A temática dos Cuidados Paliativos surgiu no Reino Unido em meados de 1960,
com o objetivo de oferecer um serviço de saúde humanizado na proximidade da morte
que pudesse estar associada ao modelo biomédico presente na época (KOVÁCS, 2008a; SILVA, 2010 apud FERREIRA, LOPES & MELO, 2011). A Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 1990 define este modelo assistencial como a finalidade de valorizar a vida dos pacientes e familiares no momento final da vida, aliviando e evitando o sofrimento e outros problemas físicos, psicológicos, sociais e até espirituais. Em outras palavras, humanizar o momento da morte (FERREIRA, LOPES & MELO, 2011; MAGALHAES & FRANCO, 2012; COSTA & SOARES, 2015).
Derivada do vocabulário latim pallium (paliativo), significa “manto, cobertor,
expressando um propósito de proteção contra as intempéries do caminho” (FERREIRA, LOPES & MELO, 2011, p.86). O holding, termo proposto por Winnicott (1979), tem como função a proteção da agressão, compreensão das sensibilidades e dos cuidados como uma forma de amor (WINNICOTT, 1979). Ao entender ambos os termos (Paliativo e Holding), verifica-se a semelhança de significados e de modos diferentes de nomear uma atuação profissional que está interessada em servir de abrigo e proteção em um momento da vida em que o indivíduo precisa de alguém que seja capaz de oferecer um ambiente seguro.