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Tópicos de instalações
elétricas em canteiro
de obras
Comentários da NR-18
a
2 Edição
1a Edição 2011
2a Edição 2018
ISBN 978-85-910927-6-5
CDU - 34:331.823:621.3(81)(094)
Mi Omega
Av. Andrômeda, 693 - Jd. Satélite - CEP 12230-010 - São José dos Campos - SP
Apresentação 5
Objetivo e campo de aplicação 8
Instalações Elétricas 9
Glossário 35
Apresentação 1aº Edição
Seguindo o caminho aberto pela NR-10 Comentada o
trabalho é continuado por esta obra Tópicos de Instalações elétri-
cas em Canteiro de obras.
A obra apresenta comentários da seção 21 da NR-18, on-
de o autor procura esclarecer o texto legal com exemplos e vincu-
lações à normalização e às demais normas regulamentadoras, em
particular com a NR-10.
Nas instalações elétricas de canteiros de obras existe uma
ligação, nem sempre muito clara, entre a NR-10 e a NR-18. Esta
ligação é ainda dificultada pelas terminologias adotadas nos dois
regulamentos - que são diferentes. Tenta-se neste livro fazer uma
ligação entre as duas terminologias, e ainda entre a da NR-18
com a das normas técnicas brasileiras, publicadas pela ABNT.
O autor espera que tenha contribuído para o entendimen-
to deste importante regulamento de segurança.
Julho de 2011
João Gilberto Cunha
Apresentação 2aº Edição
Com a publicação da Portaria MT Nº 261, de 18 de abril
de 2018, o capítulo 21 da NR-18 foi alterado e uma nova regula-
mentação das instalações elétricas dos canteiros de obra foi publi-
cada, o que provocou uma nova edição deste livro.
Esta obra apresenta comentários da seção 21 da NR-18,
onde o autor apresenta a sua hermenêutica do texto legal com
exemplos e vinculações à normalização e às demais normas regu-
lamentadoras, em particular com a NR-10. Na visão do autor, a
hermenêutica vai além da interpretação, buscando a intenção do
legislador. É evidente que pode haver divergências nas diversas
hermenêuticas de um texto legal; o autor apresenta a sua, baseado
na normalização internacional, procurando sempre uma norma
técnica para clarear o assunto e não uma opinião pessoal.
Nas instalações elétricas de canteiros de obras existe uma
ligação, agora nesta edição muito clara, entre a NR-18 e a NR-10,
porém, nem sempre clara com as normas técnicas brasileiras,
também conhecidas como normas da ABNT.
O autor espera que tenha contribuído para o entendimen-
to deste importante regulamento de segurança.
Junho de 2018
João Gilberto Cunha
18.1 Objetivo e Campo de Aplicação
8
18.21 Instalações Elétricas
9
Ficou, nesta edição, claro que a NR-10 é aplicável às
instalações elétricas dos canteiros de obra.
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Este projeto deve ser elaborado por engenheiro
eletricista, que é o profissional legalmente habilitado conforme
estabelece os itens 10.8.1 e 10.8.2 da NR-10.
11
instalações elétricas de baixa tensão desenergizadas, ou em
instalações elétricas de BT energizadas. Esta abrangência deve
ser explícita, conforme determina o item 10.8.5 da NR-10.
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(com conhecimentos que lhes permite evitar os perigos da
eletricidade).
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mecânico, a passagem sobre estes condutores, devido a movi-
mentação de materiais e pessoas, pode provocar um dano nos
mesmos. Portanto, eles devem ser protegidos por uma cobertura
externa suficientemente resistente para garantir a sua integridade,
quando estiverem em áreas de circulação.
Uma exigência da NBR 5410 é que estes condutores elé-
tricos sejam sempre do tipo cabos unipolares ou multipolares, ou
seja, providos de cobertura (estes cabos são os conhecidos como
1 kV, devido à classe de isolação), não sendo permitido, nestes
casos, o uso de condutores isolados, isto é, sem cobertura
(conhecidos como fios 750 V devido a sua classe de isolação).
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d) possuir isolação em conformidade com as normas
técnicas nacionais vigentes;
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fabricados exatamente para a ligação de máquinas e
equipamentos elétricos móveis ou portáteis.
Os condutores com isolação de XLPE que atendam à
NBR 7285 são os cabos com isolação reforçada de qua trata a
alínea c do item 18.21.5 da NR-18.
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18.21.7 As instalações elétricas devem possuir
sistema de aterramento elétrico de proteção e
devem ser submetidas a inspeções e medições
elétricas periódicas, com emissão de respectivo
laudo por profissional legalmente habilitado, em
conformidade com o projeto das instalações elétricas
temporárias e com as normas técnicas nacionais
vigentes.
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18.21.7.1 As partes condutoras das instalações
elétricas, máquinas, equipamentos e ferramentas
elétricas não pertencentes ao circuito elétrico, mas
que possam ficar energizadas quando houver falha
da isolação, devem estar conectadas ao sistema de
aterramento elétrico de proteção.
18
18.21.8 É obrigatória a utilização do dispositivo
Diferencial Residual - DR como medida de
segurança adicional nas instalações elétricas, nas
situações previstas nas normas técnicas nacionais
vigentes.
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e) Os circuitos que, em edificações não residenciais, sirvam a
pontos de tomada situados em cozinhas, copas cozinhas, lavande-
rias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em áreas internas mo-
lhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens. Neste caso, todo o
canteiro de obras pode ser molhado em uso normal, uma vez que
é aberto e sujeito a ser molhado pela chuva.
Finalmente, deve ser lembrado que a norma só torna obri-
gatório o uso de DR nas tomadas de corrente com corrente nomi-
nal de até 32 A.
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a) ser dimensionados com capacidade para instalar
os componentes dos circuitos elétricos que o
constituem;
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d) ter acesso desobstruído;
23
g) ter classe de proteção;
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exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido
utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos.
Os quadros de distribuição não devem ser usados como
depósito de quaisquer objetos, inclusive componentes elétricos
para reposição durante os trabalhos de manutenção. Esta
exigência da NR-10 tem, pelo menos, duas razões de ser: uma
relacionada com a segurança dos trabalhadores e outra
relacionada à garantia do componente que está sendo
armazenado.
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b) ser identificados;
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O quadros de alimentação dos canteiros de obras devem
ter um circuito por dispositivo, que também deve ser o
dispositivo de seccionamento, a não ser que tenha um dispositivo
seccionador local (próximo da carga). Cada circuito deve
alimentar um outro quadro ou um equipamento, logo não deve
sair dois cabos de um mesmo disjuntor para alimentar
equipamentos diferentes. Isso é muito importante para que o
seccionamento possa ser feito de forma independente por
equipamento. Estes dispositivos podem ser disjuntores,
dispositivos DR ou chaves seccionadoras, dependendo do projeto
do quadro de distribuição.
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com massa superior a 18 kg, tal que não possam ser
movimentados facilmente. Neste caso, as instalações elétricas
podem ser conectadas por meio de emendas, um exemplo deste
tipo de equipamento é a betoneira. Mas, mesmo neste caso, não é
permitida a conexão colocando um condutor diretamente na
tomada, a conexão em tomadas somente é permitida por plugues.
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a) Os condutores com isolação apenas suficiente para a
aplicação a que se destinam forem instalados em compartimentos
separados do conduto a ser compartilhado;
b) Forem utilizados eletrodutos separados.
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18.21.15.1 As áreas onde ocorram intervenções em
instalações elétricas devem ser isoladas e
sinalizadas de modo a evitar a entrada e
permanência no local de pessoas não autorizadas.
30
A proteção contra descargas atmosféricas estabelecida na
NBR 5419-3 é aplicável às estruturas, que é um termo genérico
que define um elemento a ser protegido pelo SPDA que,
frequentemente, é uma edificação. Um SPDA projetado e
construído segundo a NBR 5419-3 tem a função primeira de
proteger a edificação e não o seu entorno, é evidente que
protegendo a edificação protege uma parte do entorno – mas a
função primeira é proteger a edificação. Isto fica muito claro com
a prescrição de posicionamento dos captores que determina que
“a posição do subsistema de captação é considerada adequada se
a estrutura a ser protegida estiver situada totalmente dentro do
volume de proteção provido pelo subsistema de captação”.
Com frequência, o canteiro de obra é uma área aberta e,
portanto, não há um volume a ser protegido e, na maioria das
vezes, a metodologia do projeto do SPDA apresentada na
NBR 5419-3 não é aplicável diretamente aos canteiros de obras.
Dependendo da extensão do canteiro de obra é praticamente
inviável prover uma proteção para o canteiro, e o mais comum é a
deteção da descarga e suspenção dos serviços e o abrigo do
trabalhadores em locais seguros.
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18.21.17 O trabalho em proximidades de redes
elétricas e energizadas internas ou externas ao
canteiro de obra só é permitido quando protegidas
contra contatos acidentais de trabalhadores e de
equipamentos e contra o risco de indução.
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proximidades – não estão dispensados do cumprimento integral
das prescrições da NR-10.
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Se ocorrer de forma contínua a geração e a acumulação
das cargas, chega-se a uma situação inevitável - a descarga
eletrostática. A descarga ocorre quando o corpo carregado se
aproxima de um elemento condutor ligado à terra, a uma
distância tal que a intensidade do campo elétrico (v/m) existente
ultrapassa a rigidez dielétrica do ar, neste momento é gerada uma
faísca elétrica.
Uma descarga eletrostática pode provocar uma ignição se
ocorrer em uma atmosfera inflamável, portanto no caso de
ambientes com atmosfera potencialmente explosivas é necessária
a aplicação de medidas para prevenir o aparecimento destas
descargas. Várias medidas podem ser adotadas, entre elas:
aterramento e conexão equipotencial de todas as superfícies
condutoras, aumento da condutividade dos materiais, aumento da
condutividade superficial mediante a elevação da umidade
relativa ou mediante tratamento superficial, aumento da
condutividade do ar por ionização do mesmo, redução das
velocidades de passagem dos materiais, escolha de materiais
adequados em contato, controle adequado da temperatura de
contato das superfícies etc.
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Glossário
Dispositivos de Comando Elétrico: são equipamentos com a
finalidade de enviar um sinal elétrico para acionamento ou
interrupção de um circuito de comando, permitindo ou não a
passagem de corrente elétrica entre um ou mais pontos do mesmo
(interruptor, disjuntor).
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Sobre o autor:
➢ Engenheiro Eletricista (UFU - 1981);
➢ Mestre em Engenharia Eletrônica (ITA -1988);
➢ Diretor da Mi Omega;
➢ Coordenador da Comissão da ABNT responsável pela norma
NBR 14039 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0 a
36,2 kV";
➢ Secretário da Comissão da ABNT responsável pela elaboração
da norma NBR 16384 - segurança em eletricidade;
➢ Membro ativo da Comissão da ABNT responsável pela norma
NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão";
➢ Membro da Subcomissão Técnica de Instalações Elétricas de
Baixa Tensão do Comitê Brasileiro de Avaliação da conformida-
de, na elaboração da Regra específica da certificação das insta-
lações elétricas no Brasil;
➢ Professor nos cursos de especialização em instalações elétricas
na Facens e ESB;
➢ Palestrante da ABNT para divulgação da norma de instalações
elétricas de baixa tensão NBR 5410:2004;
➢ Elaborou os comentários das Normas Brasileiras de instalações
elétricas de baixa e média tensão, respectivamente: a NBR
14039: 2003 e a NBR 5410:2004;
➢ Colaborador e colunista da Revista Eletricidade Moderna;
➢ Autor da NR-10 comentada e do Guia de aplicação da NR-10;
➢ Autor de diversos livros e trabalhos técnicos na área de instala-
ções elétricas de baixa e media tensão.
Este livro foi publicado
pelo autor.