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MATÉRIA: PSICOLOGIA JURÍDICA (Continuação – 3º Xerox)

1. DIREITO: CONFLITOS MENTAIS E MECANISMOS DE DEFESA

Os conflitos mentais são todos os conflitos internos estudados na psicologia em geral. Mas é
na psicanalítica que tem seu principal expoente. Estes conflitos são processos do
subconsciente ou do inconsciente que criam mecanismos de defesa para lidar com essas
situações. Esses conflitos costumam gerar em nós sentimento de angústia e é ela que nos faz
buscar soluções para o problema. Os mecanismos de defesa são uma forma de reajustarmos
estes problemas que estão no nosso consciente ou inconsciente e que nossa razão não
consegue resolver, por serem questões, muitas vezes, de envolvimento emocional.
Os mecanismos de defesa mais comuns, segundo Freud, são: negação, repressão, regressão,
projeção, formação reativa e sublimação.

Negação: O indivíduo simplesmente nega os fatos acontecidos, mentindo, e por sua


vez, recusando que um evento realmente ocorreu. A pessoa age como se nada tivesse
acontecido de forma consciente ou até mesmo incosnciente. Exemplo de negação é
um corrupto que roubou e acredita que não fez nada de errado. A negação é
considerada o mecanismo de defesa mais ineficaz, pois baseado na mentira.

Repressão: Quando o indivíduo reprime seus sentimentos, por ter passado por
acontecimentos no passado traumáticos, ocorrendo uma profunda amnésia. Reprime
tentando apagar da memória estes acontecimentos.

Regressão: Ocorre quando o indivíduo, ao se deparar com uma frustração, tenta


retornar a uma atitude, muitas vezes infantil para resolver aquela situação atual. Choro
para resolver um problema atual, assim como resolvia quando criança. Estas atitudes,
se usadas constantemente podem afastar o indivíduo da realidade, criando fantasias
para não ter que encarar a realidade. Exemplo: cigarro remete à amamentação.

Projeção: Quando se projeta os defeitos em outras pessoas ao invés de nós mesmos. A


angústia gerada pelo fracasso, sentimento de culpa pelos nossos defeitos, acabam
sendo projetados em alguém para ou algum fato para nos eximirmos da
responsabilidade pelo defeito encontrado m nós mesmos. Exemplo: quando tratamos
alguém de forma hostil, dizendo que a pessoa é hostil, enquanto a outra pessoa está
agindo normalmente.

Formação reativa: Quando a pessoa busca encobrir seu verdadeiro sentimento, tendo
comportamentos opostos ao que está no seu inconsciente. Exemplo: uma pessoa que
trata outra com extrema simpatia, quando, na verdade, está em seu íntimo com um
sentimento extremamente oposto, como raiva, e tenta encobrir algo que é
socialmente inaceitável. Exemplo 2: homossexual que critica esta condição para
disfarçar sua própria condição e não ser reprimido pela sociedade. Este mecanismo de
defesa superenfatiza o impulso oposto e o impulso indesejável fica mantido no
inconsciente por conta de uma forte adesão ao seu contrário.
A psicologia vai provar que a atitude oposta original ainda está presente no
inconsciente.
Sublimação: A sublimação consiste em transformar uma energia prejudicial em algo
positivo. É um mecanismo que canaliza sua energia tendente a algo negativo para algo
socialmente aceitável como, por exemplo, um cirurgião que canaliza sua agressividade
em atos que salvam vidas; uma pessoa que está com raiva e sai para nadar durante
horas.
Muitas vezes esses conflitos mentais irão levar a mecanismos de defesa que levarão a
pessoa a praticar crimes, sejam culposos ou dolosos.
Os crimes dolosos são aqueles que a pessoa age com dolo, ou seja, com vontade livre
e consciente de praticar o delito.
Os crimes culposos a pessoa não quer praticar o delito, mas o pratica por negligência,
imprudência ou imperícia. Negligência: pratica o ato por omissão. Não observa um
dever de cuidado, agindo com descuido pela omissão, não tomando os devidos
cuidados. Exemplo: erro médico. Imprudência: ela age com descuido.há uma ação,
mas sem cautela e de forma precipitada. Exemplo: acidente de trânsito por excesso de
velocidade. Imperícia: pessoa sem qualificação técnica para atuar. Exemplo:
esquecimento de objeto cirúrgico (ex. gaze cirúrgica) no corpo da paciente.

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