ARQUITETURA E URBANISMO

Arquitetura E Urbanismo

Desde os primórdios da humanidade as pessoas vêm construindo abrigos, casas e edifícios para
diferentes funções em suas vidas, da necessidade de sobrevivência ao prazer de aliar tecnologia,
utilidade e beleza numa construção. São aspectos como a “proteção” e “apropriação” de um
determinado espaço que se complementam, formando uma espécie de reino da personalidade
humana diante do mundo. É possível pensar na construção de uma casa como sendo a segunda pele
de uma pessoa, tal como se diz do vestuário, em relação a função protetora. Em cada período
histórico da nossa civilização a arte de construir foi se moldando aos hábitos e costumes próprios
daqueles tempos e espaços, inclusive utilizando como base a matéria-prima disponível, e ainda,
projetando sua construção de acordo com o relevo e o clima locais. Muitos desses trabalhos
permanecem erguidos, nos permitindo explorar peculiaridades dos mais diversos povos. Grande
parte dos antigos edifícios que permaneceram até hoje são monumentos funerários, templos, teatros
e palácios. Neles encontra-se a importância de seus familiares, a grandiosidade de seus deuses, o
poder dos seus reis ou o prazer de se produzir arte.

Etimologicamente o termo “arquitetura” vem da junção das palavras gregas “arché”, que significa
"primeiro" ou "principal", e tékton, que possui o significado de "construção".

De forma ampla é possível definir a arquitetura como sendo uma intervenção no meio ambiente para
satisfazer uma determinada expectativa, de forma a criar novos espaços, e com a intenção de se
trabalhar com elementos estéticos. Pode-se também afirmar que a arquitetura é uma forma de arte
visual, que pretende criar construções em um determinado espaço. O profissional que cria os projetos
das construções é o “arquiteto”.

Atualmente para se produzir um projeto de arquitetura, existe uma série de regulamentações que não
pode ser esquecida prioritariamente, mas há pessoas que, ainda hoje, constroem suas casas e/ou
local de trabalho sem seguir determinadas formalidades, que na arquitetura é denominado “partido”.

O “partido” é a formalização de uma série de fatos que aponta para as condições e necessidades
anteriores à produção arquitetônica. É preciso determinar a “técnica construtiva” que será utilizada,
para decidir quais recursos materiais e humanos serão utilizados, até mesmo se haverá necessidade
de uma mão-de-obra mais sofisticada, no caso de produção de um estilo mais rebuscado. As
“condições físicas e topológicas” do local onde será feita a construção, precisam ser estudadas,
assim como o “clima” da região. Não se pode deixar de fora do projeto arquitetônico os usos e
costumes populares que envolvem os futuros moradores ou empreendedores, desta forma realizando
o “programa das necessidades”. Por fim é essencial tornar o projeto “legal”, amparando-o por
legislação específica, normas sociais, e/ou regras de convivências públicas.
Entre os elementos que compõem uma obra de arquitetura os alicerces e as estruturas são
componentes fundamentais. O primeiro é formado por grandes pilares cravados no solo e sobre os
quais um edifício se apóia, e o segundo, é uma espécie de esqueleto da obra, com seus alicerces,
paredes, janelas, tetos, entre outros elementos.

A Geografia Urbana é a área da Geografia que se preocupa em estudar, compreender e realizar

proposições acerca do espaço urbano e os seus processos constitutivos. Essa área do
conhecimento possui uma forte interdisciplinaridade com outros ramos do conhecimento, como a
Política, a Economia e, principalmente, a Arquitetura e o Urbanismo.

O Que É Espaço Urbano?

O espaço urbano é a organização das atividades humanas de maneira justaposta no meio geográfico.
Essas composições são responsáveis pela formação das cidades e as atividades a elas inerentes,
bem como o seu sistema de organização socioespacial.

É importante compreender que os termos urbano e cidade, apesar de serem corriqueiramente

utilizados como sinônimos, podem designar elementos diferentes. O urbano refere-se às práticas que
se diferenciam do rural no sentido de concentrar, preferencialmente, atividades relacionadas ao setor
secundário (indústrias) e terciário (comércio e serviços), enquanto que o rural é composto por áreas
não ocupadas (como reservas florestais) e agrárias, que se especializam em práticas do setor
primário (agropecuária, mineração e extrativismo). A cidade, por outro lado, é a materialização do
urbano, com aglomerações populacionais e suas expressões (conjuntos de casas, prédios, áreas de
lazer etc).

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No contexto da cidade, pode haver práticas não urbanas, apesar de isso ser cada vez menos
frequente. Um exemplo de práticas não urbanas nas cidades é a existência de chácaras de produção
de hortaliças que, eventualmente, localizam-se em espaços de elevado adensamento populacional.
Por outro lado, a transferência de uma indústria para o campo pode designar a manifestação de uma
prática urbana no meio rural.

O Que Há Nessa Seção?

Os textos desta seção objetivam abordar o temário do espaço urbano, das cidades e a dinâmica da
urbanização, em níveis que vão do local ao global. Para tanto, abordar-se-á questões como a rede
urbana, os tipos de cidades e processos intraurbanos, como a favelização, a segregação urbana, a
manifestação de problemas sociais e ambientais, dentre outros.

Arquitetura E Urbanismo

Com conhecimentos passados de gerações para gerações, em grande parte pela oralidade, a
Arquitetura está entre as profissões mais antigas da História. Com a junção ao Urbanismo, o
Arquiteto Urbanista é responsável pela projeção de obras como prédios, casas, museus entre outros,
mas sempre pensando na forma harmônica do projeto estrutural dos espaços urbanos com a
qualidade de vida da população.

No Brasil, o primeiro curso de Arquitetura foi criado em 1816, autorizado por Dom João VI, na Escola
Real de Ciências, Artes e Ofícios, no Rio de Janeiro. Anos antes, a Arquitetura já era desenvolvida no
Brasil, mas seus profissionais eram considerados artistas e não arquitetos. O reconhecimento oficial
da profissão veio a assinatura do decreto, em 1816, durante a missão artística francesa ao país.

Com o decreto de 1937, assinado por Getúlio Vargas, o curso de Arquitetura passou a ter como sede
provisória o Museu de Belas Artes. A graduação foi separada da Escola de Belas Artes em 1945,
sendo oferecida na então Universidade do Brasil, que hoje é a Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ). Somente com a reforma do ensino superior, na década de 1970, o curso de
Urbanismo se unifica com Arquitetura.

Curso De Arquitetura E Urbanismo

Muitos vestibulandos acreditam que a habilidade com o desenho é o único requisito para ser arquiteto
urbanista. Pensar assim é um engano, já que a graduação exige muitos conhecimentos em
matemática, por exemplo. Apesar de um viés artístico e criativo, o curso conta com a presença
constante da área de exatas, seja em cálculos realizados em algumas disciplinas ou na parte de
informática, pois os softwares são ferramentas recorrentes na Arquitetura atual.

O ingresso no curso de Arquitetura e Urbanismo já exige certa habilidade de seus candidatos. As

instituições aplicam uma etapa complementar na seleção que é o teste de habilidades específicas
(THE). As provas contam com desenho e outras áreas, como noções espaciais.

O curso de Arquitetura e Urbanismo tem duração média de cinco anos. As aulas costumam ser
realizadas em período integral. Entre as disciplinas estudadas estão Arquitetura no Brasil (ou História
da Arquitetura), Fundamentos Estéticos da Arquitetura e Urbanismo, Geometria, História da Arte
(voltado para a presença da Arquitetura nas civilizações), Topografia, Materiais e Técnicas,
Linguagem Arquitetônica, Desenho de Arquitetura, Paisagismo e outras.

Mercado De Trabalho

Com o crescimento das cidades nas últimas décadas, o arquiteto urbanista tornou-se um profissional
bastante requisitado. Enquanto arquiteto, o profissional tem a capacidade de estudar, imaginar e
colocar no papel diferentes tipos de obras. Sua parcela urbanista é a responsável por aplicar o projeto
de forma responsável, sustentável e pensando em diminuir sempre a desigualdade estética de um
local. Um prédio não pode ser apenas bonito, ele precisa ser harmônico com as demais construções,
não degradar o meio ambiente e trazer bem-estar aos seus usuários.

Um bom projeto de construção civil conta com a presença de arquitetos urbanistas em conjunto
com engenheiros civis e eletricistas. Cada profissional possui uma função dentro de uma obra, mas
seus papéis se complementam e diminuem a possibilidade de erros na execução.

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O arquiteto urbanista pode trabalhar no ramo da construção civil; na indústria; com consultoria; em
projetos voltados para paisagismo; em órgãos públicos e várias outras áreas. Segundo a Catho, a
média salarial da profissão é de R$ 4 mil.

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