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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE SEGURANÇA DO

TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE.

SEGURANÇA NO TRABALHOS E A PERDA AUDITIVA


INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR)

Londrina
2019
SEGURANÇA NO TRABALHO E A PERDA AUDITIVA
INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR)

Monografia apresentada à Faculdade


Venda Nova do Emigrante - FAVENI, para
a obtenção do título de Especialista em
Gestão de Segurança do Trabalho em
Serviços de Saúde sob a supervisão da
orientadora:

Londrina
2019
SEGURANÇA NO TRABALHO E A PERDA AUDITIVA
INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR)

Monografia apresentada à Faculdade


Venda Nova do Emigrante - FAVENI para
a obtenção do título de Especialista em
Gestão de Segurança do Trabalho em
Serviços de Saúde, sob a supervisão da
orientadora:

Aprovado pelos membros da banca examinadora em:

___/___/___.com menção ____ (________________).

Banca Examinadora

_________________________________

_________________________________

Londrina
2019
RESUMO

Este trabalho vai estudar a perda auditiva induzida por ruído (PAIR) com ênfase no
ruído ocupacional e as condutas preventivas utilizadas para redução da exposição
de trabalhadores a este agravo. Inicia com fundamentação teórica sobre a audição
humana, conceito, tipos, faixas de frequência e efeitos da exposição do ruído no
organismo. Após esta introdução o trabalho fala sobre a perda auditiva e medidas de
prevenção e reabilitação possíveis quanto a PAIR com citações dos autores
pesquisados e tabelas com a classificação do grau de perda auditiva e níveis de
pressão típicos de ruído. Na sequência vem à prevenção e reabilitação da PAIR
onde descreve os equipamentos de proteção auditiva com figura dos tipos de
protetores auriculares existentes e detalhando individualmente suas funções com
vantagens e desvantagens de cada tipo de protetor, e termina com um programa de
conservação auditiva (PCA) propondo medidas que vise à redução de riscos
ambientais através de proteção coletiva e individuais realizando observação
contínua do processo de trabalho com sensibilização da equipe quanto a
importância da implantação do PCA nas indústrias e locais de trabalho com
presença de ruído intenso. A metodologia empregada foi pesquisa bibliográfica
utilizando-se como fonte para coleta de dados livros de literatura, obras de
referência, artigos de periódicos, trabalhos de conclusão de curso e dissertações
relacionadas à temática proposta, base de dados como Scielo, Bireme e Lilacs. Os
resultados obtidos e a conclusão mostram que sendo o ruído algo presente na nossa
sociedade caracterizada por apresentar alta poluição sonora ou por algum grau de
surdez porque foram expostas a um barulho muito alto e/ou frequente, estas ações
devem priorizar a prevenção. Trabalhar em local no qual está submetido
regularmente a ruídos intensos, exija que os limites de exposição estabelecidos pela
legislação sejam obedecidos. Além disso, siga as orientações sobre programas de
prevenção e controle de riscos, que a empresa deve ter. Prevenir-se utilizando
protetores auriculares, diminuindo o volume de aparelhos de som e de fones de
ouvido e fazendo repouso auditivo toda vez que se submeter a barulhos muito altos.

Palavras-chave: Perda auditiva provocada por ruído. Ruído ocupacional. Perda


Auditiva. Trabalhadores. Condutas. Prevenção.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................5
2 AUDIÇÃO HUMANA.................................................................................................7
2.1 CONCEITO RUÍDO E SUAS CARACTERÍSTICAS...............................................9
2.2 TIPOS DE RUÍDO.................................................................................................10
3 A PERDA AUDITIVA E MEDIDAS DE PREVENÇÃO E.......................................13
3.1 TIPOS DE PERDA AUDITIVA..............................................................................14
3.2 PERDA AUDITIVA PELOS TRABALHADORES..................................................16
3.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO AUDITIVA....................................................18
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................22
REFERÊNCIAS...........................................................................................................24
5

1 INTRODUÇÃO

Desde a antiguidade, o ruído faz parte da história. Da Roma Antiga,


passando pela Revolução Industrial, até os dias atuais, é componente constante em
nossa vida diária. O princípio da formação da civilização, dos tempos mais remotos
até a colonização, as relações interpessoais forçam o indivíduo a comunicar-se
estabelecer um vínculo com o seu semelhante fazendo com que suas ideias tornem-
se avanços para o grupo ou sociedade em que vive.
Atualmente com os avanços tecnológicos constantes em todas as áreas que
necessitam de mão-de-obra especializada para determinados serviços em que o
trabalhador fica, na maioria das vezes, totalmente exposto a situações ou ambientes
condicionados a exposição exagerada ou excessiva de agentes nocivos à saúde.
A partir disso pode-se perceber que um dos maiores problemas que atingem
o trabalhador em ambiente de trabalho com relação à exposição frequente desses
agentes é o ruído. As condições em que o trabalho é muito significativo no âmbito da
produtividade do trabalhador, e vem sendo alvo de estudos em relação à saúde
pública considerando que a exposição a elevados níveis de ruído a um determinado
período de tempo levará o indivíduo a perda irreversível, como a perda auditiva
induzida por ruído (PAIR) fazendo com que não só acarrete dano à audição mas
também prejuízos na comunicação e na qualidade de vida dos trabalhadores.
O presente trabalho tem como objetivo estudar a Perda Auditiva Induzida por
Ruído Ocupacional e as condutas preventivas para redução da exposição de
trabalhadores a este agravo. Assim como os objetivos específicos conhecer o
mecanismo de ação do ruído e seus efeitos no organismo; identificar os tipos de
PAIR e medidas de prevenção a serem adotadas para minimizar os danos a saúde
reconhecer a importância da implantação de Programas de Conservação Auditiva.
Este trabalho justifica-se pelo fato de que o ruído um dos maiores e mais
importantes agentes físico-ambientais presente em qualquer tipo de trabalho
realizado atualmente e que pode causar doenças ocupacionais sem distinção de
raça, nível aquisitivo, crença e idade. E pela Perda Auditiva Induzida por Ruído
sendo considerada como a segunda maior causa entre as de perdas auditivas, tendo
como vítima os trabalhadores brasileiros.Busca-se com este trabalho compreender
melhor como atua a perda auditiva principalmente em trabalhadores que sofrem de
perda auditiva ocupacional, dando ênfase aos trabalhadores da área industrial, como
6

também compreender como são causados os danos no sistema auditivo dos


profissionais que são expostos a ruídos, estudando os fenômenos biofísicos do som
e como eles interferem diretamente ao nosso órgão auditivo e apresentar as
medidas de ordem ocupacional visando à conservação auditiva dos trabalhadores.
O presente estudo é uma pesquisa bibliográfica utilizando-se como fonte
para coleta de dados livros de literatura, obras de referência, artigos de periódicos,
trabalhos de conclusão de curso e dissertações relacionadas à temática proposta,
base de dados como SCIELO, BIREME e LILACS.
Espera-se com esse trabalho mostrar como o ruído está presente em nossas
vidas e como ele pode ser extremamente perigoso se não for tratado corretamente e
visto como um agressor a saúde auditiva. Procura-se entender melhor como a perda
auditiva induzida pelo ruído acomete a audição e qual os meios de proteger os
órgãos auditivos desse importante agente nocivo à saúde.
7

2 AUDIÇÃO HUMANA

Para que fosse determinada a faixa que compreende a audição humana,


utilizaram-se vários experimentos psico acústicos, com o propósito de esclarecer as
relações entre alterações das propriedades físicas das vibrações sonoras e as
alterações subjetivas nas sensações auditivas causadas por essas vibrações. Desta
maneira determinou-se faixa da audição, compreendendo a área de frequências de
20 a 20.000 Hz, incluindo o limiar mínimo de audibilidade (CARMO, 1999).
Carmo (1999) ainda explica que som também é transmitido pelos ossos da
cabeça, porém, em relação à condução de sons, a orelha se mostra muito sensível
na condução aérea do que na condução óssea.
Portanto a audição se dá quando os sons são detectados pelo indivíduo,
através do mecanismo da orelha. Para haver a percepção dos sons, primeiramente
os estímulos sonoros atingem a orelha e, no cérebro esses estímulos serão
detectados pela área correspondente.
O Som x Ruído Komniski e Watzlawick, (2016) explicam que som e ruído
são constantemente utilizados de diferentes situações, porém existe a maneira
correta de aplicá-los. Utiliza-se a palavra som para situações em que há uma
sensação prazerosa como fala ou música, para situações em que essas ondas
sonoras que quando chegam ao nosso ouvido e cause uma sensação
desconfortável ou um som indesejável utilizasse o termo ruído como, por exemplo,
buzinas, máquinas, trânsito.
Para que o ouvido humano possa detectar esses sons é necessário que ele
esteja em uma determinada faixa de frequência em que ele possa captar, no caso
de uma pessoa com o órgão auditivo normal a faixa audível será entre 16 a 20.000
Hz.
Brito (1999) explica que em relação ao som, ele tem característica de vibrar
em qualquer meio de natureza elástica. Por ser um fenômeno acústico ele deve
estar na faixa de frequência audível para que a orelha humana o possa captar,
assim como também deve haver uma diferença de pressão para que o som seja
perceptível.
Ao se captar o som, nota-se que ele apresenta duas características
principais de sua composição, que são a frequência e intensidade. A frequência é
definida pela variação da pressão sonora e sua unidade de medida se dá em Hertz
8

(Hz) ou ciclos por segundo (c/s). A intensidade se define pela quantidade de som
recebida. Também é conhecida como altura ou volume, sua unidade de medida é
dada em decibel (dB).
A seguir são apresentadas as faixas de frequências geradas pela altura dos
sons produzidos:
• Sons Graves: faixa de 20 a 800 Hz
• Sons Médios: faixa de 800 a 3000 Hz
• Sons Agudos: faixa de 3000 a 20000 Hz
Segundo Santos e Russo (1993 apud BRITO, 1999) a audição humana
compreende-se entre as faixas de frequência de 20 a 20.000 Hz, de 0 a 120 dBNPS
(Nível de Pressão Sonora). Os Níveis de Pressão Sonora que se encontram entre
120 dBNPS e 140 dBNPS, estão presentes os limiares de desconforto e dor
respectivamente.
Quando falamos em ruído, ele pode ser definido como qualquer som
indesejável ou perturbador. O ruído então pode ser classificado como todos os sons
que o nosso aparelho auditivo possa captar, desde que seja indesejável para quem
estiver escutando. Portanto se um indivíduo que estiver exposto através de um sinal
acústico que é capaz de influenciar o seu bem estar físico e mental, este também
poderá ser considerado como um ruído (RUSSO, 1993 apud BRITO, 1999).
Silva (1999) relata que ainda existem controvérsias em relação à utilização
do termo “ruído” pois ele se associa quando há exposição a sons indesejáveis ou
desagradáveis, porém não significa que estes tipos de sons sejam prejudiciais a
saúde auditiva. O que realmente acontece com a nossa audição, independente de
nomes dados para sensação de cada tipo de onda sonora ouvida, como, por
exemplo, uma música que dependendo da intensidade em que está sendo escutada,
poderá levar a danos auditivos irreversíveis. O que significa que qualquer som,
considerado ruído ou não, se ouvido constantemente e de forte intensidade também
poderá levar a prejuízos irreversíveis a audição do homem.
De acordo com Feldman e Grimes (1985 apud BRITO, 1999) a norma ISSO
2204/1973, classificam os ruídos com relação ao nível de variação com o nível de
intensidade com o tempo em:
• Contínuo: ruído com variações de níveis desprezíveis durante o período de
observação; até +/- 3 dB.
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• Intermitente: ruído cujo nível varia continuamente de um valor apreciável


durante o período de observação; superior a +/- 3 dB.
• Ruído de impacto ou impulso: ruído que se apresenta em picos de energia
acústica de duração inferior a um segundo.

2.1 CONCEITO RUÍDO E SUAS CARACTERÍSTICAS

Os fenômenos associados à interação do ruído com o ser humano são


absolutamente gerais no que diz respeito aos problemas de saúde gerados por
processos produtivos. Mudanças constantes dos processos produtivos são cada
mais intensas e de forma mais acelerada a cada vez em que essas são implantadas,
ocorrendo forçosamente mudanças na forma de organização de trabalho e como
consequência, alteração no padrão de saúde da classe trabalhadora. (LIMA, 2002
apud LOPES et al., 2016).
Para Almeida e Andrés (1975 apud KOMNISKI e WATZLAWICK, 2006) o
ruído é uma sensação subjetiva da audição que tem origem de meios em que
podem oferecer movimentos vibratórios que são transmitidos através de meios
sólidos, líquidos ou gasosos de velocidade diferentes e com os meios utilizados para
ocorrer sua propagação; o ruído então é entendido como sensação auditiva
psicologicamente desagradável.
Araújo (2002) explica que o ruído apresenta algumas características como
intensidade, frequência, tempo de exposição e natureza do ruído. O ruído causará
lesão a partir de uma intensidade de 84 a 90 dB. Essa lesão se dará na cóclea de
maneira irreversível e quanto maior for o nível do ruído, maior será o dano no qual
pode-se perceber que este problema está se tornando cada vez mais comum em
ambientes industriais como metalúrgicas, teares, etc.
O ruído também foi conceituado por Feldman; Grimes (1985 apud BRASIL,
2006) como qualquer indício ou sinal acústico que oscila de maneira irregular
ficando em sobreposição no qual existem vários movimentos de vibração, emitindo
diferentes frequências sem apresentarem qualquer semelhança.
De acordo com Komniski e Watzlawick, (2006) todo som considerado como
desagradável que pode ser detectado no ambiente em que vivemos como cidade,
trabalho, lazer, em nossas casas e bairros é denominado de ruído ou barulho. Com
isso o ruído acaba se tornando parte integrante do nosso cotidiano principalmente
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em alguns locais de trabalho podem ser encontrados ruídos que podem ser
prejudiciais a saúde, esses ruídos atingem nosso corpo através de “ondas de
energia”, que pode ser percebidas através da audição e ainda podem ser
reconhecidas por vibrações do corpo, que acabam afetando geralmente o ouvido
interno, danificando as células que são responsáveis pela captação dos sons que
são transmitidos pelo nervo auditivo e conduzidos ao cérebro onde são
interpretados.
Vechiati, (2010) conceituou o ruído como vibrações produzidas por corpos
ou moléculas de ar que se propagam em forma de onda longitudinal.Portanto, é
representado como forma de energia mecânica e suas unidades de medida são
relacionadas com energia. Para que se estabeleça o nível de risco do ruído a que se
é exposto, é considerada a energia acústica total penetrante no ouvido a cada dia e
os sons impulsivos de nível acústico elevado e de curta duração.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2016) quando a exposição ao
ruído se dá em níveis elevados, pode acarretar vários transtornos e incômodos aos
seres humanos como perturbação do sono, descanso e trabalho assim como na
relação entre indivíduos como, por exemplo, na comunicação. O ruído em relação ao
ser humano, ainda pode prejudicar a audição causar ou provocar reações
fisiológicas, psicológicas e patológicas.

2.2 TIPOS DE RUÍDO

Classificam-se os tipos de ruídos existentes em: Ruído Direto, Ruído


Refletido e Ruído de Fundo. O ruído classificado como ruído direto é caracterizado
quando o indivíduo está de forma direta à frente da fonte geradora de ruído. O ruído
refletido é definido pelo indivíduo que está afastado da fonte sonora, porém, está
próximo ao obstáculo que reflete o ruído, e o ruído de fundo, tem característica de
não fazer parte do ambiente, ou seja, não está inserido de forma direta, e sim
indiretamente.
Brito (1999, p. 34) explica que as faixas de frequência do ruído podem ser
classificadas em ruídos agudos e ruídos graves.
• Ruídos Agudos: são denominados de ruídos finos, apresentam alta
frequência, causando irritabilidade ao ouvido humano e vibração pouco
significativa.
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• Ruídos Graves: são denominados ruídos grossos, apresentam baixa


frequência, em relação ao ouvido humano, se apresentam pouco irritantes e
com grande poder de vibração.

Os limites de tolerância à exposição de ruído Vechiati (2010) explica que a


causa da deficiência auditiva pode ser decorrente da exposição contínua dos altos
níveis de ruído, porém, diferentes indivíduos expostos ao mesmo nível de ruído, não
sofrerão danos em seu sistema auditivo da mesma maneira, ou seja, existem
variações relativas entre os indivíduos à susceptibilidade do barulho. Entretanto se
estabelecem padrões indicando uma média de quantidade de som que uma pessoa
pode tolerar sem que sofra danos ao seu ouvido. Para não haver controvérsias entre
os níveis de exposição ao ruído, orientou-se as pessoas a não exposição aos níveis
que ultrapassem 85 a 90 dB.
Os níveis de aceitabilidade ou limites de tolerância devem ser interpretados
como níveis de pressão sonora, quando se tratando de ruído, assim como também
as suas durações diárias de cada um deles, pois a exposição a esses níveis estão
ligados principalmente aos trabalhadores que são expostos dia a dia durante toda a
sua vida de trabalho. Portanto é importante respeitar os limites impostos a exposição
nos níveis de pressão, para que não resulte em efeitos adversos como danos na
capacidade da audição e perdas da capacidade cognitiva.
Vechiati (2010) explica que com a determinação dos valores de níveis de
pressão sonora concluiu-se que a exposição acima 90dB, são considerados nocivos
a saúde, portanto, é de grande importância o controle da exposição desse agente. A
Norma Regulamentadora nº 15 (NR – 15), da portaria MTb nº 3.214/1978,
estabelece os limites da exposição a ruído contínuo, conforme o quadro 1, mostra:
Segundo Brasil (2006) o ruído de impacto tem tolerância de até 130 dB (A),
de acordo com a NR-15. Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser
avaliado como ruído contínuo.Para que fosse determinado o limite de tolerância para
ruído contínuo ou intermitente, a NR-15 determinou uma tabela que se baseia no
princípio da energia equivalente, que é produto da intensidade sonora e da sua
duração, com o propósito de manter constante a energia encontrada em duas
exposições, Desta maneira é necessário balancear a diferença da intensidade pela
correspondente diferença na duração (VECHIATI, 2010).
O ruído de impulso é causado súbita liberação de energia elétrica ou
química que são mais frequentes na atmosfera. Outros exemplos típicos de ruídos
12

de impulsos são as descargas explosivas como disparo de arma de fogo e


tempestades, como os raios e trovões. Para que exista o ruído de impacto, é
necessário haver um choque entre dois objetos.
Portanto, a origem do ruído de impacto consiste da liberação da energia
originada por fontes mecânicas. A autora ainda explica que os ruídos denominados
ruídos de impulso apresentam picos que excedem 140dB (NPS) enquanto os ruídos
de impacto são encontrados na indústria e apresentam nível de pressão sonora
abaixo de 140dB.Para se estabelecer formas adequadas de procedimentos para os
indivíduos expostos a ruídos de impacto ou impulso, há necessidade de se reavaliar
os limites de tolerância diante da duração do valor de pico, número de impactos
diários, atenuação obtida, tempos de exposição e formas de avaliar proteção
individual (VECHIATI, 2010).
13

3 A PERDA AUDITIVA E MEDIDAS DE PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO

O histórico de perda auditiva mostra que inicialmente há perda ou dano a


audição quando a pessoa está exposta ao ruído em uma faixa de frequência de
3000 Hz a 6000 Hz. Demais frequências levarão mais tempo para que a audição
seja afetada, uma vez cessada a exposição, não haverá progressão de perda
auditiva (LOPES et al., 2009).
A perda auditiva induzida por ruído (PAIR) é definida como perda auditiva
gerada por níveis de pressão sonoros elevados, ela acomete geralmente de forma
bilateral causando alterações dos limiares auditivos, do tipo neurossensorial, tendo
como características principais a irreversibilidade e progressão de forma gradual
juntamente com a exposição ao risco (BRASIL, 1998; LOPES et al., 2009).
Segundo o Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva, a perda
auditiva decorrente da exposição ocupacional contínua a intensos níveis de ruído é
denominada perda auditiva induzida por ruído. A NR 7 e a portaria 19/98 do
Ministério do Trabalho e Emprego utilizam o termo perda auditiva induzida por níveis
elevados de pressão sonora (PAINPSE), porém, neste trabalho adotou-se o termo
PAIR por ser mais utilizado.
Segundo Mello (1999) deve-se considerar quatro fatores que isoladamente
ou em combinação, são os causadores da perda auditiva. São eles: Presbiacusia é a
perda auditiva que ocorre em decorrência da idade, portanto nesse caso a perda da
audição é inevitável. Outra causa da perda auditiva é a nosoacusias, que se
caracterizam pelas patologias otológicas ou condições médicas que afetam a
audição. A sócioacusia é outra causa em que a perda não se dá apenas da relação
do indivíduo e o trabalho, mas sim perda induzida pelo ruído não ocupacional, por
exemplo, serviço militar, atividades que envolvem o lazer e o esporte também são
causas de perdas auditivas.
Por fim o quarto fator é a perda auditiva induzida pelo ruído ocupacional, que
é relacionada com o trabalho, proveniente de uma diminuição da capacidade
auditiva de forma gradual, devido à exposição contínua a níveis elevados de pressão
sonora.
14

3.1 TIPOS DE PERDA AUDITIVA

Segundo Mello (1999) as perdas auditivas são associadas aos fatores que
contribuem as causas, podendo apresentar três tipos de perda, são elas: condutiva,
sensórios neurais e mistas.
A perda auditiva condutiva é causada pela impossibilidade de condução do
som na forma mecânica por meio da cavidade da orelha média até a orelha interna.
Esse tipo de perda auditiva resulta de um bloqueio do canal auditivo externo que
também pode se originar de uma patologia no qual a habilidade de transmissão da
energia mecânica conferida à orelha média que leva o som a base do estribo for
afetada.
Com isso a intensidade de som que chega aos ouvidos é reduzida, ou seja,
a energia recebida pela orelha média é menor comparada ao estímulo original, desta
maneira será necessária uma maior intensidade que seja suficiente para que o
impedimento mecânico seja resolvido (MELLO, 1999).
Segundo Vechiati (2010) as perdas auditivas sensório-neurais são
caracterizadas por desordens do funcionamento do nervo auditivo. A transmissão do
som através da orelha externa e orelha média se dão normalmente, porém na orelha
interna a transmissão é prejudicada. Isso acontece devido a dano de células
sensoriais na cóclea. O provável componente sensorial danificado é o órgão de Corti
causando problemas metabólicos nos fluídos da orelha interna, Além disso, causam
a degeneração dos nervos auditivos.
A relação da perda auditiva condutiva e a sensório-neural é a redução da
intensidade de som, porém, a segunda acrescenta um elemento de distorção
resultando na deficiência de ouvir o som e na incompreensão da fala.
Nas perdas auditivas mistas, ocorrem em uma mesma orelha componentes
condutivos e sensório-neurais, resultando em problemas nos ouvidos interno e
externo, assim a perda auditiva se caracteriza por ser irreversível a sua causa se
origina por um distúrbio da orelha interna, alterando também a condução do som até
o nervo auditivo (VECHIATI, 2010).
Segundo Mello (1999) entre as classificações estabelecidas, a mais
conhecida e utilizada é a que foi proposta por Davis e Silverman (2000), levando em
consideração o grau, como:
15

Tabela 1 – Classificação do grau de perda auditiva

Fonte: Mello (1999)

Para Loyola (2012) O critério de classificação do grau de perda auditiva


pode gerar erros em análises de audiograma, onde também não é considerado
prático para utilizações em fábricas, pois os programas de conservação auditiva já
estão implantados onde se faz necessário também o gerenciamento audiométrico de
centenas de empregados.
Para que se possa fazer uma nova padronização dos critérios de
classificação do grau de perda auditiva, novas hipóteses são sugeridas por
estudiosos atendendo assim as necessidades dos profissionais da área de
audiologia clínica e ocupacional padronizando dessa forma a linguagem utilizada
para descrever diagnóstico, laudos fonoaudilógicos entre outros (LOYOLA, 2012).
Com os processos de desenvolvimento econômicos principalmente na área
industrial acontecia um grande crescimento desenfreado e desordenado da sua
área, acarretando no desenvolvimento de novas tecnologias, como máquinas e
veículos que emitiam cada vez mais ruídos, tudo em busca de conforto e
comodidade para suprir as necessidades do homem em sua época atual. A partir
disso os problemas de saúde ocupacional tornavam-se cada vez mais evidentes,
sendo a perda auditiva uma das maiores doenças ocupacionais que atingem que
cada vez mais o homem.
16

3.2 PERDA AUDITIVA PELOS TRABALHADORES

A Relação perda auditiva adquirida pelos trabalhadores e o ruído produzido


pela maquinaria em operação juntamente com efeitos maléficos a saúde como
estresse, irritabilidade, hipertensão arterial, desordens psicofisiológicas e de
interação social são considerados como prováveis causas da taxa de trabalhadores
que apresentam PAIR (SILVEIRA; CÂMARA; ROSALINO, 2011).
É possível notar que há uma ocorrência significativa nos processos de
trabalho em âmbito mundial que dificultam o controle da saúde e segurança dos
trabalhadores em ambiente de trabalho. As modificações no ambiente de trabalho
que podem gerar o déficit na saúde e segurança que estão na área da perda
auditiva são as que estão relacionadas ao campo tecnológico e as alterações nas
relações de trabalho.
Trabalhadores envolvidos em operações industriais são expostos
diariamente a altos níveis de ruído através de maquinários leves e/ou pesados fixos
ou móveis assim como também veículos automotores, serras, compressores, etc.
são equipamentos muito utilizados por trabalhadores em indústrias que geram altos
níveis de ruído. O ruído só é capaz de ser transmitido através de uma fonte, ou seja,
uma força motriz geralmente motores e equipamentos em funcionamento, essas
ondas sonoras são transmitidas pelo ar atmosférico.
Contudo foi estipulado um limite para exposição de ruídos. A Organização
Mundial de Saúde a (OMS) define 75 dB(A) início de desconforto auditivo
(KOMNISKI; WATZLAWICK, 2006).
Existem ainda estudos que contradizem a Organização Mundial de Saúde,
que afirmam que em uma exposição com intensidade de 85 dB, o risco de se
adquirir a PAIR poderá ocorrer ou não dependendo da intensidade e do tempo da
exposição.
Segundo Coelho (2010) admite-se como padrão um nível de intensidade a
85 dB em nível máximo em exposição para uma carga horária de trabalho de oito
horas diárias. Para cada aumento de 5 dB o tempo de exposição deve ser reduzido
pela metade, sendo que 115 dB é estipulado como máximo de intensidade em que
uma pessoa pode estar exposta, mesmo que o limiar esteja a 140 dB, a partir disso
segue, abaixo, o quadro 2 de Coelho com ruídos típicos (2010).
17

Quadro 2 - Mostra os valores médios de intensidade de alguns tipos de ruídos


Fonte: Coelho (2010)

É possível observar na tabela acima que dependendo dos fatores em que


um indivíduo está exposto o seu nível de perda auditiva será influenciado, entre eles
tem-se o tempo de exposição ao ruído, o nível de ruído do ambiente e a
susceptibilidade individual.
Portanto pode-se se concluir que com o aumento da exposição em níveis
intensos de ruído, maiores serão as probabilidades da lesão auditiva.
Brasil (2006) afirma que todo caso em que o trabalhador for acometido pela
PAIR, independente do limite de tolerância para ruídos intermitentes ou contínuos,
será passível de notificação compulsória pelo SUS segundo parâmetro da Portaria
GM/MS/Nº. 777, de 28 de abril de 2004.
Segundo o Comitê Nacional de Ruído e Conservação auditiva, de acordo
com as especificações em seu Boletim Nº 3, sugere que o trabalhador acometido
pela PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído), esteja a par de suas condutas
administrativas. O comitê considera, a partir dos exames feitos anteriormente, que
não existem grandes riscos para que o trabalhador portador da PAIR seja admitido,
porém os seus limiares auditivos devem ser comprovados que estão estabilizados,
18

assim como a ausência de sintomas clínicos, por outro lado, considerou-se de alto
risco o trabalhador que for admitido para cargos ou ambientes aonde existem ruído,
se o mesmo apresentar progressão dos limiares auditivos.
Foram aprovadas trinta e três normas, em geral, com base em serviços
especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho (NR 4 –
SESMT), comissão interna de controle de acidentes (NR 5 – CIPA), equipamentos
de proteção individual (NR 6 – EPI), programas de controle médico e saúde
ocupacional (NR 7 – PCMSO) e de prevenção de riscos ambientais (NR 9 – PPRA),
atividades e operações insalubres (NR 15) (BOGER, 2007).
Abordando sobre a Norma Regulamentadora nº.7 (NR 7), Brasil (1997)
ressaltam que em relação a exposição ao ruído, devem seguidos parâmetros para
monitorização da exposição ocupacional ao ruído exigidos pela norma. A
audiometria tonal na via aérea é utilizada também em exames complementares de
monitorização de saúde auditiva, nas frequências de 500 Hz, 1, 2, 3, 4, 6 e 8 kHz
(GUIDA; CASSIANO; MELLO, 2010).
A NR 7 tem a função de exigir estes exames que são mencionados como
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), do Ministério do
Trabalho. A prática desses procedimentos tem como finalidade averiguar o número
de trabalhadores com perdas auditivas de diversos graus, que ficam impossibilitados
de serem admitidos em um novo emprego (FRANCO; RUSSO, 2001).
Outra norma que deve ser mencionada é a NR 9 que estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).

3.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO AUDITIVA

Atualmente diante de uma diversidade de atividades executadas entre os


inúmeros ambientes de trabalho onde existem variados tipos de riscos, aos quais
não são controlados integralmente pelos recursos de engenharia, aonde os mais
acometidos são os trabalhadores que se expõem a agentes nocivos a saúde que
comprometem o organismo. Diante disso pode-se perceber que tal fato está
associado com a exposição ao ruído, que em consequência das alterações
19

causadas por ele faz-se necessário reduzi-lo no ambiente de trabalho (COELHO,


2010).
Segundo Augusto Neto (2007) o protetor auditivo é um dispositivo cujo sua
aplicação se dá sobre as orelhas ou inserido no canal auditivo com a finalidade de
impedir a passagem do ruído que chega até aos sensíveis mecanismos da audição.
O controle individual da exposição ao ruído pelo uso de protetores implica uma série
de vantagens e desvantagens, no entanto o uso constante do protetor auditivo
durante a jornada de trabalho é muito importante.
Segundo Coelho (2010) a redução dos níveis de ruído a níveis que não
prejudiquem a audição do trabalhador em relação ao maquinário depende
unicamente da engenharia, pois até então a única medida cabível é a prevenção
fazendo o uso de protetores auriculares individuais. Os protetores minimamente
desconfortáveis, porém sua utilização é empregada mundialmente, onde os
operários que fazem o seu uso compreendem os grandes benefícios que esses
equipamentos trazem para preservação da capacidade auditiva.
Diante das obrigações das empresas com relação aos equipamentos de
proteção auditiva, a Lei número 6.514, de 22 de dezembro de 1997, secção IV,
artigo 166 o fornecimento dos equipamentos de proteção auditiva devem ser
fornecidos aos empregados gratuitamente ao adequado risco, cujo deve estar em
perfeito estado de conservação e funcionamento sempre que as medidas de ordem
geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos a
saúde dos empregados (BRASIL, 1997).
Mello (1999) afirma que, para um protetor auditivo ser eficiente, ele deve agir
como uma barreira entre o ruído e a orelha interna, onde os danos ocorrem, ou seja,
ele deve constituir uma barreira acústica que deve proteger a orelha interna dos
níveis elevados de ruído. Contudo, a energia sonora pode também chegar ao
indivíduo que usa protetores auditivos e atingir a orelha interna por caminhos
diferentes.
Para Augusto Neto (2007) é comum se usar o termo atenuação para
especificar o quanto um protetor auditivo protege a audição, porém a atenuação
pode ser referente à perda por inserção, redução de ruído ou perda por transmissão,
tais termos são usados quando se deseja resultados mais apurados.
Os trabalhadores que usam os protetores não estão completamente
protegidos da ação do ruído, pois nem sempre atingem a máxima atenuação que
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eles proporcionam, ocasionando em alterações nos resultados esperados


decorrentes de fatores de origem física ou ergonômica, ou ainda: a aceitação e
motivação do trabalhador para usá-lo, o ajuste físico e a sua correta colocação, o
tempo de uso durante o período que esteja exposto ao ruído, aos problemas de
comunicação verbal, além do desconforto causado pelo seu uso (RIFFEL,2001 apud
AUGUSTO NETO, 2007).
Segundo Vieira (2000) o ruído não é completamente vedado com a
utilização de equipamentos de proteção auditiva, no qual acarretará na passagem do
ruído, através de vibração de ossos e tecidos do crânio atingem o ouvido interno,
vibração do EPI gerando som ao meato acústico externo e passagem através do
espaço com o mau ajuste na orelha externa.
Há uma grande variedade de tipos de proteção para ouvido, no entanto os
mais usuais são os dispositivos tipo tampão (tipo plugue) e os protetores tipo fone
(concha). Nas empresas brasileiras utilizam-se abafadores de ruído tipo plugue de
inserção ou concha. A seguir a figura apresenta os protetores tipo concha e plugue:

Figura 1: Classificação dos dispositivos de proteção auditiva.


Fonte: Neto, 2007

Segundo Augusto Neto (2007) os protetores caracterizados do tipo concha


são dispositivos formados por duas conchas atenuadoras de ruído e interligadas
através de um arco tensor, são colocados externamente sobre os pavilhões
auriculares (orelha), são fixos por uma haste ou arco sobre a cabeça. As conchas
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devem apresentar características como: 1 Possuir bordas revestidas de material


macio para permitir um bom ajuste na região da orelha. 2 A haste pode ficar
posicionada sobre a cabeça, atrás da cabeça ou sob o queixo. 3 Possuem
atenuação média de 20 a 40 dB, concentradas nas frequências médio altas.
22

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho buscou apresentar uma análise das avaliações audiométricas


que a perda auditiva induzida pelo ruído se trata de uma doença ocupacional, a
partir disso a principal medida a ser tomada é a prevenção, sendo que a
conscientização de empregados e empregadores é essencial para o controle da
perda auditiva. Para uma adequada proteção ao ruído ocupacional, é viável a
implantação de um programa de conservação auditiva. Em termos imediatos, porém,
a proteção individual deve ser instalada, com uso de protetores auditivos adequados
para a função. Cabe destacar que esta não é a única solução do problema, mas sim
uma alternativa de minimizar suas consequências.
O ruído ocupacional pode ser prevenido através do envolvimento de
empregados e empregadores em um programa de conservação auditiva. Sabendo
das consequências que tal ruído traz para o ser humano, devem se tomar medidas
protetoras e exigir, dentro do ambiente do trabalho, meios de controle às emissões
sonoras prejudiciais, com vista a evitar as consequências no futuro. Contudo pode-
se ainda afirmar que é possível reduzir ruídos causadores da PAIR por meio da
adequação de máquinas e equipamentos, motivando e orientando os trabalhadores
que a prevenção não é responsabilidade de apenas um e sim da equipe, envolvendo
todos os trabalhadores, independente do cargo ou posição hierárquico.
Conhecer esta estatística é o primeiro passo para a redução dos aspectos
prejudiciais à saúde dos trabalhadores da empresa estudada. Porém, para evitar o
adoecimento da população sadia, e estabilizar as perdas dos funcionários já
afetados, outras medidas são fundamentais, principalmente no que diz respeito à
identificação das situações de risco e à proposição de medidas de proteção coletiva
e individual.
Portanto, sugere-se o mapeamento das fontes de pressão sonora, a fim de
avaliar a atual situação acústica da fábrica e simular possíveis tratamentos para as
fontes mais críticas, como a alterações de materiais ou equipamentos de proteção
coletiva. Concomitante a este mapeamento, indica-se a implantação de um
Programa de Conservação Auditiva, conforme recomendações do Comitê Nacional
de Ruído e Conservação Auditiva (1999), que inclua reconhecimento e a avaliação
dos riscos para audição, gerenciamento audiométrico com controle evolutivo de
23

cada colaborador, melhorias das medidas de proteção coletiva e individual,


educação e motivação dos funcionários, gerenciamento e sistematização de dados,
e avaliação periódica do programa a fim de verificar sua eficácia.
O presente trabalho se firmou em apresentar de forma graduada, as teses,
problemas, soluções, pretensões, responsabilidades, sujeitos, e histórico de um
assunto de suma importância. Sabe-se que a questão sobre o tema Perda Auditiva
Induzida por Ruído (PAIR), não se esgotou como tema de discussões atuais, ainda
não apresenta um estudo bem definido, todavia, espera-se que a leitura deste
trabalho alcance os objetivos pretendidos, só assim este estudo se realizará por
completo.
24

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