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A Declaração da Nossa Fé
Artigos de Fé da Nossa Declaração de Fé
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A Declaração da Nossa Fé
Artigos de Fé da Nossa Declaração de Fé
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Palavra Prudente
A Verdade em texto, áudio e vídeo
Rua José Tarifado Conde 1175
Jardim Estoril
C. P. 4426
19020-970 Presidente Prudente, São Paulo
Revisão Gramatical Final: 02/14 Valdenira Nunes Menezes Silva
VIII. O Arrependimento e A Fé 49
X. A Santificação 69
Bibliografia 139
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I. AS ESCRITURAS
Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados pelo
Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que tem Deus como
autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade, sem qualquer mistura de erro, como sua
matéria 3; que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará 4, e, portanto, é e
continuará sendo, até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão
supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.
1.1 Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados
pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que tem Deus
como autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade, sem qualquer mistura de erro, como
sua matéria 3, que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará 4, e, portanto, é e
continuará sendo, até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão
supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.
O Que é Inspiração?
Quando Paulo disse que toda a Escritura é dada por inspiração de Deus (II Timóteo 3.16),
ele empregou a palavra grega "theopneustos" com a ideia de inspiração. A palavra grega
compõe-se de "theos", que significa Deus, e "pneu", significando respirar. A palavra
composta é um adjetivo significando literalmente "inspirado de Deus". Desde que é o
fôlego que produz a fala, esta palavra proveu um modo muito apto e impressivo de dizer
que a Escritura é a palavra de Deus (T. P. Simmons, p. 53).
É a influência do Espírito Santo sobre um ser, pelo qual este é movido, infalivelmente, e
guiado em todas as suas afirmações enquanto tiver esta influência (Shedd, pg. 88)
Inspiração é a influência do Espírito de Deus sobre as mentes dos escritores da Bíblia que
fizeram dos escritos, o registro de uma revelação divina progressiva, suficiente, quando
tomada no seu conjunto e interpretada pelo mesmo Espírito que os inspirou a dirigir, cada
inquiridor a Cristo e à salvação (A.H. Strong, V. 1, pg. 293).
“As garrafas não são o vinho, mas se elas se quebram, o vinho derramará” (Watts, New
Apologetic, 40, 111). Esta citação revela o relacionamento íntimo que o Espírito Santo
tem com os instrumentos (homens santos) que usou para produzir as Escrituras.
O sopro divino do Espírito Santo sobre o espírito do homem (II Timóteo 3.16) tem como
consequência um impulso e emprego interior da mente humana: “os homens santos de
Deus falaram inspirados (carregados) pelo Espírito Santo” (II Pedro 1.21 – Shedd, V. 1,
pg. 88).
1.2. Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados
pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que têm Deus
como autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade sem qualquer mistura de erro como
sua matéria 3; que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará 4, e portanto é, e
continuará sendo até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão
supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.
II Timóteo 3.15, “E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que
podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.”; I Pedro 1.10-
12; Salmos 85.8; Hebreus 1.1; Atos 11.14; Romanos 1.16; Marcos 16.16; João 5.38,39;
20.31; Romanos 10.17.
As Escrituras sendo inspiradas divinamente atestam que Deus é o Autor (Is 40.8; II Tm
3.16). Essa coleção de 66 livros é chamada de a Palavra de Deus (Jo 10.36; I Co 14.36,37).
A unidade maravilhosa contida na Bíblia atesta a verdade de que ela é uma revelação
divina. “A Bíblia contém quase toda a forma de literatura... história, biografia, contos,
dramas, argumentos, poesia, sátiras e cânticos. Ela foi escrita em três línguas (hebraico,
grego, aramaico) por uns quarenta autores diferentes que viveram em três continentes.
Esteve no processo de composição uns mil quinhentos ou seiscentos anos. ‘Entre esses
autores estiveram reis, agricultores, mecânicos, cientistas, advogados, generais,
pescadores, estadistas, sacerdotes, um coletor de impostos, um doutor, alguns ricos, alguns
pobres, alguns citadinos, outros camponeses, tocando, assim, todas as experiências dos
homens.’” (Peloubet, Bible Dictionary, citado por T. P. Simmons, p. 44).
Evidenciando que temos a revelação divina por escrito, todos os homens devem se
esforçar para conhecê-la! O homem sábio fará tudo que pode para estabelecer a sua vida
naquela revelação pela qual ele vai ser julgado no fim do mundo (Mateus 7.24-26).
Não há salvação fora de Cristo – Jo 14.6, “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade
e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim”; At 4.12, “12 E em nenhum outro há
salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens,
pelo qual devamos ser salvos”; I Co 3.11, “Porque ninguém pode pôr outro fundamento
além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”.
Sem ter a Palavra de Deus não há salvação – Rm 10.13-15, “Porque todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão Aquele em quem não
5
creram? e como crerão nAquele de Quem não ouviram? e como ouvirão se não há quem
pregue? E como pregarão se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os
pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas”;
Rm 10.17, “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”.
1.3. Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados
pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que têm Deus
como autor, a salvação como a sua finalidade 2, e a verdade, sem qualquer mistura de
erro, como sua matéria 3, que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará 4, e,
portanto é, e continuará sendo até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e
o padrão supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.
Provérbios 30.5, “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam
nele.”; João 6.63; 17.17; Apocalipse 22.18,19; Romanos 3.4; Salmos 19.8.
A inspiração verbal e a inspiração plenária atestam que as Escrituras têm Deus como
autor.
Inspiração Verbal
Por ter este relacionamento e esta necessidade entre o pensamento e a linguagem que o
comunica podemos afirmar que a Palavra de Deus é inspirada verbalmente, ou seja, as
próprias palavras usadas nas Escrituras são as palavras exatas que Deus quis que os
escritores usassem para comunicar a Sua Palavra.
A Bíblia não afirma que ela foi dada a nós por homens inspirados mas insiste que as
palavras escritas e faladas por homens santos são as palavras de Deus. Seus escritores
reconheceram que as suas afirmações eram de Deus (II Samuel 23.2; Jeremias 1.9). A
própria Escritura diz que ela, palavra por palavra, é de Deus (Sal 19.7, “perfeito”; 119.140,
“muito pura”; 160, “é a verdade desde o princípio”). O Novo Testamento afirma o mesmo
(Lucas 12.11,12, “na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar”
– foram os discípulos que falaram, mas foi o Espírito Santo que lhes ensinou- o que
convinha falar; Atos 3.18, “Deus ... cumpriu ... que pela boca de todos os Seus profetas
havia anunciado ...”). Por Cristo citar o Velho Testamento, dê crédito de que as palavras
foram cada uma de Deus (Mateus 4.1-11; 19.4,5; 22.29; Marcos 7.13). (A.W. Pink,
Inspiration of the Bible, capítulo 13).
As provas de que a Palavra de Deus é dada pela inspiração verbal, ou seja, de que as
próprias palavras usadas pelos escritores foram influenciadas pelo Espírito Santo são
muitas.
Inspiração Plenária
A Escritura é, toda ela, a Palavra de Deus; ainda assim, muitíssimo dela é também a
palavra do homem. Os escritores diferem em temperamento, linguagem e estilo, diferenças
que estão claramente manifestas nos seus escritos, ainda que suas produções são tão
verdadeiras e completamente a Palavra de Deus como qualquer expressão oral de Jesus
(T.P. Simmons, pg. 58). Pela Bíblia ser uma produção divina de capa a capa pela
inspiração, pode ser dita que a Bíblia é plenamente, ou seja, totalmente a Palavra de Deus,
portanto, verdadeira e sem mistura de erro.
Relembremos que o que Deus inspirou, certamente Ele preservou pelos séculos, na mais
pura forma possível, para que tivéssemos, hoje, na língua portuguesa, a Sua Palavra.
Tomamos a versão de João Ferreira de Almeida, edição Corrigida e Revisada, Fiel ao
Texto Original (da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil), como a fiel tradução da
Palavra de Deus.
1. 4. Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados
pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que tem Deus
como autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade sem qualquer mistura de erro como
sua matéria 3; que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará 4, e portanto é, e
continuará sendo, até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão
supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.
Romanos 2.12, “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e
todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados”; João 12.47,48; I Coríntios
4.3,4; Lucas 10.10-16; 12.47,48; I Coríntios 3.13.
1.5. Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados
pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que tem Deus
como autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade sem qualquer mistura de erro como
sua matéria 3; que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará 4, e portanto é, e
continuará sendo, até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão
supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.
A Preservação da Bíblia
I Pe 1.23-25, “a palavra de Deus, ... que permanece para sempre.” (Is 40.8; Mt. 24.35)
O fato da Bíblia sobreviver pelos séculos já apoia o fato de que ela é indestrutível
tanto quanto o Seu Autor. Os livros dos homens são como os homens: mortais e falíveis.
A porcentagem dos livros que duram mais que vinte anos é pequena, os de mais de cem
anos, menor ainda e os que sobrevivem um milênio ainda mais rara. Mas, antes de todos
eles existirem, ainda reina, hoje, a Bíblia. Ela estará presente no fim de tudo e estará no
céu em toda a sua glória (Ap 19.15; Hb 4.12; Ap 20.12).
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A União Cristã
Filipenses 3.16, “Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e
sintamos o mesmo.”; Efésios 4.3-6; Filipenses 2.1,2; I Coríntios 1.10; I Pedro 4.11; I João
1.1-4,7.
Quando há união com a verdade, há alegria imensa. Falando sério e biblicamente, não há
união cristã sem a verdade (Amós 3.3, “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem
de acordo?”). Pela verdade, devemos estar preparados para andarmos sozinhos, se for
necessário. A doutrina da Palavra de Deus reprova, repreende, corrige e divide (II Tim
3.16; 4.2; Heb 4.12). Sem querer provocar a carne, o ministro da verdade pode pôr em
dissensão o homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra (Mat.
10.35). Essa divisão entre os homens é por causa da união com Cristo, que a Palavra de
Deus opera. Quando há concordância do meu irmão para com a Palavra de Deus, podemos
ter união juntos com Deus a esse respeito. Todavia, se meu irmão não concordar com a
Palavra de Deus, não podemos ter união juntos com Deus a esse respeito. Nestes casos, em
vez da união, deve existir reprovação. A atitude cristã deve pender para o lado da verdade
e reprovação e não para o lado da união com o erro (Prov. 23.23, “Compra a verdade, e
não a vendas;...”).
A comunhão verdadeira é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo ( I João 1.3). A união
somente é cristã quando é com o Pai e Seu Filho. Se quiser conhecer a união cristã
verdadeira, busca aquela adoração “em espírito e em verdade” (João 4.24). Essa adoração
é pela operação de Deus, pelo Espírito Santo testificando a Jesus Cristo. A adoração
verdadeira não é conhecida através daquela confraternidade íntima que pode ocorrer entre
os religiosos que não estão de acordo com a perfeição da pessoa ou a obra de Cristo, nem
com a suficiência da Palavra de Deus, nem entre aqueles que têm o Espírito Santo como o
maior objetivo dos cultos públicos. Os que têm comunhão com o Pai e com Seu Filho,
Jesus Cristo, terão uma prática comum que é bíblica. No meio desses, há uma união cristã,
mas não entre os que têm discórdia sobre as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus.
1.6. Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens santos que falaram inspirados
pelo Espírito Santo, produzindo um tesouro perfeito de instrução celestial 1, que tem Deus
como autor, a salvação a sua finalidade 2, e a verdade sem qualquer mistura de erro como
sua matéria 3; que revela os princípios pelos quais Deus nos julgará 4, e, portanto, é e
continuará sendo, até o fim do mundo, o verdadeiro centro da união cristã 5, e o padrão
supremo pelo qual toda conduta, credo e opinião humana devem ser julgados 6.
I João 4.1, “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de
Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.”; Isaías 8.20; I
Tessalonicenses 5.21; II Coríntios 13.5; Atos 17.11; I João 4.6; Judas 3; Efésios 6.17;
Salmos 119.59,60; Filipenses 1.9-11; II João 10; Romanos 16.17.
Com uma restrição séria à doutrina da Palavra de Deus por todos que dizem que conhecem
o Senhor, a união que glorifica Deus e exalta Cristo será automática e normal. É dessa
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maneira que os verdadeiros serão uma testemunha forte no mundo (João 13.35). De outra
maneira, pedir união ao preço da prática e pregação de todo conselho de Deus, de uma
consciência boa para com Deus, de lealdade a Cristo pela igreja verdadeira, ou deixar a
observação séria dos mandamentos de Deus, é pedir demais. Neste caso, é melhor que
olhemos para nós mesmos para que recebamos o inteiro galardão (II João 1.8).
Evidenciando que temos a revelação divina por escrito, todos os homens devem se
esforçar para conhecê-la! O homem sábio fará tudo que puder para estabelecer a sua vida
naquela revelação pela qual ele vai ser julgado no fim do mundo (Mateus 7.24-26).
Tendo as Palavras de Deus em nossas mãos devemos:
“Observe... a mesma reverência que temos para com Deus também se deve à Escritura,
porque ela procede unicamente dEle, e não há nada do homem presente nela” - João
Calvino
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II. O VERDADEIRO DEUS
Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e verdadeiro,
em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo Governador do
céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade 2, e digno de toda a honra,
confiança e amor 3; que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O Filho e O
Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina 5, e executando ofícios distintos mas
harmoniosos na grande obra da redenção 6.
2.1. Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e
verdadeiro, em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo
Governador do Céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade 2, e digno de toda
a honra, confiança e amor 3; que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O
Filho e O Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina 5, e executando ofícios distintos
mas harmoniosos na grande obra da redenção 6.
“Deus é um” (Gálatas 3.20; Deuteronômio 6.4; Marcos 12.29). Se Deus não fosse Espírito
puro, não poderia ser Um. Se Deus tivesse um corpo, contendo membros distintos como o
nosso, Ele seria capaz de divisão, e, portanto, não seria, completamente, um. Se fosse feito
de membros, cada parte precisaria ser ou partes finitas ou infinitas: se finitas, não
poderiam ser parte de Deus, pois, ser Deus e finito seria uma contradição; se infinitas,
então cada parte seria, distintamente, infinita, e, portanto, cada parte seria uma Divindade
em si. Suponha que este corpo tivesse todas as partes da mesma natureza, como o ar e a
água têm. A menor partícula do ar é, completamente, ar como qualquer parte maior dele, e
a menor partícula de água é tão completamente água quanta a maior quantidade dela.
Imagine se um pedacinho de Deus poderia ser tão Deus como a soma dEle; ou seja, se
pudesse ter muitas partículas divinas para compor um Deus, como átomos pequenos
compõem um corpo. O que poderia ser mais absurdo? Se Deus tivesse um corpo como
um corpo humano, e fosse feito de corpo e alma, e de substância e qualidade, Ele não
poderia ser a mais perfeita unidade; Ele seria feito de partes distintas, e estas partes
individuais seriam de uma natureza distinta, como os membros do corpo humano são.
Mas, como é dito como axioma: Onde tiver a maior união, deve ter também a menor
complexidade; assim Deus é um. Tão livre de mudança, Ele é isento de complexidade e
profusão de partes. “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR”,
Deuteronômio 6.4 (Charnock, V. I, pg. 184).
Somente pode existir um único ser Infinito, portanto há um só Deus. Não podem existir
dois Infinitos. Deus diz de Si mesmo: (Jeremias 23.24) “Esconder-se-ia alguém em
esconderijos, de modo que Eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não encho Eu os
céus e a terra? diz o SENHOR”. Se um Infinito enche tudo não resta lugar para outro
existir. (Watson, pg.73).
Deus é vivo.
Por Deus ser um Deus imutável e único, Ele nunca muda. Ele não morre, Ele é vivo
sempiterno. Ele é o único que dá vida eterna por Seu Filho Jesus Cristo. Quem está em
Cristo, tem a vida. Quem não está em Cristo, não verá a vida mas tem a ira de Deus
permanecendo sobre ele (Jo 3.36).
12
Sendo Ele vivo e sendo Ele a fonte de vida de todas as coisas, poderá dar vida eterna a
todos que se arrependem e crêem pela fé em Cristo. Jo 4.10-14, “10 Jesus respondeu, e
disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e Quem é O que te diz: Dá-Me de beber, tu
Lhe pedirias, e Ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, Tu não tens com que a
tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És Tu maior do que o nosso pai Jacó,
que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? Jesus
respondeu, e disse-lhe: “Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que
beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele
uma fonte de água que salte para a vida eterna”.
Não esperamos por outro Salvador. Somente Jesus Cristo veio para ser o Salvador dos
pecadores que se arrependem e crêem nEle. Arrependa-se já crendo nEste Único Salvador
Vivo e Verdadeiro!
Deus é verdadeiro.
Jr 10.10, “Mas o SENHOR Deus é a verdade; ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno; ao
seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a Sua indignação”.
João 4.24, “Deus é Espírito, e importa que os que O adoram O adorem em espírito e
em verdade.”; Salmos 147.5; Hebreus 3.4; Romanos 1.20; Jeremias 10.10; Daniel 4.34,
35;
2.2. Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e
verdadeiro, em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo
Governador do céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade 2, e digno de toda a
honra, confiança e amor 3, que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O
Filho e O Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina 5, e executando ofícios distintos
mas harmoniosos na grande obra da redenção 6.
2.3. Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e
verdadeiro, em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo
Governador do Céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade 2, e digno de toda
a honra, confiança e amor 3, que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O
Filho e O Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina 5, e executando ofícios distintos
mas harmoniosos na grande obra da redenção 6.
Marcos 12.30, “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a
tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro
mandamento.”; Apocalipse 4.11; Mateus 10.37; Jeremias 2.12,13
13
Se houver um Deus, e Este é vivo e verdadeiro, qualquer outro é eliminado. Portanto...
“Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o
teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento” (Marcos
12.30).
Se houver um Deus, e Este é vivo e verdadeiro, existe somente uma religião correta:
Efésios 4.5, “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo”. Existem muitos caminhos para o
inferno, mas um só para Deus, esse por Jesus Cristo (João 14.6, “Disse-lhe Jesus: Eu sou o
caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.”). At 14.15, “E
dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós,
sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus
vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles”.
Se houver um só Deus, e Este é vivo e verdadeiro, somente temos Um para agradar. Não
podemos servir a dois mestres (Mateus 6.24, “Ninguém pode servir a dois senhores;
porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não
podeis servir a Deus e a Mamom”). Como num reino há um só rei, também há um só
Deus. Então, esteja focalizado em buscar primeiro o reino dEste Único Deus!
Desde que há um único Deus, e Este é vivo e verdadeiro, somos exortados a ter união na
verdade (João 17.11: “E Eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e Eu
vou para Ti. Pai santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um,
assim como Nós”; 21: “Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em
Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste”.
Desaprove tudo que quebra essa unidade do Filho para com o Pai, e aquela união do
cristão e seu Salvador (Romanos 16.17; I Coríntios 1.10-13; Gálatas 1.8,9; Efésios 5.11;
Filipenses 3.2, 17; II Tessalonicenses 3.14; Colossenses 2.8; II João 1.8).
2.4. Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e
verdadeiro, em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo
Governador do Céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade 2, e digno de toda
a honra, confiança e amor 3, que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O
Filho e O Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina 5, e executando ofícios distintos
mas harmoniosos na grande obra da redenção 6.
Mateus 28.19, “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”; João 15.26; I Coríntios 12.4-6; I João 5.7
2.5. Cremos que as Escrituras ensinam que existe um e somente um Deus vivo e
verdadeiro, em Espírito infinito e inteligente, cujo nome é JEOVÁ, Criador e Supremo
Governador do Céu e da terra 1, individualmente, glorioso em santidade 2, e digno de toda
a honra, confiança e amor 3, que na unidade da Divindade existem três pessoas, O Pai, O
Filho e O Espírito Santo 4, iguais em toda perfeição divina 5, e executando ofícios distintos
mas harmoniosos na grande obra da redenção 6.
João 10.30, “Eu e o Pai somos um”; João 5.17; 14.23; 17.5,10; Atos 5.3,4; I Coríntios
2.10,11. Filipenses 2.5,6
Efésios 2.18, “Porque por Ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.”; II
Coríntios 13.14; Apocalipse 1.4,5; Hebreus 9.12-15.
15
Os ofícios da trindade são distintos na obra da salvação. O Pai elege – Ef 1.3-4, “Bendito o
Deus e Pai ... nos elegeu”(II Ts 23); O Filho é o Meio – Ef 1.5, “por Jesus Cristo” (Jo
14.6), o Espírito Santo aplica – II Ts 2.13, 14, “em santificação do Espírito”
16
III. A QUEDA DO HOMEM.
Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de Seu
Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado 2. Em
consequência disso, toda a humanidade é agora composta de pecadores, 3, não por
compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente
desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos para o
mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa 6.
Introdução: Temos na Bíblia um Guia infalível em tudo que Deus desejou que
soubéssemos sobre Ele e sobre o homem, a coroa da Sua criação. O fato de que a Bíblia é
de Deus é provado no relato da criação e queda do homem. Se o autor da Bíblia fosse
humano, não relataria nada menos do que é glorioso sobre ele. Porém a Bíblia relata muito
sobre o pecado do homem, sua rebeldia contra o Santo, sua rejeição do Salvador e a sua
incredulidade da manifestação de Deus por Jesus Cristo. Enquanto estudamos este artigo,
peça a Deus que os olhos de seu entendimento sejam abertos e a revelação do estado
pecaminoso do homem seja crida.
3.1. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de
seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado 2, e,
em consequência disso, toda a humanidade é agora composta de pecadores 3, não por
compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente
desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos ao
mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa 6.
Gênesis 1.27: “E criou Deus o homem à Sua imagem: à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou.”; Gênesis 1.31; Eclesiastes 7.29; Atos 17.26; Gênesis 2.16.
O homem foi criado por último para coroar os feitos divinos. Tudo aquilo que foi
anteriormente criado serviu para sustentar o que se seguia. O homem teria domínio sobre a
criação (Gn 1.26; Sl. 8.3-8). O homem é feito de parte material (pó) e, imaterial (espírito).
Ec. 12.7; I Co 2.11; Tg 2.26. O homem tem personalidade: autoconsciência em relação ao
mundo e a Deus e se julga moralmente (Bancroft). Homem feito com espírito indica a sua
existência eterna.
De acordo com a Bíblia, o homem foi criado santo e justo (Gn 1.27; Ec 7.29). “À nossa
imagem, conforme a nossa semelhança” não indica forma orgânica (Jo 4.24), mas moral
(Ef 4.23,24; Cl. 3.10).
O fato do homem ter sido criado em santidade não significa a impossibilidade de pecar
mas, simplesmente, que o princípio de vida humana foi sem pecado. Somente Deus é de
natureza tão santa que é impossível pecar (Hc 1.13; Hb 6.18).
Na santidade, o homem teve uma semelhança moral com Deus. Ao afirmarmos que
santidade foi uma parte da imagem de Deus no homem, queremos dizer que, na criação do
homem, Deus comunicou às faculdades humanas uma inclinação reta. A santidade deve ter
sido parte da imagem de Deus no homem porque santidade é o atributo fundamental de
Deus. Que santidade foi uma parte da imagem original de Deus no homem está também
17
confirmado pelo fato de que ela se comunica na renovação da imagem de Deus na
regeneração (Efésios 4.24; Colossenses 3.10). Isto está confirmado mais além por
Eclesiastes 7.29.
A semelhança moral, original do homem com Deus, constitui em mais que mera inocência.
Foi santidade positiva. Só isto pode satisfazer a afirmação de que o homem foi feito à
imagem de Deus. Se inocência fosse bastante para satisfazer essa afirmação, então
seríamos obrigados a concluir que cada criancinha nasce na imagem moral de Deus, o que
a Escritura nega (Salmos 51.5; 58.3; Jeremias 17.9) – T. P. Simmons.
Sendo criado sob a lei do seu Criador significa que o homem foi criado um ser responsável
pelas suas ações (Gn 2.17).
3.2. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de
seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado 2,
em consequência disso toda a humanidade é agora composta de pecadores 3 não por
compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente,
desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos para o
mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa 6.
Gênesis 3.6-24: “E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e
agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e
comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. 7 Então foram abertos os
olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e
fizeram para si aventais...”; Romanos 5.12; Eclesiastes 7.29; I Coríntios 15.21.
A queda do homem prova que a santidade original do homem não era imutável. A
mutabilidade é uma característica necessária da natureza humana. Imutabilidade requer
infinidade de conhecimento e poder. A infinidade é uma característica só da divindade.
Portanto, desde que Deus desejou criar o homem e não um deus, Ele fez Adão mutável.
Isto tornou possível a queda.
Ao estudar a queda do homem, somos abordados pelo problema de como um ser, da
maneira como Adão foi feito, pode cair.
Uma explicação errônea. Algumas vezes, uma explicação do problema da queda do
homem é apresentada ao representar o seu estado original como se fosse um mero
equilíbrio no qual foi tão fácil escolher o erro como foi escolher o direito. Em outras
palavras, a vontade deles estava em tal estado de indiferença e tão suscetível que eles
poderiam agir tanto de um modo como de outro. Uma noção como esta reduz o estado
original do homem a uma condição de mera inocência em vez de santidade positiva.
A explicação correta: Pensamos que a dificuldade encontra uma explicação satisfatória
nos seguintes fatos:
A. Adão era mutável.
B. Sendo mutável, só podia permanecer firme no seu estado original pelo poder de Deus.
18
C. Deus podia justa e santamente permitir a Adão cair se Lhe agradasse. Desde que Deus
permitiu o pecado, ninguém objeta a permissão da queda, salvo aqueles que queiram
criticar Deus.
D. Deus, tendo escolhido permitir a queda, retirou de Adão o Seu poder sustentador e a
natureza de Adão degenerou ao ponto de pecar, voluntariamente. O universo inteiro cairia
aos pedaços se Deus retirasse o Seu poder sustentador e conservador por um só instante
(vê mais no T. P. Simmons, capítulo 16).
3.3. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de
seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado 2, e,
em consequência disso, toda a humanidade é agora composta de pecadores 3 não por
compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente,
desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos para o
mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa 6.
O primado de Adão.Quando Adão provou a corrupção de sua natureza, ele não ficou como
simples indivíduo senão como o cabeça natural da raça. O primado natural de Adão está,
claramente, ensinado no quinto capítulo de Romanos. Adão não pecou meramente por nós,
como se ele fosse o mero cabeça federal da raça; nós pecamos nele (Romanos 5.12).
A DIFERENÇA ENTRE ADÃO E EVA NA QUEDA. A narrativa do Gênesis não faz
diferença vital entre Adão e Eva na queda, mas uma distinção está, claramente,
apresentada em 1 Timóteo 2.14, onde se diz que Eva foi enganada e Adão não. Isto quer
dizer que Eva caiu em transgressão porque ela foi levada a pensar que o aviso de Deus não
era verdade e que ela não morreria como uma penalidade por participar do fruto proibido.
Mas com Adão foi diferente: ele não duvidou da Palavra de Deus; ele pecou porque
preferiu ser expulso do Éden com sua esposa, em vez de ficar no Éden sem ela.
Muitas vezes, se pensa que os fatos acima aplicam maior culpa ao pecado da mulher do
que ao pecado de Adão, ao passo que o reverso é que é verdade. O homem pecou por meio
da escolha voluntária e cônscia da amizade de sua esposa, antes que a de Deus. Nada disto
foi verdade no pecado de Eva.
Os efeitos da queda.
Sobre Adão e Eva. Adão e Eva sofreram a corrupção de sua natureza, a qual lhes trouxe ao
mesmo tempo morte natural e espiritual.
Sobre a Raça. O efeito total da queda de Adão sobre a raça humana é a corrupção da
natureza da raça, a qual a leva a um estado de morte espiritual e a torna sujeita à morte
física (T. P. Simmons)
19
3.4. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de
seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado 2, e,
em consequência disso, toda a humanidade é agora composta de pecadores 3 não por
compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente,
desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos para o
mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa 6.
Isaías 53.6, “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava
pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos.”;
Gênesis 6.12; Romanos 3.9-18.
Deus, tendo escolhido permitir a queda, retirou de Adão o Seu poder sustentador e a
natureza de Adão degenerou ao ponto de pecar, voluntariamente. O universo inteiro cairia
aos pedaços se Deus retirasse o Seu poder sustentador e conservador por um só instante
(vê mais no T. P. Simmons, capítulo 16).
A condição abominável do pecador não ensina que o homem não pode fazer uma escolha
livre. O homem pecador pode determinar o que ele quer escolher. Somente pelo fato do
homem, uniformemente, preferir a iniquidade em vez do bem não ausenta o fato de que ele
tem uma escolha. O homem tem uma escolha sim e ele faz a sua escolha, continuamente.
Devemos, no entanto, frisar que a mera possibilidade de fazer uma escolha não,
automaticamente, ensina que o homem tem capacidade de fazer a escolha santa ou aquilo
que agrada a Deus. Todos nós temos a livre escolha de trabalhar e ser milionários, mas
essa liberdade não nos faz capazes de conseguirmos o objetivo. Mesmo possuindo a
qualidade da livre escolha, o homem pecador é incapaz de escolher o bem para agradar a
Deus, pois a inclinação da sua carne é morte (Rom. 8.6-8). O arbítrio do homem, contudo,
não é livre. Mesmo que a capacidade do homem de escolher seja livre, contudo, o seu
arbítrio (resolução que depende só da vontade, Dicionário Aurélio Eletrônico) é servo da
sua vontade, e, portanto, não é livre. O arbítrio do homem faz o que a sua vontade dita.
Mas, falando da sua escolha, essa é livre. O homem indo a uma sorveteria tem livre
escolha de decidir entre os sabores. Essa situação mostra que ele tem livre escolha.
Todavia, o homem somente pede o sabor predileto, pois o seu desejo, a sua vontade
pessoal leva ele, assim, a escolher e o seu arbítrio, que é servo da sua vontade, pede aquele
sabor. Nisso entendemos que a escolha é livre, mas não o arbítrio.
3.5. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de
seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado 2, e,
em consequência disso, toda a humanidade é agora composta de pecadores 3 não por
compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente
desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e positivamente propensos para o
mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa 6.
Efésios 2.1-3, “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, 2 Em que
noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das
20
potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. 3 Entre os
quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os
outros também.”; Romanos 1.18,32; 2.1-16; Gálatas 3.10; Mateus 20.15.
O pecado destruiu, totalmente, a imagem de Deus no homem que existiu por criação
especial, ao ponto do homem, universalmente (Rom. 3.23; 5.12), não querer ter nenhum
conhecimento de Deus (João 5.40; Rom. 1.28; 3.11,18). Por isso, o homem pecador é,
“voluntariamente”, ignorante da verdade (II Pedro 3.5). A vontade do homem não foi a
única parte do homem influenciada pelo pecado, mas a sua capacidade de agradar a Deus
também foi destruída (Rom. 8.8; Jer 13.23). A condição do homem pecador é tão
deplorável que ele não pode vir, pelas suas próprias forças, a Cristo (João 6.44,45) e
jamais, na carne, pode agradar a Deus (Rom. 8.6-8). O entendimento do homem foi
deturpado ao ponto de ser descrito como “entenebrecido” no entendimento (Efés. 4.18;
Rom. 1.21). Por isso, as verdades santas e boas de Deus não são compreendidas pelo
homem natural e são, para ele, escândalos e loucuras (I Cor 1.23; 2.14). A
responsabilidade da condição pecaminosa do homem é do próprio homem. Ele mesmo
busca muitas “astúcias” (Ecl. 7.29). Que os homens não são, de maneira nenhuma,
capacitados com desejo nem com poder para o bem, é entendido por causa do que diz a
Palavra de Deus “mortos em ofensas e pecados” (Efés. 2.1). Por isso, “nenhum homem,
pela sua natureza, crê que necessita de Cristo. Ele está cego pela sua moral, suas intenções,
sua sinceridade, sua bondade. Ele não vê a impiedade do seu pecado nem que o seu caso é
sem esperança” (Don Chandler, citado em Leaves, Worms ..., p. 129).
O coração do homem, a fonte da vida (Prov. 4.23), é tão enganoso que é possível que nem
ele conheça a sua própria perversidade (Jer 17.9). Por isso, o homem é completamente
“reprovado para toda a boa obra” (Tito 1.16) fazendo com que ele tenha inimizade com o
próprio Deus, o seu Criador (Rom. 8.7). O pecado reina em todos os membros (físicos,
mentais, emocionais, espirituais) do homem (Rom. 7.23).
3.6. Cremos que as Escrituras ensinam que o homem foi criado em santidade, sob a lei de
seu Criador 1, mas que, por transgressão voluntária, caiu daquele feliz e santo estado 2, e,
em consequência disso toda a humanidade é agora composta de pecadores 3 não por
compulsão, mas por livre escolha 4, e os pecadores estão, por natureza, totalmente,
desprovidos daquela santidade exigida pela lei de Deus e, positivamente, propensos para o
mal; pelo que também estão sob justa condenação 5, sem defesa ou desculpa 6.
Ezequiel 18.19,20, “ Mas dizeis: Por que não levará o filho a iniquidade do pai?
Porque o filho procedeu com retidão e justiça, e guardou todos os Meus estatutos, e
os praticou, por isso certamente viverá. 20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho
não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do
justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.”; Romanos 1.20; 3.19;
Gálatas 3.22.
21
Os descendentes de Adão são feitos responsáveis, não pelo ato manifesto de Adão em
participar do fruto proibido mas pela apostasia interior de sua natureza de Deus. Não
somos, pessoalmente, responsáveis pelo ato manifesto de Adão porque o seu ato manifesto
foi o ato de sua própria vontade individual. Mas, nossa natureza, sendo uma com a dele,
corrompeu-se na apostasia da natureza dele. Daí, o efeito da queda sobre a raça não
consiste tanto da culpa pessoal pelo ato manifesto de Adão como da corrupção da natureza
da raça. Não somos responsáveis por qualquer coisa de que não podemos nos arrepender-
quando vivificados pelo Espírito de Deus. Está qualquer homem, hoje, convicto do pecado
de Adão em participar do fruto proibido? Mas nós nos sentimos convictos e podemos nos
arrepender da corrupção de nossas naturezas, corrupção que se manifesta em rebelião
contra Deus e em transgressões pessoais. Não cremos que a Escritura ensine mais do que
isto a respeito dos efeitos da queda sobre a raça (T. P. Simmons).
A incapacidade do homem pecador não deve incentivar a sua demora em vir a Cristo ou
desculpar a sua desobediência aos mandamentos de Deus. Quanto mais for o homem
incapaz de crer mais ele deve procurar a graça de Deus em misericórdia para crer (Mar
9.24). O doente precisar de médico, é fato. Quanto mais severa a doença mais urgente o
socorro. Se o pecador entende a sua situação deplorável, pode se prostrar diante de Deus e
clamar pela sua ajuda (Mar 9.4). Deve pedir a Deus assim: “Ó Deus, tem misericórdia de
mim, pecador!” (Luc 18.13; 11.13). O mandamento não é para se esperar uma sensação,
visão ou qualquer outro sinal. Cristo já foi dado e declarado (I Cor 3.11). O mandamento
de Deus é: “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações” (Heb
3.13,15). Se o salvo entende a sua responsabilidade, o mandamento de Deus é: “Ide por
todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mar 16;15), ame a Deus de todo o
coração (Mar 12.30) e “crescei na graça e no conhecimento de Cristo” (II Pedro 3.18).
Quanto mais nos sentirmos fracos em obedecer, mais, esforçadamente, devemos procurar a
Sua graça. É Deus Quem opera em nós tanto o querer como o efetuar segunda a Sua
vontade (Fil. 2.13). Isto nos deve encaminhar a Ele a buscar a Sua graça para obedecermos
ao Seu mandar.
Somente a salvação pela graça capacitará o pecador a entrar no reino de Deus (João 3.3,5;
II Cor 3.5). A própria condição deplorável do homem mostra a sua necessidade da
salvação. O homem é, sem a justiça necessária (Rom. 3.10), sem Cristo, separado de Deus,
sem nenhuma esperança (Efés. 2.12) e sem esforço (Rom. 5.6; 7.18). Ele está sob a
maldição da lei (Gal 3.10) e sobre ele permanece a ira de Deus (Rom. 3.36). A condição
abominável do homem assegura que ele necessita de salvação, aquela que vem exclusiva e
completamente de Deus. Por isso, pregamos a salvação somente pela graça. Se o homem
tivesse a mínima condição para ajudar-se, a sua salvação não seria totalmente de graça. A
depravação da sua condição, totalmente e universalmente, pecaminosa, estabelece o fato
de que a salvação eterna é, em todas as suas partes, divina e inteiramente graciosa (Efés.
2.8,9). Assim, Cristo ensinou quando comparou a relação que existe entre Ele e o Seu
povo usando a videira e as varas. E Ele disse: “sem Mim nada podeis fazer.” (João 15.4,5).
Que Deus abençoe os salvos a pregar tal graça e os pecadores a buscá-la antes que seja
tarde demais.
22
IV. O CAMINHO DA SALVAÇÃO
Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém, inteiramente, da
graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus 2, o Qual, segundo a vontade do
Pai, se tornou Homem sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência pessoal 4, e
por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados 5, tendo ressuscitado dos mortos,
está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa Pessoa as mais ternas
simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser o
Salvador perfeito, compassivo e completo 7.
Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as
quais Deus preparou para que andássemos nelas”.
4.1. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém inteiramente
da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus 2, o Qual, segundo a vontade
do Pai, Se tornou Homem sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência pessoal 4,
e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados 5, tendo ressuscitado dos mortos,
está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa Pessoa as mais ternas
simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser o
Salvador perfeito, compassivo e completo 7.
Efésios 2.5, “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente
com Cristo (pela graça sois salvos)”; Mateus 18.11; I João 4.19; I Coríntios 3.5-7; Atos
15.11; Romanos 3.23,24; 4.1-4; 611.6; Tito 2.11,14.
Havendo estudado no artigo três sobre a queda do homem, sabemos que o homem, por
natureza, é, totalmente, desprovido daquela santidade exigida pela lei de Deus e,
positivamente, propenso para o mal; pelo que também está sob justa condenação, sem
defesa ou desculpa. Portanto, diante de tais realidades, qualquer salvação eficaz e eterna
tem que vir de Deus, e isso pela graça.
Há uma confusão geral sobre a graça. Questiona-se se ela pode ser merecida em parte e se
é estendida a todos sem exclusão de ninguém. Por ter confusão sobre esse assunto, creio
que podemos aproveitar muito um estudo sobre a graça. A graça pode ser: comum ou
geral, é resistível, particular ou especial, é resistida por um tempo mas sempre vence pela
qual Deus determina; e ainda a graça preveniente ou aquela que vem antes preservando os
eleitos para o dia da sua salvação.
João 3.16, “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”;
João 1.1-14; Hebreus 4.14; 12.24; Atos 4.12; João 6.68; 1.29; Romanos 5.8
Assim, Cristo foi representado em todo este tempo até a plenitude dos tempos quando
convinha que Jesus fosse manifestado, pessoalmente (Gl 4.4). Pela Sua vida e pela Sua
obra na cruz, verdadeiramente, Jesus Cristo cumpriu o oficio mediatório (Hb 4.14; 5.5;
6.20; 8.1). Cristo, tendo feito a Sua obra de redenção pelo Seu povo, está, hoje, orando
pelo Seu povo (Jo 17.9, 20; Hb 7.25).
Cristo O Sacerdote - Hb 3.1; 5.6; 6.20; 7.11,15-17, 20-28; 8.1,2,6. O oficio de sacerdote é
constituído por Deus. O sacerdócio no Tabernáculo era uma sombra das coisas celestiais,
pois o Verdadeiro é “mais excelente” (Hb 8.5, 6). O Seu sacerdócio é perpétuo, numa
Pessoa somente, sem genealogia e por um holocausto apenas para sempre. Cristo foi tanto
o Sacerdote quanto o Sacrifício.
26
Como Sacerdote Cristo oferece a oblação e por essa apazigua a ira de Deus, faz
reconciliação entre Deus e os pecadores e assegura o pagamento eterno da culpa e
condenação do homem quando a oblação é apresentada corretamente. Ele intercede
também com Deus o perdão, a justificação e outras bênçãos por todos pelos quais Se deu.
A Sua intercessão por estes (Lc 22.32; Jo 14.16; 17.9, 15, 20, 24) começou na terra mas
agora continua no céu (Hb 4.14-16, 7.23-25; 10.11, 12, 14-18)
Como Sacrifício Cristo tem as qualificações exigidas por Deus por ser Ele imaculado e
sem pecado (Hb 7.26); da mesma natureza dos homens pelos quais Ele foi dado (Fl 2.8);
de natureza divina (Jo 1.1) para Sua obra ser eficaz e poder redimir os que Seu Pai Lhe
deu (Jo 6.37-39). Sendo assim qualificado, deu Seu corpo aos sofrimentos que culminou
na Sua morte na cruz e deu Sua alma à agonia ocasionada pela presença do pecado
imputado a Ele. Cristo Se deu à ira de Deus, e à separação do favor de Deus enquanto
sofreu tal ira justa pelos pecados do Seu povo (Jo 19.30).
Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as
quais Deus preparou para que andássemos nelas”.
4.3. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém, inteiramente,
da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus 2, O qual, segundo a vontade
do Pai, Se tornou homem, ainda que sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência
pessoal 4, e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados 5, tendo ressuscitado dos
mortos, está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa pessoa as mais
ternas simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser um
Salvador perfeito, compassivo e completo 7.
Filipenses 2:6,7, “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a
Deus, 7 Mas esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se
semelhante aos homens;”; Hebreus 2.9,14; 4.15; 7.26; II Coríntios 5.21; João 14.30.; I
Pedro 1.19; 2.22; I João 3.7,8.
A Necessidade da Encarnação
(1) Ele sofreu como substituto do homem (Hb 2.9), por isso, foi preciso que Ele provasse o
sofrimento corporal.
O sofrimento final dos pecadores no inferno será um sofrimento tanto do corpo
como da alma (Mt 10.28). Portanto, como era necessário Jesus sofrer em lugar dos
pecadores, Ele tinha, então, que ter um corpo que sofresse.
(2) Foi preciso que Ele tivesse um corpo para que pudesse “como nós, em tudo ser
tentado”, de maneira que, como Sumo Sacerdote, pudesse “compadecer-se das nossas
fraquezas” (Hb 4.15).
27
O anjo Gabriel, por exemplo, não pode simpatizar conosco quando somos tentados, porque
ele nunca conheceu tentação na carne. Mas Cristo pode. “Porque naquilo que Ele mesmo,
sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hb 2.18).
(3) Foi preciso que Ele tivesse provação na carne e rendesse perfeita obediência à Lei
para que houvesse operado uma justiça que pudesse ser imputada a nós.
A justiça a nós imputada pela fé não é aquela justiça que é o atributo pessoal de Deus, mas
é aquela justiça (judicial) operada por Cristo na Sua vida terrena. Então esta justiça a nós
imputada se descreve como sendo pela fé ou através da fé em Cristo (Rm 3.21,22; Fp 3.9).
(4) A encarnação foi também necessária ao Seu ministério docente, ou seja, de professor,
para a escolha dos doze apóstolos e para a organização do Seu tipo de igreja, ao
estabelecimento de um modelo para nós de perfeita obediência à vontade de Deus. I Pe
2.21, “Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos
o exemplo, para que sigais as Suas pisadas. 22 O Qual não cometeu pecado, nem na Sua
boca se achou engano. 23 O qual, quando O injuriavam, não injuriava, e quando padecia
não ameaçava, mas entregava-se Àquele que julga justamente”
Estas são coisas que Deus entendeu que podiam ser melhores cumpridas por alguém na
carne. Portanto, o Cristo encarnado foi enviado para cumpri-las. (T. P. Simmons, pg. 114).
A Impecabilidade de Cristo
Atribuímos a Cristo não somente integridade natural, mas também moral, ou perfeição
moral, isto é, impecabilidade. Significa não apenas que Cristo pode evitar o pecado (potuit
non peccare), e que de fato evitou, mas também que Lhe era impossível pecar (non potuit
peccare), devido à ligação essencial entre as naturezas humana e divina. A impecabilidade
de Cristo foi negada por Martineau, Irving, Menken, Holsten e Pfleiderer, mas a Bíblia dá
claro testemunho dela nas seguintes passagens: Lc 1.35; Jo 8.46; 14.30; 2 Co 5.21; Hb
4.15; 9.14; 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.5. Apesar de Jesus ter-se feito pecado judicialmente, todavia,
eticamente estava livre tanto da depravação hereditária como do pecado fatual. Ele jamais
fez confissão de erro moral; tampouco Se juntou aos Seus discípulos na oração: “perdoa as
nossas dívidas” (os nossos pecados). Ele pôde desafiar os Seus inimigos a convencê-los de
pecado. A Escritura até O apresenta como pessoa em Quem se realizou o ideal moral, Hb
2.8, 9; 1 Co 15.45; 2 Co 3.18; Fp 3.21. Além disso, o nome “Filho do Homem”, do qual Se
apropriou, parece dar a entender que Ele correspondeu ao perfeito ideal de humanidade
(Dr. Louis Berkhof, www.monergismo.com).
Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as
quais Deus preparou para que andássemos nelas”.
4.4. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém inteiramente
da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus 2, o Qual, segundo a vontade
do Pai, se tornou homem, ainda que sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência
pessoal 4, e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados 5, tendo ressuscitado dos
28
mortos, está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa pessoa as mais
ternas simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser um
Salvador perfeito, compassivo e completo 7.
Isaías 42.21, “O SENHOR Se agradava dEle por amor da Sua justiça; engrandeceu-
O pela lei, e O fez glorioso.”; Filipenses 2.8; Gálatas 4.4,5.
Foi preciso que Ele tivesse provação na carne e rendesse perfeita obediência à Lei para
que houvesse operado uma justiça que pudesse ser imputada a nós.
A justiça a nós imputada pela fé não é aquela justiça que é o atributo pessoal de Deus, mas
é aquela justiça (judicial) operada ou ganha por Cristo pela Sua obediência durante a Sua
vida terrena. Essa justiça foi ganha pela Sua obediência mas a nossa justiça é imputada
pela fé e não ganha por nenhuma obra nossa (Rm 3.21,22; Fp 3.9).
Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as
quais Deus preparou para que andássemos nelas”.
4.5. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém inteiramente
da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus 2, o Qual, segundo a vontade
do Pai, Se tornou homem, ainda que sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência
pessoal 4, e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados 5, tendo ressuscitado dos
mortos, está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa pessoa as mais
ternas simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser um
Salvador perfeito, compassivo e completo 7.
Isaías 53.4,5, “Verdadeiramente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as
nossas dores levou sobre Si; e nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus, e
oprimido. 5 Mas Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa
das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas
pisaduras fomos sarados.”; Mateus 20.28; Romanos 4.25; 3.21-26; I João 4.10; I
Coríntios 15.1-3; Hebreus 9.13-15.
Os Elementos Básicos de Expiação: Propiciação, Reconciliação e Redenção
Propiciação – Rm 3.25; I Jo 2.2; 4.10 (# 2434, hilasmos, aplacação, mitigar). Hb 9.5 (#
2435, hilasterion, propiciação, propiciatório). Comparando estes quatro textos,
entendemos que a propiciação: 1) tem a ver com pecado, 2) é provida por Deus, 3) provida
por causa do amor de Deus, 4) somente pelo sangue de Jesus, portanto aplicada apenas aos
crentes em Cristo, 5) é a declaração da justiça de Cristo para a remissão dos pecados
dantes cometidos, 6) não é um pagamento de dívida mas conhecida pela “paciência de
Deus”. Como no tabernáculo, a lâmina do propiciatório não perdoou o pecado de ninguém,
pois o perdão foi dado apenas pela aplicação do sangue pelo sacerdote, anualmente, assim
não é suficiente que Cristo tenha tido uma morte vicária, mas ela deve ser aplicada,
29
individualmente, antes que os benefícios da crucificação efetuem a reconciliação para com
Deus.
Reconciliação – Rm 5.11; 11.15; II Co 5.18, 19 (# 2643, Strong’s katallage – reatamento
de favor). Esse elemento sugere o efeito da obra redentora de Cristo entre Deus e o
homem: eles são reconciliados. Deus vê o trabalho da alma de Cristo para com os Seus e
fica satisfeito (Is 53.11).
Redenção – ‘Entrega’ é uma palavra usada para descrever o significado deste elemento
básico da expiação. Em hebraico a ‘redenção’ é explicada pelas palavras goel (#01350),
guellah e padah (#06299) e no grego pelas palavras agorazo (#59), exagorazo (#1805),
lutroo (#3084) e apolutrosis (#629). A idéia básica dessas palavras é: comprar de volta do
mercado de escravos, libertar através do pagamento do preço de resgate. A palavra
‘redenção’ tem três idéias chaves: 1) remir, I Tm 2.6. 2) livrar, Tt 2.14; Gl 1.4. 3) soltar, I
Pe 1.18 (D.W. Huckabee, ibid. pgs 128-133).
Você já fez essa reconciliação com Deus pela expiação de Cristo? A obra de Cristo é
consumada mas é necessário que ela seja aplicada pela fé. Arrependa-se já e creia, pela fé,
nesse Cristo Salvador!
Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as
quais Deus preparou para que andássemos nelas”.
4.6. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém, inteiramente,
da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus 2, O qual, segundo a vontade
do Pai, Se tornou homem, ainda que sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência
pessoal 4, e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados 5, tendo ressuscitado dos
mortos, está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa pessoa as mais
ternas simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser um
Salvador perfeito, compassivo e completo 7.
Hebreus 1.8, “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos
séculos; Cetro de equidade é o cetro do Teu reino.”; Hebreus 1.3; 8.1; Efésios 1.20.
A Ressurreição do Senhor Jesus Cristo
Profetizada - Sl 16.9,10.
Ensinada por Jesus - Mt 12.40; 16.4; 20.19; 26.32; Mc 9.9; Lc 18.33; 24.26; Jo 2.19,21.
Testemunhada pelos Anjos - Mt 28.6.
Ensinada pelos Apóstolos - At 2.24; 3.15; 4.10,33; 10.40; 13.30-33; 17.2,3,31; 26.23-26;
Rm 1.4; 4.25; 6.4,5,9; Ef 1.20; Hb 13.20; 1 Pe 1.3; 3.18; Ap 1.5.
A Ascensão do Senhor Jesus Cristo
Profetizada - Sl 68.18.
Ensinada por Jesus - Jo 6.62.
30
Os Evangelhos a Relataram - Mc 16.19.
A História Bíblica a Relata- - At 1.9.
Declarada pelos Apóstolos - At 3.21; Ef 1.20; 4.8; I Tm 3.16; Hb 4.14; 9.24.
Provada pela Exaltação na Presença do Pai - At 1.11; 7.56; 9.4; I Co 15.4-8; Fp 2.9-11
Cristo recebeu a “alegria que Lhe estava proposta (Hb 12.2); e a respeito dos santos que
serão felizes com Ele para sempre, é dito: Entra no “gozo” do Senhor (Mt 25.21). A glória
a que Cristo foi exaltado não somente interessa a Ele mas a todos os que estão nEle. Jesus
orou: “E Eu dei-lhes a glória que a Mim Me deste, para que sejam um, como Nós somos
um” (Jo 17.22). Porque, enquanto sofremos com Cristo (Rm 8.17) e por Cristo neste
mundo, podemos regozijar-nos na esperança de sermos glorificados com Ele. (J. Dagg, pg.
168).
Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as
quais Deus preparou para que andássemos nelas”.
4.7. Cremos que as Escrituras ensinam que a salvação de pecadores provém, inteiramente,
da graça 1, através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus 2, o Qual, segundo a vontade
do Pai, Se tornou homem, ainda que sem pecado 3, honrou a lei divina por Sua obediência
pessoal 4, e por Sua morte fez plena expiação por nossos pecados 5, tendo ressuscitado dos
mortos, está agora entronizado no céu 6, e, reunindo em Sua maravilhosa pessoa as mais
ternas simpatias com as perfeições divinas, é, em todos os sentidos, capacitado para ser
um Salvador perfeito, compassivo e completo 7.
Hebreus 7.25,26, “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se
chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. 26 Porque nos convinha tal
sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais
sublime do que os céus;” Salmos 45.
Cristo é o fiador de todos que se arrependem e crêem pela fé nEle (At 4.12; Rm 10.13;
17.30). Como Fiador, Jesus Cristo assumiu os pecados e a condenação daqueles que são
dados a Ele pelo Pai (Jo 6.37; 10.11). O fato de que Cristo é o fiador não quer dizer que o
homem não é responsável pelos seus pecados, mas enfatiza a misericórdia de Deus em
fazer Cristo responsável pelos pecados de outros. Para Cristo ser o Fiador, a dívida do
homem foi transferida para Ele e as Suas justiças imputadas ao pecador arrependido (II Co
5.21).
Exemplos de fiadores pela Bíblia: Como Judá foi o fiador por seu irmão, Cristo é pelos
Seus (Gn 43.9, “Eu serei fiador por ele, da minha mão o requererás; se eu não o trouxer, e
não o puser perante a tua face, serei réu de crime para contigo para sempre”). A vida de
Cristo foi prometida para ser o penhor aceitável ao Justo Juiz no lugar dos pecadores
culpados. Em amor ao Pai e para Lhe dar glória, Cristo toma essa posição de Fiador
tornando-O responsabilizado, réu de crime, diante da face de Deus em prol dos Seus. Por
31
Cristo ser divino e, portanto eterno, a Sua morte paga uma eternidade de condenação para
todos aqueles que venham a se arrepender e crer pela fé nEsse Fiador.
Como Paulo se colocou diante de Filemom em prol de Onésimo (Fm 1.18,19, “E, se te fez
algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta. Eu, Paulo, de minha própria
mão o escrevi; eu o pagarei, para te não dizer que ainda mesmo a ti próprio a mim te
deves”), Cristo Se põe diante de Deus em prol dos Seus. Nós temos feito “dano”, e
devemos tudo a Deus. Tudo isso foi colocado na conta de Nosso Fiador, Jesus Cristo (Rm
5.8; II Co 5.21).
O grau de responsabilidade de Cristo como fiador: Em dois Salmos messiânicos é
notado até que ponto Cristo era Fiador. Ele foi Fiador ao ponto de considerar as
iniquidades do Seu povo como “as Minhas iniquidades” (Sl 40.7-12) e como se Ele tivesse
pecado (Sl 69.5). Estes pecados não eram pecados de Cristo. Não foi Ele Quem os
cometeu mas foram esses pecados que ficaram sobre Ele pela imputação como sendo o
Fiador dos Seus.
A Salvação: Todo pecador é chamado a se arrepender dos seus pecados e crer em Cristo
pela fé (At 17.30; 16.31).
Você reconhece que é um pecador? Reconhece a sua condenação do pecado? Se estiver
oprimido pelo pecado, confie já no único sacrifício que satisfaz a Deus.
Versículos para Memorizar: Ef 2.8-10, “Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glorie; Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as
quais Deus preparou para que andássemos nelas”.
32
V. A JUSTIFICAÇÃO
Cremos que as Escrituras ensinam que a grande benção evangélica assegurada por Cristo 1
àqueles que nEle confiam, é a justificação 2, pois ela abrange o perdão do pecado 3, e o
dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em
consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado mas, exclusivamente,
por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é livremente,
imputada por Deus 6, que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante
Deus, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.
Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não
lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que
não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como
justiça.”
5.1. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande bênção evangélica assegurada por
Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação 2, ela abrange o perdão do pecado 3, e o
dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em
consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado, mas exclusivamente
por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,
imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante
Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.
João 1:16, “E todos nós recebemos também da Sua plenitude, e graça por graça.”;
Efésios 3:8.
Por Cristo somente: Mateus 1:21, “E dará à luz um filho e chamarás o Seu nome JESUS;
porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados.”; João 3:36, “Aquele que crê no Filho
tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus
sobre ele permanece.”; 14:6, “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida;
ninguém vem ao Pai, senão por Mim.”; Atos 10:42,43; 4:12; I Coríntios 3:11; I João 5:11
E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em Seu Filho.”
“Todos nós recebemos da Sua plenitude”- A divindade de Cristo é destacada aqui como
também a concordância entre os apóstolos desse fato. Cristo é Deus e assim é perfeito nos
Seus ofícios de Salvador e Mediador (Gill). Hebreus 9:11-14.
“Todos nós recebemos da Sua plenitude” - Cada pessoa que já se arrependeu dos pecados
e tomou pela fé o sacrifício de Cristo pelos pecados como a Sua morte e vitória sobre a
condenação dos seus pecados, recebe uma nova natureza. Essa nova natureza cresce mais
e mais na imagem de Cristo (Colossenses 3:10), de pouco em pouco (Provérbios 4:18), de
graça em graça, de glória em glória (II Coríntios 3:18), de fé em fé (Romanos 1:17). A
vida Cristã é movida pela nova natureza que é de Deus (I João 3:9b). Nela, nós
entendemos que temos a Sua plenitude cada vez mais expressa no cristão (hábitos,
vestimenta, comportamento, adoração, atitudes, etc.).
“Graça por graça”
33
- Pela graça de Deus há um Salvador; Jesus Cristo, Filho do Deus vivo e verdadeiro
(Gill). I João 5:20
- Pela graça há uma eleição de pessoas que pertencem a Deus e foram dadas a Cristo
(João 6:37-39), e, por essas, Ele morreu (João 10:11-15), dando-lhes a justiça de Deus
(II Coríntios 5:21). (Gill)
- O que começa com graça termina com graça. Graça é o começo e o fim da vida
cristã. Pela graça somos salvos (perdoados, justificados, adotados, santificados e
glorificados; Romanos 8:29,30; Efésios 2:8-10); graça e mais graça, abundância sobre
abundância, um aumento dela cada vez mais na vida do cristão (Gill). Romanos 5:20.
Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não
lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que
não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como
justiça.”
5.2. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande bênção evangélica assegurada por
Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação 2, ela abrange o perdão do pecado 3, e o
dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em
consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado mas, exclusivamente,
por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,
imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante
Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.
Atos 13:39, “E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por
Ele é justificado todo aquele que crê.”; Isaías 3:11,12; Romanos 8:1.
A justificação é um termo judicial (ou forense – 1. Respeitante ao foro judicial. 2. Judicial
(Dicionário Eletrônico Aurélio, Ver. 3, Nov. 1999). Declara a verdade de que Deus, por
Cristo ser julgado no lugar do pecador, considera o cristão livre de culpa dos seus pecados
(Romanos 8:1). Note bem que a declaração judicial de justificação não faz o pecador justo,
mas declara ele justo. O sacrifício de Cristo faz o pecador justo. A justificação não redime
ninguém do pecado, não santifica ninguém e nem renova o homem interior (como
declaram os católicos no Concílio de Trento), mas, simplesmente, declara o pecador
arrependido e com fé em Cristo Jesus, justo (Deuteronômio 25:1, aquele que já é justo será
declarado justificado. Declarar o ímpio justo é abominação a Deus – Provérbios 17:15). A
justificação não é uma mudança de coração, mas de uma posição diante de Deus. A Lei de
Moisés não pode condenar mais os que Deus declara justo (Romanos 8:31-33, v. 33,
“Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus Quem os justifica .”)
Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não
lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que
não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como
justiça.”
5.3. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande bênção evangélica assegurada por
Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação 2, ela abrange o perdão do pecado 3, e o
34
dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em
consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado mas, exclusivamente,
por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,
imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante
Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.
Romanos 5:9, “Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo Seu sangue,
seremos por Ele salvos da ira.”; Zacarias 13:1; Mateus 9:6; Atos 10:43.
O significado da justificação é a absolvição de culpa do pecador regenerado e convertido.
É a libertação do poder do pecado e da sua condenação pela graça e da vontade de Deus
por Cristo (William Rogers). É “o meio pelo qual o pecador é aceito por Deus” (Abraham
Booth, Reign of Grace, citado por A. W. Pink).
O perdão pleno é dado quando o pecador se arrepende e crê pela fé em Cristo não na hora
de ser declarado justo. Todavia, não poderia ter a declaração do Juiz que o pecador é justo
sem haver primeiro o perdão. É nesse sentido que dizemos que a justificação abrange o
perdão do pecado.
Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não
lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que
não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como
justiça.”
5.4. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande benção evangélica assegurada por
Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação 2, ela abrange o perdão do pecado 3, e o
dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em
consideração em quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado, mas exclusivamente
por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,
imputada por Deus 6, Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante
Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.
Romanos 5:17, “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais
os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por
um só, Jesus Cristo.” I Pedro 3:7; I João 2:25; Romanos 5:21; II Coríntios 5:18-21.
Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não
lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que
não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como
justiça.”
5.5. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande benção evangélica assegurada por
Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação 2, ela abrange o perdão do pecado 3, e o
dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em
consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado, mas exclusivamente
por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,
imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante
Deus, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.
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Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão
segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que não pratica, mas crê
nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.”; Romanos 3:19-
28 (24); 5: (9), 21; 6:23; 10:4; Filipenses 3:7-9.
Romanos 3:24, “Sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, pela redenção que há em
Cristo Jesus.”
A justificação é grátis. Isso quer dizer que ela não é o efeito de uma causa no homem,
sejam obras da lei (Romanos 3:19, 20; Gálatas 2:16; 3:11, 24), obras da igreja (a
confissão, o batismo ou a Ceia do Senhor, ou obediência da Palavra de Deus), da caridade
humana (Tito 3:5,6), nem do nosso arrependimento (o arrependimento não conserta o mal
que foi feito). A justificação tem a sua causa na graça de Deus que deu, livremente, Seu
Filho Jesus Cristo para ser o aceitável sacrifício vicário do eleito.
A justificação pela graça de Deus. A justificação baseia-se na obra do Justo no lugar do
injusto (II Coríntios 5:21; I Pedro 2:24; 3:18). A obediência e a morte de Cristo são as
bases pelas quais um pecador é declarado justo por Deus (Romanos 3:26; 10:4). Foi a
graça de Deus que decretou o plano de exercer, para com inimigos rebeldes, o Seu infinito
amor. Foi a graça de Deus que fez o Seu filho unigênito, Jesus Cristo, morrer a morte do
pecador, ter vitória sobre a morte e o pecado. É a graça de Deus que dá a salvação para
todos os pecadores que se arrependem e crêem pela fé neste Filho. É a graça de Deus que
declara justos para sempre tais pecadores remidos por Cristo (Efésios 2:4-10).
Portanto, a nossa mensagem ao pecador é: “Arrependei-vos e crede no Evangelho”
(Marcos 1:15).
Comparando Paulo com Tiago. “Ora, o desígnio do Apóstolo Paulo em Romanos 3:28
pode ser, claramente, percebido por seu contexto. Ele está tratando do grande assunto da
justificação de um pecador diante de Deus: ele mostra que esta não pode ser pelas obras
da lei, porque pela lei todos os homens são condenados, e também porque se os homens
fossem justificados sobre a base de suas próprias obras, então o orgulho não poderia ser
excluído. Ele afirma positivamente que a justificação é pela graça, pela redenção que há
em Cristo Jesus. Seu raciocínio se mostrará tanto mais convincente se toda a passagem
(Romanos 3:19-28) for lida atentamente” (A. W. Pink).
Sobre a ‘justificação pelas obras’ de Tiago (Tiago 2:24) parecendo oposto à ‘justificação
pela fé’da qual o apóstolo Paulo escreve (Romanos 5:1), é “mui evidente que a
"justificação" da qual Paulo trata é, totalmente, diferente da "justificação" que é tratada por
Tiago. A doutrina do primeiro é que nada é aceitável a um pecador diante de Deus, exceto
a fé no Senhor Jesus Cristo; a doutrina do último é que uma fé tal não permanece só, mas
que é acompanhada com toda boa obra, e que onde as boas obras estão ausentes, a fé que
justifica não pode existir. Tiago é insistente em que não é suficiente dizer que tenho a fé
que justifica, mas devo dar prova da mesma exibindo aqueles frutos que o amor a Deus e o
amor para com os homens, necessariamente, produzem” (A. W. Pink, A Doutrina da
Salvação., Capitulo 9, A Justificação; Tradução livre: Felipe Sabino de Araújo Neto;
Cuiabá-MT, 10 de Junho de 2003; http://solascriptura-tt.org).
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Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não
lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que
não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como
justiça.”
5.6. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande bênção evangélica assegurada por
Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação 2, ela abrange o perdão do pecado 3, e o
dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em
consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado, mas, exclusivamente,
por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,
imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante
Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.
Romanos 5:19, “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram
feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.”; Romanos
3:24-28; 4:23-25; I João 2:12; II Coríntios 5:21.
Imputar: 2. Atribuir, conferir, dar (Dicionário Eletrônico Aurélio, Ver. 3, Nov. 1999).
A justificação é pela imputação (Romanos 4:6). A justificação é dada a nós pela obra de
um outro ao ponto de nós sermos livres de qualquer dívida (Romanos 5:18,19; Filipenses
3:8,9; II Coríntios 5:21).
Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5, “Ora, àquele que faz qualquer obra não
lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. 5 Mas, àquele que
não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como
justiça.”
5.7. Cremos que as Escrituras ensinam que a grande benção evangélica assegurada por
Cristo 1 àqueles que nEle confiam, é a justificação 2, ela abrange o perdão do pecado 3, e o
dom da vida eterna de acordo com os princípios de justiça 4, que é outorgada, não em
consideração a quaisquer obras de retidão que tenhamos praticado, mas, exclusivamente,
por meio da fé em Cristo 5, na virtude de qual fé a Sua justiça perfeita nos é, livremente,
imputada por Deus 6 Que nos introduz a um estado da mais abençoada paz e favor perante
Ele, assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade 7.
Romanos 5:1-3, “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por
nosso Senhor Jesus Cristo; 2 Pelo Qual também temos entrada pela fé a esta graça,
na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. 3 E não
somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação
produz a paciência,”; Romanos 5:11; Mateus 6:33; I Timóteo 4:8.
“Assegurando todas as demais bênçãos necessárias para o tempo e a eternidade” – A
salvação por Cristo é eterna: “vida eterna” (João 3:16, 36; 4:14; 5:24; 6:40,47; Romanos
6:22,23).
A natureza dessa justificação é maravilhosa. A justificação do pecador diante do tribunal
de Deus não é um processo, como é a chamada para a salvação ou a santificação do cristão
diante dos homens. É um ato instantâneo e, quando ocorre, está completo. “Não admite
37
graus ou fases” (T. P. Simmons, p. 353). Quando o publicano foi convertido ele desceu
para sua casa já justificado (Lucas 18:14). A justificação é eterna. A firmeza da verdade
da eternidade da justificação é entendida pela pergunta de Deus, “Quem intentará acusação
contra os escolhidos de Deus? É Deus Quem os justifica.” (Romanos 8:33). Por causa do
preço da salvação ter sido pago, inteiramente, por Cristo “uma vez” (Hebreus 10:10) o
cristão resgatado por Cristo é declarado justo pelo Juiz e “tem a vida eterna, e não entrará
em condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5:24). Pela base da condenação
do pecador, o pecado, ser eliminado por Cristo, a justificação diante de Deus por Cristo é
tida como eterna. A justificação é graciosa. Mesmo que a justificação seja revelada
exteriormente aos outros mediante as obras (Tiago 2:20-26) a obtenção da justificação
diante de Deus nunca é pelas obras de homem algum (Romanos 3:20; 4:2-8; Tito 3:4,5).
Então, se não é pelas obras, é pela graça (Romanos 11:6). Deus não deve a salvação ao
inimigo dele mas, sim, ao juízo. Se Deus quer justificar alguém na base da obra meritória
de Cristo isso é um desejo e um ato plenamente movido pela Sua graça. A justificação é
pela imputação (Romanos 4:6). A justificação é dada a nós pela obra de um outro ao ponto
de nós sermos livres de qualquer dívida (Romanos 5:18,19; Filipenses 3:8,9; II Coríntios
5:21). A justificação é dada pela fé. A fé é um efeito da regeneração e não uma causa da
justificação. Por sermos regenerados, temos o dom do Espírito Santo que é a fé (Gálatas
5:22). Por isso, confiamos em Cristo como nosso Salvador. A graça vem primeiro e causa
a fé que opera em nós para a nossa salvação (Efésios 2:8) que é a base de sermos
declarados justos (justificação). Percebendo então a natureza gloriosa dessa justificação
somos incentivados a louvar a Deus por uma “tão grande salvação” (Hebreus 2:3). E sendo
justificados por uma justificação tão maravilhosa somos incentivados a procurar aplicar-
nos “às boas obras” (Tito 3:7,8) para a glória de Deus pelo Salvador. (CGG, A Doutrina
da Salvação)
As bênçãos da justificação são múltiplas. Temos a emancipação da culpa e do poder do
pecado (I João 1:7; Hebreus 10:12-14; Romanos 8:1; Gal. 3:13). Pela justificação temos a
bênção de ter paz com Deus (Isaías 53:5; Romanos 8:1). Por não termos mais a culpa do
pecado não é impedida mais a nossa comunhão com Deus, temos a Sua plena aceitação e a
possibilidade de uma adoração verdadeira (Efésios 1:6; Hebreus 10:19-22; João 4:24). Por
sermos absolvidos de culpa somos abençoados na terra e por toda a eternidade (Romanos
8:28; I Coríntios 2:9; Apocalipse 1:5,6), pois a justificação e a glorificação andam juntas
(Romanos 5:8, 10; 8:30).
Um resumo (BANCROFT, Elemental Theology, p. 206):
1. Somos justificados judicialmente por Deus, Romanos 8:33.
2. Somos justificados causativamente pela graça, Romanos 3:24.
3. Somos justificados meritória e manifestamente por Cristo (meritoriamente pela Sua
morte, Romanos 5:10 manifestamente pela sua ressurreição, Romanos 4:25).
4. Somos justificados instrumentalmente pela fé, Romanos 5:1.
5. Somos justificados evidentemente aos outros pelas obras, Tiago 2:14-24.
Versículos para Memorizar: Romanos 4:4,5
38
VI. O CARÁTER GRATUITO DA SALVAÇÃO.
6.1. Cremos que as Escrituras ensinam que as bênçãos da salvação são gratuitamente
oferecidas a todos por meio do Evangelho 1, que é dever imediato de todos se
arrependerem por meio de uma fé cordial e obediente 2, e que nada impede a salvação do
maior pecador que existe sobre a terra senão a sua própria depravação voluntária e sua
rejeição espontânea do Evangelho 3, rejeição essa que trará sobre ele a mais severa
condenação 4.
Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes
dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço,
vinho e leite.”.
Conforme as Escrituras, “as bênçãos da salvação são gratuitamente oferecidas a todos”.
A Palavra de Deus declara um único Salvador para qualquer pecador. Além dos reis
ensinarem essa verdade (Pv 1.21-23) foram os profetas também que a comunicaram (Is
55.1-7). Jesus ensinou essa verdade em parábolas (Lc 14.17-23) e sem parábolas (Mt
11.28-30). Os Seus apóstolos também a proclamaram (At 20.21). Hoje, o Espírito Santo
ensina nas igrejas a mesma verdade (Ap 22.17).
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Portanto, fale à sua família do evangelho de Cristo. Pregue Cristo em seu bairro, nesta
cidade e região, em todo o seu estado e país não esquecendo os confins deste mundo. Há a
Palavra de Deus com a mensagem correta, o Salvador como seu exemplo melhor e a
promessa de Deus para animá-lo. Terá pés formosos (Rm 10.15), e estará entre os sábios
(Pv 11.30) que usam as suas bocas e vidas para proclamar a mais doce mensagem que
jamais foi comunicada por homem ou anjo.
É edificante enfatizar que as bênçãos da salvação, gratuitamente, oferecidas a todos,
somente, são obtidas “por meio do Evangelho”. Somente a Bíblia proclama a salvação,
exclusivamente, por Jesus Cristo. Não existem outros meios sejam celestiais, emocionais,
ou físicos que Deus tenha determinado conter a mensagem da Sua salvação que é somente,
através do Seu Filho. Os céus manifestam a glória de Deus, e a lei escrita no coração de
todo homem acusa ou defende as ações do homem, mas nem uma nem a outra declara
Quem é o Salvador e como o homem pode gozar da Salvação. Apenas a Bíblia tem o
relato inspirado por Deus que manifesta Jesus Cristo como Salvador.
Se você deseja conhecer a salvação que essa Bíblia relata, leia-a, coloque-se ao encontro
da pregação dela, estude-a e creia pela fé no Salvador que ela anuncia.
A Lei e O Evangelho
O que faria as bênçãos da salvação não serem gratuitas? Seriam as obras que o homem
pode inventar, ou que a igreja pode inventar, ou usar a Lei de Moisés de maneira errada. O
EVANGELHO, na sua bendita natureza, é diferente de qualquer lei que exija quaisquer
obras. Você poderia diferenciar o Evangelho da lei do Evangelho?
A Lei traz a ira (Êxodo 32.7-10, v.10, “Agora, pois, deixa-Me, para que o Meu furor se
acenda contra ele, e o consuma; e Eu farei de ti uma grande nação.”).
O Evangelho proclama paz (Romanos 5.1, “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos
paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”)
A Lei convence de culpa (Êxodo 20.7, “Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em
vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão”; Romanos
7.7-9, “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o
pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse:
Não cobiçarás.8 Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a
concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado. 9 E eu, nalgum tempo, vivia
sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.”)
O Evangelho traz absolvição (Efésios 2.13-18, v. 15, “Na Sua carne desfez a inimizade,
isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em Si mesmo dos
dois um novo homem, fazendo a paz”)
A Lei pronuncia uma sentença (Ezequiel 18.4 "Eis que todas as almas são Minhas; como o
é a alma do pai, assim também a alma do filho é Minha: a alma que pecar, essa morrerá”).
O Evangelho oferece perdão (Números 15.28, “E o sacerdote fará expiação pela pessoa
que pecou, quando pecar por ignorância, perante o SENHOR, fazendo expiação por ela, e
lhe será perdoado.”; João 1.29: “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e
40
disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.)
A Lei requer a perfeição nos mínimos detalhes (Tiago 2.10, “Porque qualquer que guardar
toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.”; Mateus 5.28, “Eu,
porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração
cometeu adultério com ela.”)
O Evangelho avisa que Deus está completamente satisfeito (Isaías 53.11, “Ele verá o fruto
do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo,
justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre Si.”)
A lei não conhece a misericórdia (Tiago 2.13, “Porque o juízo será sem misericórdia
sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo.”)
O Evangelho é pura misericórdia (Tiago 2.13, “Porque o juízo será sem misericórdia sobre
aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo.”; João 3.16, “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”)
Pela lei, a justiça e a verdade são, gloriosamente, exaltadas (Romanos 7.10-12, “E o
mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte. Porque o pecado, tomando
ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou. E assim a lei é santa, e o
mandamento santo, justo e bom.”)
Pelo Evangelho, o amor, a misericórdia e a compaixão são exaltados com maior brilho
(Romanos 7.24,25, “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o
entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.”; II João 1.3, “Graça,
misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja
convosco na verdade e amor.”; Romanos 5.20, “Veio, porém, a lei para que a ofensa
abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”).
À lei pertencem mandamentos, proibições, condições, ameaças e penalidades (Êxodo 20,
Não terás ... Não farás ... Não tomarás ... Não ... Não ... “sou Deus zeloso, que visito a
iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que Me odeiam”...
porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o Seu nome em vão... E todo o povo
viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo,
vendo isso retirou-se e pôs-se de longe.”)
Ao Evangelho pertencem a graça, a misericórdia e o perdão. A fé e o arrependimento são
dados livremente, e com estes também são dados um coração novo, uma natureza nova, e
uma nova vida – tudo é novo. Tudo é gratuito. Por isso, o Evangelho é boas novas
(Romanos 10.15, “E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão
formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de
boas coisas”; Isaías 61.1-3, “O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o
SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os
contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;
A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar
41
todos os tristes;A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza,
óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de
que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que Ele seja
glorificado.”; II Cor 5.17-21, “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos
reconciliou conSigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; Isto
é, Deus estava em Cristo reconciliando conSigo o mundo, não lhes imputando os seus
pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da
parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que
vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós; para
que nEle fôssemos feitos justiça de Deus”).
Versículo para Memorizar: Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às
águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai,
sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”.
6.2. Cremos que as Escrituras ensinam que as bênçãos da salvação são, gratuitamente,
oferecidas a todos por meio do Evangelho 1, que é dever imediato de todos se
arrependerem por meio de uma fé cordial e obediente 2, e que nada impede a salvação do
maior pecador que existe sobre a terra senão a sua própria depravação voluntária e sua
rejeição espontânea do Evangelho 3, rejeição essa que trará sobre ele a mais severa
condenação 4.
Romanos 16.26, “Mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos
profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência
da fé;”; Marcos 1.15; Romanos 1.15-17; Atos 17.30
Devemos entender um importante fato: todo pecador tem a responsabilidade de se
arrepender e crer pela fé cordial e obediente (Atos 17.30). Sem o arrependimento que
também tem a fé salvadora, nenhum pecador jamais conhecerá a graça salvadora (Atos
3.19, “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados,
e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor;” Atos 13.38, 39, “Seja-
vos, pois, notório, homens irmãos, que por Este se vos anuncia a remissão dos pecados. E
de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por Ele é justificado todo
aquele que crê.”).
Contudo, porque o homem tem a responsabilidade de se arrepender, isto não quer dizer
que todo homem tem a capacidade de se arrepender e crer com uma fé cordial e obediente.
Deus pede perfeição pela Lei de Moisés mas nenhum homem é capaz de cumprir toda a
Lei mesmo que todos sejam responsáveis de cumpri-la (Eclesiastes 12.13,14). Não há
coisa alguma no homem pecador que seja boa (Romanos 7.18). O homem natural não pode
agradar a Deus (Romanos 8.6-8).
Quando a necessidade do pecador de se arrepender e de crer é exposta, não há o
estabelecimento de uma nova lei para o pecador exercitar ser salvo, mas um
estabelecimento de uma verdade de que a salvação é puramente de Deus e pela Sua graça.
42
O pecador, sendo convicto do seu pecador ao ponto de ser convencido da justa condenação
de todo o seu pecado, e percebendo que não é apto a se salvar, procura um meio de salvar-
se desta condição. É nessa hora que o Evangelho proclama O Caminho Único, o sacrifício
de Jesus Cristo no lugar do pecador arrependido, e o pecador arrependido clama pela
misericórdia de Deus em salvá-lo pelos méritos de Cristo.
O fato de que o pecador se arrepende e crê pela fé, manifesta a operação de Deus no
coração deste pecador. O arrependimento vem de Deus (Zacarias 12.10; “Mas sobre a
casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de
súplicas; e olharão para Mim, a Quem traspassaram; e pranteá-Lo-ão sobre Ele, como
quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por Ele, como se chora
amargamente pelo primogênito”; Atos 5.31; 3.26, “Ressuscitando Deus a Seu Filho Jesus,
primeiro O enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das
vossas maldades”; 5.31; 11.18, “E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a
Deus, dizendo. Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida”; II
Timóteo 2.25, 26, “Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus
lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar,
desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos”). A fé
verdadeira, em contraste com a fé natural (Tiago 2.19, 20, “Tu crês que há um só Deus;
fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu
saber que a fé sem as obras é morta?”), vem de Deus (João 1.12, 13, “Mas, a todos quantos
O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu
nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do
homem, mas de Deus”; Gálatas 5.22, “Mas o fruto do Espírito é. amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”; 1 João 5.1, “Todo
aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama aO que o
gerou também ama aO que dEle é nascido”; Romanos 9.15, 16, “Pois diz a Moisés:
Compadecer-Me-ei de quem Me compadecer, e terei misericórdia de quem Eu tiver
misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus,
Que Se compadece”).
Se você deseja essas graças de Deus, o arrependimento e a fé salvadora, clame a Ele pela
Sua misericórdia para salvar mais um pecador.
Versículo para Memorizar: Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às
águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai,
sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”.
6.3. Cremos que as Escrituras ensinam que as bênçãos da salvação são gratuitamente
oferecidas a todos por meio do Evangelho 1, que é dever imediato de todos de se
arrependerem por meio de uma fé cordial e obediente 2, e que nada impede a salvação do
maior pecador que exista sobre a terra senão a sua própria depravação voluntária e sua
rejeição espontânea do Evangelho 3, rejeição essa que trará sobre ele a mais severa
condenação 4.
43
João 5.40, “E não quereis vir a mim para terdes vida.”
Deus não impede qualquer pecador de ser salvo - Mateus 23.37; Romanos 9.30-33;
Provérbios 1.23-33; Atos 13.46; Isaías 59.2. O problema do homem é a sua natureza
pecaminosa. Essa natureza é fraca para obedecer à Lei com um coração sincero (Romanos
7.5). Ela é escrava do príncipe das potestades do ar (Efésios 2.2,3; Romanos 6.16). Deus
não precisa agir para que o pecador continue no pecado.
Versículo para Memorizar: Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às
águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai,
sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”.
6.4. Cremos que as Escrituras ensinam que as bênçãos da salvação são gratuitamente
oferecidas a todos por meio do Evangelho 1, que é dever imediato de todos de se
arrependerem por meio de uma fé cordial e obediente 2, e que nada impede a salvação do
maior pecador que exista sobre a terra senão a sua própria depravação voluntária e sua
rejeição espontânea do Evangelho 3, rejeição essa que trará sobre ele a mais severa
condenação 4.
João 3.19, “E a condenação é esta: Que a Luz veio ao mundo, e os homens amaram
mais as trevas do que a Luz, porque as suas obras eram más.”; Mateus 11.20; Lucas
19.27; João 3.36; II Tessalonicenses 1.8; Apocalipse. 20.11-15.
A condição pecaminosa do pecador não vem por ele rejeitar a salvação em Jesus Cristo
mas ele rejeita a salvação por ser um pecador (Mateus 7.16-20; Provérbios 20.11). Por não
crer no nome do unigênito Filho de Deus o pecador é julgado para receber a mais severa
condenação (João 3.17, 18; Romanos 9.31, 32, “Mas Israel, que buscava a lei da justiça,
não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da
lei; tropeçaram na pedra de tropeço;”). Não deixe a sua fraqueza levá-lo à perdição eterna!
Clame pela misericórdia de Deus em Jesus Cristo!
Versículo para Memorizar: Isaías 55.1, “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às
águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai,
sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”.
44
VII. A GRAÇA NA REGENERAÇÃO.
Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam ser
regenerados ou nascidos de novo 1, que a regeneração consiste em dar à mente uma santa
disposição 2, que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder do
Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência
voluntária ao Evangelho 4, e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do
arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.
Referências: João 3:3-7, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te
digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. 4 Disse-lhe
Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a
entrar no ventre de sua mãe, e nascer? 5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te
digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de
Deus. 6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. 7
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo."; I Coríntios 2:14;
Apocalipse 5:7-9; 21:27.
Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na
verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.
7.1. Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam
ser regenerados ou nascidos de novo 1, que a regeneração consiste em dar à mente uma
santa disposição 2, que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder
do Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência
voluntária ao Evangelho 4, e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do
arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.
A NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO
Em João 3:3 e 5, nosso Senhor afirma, claramente, que a regeneração é necessária para a
salvação. O homem não só precisa de perdão para que tenha comunhão com Deus, como
também a sua natureza deve ser renovada (como Nicodemos). O homem caído é natural (I
Coríntios 2:14), sensual (Judas 19) e carnal (Romanos 8:5-7), o oposto ao espiritual (I
Coríntios 2:15). Cristo revela que há uma distinção imutável entre o que é nascido da
carne e o que é nascido do Espírito. A carne pode ser religiosa, refinada, educada e ter
aparência moral, mas ainda é carne (João 3:6). Portanto, precisa de regeneração!
Cada parte do homem natural é corrompida pelo pecado. A sua mente é entenebrecida às
coisas de Deus (I Coríntios 1:18; 2:14; Efésios 4:18). Seu coração está numa condição de
inimizade contra Deus (Romanos 8:7; Jeremias 17:9). A sua vontade é livre somente para
cumprir os desejos de uma natureza depravada (João 1:13; 5.40, “não quereis vir a Mim”;
Romanos 9:16; Filipenses 2:13; Jeremias 13.23; Mateus 19.24-26). A carne torna-se,
completamente, inútil para as coisas de Deus (João 6:63). Portanto, precisa de
regeneração!
Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na
verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.
45
7.2. Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam ser
regenerados ou nascidos de novo 1, que a regeneração consiste em dar à mente uma santa
disposição 2, que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder do
Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência
voluntária ao Evangelho 4, e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do
arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.
II Coríntios 5:17, "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas
velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."; Ezequiel 36:26; Deuteronômio 30:6;
Romanos 2:28,29; 5:5; I João 4:7.
A NATUREZA DO NOVO NASCIMENTO
Regeneração definida. A mudança exigida pela alma do homem capacitando-o a entrar no
reino de Deus é chamada de “regeneração” (Tito 3:5), “nascer de novo” (João 3:3) ou
“nascido do Espírito” (João 3:6). A regeneração é uma obra instantânea do Espírito de
Deus pela qual uma disposição santa (não apenas moral, emocional, alegre) é dada à alma.
As afeições são renovadas pelo amor a Deus, e a mente é iluminada e capacitada para o
entendimento do reino espiritual. Assim como a mudança que acontece na terra durante o
milênio é chamada de regeneração (Mateus 19:28), o novo nascimento é a renovação da
alma do homem.
Regeneração ilustrada. A maravilhosa mudança que acontece na regeneração é ilustrada
de muitas maneiras. Examinemos algumas terminologias aplicadas ao Novo Nascimento
para melhor ilustrarmos a sua natureza.
1. “Regeneração” ou “Novo Nascimento” - Não são estas palavras meras comparações
daquilo que acontece no milagre da graça, na alma do homem? Na regeneração física,
nova vida é dada e os traços familiares são reproduzidos (passiva, milagrosa,
maravilhosa). Não são estas verdades que fazem do nascimento uma figura maravilhosa da
obra da graça de Deus no homem?
2. Ressurreição - Efésios 2:1,5. Vivificar; dar vida nova ao morto.
3. Renovação - Colossenses 3:10. Pode conhecer Deus por Cristo.
4. Translado - Colossenses 1:13. Mudança brusca a um reinado novo (Hebreus 11.5;
Gênesis 5.24).
5. Novo coração - Ezequiel 36:26. Um que é capacitado a andar nos Seus estatutos. (2ª
vinda.)
6. A lei escrita no coração - Hebreus 8:10. Igual a Ezequiel 36.26 (2ª vinda.).
7. Nova natureza - II Corintos 5:17. Por isso tudo se fez novo.
8. Resplandecer com luz - II Coríntios 4:6. Mudança tamanha da 1ª criação.
9. Uma árvore boa - Mateus 7:17. Natureza boa com fruto bom para com Deus e para com
o homem.
10.Criação - Efésios 2:10. A sua criação tem obras diferentes da carne, “boas obras”
46
Regeneração experimentada. A regeneração não é sensorial (algo que pode ser
experimentado pelos sentidos do homem; São cinco os sentidos: visão, audição, olfato,
gosto e tato.), mas acontece num nível além da consciência humana. Isso não quer dizer
que o novo nascimento nunca é acompanhado por fortes emoções, porém a obra da
regeneração em si não é algo sentido, mas reconhecido pelo seu fruto na vida. A conversão
é resultado do novo nascimento e isto nós experimentamos. A regeneração é uma ação de
Deus, mas a conversão é uma ação do homem, produzida pelo novo nascimento.
Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na
verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.
7.3. Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam ser
regenerados ou nascidos de novo 1, que a regeneração consiste em dar à mente uma santa
disposição 2, que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder do
Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência
voluntária ao Evangelho 4, e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do
arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.
João 3:8, "O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem,
nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito."; 1:13; Tiago 1:16-
18; I Coríntios 1:30; Filipenses 2:13.
O AGENTE NA REGENERAÇÃO
A regeneração não é produzida pelo batismo, pela vontade humana (João 1:13), ou por
qualquer outra obra, mas é uma obra especifica de Deus na alma. Como o vento (poderoso,
fora do controle do homem e invisível) esta obra não é produzida, controlada ou entendida
pelo homem (João 3:8, vê o efeito mas não a causa). Esta obra, frequentemente, atribuída
ao Espírito Santo é uma ação instantânea e completa de Deus sobre a alma. Mesmo que
Deus venha a usar meios para salvar os eleitos, deve ser entendido que a própria
regeneração não é um esforço conjunto. A Bíblia apresenta o novo nascimento como uma
necessidade absoluta e não como um mandamento a ser obedecido (João 3:3).
Agora, estamos diante de uma importante pergunta sobre o lugar do evangelho na
regeneração. A Palavra de Deus é, frequentemente, mencionada em conexão com o novo
nascimento (I Coríntios 4:15; Tiago 1:18; I Pedro 1:23; Salmos 119:93). Qual é a parte
exata que o evangelho tem nessa obra? Alguns exageram ao ensinar que muitos são
regenerados sendo que nunca ouviram o evangelho. Vamos considerar este assunto.
Devemos entender, primeiramente, que mesmo a regeneração sendo uma obra direta de
Deus sobre a alma do homem, pela sua natureza ela é feita em conjunto com o evangelho.
A regeneração produz fé, e a fé torna-se impossível sem o evangelho (Romanos 10:17 – a
fé precisa de algo em que possa confiar – João 9.36 – amor precisa de um objeto – a
Palavra de Deus revela Quem faz a salvação, e Quem deve ser amado por esta salvação).
Como pode alguém crer num Salvador do qual nunca ouviu falar (Romanos 10:14)? A
regeneração nos dá um coração de conhecimento e amor a Deus (Jeremias 24:7). Isso
também envolve o conhecimento das Escrituras, de quem é Deus. Se a regeneração não
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acontece em conjunto com a Palavra de Deus não há fé, amor, santidade, e nem o
conhecimento espiritual pode ser produzido por ela.
Em I Tessalonicenses 1:4-5, encontramos Paulo dizendo aos crentes de Tessalônica que
ele sabe da eleição deles pelo fato de o evangelho vir a ele em poder. Por meio da
regeneração, Deus dá força ao evangelho abrindo os corações para recebê-lo (Atos 16:14).
Muitos daqueles que gastaram as suas vidas na igreja têm testemunhado que quando Deus
os salvou eles se sentiram como se estivessem ouvindo o evangelho pela primeira vez.
Aqueles que ensinam que a regeneração pode acontecer aparte do evangelho parecem
temer os que não concordam com eles, pois eles compartilham com o pregador o crédito
devido apenas à obra de Deus. Eles falam do nosso ponto de vista como “regeneração
evangélica” e parece que crêem que temos menosprezado a regeneração a uma mera obra
de persuasão moral. Estes temores, portanto, não têm apoio nenhum. Vejamos a
regeneração como uma obra soberana e direta de Deus sobre a alma, mas não distorçamos
as Escrituras com o ensinamento de que as pessoas podem experimentá-la fora do
evangelho. Isso seria o mesmo que Deus dar ao homem o poder de visão mas falhando de
criar a luz sem a qual o homem não pode ver. Isto é um insulto à sabedoria de Deus.
Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na
verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.
7.4. Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam ser
regenerados ou nascidos de novo 1, que a regeneração consiste em dar à mente uma santa
disposição 2; que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder do
Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência
voluntária ao Evangelho 4; e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do
arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.
I Pedro 1:22-25, "Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade,
para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um
coração puro; 23 Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da
incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. 24 Porque
Toda a carne é como a erva, E toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se
a erva, e caiu a sua flor; 25 Mas a palavra do Senhor permanece para sempre."; I
João 5:1; Efésios 4:20-24; Colossenses 3:9-11.
O FRUTO DA REGENERAÇÃO
Devido a regeneração ser conhecida apenas pelos seus frutos, vale a pena saber os efeitos
que a regeneração produzirá no homem. Como podemos saber se somos nascidos de novo
ou meramente enganados? Vamos listar algumas das virtudes que a regeneração produz na
alma.
Fé - I João 5:4,5; Hebreus 12:2; I Pedro 1:3; Atos 18:27. (O leitor não deve entender que
estamos dizendo que a regeneração vem, cronologicamente, antes da fé. A regeneração
precede a fé somente como sua causa. A fé é produzida, instantaneamente, pelo poder
regenerador de Deus e assim simultânea, cronologicamente, à regeneração. Isto pode ser
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exemplificado da seguinte maneira: Uma bala atirada numa parede produz,
instantaneamente, um buraco. Em relação ao tempo, a ação da bala atingir a parede não
pode ser separada do efeito produzido, mas a bala é a causa do buraco. A graça
regeneradora produz, instantaneamente, a fé, mas a precede como causa.)
Arrependimento - II Timóteo 2:25.
Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na
verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.
7.5. Cremos que as Escrituras ensinam que, a fim de serem salvos, os homens precisam ser
regenerados ou nascidos de novo 1; que a regeneração consiste em dar à mente uma santa
disposição 2 que é efetuada de modo que ultrapassa nosso entendimento, pelo poder do
Espírito Santo, em conexão com a verdade divina 3, a fim de assegurar nossa obediência
voluntária ao Evangelho 4, e que sua evidência adequada aparece nos santos frutos do
arrependimento, da fé e da novidade de vida 5.
Efésios 5:9, " (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e
verdade)"; Romanos 8:9; Gálatas 5:16-23; Efésios 3:14-21; Mateus 3:8-10; 7:20; I João
5:4,18.
Amor a Deus - I João 4:19
Amor aos outros crentes - I João 4:7; 3:14.
Perseverança - Filipenses 1:6; I João 5:4,5.
Conclusão - Esperamos que o leitor tenha entendido sobre o novo nascimento. Há muitos
que erram pensando que toda experiência religiosa é essa maravilhosa obra da graça. O
conhecimento do novo nascimento não é necessário só para fazermos firmes a nossa
própria chamada e eleição, mas também é necessário se quisermos ser um verdadeiro
testemunho aos outros.
Versículo para Memorizar: João 3:3, “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na
verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.
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VIII O ARREPENDIMENTO E A FÉ
Cremos que as Escrituras ensinam que a eleição é o propósito eterno de Deus, segundo o
qual Ele, misericordiosamente, regenera, santifica e salva pecadores 1, que estando em
perfeita coerência com a livre ação do homem, compreende todos os meios para garantir o
fim almejado 2, que é uma gloriosíssima demonstração da bondade soberana de Deus,
sendo infinitamente graciosa, sábia, santa e imutável 3, que exclui totalmente a jactância,
mas promove a humildade, o amor, a oração, o louvor, a confiança em Deus e uma
imitação da Sua livre misericórdia 4, que estimula o mais sincero emprego de meios
bíblicos 5, que pode ser verificada pelos efeitos que produz em todos aqueles que
verdadeiramente crêem em Cristo 6, que é o alicerce da segurança cristã 7, e que a assegura
em relação a nós mesmos, exige e merece a maior diligência 8.
1. Cremos que as Escrituras ensinam que a eleição é o propósito eterno de Deus, segundo
o qual Ele, misericordiosamente, regenera, santifica e salva pecadores 1
Mesmo que o homem ainda não tenha sido criado, e, portanto, não caído no pecado, é
evidente que a necessidade da sua salvação foi programada já antes da fundação do
mundo: I Pedro 1.18-21, “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou
ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos
vossos pais, 19 Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e
incontaminado, 20 O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da
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fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós; 21 E por
Ele credes em Deus, que O ressuscitou dentre os mortos, e Lhe deu glória, para que a
vossa fé e esperança estivessem em Deus”; “... embora as Suas obras estivessem acabadas
desde a fundação do mundo”, Hb 4.3. O conselho eterno programou a salvação eterna pela
graça. Por isso Jesus veio “buscar e salvar o que se havia perdido” (Lu 19.10).
A condição do homem necessita que a sua salvação seja pela graça. E é nisso que cremos:
‘que a eleição é o propósito eterno de Deus, segundo o qual Ele, misericordiosamente,
regenera, santifica e salva pecadores’. Por Deus propor salvar pecadores é declarada que a
salvação somente seria pela graça. A condição do homem pecador é chocante. O seu
coração enganoso perverte o seu entendimento de Deus ao ponto de crer que a fonte
pecadora pode produzir uma justiça cristalina para agradar ao Deus Justo (Jr 17.9; Tg 3.11;
Is 64.6, “todas as nossas justiças como trapo da imundícia”). O homem pecador é sujo da
planta do seu pé até a coroa da sua cabeça, e de dentro para fora. Por ser pecador,
totalmente, em tudo, ele é, completamente, condenando diante de Deus (Rm 3.10-18; Jo
3.19). Por ser pecador, ele é inimigo de Deus não podendo agradá-Lo em nada e nem
entender a Sua palavra (Rm 8.6-8; I Co 2.14). Se existir apenas um pecador regenerado,
santificado e salvo, tal salvação é, inteiramente, pela graça: Ef 2.5, 8, “Estando nós ainda
mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), 8,
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”.
Por isso, cremos que a eleição é o propósito eterno de Deus, segundo o qual Ele,
misericordiosamente, regenera, santifica e salva pecadores - Efésios 1.3-14; I Pedro 1.1,2,
20; Romanos 11.5,6; João 15.16; I João 4.19; Oséias 12.9.
2. Cremos ainda que esta eleição pela graça está em perfeita coerência com a livre ação do
homem, e ela ainda compreende todos os meios para garantir o fim almejado 2
II Tessalonicenses 2.13-14, “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos
amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em
santificação do Espírito, e fé da verdade; 14 Para o que pelo nosso evangelho vos
chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”.
É nesse ponto que muitos teólogos se afundam. A distinção da salvação sendo programada
“antes da fundação do mundo” por um Deus soberano, sem a cooperação do homem, pois
homem algum existia quando Deus programou, mas sabe-se que foi efetuada pelo homem
com a perfeita coerência e com a sua livre ação. Aparentemente, ela apresenta uma
dificuldade enorme.
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A Bíblia enfatiza que o homem é responsável pelas suas ações (Ez 18.20; Ec 12.14 Ap
20.12, 13). A responsabilidade estabelece que o homem seja um agente livre. Isto quer
dizer que o pecador responsável age para com Deus na salvação, mesmo rejeitando-a, sem
ser coagido. A vontade do homem é livre para agir segundo a sua natureza. O arbítrio do
homem é servo dessa vontade que é livre dentro da sua natureza. O arbítrio é preso para
escolher conforme aquilo que o coração pecaminoso deseja (Jr 16.12, “eis que cada um de
vocês anda segundo o propósito do seu mau coração, para não dar ouvidos a Mim”; Rm
2.5, “Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da
ira e da manifestação do juízo de Deus”). Sim, o homem pecador é livre para agir e ser
responsável pelas suas ações.
Recapitulando quanto ao homem ser responsável, é claro que ele é um agente livre. Pelo
fato do seu arbítrio ser preso ao que a vontade do coração deseja, é estabelecido o fato de
que o homem age sempre segundo a sua natureza. Podemos afirmar da livre ação do
homem diante de uma salvação que é inteiramente pela graça operada pelo soberano Deus
porque a Bíblia assim ensina. Ao dizer que o homem tem uma ação livre para com Deus
não elimina o fato de que o Deus Soberano usa meios eficazes para garantir o fim que Ele
deseja. É assim que cremos.
Como a eleição pela graça é uma obra graciosa de Deus sobre o coração do pecador,
também entendemos que essa obra de Deus compreende todos os meios para garantir o
fim almejado. Cristo veio em carne para ser o sacrifício idôneo, feito pecado no lugar dos
pecadores arrependidos para que estes tivessem as Suas justiças pelas quais estes
pecadores crentes fossem levados a Deus (II Co 5.21; I Pd 1.18-20). Portanto, Cristo é o
meio pelo qual o pecador chega justificado diante de Deus. Todavia, como pode qualquer
pecador conhecer a Cristo se Ele não fosse pregado (Rm 10.13-15)? Os meios, então, que
Deus usa para garantir que os Seus venham a Ele por Cristo, são o Espírito Santo
aplicando a Palavra de Deus pregada ou lida: II Ts 2.13-14, “Mas devemos sempre dar
graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o
princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade; 14 Para o que pelo
nosso evangelho vos chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo”.
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Quando a Palavra de Deus é pregada, o Espírito Santo aplica-a ao coração do pecador para
que esse venha crer em Cristo. Confere: Jo 6.39, 40, “aquele que vê o Filho, e crê nEle,
tenha a vida eterna”; 10.16, “e elas ouvirão a minha voz”; At 16.14, “o Senhor lhe abriu o
coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia”. Por esses meios poderosos, Deus
garante o fim almejado.
Você se vê como pecador culpado e perdido? Essa condição de ser um pecador o aborrece
por causa do seu pecado ser contra Deus? Está entendendo a verdade que Cristo foi feito
pecado para que o pecador arrependido seja levado a Deus, justo, limpo e salvo? Então,
creia pela fé nEste Salvador bendito, Jesus Cristo, e você será salvo!
Êxodo 33.18-19, “Então ele disse: Rogo-Te que me mostres a Tua glória. 19 Porém
Ele disse: Eu farei passar toda a Minha bondade por diante de ti, e proclamarei o
nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia de quem Eu tiver misericórdia, e
Me compadecerei de quem Eu Me compadecer.”; Deuteronômio 7.7,8; Mateus 20.15;
Efésios 1.11; Romanos 9.23-24; Jeremias 31.3; João 6.37-40; Romanos 11.28-29; Tiago
1.17-18; II Timóteo 1.9; Romanos 11.32-36.
A Bondade é de Deus
A eleição é uma gloriosa demonstração da bondade soberana de Deus. Deus determinou
ser bondoso para com “o que se havia perdido” (Lu 19.10). Mc 13.20, entre muitas outras
passagens bíblicas (Dt 7.7,8; Mt 20.15; Ef 1.4, 11; Rm 9.23-24; Jr 31.3; Jo 6.37-40; II Tm
1.9), enfatiza que a eleição vem de Deus, “E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias,
nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos eleitos que escolheu, abreviou aqueles
dias”. Deus, e não o homem, é responsável pela eleição.
Deus determinou quais são Seus eleitos baseando essa determinação na Sua bondade
somente e não no que o homem faria em tempo futuro. A eleição é para a salvação, uma
salvação tal que leva o salvo a ser santo e irrepreensível. A santidade é o efeito da bondade
da eleição de Deus. A santidade do homem não é a causa da eleição (Ef 1.4). Graças a
Deus pela Sua bondade! O homem pecador é naturalmente e espiritualmente ignorante da
Palavra de Deus (I Co 2.14), sem capacidade nenhuma de agradar a Deus (Rm 8.7-6-8; Ef
2.1), sem desejo de crer no Evangelho (I Co 1.23) e, ativamente, o inimigo de Deus (Rm
8.7). Entendendo essa condição universal de todo pecador, podemos perceber melhor que
essa obra de eleição de Deus tem que ser pela Sua bondade. Não há dúvida, Deus elegeu
em amor (Dt 7.7, 8; Jr 31.3; I Jo 4.19).
Se tiver um pecador desejoso de confiar nessa bondade divina que trouxe Jesus Cristo para
ser o único substituto idôneo no lugar do pecador arrependido, dando a ele a Sua justiça, a
mensagem de Deus é: Arrepende-se e confia pela fé em Cristo Jesus! E já!
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Bondade Soberana
O propósito divino da bondade de Deus é um exercício de um Deus soberano. O termo
“soberano” talvez não seja conhecido por todos. Significa: Que detém poder ou autoridade
suprema, sem restrição nem neutralização (Dicionário Eletrônico Aurélio, Ver. 3, Nov.
1999). Quando falamos de um país sendo soberano, queremos dizer que tal país é
autônomo, independente e livre para programar a sua própria política. Pode haver muitos
países soberanos existentes em um determinado tempo. Todavia, quando falamos de Deus,
somente um pode existir. E existe somente um Deus vivo e verdadeiro (Dt 6.4; I Ts 1.9).
Graças a Ele que este Deus soberano é bondoso!
A Sua soberania se entende pela Sua declaração a Moisés na época em que Israel fez para
si o bezerro de ouro: “e terei misericórdia de quem Eu tiver misericórdia, e Me
compadecerei de quem Eu Me compadecer.” (Ex 33.19). Séculos depois, o Apóstolo
Paulo, falando do propósito de Deus segundo a eleição, cita essa mesma verdade
“Compadecer-Me-ei de quem Me compadecer, e terei misericórdia de quem Eu tiver
misericórdia”, Rm 9.15. O propósito da graça divina não é motivado pelo desejo do
homem nem pelo esforço do homem, mas de Deus, que Se compadece (Rm 9.16). Se você
espera ter essa misericórdia de Deus aplicada à sua vida, é necessário olhar para Ele, pois
tal bondade vem soberanamente somente dEle.
Este Deus soberano declara a todos que estão cansados e oprimidos dos seus pecados a
virem a Cristo pela fé (Mt 11.28-30). O pecador que nega submeter-se a este Soberano,
condena-se a si mesmo à separação eterna da presença da bondade desse soberano Deus
(Jo 3.36). Não persista no seu pecado! Arrependa-se e creia em Cristo Jesus, o perfeito
Salvador (Hb 7.24, 25). Deus é O Soberano Justo, mas especialmente bondoso para com
todos que estão em Cristo.
Bondade Graciosa
O propósito divino da graça na salvação é uma demonstração da Sua bondade graciosa.
Como pela graça? Todo pecador é, completamente, vazio de qualquer coisa que agrada ao
Deus soberano (Rm 3.10-18; Is 64.6). Se Deus trata qualquer um com a Sua bondade,
então pode ser somente uma bondade graciosa. Desde que nenhum pecador pode em si
mesmo vir a Deus (Jo 15.5; 6.44, 45), é claro que, se houver um pecador em Cristo feito
justo perante Deus, será unicamente por causa da bondade graciosa de Deus (Ef 2.4-10).
Essa bondade graciosa é percebida na aliança que Ele fez com Seu povo (literalmente a
nação de Israel, mas espiritualmente todos os salvos) recordado em Jeremias 31.31-33.
Note, especialmente em versículo 33, a ausência da atividade de homem algum. Note a
bondade graciosa nas bênçãos estipuladas e note que todas elas são realizadas por Deus
para meros homens e filhos de homens!
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A graça de Deus na salvação declara altamente que a salvação não é por obra nenhuma de
homem pecador algum (Rm 11.6). Os que são salvos recebem de Deus o poder para serem
feitos filhos de Deus. Essa regeneração não é por causa da realização de uma festa (ex. a
da Páscoa com seus sacrifícios de cordeiros) ou um cerimonial religioso (ex. a
circuncisão), nem por uma sinceridade humana que apenas pode ser carnal, nem algo mais
do homem em si, mas apenas segundo o beneplácito de Sua vontade (Jo 1.12; Ef 1.5). E,
se Deus deseja dar ao rebelde algo que este não merece, Ele pode. E isso se chama
‘bondade graciosa’.
Para participar dessa bondade graciosa, se arrependa e creia nEste Evangelho, Jesus
Cristo!
Bondade Sábia
Essa bondade graciosa é sábia pelo fato dela satisfazer todas as exigências do Santo Deus,
redimir o pecador arrependido dos seus pecados e de qualquer condenação, estabelecer
este na Sua família, e garantir tudo isso por toda a eternidade. Deus é um Deus justo e
Santo, não podendo habitar com pecado qualquer (I Jo 1.5, “... Deus é luz, e não há nEle
trevas nenhumas”; Hc 1.13). Todavia, pela Sua bondade sábia Ele deu Seu Filho, que não
conheceu pecado, no lugar do pecador arrependido. Todos os pecados do Seu Povo foram
imputados no Inocente e as múltiplas justiças do Inocente foram imputadas naquele que de
antemão só tinha a mais extrema condenação. Deus deu Jesus no lugar do pecador
arrependido e enxertou o pecador lavado pelo sangue de Cristo na Sua família para,
eternamente, gozar da herança junto com Cristo (Rm 8.16, 17; 11.17-22). “Ó profundidade
das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os Seus
juízos, e quão inescrutáveis os Seus caminhos! Porque quem compreendeu a mente do
Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem Lhe deu primeiro a Ele, para que Lhe seja
recompensado? Porque dEle e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele
eternamente. Amém”, Rm 11.33-36. Tendo assim a justiça do Deus Justo, não há mais
condenação (Rm 8.1), mas paz com este Deus (Rm 5.1). Não há sabedoria maior do que
esta! Mas lembre-se de que temos entrada nessa bondade sábia somente por Jesus Cristo
(Rm 5.2).
Essa bondade é demonstrada ainda mais sábia quando se considera que essa paz com Deus
é de forma permanente: oEterno, que Se deu no lugar dos pecadores, fez um sacrifício
eterno que aniquilou o pecado e a sua condenação para todo o sempre (Hb 9.24-26; 10.10-
14). Deus verá o trabalho da alma de Seu Filho, e ficará satisfeito, para sempre (Is 53.11).
Foi a bondade sábia que levou o Inocente Jesus a substituir o culpado de forma que o
Inocente pagou tudo pelo culpado de maneira que os dois possam viver eternamente no
gozo do Deus Justo.
A nossa oração é que Deus abençoe os pecadores de maneira que aproveitem dessa
bondade soberana de Deus que é infinitamente graciosa e sábia enquanto ela está perto!
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Bondade Santa
Essa bondade do propósito divino da graça é santa. Ela leva os agraciados à santidade (I
Ts 1.8, 9). Essa santidade é manifesta pelas boas obras de obediência à Palavra de Deus
(Ef 2.8-10; Jo 17.17). Graça a Deus pela Sua bondade que faz com que as ovelhas não
somente sejam achadas, mas seguidoras do Pastor (Jo 10.27). Tudo da velha vida
(vestimenta, hábitos, amizades, entretenimento, adoração) com as suas corrupções e
concupiscências passa, dando lugar para que tudo se faça novo (II Co 5.17).
Examine-se a si mesmo, olhando a sua vida pelo espelho da Palavra de Deus. É visto uma
crucificação contínua da sua carne? É visto um crescimento gradual na imagem de Cristo?
Bondade Imutável
São sem arrependimento os dons e vocações de Deus (Rm 11.29). Quer dizer que todas as
bênçãos espirituais que vêm para o regenerado são imutáveis em Cristo Jesus, sem sombra
de variação (Tg 1.17). Pela bondade de Deus manifesta em Cristo, aquele que era inimigo
é agora transformado em filho (Rm 8.17) com direito à herança celestial com Cristo, para
todo o sempre!
Aquele propósito eterno de Deus, que é segundo o beneplácito da Sua vontade, mesmo que
seja além do nosso entendimento, é uma demonstração dos próprios atributos dEle. Toda
essa bondade está em Cristo Jesus o Qual para os regenerados foi feito por Deus sabedoria,
e justiça, e santificação, e redenção (I Co 1.30). A eleição traz a público as belezas de
Deus em Cristo, ou seja, a Sua bondade, graça, sabedoria, santidade e imutabilidade.
Essa bondade já foi operada na sua alma? Deseja que ela seja? Olhe para Jesus Cristo “em
Quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”, Co 2.3.
Você está vivendo na Luz dAquele que raiou na sua alma numa bondade soberana,
graciosa, sábia, santa e imutável? Mortifique mais a sua carne e coma da Sua Palavra mais
e mais. Assim, a Sua bondade será vista pelos outros ao nosso redor e você será
assegurado de ser conhecido antes da fundação do mundo entre o Seu povo.
4. Cremos ainda que a eleição pela graça exclua totalmente a jactância, mas promove a
humildade, o amor, a oração, o louvor, a confiança em Deus e uma imitação da Sua livre
misericórdia 4
I Coríntios 4.7, “Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas
recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?”; I
Coríntios 1.26-31; Romanos 3.27; 4.16; Colossenses 3.12; I Coríntios 3.5-7; 15.10; I
Pedro 5.10; Atos 1.24; I Tessalonicenses 2.13; I Pedro 2.9; Lucas 18.13; João 15.16;
Efésios 1.16; I Tessalonicenses 2.12; Efésios 4.32.
61
Rm 3.27, “Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela
lei da fé”.
Como todos são pecadores qual é a razão de orgulho? Percebendo que fomos feitos
herdeiros de Deus pelas justiças de Um outro, “Onde está logo a jactância?”
Reconhecendo que a nossa salvação é uma dádiva de Deus para os imerecidos e
desmerecidos, “Onde está logo a jactância?” Lembrando de que a nossa aceitação contínua
depende das misericórdias de Cristo, “Onde está logo a jactância?”
A graça de Deus aplicada no coração do homem renova o seu entendimento e derrama nele
o amor de Deus, um amor que não é egoísta, mas se expressa morrendo para o bem do
outro (Rm 5.5). Nenhum louvor é reservado para o regenerado pela graça de Deus, mas ele
dá tudo ao seu Salvador (Ap 4.11; Lu 17.15-17). Não há lugar para a auto gratificação
naquele que é atingido pelo propósito divino da graça. “Onde está logo a jactância? É
excluída.”
Se aquele atingido pela graça soberana fosse ajudado na sua salvação pelo fervor das suas
orações sinceras a qualquer outro a não ser Jesus; ou pelo batismo de qualquer igreja ou
pela firmeza da sua intenção de fazer o melhor possível, este teria razão de se orgulhar. Se
o regenerado fosse mantido na graça pela sua obediência completa e cuidadosa ou se fosse
pelos méritos de ter perseverado na fé ou por qualquer outra manifestação de religião
sincera, este teria logo uma razão de ter crédito pela sua salvação.
Em vez de orgulho, o propósito divino da Graça produz humildade e gratidão (Lu 17.15-
19), oração cultivada para comungar, constantemente, com o seu Deus nos céus (At 9.11),
um crescimento na graça e conhecimento do seu Salvador que renova o homem interior (Fl
3.9-14). É uma transformação contínua na imagem dAquele que criou este homem novo
(Cl 3.9-13).
Considere as manifestações da sua salvação. Há, agora, mais traços de Cristo na sua vida
do que antes da sua conversão? O propósito da salvação é de sermos feitos conforme a
imagem de Cristo (Rm 8.29). Você tem estes traços?
62
5. Cremos ainda que o propósito eterno da graça estimule o mais sincero emprego de
meios bíblicos 5
II Timóteo 2.10, “Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também
eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna”; I Coríntios 2.1-
5; 9.16-27; Romanos 8.28-30; I Coríntios 4.15; II Tessalonicenses 2.13,14.
Os Meios Bíblicos
Todos os meios, sejam internos ou externos, são controlados por Deus, Que é sobre tudo
(Isaías 45:7). Não minimizando o poder de Deus nem a Sua soberania, os meios externos
são da responsabilidade do homem. Os meios externos, que são, inteiramente, a
responsabilidade do homem, devem ser empregados com todo o esforço que biblicamente
podemos enquanto imploramos que Deus use os Seus meios internos, que são da Sua
responsabilidade, nos corações de todos aqueles a quem pregamos (Ezequiel 37.1-10).
Deve ser enfatizado que Deus não é limitado em nada (Daniel 4.35, “não há quem possa
estorvar a Sua mão, e Lhe diga: Que fazes?”). Se de pedras Deus quisesse suscitar filhos a
Abraão, Ele poderia (Mat. 3.9; Luc. 3.8), pois nada há que a Deus seja demasiado difícil
(Jer. 32.17). Porém, o que Deus manda ao homem fazer, é o que o homem é responsável
de fazer. Ao homem é mandado pregar a Verdade, orar para que Deus abençoe a Sua
Palavra e viver uma vida exemplar diante de todos. Se não houver obediência no que
somos responsáveis de fazer, não veremos as bênçãos de Deus no nosso ministério
(Ezequiel 33.6-8; II Cor. 4.3,4; Atos 20.26,27).
Cristo é o próprio Verbo que Deus usa para chamar os Seus eleitos à salvação (João
1.1,14; II Cor. 4.6). Cristo usava a pregação de toda parte da Palavra de Deus no Seu
ministério público (Mar 2.2, “e anunciava-lhes a Palavra”; Luc. 5.1; 24.27, 44, “de Mim
estava escrito na Lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos”; João 12.48, “a palavra que
vos tenho pregado”; 14.24, “a palavra que ouviste não é Minha, mas do Pai que Me
enviou.”; 15.3, “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.”). Como Cristo é
feito “Espírito vivificante” (I Cor. 15.45) Ele vivifica os Seus pela Palavra de Deus (I
Pedro 1.23-25; Tiago 1.18). O exemplo do próprio Cristo em usar a Palavra de Deus na
Sua evangelização é uma forte lição para nós.
O mandamento de Cristo é prova de que Deus quer usar a pregação da sua Palavra na
chamada dos Seus eleitos à salvação. Cristo mandou os Seus pregarem o evangelho a toda
a criatura (Mat. 28.18-20, “que Eu vos tenho mandado” – João 14.26; 15.15; Mar 16.15;
Luc. 24.47). Essa comissão aos que formaram a igreja primitiva é a comissão de todos os
do mesmo tipo de igreja, que querem ser obedientes ainda hoje (Mat. 28.20, “até a
consumação dos séculos”; II Tim 2.2; 4.2-5). Devemos sempre nos relembrar que Cristo é
declarado pela pregação e é a pregação que Deus usa para salvar os Seus (I Cor. 1.21-24;
Tito 1.3). Não devemos pensar, nem um pouco, que são nossas invenções, idéias,
promoções ou transpirações que devemos aprimorar para a declaração da Palavra de Deus,
mas, ao contrário, é, exclusivamente, a pregação da Palavra de Deus que somos mandados
para pregar. Se você quer ver os ‘seus’ virem a Cristo, pregue a Palavra.
O raciocínio inspirado da Bíblia prova que Deus quer usar a pregação da Sua Palavra na
chamada dos Seus eleitos à salvação. É a palavra que testifica de Cristo (João 5.39) e que
leva à vida a terra antes preparada por Deus (Mat. 13.23; I Cor. 3.6). Não há fé sem ouvir a
Palavra de Deus (Romanos 10.13-14, 17; Efés. 1.13, “depois que ouvistes a palavra da
verdade”; Tiago 1.18). Quando o rico se preocupou com os seus cinco irmãos não
querendo que eles viessem para o inferno, a Palavra de Deus foi dada como suficiente para
isso (Luc. 16.29). Ela é superior a um ressuscitado voltando ao mundo (Luc. 16.30,31).
Há uma incumbência para pregarmos o evangelho, não somente pelo mandamento de
Cristo, mas pelo perigo pessoal e social da verdade ser encoberta se ela não for pregada (I
Cor. 9.16; II Cor. 4.3).
Os que querem usar a doutrina da eleição para não pregar aos que nunca ouviram não
estão manejando bem a palavra da verdade. A eleição não é salvação mas é “para a
salvação”. A salvação é pela fé na verdade que é apresentada pela Palavra de Deus (II Tess
2.13, 14, “para o que pelo nosso evangelho vos chamou”; Romanos 10.13-14, “como
crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?”). Não
precisamos entender como Deus usa a Sua Palavra para dar vida. Somente devemos
entender a nossa responsabilidade em pregá-la a toda a criatura e pedir que Deus nos dê
o Seu crescimento por ela (I Cor. 3.6).
A oração nunca pode mudar Deus, pois Ele não muda (Malaquias 3.6; Tiago 1.17) mas ela
verdadeiramente é um meio eficaz que Deus estimula e usa para fazer a Sua vontade (Mat.
7.7-11; Luc. 18.1-8; Efés. 1.11; Romanos 8.26).
O efeito que a oração tem como meio no chamamento dos eleitos à salvação é entendido
pelo uso de oração por Jesus. Nas Suas orações Ele expressava os desejos do Seu coração
juntamente clamando que tudo fosse segundo a vontade do Pai (Mat. 26.39). Jesus orava
pelos que, no momento da oração, não eram salvos (João 17.9-11, 20, “E não rogo
somente por estes, mas também por aqueles que pela Sua palavra hão de crer em Mim;”).
Se Jesus ocupava-se na oração intercedendo pelos que naquele momento no qual Ele orava
eram transgressores (Isaías 53.12; Hebreus 7.25), podemos ser animados a empregar tal
meio também e orarmos pelos que amamos e ainda não são salvos. Podemos,
sinceramente. implorar pela salvação dos transgressores. Não sabemos quem são os eleitos
mas sabemos que a oração é um meio usado por Cristo para interceder pelos transgressores
para que sejam salvos. Podemos ser como Cristo empregando este meio eficaz que é orar
pela salvação dos transgressores, por todos aqueles que o Pai deu a Cristo.
O uso de oração pelos discípulos nos ensina que Deus usa a oração dos santos para chamar
os Seus eleitos à salvação. O apóstolo Paulo orou pelos incrédulos para que fossem salvos
(Romanos 10.1-3, “Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é
para sua salvação.”). Muitos destes por quem Paulo orou não vieram a Cristo mas, mesmo
assim, a sua oração era correta. Paulo agradeceu aos irmãos de Corinto pela ajuda que
deram em orar pelos ministros do Evangelho no seu trabalho de evangelização (II Cor.
1.11). As suas contribuições na missão dele pela oração e sacrifício financeiro foram a
esperança dos missionários que muitos outros, que naquele momento não eram salvos,
chegariam à fé. A participação dos irmãos na obra missionária ajudando com orações e
ofertas missionárias era uma esperança forte que novos convertidos dariam gratidão pelas
suas participações. Também entendemos que a ajuda ao evangelismo através da oração da
igreja em Filipos, foi um estímulo ao apóstolo Paulo (Fil. 1.19). Nunca devemos nos
esquecer da verdade que diz. “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.”
(Tiago 5.16). É um estímulo orar sabendo que pelas obras da pregação e da oração
tornamo-nos “cooperadores de Deus” (I Cor. 3.9).
Pela Bíblia ser a revelação perfeita de Deus, os que querem glorificar a Deus são
estimulados a obedecer aos mandamentos dela. Os mandamentos feitos aos santos para
orarem sem cessar (I Tess 5.17) e fazerem orações e intercessões por todos os homens (I
Tim 2.1-3) nos mostram a importância da oração na chamada dos eleitos à salvação. A
igreja em Tessalônica foi animada pela instrução de rogar pelos evangelistas no seu
trabalho para que a Palavra de Deus pregada tivesse efeito (II Tess 3.1). A mesma
instrução foi dada aos irmãos em Colossos (Col. 4.2-4). Se estes exemplos das instruções
65
às igrejas neo-testamentárias para que orassem pelo desempenho positivo do evangelho
entre os incrédulos foram incluídos na Bíblia, as igrejas, hoje, que querem ser iguais
àquelas igrejas, podem receber instrução no seu dever de orar. Não seja displicente nas
suas orações pelos seus familiares, colegas e até pelos que você não conhece
pessoalmente. Pode ser que as suas orações sejam o instrumento que Deus está usando
para efetuar no coração de alguém a fé na Sua Palavra para que venha a Cristo.
Essa testemunha pela vida cristã no mundo é simbolizada, biblicamente, como sal e luz
(Mat. 5.13-16; Romanos 13.11-14). A utilidade da vida cristã em conservar virtudes no
mundo é representada pelo sal (Mat. 5.13). O efeito de mostrar, publicamente, o poder de
Cristo sobre o pecado é manifesto pelo símbolo de luz (Mat. 5.14,15). Nisto, somos
instruídos em que a obediência à Palavra de Deus é útil e eficaz em testemunhar de Cristo.
O testemunho da Palavra de Deus pela vida do cristão glorifica a Deus “diante dos
homens” (Mat. 5.15,16; II Tess 1.11,12). Esse testemunho vivo da Palavra de Deus é
usado para enfatizar o que dizem as Escrituras de Cristo diante dos não salvos. A vida
pública do cristão é um meio que Deus usa para chamar o Seu povo à salvação. Portanto,
“vede prudentemente como andais” (Efés. 5.13-16).
Deve ser enfatizado que não é, isoladamente, a moralidade ou a retidão da vida que é o
maior destaque nessa área. A moralidade e uma vida reta, somente, têm efeito positivo
quando representam submissão à Palavra de Deus. A própria Palavra de Deus é o meio
principal que Deus usa na chamada do Seu povo à salvação. Juntamente com a Palavra de
Deus, sem dúvida, a vida submissa à Palavra de Deus prega alto e é usada pelo Pai na
chamada à salvação. É impossível separar a utilidade de uma vida em obediência à
Palavra de Deus da própria eficácia e poder das Escrituras. Por causa dessa convivência
de verdades, existem exortações abundantes para que os cristãos vigiem bem nos seus
testemunhos (João 13.35; 15.8; Romanos 13.11-14; Fil. 2.15,16; I Pedro 2.11,12).
66
A sua vida pode ser a única Bíblia que muitos leem. Viva em submissão
constante à Palavra de Deus, para que Cristo seja manifesto e Deus
glorificado no mundo
(I Pedro 4.14-19).
6. Cremos que este propósito da graça pode ser verificado pelos efeitos que produz em
todos aqueles que verdadeiramente crêem em Cristo 6
Quando a graça de Deus é operada nada fica o mesmo - II Co 5.17, “Assim que, se alguém
está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. A
frase “se alguém” indica que todos que venham a conhecer Cristo como Redentor tenham
uma vida nova. Essa vida nova é manifesta na morte e repúdio às coisas das trevas e a
manifestação aberta de uma nova criação, um “novo homem, que segundo Deus é criado
67
em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24). Há uma moral nova no coração que é
permanente, e uma cosmovisão nova que afeta a língua, vestimenta, higiene,
relacionamentos e apetites tão radicalmente que só pode ser de Deus e é comparada à
primeira criação de Deus (II Co 4.6).
Na vida do cristão há, verdadeiramente, fruto digno da Videira na qual ele é enxertado (Jo
15.5, “quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto”). Ele tem tais frutos através da
oração conforme a vontade de Deus (Jo 15.7, “Se vós estiverdes em Mim, e as Minhas
palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”), tem uma vida
de obediência em amor à Palavra de Deus (Jo 15.10 “Se guardardes os Meus
mandamentos, permanecereis no Meu amor”) e um amor verdadeiro aos outros em Cristo
(Jo 15.12, “O Meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos
amei”).
Quando você compara a sua “vida cristã” àquela revelada na Palavra de Deus, há
concordância ou dúvida? Fruto digno ao arrependimento ou apenas tristeza pelas
consequências do pecado? É, somente, o poder de Deus e a habitação do Espírito Santo ou
somente as tentativas psicológicas que visam melhorar a sua vida? Não aceite nada menos
do que a criação nova feita por Deus naqueles que se arrependem e crêem em Cristo pela
fé.
7. Cremos que a Bíblia ensina que o propósito da graça é o alicerce da segurança cristã 7.
Desde que o propósito da graça é o produto da vontade de Deus, e entendendo que Ele é
soberano (Dn 4.34, 35; Sl 135.6; 115.3); desde que o propósito da graça depende,
totalmente, da obediência de Cristo no lugar dos que o Pai O deu (Jo 6.37-39; Is 53.11; II
Co 5.21); e por causa do propósito da graça sendo efetuado pela obra do Espírito Santo na
Palavra de Deus (Jo 16.7-15; Rm 1.16), o cristão tem o mais firme alicerce de segurança
possível.
A segurança do regenerado não depende de sua própria obediência mas da obra dAquele
que começou a boa obra da graça nele (Fl 1.6). A esperança do cristão não é estabelecida
pela firmeza da sua própria intenção, pela oração de outro ou poder das ordenanças
eclesiásticas a seu favor mas somente por Aquele que prometeu a vida eterna. Este fará o
68
que prometeu por Cristo (I Ts 5.24; I Co 1.20, “Porque todas quantas promessas há de
Deus, são nEle sim, e por Ele o Amém, para glória de Deus por nós”). Portanto aquele
abrangido pelo propósito divino da graça tem o mais firme alicerce de segurança possível.
Em quem está a sua esperança da vida eterna? Não diga que está em Cristo se a
manutenção da sua fé depende de você. Cristo é o Salvador perfeito (Hb 7.25). Você pode
dizer com Paulo: Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu
sei em Quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até
àquele dia (II Tm 1.12)?
O cristão tem a responsabilidade de perseverar na fé, todavia até essa perseverança é pela
preservação de Deus (Jd 1:24 Ora, Àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e
apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória).
8. Cremos, por último, que esse propósito eterno da graça ensina que assegurá-la em
relação a nós mesmos exige e merece a maior diligencia 8
II Pedro 1.10-11, “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa
vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. 11 Porque assim
vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo.”; Filipenses 3.12; Hebreus 6.10-12; Isaías 55.6, 7 (Buscai ao
SENHOR já! Ele é grande em perdoar); Provérbios 2.
Se tiver um propósito de graça, que inclui a salvação eterna para aqueles que se
arrependem dos pecados e crêem em Cristo de todo o coração; se este propósito de graça
condena todos que não se arrependem e crêem pela fé, mas entrega-lhes ao lago de fogo
para ser separados da misericórdia de Deus para todo o sempre, então, todos os esforços
para assegurar que esteja salvo são admiráveis e nobres. II Co 13:5, “Examinai-vos a vós
mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós
mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados”.
Você já tem a presença do Espírito Santo que é o selo da salvação? Você tem evidências
de uma nova natureza? Sua nova natureza deleita-se na lei de Deus? Deus o corrige como
filho? A Sua Palavra é desejada? Cristo é precioso para você? Os Seus mandamentos são
pesados? Você mostra o seu amor pelo Salvador, obedecendo-O?
69
X. A SANTIFICAÇÃO
I Tessalonicenses 4.2, 3, “Porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado
pelo Senhor Jesus. Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos
abstenhais da prostituição”; II Coríntios 7.1; 13.9; Efésios 1.4.2.10; I Tessalonicenses
3.12,13; 5.23.
A palavra “santificar”, como usada na Bíblia, significa, principalmente, separar algo para
um uso especial. Um exemplo disso é a santificação do sábado, uma separação do sétimo
dia dos demais dias da semana para um propósito especial (Ex 20.8-11; Dt 5.12-15).
Mas a santificação não é apenas uma separação. Significa também uma separação para a
santidade (Nm 6.5-8; Hb 7.26; II Tm 2.19-21). A palavra “santificação” também tem a
idéia de purificação ou de lavagem (Hb 9.13-14; Ef 5.26).
Como o pecado nos culpou e nos sujou na nossa natureza, Deus, por Cristo, na salvação,
nos justifica, tirando a culpa; nos adota, oficializando a nossa posição de filho; e nos
santifica, nos dando uma natureza santa (Rm 5.17; 6.19). A justificação tira a nossa culpa
legal diante de Deus. A adoção nos dá uma relação familiar. A santificação nos faz andar
moralmente limpos diante de Deus e dos homens. Na justificação, recebemos o título da
inocência. Na adoção, é dado o título da nossa herança. Na santificação, somos feitos
capazes de desfrutar e de usufruir daquela herança (Fp 4.13; I Co 1.30; 6.11; I Jo 1.9).
Definindo melhor, a santificação é aquela operação que muda o nosso caráter e a nossa
conduta. Ela opera em nós um amor a Deus, uma capacidade para adorá-Lo corretamente e
nos qualifica para gozar o céu. A santificação faz que sejamos feitos à imagem de Cristo, o
propósito da salvação (Rm 8.29).
70
2. Cremos que as Escrituras ensinam que a santificação é uma obra imediata, diante de
Deus, e progressiva, diante dos homens.
Provérbios 4.18, “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando
mais e mais até ser dia perfeito.”; Imediata, diante de Deus – Romanos 1.7; 15.14;
Colossenses 1.2,26; Apocalipse 14.12;
Progressiva, diante dos homens – Efésios 4.12; Hebreus 6.1; II Pedro 1.5-8; Filipenses
3.12-16.
Diante de Deus, o salvo não tem mais maldição, porém, diante dos homens, o cristão
cresce na santificação (Prov. 4.18, “mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que
vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”). Para entender melhor a santificação diante
dos homens, convém entender o que ela não é em comparação ao que é.
Devemos entender que esta santificação, diante dos homens, não é o melhoramento da
carne. Mesmo que haja no processo da santificação diante dos homens uma manifestação
cada vez menor da carne, a própria carne não melhora. A carne sempre tem o pecado
habitando nela (Romanos 7.14-24). A carne sempre cobiça contra o Espírito (Gal. 5.17). O
pecado da carne manifesta-se, mas, pela santificação, aprendemos a mortificar a carne,
porém ela nunca fica livre do pecado. A impiedade essencial da carne é sempre latente
(Simmons, p. 365).
A santificação diante dos homens também não é uma eliminação gradual do pecado na
alma. Moralmente, o cristão já é puro diante de Deus alegrando-se, pelo homem interior,
na lei de Deus (Romanos 7.22). A alma não tem mais pecado, pois ela foi salva pelo
sacrifício suficiente de Cristo. É a carne que continua com o pecado.
O processo da santificação diante dos homens também não é a interrupção total dos
ataques de Satanás. Enquanto Satanás viver, ele lutará contra tudo o que está em prol da
glória de Deus. Temos que ainda lutar “contra os principados, contra as potestades, contra
os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares
celestiais” (Efés. 6.12; I Pedro 5.8, “o diabo, vosso adversário, anda em derredor,
bramando como leão, buscando a quem possa tragar;”). Pela santificação não tornamos um
alvo menos importante de Satanás. Pode ser que o contrário seja verdadeiro.
O processo da santificação diante dos homens é a alma do cristão fortalecendo-se mais na
santidade. Hebreus 10.14, “pelo conhecimento renova... segunda a imagem dAquele que a
criou” (Col. 3.10). A alma fortalecendo-se mais e mais na santificação, o propósito da
salvação de conformar-nos à imagem de Cristo (Romanos 8.29), é atingida. Pela
santificação somos mais e mais vistos como “irmãos” de Cristo (Hebreus 2.11).
Santificação diante dos homens é prática. O processo da santificação acontece no interior
do cristão pelo Espírito Santo mas se revela externamente diante do mundo pela vida cristã
do cristão. A santificação exterioriza-se, publicamente, na pregação de Cristo pelo viver a
vida cristã (Hebreus 12.14, “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor;”; Mat. 5.14-16, “Vós sois o sal da terra; ... Vós sois a luz do mundo; ...
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus”). A santificação diante dos homens não é uma
opção mas uma consequência normal daquela nova natureza nascida no cristão.
72
A santificação diante dos homem é experimental. O próprio cristão reconhece a obra da
santificação na sua vida. O próprio cristão nota as mudanças nos seus desejos para com
Deus, para com a Palavra de Deus, para com a oração, para com a santidade e a obediência
(II Cor. 3.18, “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória
de Deus, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito
do Senhor”; Romanos 1.17, “porque nEle se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como
está escrito: o justo viverá da fé”). O Cristão não pensa que já alcançou toda a perfeição
mas reconhece que, felizmente, não é o que era e ainda deseja mudar mais (Fil. 3.12-14).
A santificação diante dos homens é incompleta. O cristão sempre crescerá até o dia
perfeito onde não há mais pecado presente, ou seja, no céu (Prov. 4.18; Fil. 3.12). Nesta
vida terrestre, com o pecado na carne e mesmo com uma crescente manifestação na vida
da nova natureza com as suas vitórias sobre a carne, nunca chegaremos à perfeição
completa. Essa perfeição completa-se somente na glorificação.
A santificação diante de Deus vem por Deus mesmo. “Toda a boa dádiva e todo o dom
perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes” (Tiago 1.17). Foi Deus Quem começou a
boa obra em nós (Fil. 1.6; Efés. 1.3).
A santificação vem pela obra do Espírito Santo. (I Cor. 6.11; II Tess 2.13; I Pedro 1.2).
A santificação tem a morte de Cristo como base pela qual o Espírito Santo opera (I Cor.
6.11; Gal. 3.13; Apoc 1.5; 7.14).
A santificação tem a fé como o meio pelo qual a alma se purifica (Atos 15.9; 26.18; I
Pedro 1.22).
4. Cremos que as Escrituras ensinam que a santificação é operada nos corações dos
crentes pelo poder e presença do Espírito Santo, o Selador e o Consolador, através do uso
contínuo dos meios designados, especialmente o ministério da igreja, a Palavra de Deus,
e ainda o auto-exame, a abnegação, a vigilância, a oração e pelo ministério da igreja4.
Filipenses 2.12,13, “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não
só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também
operai a vossa salvação com temor e tremor; 13 Porque Deus é o que opera em vós
tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade.”;
73
Palavra de Deus - Efésios 4.11-16; II Timóteo 3.16,17; I Pedro2.2.
A santificação diante dos homens tem a Palavra de Deus como instrumento que o Espírito
Santo usa (João 17.17). A Palavra de Deus promove a obediência, previne e nos purifica
do pecado, nos reprova do pecado e nos faz crescer na graça (I Tim 3.16,17; Sal. 119.9,
11, 34, 43, 44, 50, 93, 104; Hebreus 5.12-14; I Pedro 2.2). A santificação diante dos
homens vem pela obra do Espírito Santo (Romanos 15.16). Ele nos guia (Romanos 8.14),
nos transforma (Romanos 12.2; II Cor. 2.18), nos fortifica (Efés. 3.16), e nos faz ter o
fruto que agrada a Deus (Gal. 5.22). A santificação diante dos homens tem a vitória de
Cristo sobre o pecado, a morte e sobre Satanás como a base pela qual o Espírito Santo
opera (I Cor. 6.11; 15.55-57; Gal. 3.13; Apoc 1.5; 7.14).
Auto-exame - II Coríntios 11.28; 13.5. A santificação, diante dos homens, tem a fé como
meio pela qual a Palavra de Deus é eficiente (Gal. 5.22; Romanos 10.17).
A santificação diante dos homens tem a nossa própria obediência como meio para nos
santificar (Romanos 6.19). Como o exercício físico desenvolve o apetite para o alimento,
pelo qual recebemos os elementos para produzir crescimento, o exercício espiritual
desenvolve apetite para a Palavra de Deus, pela qual recebemos os elementos para o
crescimento na graça (Sal. 1.2,3). A nossa obediência envolve a Abnegação – Lucas 11.35;
9.23; I Coríntios 9.25-27; a Vigilância - II Pedro 3.18, e a Oração - Mateus 26.41; Efésios
6.18; 4.30.
Os Frutos Da Santificação
A santificação do cristão não é algo estático ou neutro. A santificação produz evidências
no interior do próprio cristão e também exteriormente diante do mundo.
A santificação na vida do cristão produz, interiormente, uma consciência real da impureza
latente na carne. Muitos são os santos na Bíblia que lamentaram da sua impiedade
mostrando-nos a realidade que por mais santos que sejamos mais impuros nos sentimos
(Jó 38.1,2; 40.3,4; 42.5,6; Isaías 6.3-5; Efés. 3.8; Fil. 3.12-15).
74
A santificação na vida do cristão produz, interiormente, um desgosto crescente ao pecado.
Com o processo da santificação, o cristão torna-se mais e mais como Cristo. Aquilo que o
Senhor odeia, o cristão santificado também odeia. Por isso, o cristão odeia olhos altivos, a
língua mentirosa, as mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina
pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que
profere mentiras, e aquele que semeia contendas entre irmãos (Prov. 6.16-19; Zac 8.17).
Pelo processo da santificação, o cristão cresce mais no temor de Deus. O temor de Deus
odeia o mal, a soberba e a arrogância, o mau caminho e a boca perversa (Prov. 8.13).
Tanto mais que somos como Cristo e odiamos o mal (Sal. 97.10). Ao crescer no
entendimento dos mandamentos do Senhor, Deus faz que o cristão se desgoste de qualquer
evidência de falso caminho (Sal. 119.104). Com a santificação, o cristão vê o pecado,
verdadeiramente, pelo que é: inimizade contra Deus (Romanos 8.6; I João 3.4).
A santificação na vida do cristão produz, interiormente, um crescimento na graça e num
apreço maior nas coisas celestiais (Prov. 4.18; Sal. 119.101-113). Aquilo que Deus ama, o
cristão santificado ama também. Por isso, ele se imerge mais e mais na oração, na Palavra
de Deus, nos cultos públicos de adoração, na conformidade de Cristo no lar, nos
pensamentos, nos estudos, no emprego, e na vida particular. Verdadeiramente, o padrão
moral de Deus é o que o cristão santificado, continuamente, ama mais (Sal. 119.113, “amo
a tua lei”).
A santificação na vida do cristão produz, exteriormente, boas obras diante do mundo
(Efés. 2.10). Com uma nova natureza, o cristão torna-se o sal da terra e a luz do mundo
pelas suas boas obras (Mat. 5.13-16). Essas obras são boas, não por causa da sinceridade
do cristão mas porque elas vêm do coração regenerado (Mat. 12.33; 7.17,18; João 15.5);
de amor para realizar a vontade de Deus (Deut 6.2; I Sam 15.22; João 14.15; I João 5.3);
de desejo de glorificar somente a Deus (João 15.8; Romanos 12.1; I Cor. 10.31; Col.
3.17,23); de um coração cheio de gratidão (I Cor. 6.20; Hebreus 13.15) e, de uma fé
verdadeira (Tiago 2.14,17,20-22). Como o cristão, quando ainda estava na carne, usou os
seus membros para toda a imundícia, agora, com a nova natureza, usa os seus membros
para servir à justiça para santificação (Romanos 6.19; 12.1,2).
Reconhecendo que os frutos da santificação são muito além do que o homem pode
produzir pelos esforços da carne, convém que a nossa espiritualidade seja examinada e
provada pelo Senhor (Sal. 26.2; 139.23,24; II Cor. 13.5). Ai de nós se só ficamos
satisfeitos com aquilo que só agrada aos homens.
Existem estes frutos na sua vida cristã?
75
XI. A PERSEVERANÇA DOS SANTOS
Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que
perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os
distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar
3
; e que eles são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação 4.
1. Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que
perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os
distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar
3
; e que eles são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação 4.
Referências: João 8.31, “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nEle. Se vós
permanecerdes na Minha palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos”; I João
2.27-28; 3.9; 5.18; Rm 11.29; Ef 2.8
A doutrina da perseverança dos santos não quer dizer que nenhum cristão cairá na
transgressão, ou não pode ferir a sua própria alma e as dos seus colegas e prejudicar as
igrejas pelo pecado por causa das aflições, tentações e poderosas oposições contra as quais
o cristão luta, espiritualmente. Mas essa doutrina importante quer ensinar que Deus dará
graça suficiente aos Seus para que nenhum caia e continue no pecado ao ponto de perecer
no fogo eterno.
2. Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que
perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os
distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar
3
; e que são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação 4.
Referências: I João 2.19, “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de
nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.”;
João 13.18; Mateus 13.19-23; João 6.66-69; Jó 17.9
Os falsos podem ter uma parentela física com Abraão e assim ser “em Cristo” de uma
maneira que não salva do pecado, mas são como ‘as varas que não deram fruto’
(perseverança) de Jo 15.1-7, cujo fim não é a salvação, mas a destruição pelo fogo eterno.
Podem existir os que uma vez eram um pouco iluminados e que provaram com
experiências extraordinárias um dom celestial ou até ouviram a Palavra com alegria como
os que receberam a semente em pedregais (Mt 13.1-23; Hb 6.4-8, como Herodes que ouvia
João “de boa mente”), mas, por estes não perseverarem mostram que não têm um coração
preparado por Deus, e portanto não devem esperar as bênçãos da salvação.
76
Existem no Novo Testamento os que abraçaram as doutrinas do Evangelho, comumente
chamada “da Fé” (Félix e Drusila - At 24.24), os que regozijaram em ver Jesus triunfante
(muitíssima gente - Mt 21.7-11), os que tinham o dom de profecia (Balaão – Ne 13.2;
“muitos” Mt 7.22), os que eram batizados, e os que andaram com Jesus e saborearam do
poder do ser apóstolo (Judas Iscariotes – Mt 10.2,4; Jo 13.21,30; Hb 6.5) mas não
manifestaram que eram regenerados mas manifestaram ser réprobos justamente por não
perseverarem com a fé (como Himeneu e Alexandre “fizeram naufrágio na fé” – I Tm
1.18-20). Quando alguém não persevera na graça, revela que nunca tinha a tal graça que
salva. I João 2.19, “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós,
ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.”
Os versículos que mencionam que o que perseverar até o fim, ou ao que vencer, será salvo
ou será concedido uma benção, manifestam quais são os atributos e galardões dos que são
verdadeiramente salvos. Mateus 10.22 (32); 23.13; Apocalipse 2.7, 10, 17, 26; 3.5, 12, 21;
21.7.
Quando o verdadeiro Filho de Deus, por Cristo, peca, por ser verdadeiramente adotado na
família de Deus pelos méritos de Cristo, sofrerá correção que o levará à humilhação e ao
arrependimento para uma obediência melhor. Muitas vezes, esta correção pode levar o
cristão errante à morte física para não mais viver com tão mau testemunho (Sl 89.30-34;
Hb 12.7, 8; I Co 5.1-5; 11.32; Tg 5.19, 20).
3. Cremos que as Escrituras ensinam que os verdadeiramente regenerados são os que
perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os
distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-
estar 3; e que eles são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação 4.
Referências: Romanos 8.28, “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente
para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu
propósito.”; Mateus 6.30-33; Jeremias 32.40; Salmos 37.25; 121.3-8; 91.9-12; Hebreus
1.14
Judas 1.21, “Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus”; Judas 1.24, “Ora, Àquele
que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com
alegria, perante a Sua glória”
I Jo 5.18, “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca [preservação]; mas
o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo [perseverança], e o maligno não lhe
toca”.
77
II Ts 3.1-3, “No demais, irmãos, rogai por nós [responsabilidade do homem na
perseverança], para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada, como
também o é entre vós; 2 E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus;
[perseverança] porque a fé não é de todos. 3 Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e
guardará do maligno [preservação].”
Hb 13.1-19 lista várias responsabilidades do cristão nas quais deve perseverar. Junto nesse
contexto é dito que Deus, v. 21, “Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a Sua
vontade [perseverança], operando em vós o que perante Ele é agradável por Cristo Jesus
(preservação), ao Qual seja glória para todo o sempre. Amém”.
I Co 1.8-10, “O Qual vos confirmará também até ao fim [preservação, obra de Deus],
para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo Qual
fostes chamados para a comunhão de Seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor. 10 Rogo-vos,
porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma
coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo
pensamento e em um mesmo parecer [perseverança, responsabilidade do homem]”.
4. Cremos que as Escrituras ensinam que os, verdadeiramente, regenerados são os que
perseveram até o fim 1; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os
distingue dos professos superficiais 2; que uma providência especial vela por seu bem-estar
3
; e que são eles guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação 4.
Referências: Filipenses 1.6, “Tendo por certo isto mesmo, que Aquele que em vós
começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”; 2.12,13; Judas 1.24,25;
Hebreus 1.14; II Reis 6.16; Hebreus 13.5; I João 4.4.
Cremos que as Escrituras ensinam que a lei de Deus é a norma eterna e imutável do Seu
governo moral1; que é santa, justa e boa 2; que atribui incapacidade aos homens decaídos
para cumprirem seus preceitos que provêm, unicamente, da natureza humana pecadora e
que ama o pecado 3; os livra da tal incapacidade e os restaura, através de um Mediador, a
uma obediência não fingida à santa lei. Este é um dos principais objetivos do Evangelho e
é um dos meios da graça ligados ao estabelecimento da igreja local e visível 4.
Introdução:
Existe entre a Lei e o Evangelho um relacionamento íntimo, mas ao mesmo tempo uma
grande diferença. Manejando os dois para eliminar as diferenças ou tratando-os,
injustamente, causam erros de grande proporção. Pelo homem ter um espírito natural de
aplicar a lei onde não deve (legalismo), mostra-nos a importância de decifrar as diferenças
entre a Lei e o Evangelho para depois entender a harmonia da Lei com o Evangelho.
Observem as diferenças: A Lei revela a ira de Deus; o Evangelho proclama a Paz; A Lei
convence-nos de culpa; o Evangelho traz a liberdade; onde a Lei pronuncia a sentença, o
Evangelho oferece o perdão; onde a Lei requer a satisfação somente pelo pagamento do
derradeiro ceitil (Lc 12.59), o Evangelho descobre que a satisfação foi inteiramente paga;
a Lei não conhece misericórdia, o Evangelho é só misericórdia. Na Lei se encontra
mandamentos, condições, ameaças e penalidades mas no Evangelho se encontra a graça
pura, a misericórdia compassiva e o perdão pleno.
1. Cremos que as Escrituras ensinam que a lei de Deus é a norma eterna e imutável do Seu
governo moral1; que é santa, justa e boa 2; que atribui incapacidade aos homens decaídos
para cumprirem seus preceitos que provêm, unicamente, da natureza humana pecadora e
que ama o pecado 3; os livra da tal incapacidade e os restaura, através de um Mediador, a
uma obediência não fingida à santa lei. Este é um dos principais objetivos do Evangelho e
é um dos meios da graça ligados ao estabelecimento da igreja local e visível 4.
Referências: Romanos 3.31, “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma,
antes estabelecemos a lei.”; Mateus 5.17; Lucas 16.17; Romanos 2.14,15; 3.20; 4.15.
Pelo direito da soberania e a excelência do Seu Ser, pelos Seus atributos de sabedoria,
bondade e onipotência, e pelo Seu ato de criar e dar vida ao homem, Deus Jeová deve ser
amado e obedecido pelas criaturas dEle. É uma obrigação natural que o Criador seja
honrado e amado pela Sua criação. Nada pode destruir tal obrigação dos seres racionais
amarem seu Deus (Is 64.8; Ml 1.6; Lc 16.17).
Essa lei é escrita no coração do homem para orientar as suas consciências. Ela será usada
para julgar os seus segredos (Rm 2.14-16). Esse julgamento condenará todo homem, pois a
80
lei no coração convence-o do pecado (Rm 3.20) e pelo conhecimento do pecado a lei
manifesta a ira de Deus (Rm 4.15).
Os princípios da lei de amar a Deus acima de tudo e amar o nosso próximo são eternos e
imutáveis (Mc 12.29-31; Lc 16.17).
Quando a lei acusa a sua consciência do seu pecado por não obedecer à lei Divina, o que
você faz? Ignorar o pecado não resolve o problema. A única ação certa diante da lei é
confessar o pecado, deixando-o e crer, pela fé, no Salvador Jesus que veio cumprir a lei e
salvar os pecadores (Mt 5.17; Rm 3.22-24).
2. Cremos que as Escrituras ensinam que a lei de Deus é a norma eterna e imutável do Seu
governo moral1; que é santa, justa e boa 2; que atribui incapacidade aos homens decaídos
para cumprirem seus preceitos que provêm, unicamente, da natureza humana pecadora e
que ama o pecado 3; os livra da tal incapacidade e os restaura, através de um Mediador, a
uma obediência não fingida à santa lei. Este é um dos principais objetivos do Evangelho e
é um dos meios da graça ligados ao estabelecimento da igreja local e visível 4.
A relação entre o Criador e a Sua criatura é manifesta pela lei do Criador. A lei não é uma
imposição caprichosa, ou seja, sem motivação razoável, mas existe pela relação entre Um,
O Criador, e o outro, a criatura (Ml 1.6; Rm 9.21).
A lei é de Deus, portanto não há nada na lei que não seja santa, justa ou boa (Sl 119; Rm
7.7-12). Pela lei ser santa e por exigir obediência perfeita, a fraqueza da lei está no homem
e não na lei (Rm 8.3). A lei não é contra a fé, mas pela lei somos ensinados que somos
pecadores e que ela conduz o pecador ao Salvador dos pecados, Jesus Cristo – Rm 7.13;
Gl 3.21-24.
3. Cremos que as Escrituras ensinam que a lei de Deus é a norma eterna e imutável do Seu
governo moral1; que é santa, justa e boa 2; que atribui incapacidade aos homens decaídos
para cumprirem seus preceitos que provêm, unicamente, da natureza humana pecadora e
que ama o pecado 3; os livra da tal incapacidade e os restaura, através de um Mediador, a
uma obediência não fingida à santa lei. Este é um dos principais objetivos do Evangelho e
é um dos meios da graça ligados ao estabelecimento da igreja local e visível 4.
A natureza pecaminosa do homem é tão ligada a ele quanto a pele escura é ao etíope e
quanto as manchas são ao leopardo (Jr 13.23). Por isso, ele não pode ir a Deus (Jo 6.44),
não pode desejar a Deus (Jo 5.40) e não pode produzir nenhum fruto que agrade a Deus
(Jo 15.4,5; Rm 8.7,8). Por isso, o homem é condenado e precisa de um Salvador fora dele.
Esse Salvador é Jesus Cristo. Por Ele, o homem pode se conformar aos princípios eternos
e santos da lei. Assim, entendemos a harmonia da lei com o Evangelho.
4. Cremos que as Escrituras ensinam que a lei de Deus é a norma eterna e imutável do Seu
governo moral1; que é santa, justa e boa 2; que atribui incapacidade aos homens decaídos
para cumprirem seus preceitos que provêm, unicamente, da natureza humana pecadora e
que ama o pecado 3; os livra da tal incapacidade e os restaura, através de um Mediador, a
uma obediência não fingida à santa lei. Este é um dos principais objetivos do Evangelho e
é um dos meios da graça ligados ao estabelecimento da igreja local e visível 4
Essa prazerosa lei inclui a adoração pública no tipo de ajuntamento que Cristo instituiu
enquanto na terra (Hb 10.19-25).
82
XIII. UMA IGREJA EVANGÉLICA
Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de
crentes batizados1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé
e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo3; governados por suas
leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua palavra
5
; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não permitindo que
as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações, direitos e
deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito 7.
Introdução: A palavra ‘igreja’ tem sido usada por muitos de formas não neotestamentárias.
Ela não é o reino de Deus, nem a família de Deus, mas é o corpo de Cristo. Ela não
proporciona salvação, nem completa, sela, ou de outra forma aperfeiçoa a salvação. Ela é
importante para Deus e é importante na vida do cristão, mas não faz parte da salvação a
não ser que ela a proclame às nações. Queremos distinguir o que é uma igreja evangélica
neste estudo.
1. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de
crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na
fé e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo 3; governados por
suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua
palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não
permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações,
direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito 7.
Convêm termos clareza do que é uma igreja de Cristo. Como foi enfatizado na introdução,
ela não é salvação. Todavia, por ela o cristão obedece ao seu Senhor e Salvador aqui na
terra. Quem é temente a Deus desejará agradá-Lo conforme as Suas instruções. Obedecer,
escrituristicamente, necessita de conhecimento das Escrituras e as Escrituras fazem
distinção entre a família de Deus, o reino de Deus e a igreja de Deus.
Todos os crentes são filhos de Deus. Os santos do Velho Testamento foram salvos pela fé
em Cristo (Atos 10.43, Romanos 4.16). Isto implica que todos eles são filhos de Deus, ou
seja, membros da família de Deus.
A família de Deus é maior do que o reino ou a igreja de Deus, pois ela contém todos os
salvos, desde Adão até o último homem que crê, quer no céu ou na terra. Deus só tem uma
família. Todos os crentes (os salvos, nascidos de Novo) são filhos e herdeiros de Deus
(Rm 8.16, 17; I Jo 3.1)
O REINO DE DEUS – Há um Reino de Deus evidente, agora, nos salvos da terra. Este
reino começou com o ministério terrestre de Cristo (Lc 16.16). Mesmo que este reino
tenha aspectos espirituais (Rm 14.17; Jo 3.3-5; 18.36; Mt 11.11), é Deus reinando nas
vidas dos Seus na terra entre os incrédulos (Cl 1.13). Este reino é composto de todos os
salvos vivos sobre a terra. Há um Reino de Deus quando Deus literal e fisicamente reinará
sobre todos os salvos e não salvos, mas este será durante o milênio, um fato que coloca
este reino ainda no futuro (Daniel 2.44; Lucas 9.11-27; Atos 1.6).
Há também um Reino de Deus, que se chama reino espiritual. Este reino é composto
apenas daqueles que nasceram de novo, os quais foram tirados “da potestade das trevas, e
nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” (Cl 1.13; João 3.3-5, “aquele que não
nascer de novo não pode ver (nem entrar) no reino de Deus”). Em Mateus 18.1-14 e em
Marcos 10.13-15, o Mestre mostra, claramente, que este reino é composto só daqueles que
O receberam, quer no céu ou na terra. Dessa maneira, neste Reino de Deus espiritual,
Deus já reina nos Seus agora, reinará sobre estes no milênio e quando existirem os novos
céus e a nova terra. Mas o Reino de Deus que começou com Cristo (Lc 16.16) é agora
evidente nas vidas dos cristãos, na terra. Este Reino de Deus inclui parte da família de
Deus que está na terra, agora.
84
A IGREJA DE DEUS – “Paulo ... a igreja de Deus QUE ESTÃ EM CORINTO” (I
Coríntios 1.1-3). “VÓS (a igreja em Corinto) SOIS O CORPO DE CRISTO” (I Coríntios
12.27). “E todos os dias acrescentava o Senhor às igrejas aqueles que se haviam de
salvar,” (Atos 2.47).
A igreja de Deus foi usada pouquíssimas vezes como uma instituição, por exemplo, a
igreja de Deus em Corinto (I Coríntios 1.2) e em Mt 16.18, um uso tanto institucional
quanto local.
A igreja local é o único tipo de igreja que Deus tem na terra, hoje. Há somente uma
família de Deus, composta de todos os redimidos de todos os tempos, no céu e na terra. Há
somente um reino de Deus, composto de todos os que nasceram de novo e que estão na
terra, agora. Há milhares de igrejas (Batistas) de Deus na terra. Cada Igreja Batista,
individualmente, é uma igreja de Deus. Nenhuma outra é.
Quando uma pessoa nasce de novo, nasce na família de Deus e faz parte desta família para
sempre. O relacionamento não muda. Quer esteja no céu ou na terra ela faz parte da
família de Deus. Quando uma pessoa nasce de novo, entra também no Reino de Deus que
está na terra, agora, e vista pelas vidas destas pessoas salvas. Este relacionamento é
durante a vida na terra. Ao morrer, essa pessoa passa do Reino de Deus na terra para o
“Seu reino celestial” (II Timóteo 4.18). Após ter nascido de novo, esta pessoa ainda não
faz parte da igreja de Deus, mas é candidata para ser admitida na igreja de Deus. “E todos
os dias acrescentava o Senhor à igreja os que se haviam de salvar,” (Atos 2.47).
Ser membro da igreja NÃO é uma coisa que se consiga com a salvação, mas é uma
benção que se segue à salvação ao ser acrescentado à igreja. O batismo NÃO é essencial
para a admissão nem na família nem no reino de Deus: mas o batismo é essencial para ser
membro numa igreja neotestamentária.
Os homens nascem na família e no reino de Deus: mas são batizados numa igreja de Deus,
I Coríntios 12.13. Aquilo ao qual Paulo se refere em I Coríntios 12.13, “Um corpo”, era a
igreja de Deus em Corinto. Assim, em I Coríntios 12.27, Paulo ensina: “Vós sois o corpo
de Cristo, e seus membros em particular”, pois cada igreja verdadeira, visível e local, é o
corpo de Cristo. Também devemos entender que o Espírito Santo não batizou a Igreja em
Corinto nem foi Ele o elemento no qual foram batizados. Quando Paulo diz: “todos nós
fomos batizados em um Espírito”, ele ensina que o Espírito guiou a igreja local em Corinto
a batizar na água os que foram salvos pela obra do Espírito. O mesmo Espírito que salva o
pecador leva a igreja a batizar o mesmo na água. A igreja foi batizada pelo Espírito Santo
no dia de Pentecostes, e o mesmo Espírito opera para que a igreja local batize na água os
que Ele traz a Cristo.
85
O CORPO - Aquela igreja local em Corinto era o corpo de Cristo. Jesus Cristo tem só um
tipo de Igreja ou corpo nesta terra, e este é a assembléia local - o corpo organizado de
crentes batizados em qualquer comunidade.
VISÍVEL OU INVISÍVEL - Joseph Cross diz: Ouvimos muito sobre a Igreja invisível
como uma distinção da igreja visível. Sobre uma Igreja Invisível neste mundo não sei
nada, a Palavra de Deus não diz nada, nem coisa deste tipo pode existir.
A igreja é um corpo; mas que tipo de corpo é este que não pode ser visto nem
identificado? Um corpo é um organismo que ocupa espaço e tem um lugar definido.
Do mesmo modo uma coleção de pedras, tijolos e madeiras não é uma casa; a matéria
deve ser trabalhada em ordem artística e adaptada para ser um edifício útil.
O mesmo acontece com uma coleção aleatória de raízes, troncos e galhos. O mero
ajuntamento destes não pode ser chamado uma árvore. Todas as partes devem se
desenvolver, de acordo com as leis da natureza, da mesma semente e nutrida pela mesma
seiva vital para ser uma árvore.
Não há e nem pode haver instituição tal como uma igreja universal invisível nesta terra,
composta de todos os salvos, porque estes não têm sido reunidos, ordenadamente. O dia
virá quando todos os salvos serão ajuntados no céu, mas, mesmo assim será um
ajuntamento visível e local.
Quando o Senhor Jesus Cristo e Paulo falaram sobre crentes batizados de um aspecto
maior do que uma Igreja local, ELES SEMPRE DISSERAM ICREJAS. Não havia
confusão entre eles por usarem o plural, embora haja confusão a este respeito nos dias de
hoje.
TORNE A DISTINÇÃO CLARA - Mais uma vez, tentamos fazer a distinção bem clara.
A família de Deus é composta de todos os salvos no céu e na terra. Os santos do Velho
Testamento fazem parte também da família de Deus.
86
Todos os crentes NA TERRA em qualquer época, desde os dias de João o Batista (Lucas
16.16) compõem o Reino de Deus.
Você já nasceu de novo? Você faz parte da família de Deus? Se você já conhece o
arrependimento dos pecados e fé em Cristo, já faz parte do Reino de Deus.
Se não é membro de uma igreja (Batista) de Deus, porque não pedir para ser batizado
numa igreja Batista neotestamentária local, agora?
2. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de
crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé
e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo 3; governados por
suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua
palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não
permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações,
direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito 7.
Referências: Atos 2.41-42, “De sorte que foram batizados os que de bom grado
receberam a Sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, 42 E
perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas
orações.” I Coríntios 5.12,13; Atos 11.23
O exemplo que uma igreja neotestamentária segue não é a nação de Israel, mas o Novo
Testamento. A comunhão que existe nas igrejas neotestamentárias é por crerem no mesmo
Salvador, Jesus Cristo (I Jo 1.1-3).
3. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de
crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé
e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo 3; governados por
suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua
palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não
permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações,
direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito 7.
87
Referências: I Coríntios 11.2, “E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de
mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei.” I Coríntios 11.23-26 (a Ceia do
Senhor); Colossenses 2.6,7; Mateus 28.19,20 (Batismo neotestamentário).
4. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de
crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé
e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo 3; governados por
suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua
palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não
permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações,
direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito 7.
Referências: Mateus 28.20, “Ensinando-os a guardar todas as coisas que Eu vos tenho
mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
Amém.” João 14.15; 15.12-14; I João 4.21; João 14.21; I Tessalonicenses 4.2-7; Tito 2.7-
10; II João 6; Gálatas 6.2.
Estas leis de Cristo, obedecidas por um coração cheio de amor e gratidão, incluem o
dízimo, a frequência fiel aos cultos da igreja, oração uns pelos outros, perdão, santificação
pessoal, evangelização dos perdidos, cultos domésticos, e honra ao pastor entre outras.
5. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de
crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé
e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo 3; governados por
suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua
palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não
permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as qualificações,
direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a Timóteo e a Tito 7.
Referências: Efésios 4.7, “Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida
do dom de Cristo.” I Coríntios 14.12; I Coríntios 12.14-18; Filipenses 1.27; Romanos
1.17;
Os dons, que estão em vigência, agora, incluem os ministérios de (Rm 12.5-8) repartir,
presidir, exercer misericórdia; (Ef 4.11-12) profecia, ou evangelistas, pastores, doutores.
Os direitos e privilégios dos membros deste tipo de igreja são: votação (At 1.26; 9.26,27;
Mt 18.15-20); cuidado pastoral (Ef 4.11-16).
6. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de
crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé
e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo 3; governados por
suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua
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palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não
permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as
qualificações, direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a
Timóteo e a Tito 7.
7. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja de Cristo é um grupo visível e local de
crentes batizados 1, associados conforme o exemplo do Novo Testamento sob o pacto na fé
e na comunhão do Evangelho 2; observando as ordenanças de Cristo 3; governados por
suas leis 4; e exercendo os dons, direitos e privilégios que neles são investidos pela Sua
palavra 5; que seus únicos oficiais bíblicos são bispos ou pastores, e diáconos (não
permitindo que as mulheres ensinem aos homens em qualquer hipótese) 6, as
qualificações, direitos e deveres dos oficiais da igreja sendo definidos nas Epístolas a
Timóteo e a Tito 7.
Referências: I Timóteo 3.1-13; Tito 1.5-9.
89
XIV. AS DUAS ORDENANÇAS
O que significa uma ordenança? Regulamento, lei; decreto - Aurélio (ordenação) ou
uma cerimônia divina que, simbolicamente, ensina uma verdade - D.W. Huckabee. A
palavra ordenança é usada na Bíblia em: Rm 13.2 - palavra grega (#1296) que significa:
arrumar em ordem, institucionalizar. Tradução para o português: ordenação de Deus; Lu
1.6; Hb 9.10 - Grego (#1345): decisão justa; estatuto. Português: preceito, ordenação,
justificação;Ef 2.15; Cl 2.14 - Grego (#1378): lei. Português: ordenação; Cl 2.20 - Grego
(#1379): submeter-se às leis em particular. Português: ordenação; I Coríntios 7.19;
Hebreus 7.18 - Grego (#1785): ordem, intimação, rogar com insistência. Português:
mandamento.
A Origem das Ordenanças: As ordenanças não foram desenvolvidas com o passar dos
anos, nem foram inventadas pelos apóstolos, mas foram dadas pelo Fundador da igreja,
Jesus Cristo (Mt 28.18; Lu 22.19; I Co 11.24).
O BATISMO CRISTÃO
1. Cremos que as Escrituras ensinam que o batismo cristão é a imersão do crente em
Cristo na água 1, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo 2; o que demonstra, em
solene e belo emblema, a sua fé no Salvador crucificado, sepultado e ressurrecto, com seu
efeito, representando a sua morte para o pecado e a sua ressurreição para uma nova vida 3;
que o batismo neotestamentário é condição prévia para os privilégios da comunhão da
igreja e da Ceia do Senhor 4.
Definição do Batismo:
a) Em grego, ‘baptizo’, traduzida como ‘batismo’ em português, é somente usada em
conexão com a ordenança do batismo.
b) A palavra batismo em português origina-se da palavra ‘baptizo’ que significa em grego:
ser tomado por completo; mergulhar, imergir, submergir, (Strongs, #907).
90
c) A palavra ‘baptizo’, por sua vez, origina-se da palavra grega ‘bapto’ que significa ser
coberto por completo; mergulhar, imergir; por exemplo, tingir, (Strongs, #911)
d) Há outras palavras gregas que significam ‘lavar’, ‘aspergir’, ‘molhar’, ‘derramar’, e
‘purificar’, mas nunca foram usadas, em nenhum caso, em relação à ação de batizar ou
em relação à doutrina do batismo no Novo Testamento.
e) Todos os batismos no Novo Testamento e os relacionados pelos historiadores por vários
séculos depois do término da Bíblia mostram que a imersão do corpo inteiro era o que
Cristo havia ensinado.
f) Os estudiosos não religiosos da língua grega sempre concordaram que Baptizo significa
imersão ou, de uma maneira ou de outra, colocar dentro ou embaixo de água (W. A.
Jarrell, D.D, Baptizo-Dip-Only, p. 4).
g) Os estudiosos religiosos da língua grega dentro das igrejas Presbiteriana, Anglicana,
Congregacional, Metodista e Católica Romana concordam que o significado principal
da palavra Baptizo é imergir ou, de alguma maneira, colocar dentro ou embaixo de água
(W. A. Jarrell, D.D, Baptizo-Dip-Only, p. 8,9).
Jesus explicou que só os crentes devem ser batizados : Mar. 16.16, “Quem crer e for
batizado....mas quem não crer”. O exemplo bíblico dos que foram batizados no Novo
Testamento foram os que, primeiramente, justificaram a Deus: At 2.41, “...foram batizados
os que de bom grado receberam a Sua palavra;...”; Gl 3.27, “todos batizados...já vos
revestistes de Cristo.”; Eunuco (At 8.36-38); Coríntios (At 18.8); (Éfeso) At 19.1,5. De
Deus vem a verdade e a Vida. Procure essa vida nova de Deus por intermédio de Cristo!
O sangue antecede a água. A salvação se dá primeiramente. “Não ensinamos que o
batismo é essencial para a salvação, pelo contrário, que a salvação é essencial ao
batismo” J. R. Graves, O BATISMO ESTRANHO E OS BATISTAS, citado por W. M.
Nevins
Batizando “em nome” de alguém, quer dizer que tal batismo está de acordo com os
mandamentos, autoridade, ensino, exemplo, ou vontade daquele cujo “nome” é usado. Por
isso os apóstolos batizaram “em nome de Jesus” (At 2.38; 19.4, 5; Rm 6.3), pois Jesus é a
glória do Pai encarnado, por Quem o Pai é glorificado (Jo 12.28) e cujo ministério foi pelo
Espírito Santo (Jo 3.34). Portanto, os discípulos quando batizavam “em nome de Jesus”
era igual a batizar no “nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Para não criar
91
confusão é aconselhável, hoje, usar os títulos da trindade na fórmula do batismo.
Rm 6.4, “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que,
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós
também em novidade de vida.”; Cl 2.12; I Pe 3.20,21; At 22.16.
O batismo simboliza o Candidato - O Cristão Rm 6.1-11; Cl 2.8-23 (v. 12, 20). Sua
desobediência - v.6, “o nosso homem velho” “o corpo do pecado”, Ef 4.22, “trato
passado...velho homem”; Sua morte com Cristo pelos pecados - v.4, “sepultados com Ele
pelo batismo na morte”; v.6, “foi com Ele crucificado”; Cl 3.3, “Porque já estais mortos”.
Mortos ao poder e penalidade do pecado na nossa lógica, nossos hábitos de língua,
vestimenta, à uma submissão completa à Palavra de Deus; Sua ressurreição espiritual
agora, e na segunda vinda de Cristo, a sua ressurreição corporal e literal - v.4, “para que,
como Cristo ressuscitou dos mortos...assim...nós também..”; v.5, “também o seremos na
da Sua ressurreição”; v.8, “também com Ele viveremos”; v.11, “mas vivos para Deus”; Gl
2.20, “crucificado...e vivo”; Cl 3.1, “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo”; Sua vida
nova obediente na terra. Seu testemunho - v.10, “quanto a viver, vive para Deus.”; v.11,
“vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.”; Gl 2.20, “vivo-a na fé”; Gl 5.24,25,
“crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências ... andemos também em
Espírito”; Cl 3.1, “buscai as coisas que são de cima”. O desejo é ter a imagem de Cristo
na vida.
At 2.41,42, “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a Sua
palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, 42 E perseveravam na
92
doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.”; At 2.47;
Mt 28.19,20.
“Que fique entendido que os Batistas não negam que membros de outras denominações
são salvos. Só afirmam que eles não têm recebido um batismo válido”. (T.P. Simmons,
p.399 - Edição em Inglês)
A CEIA DO SENHOR
Não é um sacrifício real (atual). Dizer que a ceia é mais que uma representação, ou
símbolo é dar à ceia mais do que a Bíblia ensina. Transubstanciação é invenção romana
que “só foi feita uma doutrina firme para a Igreja Romana em 1215 d.C.” (Doutrina
Católica na Bíblia, p.31.). A ceia para os Católicos ensina que: “na missa, no momento em
que o sacerdote pronuncia as palavras de consagração do pão e do vinho, estes elementos
mudam no sagrado corpo e sangue de Cristo” - Vincent Hornyold (por T.P. SIMMONS,
p.467,468). Porém, Cristo fala palavras que “são espírito e vida” - Jo 6.63. Os Católicos
levam isto literalmente. Mas é para ser entendido espiritualmente. (v. 63, “a carne para
nada aproveita”).
Se alguém já tem Cristo como seu Salvador pessoal pela fé, ele, espiritualmente, comeu da
Sua carne, e bebeu do Seu sangue.
Mt 26.28, “É Meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para
remissão dos pecados.” Aqui, Cristo estava presente, literalmente, quando falou estas
palavras. Como então o pão pode ser Ele? Ou o suco o Seu sangue?
Jo 6.47,53-58 Se ainda não entrou em Cristo pela fé, ainda está sem Cristo, sem vida
eterna. Para ter vida eterna é necessário crer em Cristo! Isto é comer da Sua carne e beber
do Seu sangue. v. 63
A Ceia Não é uma repetição do sacrifício de Cristo. Um sacerdote qualquer não pode
repetir ou acrescentar a expiação feita já uma vez por Cristo. Hb 9.28, “oferecendo-Se
93
uma vez”; 10.9-18, v. 10, “feita uma vez”; v. 12, “oferecido para sempre um único
sacrifício”; v. 14, “Uma só oblação”; v. 18, “Não há mais oblação pelo pecado.”; Ver
também: Rm 6.9,10; Hb 7.27; I Pe 3.18. No Velho Testamento, os sacerdotes estavam “de
contínuo” “junto ao altar”, pois representavam Cristo sempre diante do Pai, ministrando
para os Seus. Os sacerdotes do Novo Testamento deviamm pregar o “Evangelho” não
crucificá-Lo, continuamente: I Co 9.13,14. A cerimônia do Velho Testamento aponta para
Cristo. Uma vez que Ele já cumpriu o que apontava para Ele, devemos deixar a cerimônia
do Velho Testamento e confiar pela fé na Sua obra pelo pecador arrependido (Hb 10.9,
“Tira o primeiro, para estabelecer o segundo”). A Ceia simboliza essa obra de Cristo e “O
Justo viverá da fé”, Hb 10.38 (Hb 11.6; Rm 5.1).
Cristo já Se ofereceu fazendo salvação por muitos. Se você não está nEle, não espere Ele
vir e se oferecer uma outra vez. A próxima vez que Ele vier, virá como juiz. A primeira vez
veio como Salvador. Crê já em Cristo! Entra já nEle se arrependendo dos seus pecados.
5. Cremos que as Escrituras ensinam que, na ceia do Senhor, o pão ázimo e o fruto da
vide representam o corpo e o sangue do Cristo, da qual participam somente os membros
da igreja reunida para esse fim 5, em comemoração à morte do seu Senhor, demonstrando
sua fé e sua participação nos méritos do Seu sacrifício, sua dependência quanto à vida e à
nutrição espiritual, e sua esperança de vida eterna por meio de sua ressurreição dentre os
mortos 6; sendo que essa observância deve ser precedida de fiel auto-exame 7.
I Coríntios 11.33, “Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai
uns pelos outros.”; Mt 26.20; Mc 14.17; Lu 22.14; I Co 5.11-13.
O pão – I Co 11.23,24. Pães ázimos, aquele usado na festa da Páscoa (Mt 26.19; Êxodo
12.8). Representa o corpo e vida imaculados de Cristo que fez Ele ser propício como
substituto do pecador que se arrepende e crê pela fé nEle. Pela levedura representar pecado
pela Bíblia, não se deve usar pão levedado, pois Jesus nunca pecou.
O Fruto da Vide – Mt 11.27-29. Representa a preciosidade da vida que foi dada, o Justo
pelo injusto, para levar-nos a Deus (I Pe 3.18). Pela levedura representar pecado na Bíblia,
não se deve usar o vinho levedado, pois Jesus nunca pecou.
A Ceia deve ser tomada somente pelos membros da igreja que a estão observando. O
nosso exemplo é de Cristo quando instituiu a Ceia somente com Seus discípulos, os 11
(Mt 26.25-30; Mar 14.20-26; Lc 22.17-20; Jo 13.21-30, observe que Judas, junto com os
doze na ceia da páscoa, saiu logo que tomou o bocado, deixando os onze com Jesus
quando instituiu a ceia do Senhor).
É fato que tinha outros crentes de Jesus na cidade, mas a ceia foi só com os onze fiéis.
Tinha em Jerusalém, por exemplo, a mãe de Jesus, o dono do cenáculo, e outros
seguidores de Jerusalém: Nicodemus, o cego curado (Jo 9). Naquela época de Páscoa,
havia muitos judeus em Jerusalém.
94
A Ceia tomada somente pelos membros participantes dela é prática. Só temos confiança
que estamos observando a ceia como o Senhor a observou se estivermos observando-a
com os discípulos. Não podemos discernir sobre os membros das outras igrejas se eles são
verdadeiros discípulos ou não.
I Co 11.31, “se nós nos julgássemos a nós mesmos”; 5.11, “com o tal nem ainda comais”;
5.12, “Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os
que estão dentro?”; Jo 13.30, Judas “saiu logo” e não participou do memorial da ceia que
Cristo instituiu.
Se alguém não está ajustado para estar na igreja, ajustado não está para
participar da ceia do Senhor.
Observar a Ceia somente com os membros participando dela está na ordem correta das
doutrinas para a Igreja que Cristo estabeleceu. At 2.41,42. Primeiro veio a Fé. Depois
disso veio o Batismo e isso fez com que pudessem ser agregados à igreja, ou seja, ter
comunhão com a igreja. Somente depois disso, podiam participar da Ceia e das orações
Podem pessoas de crenças diversas estar juntas, mas “não é para comer a ceia do Senhor.”
I Co 11.19,20
6. Cremos que as Escrituras ensinam que, na ceia do Senhor, o pão ázimo e o fruto da
vide representam o corpo e o sangue do Cristo, da qual participam somente os membros da
igreja reunida para esse fim 5, em comemoração à morte do seu Senhor, demonstrando sua
fé e sua participação nos méritos do Seu sacrifício, sua dependência quanto à vida e à
nutrição espiritual, e sua esperança de vida eterna por meio de sua ressurreição dentre os
mortos 6; sendo que essa observância deve ser precedida de fiel auto-exame 7.
I Co 11.26, “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice
anunciais a morte do Senhor, até que venha.”; Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lu 22.14-20;
Rm 6.5-23.
“E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e
disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo” - Mt 26.26.
Quando o cristão toma o pão, significa um ato de fé pela qual o próprio Cristo é recebido.
Ele Se dá; nós O recebemos. A salvação não é experimentada apenas por Cristo que Se
deu na cruz pelos pecadores arrependidos. A salvação também não é conhecida por saber
que Cristo oferece em Suas mãos perfuradas as bênçãos da salvação. Apenas essas
maravilhosas ações de amor e graça não nos salvam se não forem aplicadas em nossas
vidas. A fé deve operar, pois ela é a mão que toma para si tudo que Cristo amorosa e
graciosamente fez e oferece a todo aquele que nEle crê pela fé. Como o pão nutre somente
aqueles que o comem, assim o pecador arrependido tem que receber Cristo pela fé para a
salvação da sua alma. Como o pecador é salvo pela fé, assim o cristão é alimentado na sua
vida espiritual, comendo constantemente do Pão pela fé viva manifesta na obediência da
Palavra - J. R. Miller D.D.
7. Cremos que as Escrituras ensinam que, na ceia do Senhor, o pão ázimo e o fruto da vide
representam o corpo e o sangue do Cristo, da qual participam somente os membros da
igreja reunida para esse fim 5, em comemoração à morte do seu Senhor, demonstrando sua
fé e sua participação nos méritos do Seu sacrifício, sua dependência quanto à vida e à
nutrição espiritual, e sua esperança de vida eterna por meio de sua ressurreição dentre os
mortos 6; sendo que essa observância deve ser precedida de fiel auto-exame 7.
I Co 11.28, “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba
deste cálice.”; I Co 5.1,8; 11.17-34; Jo 6.26-71.
O partir do pão também é significante porque ele denota o corpo de Cristo sendo quebrado
na cruz. Nunca devemos esquecer, enquanto nos deliciamos com o doce prazer das
bênçãos da graça, do custo alto que pagou o nosso Senhor para prover tais bênçãos da
graça para nós. Sempre que sentamo-nos à mesa do Senhor e assistimos ao partir do pão,
devemos nos lembrar da angústia e do sofrimento suportado por nosso Redentor para nos
salvar - J. R. Miller D.D.
Você é cristão? A sua mão de fé já se estendeu para tomar para si mesmo o que Cristo fez
para o pecador arrependido dos pecados? Você é batizado conforme a prática da Palavra
de Deus? É membro da Igreja Batista e participa da Ceia? Está em boa comunhão com
ela? Está em boa comunhão com Deus? “Assim coma deste pão e beba deste cálice” – I Co
11.28.
96
XV. A INDEPENDÊNCIA DA IGREJA
Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja local é soberana 1, não reconhecendo sobre
si nenhuma autoridade de órgãos eclesiásticos ou governamentais 2, aceitando,
unicamente, a Cristo como o seu cabeça e o Espírito Santo de Deus como o seu guia,3 que
o faz pela Palavra de Deus 4
Introdução:
Quando Cristo declarou que Ele edificaria a Sua igreja, Ele quis determinar como ela seria
diferente das demais maneiras de congregar religiosamente existentes naqueles dias. A de
Cristo tem marcas distintas das outras, e a independência é uma delas.
Versículo para memorizar: Efésios 1.22-23, “E sujeitou todas as coisas a Seus pés, e
sobre todas as coisas O constituiu como cabeça da igreja, 23 Que é o Seu corpo, a
plenitude dAquele que cumpre tudo em todos.”
1. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja local é soberana 1, não reconhecendo
sobre si nenhuma autoridade de órgãos eclesiásticos ou governamentais 2, aceitando,
unicamente, a Cristo como o seu cabeça e o Espírito Santo de Deus como o seu guia,3 que
o faz pela Palavra de Deus 4
Referências: Mateus 16.18,19, “Pois também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre Esta
Pedra edificarei a Minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
19 E Eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado
nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”; 18.17-20; 28.18-
20; I Timóteo 3.15.
97
Cada igreja é separada e distinta de outras de mesma fé e ordem (cada igreja é um castiçal,
Apocalipse 1.12-20). Assim como cada lar é responsável por si, cada igreja é
independente, sendo que cada uma é autônoma sob a autoridade de Cristo (Atos 15.1-35).
Nenhuma organização humana deve dominá-las; deve haver, porém, cooperação
voluntária entre todas na execução da obra da Grande Comissão (I Coríntios 16.1; II
Coríntios 8.23-9.7).
A Autoridade da Igreja é Local – John Hawkins Filho
Na Bíblia, não há uma Igreja mãe ou central comandando outras Igrejas. A Igreja local só
exerce autoridade sobre os seus membros locais.
A Igreja não tem poderes legislativos. Sua legislação está na Bíblia, e a Igreja não pode
fazer outras leis, ou até mesmo regras de procedimento pessoal. O regimento interno da
Igreja tem obrigação de apontar somente aquilo que a Bíblia determina necessário para a
Igreja manter uma vida santa e separada, e que não fere nenhum princípio Bíblico.
Revelação da verdade, para a Igreja local foi dada nos dias dos apóstolos e nada foi
deixado para “concílios” resolverem. Qualquer autoridade que um concílio tem, é
assumido pelos homens, mas não tem autoridade Divina.
Autoridade sobre seus membros:
a. A Igreja é constituída por pessoas que consentem e concordam com a Igreja, como
qualquer outra sociedade civil. O princípio ético é... “se não concorda saia”, e não tente
mudar aquilo que foi estabelecido, anteriormente. Existem privilégios e responsabilidades,
e nenhum homem pode ter um sem o outro. A pessoa que se une à Igreja está concordando
com as regras e práticas desta sociedade e pelo próprio consentimento se une ao grupo. “E
não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro
ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus;” (2Co 8.5).
Nenhum homem deve ser forçado a entrar na Igreja, e da mesma maneira, não pode forçar
a Igreja a se submeter a regras e comportamentos que não sejam de sua vontade. Paulo foi
recusado como membro da Igreja no início, e aguardaram seu testemunho como prova de
uma conversão genuína.
b. Este consentimento é baseado na existência de um só propósito e pensamento (Am 3.3;
Hb 13.17). A Igreja só pode trabalhar e até mesmo disciplinar os que consentem com estas
cousas.
Disciplina - (Mt. 18.15-18; I Co. 5.1-10, 5.13; 2Co 9.13; Rm. 16.17). É interessante que
os autores do Novo Testamento não usaram palavras autoritárias para descrever disciplina
na Igreja. A responsabilidade e liderança são enfatizadas, não em poder. Palavras que
indicam autoridade suprema, nestes casos, estão faltando no Evangelho, e nos leva a
concluir que a autoridade que a Igreja tem, é diferente. Jesus Cristo é a autoridade suprema
na Igreja.
A liderança da Igreja é espiritual, e deve ser exercida de acordo com a Palavra. O rebanho
deve ser dirigido, protegido e alimentado para a glória do Senhor, e os verdadeiros salvos
seguirão estes exemplos espirituais em submissão a Deus.
98
Em Hb 13.17, Os crentes são ordenados a obedecerem a seus Guias. A palavra usada é
“peith” que significa “persuadir” ou “convencer”. A obediência então seria o resultado de
persuasão e não autoridade governamental. De convencer sim, de arbitrar, nunca.
Então os pastores (bispos) são chamados para persuadir o povo de Deus a seguí-lo nas
verdades da Palavra de Deus. Isto reforça a ideia de que pastores precisam saber como
manejar a Palavra com eficiência e sabedoria. O cargo de bispo não vem com sabedoria
Divina dada como um dom milagroso. Quando o homem é chamado pela Igreja para
exercer este ministério, a ele é concedida autoridade para presidir a Igreja, de uma maneira
que glorifique a Cristo. Precisam ser “aptos para ensinar” (1Tm 3.2; Tt 1.9,10). É de suma
importância que ele saiba manejar bem a “Palavra da verdade” (2Tm 2.24, 25).
Autoridade sobre o Bispo (pastor):
a. Deus chama homens para ministérios particulares (1Co 12.27,28; Ef 4.11,12).
b. A Igreja escolhe homens para presidir sobre ela. O Pastor é mais um membro da Igreja
(do corpo) local. (Cl 1.7; 4.12; At 1.21-23; 1Pd 5.2). Geralmente, eles são membros da
Igreja antes que sejam escolhidos para servir nestas funções. A tradição nos ensina que
estes homens, normalmente, vinham da própria Igreja.
c. A Igreja tem controle total e absoluto sobre seu ministério local como de qualquer outro
ministério. Acusações contra o pastor podem ser ouvidas se forem feitas de maneira
Bíblica, e ele pode ser admoestado, disciplinado de várias maneiras (Cl 4.17; 1Tm 5.19;
Mt 18.15). Não temos exemplo Bíblico de expulsão de ancião ou bispo, sugerindo que isto
não acontece muito entre Igrejas verdadeiras e pastores verdadeiros. Os anciãos e bispos
que estiverem com problemas espirituais, devem ser disciplinados conforme a mesma
regra dos membros. O velho testamento mostra o que aconteceu aos líderes desobedientes
de Israel. Foram disciplinados por Deus, e suas responsabilidades foram devolvidas ou
retiradas (Jr. 23.1- 40; Ez. 34.1-10; Mq. 3.1-12).
d. Pastores “pastoreiam” o rebanho “como Deus quer” (1Pd 5.2). A vontade de Deus é que
ao rebanho seja ensinado “todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo
conhecimento completo dAquele que nos chamou para a Sua própria glória e virtude,”
(2Pd 1.3). O Pastor ensina tudo que é necessário para a maturidade do crente “a fim de que
o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” (2Tm 3.17).
Autoridade sobre Seus missionários (Evangelistas):
a. Missionários evangelistas, são escolhidos da mesma forma que bispos (pastores). Atos
13.2 “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-Me, agora,
Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado”. A Igreja de Antioquia separou estes
dois para exercer o ministério de Evangelista, e enviou-os pessoalmente para uma obra que
nós denominamos “missionária”.
b. Outras Igrejas ajudaram estes evangelistas, mas pelo que sabemos, elas não exerceram
nenhuma autoridade sobre eles. Lembramos que a autoridade da Igreja é local, e é sobre
um único rebanho.
99
c. Missões, convenções e grupos eclesiásticos que chamam, enviam, ordenam, ou que
controlam de qualquer forma o “evangelista” estão ferindo a autonomia da Igreja que os
enviou, e interferindo na autoridade da Igreja local.
*OBS.: Uma Igreja não tem direito de entregar sua autoridade a qualquer entidade que
possa exercer ou aplicar autoridade sobre a mesma Igreja, mesmo tendo consentimento da
própria. Fere todo o princípio bíblico de “autonomia da Igreja local” - Pastor João
Hawkins Filho, AUTORIDADE DA IGREJA LOCAL,
http://www.palavraprudente.com.br/estudos/john_h/miscelania/cap01.html
(1) Que Jesus Cristo é o único cabeça da Igreja e que a Palavra de Deus é a única regra de
fé.
(2) Que as igrejas visíveis são assembléias distintas, de indivíduos piedosos, separados do
mundo por puros propósitos religiosos, não se conformando com ele.
(3) “Congregacionalistas”, é derivado do tipo de governo que adotam para escolher seus
próprios oficiais e manter sua própria disciplina.
(4) Que em relação ou seu regime interno, cada igreja é independente da outra e
independente do controle do Estado. (Chamamos a atenção dos leitores ao fato de que
a forma Congregacional acima descrita já não existe entre as Igrejas Congregacionais
brasileiras).
Versículo para memorizar: Efésios 1.22-23, “E sujeitou todas as coisas a Seus pés, e
sobre todas as coisas O constituiu como cabeça da igreja, 23 Que é o Seu corpo, a
plenitude dAquele que cumpre tudo em todos.”
2. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja local é soberana 1, não reconhecendo
sobre si nenhuma autoridade de órgãos eclesiásticos ou governamentais 2, aceitando,
unicamente, a Cristo como o seu cabeça e o Espírito Santo de Deus como o seu guia,3 que
o faz pela Palavra de Deus 4
Referências: Mateus 17.25-27, “Disse ele: Sim. E, entrando em casa, Jesus se lhe
antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis da terra os
tributos, ou o censo? Dos seus filhos, ou dos alheios? 26 Disse-lhe Pedro: Dos alheios.
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Disse-lhe Jesus: Logo, estão livres os filhos. 27 Mas, para que os não escandalizemos,
vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir, e abrindo-lhe a boca,
encontrarás um estáter; toma-o, e dá-o por Mim e por ti.”; 22.21; Lucas 22.24-27.
“É uma verdade bíblica e histórica que a coerção cuja finalidade era fazer adeptos não se
encontrava entre os batistas. A coerção não foi praticada por Jesus, pelos Seus discípulos,
pelos apóstolos ou pelos verdadeiros seguidores de Cristo. Jesus advertiu que deve ser
dado “a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, ensinando, com isso, que deve
haver liberdade de consciência e a separação entre a religião e o governo civil (Mateus
22.21).”
Versículo para memorizar: Efésios 1.22-23, “E sujeitou todas as coisas a Seus pés, e
sobre todas as coisas O constituiu como cabeça da igreja, 23 Que é o Seu corpo, a
plenitude dAquele que cumpre tudo em todos.”
3. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja local é soberana 1, não reconhecendo
sobre si nenhuma autoridade de órgãos eclesiásticos ou governamentais 2, aceitando,
unicamente, a Cristo como o seu cabeça e o Espírito Santo de Deus como o seu guia,3 que
o faz pela Palavra de Deus 4
Referências: Efésios 1.22-23, “E sujeitou todas as coisas a Seus pés, e sobre todas as
coisas O constituiu como cabeça da igreja, 23 Que é o Seu corpo, a plenitude dAquele
que cumpre tudo em todos.”; 5.23; Romanos 8.14-15.
Cristo é o cabeça da Sua igreja mesmo que usou homens para preparar e propagá-la.
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1. Deus enviou João Batista, o precursor, para preparar o material que Jesus usaria ao
organizar a Sua igreja - Malaquias 4.5 (Mateus 11.13,14); João 1.6, 19-34
2. Deus enviou Jesus, Seu Escolhido, a João Batista para que Aquele fosse batizado por
esse, mostrando assim o começo do ministério de Jesus e, logo, o fim do ministério de
João - Mateus 3.13-17; João 3.27-36
3. Jesus começou a Sua igreja - Mateus 16.18 (Ele é o Fundador), Efésios 1.22 (Ele a
Cabeça); Efésios 1.23 (a igreja é Seu corpo); Efésios 4.15 (Propósito); Colossenses 1.18
(Princípio, Primogênito e Preeminente).
4. Jesus autorizou a Sua igreja - Mateus 28.19,20.
Mesmo que a igreja já tenha a autoridade de fazer tudo que foi comissionada, Ele continua
sendo O Cabeça das igrejas dEle.
1. No presente, Jesus Cristo é a fonte de toda a autoridade no universo em Quem toda
autoridade reside de acordo com o Seu próprio testemunho (Mt 28.18-20; Jo 5.21-23). Ele
tem autoridade completo sobre a Sua Igreja (Ef 1.20-23; Cl 1.18).
2. A Igreja deve ser como Cristo planejou, é Seu corpo (Ef. 1.22-23), Ele é o cabeça. A
Igreja é uma manifestação orgânica do caráter de Cristo e Seu propósito na terra, assim
como o corpo humano demonstra a personalidade do homem interior.
Para definir convicções doutrinárias, existem as confissões de fé e credos. Às vezes, um
credo acaba sendo a autoridade da Igreja. Mesmo que um credo possa expressar verdades
Bíblicas, deve ser lembrado de que é produzido por teólogos humanos, ou concílios e
hierarquias eclesiásticas. Os que adotam a palavra do homem sobre a Bíblia acabam
aceitando uma autoridade que não é a bíblica. A confissão da fé nunca deve tomar o lugar
ou substituir a Bíblia que é divinamente inspirada. Com o Espírito Santo como guia a
Bíblia deve ser a última palavra em qualquer Igreja que professa ser de Jesus Cristo (I Pe
4.11).
Versículo para memorizar: Efésios 1.22-23, “E sujeitou todas as coisas a Seus pés, e
sobre todas as coisas O constituiu como cabeça da igreja, 23 Que é o seu corpo, a
plenitude dAquele que cumpre tudo em todos.”
4. Cremos que as Escrituras ensinam que a igreja local é soberana 1, não reconhecendo
sobre si nenhuma autoridade de órgãos eclesiásticos ou governamentais 2, aceitando,
unicamente, a Cristo como o seu cabeça e o Espírito Santo de Deus como o seu guia,3 que
o faz pela Palavra de Deus 4
Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor ou
Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo
labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade 3; pela observância
piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos 5; e pela preparação
para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.
O Sábado Judaico - O Sábado era um sinal da aliança entre Deus e Israel (Êxodo 31.12-
16). No sétimo dia Israel devia se abster do trabalho ordinário, carregar qualquer coisa,
fazer viagens longas, acender fogo, juntar lenha ou maná e negociar (Êxodo 35.3, 16.22-
26, Neemias 13.15-22). Somente casos que envolvessem exigência, misericórdia, ou
piedade eram permitidos (Mateus 12.1-13, Números 28.9-10, Levítico 24.5-8). Israel devia
se regozijar neste dia (Isaías 58.13-14), mas haveria julgamento se o Sábado fosse
quebrado (Êxodo 31.14, Números 15.32-36). O abuso do Sábado por parte de Israel era
um tema comum dos profetas – Ron Crisp, Os Dez Mandamentos.
As anotações dessa lição são do irmão Jonas dos Santos Macedo, O Quarto Mandamento,
http://www.palavraprudente.com.br/estudos/jonas_sm/miscelania/cap04.html a não ser de
outro comentarista devidamente anotado.
O primeiro mandamento nos ensina a Quem adorarmos; o segundo, como O adorarmos; o
terceiro, a forma reverente de O adorarmos; e o quarto, o dia de O adorarmos.
16.1. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor
ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo
labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade 3; pela observância
piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos 5; e pela preparação
para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.
Atos 20.7, “E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o
pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a
prática até à meia-noite.”; Gênesis 2.3; Colossenses 2.16,17; Marcos 2.27; João
20.19,26; I Coríntios 16.1,2; Apocalipse 1.10.
Na plenitude dos tempos, Deus operou uma terceira obra através de Seu Filho. “Ele nos
libertou da condenação do pecado” – Rm.6:22-23... E “nos tirou da potestade das trevas
(de Satanás), e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” Cl.1:13;Ele nos deu
vida – Ef.2:1...E, em Cristo, nos recriou, tornando-nos novas criaturas II Co.5:17.
No princípio, Deus criou o homem e descansou; Depois, o redimiu da escravidão física e
descansou; E, agora, o redimiu da escravidão espiritual e descansou.
São três repousos distintos e divinos, após uma obra também divina, realizada cada qual
em seu determinado tempo.
Em cada uma delas, podemos ver a linda Trindade trabalhando juntamente; mas, os dois
primeiros repousos são de Deus, e o último, é de Cristo.
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“Porque Aquele (Cristo) que entrou no Seu repouso, Ele próprio repousou de Suas obras,
como Deus das Suas” Hb.4:10.
O descanso de Cristo, após Seu trabalho de redenção ou nova criação, é o “Shabbat
cristão”; e, o guardar, significa repousar em pastos verdejantes.
Cristo tem um repouso para Seu povo, no qual os crentes entrarão pela fé (C. D. Cole).
“Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei ...e
encontrareis descanso para as vossas almas” Mt.11:28-29.
O “Shabbat” é para o nosso descanso, e o nosso descanso deve ser louvar a obra de Deus
consumada, ou seja, comemorar o repouso divino. “Porque em seis dias fez o SENHOR os
céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou” Vs.11.
Esta é uma citação de Gn.2:1-3... E naquele princípio da criação de Deus, não havia
divisão de tempos em semanas; Tudo que é dito é que Deus trabalhou seis dias, e
concluindo a Sua obra, descansou no sétimo dia.
Deus abençoou o dia sétimo e o santificou para memorial de Sua obra consumada. E,
assim, o “Shabbat” é o sétimo dia, após seis dias de trabalho.
16.2. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor
ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo
labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade 3; pela observância
piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos 5; e pela preparação
para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.
Êxodo 20.8, “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”; Apocalipse 1.10; Isaías
58.13,14; Lucas 14.5.
O “Shabbat” é um dia santo, um dia que deve ser separado dos demais dias da semana; um
dia que devemos deixar de lado o nosso trabalho comum; um dia que devemos consagrar,
inteiramente, para o louvor da glória de Deus.
Há de se entender, que Deus estava, deliberadamente, estabelecendo um padrão de seis
dias de trabalho e um de descanso para nós eternamente, ao menos no que diz respeito a
este plano físico. Esta lei é tão real na consciência do homem, que o levou a contar o
tempo usando a semana de sete dias.
Após seis dias de trabalho – Vs.9; é o “Shabbat” do SENHOR teu Deus – Vs.10; E o Deus
em carne diz que: “o sábado foi criado por causa do homem” Mc.2:27. Daí conclui-se
que o “Shabbat” é uma necessidade do homem, e, certamente, ele deve permanecer,
eternamente, a fim de supri-lo.
A lei reflete a vontade de Deus, em que o homem separe um dia, em sete, para descanso,
reflexão e adoração.
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16.3. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor
ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo
labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade 3; pela observância
piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos 5; e pela preparação
para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.
Isaías 58.13,14, “Se desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no Meu
santo dia, e chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do SENHOR, digno de honra,
e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria
vontade, nem falares as tuas próprias palavras, 14 Então te deleitarás no SENHOR, e
te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai
Jacó; porque a boca do SENHOR o disse.”; Isaías 56.2-7.
É claro que reconheço, e creio que também o Senhor, que existem casos excepcionais, que
exigem o trabalho comum no domingo, é o caso da milícia para a segurança nacional, e as
hidrelétricas, e algumas fábricas, e hospitais, e farmácias... todos são exceções, mas no
geral não deve ser assim, visto que somos um país cristão.
16.4. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor
ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo
labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade 3; pela observância
piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos 5; e pela
preparação para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.
Salmos 118.15, “Nas tendas dos justos há voz de júbilo e de salvação; a destra do
SENHOR faz proezas.”; Mateus 6.5,6; 14.3.
16.5. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor
ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo
labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade 3; pela observância
piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos 5; e pela preparação
para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.
Hebreus 10.24,25, “ E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao
amor e ás boas obras, 25 Não deixando a nossa congregação, como é costume de
alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai
aproximando aquele dia.”; Atos 11.26; Levítico 19.30; Lucas 4.16; Atos 17.2,3; Salmos
26.8; 122.1.
Deves santificar o dia de “Shabbat”! Precisamos fazer isso, principalmente nós os que
cremos no Senhor Jesus e desejamos agradá-Lo.
Lembremo-nos que o “Shabbat judaico” começava ao crepúsculo vespertino (por do sol)
da sexta-feira, e assim temos um princípio que nos ensina a necessidade de nos
preparamos com antecedência para “O dia do Senhor”, fazendo no sábado tantos
preparativos quanto possíveis para termos tempo no domingo.
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Ninguém deveria chegar ao domingo com louças sujas do dia anterior, ou com sono, ou
coisas semelhantes; E para isso ser real em nossa vida, precisamos amar o Senhor e o Seu
dia, e nos disciplinarmos gradativamente, desenvolvendo novos e melhores hábitos.
Não deveríamos nem sequer ir ao mercado comprar pão, leite, doces, ou sorvete no
domingo; Embora não seja para nós trabalho algum fazermos isso, mas trabalho seria para
aqueles que nos atenderia, e assim não devemos ser cúmplices dos profanadores do
“Shabbat”, estimulando com o nosso consumo o comércio rebelde contra Deus;
Deveríamos abominar encontrar as suas portas abertas “no santo dia do Senhor”, pois se
queremos ser fiéis em guardar o “Shabbat”, devemos desejar que aqueles que nos servem
façam o mesmo, pois Deus é digno, e isso implica em não comprar deles coisa alguma no
domingo.
Lembremo-nos de que aqueles que são forçados a trabalhar no domingo podem santificar
um outro dia (ainda que menos apropriado) para comemorar o “Shabbat”, pois embora o
domingo seja um dia mui glorioso, não obstante, não foi feito dele lei moral, pois se
qualquer dia específico assim fosse, haveria de ter seu início desde o princípio do mundo.
A lei moral e eterna de Deus, sempre foi e sempre será o sétimo dia, após seis dias de
trabalho, e o dia semanal escolhido sempre assume um caráter cerimonial, mas isso torna o
domingo menos glorioso, pois cremos, pelos princípios revelados na Palavra e na história
da igreja, que este dia é o mais digno entre todos.
Nós os que cremos, se temos sido impedidos pelos nossos patrões de descansar no
domingo, não fiquemos choramingando pelos cantos, antes levantemos as nossas cabeças
para os céus e lembremo-nos de que “resta ainda um repouso para o povo de Deus”
Hb.4:9.“Nós, os que temos crido, entramos no repouso” Hb.4:3. Mas o texto mesmo diz
que nós entramos pela fé neste repouso, e assim, um dia ele será, literalmente, cumprido
no céu, e lá não haverá nada e nem ninguém que nos tire o gozo desta eterna bênção de
Deus em Cristo.
16.6. Cremos que as Escrituras ensinam que o primeiro dia da semana é o Dia do Senhor
ou Sábado Cristão1, e deve ser consagrado a fins religiosos, mediante a abstenção de todo
labor secular 2, excetuando-se obras de misericórdia e de necessidade 3; pela observância
piedosa de todos os meios da graça, tanto particulares 4 como públicos 5; e pela
preparação para aquele repouso que resta para o Povo de Deus 6.
Hebreus 4.3-11, “Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como
disse: Assim jurei na Minha ira Que não entrarão no Meu repouso; 4 Porque em
certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as Suas obras no
sétimo dia. 5 E outra vez neste lugar: Não entrarão no Meu repouso. 6 Visto, pois,
que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as
boas novas não entraram por causa da desobediência, 7 Determina outra vez um
certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se
ouvirdes a Sua voz, Não endureçais os vossos corações. 8 Porque, se Josué lhes
houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia. 9 Portanto, resta ainda
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um repouso para o povo de Deus. 10 Porque aquele que entrou no seu repouso, ele
próprio repousou de suas obras, como Deus das Suas. 11 ¶ Procuremos, pois, entrar
naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.”
Satanás tem criado a indústria dos entretenimentos para acabar com a fé dos homens e
aliená-los de Deus para sempre; propondo-lhes o que é lícito, porém não no “Dia do
Senhor”, tais como: O futebol e todos os demais tipos de esportes, os shows, praias,
churrascos, passeios, piqueniques, filmes e programas na TV.
“Não deis lugar ao diabo” Ef.4:27. Não entregue o teu tempo a Satanás!
Dá mais tempo ao SENHOR teu Deus, no domingo. Tudo o que Lhe agrada, que O honra,
que serve para a divulgação do Seu evangelho, é verdadeira santificação do domingo.
Quem atingiu 70 anos de idade, teve 10 anos de domingo em sua vida. Qual é a sua idade?
Quantos anos de domingos você já teve? O que fez com eles?
Ninguém jamais poderá apresentar diante do trono do Senhor a desculpa que os homens,
que querem escapar da Palavra de Deus, tanto gostam de dar: Não tive tempo!
Você teve muito tempo para ordenar a sua vida com Deus e cuidar da sua alma, para que
ela não morresse de fome.
Teus domingos te acusam? Foram dias desperdiçados? Então o diga hoje ao Senhor, que
perdoa pecados e omissões, e deixa-o ordenar a tua vida. (Gertrud Wasserzug, Ph. D., D.
D.).
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XVII. O GOVERNO CÍVEL
Heb. 13:17; Mat. 18:15-17; II Tess.3:14; Tito3:10; I Cor. 5:11-13; Rom. 16:17; II Tess.
3:6.
Cremos que as Escrituras ensinam que o governo cível é uma instituição divina, para o
interesse e a boa ordem da sociedade humana 1; e que devemos orar pelos magistrados,
honrando-os, conscientemente, e obedecendo-os 2; exceto somente nos casos opostos à
vontade de nosso Senhor Jesus Cristo 3, que é O único Senhor da consciência, e O Príncipe
dos reis da terra 4.
17.1. Cremos que as Escrituras ensinam que o governo cível é uma instituição divina,
para o interesse e a boa ordem da sociedade humana 1; e que devemos orar pelos
magistrados, honrando-os, conscientemente, e obedecendo-os 2; exceto somente nos casos
opostos à vontade de nosso Senhor Jesus Cristo 3, que é O único Senhor da consciência, e
O Príncipe dos reis da terra 4.
Romanos 13:1-7: “Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há
potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
2 Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem
trarão sobre si mesmos a condenação.
3 Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres
tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não
traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz
o mal.
5 Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas
também pela consciência.
6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo
sempre a isto mesmo.
7 Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto,
imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.”; Deuteronômio 16:18; II
Samuel 23:3; Êxodo 18:21-23. Soberania de Deus: Provérbios 21:1; Salmos 76:10; Daniel
4:34,35; Atos 4:27,28.
17.2. Cremos que as Escrituras ensinam que o governo cível é uma instituição divina, para
o interesse e a boa ordem da sociedade humana 1; e que devemos orar pelos magistrados,
honrando-os, conscientemente, e obedecendo-os 2; exceto somente nos casos opostos à
vontade de nosso Senhor Jesus Cristo 3, que é O único Senhor da consciência, e O Príncipe
dos reis da terra 4.
Mateus 22:21, “Dizem-lhe eles: De César. Então Ele lhes disse: Dai pois a César o que
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é de César, e a Deus o que é de Deus.”; Tito 3:1,2; I Pedro 2:13-16; I Timóteo 2:1-8.
17.3. Cremos que as Escrituras ensinam que o governo cível é uma instituição divina, para
o interesse e a boa ordem da sociedade humana 1; e que devemos orar pelos magistrados,
honrando-os, conscientemente, e obedecendo-os 2; exceto somente nos casos opostos à
vontade de nosso Senhor Jesus Cristo 3, que é O único Senhor da consciência, e O
Príncipe dos reis da terra 4.
17.4. Cremos que as Escrituras ensinam que o governo cível é uma instituição divina, para
o interesse e a boa ordem da sociedade humana 1; e que devemos orar pelos magistrados,
honrando-os, conscientemente, e obedecendo-os 2; exceto somente nos casos opostos à
vontade de nosso Senhor Jesus Cristo 3, que é O único Senhor da consciência, e O
Príncipe dos reis da terra 4.
Mateus 23:10, “Nem vos chameis mestres, porque Um só é o vosso Mestre, que é o
Cristo.”; Romanos 14:1-5; I Coríntios 10:29-35; Apocalipse 19:16; Salmos 72:11; Salmos
2; Romanos 14:9-13.
Romanos 13.1-7
Obrigação às autoridades
Eduardo Kittle
Apesar do fato de que o crente não mais pertence a este mundo pela salvação
em Cristo, ele ainda tem a responsabilidade com o governo. O melhor cidadão deve
ser o crente. A igreja não deve mexer nas coisas políticas, mas o crente deve exercer o
seu privilégio como cidadão. Grandes homens como José e Daniel tiveram ministérios
espirituais e ainda trabalharam nos governos dos incrédulos. O Espírito ainda pode
usar crentes dedicados para fazer só a responsabilidade de votar ou até ser
Presidente da República. Neste capítulo Paulo nos dá QUATRO MOTIVOS para
obedecer ao governo humano.
I. O motivo da ira – 13:1-4
O governo é um terror somente aos homens maus e não aos bons. Hoje em dia,
quem é crente e obedece à Bíblia não tem razão de temer o governo. Às vezes, é
impossível respeitar o homem mas sempre devemos respeitar o seu cargo. E não
esquecer de que o evangelho pode penetrar nos homens do governo como o tesoureiro
Erasto (Rom. 16:23) e até nos oficiais do Presidente ou rei (Fil. 4:22)
Se, por acaso, o governo está completamente contrário a Cristo, devemos
lembrar de que... “Mas importa obedecer a Deus do que aos homens.” Atos 5:29
Deus não mandou Sua igreja neo-testamentária lutar com a espada como Ele
mandou Seu povo lutar no Velho Testamento. Deus fundou somente três instituições
111
neste mundo: o lar (Gen. 2), a igreja (Mat. 16:18), e o governo humano (Gen. 9).
Cada um tem sua responsabilidade e um não pode fazer o serviço do outro. Quando
os serviços estão misturados, sempre há confusão e problemas.
O motivo da consciência – 13:5-7
Medo não é um bom motivo para a obediência do crente, um motivo mais
exaltado é uma consciência de que o Espírito Santo controla. O crente sentir o
Espírito testificando à sua consciência (Rom. 9:1) e desobedecer ao Senhor, não é
certo, pois ele deveria sentir o Espírito tocando na sua consciência. O incrédulo tem
uma consciência má em que não se pode confiar, mas o crente tem uma boa
consciência ( I Tim. 1:5). Infelizmente, a pessoa que é sempre desobediente e não
aceita o conselho do Espírito Santo pode contaminar a sua consciência (Tito 1:15),
cauterizá-la ( I Tim. 4:2), e rejeitá-la(I Tim. 1:19). A Bíblia nos ensina nestes versos
que devemos pagar nossos impostos e tributos e que devemos honrar os oficiais. Veja
I Ped. 2:17. Nós louvamos só a Deus, mas podemos honrar quem merece honra, neste
mundo.
112
XVIII. OS JUSTOS E OS ÍMPIOS
Cremos que as Escrituras ensinam que existe uma radical e essencial diferença entre os
justos e os ímpios 1; que somente aqueles que são regenerados, sendo justificados
mediante a fé em Jesus Cristo e santificados pelo Espírito de Deus, são, verdadeiramente,
justos para com Ele 2; enquanto todos aqueles que permanecem na impenitência e na
incredulidade são na Sua vista, ímpios e debaixo de maldição 3; distinção essa que se
perpetua entre os homens, tanto na morte como depois 4.
Referências:
1. Malaquias 3:18, “Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre
o que serve a Deus, e o que não O serve.”; Provérbios 12:26; Gênesis 18:23; Atos
10:34,35; Romanos 6:15-23; Salmos 1:1-6; I João 3:7-10
2. Romanos 1:17, “Porque nEle se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está
escrito: Mas o justo viverá da fé.”; Romanos 7:6; I João 2:28,29; I João 3:7; Romanos
6:18-23; I Coríntios 6:9-11
3. I João 5:19, “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.”;
Gálatas 3:10; João 3:18-19,36; Salmos 10:2-11; Isaías 55:6,7.
Referências:
1. Amós 3:3, “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”;
Romanos 16:17-19; II Coríntios 6:14-17; Gálatas 1:6-9; II Timóteo 3:6,14; I Timóteo 6:5;
II Timóteo 2:15-19; 3:1-5; 4:1-5; Tito 3:10; II João 7-11
2. I Coríntios 14:21-22, “Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros
lábios, falarei a este povo; e ainda assim Me não ouvirão, diz o Senhor. 22 De sorte
que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é
sinal para os infiéis, mas para os fiéis.”; II Coríntios 12:7,12; II Timóteo 4:20
3. 1 Coríntios 14:26, “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós
tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo
para edificação.”; Efésios 5:18-19; Colossenses 3:16-17 // Romanos 8:5-8; Tiago 4:4 //
Romanos 12:1-2; 8:5-8; 6:1-16; 13:14; 14:7,13,21; 1 Coríntios 6:12; 8:9,12-13; 10:23,31-
33; 14:20; Gálatas l:7-9; Colossenses 3:1-2,5; I Tessalonicenses 5:22; Tiago 4:4.
A separação eclesiástica é outra área que é bem fácil de compreender. Precisamos adotar e
manter uma barreira entre nós e aqueles que praticam uma variedade de "cristianismo" que
não existe na Bíblia. Como disse Shakespeare, "Nem tudo o que reluz é ouro". E nem todo
aquele que se diz convertido realmente é. Quando a doutrina for má, fique longe deles. O
Movimento Ecumênico não é nada mais do que um repúdio em massa à doutrina bíblica
da separação, disfarçada sob um estandarte de unidade e precisa ser rejeitado como falso.
E, é essa precisa violação da doutrina que requer que vejamos Billy Graham e todos os
outros de seu tipo com extrema cautela. Eles são conhecidos como "neo-evangélicos" e
são famosos por rejeitarem a doutrina bíblica da separação. A posição deles é a da
"infiltração" [um termo que eles mesmos adotaram] e é a antítese da separação, fazendo
exatamente o contrário. Em outras palavras, a filosofia deles é parecer, falar e agir como o
mundo, para então "ganhar o mundo para Cristo". Para maximizar as conversões, insistem
no pragmatismo - fazer qualquer coisa que sirva para produzir números. Se os números
"vierem à frente, atendendo ao apelo" então os métodos usados estão justificados. Isso,
meus amigos, assemelha-se à moral jesuíta - o fim justifica os meios. Deus não apóia
isso!!! Qualquer pessoa descarada o suficiente para insistir que a doutrina bíblica da
117
separação está "fora de moda" e "não funciona mais" [talvez não sejam as citações exatas,
mas bem próximas do sentido desejado pelo porta-voz neo-evangélico Harold Ockenga,
em 1957] é um herético e após duas ou três admoestações deve ser rejeitado [Tito 3:10].
Vejamos o verso inteiro:
"Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o."
Billy Graham e outros neo-evangélicos foram admoestados, tantas vezes, pelos pastores
fundamentalistas conservadores, que o número, sem dúvida, chega aos milhares! Todavia,
eles se mantêm irredutíveis e se recusam a abandonar a estratégia original e a declaração
de propósito, tentando, cegamente, fazer a obra de Deus da maneira do homem. Que Deus
tenha misericórdia deles! Esperamos que com esta explicação do afastamento doutrinário
deles, muitos mais percebam porque continuamos a apontar o erro deles, a despeito de
incorrer na ira daqueles desinformados que pensam em colocá-los em pedestais de
santidade. Não é uma questão do que pensamos, mas do que Deus diz em Sua Palavra!
Se você dirigir o carro para uma quadrilha que assaltou um banco, você é considerado tão
culpado quanto aqueles que entraram no banco e perpetraram o assalto? Certamente que
sim! A lei descreve isso como cumplicidade, um participante no crime. E, existem muitas
aplicações jurídicas desse princípio. Existem também muitas aplicações na área da
separação. Se voltarmos à nota de rodapé na Bíblia de Scofield, vemos que ela menciona
contemporização e cumplicidade com o mal. O que isso está nos dizendo? Basicamente,
indica que não precisamos ser aquele que está envolvido em um pecado específico para
estarmos errados - simplesmente contemporizar ou estar em cumplicidade já é
pecaminoso. Isso é grave e precisa ser encarado com seriedade pessoal. Deus nos
considera responsáveis por nossas ações e, quando, conscientemente, flertamos com a
multidão errada, somos tão culpados quanto ela. Isso tem grandes implicações e deve
deixar muitos pastores nervosos no que se refere à prática doutrinária. Por exemplo, se um
pastor sai por uma tangente doutrinária, como o neo-evangelicalismo e não é questionado
pelos diáconos, então eles são tão culpados por não praticarem a separação quanto o
pastor! Se a doutrina continua sendo desconsiderada e o pastor foi questionado da maneira
bíblica correta pelos membros da congregação, então eles têm três escolhas: (1) Pedir a
renúncia do pastor, ou (2) caladamente, deixar a igreja, ou (3) não fazer nada e ser
cúmplices da doutrina errada. Esse pecado é o equivalente moral da AIDS e milhares de
pastores já estão infectados ou apresentam resultado positivo no teste do vírus. São os
resultados das "novas medidas para uma nova teologia" de Charles Finney - o fruto
amargo de uma decisão deliberada e aberta de tentar fazer um melhor trabalho de
evangelismo que Deus! O orgulho pecaminoso está no centro da matéria - um desejo
intenso por resultados e de receber a aprovação dos homens - a velha mentalidade "minha
igreja é maior do que a sua". E, a mentalidade é insidiosa e afeta os homens de maneiras
estranhas - homens que negariam com veemência tê-la, mas que assim mesmo adotam
atitudes de grandeza no que se refere aos números. Por exemplo, um certo pastor (que não
será citado para proteger os símplices) pontifica em seu livro que existem pastores demais
e que a maioria de nós deveria renunciar para que nossos rebanhos sejam adequadamente
pastoreados por líderes comprovados, como ele e alguns outros pastores das mega igrejas.
118
E, essa gema vem logo após ele ter condenado os pastores que se orgulham dos números.
Sem brincadeira! Ele dedica páginas e páginas defendendo e exaltando seu ego e eu quase
queimei o livro de tanta raiva que senti, mas depois decidi conservá-lo como um constante
lembrete do que o orgulho pode fazer com a mente humana
Autor: Pr. Ron Riffe
Tradução: Jeremias R D P dos Santos
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br
119
XX. O MUNDO VINDOURO
Cremos que o fim do mundo está se aproximando1; que no Último Dia, Cristo descerá dos
céus2, e ressuscitará os mortos dos túmulos para a retribuição final 3; e que uma separação
solene acontecerá4; que os ímpios serão julgados à punição eterna, e os justos à glória
eterna5; e que este julgamento será permanente no inferno ou no céu baseado nos
princípios de justiça 6.
Referências:
1. I Pedro 4:7, “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e
vigiai em oração”; I Coríntios 7:29-31; Hebreus 1:10-12; Mateus 24:35; I João 2:17;
Mateus 28:20; 13:39, 40; II Pedro 3:3-13;
2. Atos 1:11, “Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o
céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como
para o céu o vistes ir.”; Apocalipse 1:7; Hebreus 9:28; Atos 3:21; I Tessalonicenses 4:13-
18; 5:1-11;
3. Atos 24:15, “Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de
que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos.”; I
Coríntios 15:12-58; Lucas 14:14; Daniel 12:2; João 5:28, 29; 6:40; 11:25, 26; II Timóteo
1:10; Atos 10:42;
4. Mateus 13:49, “Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão
os maus de entre os justos,”; Mateus 13:37-46; 25:31-33;
5. Mateus 25:35-41, “Porque tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me
de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me;
36 Estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-
Me.
37 Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando Te vimos com fome, e
Te demos de comer? ou com sede, e Te demos de beber?
38 E quando Te vimos estrangeiro, e Te hospedamos? ou nu, e Te vestimos?
39 E quando Te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-Te?
40 E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um
destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.
41 Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de Mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”; Apocalipse 22:11;
I Coríntios 6:9, 10; Marcos 9:43-48; II Pedro 2:9; Judas 1:7; Filipenses 3:19; Romanos
6:22; II Coríntios 5:10, 11; João 4:36; II Coríntios 4:18;
6. Romanos 3:5, 6, “E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos?
Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre nós? (Falo como homem.) 6 De
120
maneira nenhuma; de outro modo, como julgará Deus o mundo?”; II Tessalonicenses
1:6-12; Hebreus 6:1-2; I Cor. 4:5; Atos 17:31; Romanos 2:2-16; Apocalipse 20:11, 12; I
João 2:28; 4:17; II Pedro 3:11, 12.
O Julgamento - Parte I
Pr. Calvin G Gardner
Texto para a Leitura: Ex 18.4-17
Texto para a Memorização: Rm 5.12, “Portanto, como por um homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por
isso que todos pecaram.”
Introdução – Algum fato de um julgamento final, geralmente, é conhecido por todo
homem. A ideia de uma consequência desagradável resultante dos erros cometidos é bem
aceita pela sociedade em geral. Também a maioria das pessoas que fazem parte da
sociedade crêem que passará ileso dessas consequências desagradáveis. Crêem que serão
isentos do julgamento futuro por terem sofrido enquanto aqui neste mundo. É verdade que
sofremos aqui na terra. É verdade que esse sofrimento é consequência do pecado do
homem. Todavia, sofrer no mundo não diminui nem elimina o julgamento vindouro.
Ninguém escapa: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois
disso o juízo”, Hb. 9.27.
Desde o começo da humanidade, no jardim de Éden, antes mesmo de pecar, o homem
convivia com a realidade de uma consequência no caso dele desobedecer às regras de
Deus. Deus deixou clara a Sua regra: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal,
dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”, Gn. 2.17. A
existência de qualquer lei pressupõe um julgamento.
Ninguém estranha essa ideia. A sociedade em geral concorda que o governo deve manter
cadeias e penitenciárias. Ninguém estranha a necessidade de ter leis e uma força policial
para manter a ordem pública. Talvez nem todos entendam como funcionam os tribunais
mas são poucos os que negam a sua utilidade. Até a existência de regras e a devida
punição nos jogos esportivos é aceitável pelos homens de bom senso. Se houver alguma
discordância sobre essas necessidades tal discórdia não é sobre a existência de um
julgamento, mas no grau da punição dado.
A responsabilidade de cada um receber as justas consequências pelas suas ações pessoais é
uma verdade que deve ser inculcada em todo lar. A ordem pacífica da sociedade depende
disso. Se desde o berço cada membro da comunidade fosse estabelecido no fato de que o
desvio é inaceitável e resulta numa punição justa e imediata, o nosso convívio uns com os
outros seria muito mais satisfatório (Ec. 8.11, “Porquanto não se executa logo o juízo
sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para
fazer o mal.”). Quando Deus deu a Sua lei moral que exige castigo pelo erro, além dEle
fazer isso para a Sua glória, o fez para o nosso bem.
Julgamento na Bíblia – O que Significa “julgamento”?
121
O Pastor Davis W. Huckabee observa que existem várias palavras gregas traduzidas para a
palavra ‘julgamento’. Apenas duas dessas são destacadas como mais importantes para o
nosso estudo. Krisis (#2920, Strong’s, 47 vezes): uma separação seguida por uma decisão.
Krima (#2917, Strong’s, 28 vezes): a ação resultante (condenação, julgamento, juízo) do
verbo Krino (#2919, Strong’s, 98 vezes): julgar.
Existe um julgamento, ou seja, uma separação que será seguida por uma decisão judicial,
que acontece, imediatamente, quando qualquer um morre. Essa separação é para um
destino eterno que corresponde à condição do coração do homem na hora da morte. Estes
versículos referem-se a este tipo de julgamento: Ec. 12.7, “E o pó volte à terra, como o era,
e o espírito volte a Deus, que o deu.”; Hb. 9.27, “E, como aos homens está ordenado
morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.
Jesus ensinou que a condição do coração do homem na hora da morte determina o seu
destino (Lucas 16.19-25). Os salvos por Cristo vão para aquele lugar reservado para o
povo de Deus e todos os outros se encontram, imediatamente, nos tormentos do inferno
(hades). Aqui ficam até o julgamento (decisão divina) final, ou seja, do Trono Branco.
O Julgamento Divino – A Sua Natureza
Num julgamento não há apenas uma determinação da culpa do transgressor mas a justiça é
declarada, ou seja, a da punição devida é declarada. O homem, em geral, já entende que é
culpado (Rm. 2.14-16; 5.12; Hb. 10.26-27). Deus é ciente disso também (Hb. 4.13; Jo.
3.19).
O julgamento divino tem o que os julgamentos entre homens não têm, ou seja, a
“manifestação do juízo de Deus” (Rm. 2.5). Para os pecadores não arrependidos o
julgamento divino manifestará a indignação justa de Deus contra o pecado. Na ocasião do
julgamento divino Deus também revelará a punição devida para cada transgressão.
O julgamento dos salvos manifestará o prazer divino pela justiça imputada por Cristo e
determinará o galardão para cada obediência, II Co. 5.10, “Porque todos devemos
comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito
por meio do corpo, ou bem, ou mal.”
Você se sente culpado pelo seu pecado? Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o Justo
pelos injustos para levar os que se arrependem e creem nEle, pela fé, a Deus (I Pe. 3.18).
A salvação eterna está em Cristo. O futuro julgamento manifestará o juízo de Deus e cada
pecado será justamente punido. Essa punição eterna já foi levada por Cristo Jesus para os
que entrem pela fé nEle! Há salvação hoje!
Os Julgamentos da Bíblia
Os estudiosos contam sete julgamentos mencionados na Bíblia: O Julgamento na Cruz –
I Pe. 3.18; O Auto-Julgamento do Salvo – I Co. 11.31-32; O Julgamento das Obras do
Salvo – Rm. 14.10; II Co. 5.10; O Julgamento de Israel – Is. 1.27; Jl. 2.31-32; O
Julgamento das Nações – Mt. 25.31-33; Ap. 20.8-9; O Julgamento dos Anjos – I Co.
6.3; II Pe. 2.4; Jd. 6; O Grande Trono Branco ou O Julgamento dos Ímpios que
Morreram – Ap. 20.11-15.
122
Outros categorizam os julgamentos em três períodos distintos: Antes da Segunda Vinda de
Cristo – A Cruz, O Tribunal de Cristo, ou O Julgamento das Obras do Salvo; Os
Julgamentos Associados com A Segunda Vinda de Cristo – O Julgamento das Nações, de
Israel, dos Mártires da Tribulação, e os Julgamentos que Acontecem Depois de Cristo
voltar à terra – O Julgamento de Satanás e os Seus Anjos Ímpios, O Grande Trono
Branco, ou, O Julgamento dos Ímpios que Morreram.
Você está pronto para esse julgamento? A única salvação é estar com os benefícios do
primeiro julgamento, ou seja, o de Jesus na cruz – Jo. 3.14-16, 36. Seja salvo hoje se
arrependendo dos seus pecados e confiando em Cristo Jesus, o Salvador!
O Julgamento – Parte II – O Julgamento do Grande Trono Branco
Pr. Calvin G Gardner
Texto para a Leitura: Ap. 20.11-15
Texto para a Memorização: Jo. 5.28-29, “Todos que estão nos sepulcros ouvirão a Sua
voz. Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para
a ressurreição da condenação.”
O Julgamento Final - O Julgamento do Grande Trono Branco
Na cronologia da escatologia, logo depois da guerra de Gogue e Magogue, o juízo final
acontece. Esse julgamento é o último e o pior julgamento que qualquer ser humano
passará. “A fortíssima espada da justiça Divina será desembainhada neste dia para atingir
cada pecador não arrependido pelas suas transgressões” (T. Ross, pg. 219).
O Juiz Assentado Sobre O Trono é Deus Filho – Ap. 20.11-12
Todos diante desse trono encararão “Deus” (v. 12). A Sua presença é terrível (v. 11, “de
cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.”). O Substituto e
Salvador dos pecadores arrependidos (I Pe. 3.18;II Co. 5.21); O Evangelho pregado pelos
apóstolos (I Co. 15.1-8; At. 26.20); O Fundador e Cabeça das Suas igrejas (Mt. 16.18; Ef.
5.23) e O Exaltado com todo poder, que as comissionou a pregarem Ele mesmo a toda
criatura (Mt. 28.20; Fp. 2.8-10), é Quem está neste trono. Ele será manifestado como Juiz.
O Salvador dos arrependidos e o Advogado dos salvos é grande em misericórdia (At.
16.31; I Jo. 2.1). Porém, como Juiz, Ele é terrível. Da Sua presença fogem a terra e o céu
(Ap. 20.11). Jesus está terrível no Seu direito e na Sua majestade como Juiz.
Jesus tem o direito de ser o Juiz neste trono. Essa qualificação de juiz, o Pai Lhe deu: Jo.
5.22-23, 27, “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que
todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que
O enviou. 27 E deu-Lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.”; At.
10.42, “... testificar que Ele é o que por Deus foi constituído Juiz dos vivos e dos mortos.”;
17.31; Rm. 2.16, “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus
Cristo, segundo o meu evangelho.” A Jesus foi dado todo o poder no céu e na terra e foi
exaltado soberanamente com um nome sobre todo o nome. Portanto, senão por direito de
Criador ou Salvador, Jesus tem o direito de ser o Juiz neste julgamento final por
autoridade do Seu Pai (Mt. 28.18; Fp. 2.9). Nunca pense que pode evitar Quem Deus Pai
123
estabeleceu como Juiz no julgamento final a não ser quem está confiando na obra de
Cristo Jesus na cruz. Jesus é terrível no Seu direito e na Sua majestade como Juiz.
Jesus tem o direito de ser o Juiz neste trono. Pela Sua vida como homem, Jesus venceu
todo e qualquer pecado (Hb 9.14, “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito
eterno Se ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das
obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?”; I Pe. 1.19, “Mas com o precioso sangue de
Cristo, como de um Cordeiro imaculado e incontaminado”) Pela Sua morte Jesus
aniquilou “o que tinha o império da morte, isto é o diabo” (Hb. 2.14-18). Pela Sua
ressurreição Cristo Jesus foi manifestado como o Juiz destinado por Deus (At. 17.31,
“Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio
do Homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-O dentre os mortos.”).
Jesus tem todo direito de ser o Juiz.
Por direito, Jesus é o Juiz neste trono. Jesus tem essa qualificação por conhecer
pessoalmente todo tipo de tentação e por vencer a condenação do pecado (Hb. 4.15,
“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas
fraquezas; porém, Um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”). Assim é
inteligível a Sua sentença no julgamento sobre os que transgrediram a lei do Seu Pai. Foi
Jesus Quem os pecadores diante deste trono rejeitaram. Nada mais justo do que eles
encararem Quem rejeitaram. “Para os que odiaram a misericórdia e rejeitaram o amor e
graça do Senhor Jesus Cristo, este julgamento será a manifestação da retribuição perfeita
para cada pecado. O homem tem uma escolha. Ele deve escolher encarar Cristo como
Salvador ou como Juiz. O Salvador rejeitado será o Justo Juiz” (Huckabee, pg. 64, Seven
Judgments, tradução livre). Será terrível encarar Jesus como Juiz!
Jesus é o majestoso Juiz. Jesus é o resplendor da glória de Deus e a expressa imagem da
própria pessoa de Deus (Hb. 1.3). A majestade de Jesus é revelada como a Palavra de
Deus pela qual Deus criou tudo (Hb. 11.3; 1.2; Jo. 1.1-3; Sl. 33.6). Sua majestade é
manifestada pela Sua vida imaculada quando cumpriu a lei, cancelando, assim,
totalmente, a força do pecado (Mt. 5.17; Jo. 19.30). Pela Sua ressurreição, Jesus derrubou
o pecado e a condenação do pecado que é o aguilhão da morte (Rm. 6.9; I Co. 15.55-57).
Agora, Ele vivifica os que se arrependem dos seus pecados e pela fé confiam nEle. Estes
têm a vida eterna e não entrarão em condenação (Jo. 5.24, “Na verdade, na verdade vos
digo que quem ouve a Minha palavra, e crê nAquele que Me enviou, tem a vida eterna, e
não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”).
Você está em Cristo Jesus? Se você negar ver Jesus como Salvador, vê-Lo-á como seu
Juiz neste julgamento final. Será terrível encarar Jesus como Juiz!
Os Julgados – Quais São?- Jo. 5.28-29, “Todos que estão nos sepulcros ouvirão a Sua
voz. Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para
a ressurreição da condenação.”
Os que ouvirão a Sua voz são os que fizeram o bem. Estes participarão da ressurreição da
vida. Essa ressurreição começa no arrebatamento e termina com os mártires durante a
124
Tribulação (I Ts. 4.13-17; Ap. 20.4-6). Estes estarão sempre com o Senhor Jesus e não
entrarão em condenação, pois os seus pecados já estão julgados nEle (Rm. 8.1, 31-39).
Os que não quiseram ouvir a Sua voz enquanto estavam na terra, ou seja, não quiseram ter
o Seu jugo sobre eles (Sl. 2.2-3), não ouvirão a Sua voz para participar na primeira
ressurreição que é para a vida (Ap. 20.4-5). Todavia ouvirão a Sua voz para serem
ressurretos na ressurreição que leva para a segunda morte (Ap. 20.12-14). Essa
ressurreição é para os que fizeram o mal. É chamada a “ressurreição da condenação” por
levar para esse fim. A “ressurreição da condenação” é o julgamento do Grande Trono
Branco. Aqui os não salvos estarão presentes corporalmente, pois o cemitério (os corpos
dos não salvos, a “morte”) e o inferno (as almas dos não salvos) darão o que neles havia
(Ap. 20.13).
Os que rejeitam a vitória do Senhor Jesus Cristo, sejam grandes ou pequenos, responderão,
pessoalmente, diante dEle, nessa ocasião. Terão oportunidade para responder por qual
razão desprezaram Jesus, a Quem o Pai exaltou sobre todo e qualquer nome (Fp. 2.8-11).
Jesus determinou que os que “fizeram o bem” terão vida e os que “fizeram o mal” terão a
condenação. Se não tivéssemos nenhuma outra instrução sobre a salvação na Bíblia
concluíramos que somos salvos ou condenados apenas pelas nossas obras. E muitos
religiosos assim concluem. Todavia, existe uma abundância de instrução sobre a salvação
na Bíblia para os que desejam saber. Examinando toda a Bíblia concluímos que a salvação
não é obtida nem mantida pelas obras do homem.
Tito nos diz que não somos salvos pelas obras (Tt. 3.5). O profeta Isaías ensina que as
nossas justiças são como trapos de imundícia (Is. 64.6). Jó pergunta: “Quem do imundo
tirará o puro?” Ele mesmo responde: “Ninguém” (Jó 14.4). Jesus e os apóstolos enfatizam
que a salvação é pela graça (At. 15.11; Rm. 3.24; Ef. 2.8-9). Sendo pela graça, não pode
de nenhuma forma ser pelas obras do homem (Rm. 11.6). A carne para nada aproveita (Jo.
6.63).
Então, o que devemos concluir quando Jesus ensinou que o tipo de ressurreição depende
do que os homens fizeram? Devemos concluir que as obras de qualquer homem testificam
do que ele é, ou seja, as obras anunciam a todos quem somos (Mt. 7.17-20; Jo. 10.25).
Os que fazem o bem são os que têm a justiça de Jesus imputada neles, têm uma nova
natureza e deleitam-se em fazer a lei de Deus (II Co. 5.21; Rm. 7.22; Jo. 14.12). Os que
fazem o mal são os que produzem somente as obras da carne (Gl. 5.19-21; I Co. 2.14; Rm.
8.6-8).
Tendo somente as suas obras para declarar o que você é, você será participante de qual
ressurreição?
Os Livros Abertos neste Julgamento – Ap. 20.12, “E vi os mortos, grandes e pequenos,
que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida.
E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas
obras.”
125
Os livros que formarão a base do julgamento dos que estarão presentes diante deste trono
são a Palavra de Deus, o “outro livro” – o Livro de Vida, e “os livros” contendo as obras
de todos os que estarão diante deste trono.
Jesus prometeu que a Palavra de Deus estará presente neste julgamento: “Quem Me
rejeitar a Mim, e não receber as Minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que
tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.”, Jo. 12.48. Todos os que agora negam se
submeter à Verdade da salvação apresentada pela pregação das Escrituras asseguram a sua
própria condenação.
O Livro da Vida contém os nomes de todos os eleitos de Deus. É chamado o “livro da
vida do Cordeiro” por ser pelo Cordeiro que estes são salvos (Ap. 21.27; 5.5-10). Os
nomes dos eleitos foram escritos neste livro desde a fundação do mundo (Ap. 17.8; Ef.
1.4; II Tm. 1.8-9). Antes deste evento não temos evidência de que este livro foi aberto. Seu
nome está escrito neste livro? Mais importante do que ser listado num rol de igreja, numa
biografia de heróis da fé, ou ter sofrido grandes privações pela religião é ter o seu nome
neste livro. Terrível será se faltar o seu nome neste livro!
Você pode saber se o seu nome está escrito nesse livro se você tem certeza de que se
arrependeu e creu pela fé em Cristo Jesus como seu Salvador. Se o seu desejo é agradar a
Deus pela sua obediência à Sua palavra, pode saber que tem as marcas de um eleito de
Deus (Rm. 7.22; Mt. 7.24-27). Se, porém, deseja cumprir os desejos da carne, ser
dominado pela carne e caso a submissão à Palavra de Deus não é um alvo da sua vida,
pode saber que, se morrer nessa condição, o seu nome não constará neste livro.
Arrependei-vos e crede no Senhor Jesus Cristo!
Os “Outros Livros” contêm todas as obras e pensamentos de cada ímpio e transgressor da
lei de Deus que não tem o sangue de Cristo entre ele e o Juiz. Estes livros serão abertos
diante deste trono (Ec. 12.14; Mt. 12.36; Rm. 2.16; Hb. 4.13; Ap. 20.12, “segundo as suas
obras”). Entendemos que assim o julgamento será justo, pois não admite falsas acusações
de outros, maquiagem dos fatos ou apelos emocionantes. A verdadeira relação das suas
obras, fielmente, registradas para que a punição seja justa dos que não estão em Cristo.
As Consequências
O lago de fogo é o destino de todos que não têm os seus nomes escritos no livro da vida do
Cordeiro, ou seja, os que não têm o sangue de Jesus nos seus corações. Serão lançados o
corpo e a alma neste lago de sofrimento (Ap. 20.14-15). Estes podem somente culpar a si
mesmos pela condenação deles neste lago de fogo. São as suas próprias obras que foram
julgadas e não as de Cristo ou de outros.
Pode alguém pensar que Deus é culpado por não eleger todos para a vida eterna? Deus
teria culpa se Ele fosse obrigado a fazer algo e não fez. Mas, desde que a salvação é pela
graça, a eleição também é (Rm. 11.5). Os não eleitos não buscaram a salvação fazendo,
alegremente, tudo que, eventualmente, os condenam, ou seja, as obras da carne (Rm. 1.28-
32; Gl. 5.19-21; I Jo. 2.16). Para ser salvo é necessária a graça de Deus. Para ser
condenado são necessárias as obras da carne. Se desejar ser salvo dos seus pecados,
arrependa-se deles e clame a Deus pela Sua misericórdia. “Ninguém deve se preocupar se
126
Deus lhe salvará ou não. Todos que desejam ser salvos, podem fazer da maneira bíblica.
Humanamente falando, a sua fé em Cristo é o que faz a diferença entre estar presente
diante deste trono ou não.” (G. Smith, pg. 171)
O lago de fogo é um lugar onde a segunda morte acontece para os perdidos “receber o
dano” (Ap. 2.11). Este verbo traduzido “receber o dano” indica sofrimento e prova que a
segunda morte não é cessação de existência; é uma separação eterna de Deus (pg. 31,
Watterson).
Você está pronto para esse julgamento? A única salvação é estar com os benefícios do
primeiro julgamento, ou seja, o de Jesus na cruz – Jo. 3.14-16, 36. Seja salvo, hoje, se
arrependendo dos seus pecados e confiando em Cristo Jesus, o Salvador!
127
XXI. MÉTODOS MISSIONÁRIOS
Cremos que o missionário deve ser enviado e autorizado por uma igreja 1, podendo, no
entanto, ser sustentado pela cooperação de várias igrejas da mesma fé e ordem; nenhuma
junta ou organização missionária deve substituir a igreja 2. Referências: -1. At 13:1-4;
14.26-27; -2. Fp 4:15-17; II Co 11.7-10.
A Importância da Igreja: I Tim. 3:15, “...na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, a
coluna e firmeza da Verdade.”
A. A Igreja é como:
1. Uma construção espiritual. Hebr. 3:6.
a. Pedra da Esquina, Alicerce – Cristo. I Ped. 2:6; Efes. 2:20.
b. Pedras na construção – vós, os salvos, I Ped. 2:5.
1)Um corpo. Efes. 4:15-16.
2)A cabeça é Cristo e o corpo funciona muito bem com todas as partes seguindo a Cabeça,
ou a Verdade.
B. Cristo é a Cabeça do Corpo. Efes. 4:14 – 16; Col. 1:15-19, “...foi do agrado do Pai...”
“é para crescer em tudo nAquele que é a cabeça.” É para crescer na graça e no
conhecimento de Cristo. II Pe. 3:18. Cristo é o objetivo, alvo, propósito, compromisso de
todos nós!
1. Não é de nenhum homem, é claro. Mat. 16:18; Col. 1:19 “...toda a plenitude NELE
habitasse.” Se fosse do homem louvaríamos ao homem, mas como é de Cristo, então a
ELE seja toda a glória!
2. Por isso o corpo funciona. Efes. 5:29.
a. Para a Glória de Deus, “vem aumento de Deus”.
b. Todos os membros obedecendo a Cristo, pela Palavra, operam de uma maneira
organizada ‘...organizados pelas juntas e ligaduras...” Rom. 12:4-5.
c. A força da Igreja vem de Deus, “… provido…”
Cremos que o louvor prestado pela congregação ou apresentado pelos seus membros ou
membros de outras igrejas da mesma fé e ordem, deve ser como Deus deseja ser adorado,
ou seja, “em espírito e em verdade” algo que faz desnecessário e vergonhoso qualquer
estímulo da carne1; que o mesmo seja para a edificação do corpo de Cristo, que é a igreja
local e visível, sendo feito “decentemente e com ordem”, tendo previamente a aprovação
do pastor ou presidente da igreja2; não devendo ter nenhum estilo de música erradamente
chamada evangélica (Gospel), mas somente aquilo que edifica a igreja, sendo aquilo que é
realmente sagrado e espiritual, sem os ritmos, os estilos ora intimistas-emocionalistas ora
agitados, as palmas, os balanços de corpo, e seus múltiplos instrumentos tais como bateria,
guitarras, etc., tudo tendo os cheiros e agradando à carne e ao mundo 3 Referências: -1. Jo
4.24; I Co14: 15. -2. Ef 5.18, 19; I Co 14.26, 40; Hb 13:15-17. –3. Cl 3.16-17 // Rm 8.5-8;
// Rm 12:1-2; Cl 3:1-2, 5; Tg 4:4; I Ts 5:22.
O LOUVOR E A IGREJA
Edson S. Novaes
Nenhum lugar da Bíblia nos informa que os crentes devem louvar ao Senhor da forma que
nos agrada, pelo contrário, todos os ensinamentos bíblicos mandam adorá-Lo como Ele
quer. A verdadeira adoração tem que ser dirigida pelo Espírito Santo, que exalta somente a
Deus o Pai, e o Senhor.
Algumas igrejas adotam o entendimento de que o período de louvor deve ser agradável à
igreja, ou seja, a igreja no momento do louvor deve se divertir, ter prazer e sentir-se bem.
E, logo, isto se torna um incentivo, principalmente, aos dirigentes da música que usam de
certa liberdade para conseguir uma platéia mais exaltada durante os louvores. Estes
131
esquecem que devemos nos regozijar porque o Senhor está sendo exaltado e porque a Sua
graça está sendo anunciada, e não porque gostamos de nos sentir bem ou porque a igreja
está “fria”.
REVERÊNCIA NO LOUVOR
A Bíblia nos diz que quando entramos na presença do Senhor, devemos fazer com extrema
reverência. Um exemplo claro de reverência que nos vem à mente foi o fato ocorrido com
Moisés, quando Deus o ordenou que tirasse as suas sandálias porque estava em lugar
santo. Em Hebreus 12:28-29, lemos que, através do sangue de Jesus, temos “ousadia” de
entrarmos na Sua presença, mas este mesmo livro nos ensina que temos que ter temor em
Sua Presença, porque Deus é fogo consumidor.
Um erro comum que as igrejas cometem é crer que com a mudança dos séculos,
naturalmente, existem mudanças na igreja, sejam elas no culto ou louvor, porém se
esquecem de que Deus não muda só porque os nossos costumes mudaram (leia Malaquias
3:6).
A reverência é manifesta por uma atitude compatível, no comportamento e mesmo na
maneira como uma pessoa se veste, A reverência ao Senhor exige uma atitude diferente ao
nos aproximarmos de Sua presença. Mesmo que vivamos na presença de Deus e Jesus viva
em nós através do Espírito Santo, ao entrarmos em Sua presença através de um culto,
temos que fazê-lo de maneira especial, de forma que a aparência externa reflita a realidade
da reverência interior (leia Mateus 18:20). Para se oferecer um louvor que seja digno do
Senhor, o crente deve aprender a louvar com todos estes sentimentos em seu coração.
Os sentimentos provocados pelo Espírito Santo têm que ser expressos pelo coração, pois o
Senhor não olha a aparência exterior de uma pessoa, mas o seu coração (I Samuel 16:7).
Portanto, aqueles sentimentos santos devem ser expressos com oração, salmos e cânticos
espirituais com todo o nosso coração e com toda a nossa alma (Efésios 5:19-20). No Novo
Testamento, estas são as únicas exigências aos crentes.
Um cuidado que é necessário ter é não confundir causa e efeito. Ao chegarmos à presença
do Senhor, podemos não estar dispostos ao louvor por uma série de fatores (preocupações,
dívidas, tristezas, etc.). Logo, é por isto que todos os cultos devem ser iniciados por um
momento de contrição, confessando os nossos pecados, pedindo perdão pelos nossos atos e
pedindo que o Espírito Santo crie em nós a disposição para louvar.
O membro de uma igreja deve aprender, através da Bíblia, que quando uma pessoa se
converte ela deve abandonar as velhas maneiras de se vestir, falar, e se comportar que
aprendeu até o momento em que ainda era um transgressor perante Deus.
No entanto, o Senhor tem revelado à Sua Igreja que, para que instrumentistas e cantores de
um coro ou grupo de louvor possam louvá-Lo, é indispensável que eles estejam vivendo
em santificação, dando um bom testemunho à Igreja e ao mundo. Eles devem também se
preparar para o louvor com oração e jejum. A importância do louvor requer tal preparo
espiritual para que vidas possam ser usadas e transformadas em pessoas que se tornam
instrumentistas ou cantores.
HINOS NO LOUVOR
A igreja deve cantar hinos que contenham uma mensagem profunda, que apresente um
conteúdo espiritual, que edifique o crente e que o estimule a adorar.
Não há necessidade de se repetir em culto o mesmo hino várias vezes, como se fossem
agradar mais a Deus, ou fosse permitir o Espírito Santo trabalhar mais na vida do
adorador. Isto é perigoso porque técnicas religiosas modernas de religiões místicas usam
este tipo de repetição interminável porque sabem como a repetição de uma mesma melodia
ou ritmo tende a criar uma atmosfera que faz com que as pessoas sintam emoções que as
farão crer que poderes sobrenaturais estejam agindo.
133
Falando, especificamente, sobre o culto público, e baseado nos trechos leia I Coríntios 14,
e devemos ter extrema cautela quanto a sua condução:
Devemos ter cuidado com a ordem no culto
Não perturbar os outros;
Não escandalizar os visitantes que podem pensar que não estamos em nosso juízo
normal.
Devemos ter cuidado ainda com as nossas emoções. Na época de Eli/Samuel (leia I
Samuel 4:3-11) a arca foi tomada pelos filisteus e foi devolvida a Israel. Com a chegada da
arca da aliança, os israelitas gritaram porque estavam convencidos de que o Senhor estava
com eles. Porém o Senhor não foi tocado e não manifestou a Sua presença diante deles.
Eles tinham fé e entusiasmo, mas o Senhor não estava entre eles, porque eles não viviam
em santificação, agradando ao Senhor.
Estas denominações, como forma de angariar massas de jovens para suas igrejas, criam
bandas de músicas, letras e músicas em tom apelativo. É interessante notar que em muitas
letras, na evolução da canção, nem sempre aparece a palavra Deus ou Jesus, sendo que em
alguns casos estes nomes são substituídos pela palavra “Ele”, ou seja, a canção passa a
tratar Deus ou Jesus de forma “subjetiva”.
Também existem letras de músicas que fogem da total reverência que devemos ter ao
Senhor, tratando por adjetivos dos quais não vale a pena comentar neste artigo.
Outras canções cometem o erro de, na idéia de informalidade extrema e familiaridade com
Jesus e Deus, de humanizá-los, ou seja, eles dão a Eles formas, necessidades e desejos que
são exclusivos dos seres humanos e não de Deus. Outros buscam adorar o Espírito Santo
em vão.
É fato que existem muitas canções (sem olharmos para quem as compôs, ou a que banda
pertence, ou mesmo a que denominação pertence) em que a letra atende a todos os
requisitos bíblicos de verdadeira adoração ao Senhor, porém sua melodia vai contra a
mensagem da canção.
134
XXIII BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
Às vezes, um cristão é indagado se tem sido batizado com o Espírito Santo, ou se sua
igreja tem o batismo com o Espírito Santo. Como deveríamos responder a esta questão?
Muitas teorias têm sido propostas sobre a natureza do batismo com o Espírito Santo. Em
vez de rever todas elas, faríamos melhor se examinássemos as referências Bíblicas sobre
esta imersão no Espírito Santo. (A palavra grega sempre se refere a imersão, ou
literalmente na água ou tinta, ou num senso figurativo. Nenhum outro significado da
palavra pode ser achado no Novo Testamento ou na literatura grega antiga.)
O batismo com o Espírito Santo foi profetizado por João Batista como um evento futuro
em Mateus 3.11, onde é associado com fogo: “Aquele que vem após mim é mais poderoso
do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; Ele vos batizará com o Espírito Santo, e
com fogo.” Esta profecia aparece também nas mensagens paralelas descrevendo o
ministério de João. Em Marcos 1.8 lemos: “Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água;
Ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.” Em Lucas 3.16 nos diz, “Eu, na verdade,
batizo-vos com água, mas eis que vem Aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não
sou digno de desatar a correia das alparcas; Esse vos batizará com o Espírito Santo e com
fogo.” João 1.33 identifica Cristo como Aquele Que teria autoridade para batizar com o
Espírito Santo: “E eu não O conhecia, mas O que me mandou a batizar com água, Esse me
disse: Sobre Aquele que vires descer o Espírito, e sobre Ele repousar, Esse é o que batiza
com o Espírito Santo.”
Não há nos Evangelhos outras referências ao batismo com o Espírito Santo. A próxima
referência, Atos 1.5, afirma quando este evento prometido aconteceria. Cristo, pouco antes
de Sua ascensão, disse aos Seus apóstolos: “Porque, na verdade, João batizou com água,
mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.” Qual evento
notável aconteceu apenas poucos dias depois da Sua ascensão, ou seja, em exatamente dez
dias? Pentecostes!
Agora, que determinamos com precisão o tempo que o prometido batismo com o Espírito
Santo aconteceu, podemos examinar a natureza deste evento. Como João Batista predisse,
foi associado com fogo; não um fogo literal, mas línguas repartidas como que de fogo,
135
foram vistas, Atos 2.3. Veio, repentinamente, um som do céu como de um vento veemente
e impetuoso, Atos 2.2. Os discípulos começaram a falar noutras línguas, Atos 2.4. Não
eram línguas estranhas, nem idiomas celestiais incompreensíveis aos homens; mas, eram
línguas de outros países entendidas, claramente, pelos que as ouviram, Atos 2.8-11.
Esse maravilhoso evento de Pentecostes deve ser copiado pelas igrejas, hoje? Não há
registro na Bíblia ou na história da igreja de uma reencenação de Pentecostes, nem
qualquer ordem de Deus que deveríamos reencenar este evento. Qualquer igreja que
reivindica a reencenação de Pentecostes deveria verificar se todos destes sinais são
duplicados: o som de um vento veemente e impetuoso; as visíveis línguas repartidas como
que de fogo; e a proclamação do evangelho em idiomas legítimos de outros países não
entendidos por aqueles que as falavam.
O Pentecostes nunca foi reencenado e é um evento histórico único que, pela sua própria
natureza, não requer nenhuma reencenação. Não esperamos a reencenação da divisão das
águas do Mar Vermelho, hoje, em qualquer igreja; isto foi um evento único que serviu o
seu propósito, ou seja, o êxodo dos israelitas da escravidão egípcia. Precisamos aprender
as lições dessa intervenção milagrosa divina na história humana, e orientar as nossas vidas
por elas, mas não precisamos duplicar o próprio evento.
Qual o propósito histórico foi consumado pelo batismo do Espírito Santo em Pentecostes?
Os discípulos daquele tempo receberam poder para o ministério cristão, Atos 1.8, mas o
Espírito Santo ainda capacita-nos a sermos testemunhas, hoje, sem necessitar de
manifestações miraculosas ou visíveis. O batismo com o Espírito Santo era mais do que
somente manifestações. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo apareceu, visivelmente,
aos homens para oficializar a Sua aprovação àquela instituição que Deus ordenou, pela
qual toda a Sua obra na terra será feita, ou seja, a Igreja local.
Deus estabeleceu duas instituições no Velho Testamento pelas quais toda adoração e
obediência do Seu povo devem ser conduzidas: o tabernáculo de Moisés e o templo de
Salomão. O Espírito Santo apareceu, publicamente e visivelmente, na inauguração do
tabernáculo (Êxodo 40.34-35) e no templo (1Reis 8.10-11). A Sua manifestação revelou a
todos os homens que Deus aprovou e endossou estas instituições. Somente uma
manifestação do Espírito Santo bastava em cada caso. Não deve nos surpreender de que o
Espírito Santo endossou a igreja da mesma maneira pública em Atos 2.
Enfatizamos que a igreja que o Espírito Santo endossou no Pentecostes era a instituição da
igreja local, não uma suposta “mística, invisível igreja universal,” um conceito não
Escriturístico que é contrário a todo o ensino do Novo Testamento sobre a igreja. O
conceito de uma “igreja universal”, como pregam muitos, é uma organização não-
existente, que não pode reunir, batizar, celebrar a Ceia do Senhor, disciplinar membros ou
receber dízimos. A igreja em Jerusalém, porém, fez todas essas coisas.
Devemos também, evitar o erro que diz que Pentecostes era “o nascimento da igreja”
como é afirmada, espontaneamente, por alguns. Não há base escriturística para tal
afirmação. A igreja em Jerusalém agregou 3.000 membros no dia de Pentecostes, Atos
2.41. Não pode agregar a algo que não existe. Em Atos 1, antes de Pentecostes,
136
testemunhamos uma reunião de negócios da igreja em Jerusalém, quando Matias foi
votado a servir como apóstolo. O fato de que Jesus instruiu Seus discípulos sobre
disciplina pela igreja, Mateus 18.17, ensinando-os “dize-o à igreja” sem precisar explicar-
lhes o que era uma igreja, revela que a igreja já existia e era instituída por Cristo.
Agora, que temos revisto a natureza e o propósito do batismo com o Espírito Santo no dia
de Pentecostes, avançamos para cuidar da próxima (e última) referência bíblica ao batismo
com o Espírito Santo. Em Atos 11.16 o apóstolo Pedro, defendendo a sua decisão de
batizar e receber como irmãos os gentios convertidos de Cesareia, disse: “E lembrei-me do
dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água; mas vós sereis batizados
com o Espírito Santo.”
Não é claro se Pedro estava afirmando que o cair do Espírito Santo em Cornélio e seus
companheiros em Atos 10.44-45 era uma repetição do batismo com o Espírito Santo, ou
meramente uma comparação do evento Àquele que ele conheceu no Pentecostes. O que é
claro é que o Espírito Santo caiu, graciosamente, sobre estes gentios convertidos, o
primeiro na história, para demonstrar publicamente a aceitação de Deus dos gentios na
família de Deus, para que os irmãos judeus também os aceitassem. Este evento, como
Pentecostes, era um evento histórico único que não necessitava e nem pode ser duplicado
pelas igrejas, hoje. Só se pode ter uma única inauguração original.
Agora, findamos todas as referências bíblicas ao batismo com o Espírito Santo; não há
outras. Alguns identificam o caso de Atos 19.1-7, quando Paulo rebatiza doze discípulos
de Éfeso, como sendo um batismo com o Espírito Santo, mas devemos ser cautelosos,
desde que aquele termo, ou seja, batismo, não é usado naquela passagem. Ao invés de
argumentar sobre qual termo devemos aplicar nesta manifestação do poder do Espírito
Santo, faríamos melhor se considerarmos a lição principal da passagem – a importância do
batismo correto.
O batismo para ser válido, deve satisfazer estes quatro requerimentos: 1) Modo correto
(imersão). 2) Candidato correto (um regenerado, e não uma pessoa incrédula). 3) Propósito
adequado (mostrar nossa obediência como discípulos de Jesus, não para ganharmos a
salvação). 4) Administrador propício (um representante de uma igreja neo-testementária,
que não precisa, necessariamente, ser um pastor).
De alguma forma, o batismo dos discípulos efésios era deficiente. Desde que eles nem
conheciam Quem era o Espírito Santo, provavelmente não eram salvos quando foram
batizados. Aparentemente, foram batizados por um cristão não autorizado por uma igreja
local, em contraste com Paulo que foi enviado pela igreja em Antioquia, Atos 13.1-3.
Apolo tem sido sugerido como o culpado.
Qualquer que seja o problema, Paulo não concordou em tolerá-lo, mas insistiu que o
problema fosse corrigido. Às vezes é afirmado, incorretamente, que não existiram
rebatizadores (ou anabatistas) antes do século XVI. Os que afirmam isso esqueceram-se de
Paulo! Os discípulos efésios, obedientemente, concordaram em ser batizados por Paulo
quando eles descobriram que o batismo anterior foi deficiente, e o Espírito Santo
outorgou, publicamente, Seu selo de aprovação neste ato de submissão.
137
A passagem, Atos 19.1-7, tem sido distorcida por alguns para argumentar que o batismo
de João não é um batismo cristão e não servia para aquela época. Essa idéia é baseada na
falsa suposição de que os discípulos de Éfeso, longe e bem depois da época de João o
Batista, foram verdadeiramente batizados por ele. Essa passagem não diz isso de maneira
nenhuma. Paulo elogiou o batismo de João, Atos 19.4. O fato de que Cristo e todos os
apóstolos, os que começaram o cristianismo, estavam satisfeitos com o batismo de João e
nunca procuraram um batismo mais moderno, deve ser uma prova suficientemente firme
da atualidade do batismo de João para aquela época.
Temos, agora, examinado todas as referências na Bíblia a respeito do batismo com o
Espírito Santo. Deve ser observado, porém, que haja alguns que interpretem 1Cor.12.13
(“Pois todos nós fomos batizados em um espírito, formando um corpo...”) como referência
ao batismo com o Espírito Santo. Tal interpretação causa uma confusão tremenda num
assunto de fácil entendimento. Este batismo com o Espírito Santo de 1Cor. 12.13, como
concebido pelos que o apóiam, é singular, único, sem fogo ou outra manifestação externa,
e ocorre no momento da salvação. Como pode este conceito reconciliar-se de alguma
forma do batismo com o Espírito Santo de Atos 2 que foi público, sobre muitos, com fogo
e manifestação externa, e derramando-se sobre pessoas já convertidas?
A dificuldade é totalmente eliminada quando reconhecemos que o batismo mencionado
em 1Cor. 12.13 é batismo na água e só isso. Muitos comentaristas nem crêem que o
Espírito Santo é mencionado de alguma forma neste versículo; eles crêem que é um ensino
de que todos os membros de uma igreja local, ou corpo de Cristo, tornaram-se membros
daquela igreja pelo batismo com água em união espiritual. Outros tratam do Espírito
Santo, nesta passagem, dizendo que pela liderança e capacidade do Espírito Santo nos
tornamos membros da igreja local através do batismo em água. Qualquer interpretação
cabe, perfeitamente, no contexto do ensino neotestamentário; a ideia do batismo com o
Espírito Santo no momento da conversão é um intruso neste contexto.
O Espírito Santo entra em todos os crentes no momento da conversão para habitar neles
(Rom. 8.9-16), mas nós não somos instruídos que o Espírito Santo batiza os crentes na
conversão. Segundo Ef. 4.5, existe somente um batismo. Este deve ser o batismo em água,
o qual a Bíblia ensina; não um “batismo espiritual”, que a Bíblia não ensina.
Podemos concluir de nosso estudo sobre tudo que o Novo Testamento ensina do batismo
com o Espírito Santo: Foi um evento histórico, glorioso através do qual Deus autenticou
Sua igreja no começo de seu ministério, depois da ascensão de Cristo. Não há
mandamento para as igrejas, hoje, quererem repetir este evento, nem para indivíduos
buscarem ser batizados com ou pelo Espírito Santo, na conversão e nem depois dela.
Isto significa que rejeitamos o ministério, dons e enchimento do Espírito Santo para nossa
época? Absolutamente não! Somos mandados ser cheios do Espírito Santo, Efésios 5.18, e
deveríamos estar abertos para todos os dons que o Espírito Santo deseja outorgar em nós,
nesses últimos dias.
Deveríamos rejeitar o ensinamento daqueles que apresentam posições diferentes a respeito
do batismo com o Espírito Santo? Não necessariamente!
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A maior parte do ensino deles tem uma base escriturística, mesmo tendo os professores
aplicado um vocábulo impreciso neste assunto que ensinam. Seria bem melhor
experimentar todas as bênçãos, dons e enchimento que o Espírito Santo deseja-nos dar, e
aplicar um vocábulo errado para este experiência, do que ser firmes na doutrina e
nomenclatura sem experimentar em nossas vidas o poder do Espírito Santo.
Não devemos ser críticos com aqueles que descrevem suas experiências com o Espírito
Santo como um “batismo”. Nem devem os defensores do batismo com o Espírito Santo ser
críticos com aqueles que preferem não usar esta terminologia.
Estamos agora prontos para concluir o assunto, e responder a indagação posta no começo
desse artigo: “Você recebeu o batismo com o Espírito Santo?” Que Deus nos ajude a
sempre responder tal indagação com uma sondagem humilde dos nossos corações, e que
possamos ser totalmente submissos ao Espírito Santo e sermos guiados por Ele em todos
os aspectos da vida.
Mas para aqueles que desejam conhecer a nossa posição quanto à doutrina bíblica do
batismo com o Espírito Santo, seria melhor refazer a pergunta assim: “Você é um membro
de uma igreja local da mesma fé e prática da igreja em Jerusalém, e assim parte da divina
instituição que Deus validou e autenticou pelo batismo com o Espírito Santo?”
Se a sua igreja continua na doutrina dos apóstolos (Atos 2.42) e requer imersão em água
para ser membro (Atos 2.41), sua resposta à pergunta é "Sim, sou!" Se é membro de tal
tipo de igreja , não precisa deixá-la na procura do batismo com o Espírito Santo. Entrega a
sua vida completamente ao Espírito Santo, e Ele o usará melhor na igreja em que está.
Tradução: Brenda Lia de Miranda Barbosa
Revisão: Pr. Calvin e Joy Ellaina Gardner
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