O documento resume as principais teorias críticas do cinema, incluindo a Teoria Formativa, focada na análise formal e estética dos filmes; a Teoria Realista, que valoriza o conteúdo e a capacidade do cinema em registrar a realidade; e a Teoria Compreensiva, que estuda os processos de significado e recepção dos filmes. Também apresenta os principais teóricos dessas correntes, como Eisenstein, Bazin e Metz.
O documento resume as principais teorias críticas do cinema, incluindo a Teoria Formativa, focada na análise formal e estética dos filmes; a Teoria Realista, que valoriza o conteúdo e a capacidade do cinema em registrar a realidade; e a Teoria Compreensiva, que estuda os processos de significado e recepção dos filmes. Também apresenta os principais teóricos dessas correntes, como Eisenstein, Bazin e Metz.
O documento resume as principais teorias críticas do cinema, incluindo a Teoria Formativa, focada na análise formal e estética dos filmes; a Teoria Realista, que valoriza o conteúdo e a capacidade do cinema em registrar a realidade; e a Teoria Compreensiva, que estuda os processos de significado e recepção dos filmes. Também apresenta os principais teóricos dessas correntes, como Eisenstein, Bazin e Metz.
São imagens fotográficas em movimento, projetadas em uma tela a uma
velocidade de 24 fotos (fotogramas) por segundo. Os fotogramas estão em uma posição ligeiramente diferente do anterior, de modo que não se pode distinguir cada imagem separadamente, apenas com um movimento contínuo. Isso graças a uma deficiência do olho humano, chamada de persistência retiniana, desta forma, cria-se uma sensação de movimento de imagens.
ORIGEM DO CINEMA
Louis e Auguste Lumière inventaram o cinema em 1895. Com os filmes: “A
saída dos operários das Usinas Lumière” e “A chegada do trem na estação”. Nas primeiras cenas que filmaram, a câmera se limitava a registrar acontecimentos com movimento. O objetivo das cenas era chamar a atenção do espectador para a ação e o movimento, apenas.
Teoria e crítica do Cinema
Podemos definir teorias do cinema como um conjunto de proposições
verificáveis sobre cinema que procura dar conta das capacidades deste veículo, ou seja, daquilo que se chama capacidades cinemáticas. Sua aplicação é tanto teórica quanto prática. A crítica cinematográfica dialoga com uma proposta de classificação e verificação, não sendo tão generalista como a proposta teórica.
Importante: a teoria deve ser construída de forma sistemática visando uma
aplicação ampla, ou seja, deve servir ao cinema e não a um filme ou diretor. Quanto mais ampla melhor.
Teorias Formativas
Essa teoria está ligada à tradição do formalismo russo nas teorias da arte. Podemos dividir essa teoria em duas fases produtivas:
• 1º fase: 1920-1935 – sai de uma vulgar, de uma mera diversão circense
para uma arte séria, objeto de sérias discussões estéticas. Os intelectuais passam a considerar o cinema como arte, não sendo inferior a nenhuma das outras artes estabelecidas há séculos. (importante fenômeno sociológico) Outro destaque são as discussões estéticas com foco no aperfeiçoamento desta arte.
• 2º fase: a partir de 1960 – com o lugar “artístico” alcançado e garantido,
a prática cinematográfica passa a ser interesse do ambiente acadêmico. Como resultado desses estudos, surgem “manuais” e as noções de “linguagem do cinema” e “gramática do cinema”. O intuito era “estudar” os efeitos das diversas técnicas empregadas e experimentadas na realização de um filme.
Consequências: visão limitada e tecnicista.
Além disso, evidencia aquele cineasta capaz de utilizar uma técnica com maior “visualidade”, se comparado ao cineasta que utiliza uma técnica mais sutil.
“TORNAR O OBJETO ESTRANHO”
Conceito de “desfamiliarização” – baseava nos desvios de representação
(Formalistas Russos) No cinema, o conceito de “desfamiliarização” foi empregado num enquadramento de câmera conhecido como “primeiro plano” – que apresenta um objeto com destaque, podendo inclusive, deformar uma forma física conhecida.
Principais teóricos da tradição formativa
• O alemão Hugo Musterberg – referencia na psicologia e um dos
fundadores da Gestalt (psicologia da percepção visual). Lança em 1916, o livro The Photoplay: A Psychological Study. A obra é um marco, a primeira a teorizar o cinema, dividiu a obra entre estética e psicologia do cinema.
• O alemão Rudolf Arnhein – também representante da Gestalt. Publicou em
1932 o livro Film as Art. Seu interesse no cinema se limitava enquanto forma de arte.
• O russo Sergei Eisenstein – principal nome na teoria formativa. Se
destaca como teórico e realizador, sobretudo, com os diferentes tipos de montagem (processo/ conceito). Entre sua filmografia, destaque para “O encouraçado Potemkin” (1925) e “Outubro” (1928).
• O húngaro Béla Balázs – interesse restrito no cinema também enquanto
forma de arte. Seus escritos produzidos durante as décadas de 1920, 1930 e 1940, foram publicados na obra Theory of the Film em 1952.
TEORIA DA GESTALT – DOIS ROSTOS OU UMA TAÇA?(figura)
Teorias Realistas
Como o próprio nome sugere a teoria realista sobre influência de trabalhos
documentais com o do britânico John Grierson e do russo Dziga Vertog, com o seu conceito de “cinema-olho”. A teoria realista não procura competir com os filmes de entretenimento, mas proporcionar uma alternativa, estabelecendo com a realidade um diálogo de descoberta, uma percepção cotidiana da vida. Principais teóricos da tradição realista
• O alemão Siegfried Kracauer – em 1960 lança Theory of Film o seu foco
era o conteúdo, ou a “estética material”, fugindo da forma artística dos filmes. Para ele, o assunto cinema, a sua matéria-prima é sempre o mundo visível.
• O francês André Bazin – Principal nome da teoria realista. Foi o primeiro
crítico a realmente desafiar a tradição formativa, defendendo uma teoria e uma tradição cinematográfica baseada na crença do poder das imagens mecanicamente registradas. Um dos responsáveis pela criação da revista “Cahiers du Cinema”. Para ele, o cinema atinge a sua plenitude sendo a arte do real.
Teorias Compreensivas (ou Teorias Cinematográfica Francesa
Contemporânea – conforme obra de J. Dudley Andrew)
Abordagens que privilegiam os processos significativos desencadeados pelas
estratégias produtivas ou os efeitos de sentido constitutivos da recepção estética. Essa teoria cinematográfica mantém uma relação ou diálogo com a Linguística, Semiologia e Semiótica.
Principais teóricos da tradição compreensiva
• O francês Jean Mitry – autor da obra de dois volumes Esthétique et
psychologie du cinema (1963 – 1965). Uma nova abordagem no campo de estudos, com foco em cada um dos problemas do cinema. Ele viveu e trabalhou na era de ouro do cinema mudo.
• O francês Christian Metz – Principal nome da teoria compreensiva ou
teoria contemporânea francesa. Ele critica o modo generalista estudado por Mitry e se propõe a uma descrição exata dos processos de significação do cinema. Ele chama tal estudo de “semiótica do cinema” e tem como referência de Charles Sanders Peirce (semiótica americana) e Ferdinand de Saussure (semiologia) – descrição dos seus processos de significação.
DISSERTAÇÃO: Autoria Textual Coletiva Fora Do Âmbito Acadêmico e Institucional: Análise Da Comunidade Virtual Wikipédia e Suas Contribuições para A Educação