões atmosféricas da caldeira a lenha.

8. MEDIDAS MITIGADORAS:

8.1 - Ruídos e Emissões Atmosféricas


Como medida mitigadora, referentes aos ruídos, sugerimos medições regulares durante a
vigência da licença no interior da empresa nos setores com maiores ruídos e em pontos
externos, pontos este já determinados na avaliação feita em 28/09/2009, a qual apresentou
níveis dentro da normalidade dos estabelecidos por lei. Recomenda-se ainda manter
arquivada na empresa uma planilha como os dados, visando posterior fiscalização.
As medições devem seguir as, normas estabelecidas pela Lei Estadual 10.100, de
17/01/1990, e da NBR 10151/90, devendo, doravante, ser inserido este monitoramento na
rotina normal da empresa, seguindo o cronograma e indicações do PPRA, exigindo-se o uso
de EPI’s pelos trabalhadores nas atividades ruidosas, incluindo, principalmente, o uso de
protetores auriculares.

Com relação às emissões atmosféricas, foi realizada campanha de medição das emissões
juntamente com a inspeção regular de segurança pela empresa, e considerando que o
empreendimento possui caldeira a lenha. O empreendedor, propõe, em seu PCA, o
monitoramento dessas emissões, dentro dos parâmetros definidos pela DN-COPAM 11/86.
Na campanha realizada em 22/09/2009, os níveis de emissões encontra-se a baixo do
permitido na lei,137 mg/Nm3, uma vez que a legislação impõe um limite de 200mg/Nm3.

Na área onde se localizam os tanques de amônia estão instalados sensores de vazamento


que emitem sinais quando este ocorrem, conforme relatado anteriormente e consta no
PCA bacia de contenção serão instaladas a fim de se evitar que possíveis vazamentos
atinjam outras áreas do empreendimento e principalmente o corpo hídrico.

8.2 – Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos deverão ser disponibilizadas, temporariamente, dentro da empresa


em áreas separadas e assim especificadas: destinada ao depósito de resíduos recicláveis;
e destinada ao depósito do lodo da ETE acondicionados em tambores plásticos e
devidamente identificados.
Os resíduos sólidos que possui valor para reciclagem são recolhidos pelo Sr. Ubaldino
Hilario Cordeiro o qual promove a separação e reciclagem dos resíduos como papel,
papelão, plástico, vidros e metais. Este possui declaração Nº 223094/2007 sendo
classificado como não passível de licenciamento para atividade de reciclagem (Depósito
de sucata metálica, papel, papelão, plásticos ou vidro para reciclagem).
O lodo da ETE após secagem é acondicionado em sacos e encaminhados para a
propriedade do Sr. Marcelino Tilli, proprietário da Indústria Bela Ischia, a qual tem atividade
de fruticultura, sendo utilizado como adubo orgânico.
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Será pedido nas condicionantes a construção ou determinação de um local para


disposição temporária dos resíduos sólidos bem como a implantação de um plano de
gerenciamento de resíduos, conforme Anexo II deste parecer.

8.3 – Efluentes líquidos


8.3.1 Introdução
Por se tratar da maior fonte de impactos negativos o tratamento dos efluentes líquidos
serão descritos com maior detalhe a seguir:
Diante das características intrínsecas dos despejos líquidos, foi proposto para tratamento
dos mesmos um processo primário de remoção de sólidos e gorduras, seguido de um
tratamento secundário através de um processo biológico, no qual ocorrerá estabilização de
matéria orgânica.
Encontra-se implantada na indústria uma estrutura de tratamento de efluentes composta por
um gradeamento/caixa de areia, tanque de equalização e reator biológico aerado, seguido
de um filtro de manta de poliéster. Essa estrutura não tem demonstrado robustez suficiente
para depuração das cargas orgânicas geradas, razão pela qual se propõe a adequação do
sistema.

8.3.2 Caracterização dos Efluentes Líquidos

Quantificação dos Despejos Líquidos

Conforme apresentado no Relatório de Controle Ambiental (RCA), as vazões diárias de


contribuição dos efluentes líquidos compõem-se da seguinte forma: 88,9% esgoto industrial
e 11,1% esgoto sanitário.

No quadro 01 são apresentados as vazões de contribuição máximas apresentadas nesta


indústria.
Quadro 01 – Vazões geradas no empreendimento.
Efluente Vazão (m3/h)
Média Máxima
Processamento 15,22 30,45
Industrial
Esgotamento Sanitário 1,40 2,80
Efluente Refeitório 0,50 1,00
TOTAL 17,12 34,25
(*) Turno diário de trabalho de 8 horas.

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Caracterização Qualitativa do Efluente

Com base nas informações contidas no laudo laboratorial realizado em 27/05/2009, o


efluente possui as seguintes características contidas no quadro 02.

Quadro 02 – Características do efluente bruto.


Ponto de amostragem: entrada da ETE (Efluente Bruto)
Parâmetro Unidade Limite* Resultado
Demanda Bioquímica de Oxigênio mgO2//L - 111,8
(DBO)
Demanda Química de Oxigênio mgO2//L - 1.944,0
(DQO)
pH in natura - - 4,24
Sólidos Sedimentáveis mL/L - 0,10
Sólidos Suspensos Totais mg/L - 150,0
Surfactantes Aniônicos mg/L 3,58
Óleos e Graxas mg/L - 35,4
(*) Limite estabelecido pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH nº 01/08.

Quadro 03 – Características do efluente tratado.


Ponto de amostragem: saída da ETE (Efluente Tratado)
Parâmetro Unidade Limite* Resultado
Demanda Bioquímica de Oxigênio mgO2//L 60mg/L ou 75% de 78,0
(QBO) remoção
Demanda Química de Oxigênio mgO2//L 180mg/L ou 70% de 263,0
(DQO) remoção
pH in natura - 6,0 a 9,0 7,35
Sólidos Sedimentáveis mL/L 1,0 <0,10
Sólidos Suspensos Totais mg/L 150,0 59,3
Surfactantes Aniônicos mg/L 2,0 3,72
Óleos e Graxas mg/L 50,0 9,8
(*) Limite estabelecido pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH nº 01/08.

Diante dos resultados apresentados, nota-se que a Estação de Tratamento implantada vem
operando com baixa eficiência na remoção das cargas orgânicas presentes nos efluentes
gerados pela atividade industrial. Por este motivo é proposto a implantação de um novo
sistema de tratamento para os efluentes líquidos gerados neste empreendimento.

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8.3.3 Controle/Tratamento dos Despejos Líquidos

Atualmente a ETE implantada é composta por um gradeamento/caixa de areia, tanque de


equalização e reator biológico aerado, seguido de um filtro de manta de poliéster. A figura
01 ilustra o fluxograma da ETE atualmente implantada e em funcionamento neste
empreendimento.

Figura 01 – Sistema de tratamento de esgoto implantado.

Devido à baixa eficiência de remoção de carga orgânica apresentada pelo presente


sistema, propõe-se o tratamento em conjunto dos despejos sanitários e despejos
industriais, após ambos serem pré-tratados separadamente.
Para o pré-tratamento dos despejos sanitários está previsto um processo biológico,
utilizando tanque séptico, sendo em seguida encaminhado aos tanques de equalização.
Ressalta-se que os efluentes do refeitório serão pré-tratados em uma caixa de gordura.
O tratamento dos despejos industriais será composto basicamente por três subsistemas.
Um tratamento preliminar, para separação de sólidos grosseiros carreados nos despejos.
Em seguida, um tratamento primário, realizando a equalização e neutralização dos
efluentes. E finalmente, um tratamento secundário, onde ocorrerá a estabilização da
matéria orgânica através de processo biológico, proposto como última etapa de controle.
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Tratamento Preliminar

No local onde se encontra instalado o tanque de estabilização, se propõe implantar uma


peneira estática, onde serão removidos os sólidos grosseiros.
O dispositivo a ser implantado terá as seguintes características:
- malha de 0,5 mm;
- marca Prominas (ou similar);
- modelo PE-40;
- dimensões 915mm x 1263mm.

Tratamento Primário

Os efluentes oriundos do refeitório sofrerão um pré-tratamento em uma caixa de gordura


com volume de 340L, sendo posteriormente direcionada ao tanque séptico para tratamento
conjunto com o esgotamento sanitário. Este tanque séptico terá um volume igual a 12.760L,
e as seguintes dimensões: comprimento de 3,60m, largura de 1,45m e altura igual a 2,50m.
A fossa séptica deve observar as seguintes distâncias horizontais mínimas:

- 1,5m de construção, limites de terreno, sumidouro e ramal predial de água;


- 3,0m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água;
- 15,0m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza.

Após o tratamento preliminar (peneira estática), os despejos industriais serão


encaminhados ao tratamento primário, passando por um tanque equalizador (com volume
útil de 107,64 m3, diâmetro útil de 5,40m, profundidade útil igual a 4,70m e borda livre de
0,50m) para eliminação das flutuações de vazão e para homogeneização dos despejos.
A estrutura do atual reator aerado será aproveitada para um novo tanque estabilizador,
onde ocorrerá ainda a correção do pH do efluente através da adição de produtos químicos,
esta ação será realizada automaticamente através de uma bomba dosadora comandada
por uma unidade de leitura e controle de pH.
O sistema elevatório será constituído por duas bombas (sendo uma reserva) com igual
capacidade e condições necessárias para bombear o efluente líquido, sendo previsto o
funcionamento de 10 horas.

Tratamento Secundário

O tratamento biológico será responsável pela etapa final de controle, estabilizando a


matéria orgânica. Para tal é previsto a implantação de um sistema de lodos ativados tipo
“batelada”, através de um processo aeróbio composto por 02 (dois) tanques de aeração.
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O princípio do processo de lodos ativados com operação intermitente consiste na


incorporação de todas as unidades, processos e operações, normalmente associados ao
tratamento convencional de lodos ativados, em um único tanque. Utilizando um tanque
único, esses processo e operações passam a ser simplesmente seqüências no tempo, e
não unidades separadas como ocorre nos processos convencionais de fluxo contínuo.
O processo consiste de um reator de mistura completa onde acontecem todas as etapas do
tratamento. Isto é conseguido através do estabelecimento de ciclos de operação com
durações definidas. A massa biológica permanece no reator durante todos os ciclos,
eliminando, dessa forma, a necessidade de decantadores em separado. Os ciclos normais
de tratamento são:
- enchimento (entrada de esgoto no reator, após tratamento preliminar/primário);
- aeração (aeração/mistura da massa líquida contida no reator);
- sedimentação (sedimentação e separação dos sólidos em suspensão do esgoto tratado);
- esvaziamento (retirada do esgoto tratado do reator);
- repouso (ajuste de ciclos e remoção do lodo excedente).

Nos quadros 04 e 05 são apresentados os ciclos no sistema em batelada e as


características de cada reator, respectivamente.

Quadro 04 – Ciclos no sistema em batelada.


Etapa Duração
(horas)
Enchimento* 10
Reação aeróbia 30
Sedimentação 4
Esvaziamento 4
Total 48
(*) na etapa de enchimento, deve-se proceder ao funcionamento do sistema de aeração, visando uma melhor
homogeneização da mistura.

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Quadro 05 – Características de cada reator.


Características Unidade Dimensões
Vazão m3/dia 137,00
3
Volume total do reator m 733,50
3
Volume útil do reator m 597,00
3
Remoção de lodo m /dia 1,80
excedente
Dimensões (meia m 12,0 x 12,0
profundidade)
Altura útil do reator m 4,00
Hench m 1,00
Profundidades Htrans m 0,20
Hlodo m 2,80
Borda livre m 0,50

Após passagem pelo sistema de tratamento proposto, os despejos líquidos deverão possuir
características apropriadas para lançamento em corpo receptor, conforme DN Conjunta
COPAM/CERH-MG nº 01/2008.

Medição da Vazão

Serão instalados vertedores triangulares para realizar a medição da vazão dos despejos
industriais. Estes serão instalados na entrada do sistema de tratamento, para medir a vazão
afluente à estação e, o outro será instalado após o tratamento biológico secundário e será
responsável pela medição da vazão total de lançamento dos despejos líquidos industriais
da empresa.

Eficiências Propostas

Visando uma margem de segurança para as estruturas que irão compor a ETE, o
dimensionamento bem como a estimativa das eficiências propostas serão fundamentadas
na DQO. Dessa maneira a ETE possuirá estruturas mais robustas, com capacidade de
assimilar as cargas poluentes adicionais oriundas do processamento industrial do
empreendimento em questão, com tempos de detenção elevados, proporcionando a
degradação e depuração dos efluentes industriais.

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Com a implantação do novo sistema de tratamento de efluentes, espera-se uma eficiência


global próxima de 91%.
Esquema do Sistema de Tratamento

A figura 02 apresenta um esquema do novo sistema de tratamento de efluentes a ser


implantado neste empreendimento.

Figura 02 – Sistema de tratamento de efluentes a ser implantado.

8.3.4 Monitoramento do Sistema

Os parâmetros pH, temperatura, sólidos em suspensão, sólidos sedimentáveis, DBO 5, DQO


e óleos e graxas deverão ser analisados quinzenalmente, nos primeiros 06 (seis) meses
após a instalação/operação do sistema.

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As amostragens serão realizadas em pontos específicos, a saber:


- no ponto de coleta do efluente bruto;
- após o tratamento secundário.

A partir de seis meses, as análises serão realizadas, mensalmente, com coleta do efluente
bruto e efluente tratado, verificando desta forma o atendimento às restrições impostas pela
DN Conjunta COPAM/CERH-MG nº 01/2008.

8.3.5 Justificativa para o Sistema de Tratamento Adotado

Como as substâncias poluentes presentes nos despejos são constituídos em grande parte
por matéria biodegradável, optou-se pela utilização do sistema de aeração prolongada
(lodos ativados tipo “batelada”) pela simplicidade operacional do sistema e pela
confiabilidade de um processo natural, considerando ainda, o baixo custo de implantação,
comparado a outros métodos de tratamento, pois não requer equipamentos sofisticados ou
capacitação especial dos operadores.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A Indústria “Bela Ischia Ind. Com. de Polpa e Fruta Congelada Ltda.”, ora em processo
de licenciamento, tem como atividades fabricação de suco e cereais, onde os principais
impactos negativos relevantes, decorrentes da operação do empreendimento, consistem na
geração de efluentes líquidos industriais e na geração de resíduos sólidos tais como papeis,
Papelões, plástico e lodo seco da ETE.

Como impactos ambientais de menor relevância estão incluídos os ruídos dos maquinários
e motores estacionários, bem como as emissões atmosféricas geradas pela caldeira a
lenha.

Por outro lado, o empreendimento por estar localizado em meio urbano num galpão fechado,
em local pouco povoado, os impactos são bastante minimizados, as medidas mitigadoras,
propostas pelo empreendedor, e constantes dos estudos ambientais, foram consideradas
satisfatórias pela equipe técnica, onde aquelas não contempladas foram incluídas como
condicionantes, e acrescidas do cumprimento das demais condicionantes, serão suficientes
para mitigar os impactos detectados, não evidenciando nenhum fator de restrição ao
empreendimento.

10. CONCLUSÃO:

Face ao exposto e não tendo objeções legais, recomenda-se à Unidade Regional Colegiada
da Zona da Mata que seja concedida a Licença de Operação Corretiva para a Indústria
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“Bela Ischia Indústria Comércio de Polpa e Fruta Congelada Ltda .”, desde que
respeitadas as condicionantes constantes do Anexo I.

Cabe esclarecer que a SUPRAM-ZM não possui responsabilidade técnica sobre os projetos
de sistemas de controle ambiental liberados para implantação, sendo a execução, operação
e comprovação de eficiência desses de inteira responsabilidade da própria empresa e seu
projetista.

É oportuno ressaltar que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a
obtenção, pelo requerente, de certidões, alvarás ou licenças de qualquer natureza, exigidos
pela legislação federal, estadual ou municipal, devendo sobredita observação constar no
Certificado de Licenciamento.
Opina-se que as observações acima constem do Certificado de Licenciamento Ambiental,
em caso de seu regular deferimento pela Unidade Regional Colegiada.

10.1. – Parecer Conclusivo

Favorável: ( X ) Sim ( ) Não

11. VALIDADE DA LICENÇA:


06 (seis) anos contados a partir da concessão da Licença.

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12. LOCAL / DATA / EQUIPE:

Ubá, 10/12/2009.

. Gestor:

________________________________________
Breno Augusto Campolina Barbosa
Zootecnista
(MASP 1197866-5)
. Equipe Interdisciplinar:
Técnica:

________________________________________
Toniel Domiciano Arrighi Senra
Engenheiro Ambiental
(MASP – 1228446-9)

Jurídica:

________________________________________
Marcus Vinícius Maciel Chehuen
Advogado
(MASP – 1215992-7)

Ciente:

Chefe no Núcleo Jurídico Regional

__________________________________________
Leonardo Sorbliny Schuchter
(MASP – 1150545-0)

Diretor Técnico

________________________________________
Gláucio Cristiano C. B. Nogueira
(MASP – 1197093-6)

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ANEXO I

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Indexado ao(s) Processo(s) Nº: 00216/1999/004/2009

Tipo de processo:

Licenciamento Ambiental ( X ) Auto de Infração ( ) Revalidação de Licença ( )

Empreendimento (Razão Social) /Empreendedor (nome completo): CNPJ / CPF:


Bela Ischia Ind Com de Polpa e Fruta Congelada Ltda 01.130.631/0001-98
Empreendimento (Nome Fantasia):
Bela IschiaLtda.
Município: Astolfo Dutra-MG
Atividade predominante: Fabricação de Suco
Código da DN e Parâmetro
D.02.05.4- Fabricação de Suco - 70.000 L/dia
Porte do Empreendimento Potencial Poluidor

Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( ) Pequeno ( ) Médio ( X ) Grande ( )

Classe do Empreendimento
Classe –3

Fase do Empreendimento
Licença de Operação Corretiva – (LOC)

Localizado em UC (Unidades de Conservação)?


( X ) Não (___) Sim

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CONDICIONANTES
Itens Descrição das Condicionantes Prazo
01 Comprovação destino final dos resíduos sólidos não orgânicos, seguindo o Durante Vigência
relatório de resíduos sólidos (Anexo 2). Com nome, endereço, de todas as da licença
empresas receptadoras dos materiais recicláveis gerados no empreendimento,
bem como a comprovação da regularização ambiental dessas empresas

02 Alterações significativas no número de funcionários, e/ou ampliação ou Durante a vigência


modificação do empreendimento deverá ser comunicado, antes de sua da Licença
execução, à SUPRAM-ZM, para os devidos ajustes e regularização ambiental.

03 Implantar o projeto para repotencialização da ETE para tratamento dos fluentes 180 dias
industriais e sanitários, que atendam aos parâmetros da legislação. Conforme
descrito no PCA.

04 Construir uma bacia de contenção sob o tanque de armazenamento de amônia, 120 dias
visando um controle de eventuais vazamentos.

05 Efetuar o monitoramento do sistema de tratamento de efluentes líquidos do Durante a vigência


empreendimento, em dois pontos, na entrada e saída da ETE, de acordo como da Licença
os parâmetros e prazos estabelecidos no ANEXO II, mantendo as planilhas de
resultados arquivados na empresa para posteriores fiscalizações.

06 Renovação do Certificado de Registro junto ao IEF como consumidor de Anual


produtos e subprodutos da flora, lenha, cavacos e resíduos

07 Construção ou definição de local para separação e armazenamento de resíduos


sólidos provenientes do processo produtivo como: papel, papelão, plástico, 120 dias
embalagens etc... Devendo ser coberto com piso impermeável, com
identificação.
08 Proceder à renovação da regularização dos usos de recursos hídricos, antes de Durante a vigência
seu vencimento, nos termos da Portaria IGAM n° 15/2007. da Licença

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ANEXO II

Bela Ischia Ltda


PROCESSO SUPRAM-ZM Nº00216/199/004/2009
PROGRAMA DE AUTOMONITORAMENTO

1. Resíduos sólidos:

Deverá ser mantido na empresa o resumo das informações mensais de controle da geração
e disposição dos resíduos sólidos: Papeis, papelão, lodo da ETE, contendo, no mínimo, os
dados do modelo abaixo, com identificação, registro profissional e assinatura do responsável
técnico pelas informações:

- Modelo da planilha de controle de resíduos -

Resíduo Taxa de Transportador Empresa receptora Forma de disposição


geração no (nome,endereç (nome, endereço), final
Denominação Origem período o, telefone) telefone) (*)

(*) 1- Reutilização 2 – Reciclagem 3 - Aterro sanitário


4 - Aterro industrial 5 – Incineração 6 - Co-processamento
7 - Aplicação no solo 8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada)
9 – Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá


comunicar previamente a SUPRAM-ZM, para verificação da necessidade de licenciamento
específico.
As notas fiscais de vendas e/ou movimentação de resíduos deverão ser mantidas
disponíveis pelo empreendedor para fins de fiscalização.
As doações de resíduos deverão possuir anuência prévia do órgão ambiental.

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2. Efuentes Industriais:

Os efluentes industriais, após passarem pela ETE, será conduzido ao curso d´água e o
monitoramento destes efluentes deverá ser efetuado, semestralmente, na entrada e saída
da ETE.

Local de amostragem Parâmetro Freqüência

Entrada e saída da ETE. DBO, DQO, detergentes, óleos e graxas, Quinzenal nos seis
dissolvido, pH, sólidos dissolvidos totais, primeiros meses e
temperatura. mensal posteriormente

Montante e a Jusante do DBO, DQO, oxigênio dissolvido Semestral


ponto de lançamento do
Corpo D’água receptor.

3 - Efluentes Atmosféricos:

Local de amostragem Parâmetro Freqüência


Chaminé da Caldeira Particulado (Caldeira á lenha) Semestral

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