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Tubarão
2022
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Tubarão
2022
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Profª e orientadora Jaqueline Seugling, MSc. (UNISUL/SC)
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Supervisor Fabrício Suris da Silveira (PUC/RS)
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Profº Robson José Cesconeto, MDV, MSc, DSc. (UNISUL/SC)
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar quero agradecer a Deus por ter me iluminado diariamente minha
vida e jornada acadêmica, e nunca me deixar desistir frente às dificuldades enfrentadas.
Agradeço ao meu pai por ter sido meu alicerce, me dando todo apoio para eu
conseguir chegar à conclusão de uma grande etapa na minha vida.
A minha mãe por sempre me incentivar a buscar pela profissão que me fizesse feliz e
eu amasse. E agradeço ter herdado essa bondade no coração em relação aos animais que
ambos possuem!
A toda minha família que sempre acreditou em mim.
A todos os professores do curso de medicina veterinária, mestres que passaram pela
minha trajetória na graduação e contribuíram para minha formação!
Aos profissionais que cruzei o caminho e hoje me inspiram.
Agradeço em especial ao MV Fabrício Suris da Silveira que me deu a oportunidade de
fazer parte da equipe do Centro de Treinamento Canaã, com quem aprendi muito durante
esses últimos meses e pretendo aprender muito ainda durante minha carreira.
A MV Luciana Assis, por todo ensinamento e troca de experiência sobre fisioterapia!
A minha professora e orientadora Jaqueline, por todo apoio nessa etapa tão importante.
Ao Henrique Noronha, por ter me auxiliado e me guiado como meu co-orientador de
TCC, e atualmente por ter aceitado fazer parte da banca do presente relatório de estágio.
Ao professor Robson Cesconeto, pelo ensinamento durante a graduação e por ter
aceitado o convite para compor a banca avaliadora.
E por fim, não menos importante, agradeço a mim. Pela minha persistência, convicção
e dedicação, por ter alcançado a luz no fim do túnel e ter chego até aqui.
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RESUMO
FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE ABREVIATURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................12
1.1 OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO................................................................................13
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO..................................................................13
2 JUSTIFICATIVA DO ESTÁGIO....................................................................................14
3 IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO..................................................................................15
3.1 EQUIPE............................................................................................................................15
3.2 ANIMAIS.........................................................................................................................15
3.3 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO......................................................................15
3.4 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ATUAÇÃO DO ESTÁGIO.............................................16
4 REFERENCIAL TEÓRICO DA TEMÁTICA..............................................................17
4.1 EQUINOCULTURA........................................................................................................17
4.2 ETOLOGIA EQUINA.....................................................................................................17
4.3 MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA................................................................18
4.3.1 MV Sanitária................................................................................................................18
4.3.2 MV Integrativa............................................................................................................19
4.4 BIOMECÂNICA EQUINA.............................................................................................20
4.5 TREINAMENTO DE CAVALOS...................................................................................22
4.6 MODALIDADE EQUESTRE: RÉDEAS........................................................................22
4.7 PRINCIPAIS AFECÇÕES DECORRENTES DO ESFORÇO FÍSICO..........................23
5 METODOLOGIA.............................................................................................................25
6 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS..............................................26
6.1 FLUXOGRAMA DO MANEJO DE CAVALOS ATLETAS.........................................26
6.1.1 Ambiência.....................................................................................................................28
6.1.2 Manejo alimentar........................................................................................................30
6.1.3 Manejo sanitário..........................................................................................................33
6.1.4 Manejo preventivo pré e pós-treinamento................................................................35
6.2 MANEJO DURANTE COMPETIÇÕES EQUESTRES.................................................39
6.3 REFORÇO POSITIVO E NEGATIVO NA APRENDIZAGEM EQUINA....................40
6.4 TÉCNICA INTEGRATIVA PREVENTIVA: ACUPUNTURA.....................................40
7 CONCLUSÃO...................................................................................................................43
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................44
REFERÊNCIAS......................................................................................................................45
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1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA DO ESTÁGIO
3 IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO
3.1 EQUIPE
3.2 ANIMAIS
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4.1 EQUINOCULTURA
No Brasil (BR), o cavalo é utilizado de diversas formas, desde criação para lazer;
trabalho, seja no campo ou para cavalaria; à utilização em esportes clássicos e regionais,
como salto, adestramento, freio de ouro, rédeas e vaquejada (QUEIROZ, 2020).
Aproximadamente 67% dos rebanhos do Brasil são voltados a atividades de manejo com o
gado, e cerca de 1,1 milhões são destinados ao esporte e lazer. Estes, ao contrário dos que são
utilizados para lida com o campo em atividades agropecuárias, requerem cuidados maiores,
ou seja, necessitam de maiores investimentos em saúde e bem-estar (BRASIL, 2016;
CINTRA, 2008; QUEIROZ, 2020). Sejam eles, investimento em nutrição adequada, ambiente
planejado para a espécie, bons protocolos sanitários e preventivos, assim como treinamentos
adequados e éticos.
4.3.1 MV Sanitária
4.3.2 MV Integrativa
Os equinos atletas, assim como humanos atletas, devido ao esforço exercido são
extremamente suscetíveis a sofrer lesões. Quando destinados a treinos intensos e a esforços
físicos se lesionam duas vezes mais do que aqueles que não praticam, o número aumenta
ainda mais quando não são adotados protocolos e medidas preventivas (SOUSA et al., 2017).
A medicina veterinária integrativa (MVI) ainda está conquistando seu lugar dentre os
animais. Além de possuir alternativas que reduzem efeitos colaterais de tratamentos
convencionais, já vem sendo utilizada de maneira complementar a diversos tratamentos, assim
como, para prevenir diversas lesões, visando oferecer bem-estar aos animais. A MVI é
crescente na prevenção de patologias musculoesqueléticas, como miosites, dorsopatias,
osteoartrite, lesões tendíneas e/ou ligamentares (MIKAIL, 2009).
Dentre as técnicas mais utilizadas, assim como na medicina humana, estão acupuntura,
quiropraxia, laser, knesio tape, cinesioterapia, termoterapia, assim como massagem e
liberação miofascial, ventosa e por fim o reiki, mais ligado às questões de saúde mental
(MIKAIL, 2009; PELHAM, HOLT E STALKER, 2001; PIMENTEL, 2014). As junções das
terapias causam sinergia, aumentando o potencial de prevenção e/ou tratamento, e também
podem ser utilizadas de maneira intercalada, buscando a diminuição da ansiedade e estresse
de qualquer espécie animal.
Entretanto, vale salientar que técnica nenhuma faz milagre. O MV, assim como o
tratador, o proprietário e o cavaleiro devem conhecer sobre a etologia e os limites do cavalo.
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A modalidade esportiva de rédeas é o esporte equestre que mais cresce a nível mundial,
que teve inicio na década de 60 (1966), nos Estados Unidos da America (EUA). Porém,
apenas em 1996 foi consagrada como uma modalidade, nas Olimpíadas de Atlanta – EUA
(ANCR). É classificada como Hipismo Western, onde o cavalo recebe um adestramento
básico. O esporte nasceu com a necessidade de criadores precisarem adestrar os cavalos para a
lida no campo. Com o processo de aperfeiçoamento foi se transformando em um conjunto de
manobras que definem a modalidade: círculos, spins, troca de mão, esbarro, recuos, rollback,
rundowns e pausa (ANCR). Atualmente é praticada em diversos países, como Canadá,
Austrália, França, Japão, Inglaterra, Alemanha e Brasil, e pode ser feita com qualquer raça.
Em território brasileiro é mais comuns Quarto de Milha, Crioulo, Appaloosa e PaintHorse.
Além disso, faz parte dos Jogos Equestres Mundiais, sendo a única modalidade de
origem western a participar. Segundo a NRHA (National Reining Horse Association),
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“montar um cavalo de rédeas não é apenas guiá-lo, mas também dominar cada um de seus
movimentos”, ou seja, o cavaleiro deve demonstrar controle do cavalo, com pouca ou
nenhuma resistência aparente. A pontuação é aplicada de acordo com a suavidade, sutileza,
atitude, rapidez e autoridade no desenvolvimento das manobras, e de acordo com o grau de
dificuldade (ANCR).
Os cavalos vêm sendo cada vez mais utilizados para fins esportivos. Com isso,
aumenta-se o número de animais sobrecarregados devido à grande intensidade de exigência.
Como conseqüência, é comum o aparecimento de desequilíbrios musculoesqueléticos, e
também diminuição do desempenho atlético (MIKAIL, 2009; SOUSA et al, 2017).
Normalmente os distúrbios ocorrem em maior escala quando os treinadores não têm noção de
etologia e fisiologia equina, e levam os animais ao limite do esforço físico. Porém, em
qualquer modalidade equestre há suscetibilidade de desenvolvimento de algum tipo de lesão,
com tudo, cavalos destinados a altos esforços físicos se lesionam até duas vezes a mais do que
os que não participam de competições (SOUSA et al, 2017).
Os membros anteriores do cavalo, devido ao fato de suportarem cerca de 60% do peso
do animal, estão sujeitos a maior tensão e stress quando comparado aos membros posteriores
(GETTY, 1986; COSTA, 2012). As alterações mais citadas que levam a inatividade atlética e
queda de desempenho são as claudicações, a qual pode estar ligada a lesões ligamentares, de
casco, muscular ou óssea (ALVES et al., 2007; BROSTER et al., 2009; MIKAIL, 2009).
Alguns sinais clínicos de uma possível lesão é a falta de entusiasmo para realizar os
exercícios, rigidez na andadura ou passos mais rápidos (DE LA CORTE & MIKAIL, 2003). E
de acordo com Jeffcott (1975), as dores podem refletir em alteração comportamental e
temperamental do animal.
A estrutura mais acometida ligada ao sistema locomotor é o ligamento suspensório, a
articulação tarsal-metatarsal e a articulação carpal-metacarpal (SOUSA et al., 2017).
Dorsalgias e lombalgias são secundárias aos quadros de claudicação, resultantes da
compensação (STASHAK, 2006). Ou seja, dores no carpo refletem em tensão muscular
secundária em região glútea, e dores no tarso refletem em dor lombar (JEFFCOTT, 1975).
Além do alto nível de exigência, outro fator que interfere na andadura e causam lesões é a
posição da sela, que podem ocasionar quadros de micro lesões musculares, desconforto, dor
aguda, e muitas vezes até dores crônicas (JEFFCOTT, 1975; MIKAIL, 2009).
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5 METODOLOGIA
Coletar material biológico para diagnóstico de AIE e mormo, para emissão de GTA.
Acompanhar o treinamento e metodologia utilizada para ensinar os cavalos, chamada de reforço positivo e
negativo.
Realizar acupuntura, como técnica integrativa preventiva.
(pasto fresco: Tifton 85, Aruana, Jiggs e Azevém), sendo logo em seguida fornecimento
fresco na baia. O fim do expediente se dá logo após tratamento final com a ração a todos,
aproximadamente às 18h. Segue abaixo o fluxograma detalhado do manejo no CT Canaã
(Quadro 2).
6.1.1 Ambiência
O CT é composto por 3hc de terra. Destes, 1,5 hc são destinados ao galpão (Figura 5);
as cocheiras (Figura 6); à pista de treinamento (Figura 8), qual mede 100x40mt; ao redondel,
de 15mt de diâmetro (Figura 8); e à casa do proprietário do CTC. 1 hectare (hc) é destinado à
plantação, composto pelos capins Tifton 85 (Cynodon spp.), Aruana (Panicum Maximum),
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Int
erior do galpão onde os cavalos são ensilhados. Fonte: Arquivo pessoal, 2022.
Baias bem iluminadas, ventiladas, e com janela para contato entre os cavalos. Fonte: Arquivo pessoal, 2022.
A baia é de piso de chão batido (Figura 7). Foi feito um buraco de 1m² de diâmetro e
profundidade no meio da baia, com sistema de drenagem para absorver a urina e umidade; sob
o piso foi colocado dormente de trem (madeira), de diâmetro 25x15m, além de saibro entre as
frestas, o objetivo é para deixar o piso mais macio e também facilitar absorção de umidade; a
cama é de maravalha. A limpeza da baia ocorre todos os dias no turno da manhã.
A: Sistema de drenagem com dormente de trem; B: Cama de maravalha. Fonte: Arquivo pessoal, 2022.
Figura 9 – Piquetes.
A: Piquete de 2.200m²; B: Piquete de 600m²; C: Piquete de 1.000m². Fonte: Arquivo pessoal, 2022.
Todos os cavalos do CTC recebem a mesma ração e pasto fresco no cocho, apenas as
quantidades variam (Quadro 3). São fornecidos de 1,5 à 2 kg de concentrado da empresa
Royal Horse, ração Sport 150, 3x ao dia, qual é indicada para cavalos que treinam moderado,
sendo altamente digestível e palatável, com alto fornecimento de energia aos cavalos. Os
cavalos do CT pesam aproximadamente 400 à 500kg, os de escore corporal (ECC) entre 4 a 6
(ideal) recebem no total 6kg/dia de ração (1,5% peso vivo), os com ECC acima de 7 (apenas
dois animais) recebem 4,5kg/dia (0,9% peso vivo). Os sacos de ração são armazenados em
ambiente de 9m² fechado, sob paletes para evitar o contato direto com o chão e a umidade.
HORÁRIO MANEJO
7h30 Ração no cocho (1,5-2kg).
8h Soltura individual de alguns cavalos nos piquetes para pastagem.
11h30 Ração no cocho (1,5-2kg).
14h30 Pasto fresco no cocho (4kg).
18h Ração no cocho (1,5-2kg).
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
Figura 11 – Pastagem.
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A: Gramínea (tifton, aruana, jiggs e azevém); B1, B2: Piquetes de pastagem para fornecimento no cocho.
Fonte: Arquivo pessoal, 2022.
A água é fornecida fresca e à vontade (Figura 12). Que segundo FRANCO et al.
(2019), é necessária para suprir as demandas fisiológicas, como manutenção da temperatura
corporal. A limpeza dos cochos d’água é realizada sempre que necessário.
Cocho d’água com água fresca, limpa e a vontade. Fonte: Arquivo pessoal, 2022.
6 x ao ano Vermifugação VO
- Doramectina e Pirantel (Dorax Plus)
- Oxfendazol e Triclorfon (Panteq)
- Mebendazol (Mebendasil)
- Ivermectina e Praziquantel (Ivermic T)
40-40 dias Casqueamento
40-40 dias Ferrageamento
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
Figura 14 – Vermífugo.
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Escovar bem toda a superfície dorsal e ventral é importante para retirar qualquer
material de cama, que ao entrar em contato com a sela, barrigueira ou ligas de trabalho,
podem levar a irritação da pele através do suor e atrito. A sela deve ser posicionada na altura e
sob a cernelha, deixando a escápula livre para movimentação, para que consiga avançar com
os membros anteriores e não prejudique o ângulo de passada, e não deve ultrapassar as
ultimas costelas.
Utiliza-se cloches, caneleiras e joelheiras (Figura 15), dependendo do nível de
exigência do treinamento diário. As cloches preservam a integridade do casco, regiões de
talão e pinça. As joelheiras preservam a estrutura de junção entre os carpos e o metacarpo,
jundo da articulação carpal-metacarpal. As caneleiras visam proteger as estruturas de
sustentação, ligamentos e tendões, e os ossos, metacarpos.
Membro anterior do cavalo, pronto para o treinamento. Foto: Arquivo pessoal, 2022.
Existem dois tipos de liga, a de trabalho, mais grossa e firme, para assegurar a pressão
necessária, de material tipo algodão; e a de descanso, mais elástica, maior, mais larga e fina,
de material tipo poliéster. A de trabalho é utilizada apenas durante o treino, e indicada para
prevenir lesões decorrentes do mesmo, qual requer do animal paradas, esbarros, e spins com
cruzamento de membros. A de descanso é indicada para o cavalo que já possui histórico de
lesão, com objetivo de não agravar o caso, ou também como forma preventiva, podendo ser
utilizada por no máximo 12 horas.
MANEJO CONSEQUÊNCIAS SE
PÓS- TREINO BENEFÍCIO NÃO FOR REALIZADO
Duchas - Retira o suor; - Permanece com os sais
- Elimina sujeiras, terra ou barro; decorrentes do suor;
- Promove relaxamento; - Provocando assaduras em áreas
- Possibilita o resfriamento do animal, e a mais sensíveis;
troca de calor corporal. - Aumenta as chances de infecção
- Água ativa a circulação. fúngica (micoses);
- Alivia dores e evita início de quadros - Animal permanece sujo e com
inflamatórios. pelo opaco.
Cavalos são seres extremamente inteligentes e aprendem muito rápido, tanto coisas
positivas quanto negativas. Reforço positivo (R+) e negativo (R-) é à base do aprendizado,
este alcançado após a recompensa (R+), que por vezes se dá através do descanso ou do alivio
da pressão. Isso que requer muita sensibilidade da pessoa, pois assim como aprendem o
correto, podem aprender o errado, e entender que o comportamento aversivo é o certo. Já a
punição (R-) seria impor a pressão mínima como forma de dizer quem da relação domina, e
que o comportamento aversivo não é o certo. Nunca é realizado de maneira agressiva a ponto
de causar mais medo e aversão, e sim como forma de mostrar a eles que na verdade não há
perigo algum, no momento que o comportamento aversivo parar, a pressão para. A pressão,
exercida do chão principalmente, pode ser através do balançar de cabresto gerando um
desconforto, com intuito que o cavalo se mova para trás e não pense em continuar fazendo o
que estava a fazer. Ou até mesmo na colocação de um spray para insetos, é normal o cavalo se
assustar e ficar andando em círculos, o reforço negativo seria continuar com a pressão, ou
seja, continuar segurando o cabresto e colocando o spray de forma tranquila, deixando que ele
se movimente e exerça seu comportamento natural de fuga. Quando ele se der conta de que
aquilo não é uma ameaça vai começar a ganhar confiança, após isso ele vai permanecendo
mais calmo e para de se locomover/fugir, este é o momento certo de aplicar o reforço positivo
e aliviar a pressão, parando de pressionar o spray.
A acupuntura é uma técnica milenar chinesa que passou a ser estudada em cavalos
durante as guerras. Do latim acus, agulha, e pungere, espetar, têm como objetivo perfurar a
pele em determinados pontos (acupuntos) com agulhas para prevenir e tratar diversos tipos de
doenças: cardiovasculares, respiratórias, reprodutivas, locomotoras, musculoesqueléticas, até
imunológicas (ANGELI et al., 2007; ROSS, 1994; YAO, 2007).
Um conceito dentro da medicina tradicional chinesa (MTC) é que todo organismo
possui canais específicos, ou meridianos (Figura 18), responsáveis por fazer a comunicação
entre órgãos e extremidades, por onde a energia flui, podendo estar em equilíbrio ou
estagnada. A acupuntura está associada à liberação de endorfinas e serotoninas, e age
diretamente na inibição da transmissão nociceptiva ao sistema nervoso, exercendo liberação
de mediadores de processos inflamatórios. Por consequência gera diminuição da dor e da
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Pontos T2, T5, T6 e T7 utilizados nos cavalos, ambos lados. Fonte: Adaptado de Klide & Kung, 1993.
7 CONCLUSÃO
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS