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Londrina
2019
SEGURANÇA NO TRABALHO E A PERDA AUDITIVA
INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR)
Londrina
2019
SEGURANÇA NO TRABALHO E A PERDA AUDITIVA
INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR)
Banca Examinadora
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Londrina
2019
RESUMO
Este trabalho vai estudar a perda auditiva induzida por ruído (PAIR) com ênfase no
ruído ocupacional e as condutas preventivas utilizadas para redução da exposição
de trabalhadores a este agravo. Inicia com fundamentação teórica sobre a audição
humana, conceito, tipos, faixas de frequência e efeitos da exposição do ruído no
organismo. Após esta introdução o trabalho fala sobre a perda auditiva e medidas de
prevenção e reabilitação possíveis quanto a PAIR com citações dos autores
pesquisados e tabelas com a classificação do grau de perda auditiva e níveis de
pressão típicos de ruído. Na sequência vem à prevenção e reabilitação da PAIR
onde descreve os equipamentos de proteção auditiva com figura dos tipos de
protetores auriculares existentes e detalhando individualmente suas funções com
vantagens e desvantagens de cada tipo de protetor, e termina com um programa de
conservação auditiva (PCA) propondo medidas que vise à redução de riscos
ambientais através de proteção coletiva e individuais realizando observação
contínua do processo de trabalho com sensibilização da equipe quanto a
importância da implantação do PCA nas indústrias e locais de trabalho com
presença de ruído intenso. A metodologia empregada foi pesquisa bibliográfica
utilizando-se como fonte para coleta de dados livros de literatura, obras de
referência, artigos de periódicos, trabalhos de conclusão de curso e dissertações
relacionadas à temática proposta, base de dados como Scielo, Bireme e Lilacs. Os
resultados obtidos e a conclusão mostram que sendo o ruído algo presente na nossa
sociedade caracterizada por apresentar alta poluição sonora ou por algum grau de
surdez porque foram expostas a um barulho muito alto e/ou frequente, estas ações
devem priorizar a prevenção. Trabalhar em local no qual está submetido
regularmente a ruídos intensos, exija que os limites de exposição estabelecidos pela
legislação sejam obedecidos. Além disso, siga as orientações sobre programas de
prevenção e controle de riscos, que a empresa deve ter. Prevenir-se utilizando
protetores auriculares, diminuindo o volume de aparelhos de som e de fones de
ouvido e fazendo repouso auditivo toda vez que se submeter a barulhos muito altos.
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................5
2 AUDIÇÃO HUMANA.................................................................................................7
2.1 CONCEITO RUÍDO E SUAS CARACTERÍSTICAS...............................................9
2.2 TIPOS DE RUÍDO.................................................................................................10
3 A PERDA AUDITIVA E MEDIDAS DE PREVENÇÃO E.......................................13
3.1 TIPOS DE PERDA AUDITIVA..............................................................................14
3.2 PERDA AUDITIVA PELOS TRABALHADORES..................................................16
3.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO AUDITIVA....................................................18
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................22
REFERÊNCIAS...........................................................................................................24
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1 INTRODUÇÃO
2 AUDIÇÃO HUMANA
(Hz) ou ciclos por segundo (c/s). A intensidade se define pela quantidade de som
recebida. Também é conhecida como altura ou volume, sua unidade de medida é
dada em decibel (dB).
A seguir são apresentadas as faixas de frequências geradas pela altura dos
sons produzidos:
• Sons Graves: faixa de 20 a 800 Hz
• Sons Médios: faixa de 800 a 3000 Hz
• Sons Agudos: faixa de 3000 a 20000 Hz
Segundo Santos e Russo (1993 apud BRITO, 1999) a audição humana
compreende-se entre as faixas de frequência de 20 a 20.000 Hz, de 0 a 120 dBNPS
(Nível de Pressão Sonora). Os Níveis de Pressão Sonora que se encontram entre
120 dBNPS e 140 dBNPS, estão presentes os limiares de desconforto e dor
respectivamente.
Quando falamos em ruído, ele pode ser definido como qualquer som
indesejável ou perturbador. O ruído então pode ser classificado como todos os sons
que o nosso aparelho auditivo possa captar, desde que seja indesejável para quem
estiver escutando. Portanto se um indivíduo que estiver exposto através de um sinal
acústico que é capaz de influenciar o seu bem estar físico e mental, este também
poderá ser considerado como um ruído (RUSSO, 1993 apud BRITO, 1999).
Silva (1999) relata que ainda existem controvérsias em relação à utilização
do termo “ruído” pois ele se associa quando há exposição a sons indesejáveis ou
desagradáveis, porém não significa que estes tipos de sons sejam prejudiciais a
saúde auditiva. O que realmente acontece com a nossa audição, independente de
nomes dados para sensação de cada tipo de onda sonora ouvida, como, por
exemplo, uma música que dependendo da intensidade em que está sendo escutada,
poderá levar a danos auditivos irreversíveis. O que significa que qualquer som,
considerado ruído ou não, se ouvido constantemente e de forte intensidade também
poderá levar a prejuízos irreversíveis a audição do homem.
De acordo com Feldman e Grimes (1985 apud BRITO, 1999) a norma ISSO
2204/1973, classificam os ruídos com relação ao nível de variação com o nível de
intensidade com o tempo em:
• Contínuo: ruído com variações de níveis desprezíveis durante o período de
observação; até +/- 3 dB.
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em alguns locais de trabalho podem ser encontrados ruídos que podem ser
prejudiciais a saúde, esses ruídos atingem nosso corpo através de “ondas de
energia”, que pode ser percebidas através da audição e ainda podem ser
reconhecidas por vibrações do corpo, que acabam afetando geralmente o ouvido
interno, danificando as células que são responsáveis pela captação dos sons que
são transmitidos pelo nervo auditivo e conduzidos ao cérebro onde são
interpretados.
Vechiati, (2010) conceituou o ruído como vibrações produzidas por corpos
ou moléculas de ar que se propagam em forma de onda longitudinal.Portanto, é
representado como forma de energia mecânica e suas unidades de medida são
relacionadas com energia. Para que se estabeleça o nível de risco do ruído a que se
é exposto, é considerada a energia acústica total penetrante no ouvido a cada dia e
os sons impulsivos de nível acústico elevado e de curta duração.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2016) quando a exposição ao
ruído se dá em níveis elevados, pode acarretar vários transtornos e incômodos aos
seres humanos como perturbação do sono, descanso e trabalho assim como na
relação entre indivíduos como, por exemplo, na comunicação. O ruído em relação ao
ser humano, ainda pode prejudicar a audição causar ou provocar reações
fisiológicas, psicológicas e patológicas.
Segundo Mello (1999) as perdas auditivas são associadas aos fatores que
contribuem as causas, podendo apresentar três tipos de perda, são elas: condutiva,
sensórios neurais e mistas.
A perda auditiva condutiva é causada pela impossibilidade de condução do
som na forma mecânica por meio da cavidade da orelha média até a orelha interna.
Esse tipo de perda auditiva resulta de um bloqueio do canal auditivo externo que
também pode se originar de uma patologia no qual a habilidade de transmissão da
energia mecânica conferida à orelha média que leva o som a base do estribo for
afetada.
Com isso a intensidade de som que chega aos ouvidos é reduzida, ou seja,
a energia recebida pela orelha média é menor comparada ao estímulo original, desta
maneira será necessária uma maior intensidade que seja suficiente para que o
impedimento mecânico seja resolvido (MELLO, 1999).
Segundo Vechiati (2010) as perdas auditivas sensório-neurais são
caracterizadas por desordens do funcionamento do nervo auditivo. A transmissão do
som através da orelha externa e orelha média se dão normalmente, porém na orelha
interna a transmissão é prejudicada. Isso acontece devido a dano de células
sensoriais na cóclea. O provável componente sensorial danificado é o órgão de Corti
causando problemas metabólicos nos fluídos da orelha interna, Além disso, causam
a degeneração dos nervos auditivos.
A relação da perda auditiva condutiva e a sensório-neural é a redução da
intensidade de som, porém, a segunda acrescenta um elemento de distorção
resultando na deficiência de ouvir o som e na incompreensão da fala.
Nas perdas auditivas mistas, ocorrem em uma mesma orelha componentes
condutivos e sensório-neurais, resultando em problemas nos ouvidos interno e
externo, assim a perda auditiva se caracteriza por ser irreversível a sua causa se
origina por um distúrbio da orelha interna, alterando também a condução do som até
o nervo auditivo (VECHIATI, 2010).
Segundo Mello (1999) entre as classificações estabelecidas, a mais
conhecida e utilizada é a que foi proposta por Davis e Silverman (2000), levando em
consideração o grau, como:
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assim como a ausência de sintomas clínicos, por outro lado, considerou-se de alto
risco o trabalhador que for admitido para cargos ou ambientes aonde existem ruído,
se o mesmo apresentar progressão dos limiares auditivos.
Foram aprovadas trinta e três normas, em geral, com base em serviços
especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho (NR 4 –
SESMT), comissão interna de controle de acidentes (NR 5 – CIPA), equipamentos
de proteção individual (NR 6 – EPI), programas de controle médico e saúde
ocupacional (NR 7 – PCMSO) e de prevenção de riscos ambientais (NR 9 – PPRA),
atividades e operações insalubres (NR 15) (BOGER, 2007).
Abordando sobre a Norma Regulamentadora nº.7 (NR 7), Brasil (1997)
ressaltam que em relação a exposição ao ruído, devem seguidos parâmetros para
monitorização da exposição ocupacional ao ruído exigidos pela norma. A
audiometria tonal na via aérea é utilizada também em exames complementares de
monitorização de saúde auditiva, nas frequências de 500 Hz, 1, 2, 3, 4, 6 e 8 kHz
(GUIDA; CASSIANO; MELLO, 2010).
A NR 7 tem a função de exigir estes exames que são mencionados como
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), do Ministério do
Trabalho. A prática desses procedimentos tem como finalidade averiguar o número
de trabalhadores com perdas auditivas de diversos graus, que ficam impossibilitados
de serem admitidos em um novo emprego (FRANCO; RUSSO, 2001).
Outra norma que deve ser mencionada é a NR 9 que estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRITO, Viviane Pacheco Santana de. Incidência de perda auditiva induzida por
ruído em trabalhadores de uma fábrica. 1999. 46p. Monografia (Especialização
em Audiologia Clínica) – Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica,
CEFAC. 1999.
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GUIDA, Heraldo Lorena; CASSIANO, José Antônio; MELLO, Patrícia Cavani Martins
De. Perfil audiológico em funcionários do setor de atividades auxiliares da
Unesp campus de Marília-sp. Universidade Estadual Paulista – UNESP. 2010.
Trabalho de Conclusão de Curso/ Curso de Extensão em Higiene Ocupacional/
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP.