Você está na página 1de 9

TECNOLOGIA

FARMACÊUTICA I

Ana Isabel Fernandes


Professora Associada

aifernandes@egasmoniz.edu.pt

Fármaco

Forma
Farmacêutica

A. I. Fernandes © - IUEM

1
A ciência que converte fármacos em
medicamentos

Química-
Engenharia Física
e e CLÍNICA
Microbiologia Química
FORMULAÇÃO
Farmacêutica

Anatomia
e PRODUÇÃO ANALÍTICO
Fisiologia

EMBALAGEM DISTRIBUIÇÃO

TECNOLOGIA
FARMACÊUTICA

A. I. Fernandes © - IUEM

Interface entre fármaco e organismo

≈70% FF
orais sólidas

A. I. Fernandes © - IUEM

2
Objetivos

Transmitir aos estudantes os conhecimentos teóricos e


práticos adequados à conceção, formulação,
produção e controlo da qualidade das formas
farmacêuticas orais sólidas.

Escala industrial

PUC
51886

A. I. Fernandes © - IUEM

Objetivos

Pretende-se que os estudantes aprendam a produzir e a


controlar a qualidade das formas farmacêuticas em
estudo.

No final desta UC os estudantes deverão


ser capazes de reconhecer as vantagens
e limitações da utilização terapêutica das
formas farmacêuticas em estudo e de
aplicar os conhecimentos científicos e
tecnológicos mais recentes na
maximização da sua eficácia.

A. I. Fernandes © - IUEM

3
Conteúdos programáticos

A. I. Fernandes © - IUEM

Bibliografia

1. Lachman, L., Lieberman, H.A. & Kanig, J.L. (eds) (2010) Teoria e Prática
na Indústria Farmacêutica, 2ª ed., Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa;
ISBN – 9789723109085.
2. Aulton, M.E., Taylor K.M.G (ed.) (2017) Aulton's Pharmaceutics: the
Design and Manufacture of Medicines, 5th ed., Elsevier; ISBN -
9780702070051.
3. Florence, A.T., Attwood, D. (2016) Physicochemical Principles of
Pharmacy, 6ª ed., Pharmaceutical Press, London; ISBN - 978-0857111746
4. Florence, A.T. & Siepmann J. (2009) Modern Pharmaceutics, 5th ed.,
Informa Healthcare, New York; ISBN - 9781420065701.
5. Jones, D. (2008) Pharmaceutics: Dosage Forms and Design,
Pharmaceutical Press; ISBSN - 9780853697640.

A. I. Fernandes © - IUEM

4
A. I. Fernandes © - IUEM

Atendimento Pedagógico

2ª feira 12-13h

6ª feira 10-11h

Sujeito a marcação

A. I. Fernandes © - IUEM

5
Avaliação

A avaliação prática é contínua e compreende: (A) registo,


interpretação e discussão de resultados respeitantes a
aulas selecionadas (50%) e (B) informação do docente,
relativa à capacidade de execução das técnicas, ao caderno
de laboratório e à metodologia de trabalho (50%). A
reprovação na parte prática não limita o acesso ao exame
final.
O exame escrito final incidirá sobre a totalidade das
matérias lecionadas e a nota deve ser ≥9,5.
A classificação final será a média aritmética
ponderada, arredondada às unidades, das
avaliações prática (30%) e teórica
(70%), considerando-se aprovados os
estudantes cuja nota final seja ≥10.

A. I. Fernandes © - IUEM

AULA 1

PRÉ-FORMULAÇÃO
-GENERALIDADES-

A. I. Fernandes © - IUEM

6
Pré-formulação − definição

Os ensaios de pré-formulação constituem o primeiro passo


no desenvolvimento de formas farmacêuticas − em
particular das orais sólidas−de substâncias com atividade
medicamentosa.

Investigação das propriedades químicas e físicas do


fármaco − sozinho, ou combinado com excipientes.

A. I. Fernandes © - IUEM

Pré-formulação − objetivo

O objetivo geral da pré-formulação é gerar informações úteis


para o formulador no desenvolvimento de formas
farmacêuticas estáveis, seguras e com boa
biodisponibilidade.

Esta informação decide muitos dos


eventos e abordagens subsequentes
no desenvolvimento de formulações.

Pode apenas confirmar que não


existem impedimentos à formulação
ou necessitar de estratégias
(formulação ou modificação molecular)
para melhorar o desempenho.

A. I. Fernandes © - IUEM

7
Aporte de
informação

As propriedades do fármaco
condicionam a FF a escolher

Multidisciplinaridade no desenvolvimento de um novo medicamento

A. I. Fernandes © - IUEM

Etapas do processo de pré-formulação


1. Estabilidade i. Solubilidade
a. Estado sólido i. Água e outros solventes
i. Temperatura ii. Perfil pH – solubilidade
ii. Luz iii. Formas de sal
iii. Humidade iv. Co-solventes
b. Solução v. Complexação
i. Solvente vi. Profármaco
ii. pH j. Coeficiente de partilha
iii. Luz k. Constante de ionização
l. Volatilidade
2. Propriedades Físico-químicas m. Potencial de polimorfismo
a. Estrutura e massa molecular
b. Cor 3. Propriedades Físico-mecânicas
c. Odor a. Densidade bruta e reduzida
d. Tamanho, forma e b. Compressibilidade
cristalinidade das partículas
e. Ponto de fusão 4. Disponibilidade in vitro
f. Perfil de análise térmica a. Dissolução dos cristais de fármaco
i. DSC b. Dissolução de grânulos de fármaco puro
ii. DTA c. Análise da dissolução do fármaco puro
iii. TGA
5. Outros estudos
g. Potencial de higroscopia
a. Ligação às proteínas plasmáticas
h. Espetro de absorção
b. Efeito de excipientes compatíveis na
i. UV
dissolução
ii. IV
c. Estudos cinéticos da solução

A. I. Fernandes © - IUEM

8
Propriedades de um fármaco importantes na conceção de FF e
fatores de stress durante o processo de fabrico
Propriedades ‘Stresses’ de fabrico Procedimentos de fabrico

• Tamanho e • Pressão • Precipitação


Área de superfície • Mecânicos • Filtração
• Química de • Radiação • Emulsificação
superfície da partícula
• Exposição a líquidos • Moagem
• Solubilidade e vapores • Mistura
• Dissolução • Temperatura • Secagem
• Coeficiente de partilha
• Granulação
• Constante de ionização
• Compactação
• Propriedade dos cristais,
Polimorfismo • Autoclavagem

• Estabilidade • Cristalização

• Propriedades organoléticas • Manuseamento

• Massa molecular • Armazenagem


• Transporte

A. I. Fernandes © - IUEM

Principais áreas da pré-formulação

1. 2. 3.
Caracterização Análise da Análise da
do granel solubilidade estabilidade
• Determinação do grau de • Constante de ionização – • Estabilidade de
cristalinidade e pKa formulações para ensaios
polimorfismo • Perfil de solubilidade do de toxicidade
• Higroscopicidade fármaco • Estabilidade de soluções
• Efeito ião comum – Kps em função do pH
• Caracterização das
partículas finas • Efeito térmico • Estabilidade no estado
• Densidade do granel • Solubilização sólido
• Coeficiente de partilha •Estabilidade do granel
• Propriedades de
escoamento dos pós • Dissolução •Compatibilidade

Interesse relativo variável em função da forma farmacêutica

A. I. Fernandes © - IUEM

Você também pode gostar