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Os Oakes nunca foram conhecidos por serem letrados, para falar a verdade

nenhuma família no norte tem essa característica, talvez seja vida difícil que
eles levam, talvez manter os filhos aquecidos e alimentados seja mais difícil e
importante do que ler livros. Porem a jovem Elisha não nascera para aquilo, ela
não pertencia aquele mundo. Para ela casar com um monstro barbudo e servir
como parideira pra sua prole não era nem de longe seu desejo. Os poucos
livros que ela tinha acesso e aqueles menos que convencia seu pai a conseguir
levavam ela para longe daquele deserto gélido. Não que ela não gostasse de
sua casa ou de sua família, mas aquele lugar não a pertencia, sua alma foi feita
para ser livre. Porem cada inverno que se passava, ela via que essa sua
realidade estava cada vez mais consolidada. Foi em uma tarde de outono, ela
e algumas jovens de compania estavam passeando a cavalo as margens do
Espelho quando estrondos e tremores surgiam ao leste. As arvóres eram
lançadas para longe, os cavalos mostravam o branco dos seus olhos, o pânico
paralizou a todos, o tempo parecia ter parado. Aquela onda de destruição
estava cada vez mais perto, algo correu pelo sangue dos dois guardas e eles
prontamente se puseram entre as damas e o que estava por vir. De tras de
uma rocha saltou um montro imenso, ele parecia um gigante dos contos, porem
sua pele era de um verde doentio, sua face era distorcida, possuia uma boca
enorme cheia de dentes amarelos e afiados, três olhos se seguiam no topo de
seu rosto, e não conseguia ver onde ficava o nariz e nem as orelhas. Seu braço
direito era uma massa de tentáculos retorcidos, na ponta onde deveria estar a
sua mão estava um bloco de carne endurecida que ele usou para arremessar
os guardas para longe. Após mata-los ele seguiu em nossa direção, os cavalos
enlouqueceram, nos derrubaram no chão e partiram em desparada. Um clarão
surgiu no monstro derrepente, foi como se tivesse jogado uma imensa fogueira
nele. Ao tentar correr, Elisha viu um homem proferindo cantigos em uma lígua
estranha, e mais uma vez outra rajada explodiu no monstro, dessa vez parte de
seu “braço-martelo” se perdeu na explosão. O monstro gritou de dor e fugiu
para a floresta. Esse homeme grisalho, de aparência nobre veio nos ajudar,
nos pôs de pé e nos acalmou. Ele disse seu nome, Valerin, e estava lá para
investigar esses monstros. Isso pareceu um sonho, pois logo em seguida deve
ter desmaiado, quando acordou estava em sua cama, o senhor tinha partido
para o norte. A jovem pensara que aquela tarde seria a ultima vez que algo
daquele jeito iria acontecer, mas em alguns dias, o senhor que a salvara
retornou do norte, e pediu abrigo ao seu pai, que prontamente o ajudou. A
jovem Oake ficou empolvorosa para saber o que o senhor investigava e como
ele fez para usar aquelas habilidades. Em uma conversa breve com Valerin ele
disse que não poderia dizer o que fazia ali, mas se ela fosse de vontade própria
para forte verde iria ensinar tudo que sabia a ela. E alguns meses depois, a
jovem fugiu de Forte Verde, onde começou sua caminhada para magia e sobre
os segredos dos Lords e do Signo de Cerulean.

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