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PARÓQUIA DE SANTA IRIA DE AZÓIA

PADRES AGOSTINHOS
2690-395 Santa Iria de Azóia DIÁLOGO COM A BÍBLIA

A CONFLITUOSIDADE PERMANENTE DA VIDA CRISTÃ:


(MT 13,36-43)
As parábolas do trigo e o joio, do grão de mostarda e do
fermento (Mt 13,24-33).
Os destinatários
Os destinatários destas parábolas é a multidão. São histórias e comparações simples tiradas
do quotidiano com uma mensagem. Qualquer um pode perceber as histórias que se
relatam nas parábolas.

A mensagem das parábolas


Estas três parábolas falam das dificuldades iniciais do Reino dos Céus e da sua instauração
definitiva.

A explicação da parábola do trigo e o do joio (Mt 13,36-43).


Os destinatários da explicação
Jesus dá a explicação da parábola em casa apenas aos discípulos.

A mensagem da parábola
A parábola refere a atual mistura de bons e de maus e como no final dos tempos, aquando
a segunda vinda de Jesus Cristo, bons e maus serão separados, os bons para o Reino do Pai,
os maus para a condenação eterna.

QUESTÃO
- Se no fim será Deus que seara os bons dos malvados, que justificação existe para
denunciar as injustiças? Ou será que devemos permanecer calados perante elas?

O combate da vida cristã.


A luta do trigo e do joio
Na realidade acontece tal como Jesus reflete na parábola: o joio procura sufocar o trigo. A
vida cristã não é um caminho educativo que procede duma luz e se encaminha para outra
luz maior. A vida cristã é uma luta entre a luz e as trevas, entre o bem e o mal. É uma luta
dura e cansativa que põe a prova a nossa fé, a nossa caridade e a nossa esperança.

A dureza do combate
Há um texto do profeta Jeremias que exprime as consequências dum duro combate.
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Colocados lado a lado, Mt 13,36-43 e Jr 14,17-22 são dois textos que se complementam. O
texto de Jeremias manifesta as consequências dum combate muito duro no qual vê-se clara
a necessidade da ajuda de Deus. Jeremias dá a chave para sair do sentimento de tristeza e
desorientação provocado pelo mesmo combate: reconhecer os nossos pecados e a nossa
fraqueza e colocar toda a nossa confiança em Deus.

Convite para reconhecer os sinais dos tempos


O primeiro dos sinais é a nossa fraqueza. A luta estabelecida entre o bem e o mal não é
apenas algo do mundo exterior a nós. Esta luta acontece antes de mais no nosso interior.
A explicação da parábola do trigo e do joio é um convite a aguçar o nosso sentido do pecado
e tomar consciência das nossas faltas de fé, das nossas rejeições do plano de Deus e do
amor, das nossas atitudes violentas.
O segundo dos sinais é descobrir o drama da luta entre luz e as trevas na vida e nas pessoas.
No interior das outras pessoas também se estabelece essa luta entre o bem e o mal. Nunca
devemos perder de vista esta realidade. Por isso é tão necessário odiar o pecado e amar o
pecador.
Finalmente, temos de reparar que não há desculpas para evitar entrar neste conflito. É
possível lutar se odiar. Por outro lado, é impossível uma paz verdadeira onde reina a
injustiça e a maldade.

QUESTÕES
- Será que os cristãos devemos ser sempre conflituosos?
- Como é possível viver a bem-aventurança dos pacíficos e ao mesmo tempo viver o
compromisso com o Reino de Deus?

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