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A TERRA

• Paleoecologia - Estudo das relações dos seres vivos já extintos com o meio em que
viviam.

PRINCÍPIOS

• Princípio da Sobreposição - Uma camada sedimentar (estrato) é mais antiga do


que a que a recobre, ou, numa serie não deformada de estratos, um estrato é mais
antigo do que aquele que o recobrem e mais recente do que os que lhe estão
subjacentes.

• Princípio da Horizontalidade (Inicial) - Os materiais que formaram os estratos


depositaram-se inicialmente segundo planos horizontais.

 • Princípio da Continuidade dos Estratos – Um estrato contínuo tem a mesma


idade em toda a sua extensão.

 • Princípio da Identidade Paleontológica - Duas camadas ou duas séries de


camadas com o mesmo conteúdo paleontológico têm a mesma idade.

• Princípio do Actualismo ou das Causas Actuais - Os processos geológicos têm


ocorrido durante a historia da Terra, do mesmo modo que ocorrem na
actualidade.

 • Estratigrafia - Ciência que estuda a deposição de sedimentos, ordem de


deposição e sua idade relativa.

Idade Absoluta ou Radiométrica 


• Cada átomo é caracterizado pelo seu número de protões e pelo seu número de
massa...

 • O número de massa corresponde ao somatório do número de protões com o


número de neutrões do átomo...

 • Deste modo os átomos podem apresentar-se na Natureza nas três seguintes


formas:

- com igual número de protões e de neutrões, que corresponde à sua forma mais
abundante (95-99%);

- com diferente número de protões e de neutrões mas estável, Isótopo Estável;


- com diferente número de protões e de neutrões mas que estão em constante
transformação, desintegrando-se espontaneamente e a uma taxa regular através do
tempo, Isótopo Instável, Isótopo Radioactivo ou Radioisótopo...

• Por exemplo no caso do Carbono, o Carbono-12 (seis protões e seis neutrões) é a


forma mais abundante e estável, o Carbono-13 (seis protões e sete neutrões) é o
Isótopo Estável, o Carbono-14 (seis protões e oito neutrões) é o Isótopo Instável

 • A velocidade de desintegração é constante a cada elemento e não é afectada por


condições ambientais...

 • A desintegração de um Isótopo Instável ocorre no sentido da obtenção de átomos


mais estáveis, verificando-se a libertação de partículas nucleares e de energia,
Decaimento Radioactivo, que é irreversível...

 • Na formação das rochas estas adquirem sempre uma certa quantidade de


Isótopos Radioactivos, que integram os minerais que as constituem. Com o passar
de tempo estes isótopos vão-se desintegrando a uma velocidade que é em função da
sua própria constante de decaimento.

Tempo de Semi-Vida ou Meia-Vida

• Os Isótopos Radioactivos são designados de Isótopos-Pai ou Átomos-Pai...

 • Aos átomos resultantes da desintegração dos isótopos-pai chama-se Isótopos-


Filho ou Átomos-Filho...

 • O tempo necessário para que se dê a desintegração de metade do número de


Isótopos-Pai de uma amostra e se transformem em Isótopos-Filho, designa-se por
Tempo de Semi-Vida, Tempo de Meia-Vida ou Período de Semitransformação...

Tempo de Semi-
Isótopo-Pai Isótopo-Filho
Vida(1G.a.=1Giga-anos=1000M.a.)
Rubídio-87 (Rb-87) Estrôncio-87 (Sr-87) 47 G.a. = 47000 M.a.
Urânio-238 (U-238) Chumbo-206 (Pb-206) 4,5 G.a. = 4500 M.a.
Urânio-235 (U-235) Chumbo-207 (Pb-207) 0,7 G.a. = 700 M.a.
Potássio-40 (K-40) Árgon-40 (Ar-40) 1,3/1,4 G.a. =1300/1400 M.a.
Carbono-14 (C-14) Azoto-14 (N-14) 5700/5730 anos

• A relação entre a quantidade de Isótopo-pai e a quantidade de Isótopo-filho


permite calcular a data do início da desintegração, ou seja, o momento em que a
rocha se formou...
 • Por este método pode obter-se a Idade Absoluta ou Radiométrica, que
corresponde à idade numérica das rochas e dos minerais, geralmente expressa em
M.a., baseando-se na desintegração regular de certos isótopos radioactivos
naturais...

• Se bem que este método possa ser aplicado para datar Rochas Magmáticas,
apresenta limitações na datação de Rochas Sedimentares e Metamórficas...

 • Mesmo no caso das Rochas Magmáticas tem que se ter em conta que a
concentração de isótopos radioactivos presente nas rochas é muito baixo e difícil de
avaliar com precisão. Para além disto é preciso garantir que após a formação da
rocha não se juntarem ao Isótopo-pai outros isótopos, ou então, que ao longo do
tempo não se tenham escapado isótopos-filho da rocha...

 • No caso das Rochas Sedimentares e Metamórficas, tendo em conta que resultam


de rochas preexistentes, este método dificilmente permitirá calcular com alguma
precisão a idade da sua génese...

 • Para além disso, no caso das Rochas Metamórficas, a acção dos agentes de
metamorfismo podem perturbar a relação entre Isótopos-pai/Isótopos-filho...

 • Com a capacidade de datar e estabelecer sequências dos acontecimentos


geológicos, foi criada uma ciência denominada Geocronologia

 Memória dos Tempos Geológicos


 • Geocronologia - Datação dos acontecimentos geológicos, ou seja, estabelecimento
da sequência cronológica dos acontecimentos geológicos.

 • Os geólogos dividem o tempo geológico com base em grandes alterações


verificadas  à escala global como:

- Repentinas extinções em massa ou evoluções explosivas,

- Períodos de intensa e continua actividade vulcânica,

- Períodos de aquecimento ou arrefecimento global, associados a períodos mais ou


menos prolongados de subidas ou descida do nível do mar,

- Impacto da Terra com corpos celestes...

 • Convencionou-se por isso dividir a história da Terra em diferentes fracções, pese


embora  a existência de algumas lacunas...

 • Criando-se deste modo uma Escala do Tempo Geológico ou Escala


Estratigráfica, na qual é feita uma seriação em termos cronológicos dos
acontecimentos que marcaram a História da Terra, desde a sua formação até aos
tempos actuais.

 
  Nela estão assinaladas:

- Divisões de 1ª Ordem — Éones — feita com base no contraste entre rochas


desprovidas de fósseis ou onde eles são extremamente raros, com, rochas
fossilíferas...

- Divisões de 2ª Ordem — Eras

- Divisões de 3ª Ordem — Períodos 

• Estas divisões são tanto maiores e inseguras quanto mais são recuados os tempos
geológicos e em contrapartida, são tanto mais precisas e de menor duração quanto
mais recentes são os tempos geológicos...

TERRA, UM PLANETA EM
MUDANÇA
• Existem diversos tipos de teorias que procuram interpretar os
fenómenos que modificam a superfície terrestre:

- Catastrofismo, as grandes modificações ocorridas seriam


devidas a grandes catástrofes.

- Uniformitarismo, os diferentes aspectos geológicos podem ser


explicados à luz de processos naturais que ocorrem ainda na
actualidade (do Principio do Actualismo), progessando-se, na
generalidade, de uma forma lenta (do Princípio do Gradualismo).

- Neocatastrofismo, segundo esta teoria são aceites os


pressupostos do uniformitarismo, mas atribui também um papel
importante aos fenómenos catastróficos como agentes
modeladores da superfície terrestre.
TEORIA DA DERIVA DOS CONTINENTES

PANGEIA (PANGEA) - Super continente que se supõe ter existido à 200 milhões
de anos.

PANTALASSA (TÉTIS) - Oceano primitivo que banhava Pangeia.

• A fim de provar a Teoria da Deriva dos Continentes existem:

- Provas Cartográficas ou Morfológicas (contorno dos


continentes)

- Provas Geológicas ou Litológicas (rochas equivalentes dos dois


lados do oceano e em continentes diferentes)

- Provas Fósseis ou Paleontológicas (existência de fósseis de


seres vivos exclusivamente terrestres em continentes muito
distantes uns dos outros)

- Provas Paleoclimáticas

TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS

Segundo a qual a litosfera se divide em grandes placas litosféricas que,


"encaixando-se", se movem sobre a Astenosfera quente e moldável e como tal,
chocam entre si, mergulham umas por baixo da outras ou deslizam lado a lado.
• PLACA LITOSFÉRICA - Blocos em que a litosfera se encontra fragmentada.

• CORRENTES DE CONVECÇÃO - Movimento de subida materiais quentes e


moldáveis (embora sólidos), que ao subirem sofrem arrefecimento e descem, ao
mesmo tempo que outros mais quentes sobem.

• Limites existentes entre placas podem ser: Limites Divergentes ou Limites


Construtivos (Rifte corresponde a uma zona de acreção), Limites de Falhas
Transformantes ou Limites Conservativos e Limites Convergentes ou Limites
Destrutivos [local onde as placas se movem em conjunto em direcção umas às
outras, fazendo com que uma mergulhe sob a outra (zona de subdução), ou com
que choquem]. 

• Os Limites Convergentes poem ser de três tipos:

- LIMITE CONVERGENTE OCEANO-OCEANO 

ARCOS DE ILHAS ou ARCOS INSULARES - Cadeia de ilhas vulcânicas


existentes numa zona de Limite Convergente Oceano-Oceano (Ex.: Japão,
Arquipélago de Tonga, etc.).

- LIMITE CONVERGENTE OCEANO-CONTINENTE

CADEIA MONTANHOSA PERIOCEÂNICA - Montanhas que estendem junto ao


bordo de um continente, paralela à linha de costa numa zona de Limite
Convergente Oceano-Continente (Ex.: Andes)

- LIMITE CONVERGENTE CONTINENTE-CONTINENTE)

CADEIAS MONTANHOSAS INTERCONTINENTAIS - Montanhas que se


estendem na linha de separação entre dois continentes, existindo numa zona de
Limite Convergente Continente-Continente (Ex.: Himalaias, Alpes).

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