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1. IDENTIFICAÇÃO:
Empreendimento (Razão Social) /Empreendedor (nome completo): CNPJ / CPF:
Bela Ischia Ind Com de Polpa de Fruta Congeladas Ltda 01.130.631/0001-98
Empreendimento (Nome Fantasia):
Bela Ischia Ltda
Município: Astolfo Dutra
Atividade predominante: Fabricação de Sucos
Código da DN e Parâmetro
D.02.05.4- Fabricação de Sucos - 70.000 L/dia
Porte do Empreendimento Potencial Poluidor
Classe do Empreendimento
Classe –3
Fase do Empreendimento
Licença de Operação Corretiva – (LOC)
2. HISTÓRICO:
Inspeção/Vistoria/fiscalização Relatório de Inspeção/Vistoria/Fiscalização Data:
A indústria de sucos “Bela Ischia Indústria Comércio de Polpa e Fruta Congelada Ltda.”,
em 10 de junho de 2009, protocolou o requerimento de Licença de Operação Corretiva,
através do Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento – FCEI, e em 26 de
junho de 2009 foi emitido o Formulário de Orientações Básicas (FOB), informando os
documentos necessários ao processo de licenciamento.
3. INTRODUÇÃO:
A análise técnica expressa no presente parecer foi baseada não somente nos estudos
ambientais apresentados à SUPRAM-ZM, mas também nas informações obtidas em vistoria
técnica realizada no empreendimento.
Com estas providências, no cumprimento das leis ambientais, o empreendedor deseja obter
a Licença de Operação em caráter corretivo, para o seu empreendimento, cuja atividade
principal é a fabricação de sucos.
4. CONTROLE PROCESSUAL:
O empreendimento denominado BELA ISCHIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE POLPAS E
FRUTAS CONGELADAS LTDA., requereu, validamente, através de seu sócio-proprietário,
(contrato social às fls. 010/12), o Sr. Marcelino Tilli, a presente LOC (Licença de Operação
Corretiva).
Por sua vez, de acordo com as informações prestadas no (FCEI) Formulário Integrado de
Caracterização do Empreendimento de fls. 001/002/003, há no empreendimento usos de
recursos hídricos, os quais se encontram devidamente regularizados (Portarias n°
2737/2009 e 320/2005.
Não foi informada nem constatada in loco qualquer supressão de vegetação ou intervenção
em área de preservação permanente. Verificou-se que o empreendimento está localizado
em zona urbana, estando, portanto, desobrigado de proceder à averbação da reserva legal.
No que se refere à atividade referente ao licenciamento em si, eis que toda a documentação
compreendida no presente encontra-se em conformidade com o exigido para o seu
requerimento. De fato, é o que se constata pela análise entre as peças listadas no FOBI de
n.º 304765/2009 e as que aqui foram instruídas.
Vale lembrar, que quando de um eventual pedido de renovação de Licença, que o seu
requerimento deverá ser protocolizado com toda a documentação necessária em até 90
(noventa) dias antes do seu vencimento de acordo com a legislação vigente.
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Por derradeiro, ressalte-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui
a obtenção, pelo Requerente, de certidões, alvarás ou licenças, de qualquer natureza,
exigidos pela legislação federal, estadual ou municipal, devendo sobredita observação
constar no Certificado de Licenciamento.
5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO:
O empreendimento industrial, ora em análise, denominado “Bela Ischia Ltda.” está situado
na área urbana do município de Astolfo Dutra-MG, nas seguintes coordenadas geográficas:
Latitude 21º 17’ 53,3” S e Longitude 42º 52’ 07,5” W, onde as suas atividades estão
pautadas na fabricação de sucos.
A atividade principal é fabricação de sucos com a capacidade nominal instalada para 70.000
litros/dia. O empreendimento conta ainda com a produção de cereais (granola), com uma
produção média de 2.000 kg/dia.
6. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL:
A energia consumida pelo empreendimento é fornecida pela Energisa S.A., contanto com
dois transformadores sendo um de 220 e outro de 380 volts, com capacidade instalada de
600 kVA e demanda contratada de 370 kW, utilizados na iluminação e movimentos dos
diversos maquinários.
O município de Astolfo Dutra, com uma população de 12.510 habitantes (IBGE 2007), possui
uma área de 159,2 km2, possuindo um clima ameno e úmido, com temperatura média anual
de 23,5 ºC, o relevo apresenta-se 20% plano, 35% ondulado e 45% montanhoso.
Os municípios limítrofes são Rodeiro, Ubá, Piraúba, Guarani, Descoberto, Dona Euzébia e
Itamarati de Minas.
As principais rodovias que dão acesso ao município são BR-116 e MG-285, Astolfo Dutra
encontra-se a 281 Kms de Belo Horizonte, 560 Kms de São Paulo, 250 Kms do Rio de
Janeiro e 1.020 Kms de Brasília.
Após o tratamento na ETE, estes efluentes serão encaminhados, para um córrego que
passa nos fundos da fábrica. Os efluentes domésticos oriundos dos sanitários dos
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As águas pluviais são coletadas através de canaletas e canalizadas nos limites de seu
terreno e são encaminhas ao corpo receptor nos fundos do empreendimento.
Os ruídos produzidos pelo maquinário do laticínio no interior dos galpões e nos arredores da
empresa este foram medidos durante uma campanha para elaboração do PPRA/PCMSO.
As emissões atmosféricas são oriundas de uma caldeira a lenha com capacidade produtiva
de 2.000 kg/h. Outra possível fonte de emissão atmosférica nociva provém da amônia
utilizada no processo de geração de frio, para conservação das polpas de frutas. A amônia
está localizada em tanques de armazenagem e são comprimidas por compressores e
circulam em circuito fechado, porém se faz necessários cuidados e alarmes contra
vazamentos além de ser necessária a construção de uma bacia de contenção onde se
encontram os tanques de armazenamento, o que será pedido nas condicionantes deste
parecer.
7. IMPACTOS IDENTIFICADOS:
Os resíduos sólidos são compostos por metais, plásticos, papel, papelão, vidros, lixo
domiciliar e embalagens pet e tetra-pak. As conseqüências ao meio ambiente advindas da
disposição inadequada desses resíduos são a contaminação dos solos, dos mananciais
hídricos proporcionando um impacto visual negativo e criação de condições propícias a
proliferação de vetores.
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8. MEDIDAS MITIGADORAS:
Com relação às emissões atmosféricas, foi realizada campanha de medição das emissões
juntamente com a inspeção regular de segurança pela empresa, e considerando que o
empreendimento possui caldeira a lenha. O empreendedor, propõe, em seu PCA, o
monitoramento dessas emissões, dentro dos parâmetros definidos pela DN-COPAM 11/86.
Na campanha realizada em 22/09/2009, os níveis de emissões encontra-se a baixo do
permitido na lei,137 mg/Nm3, uma vez que a legislação impõe um limite de 200mg/Nm3.
Diante dos resultados apresentados, nota-se que a Estação de Tratamento implantada vem
operando com baixa eficiência na remoção das cargas orgânicas presentes nos efluentes
gerados pela atividade industrial. Por este motivo é proposto a implantação de um novo
sistema de tratamento para os efluentes líquidos gerados neste empreendimento.
Tratamento Preliminar
Tratamento Primário
Tratamento Secundário
Após passagem pelo sistema de tratamento proposto, os despejos líquidos deverão possuir
características apropriadas para lançamento em corpo receptor, conforme DN Conjunta
COPAM/CERH-MG nº 01/2008.
Medição da Vazão
Serão instalados vertedores triangulares para realizar a medição da vazão dos despejos
industriais. Estes serão instalados na entrada do sistema de tratamento, para medir a vazão
afluente à estação e, o outro será instalado após o tratamento biológico secundário e será
responsável pela medição da vazão total de lançamento dos despejos líquidos industriais
da empresa.
Eficiências Propostas
Visando uma margem de segurança para as estruturas que irão compor a ETE, o
dimensionamento bem como a estimativa das eficiências propostas serão fundamentadas
na DQO. Dessa maneira a ETE possuirá estruturas mais robustas, com capacidade de
assimilar as cargas poluentes adicionais oriundas do processamento industrial do
empreendimento em questão, com tempos de detenção elevados, proporcionando a
degradação e depuração dos efluentes industriais.
A partir de seis meses, as análises serão realizadas, mensalmente, com coleta do efluente
bruto e efluente tratado, verificando desta forma o atendimento às restrições impostas pela
DN Conjunta COPAM/CERH-MG nº 01/2008.
Como as substâncias poluentes presentes nos despejos são constituídos em grande parte
por matéria biodegradável, optou-se pela utilização do sistema de aeração prolongada
(lodos ativados tipo “batelada”) pela simplicidade operacional do sistema e pela
confiabilidade de um processo natural, considerando ainda, o baixo custo de implantação,
comparado a outros métodos de tratamento, pois não requer equipamentos sofisticados ou
capacitação especial dos operadores.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A Indústria “Bela Ischia Ind. Com. de Polpa e Fruta Congelada Ltda.”, ora em processo
de licenciamento, tem como atividades fabricação de suco e cereais, onde os principais
impactos negativos relevantes, decorrentes da operação do empreendimento, consistem na
geração de efluentes líquidos industriais e na geração de resíduos sólidos tais como papeis,
Papelões, plástico e lodo seco da ETE.
Como impactos ambientais de menor relevância estão incluídos os ruídos dos maquinários
e motores estacionários, bem como as emissões atmosféricas geradas pela caldeira a
lenha.
Por outro lado, o empreendimento por estar localizado em meio urbano num galpão fechado,
em local pouco povoado, os impactos são bastante minimizados, as medidas mitigadoras,
propostas pelo empreendedor, e constantes dos estudos ambientais, foram consideradas
satisfatórias pela equipe técnica, onde aquelas não contempladas foram incluídas como
condicionantes, e acrescidas do cumprimento das demais condicionantes, serão suficientes
para mitigar os impactos detectados, não evidenciando nenhum fator de restrição ao
empreendimento.
10. CONCLUSÃO:
Face ao exposto e não tendo objeções legais, recomenda-se à Unidade Regional Colegiada
da Zona da Mata que seja concedida a Licença de Operação Corretiva para a Indústria
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“Bela Ischia Indústria Comércio de Polpa e Fruta Congelada Ltda .”, desde que
respeitadas as condicionantes constantes do Anexo I.
Cabe esclarecer que a SUPRAM-ZM não possui responsabilidade técnica sobre os projetos
de sistemas de controle ambiental liberados para implantação, sendo a execução, operação
e comprovação de eficiência desses de inteira responsabilidade da própria empresa e seu
projetista.
É oportuno ressaltar que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a
obtenção, pelo requerente, de certidões, alvarás ou licenças de qualquer natureza, exigidos
pela legislação federal, estadual ou municipal, devendo sobredita observação constar no
Certificado de Licenciamento.
Opina-se que as observações acima constem do Certificado de Licenciamento Ambiental,
em caso de seu regular deferimento pela Unidade Regional Colegiada.
Ubá, 10/12/2009.
. Gestor:
________________________________________
Breno Augusto Campolina Barbosa
Zootecnista
(MASP 1197866-5)
. Equipe Interdisciplinar:
Técnica:
________________________________________
Toniel Domiciano Arrighi Senra
Engenheiro Ambiental
(MASP – 1228446-9)
Jurídica:
________________________________________
Marcus Vinícius Maciel Chehuen
Advogado
(MASP – 1215992-7)
Ciente:
__________________________________________
Leonardo Sorbliny Schuchter
(MASP – 1150545-0)
Diretor Técnico
________________________________________
Gláucio Cristiano C. B. Nogueira
(MASP – 1197093-6)
ANEXO I
Tipo de processo:
Classe do Empreendimento
Classe –3
Fase do Empreendimento
Licença de Operação Corretiva – (LOC)
CONDICIONANTES
Itens Descrição das Condicionantes Prazo
01 Comprovação destino final dos resíduos sólidos não orgânicos, seguindo o Durante Vigência
relatório de resíduos sólidos (Anexo 2). Com nome, endereço, de todas as da licença
empresas receptadoras dos materiais recicláveis gerados no empreendimento,
bem como a comprovação da regularização ambiental dessas empresas
03 Implantar o projeto para repotencialização da ETE para tratamento dos fluentes 180 dias
industriais e sanitários, que atendam aos parâmetros da legislação. Conforme
descrito no PCA.
04 Construir uma bacia de contenção sob o tanque de armazenamento de amônia, 120 dias
visando um controle de eventuais vazamentos.
ANEXO II
1. Resíduos sólidos:
Deverá ser mantido na empresa o resumo das informações mensais de controle da geração
e disposição dos resíduos sólidos: Papeis, papelão, lodo da ETE, contendo, no mínimo, os
dados do modelo abaixo, com identificação, registro profissional e assinatura do responsável
técnico pelas informações:
2. Efuentes Industriais:
Os efluentes industriais, após passarem pela ETE, será conduzido ao curso d´água e o
monitoramento destes efluentes deverá ser efetuado, semestralmente, na entrada e saída
da ETE.
Entrada e saída da ETE. DBO, DQO, detergentes, óleos e graxas, Quinzenal nos seis
dissolvido, pH, sólidos dissolvidos totais, primeiros meses e
temperatura. mensal posteriormente
3 - Efluentes Atmosféricos: