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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

COORDENAÇÃO DE EDIFICAÇÕES

TECNOLÓGIA DAS CONSTRUÇÕES III

JONATHAN JÚNIO DE SOUZA OLIVEIRA

PAVIMENTAÇÃO

Belo Horizonte

Setembro de 2015
1. Introdução
O pavimento pode ser definido como sendo uma estrutura de múltiplas
camadas construída sobre a terraplenagem e destinada, técnica e
economicamente, a resistir aos esforços oriundos do tráfego e a melhorar as
condições de rolamento.

Tal estrutura está submetida a um grande número de variáveis, como o


material empregado na sua execução, carga a qual ela estará submetida, a
intensidade do tráfego, o clima do local e a presença de nível d’água (NA).
Essas variáveis são determinantes para determinar os períodos de
manutenção, visto que influenciam na sensibilidade às intempéries, assim
como na degradação da sua superfície.

O seguinte trabalho abordara, mais especificamente, a fabricação,


utilização, execução, aspectos positivos e negativos da pavimentação por pisos
intertravados, concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) e calçada
portuguesa, além de um estudo de caso de tais pavimentações empregadas
nas dependências do CEFET-MG.

2. Piso intertravado

A pavimentação de calçadas com blocos de concreto é rápida de


executar, possui vida útil longa, baixa manutenção e alta capacidade de
drenagem. Nesse sistema, blocos modulares pré-moldados em concreto,
com diversas formas e cores, são justapostos sobre uma camada de areia e
se mantêm fixos por conta do atrito da área lateral das peças em relação às
outras e em relação às peças e a camada de areia.

Classificado como um tipo de pavimento semirrígido, o pavimento


intertravado com blocos pré-moldados de concreto permite a execução de
reparos sem deixar marcas. Trata-se de uma excelente alternativa, tanto do
ponto de vista técnico quanto econômico, além de ser uma opção
intermediária entre os pavimentos rígidos e flexíveis.

Os pisos intertravados podem ser aplicados na pavimentação de ruas,


praças, avenidas e calçadas.

1) C o n t e n ç ã o l
guias
de
concreto que servem para confinar o piso intertravado e funcionam como
marcadores de cotas de níveis e alinhamentos.
2) Rejunte - O rejuntamento é feito com areia ou pó de pedra peneirada
para garantir, após a compactação final, o intertravamento correto das
peças.
3) Blocos - As peças pré-moldadas se comportam como uma camada
flexível e única por causa do intertravamento.
4) Intertravamento - Com o travamento, a transferência de carga entre os
blocos distribui a pressão sobre o subleito e a base, reduzindo o risco de
deformações.
5) Assentamento - A camada de areia de assentamento – ou pé de pedra
– deve ser regular para servir como base para o assentamento das
peças. Ela funciona como barreira para evitar propagação de possíveis
fissuras da base, além de preencher as partes mais baixas das juntas.
6) Base - Pode ter material granular, sem aderência, ou receber cimento
para melhorar sua capacidade de carga. A espessura mínima é de 10
cm e é necessário prever inclinação de no mínimo 2% para drenagem
de águas pluviais.
7) Sub-base - É a primeira camada do pavimento e, dependendo do caso,
pode não ser necessária. É comumente feita de material granular, solo
escolhido, solo brita ou solo tratado – como o melhorado com cimento. A
compactação correta da base e da sub-base – que absorvem as cargas
– é primordial para o bom desempenho do pavimento.
8) Subleito - Camada mais profunda, pode ser composta pelo solo original
– se tiver resistência adequada – ou oriunda de outro local. Não pode
ser um solo expansivo, ou seja, que inche na presença de água, e deve
estar livre de plantas e raízes. Devidamente compactado, tem que ficar
1,5 m acima do lençol freático, com caimento mínimo de 2%.
9) Conservação - Esses blocos podem ser retirados e recolocados, o que
permite reparos em tubulações e de eventuais recalques do subleito.
10) Drenagem - O desempenho da drenagem depende da inclinação
longitudinal e dos caimentos transversais. Para calçada, o caimento
transversal recomendado é de 2%, com caimento transversal máximo de
4%.
2.1 Execução

– Nivelamento e compactação do subleito (terreno).

– Instalação das contenções laterais, nivelamento e compactação da base.

– Espalhamento e nivelamento (sarrafeamento) da areia de assentamento.

– Colocação das peças de concreto, alinhamento, cortes e ajustes.

– Compactação inicial, revisão, ajustes, espalhamento de areia,


rejuntamento e compactação final.

– Limpeza e liberação ao tráfego.

3. CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente)

O pavimento asfáltico é composto basicamente por cinco camadas: reforço do


subleito, sub-base, base, camada de regularização e revestimento. A espessura de
cada camada é definida com base no volume diário médio de veículos, tipo de solo
existente, vida útil do projeto, tipos de veículos que irão circular e custo do
investimento. Esse tipo de pavimentação é comumente empregado em rodovias de
longa vida útil, por exemplo.
Independentemente de sua composição, o concreto asfáltico é produzido em
usinas misturadoras e transferido para uma máquina vibroacabadora (VDA), que
distribui a massa na espessura determinada no local da obra. Onde o acesso da
VDA é difícil, o trabalho pode ser realizado manualmente.

3.1 Execução

O asfalto é aplicado após a execução da


base e sub-base. Esse piso deve estar regular,
compactado e isento de partículas soltas para
suportar a carga dimensionada. O serviço não
pode ser realizado com chuva ou temperatura
local abaixo de 10ºC.

4. Calçada Portuguesa

Em Belo Horizonte muitas são as obras de revitalização de calçadas


utilizando Pedra Portuguesa. Estas são pedras trabalhadas a mão, desde a
fabricação até a confecção dos mosaicos, comumente vistos nas pequenas
cidades e grandes centros urbanos. A mais famosa aplicação de Pedra
Portuguesa, no Brasil, encontra-se na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro,
no padrão mar largo.

4.1 Execução

• Verificar padrão das pedras, para garantir dimensões uniformes com


aproximadamente 3x3cm, e altura entre 4,0 e 6,0cm;
• O terreno deverá ser nivelado e apiloado (compactado), removendo tocos e
raízes;
• Assentar as pedras sobre “farofa” (argamassa seca) de traço 1:3 (1 parte de
cimento e 3 partes de areia úmida), com espessura de 8,0 a 10,0cm;
• As pedras devem ficar travadas umas contra as outras, com o menor vão
possível entre elas;
• Após o assentamento, deverá ser espalhada e varrida sobre o masaico, outra
“farofa” de traço 1:2 (1 parte de cimento e 2 partes de areia), preenchendo
todos os vãos entre as pedras;
• Apiloar as pedras com soquete leve de tábua larga, para nivelar o piso;
• Regar a superfície com pouca água, utilizando vassoura, sem remover a
argamassa do rejunte;
• No dia seguinte, jogar água abundantemente;
• Manter o piso úmido por 5 dias, evitando o trânsito sobre a calçada;
• Caso haja necessidade de remover manchas ou crostas de argamassa sobre
as pedras, o piso poderá ser lavado com ácido muriático após 7 dias da
conclusão da calçada.

5. Estudo de Caso
CEFET-MG

No Campus II do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas


Gerais, foi possível observar que a maior parte das vias de acesso para
veículos são pavimentadas com piso intertravado, com exceção de alguns
trechos próximos a entrada do Campus, onde é empregado o CBUQ. Além
disso, esse tipo de pavimentação é empregado na praça em frente ao
prédio 12 do Departamento de Engenharia Civil. Já na calçada são
utilizadas pedras portuguesas.
6. Conclusão

Com a realização deste trabalho foi possível apreender um pouco mais


sobre o processo de fabricação, execução, aplicação, vantagens e
desvantagens dos principais tipos de pavimentação.

E, através do estudo de caso foi possível empregar os conhecimentos


adquiridos através da identificação e análise das pavimentações
empregadas nas dependências do Campus II do CEFET-MG.

7. Referencias Bibliográficas

Disponível em: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/58/piso-


intertravado-para-calcadas-para-resistir-as-cargas-e-279793-1.aspx

Disponível em: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/170/pavimentacao-


asfaltica-escolha-do-material-e-espessura-das-camadas-285868-1.aspx

Disponível em: http://www.artblocos.com.br/pisos.html

Disponível em: http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/calcada-piso-


intertravado/

Disponível em: http://www.minasit.com.br/?p=425


8. Referências Bibliográficas

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