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Business Plan - Documento Estratégico – 2015/2020

1. O Problema e a Oportunidade (... existem hoje no Brasil 16 milhões de CAJ que


vivem em situação de PEV .... existimos pra criar oportunidades de transformação que
abram portas para o futuro...)

A Pobreza no Brasil (porque atuamos):

A partir de dados disponibilizados por institutos de pesquisas brasileiros em 2012, 2013, 2014
e 2015, é possível observar que a privação, exclusão e vulnerabilidade são uma realidade para
muitas crianças e jovens brasileiros. De acordo com o IBGE/PNAD (2012), existem 20,4 milhões
de crianças em situação domiciliar de pobreza e 8,2 milhões de crianças em situação de
extrema pobreza no país.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, após uma década de queda da
miséria, em 2013 o número de brasileiros em condição de extrema pobreza voltou a subir. Se em
2012 o Brasil tinha 10,08 milhões de pessoas em situação de miséria, em 2013 esse número
subiu para 10,45 milhões.

Outro grave problema no Brasil é a insegurança alimentar, situação em que uma família tem
dificuldade de comprar comida. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
14,76 milhões de domicílios (22,6% do total) estavam em situação de insegurança alimentar
em 2013. Cerca de 52 milhões de brasileiros sem acesso diário à comida de qualidade e na
quantidade satisfatória. As piores situações de insegurança alimentar se apresentam nas
regiões Norte e Nordeste, onde atingem 36,1% e 38,1% dos domicílios. Na área rural chega a
35,3% - a principal área de atuação do ChildFund Brasil.
O déficit habitacional e a falta de saneamento básico no Brasil também afetam as crianças
brasileiras. Segundo a Secretaria Nacional de Habitação, em 2015 o déficit é de 6,27 milhões
de domicílios. E no quesito saneamento básico, estudo divulgado em 2014, pelo Instituto
Trata Brasil e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável,
posiciona o Brasil na 112ª posição em um ranking com 200 países.
Outro dado que merece atenção é o número de jovens que não concluíram o Ensino
Médio. Segundo o movimento Todos pela Educação, em 2013, 45,7% dos jovens brasileiros
não conseguiram concluir o ensino médio até os 19 anos. A má qualificação profissional leva à
dificuldade de inserção no mercado de trabalho formal.
Paralelamente, esses problemas são agravados pela desestrutura familiar, pela
ausência de adultos no lar.
Assim, milhares de crianças brasileiras continuam vulneráveis, excluídas e privadas de
uma boa qualidade de vida, de um ambiente saudável desde os primeiros anos de vida.

Privação

Estado de privação de saneamento básico, serviços de saúde,


renda familiar digna, qualificação profissional, segurança alimentar,
moradia adequada e educação de qualidade.

Exclusão

Exposição à discriminação devido à renda, deficiências físicas e


mentais, raça e gênero.

Vulnerabilidade
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Exposição a situações de abuso, violência, desnutrição e


negligência.

Como Atuamos

Há 49 anos, o ChildFund Brasil trabalha obstinadamente, para levar dignidade a


milhares de crianças, adolescentes e jovens brasileiros que estão em situação de privação,
exclusão e vulnerabilidade. Hoje, a organização segue criando, executando e aprimorando
tecnologias, programas e projetos sociais que promovam impactos positivos e
transformadores.
Em 2014, o ChildFund Brasil beneficiou mais de 56 mil crianças, adolescentes e jovens
e aproximadamente 178 mil pessoas. Colocamos em prática 274 projetos, alinhados com as
diretrizes da Política Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome.

2. O Empreendimento Social e a Organização (aqui entra o texto da Apresentação do


BP, história do CFB, onde estamos... Citar a missão, visão e valores... usar o canvas
social... O que nós amamos fazer, o que nós sabemos fazer e o que é importante para
nós...) (Apresentar a estrutura organizacional, organograma...)

PERFIL DO CHILDFUND BRASIL

Histórico
Quando centenas de crianças chinesas foram vítimas da guerra sino-japonesa, os norte-
americanos e missionários presbiterianos Calvitt e Helen Clarke não cruzaram os braços. Em
1938, com apoio e recursos dado por amigos, eles foram para a China com a missão de
ajudar essas crianças. E, a partir desse gesto de solidariedade e generosidade, criou-se o
China Children'sFund (CCF) com um sistema de apadrinhamento. Os resultados positivos
impulsionaram a expansão da organização, e o nome foi mudado para Christian
Children'sFund (CCF). Posteriormente foi nomeada ChildFund International, mantendo a sigla
CCF. Atualmente ela está presente em 61 países, através de 38 escritórios nacionais, e já
beneficiou mais de 15 milhões de pessoas. É uma das maiores e mais antigas organizações
de filantropia e desenvolvimento infantil do mundo.

Devido à posição estratégica do Brasil na América do Sul, em 1966, foi inaugurado o primeiro
escritório regional do CCF na América Latina. O ChildFund Brasil, atuando sob o nome fantasia
de Fundo para Crianças, tem sede na cidade de Belo Horizonte – MG, e é composto pela rede
de organizações do ChildFund Alliance. Atividades complementares são realizadas em quatro
unidades de campo – Fortaleza, Araçuaí, Cariri e Belo Horizonte – localizadas mais próximas
às comunidades beneficiadas e, portanto, estratégicas para monitorar a execução das
tecnologias sociais, programas e projetos sociais.
O ChildFund Brasil é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, cuja natureza jurídica é
associação de direito privado. Ela tem a Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência
Social (CEBAS) concedida pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome
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(MDS). Tal certificado o isenta de contribuições para a seguridade social, o que possibilita que
mais recursos sejam direcionados ao investimento em nossas ações sociais.

Integramos duas associações. O Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE),


organização sem fins lucrativos que reúne os principais investidores do país na área social, e
o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), organização sem fins lucrativos, que
é referência no Brasil para o desenvolvimento das melhores práticas de Governança
Corporativa.

INFOGRAFICO COM AS UNIDADES DE CAMPO e BENEFICIADOS em 2014


Estados de atuação: Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia e
Piauí.

Total de crianças beneficiadas em 2014 - 56.137

0 a 5 anos - 8.263

6 a 14 anos - 34.902

15 a 24 anos - 12.972

Adultos (família e sociedade) - 121.969

Total: Pessoas beneficiadas diretamente - 178.106

Organizações Sociais Parceiras - 54

Na região Nordeste - 30

Na região Sudeste - 24

Municípios assistidos - 42

Ideologia

Promover a transformação social e a superação da pobreza, por meio da integração e da


articulação com crianças e adolescentes, famílias, comunidades, apoiadores e parceiros que
atuam como agentes de mudanças sustentáveis, com foco no desenvolvimento e no bem-
estar das crianças.

Apoiar o desenvolvimento de crianças em situação de privação, exclusão e vulnerabilidade


social, tornando-as capazes de realizar melhorias em suas vidas e de aproveitar a
oportunidade de se tornarem jovens, adultos, pais e líderes que conferirão mudanças
sustentáveis e positivas a suas comunidades.

Mobilizar pessoas e instituições para atuarem na valorização, proteção e promoção dos


direitos das crianças na sociedade.

Valores

• Defesa e promoção dos direitos da criança.


• Honestidade e integridade.
• Respeito e valorização das pessoas.
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• Diversidade de pensamento e experiência.


• Desafio gerando inovação.
• Proatividade e colaboração.

Visão
• Ser referência na gestão de excelência de programas e projetos socioambientais para a
superação da pobreza infantil e na promoção dos direitos da criança e do adolescente.
• Ser reconhecida como promotora do desenvolvimento local sustentável, por meio da
mobilização de recursos diversificados.
• Ser gestora do conhecimento produzido pela organização de forma sustentável, utilizando
tecnologias digitais.
• Ser percebida como uma organização que compartilha conhecimentos e modelo de gestão
com outras organizações sociais no Brasil e em outros países.

Governança
O ChildFund Brasil é uma organização não governamental com um modelo de governança
alinhado com seus valores e objetivos estratégicos estabelecidos e com as melhores práticas
praticadas no mercado. Seus ALICERCES são transparência, equidade, ética, prestação de
contas, eficiência e responsabilidade.

Para afastar conflitos de interesse, assegurar a transparência na gestão dos recursos e


monitorar os investimentos sociais, o ChildFund Brasil e a nossa rede de organizações sociais
parceiras em todo o país são auditadas por uma empresa externa há 11 anos. Desde 2014, a
auditoria é feita pela empresa Baker Tilly. Nos últimos 3 anos temos um parecer limpo, sem
ressalvas.

Interesses privados não podem interferir nas atividades do ChildFund Brasil, tampouco
prejudicar o desempenho do trabalho individual e coletivo.

Como parceira na governança, está a escola de negócios Fundação Dom Cabral, que há cinco
anos capacita membros da Assembleia Geral e da Gestão Executiva e potencializa nossa
atuação e o desenvolvimento organizacional, compartilhando as melhores práticas
mercadológicas, conhecimento científico e acadêmico.

As instâncias de governança da organização incluem uma Assembleia Geral, Conselhos de


Administração e Fiscal e stakeholders. Todos os seus membros atuam no sentido de
aperfeiçoar os processos e tomar as decisões estratégicas que visam uma gestão sustentável.
Outra obrigação dos membros das instâncias de governança é supervisionar a aplicação do
Código de Conduta e Ética Empresarial do ChildFund Internacional. Todos os membros atuam
voluntariamente, não possuindo remuneração, tampouco têm seu desempenho avaliado.
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Estrutura Organizacional

CANVAS??
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3. O Mercado

(Visão geral que é igual a todos os itens que estão no BP 1.0 Contexto do País
com seus subtópicos,

1.1. História e Geografia

O Brasil obteve sua independênci

O Brasil é o país com a quinta maior área territorial do mundo. Estende-se por mais de
8 milhões de quilômetros quadrados, abarcando 5.564 municípios. A população de mais de
200 milhões de habitantes é composta por 95,4 milhões de homens e 98,3 milhões de
mulheres. Desse total populacional, 86,12% vivem na área urbana. Desse contingente, mais
de 60 milhões de habitantes são crianças e adolescentes.

1.2 Sistemas e estruturas socioculturais, econômicos e políticos

Sistema Sociocultural

A identidade nacional brasileira é marcada pela mestiçagem e pelo multiculturalismo.


Essa característica teve origem ainda no período colonial, no encontro entre colonizadores
portugueses, escravos africanos e imigrantes europeus (alemães, italianos, espanhóis,
holandeses).

Em função de tantas imigrações, o processo de formação do povo brasileiro tornou o


país muito diversificado e rico culturalmente. Cada região possui práticas culturais com certo
sincretismo e apresenta forte identidade relacionada com culinária, danças regionais, festas
típicas e manifestações religiosas. Esses traços estão representados nas comunidades com as
quais o ChildFund Brasil – Fundo para crianças trabalha.

Cultura e Religião

No aspecto religioso, há predominância do cristianismo no país. Mais de 90% da


população se declara cristã, sendo 74% católicos e 15% protestantes e evangélicos4.

Desde o século XVI, o atendimento a crianças e adolescentes no Brasil provém da


intervenção de instituições religiosas, como a Companhia de Jesus. A tradição cristã e a
prática da solidariedade estão difundidas na moralidade social, nos mais distintos modos. Do
assistencialismo típico derivado da cultura religiosa e política (paternalismo) até as formas
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politicamente mais avançadas, todas as ações convergem para valores contemporâneos que
devem nortear a intervenção da sociedade civil nos interesses coletivos. Tais intervenções
devem ser fortalecidas, priorizando os interesses relacionados com a garantia dos direitos das
crianças e dos adolescentes no país.

Cultura e Informação

http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2014/09/ibge-metade-dos-brasileiros-teve-
acesso-a-internet-em-2013 Refazer baseado nesse link

O aumento no acesso às novas tecnologias de informação e comunicação provoca


mudanças no comportamento cultural dos brasileiros. Até o final de 2009, 10,2 milhões de
domicílios estavam conectados à internet, segundo dados levantados pelo IPEA e pelo Comitê
Gestor da Internet (CGI). Em 2014 serão 19,8 milhões de residências com acesso à internet,
conforme projeção feita pelo governo.

O acesso às tecnologias de informação e comunicação é extremamente relevante para


a democratização da informação e do conhecimento – elementos fundamentais para o
desenvolvimento.

Sistema Econômico

A economia do Brasil é bastante diversificada, porém as commodities (mercadorias,


minérios e produtos agrícolas) são os principais itens de exportação que contribuem para a
geração de riqueza no país. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é de R$ 2.024 trilhões, o
que coloca o país na 10ª colocação entre as maiores economias do mundo. Entretanto a
renda per capita é de R$ 10,2 mil, o que deixa o país no 103º lugar do ranking mundial9.
Mesmo sendo a 10ª maior economia mundial, o Brasil ocupa a 8ª posição no ranking dos
países mais desiguais do mundo10.

1.3 Terceiro Setor e contexto da Mobilização de recursos no Brasil

Análise de Mercado é o ítem 2.0 Perfil dos doadores e todos os tópicos, 3.0
concorrentes, Canais de captação (Ver página 23 do BP)
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Para identificar o perfil do doador brasileiro e desenvolver estratégias que resultem


assertivamente no aumento do levantamento de fundos local, três estudos foram conduzidos
em parceria com a empresa RGarber Estatísticas e Inovações:

1. Estudo Quantitativo de Doador: Conduzido com o objetivo de avaliar a população


doadora no Brasil e as suas características sociodemográficas.

2. Estudo quantitativo com padrinhos de base: Conduzido para identificar a motivação


para a participação no Programa de Apadrinhamento (doação) para o ChildFund Brasil.

3. Grupo Focal: Estudo qualitativo conduzido com padrinhos, ex-padrinhos e padrinhos


potenciais com o propósito de entender os aspectos qualitativos e elevar o nível de
entendimento mais subjetivo e profundo em relação ao doador regular.

2.1.1 Doadores no Brasil

Para traçar o perfil dos doadores brasileiros a pesquisa quantitativa utilizou como
recurso a base de dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) dos anos base 2003 e
2009, além dos dados do Censo Demográfico 2010, ambos divulgados pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística – IBGE. Dos dados apresentados nestas bases, foram segregadas as
informações referentes às doações. A pesquisa considerou a identificação dos dados
sociodemográficas e o processamento estatístico destes.

A pesquisa revelou dados importantes: aproximadamente 9% da população brasileira


faz doações regulamente, o que representa 17 milhões de pessoas. A doação média desses
doadores é de R$ 25,00. Outro dado é a redução do valor médio de doações entre 2003 e
2009, que variou de R$ 25,60 para R$ 25,37. Em 2010 foram investidos R$ 5.2 bilhões em
doações no Brasil (excluindo o dízimo/doação mensal religiosa).

Um fato importante a ser considerado é o aumento considerável da classe C (classe


média) no país e com ele o número de doadores dessa classe também aumentou bem como a
doação média em +9%. A pesar do aumento de doações da classe C, pelo fato da doação
media desta classe ser relativamente pequena, não houve compensação pela redução das
doações medias das classes A e B, que foi de -13% e -5% respectivamente, entre 2003 e
2009. Identificou-se através da pesquisa um paradoxo: quanto menor a renda, maior a parte
desta dedicada à doação. Ou seja, quanto mais pobre, mais generoso. Identifica-se aí um
público potencial para o desenvolvimento de novos produtos e captação de recursos.

As regiões Sul e Sudeste representam as áreas que possuem mais doadores


proporcionalmente à sua população. A principal fonte para a realização de doações regulares
está na região Sudeste, embora a análise da doação como proporção da renda apresente
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doadores mais generosos na região Norte. Ao estratificar simultaneamente classe social e


região, a maior fonte de doações está concentrada no sudeste e na classe B.

A pesquisa aponta que as mulheres realizam mais doações que os homens, embora em
valor médio, a doação realizada pelos homens é maior. O nível de escolaridade apresenta
uma forte correlação com a propensão a doar, inclusive com maior média de valor. A faixa
etária também tem forte influência sobre o ato de doar. Quanto mais velho, maior a
propensão à doação. Porém, em termos de valor médio de doação, a faixa dos 40 aos 50 anos
contribui com quantia maior.

Por meio desta pesquisa, diagnostica-se o perfil de doador com maior propensão à
doação: aquele indivíduo que possui curso superior completo, das classes A e B, acima de 40
anos, das regiões Sudeste e Sul.

Conforme citado anteriormente, a classe C começa a se apresentar como oportunidade


para doação, porém a doação média é de R$ 17,00, bem abaixo do valor de apadrinhamento
de uma criança. O que se pode propor para esta classe é uma forma diferente de
contribuição, considerando um valor mensal menor. Neste caso há uma expansão grande de
possibilidades para um público hoje não alcançado pelo ChildFund Brasil.

5.1.3 Grupos Focais – RGarber Estatísticas e Inovações

Para construir um perfil mais exato e qualitativo do doador regular, grupos de foco que
poderiam ajudar em um entendimento mais subjetivo e profundo do perfil do doador foram
realizados em parceria com RGARBER. Os seguintes participaram desses grupos: padrinhos
recentes, padrinhos antigos e pessoas sem nenhuma relação anterior com o ChildFund Brasil.

O trabalho nos apontou as seguintes conclusões:

1. Os principais fatores motivacionais que levam uma pessoa a fazer uma doação:
admiração pela instituição desenvolvendo o trabalho social, boa vontade para ajudar os
outros, os projetos pedagógicos desenvolvidos pela instituição, responsabilidade social,
melhoria pessoal e relação pessoal com o apadrinhamento.

2. Os principais meios pelos quais as pessoas passam a conhecer o ChildFund Brasil


foram: correspondência, indicações de amigos, busca online.

3. As pessoas buscam uma relação afetuosa com suas crianças apadrinhadas,


considerando a criança/jovem como membro da sua própria família.
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4. As principais expectativas do doador ao receber uma carta da sua criança


apadrinhada são: sentir-se amado(a), ser tocado(a) emocionalmente, sentir-se próximo da
criança, sentir que a sua participação não é meramente financeira e, finalmente, confiar na
autenticidade da relação.

5. As principais frustrações desses doadores estão na falta de expressão de


algumas cartas que eles recebem de suas crianças apadrinhadas. Eles demonstram
insatisfação quando a carta é escrita por outra pessoa, carecendo de qualquer envolvimento
da criança, e quando essa troca de cartas demora muito para acontecer. O sentimento de
frustração é alto nesses momentos, porque eles não se sentem recompensados pelo
investimento que fizeram.

6. As principais razões que poderiam levar um doador a romper as relações com o


ChildFund são: cartas escritas de maneira impessoal, respostas padronizadas, participações
excessivas de outro membro da família entre o padrinho e a criança, e a falta de
expressividade da criança apadrinhada.

7. Os participantes deram suas sugestões: reduzir o envio maciço de papéis e


adotar ambiente virtual para um relacionamento com padrinhos, uma galeria de fotos com
fotos de projetos sociais e crianças apadrinhadas, usando recursos de tecnologia audiovisual
para deixar a relação menos impessoal.

2.2. Major Donors

Ampliar investimento social privado familiar é um desafio para as organizações sociais


no Brasil. A cada ano, cresce o número de indivíduos e famílias bilionárias no país e, por
consequência, é maior o desafio de incentivar essas pessoas a se tornarem investidoras
sociais. De acordo com o último com o último ranking mundial de bilionários, da revista
americana Forbes, o Brasil possui 18 pessoas ou famílias com fortunas acima de US$ 1 bilhão
(cerca de R$ 1,8 bilhão). O seu patrimônio total é de US$ 84,7 bilhões (R$ 149 bilhões).

A lista de 2010, publicada em março, conta com 1.011 nomes de 55 países, ante os
793 bilionários registrados em 2009. Naquele ano, o Brasil tinha apenas 13 nomes na relação.
Os Estados Unidos continuam à frente, com 403 cidadãos no ranking. Muitos deles
investidores sociais reconhecidos, como o fundador da Microsoft Bill Gates e o investidor
Warren Buffet.

De acordo com o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), a


explicação principal para a prática do investimento social familiar e individual ser mais
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comum em nações como Estados Unidos e Reino Unido talvez esteja na facilidade dos
incentivos tributários oferecidos.

No Brasil, as doações só podem ser abatidas do IR se o investimento for realizado por


meio de fundos públicos regulamentados, como o Fundo da Infância e da Adolescência (FIA).
Para os indivíduos, o limite de dedução é de 6% sobre o imposto devido e para as empresas,
1%. No caso das heranças, sempre há incidência de imposto sobre o valor transmitido – em
São Paulo, por exemplo, a taxa chega a 4% sobre a transmissão. O Brasil pode não ter uma
forte tradição no investimento social familiar, mas a história mostra que as famílias faziam e
fazem doações filantrópicas significativas.

Grande potencial

Segundo o Censo do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), apenas 7% dos


80 associados que responderam a pesquisa são institutos ou fundações de origem familiar.
Não há levantamento sobre o quanto investem, mas todos os 124 associados aplicam pouco
mais de R$ 1,3 bilhão em projetos socioambientais.

Destaque: Projetos socioambientais recebem 1,3 bilhões de investimento privado

De acordo com estudo divulgado em 2009 pelo Centro de Doações e Filantropia da


Cass Business School – escola de negócios da Universidade da Cidade de Londres –, só as cem
maiores fundações familiares dos EUA investiram, em 2006, US$ 7 bilhões (R$ 12,3 bilhões),
enquanto no Reino Unido o valor chegou a £$ 1,2 bilhão (R$ 3,2 bilhões).

De acordo com análise do IDIS, as famílias brasileiras estão aderindo ao modelo do


investimento social familiar: estruturar e mobilizar todo o núcleo, planejar a atuação conjunta,
direcionar a doação para as causas com as quais se identificam e avaliar o impacto
socioambiental. O processo ainda não acontece na escala ideal, mas só o fato de existir é um
passo importante no contexto do nosso país.

A sociedade brasileira tem mudado sua posição em relação à elite do país, hoje mais
cobrada por posições socialmente responsáveis. A postura ética deve ser constante, tanto no
indivíduo quanto na família. Um exemplo disso é a contradição em se cobrar do governo a
destinação correta dos recursos públicos, se a pessoa sonega imposto de renda.

Perfil no Brasil

Quem são?
12

Onde estão?

2.3 Instituições

Organizações no Brasil que investem em responsabilidade social e investimento social


privado: Empresas, Institutos e Fundações – http://www.scribd.com/doc/49090497/Fontes-de-
financiamento

ISO 26000 ( Responsabilidade social)

Institutos, Fundações e Empresas

Para analisar o mercado-alvo referente ao investimento social privado praticado pelos


institutos, fundações e empresas no Brasil, a Rede GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e
Empresas de Investimento Social Privado) é referência, pois reúne os maiores investidores
sociais privados do Brasil, são 134 associados que, somados, destinam cerca de R$ 2 bilhões
por ano às áreas social, cultural e ambiental no Brasil. Este tamanho e peso atribui à Rede
GIFE representatividade crescente do setor brasileiro de Investimento Social Privado (ISP), o
que permite ao Censo uma leitura expandida sobre como empresas, fundações e associações
privadas vêm se relacionando com a área social no Brasil.

O Censo GIFE 2009-2010 é a pesquisa mais abrangente realizada até hoje pelo GIFE,
conseguindo a adesão de 102 associados – entre os quais está incluída a grande maioria dos
associados com maior investimento. Dessa forma, não há variação significativa entre o
montante total aferido pelo Censo e o investimento total da Rede GIFE, considerando os 134
associados.

Investimento

Há uma concentração significativa de organizações que investem entre R$ 2 milhões e


R$ 8 milhões, totalizando um terço dos respondentes. Mais de 70% investem entre R$ 500 mil
e R$ 20 milhões. Apenas três organizações investem quase metade do valor total investido
pelo conjunto dos associados ao GIFE, indicando uma concentração significativa de recursos
em poucas organizações. A redução dos investimentos entre 2008 e 2009, no contexto da
crise financeira de outubro de 2008 foi de cerca de 5%, mas já apontava uma retomada para
13

o ano seguinte. Mais adiante, na parte “Como a crise afetou o ISP em 2009”, os efeitos da
crise sobre o investimento social privado no Brasil são explorados em mais detalhes.

O valor médio investido pelos associados respondentes, em 2009, foi de R$ 18,7


milhões. No entanto, a mediana foi de R$ 3,2 milhões, o que indica que metade dos
associados investe até R$ 3,2 milhões. As figuras a seguir mostram a distribuição dos
associados por faixa de investimento, em que fica clara a existência de três associados (em
2009) que investem mais de R$ 100 milhões por ano.

Incentivos fiscais

No que diz respeito ao uso de incentivos fiscais, mais da metade (54%) dos 102
respondentes da pesquisa afirmam não fazer uso desse mecanismo. Entre os que fazem uso
de incentivos, tanto empresas como fundações e associações, 58% (ou 27 associados)
captam até R$ 2 milhões. Entre as empresas, há uma distribuição equilibrada nas faixas de
investimento, sendo que 6 empresas declaram investir entre R$ 8 milhões e R$ 100 milhões.
A somatória dos recursos incentivados em 2009 foi de R$ 356,1 milhões, sendo R$ 163,2
utilizados por fundações e associações e R$ 192,9 milhões por empresas.

A média de investimento incentivado, entre os que utilizam incentivos fiscais, é de R$ 8


milhões. A mediana é de R$ 1 milhão – o que indica a grande diferença de valores utilizados
de incentivos fiscais na Rede. A figura a seguir mostra a distribuição dos associados por faixa
de utilização de incentivos fiscais.

Entre as fundações e associações, a maior concentração de utilização de incentivos se


dá nas faixas menores. Entre as empresas, por sua vez, há uma distribuição mais equilibrada,
ultrapassando o número de fundações e associações entre os que investem mais de R$ 8
milhões. A Lei Rouanet é o incentivo que contabiliza o maior número de usuários, seguida
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Dessa base de respondentes, 47 ao todo,
alguns fazem uso de mais de um tipo de incentivo, daí a multiplicidade apontada na figura 12
a seguir.

Abrangência temática

Reforçando a necessidade de diversificação e abrangência, o Censo mais uma vez


revela a concentração de investidores nas áreas temáticas: educação (82% dos associados),
cultura e artes e formação para o trabalho (ambos com 60%), seguidos por meio ambiente
14

(58%) – este último, crescendo em 26% de 2007 para 2009. Áreas como defesa de direitos e
comunicação ainda recebem pouca atenção da Rede GIFE.

Em uma avaliação comparativa de investimentos realizados nas áreas temáticas


destacadas entre os anos 2008 e 2009, o associado que já atuava em uma ou mais dessas
áreas revela que, em geral, manteve ou aumentou o volume de investimentos em 2009.
Educação foi a área temática que teve o percentual maior de associados que aumentou o
volume de investimento de 2008 para 2009, enquanto apoio à gestão do Terceiro Setor e
desenvolvimento comunitário tiveram o maior percentual de organizações que diminuíram o
investimento nesse período. Apenas três associados deixaram de atuar em alguma das áreas
temáticas.

Abrangência geográfica

No Brasil, o investimento social privado ainda se concentra em certas regiões e


estados. Este Censo mostra que tão fundamental quanto investir na abrangência temática da
ação social é aumentar a capilaridade do investimento social privado, alcançando todas as
regiões do País. Em 2009, 20 associados atuavam nacionalmente, com ações que se faziam
presentes em todos os estados do Brasil e 35 deles tiveram atuação em pelo menos um
Estado de cada uma das regiões. Persiste, no entanto, forte concentração: a região Sudeste
manteve-se como principal foco da ação do investidor social privado (90% dos associados
desenvolvem projetos na região), com destaque para o Estado de São Paulo, que conta com
investimentos sociais de 84% dos associados. Ou seja, o investimento social privado brasileiro
tende a se concentrar em regiões que geram maior riqueza econômica.

Quem são?

Onde estão?

Volume de investimento

Temas de investimento e interesse

Linhas de financiamento

Perfil das empresas que apoiam organizações sociais que investem em projetos sociais
e socioambientais (semelhantes ao trabalho do ChildFund Brasil)

2.4 Igrejas
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O Brasil é o 3° país em número de evangélicos, que já somam 42 milhões, ou seja, 22%


da população brasileira, atrás apenas dos EUA, com 155 milhões e da China com 100 milhões.
Na última década, a população evangélica cresceu 13%, com um público que doa 4 % da
renda mensal, o equivalente ao dobro doado por membros de outros segmentos religiosos
brasileiros. São aproximadamente 75.000 igrejas evangélicas que atendem aos fiéis, sendo
20.000 históricas: Batista, Metodista, Presbiteriana e Anglicana.

Vamos trabalhar com 3 estratégias de trabalho, aliança, parceria e relacionamento. Os


modelos de trabalho serão apresentados abaixo.

2.4.1 Prospecção de Alianças e Parceiros

• Aliança: com o intuito de apresentar para os pastores e outros líderes


eclesiásticos, o ChildFund Brasil e a nossa proposta de parceria para a transformação
comunitária em áreas de extrema pobreza, a equipe do ChildFund Brasil, formada por
Gerson Pacheco (Diretor Nacional), Jairton Melo (representante da SEPAL) e Viviane
Guimarães (Mobilizadora de Relações Eclesiásticas) realiza reuniões com igrejas com
potencial de engajamento nesse processo.

O trabalho com as igrejas de aliança é em longo prazo, fazemos um parceria com essas
igrejas onde juntos faremos o trabalho do ChildFund em uma nova região, ao qual o
ChildFund ainda não tem seus projetos estabelecidos.

Desde 2012 estamos nos reunindo com alguns pastores passando a visão deste
trabalho e desta parceria, é algo novo e desafiador para o ChildFund Brasil pois demanda de
toda organização para que o trabalho seja bem feito e bem estabelecido.

Hoje já temos firmadas 3 parcerias com as seguintes Igrejas.

1. Igreja Presbiteriana Nacional de Brasilia, atuando ao sul do Piauí, na cidade de


Santa Luz;

2. Igreja Batista Central de Belo Horizonte, atuando ao sul da Bahia, na cidade de


Anagé;

3. Igreja Memorial Batista de Brasilia, atuando em Goiás, na cidade de Cavalcante.

Este trabalho acontece da seguinte forma, a igreja nos apoia com apadrinhamento para
que possamos entrar nas novas áreas, nos comprometemos em fazer todo trabalho social da
região e em contra partida a igreja nos ajuda a conseguirmos padrinhos, inicialmente o
mínimo de 500 padrinhos. Mas a região escolhida precisa ter capacidade para termos cerca
de 2.000 crianças dentro do critério de legibilidade.
16

• Parcerias: com o intuito de apresentar para os pastores e outros líderes


eclesiásticos, o ChildFund Brasil e a nossa proposta de trabalho de transformação comunitária
nas regiões de atuação do ChildFund Brasil, como, Vale do Jequitinhonha (MG), Sertão do
Cariri, Fortaleza, Rio Grande do Norte e Amazonas.

Esta forma de relacionamento requer mais tempo e investimento, pois queremos que
as igrejas se envolvam mais com nossos projetos social já existentes através do
apadrinhamento. desejado.

Estamos num relacionamento com o Pr. Edson Klitzke da Primeira Igreja Batista em
Itapoã (ES) ao qual tem uma grande identificação com o Vale do Jequitinhonha.

O inicio do contato foi em fevereiro na Convenção Batista Brasileira e agora em agosto,


iremos para a cidade de Padre Paraíso apresentar nosso trabalho, para posteriormente irmos
a igreja para conseguirmos os apadrinhamentos. Precisamos que o pastor “compre” a nossa
causa, pois ele tem grande influência sobre os fieis.

O mesmo vamos fazer com cerca de 300 igrejas para que o número de padrinhos
eclesiásticos cresça cada vez mais.

Para este trabalho, contamos com o apoio de voluntários de gestão que ajuda na
elaboração de projetos e ideias a serem executadas. E contamos também com uma ação
efetiva do diretor nacional que tem aberto portas para o trabalho eclesiástico.

 Relacionamento

Entramos em contato com o pastores de igrejas de médio e pequeno porte, para


solicitar um espaço nos cultos para apresentação do ChildFund Brasil e falar sobre o
apadrinhamento. Faço uma fala breve e quando possível um vídeo para sensibilizar as
pessoas. Ao final do culto os fieis tem a oportunidade de apadrinhar uma criança. Neste caso,
levo crianças de várias regiões ou converso com o pastor para saber se existe uma região de
maior interesse dos seus fieis.

Estes contatos são feitos por telefone, onde agendamos uma reunião com o pastor e
assim, sair com a data para irmos ao culto.

2.6 Novos negócios / Negócios Sociais

O que são?

Quem faz isso no Brasil?

Quais são os tipos de negócios existentes?

Qual o potencial deste mercado


17

2.7 Governo (órgãos que investem em assistência social)

Tamanho do mercado, tendências e mudanças, cobertura geográfica, potencial de


entrada.

Em 2003 com a chegada de um partido de esquerda a presidência da república foi


fortalecida a proposta de participação da sociedade civil na formulação, implementação e
controle das políticas públicas.

Tipos de recursos disponíveis para o financiamento de projetos

Os recursos para financiamento de projetos do governo Federal brasileiro, dos governos


estrangeiros com programas de cooperação técnica no Brasil e das embaixadas no Brasil
estão Classificados conforme os critérios abaixo:

Recursos disponíveis para financiamentos de projetos: tipos de financiamentos

Recurso a fundo perdido – São os recursos sobre os quais não incidem custos
financeiros e para os quais não se exige o reembolso, mas apenas a prestação de contas.

Recursos disponíveis na forma de linha de crédito com juros subsidiados – São recursos
oferecidos por meio de agentes financeiros, sobre os quais incidem juros memores que
aqueles do mercado.

Recursos disponíveis na forma de incentivos fiscais e financiadores privados – São os


recursos que o governo disponibiliza na forma de dedução de impostos devidos pelo
financiador de projetos.

Cooperação técnica Internacional

O acesso à cooperação técnica internacional no Brasil inicia-se por uma solicitação de


cooperação a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), NO AMBITO DO Itamaraty. A Agência
tem como atribuição coordenar e supervisionar os programas e projetos brasileiros em todas
as áreas de conhecimento.Os programas e projetos são implementados ao amparo dos
acordos firmados pelo Brasil com os demais países parceiros e organismos internacionais.
18

Mecanismo de apresentação de projetos

Recursos disponíveis para apresentação espontânea de projetos (demanda


espontânea) – São aqueles que, para serem acessados, dependem de iniciativas das ONGs de
desenvolver e apresentar projetos segundo regras e critérios previamente estabelecidos. A
oferta desses recursos fica disponível por períodos contínuos e estão relacionado s políticas e
programas do governo.

Recursos disponíveis para apresentação induzida de projetos (demanda induzida) – São


os recursos para a contratação de projetos específicos, em processo de seleção, com a
utilização ou não de editais de licitação. Nesse caso, a iniciativa é do interesse na contratação
de projetos. Tais recursos são oferecidos pontualmente para o atendimento de situações
específicas e em geral por tempo limitado.

Mecanismo de estabelecimento de regras e avaliação de projetos

Recursos gerenciados na forma de fundos – Para nossos fins serão considerados como
fundos todos os recursos a serem aplicados e/ou programas estabelecidos como fundo
públicos. As regras estão estabelecidas no âmbito de cada Fundo.

Cada uma das oito áreas consideradas neste trabalho tem fundo próprios, mas nem
todos são diretamente acessívies por ONGs no nível federal – alguns só admintem a
apresentação de projetos por ONGs nos níveis estadual/municipal. Em alguns casos, a fonte
dos recursos é estrangeira.

Recursos gerenciados no âmbito de programas – Nesse caso as aplicações são


direcionadas para objetivos específicos e as regras e critérios só valem para programa
determinado, sendo, de certo modo, secundária a origem de recursos, que pode, em vários
casos, ser múltipla.

Recursos gerenciados por órgãos – é o caso dos recursos que se tornam disponíveis
após a apresentação de projetos que serão desenvolvidos em conjunto e/ou sob a delegação
de funções ou supervisão de órgãos de estrutura do governo Federal ou municipal.

Estrutura de financiamento e administração de programas do Governo Federal


Brasileiro

A estrutura de financiamento e administração de programas do Governo Federal


apresenta grande diversidade de procedimentos. O mais comum é a aplicação de recursos
pelos órgãos ou entidade governamentais que de desenvolvem e gerenciam diretamente
seus projetos. Nesse, modelo de atuação, ao setor não governamental- tanto o empresarial
19

quanto o não empresarial – é oferecida a oportunidade de participar apenas como fornecedor


de bens ou serviços aos gerenciadores de projetos, que são da própria estrutura do governo.
A lei de licitações-, mas várias exigências, sobre tudo as relacionadas capacitação técnica, à
amplitude da oferta de participação e à própria necessidade de contratação, ficam à cargo
dos gerenciadores ou seja dos órgãos responsáveis pelo projeto

Marco Legal

Tamanho do mercado, tendências e mudanças, cobertura geográfica, potencial de


entrada.

 Ministérios

 Sinconv

 Legislação

Incentivos fiscais utilizados em 2009 (em %)

Estímulo fiscal pode triplicar filantropia - Folha de S.Paulo 21/01/2011

Estudo indica que falta de incentivo faz com que doações no país sejam menores do
que a média da América Latina ONGs propõem revisão da regulação a fim de aumentar o
potencial de doações, que hoje chegam a R$ 7 bilhões

TONI SCIARRETTA - DE SÃO PAULO (?????)

O Brasil tem potencial para triplicar o volume de doações e mobilizar mais de R$ 20


bilhões anuais - equivalente a 0,6% do PIB - para financiar entidades beneficentes e projetos
sociais, além de ajuda humanitária em tragédias como a do Rio de Janeiro, segundo estudo da
consultoria McKinsey.

Apesar de bater recorde de arrecadação, o Brasil mal consegue canalizar R$ 7 bilhões


(0,3% do PIB) para a filantropia, atrás da média mundial de 0,8% do PIB e da latino-
americana, de 0,4%.

Não faltam projetos carentes de recursos, pessoas necessitadas do básico, muito


menos empresas e pessoas interessadas em doar, como provam as centenas de iniciativas
para levar recursos às vítimas da chuva no Rio. O problema - como ocorre no financiamento
da infraestrutura - é como fazer a ponte entre os querem doar e os que precisam de dinheiro.

Para reverter o quadro, ONGs e captadores de recursos propõem um novo marco


regulatório do terceiro setor, que chegou a ser discutido na época da eleição com a
20

presidente Dilma Rousseff. Eles propõem isenções fiscais, uma melhor seleção das entidades
beneficiadas e capacitação das ONGs na prestação de contas para reforçar a "força de venda"
de seus projetos beneficentes.

O Brasil figurou no ano passado como 76ª nação no ranking de filantropia de 153
países da fundação britânica CAF (Charities Aid Foundation), que, além das doações em
dinheiro, inclui doação de tempo (voluntariado) e ajuda a estranhos - só 25% afirmaram ter
feito algum tipo de doação, 15% fizeram trabalho voluntário e 49% ajudaram um estranho.

Austrália, Nova Zelândia e Canadá lideram com 70%, 68% e 64% da população doadora
de dinheiro.

"Isso é incompatível com a oitava maior economia do mundo", disse Rodrigo Alvarez,
representante no Brasil da Resource Alliance, ONG que capacita as demais a receber
recursos.

Brasil estimula pouco e até pune doador (?????)

País é um dos poucos que tributam doações; em São Paulo, imposto leva 4% de valores
acima de R$ 41 mil

Nos EUA, os maiores doadores são pessoas físicas e o governo fica com até 50% de
heranças bilionárias

DE SÃO PAULO - Além de estimular pouco as doações, especialmente de pessoas


físicas, o Brasil é um dos poucos países que punem quem faz doação.

No país, há o ITCMD (Imposto de Transmissão de Causa Mortis e Doação), tributo


estadual que costuma levar até 5% do valor das doações. Em São Paulo, as doações acima de
R$ 41 mil são tributadas em 4% -alíquota maior que os 2,5% incidentes na venda de imóveis.

As regras brasileiras contrastam com as de países campeões da filantropia.Nos EUA, as


empresas abatem até 10% dos impostos, enquanto no Brasil o teto é de 6%, somando
benefícios das leis de incentivo a cultura, esporte e projetos sociais.

Um americano chega a deduzir as doações em até 50% de sua renda bruta; se não
conseguir abater tudo no ano da doação, pode levar o restante para até cinco anos.

O maior incentivo à filantropia nos Estados Unidos, no entanto, vem dos impostos sobre
herança. Nos EUA, os "mortos" são tributados em até 50% daquilo que deixam para filhos e
demais herdeiros - daí a proliferação de fundações privadas de bilionários como Warren
Buffett e Bill Gates. Em 2009, a filantropia girou US$ 303 bilhões no país.
21

"Os EUA têm regras generosas; o Brasil quase não tem regras e elas não estimulam as
doações. Só grandes corporações conseguem se beneficiar. O povo brasileiro é solidário, mas
há uma desconfiança de algumas ONGs e faltam incentivos e canais mais fáceis para
doação", disse Juliana Ramalho, advogada do Mattos Filho, especializada no terceiro setor.

Entre os maiores doadores brasileiros estão os empresários Antônio Ermírio de Moraes


(Votorantim), Jorge Gerdau (Gerdau), Elie Horn (Cyrela), Renata Camargo (Camargo Corrêa) e
Norberto Odebrecht (Odebrecht).Bandeira histórica do PT, o imposto sobre grandes fortunas
desapareceu do debate nas últimas duas eleições.

O tributo foi criado pela Constituição de 1988, mas nunca foi regulamentado.Uma das
propostas era da deputada Luciana Genro (PSOL-RS), que previa taxar entre 1% e 5% as
fortunas acima de R$ 2 milhões.

Antes de ser presidente, o então senador Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também
elaborou uma proposta de imposto sobre grandes fortunas, mas a ideia nunca prosperou.

Fundos Públicos

Ministérios

Sinconv

Legislação

2.3 Corporativo/Investimento Social Privado – Dani e Allyson

Para analisar o mercado-alvo referente ao investimento social privado praticado pelos


institutos, fundações e empresas no Brasil, a Rede GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e
Empresas de Investimento Social Privado) é uma importante referência, pois reúne os maiores
investidores sociais privados do Brasil. São 134 associados que, somados, destinam cerca de
R$ 2 bilhões por ano às áreas social, cultural e ambiental no Brasil, segundo pesquisa
aplicada pela Organização em 2009.

Há uma concentração significativa de organizações que investem entre R$ 2 milhões e


R$ 8 milhões, totalizando um terço dos respondentes. Mais de 70% investem entre R$ 500 mil
e R$ 20 milhões. Apenas três organizações investem quase metade do valor total investido
pelo conjunto dos associados ao GIFE, indicando uma concentração significativa de recursos
em poucas organizações. A redução dos investimentos entre 2008 e 2009, no contexto da
crise financeira de outubro de 2008 foi de cerca de 5%, mas já apontava uma retomada para
o ano seguinte.
22

O valor médio investido pelos associados respondentes, em 2009, foi de R$ 18,7


milhões. No entanto, a mediana foi de R$ 3,2 milhões, o que indica que metade dos
associados investe até R$ 3,2 milhões.

A distribuição temática de investidores acontece nas seguintes áreas: educação (82%


dos associados), cultura e artes e formação para o trabalho (ambos com 60%), seguidos por
meio ambiente (58%) – este último, crescendo em 26% de 2007 para 2009. As áreas de
defesa de direitos e comunicação ainda recebem pouca atenção das empresas ligadas ao
GIFE.

No que diz respeito ao uso de incentivos fiscais, mais da metade (54%) dos 102
respondentes da pesquisa afirmam não fazer uso desse mecanismo. Entre os que fazem uso
de incentivos, tanto empresas como fundações e associações, 58% (ou 27 associados)
captam até R$ 2 milhões. Entre as empresas, há uma distribuição equilibrada nas faixas de
investimento, sendo que seis empresas declaram investir entre R$ 8 milhões e R$ 100
milhões. A somatória dos recursos investidos em 2009 foi de R$ 356,1 milhões, sendo R$
163,2 utilizados por fundações e associações e R$ 192,9 milhões por empresas.

A média de investimento incentivado, entre os que utilizam incentivos fiscais, é de R$ 8


milhões. A mediana é de R$ 1 milhão – o que indica a grande diferença de valores utilizados
de incentivos fiscais no GIFE.

No Brasil, o investimento social privado ainda se concentra em certas regiões e


estados: a região Sudeste manteve-se como principal foco da ação do investidor social
privado (90% dos associados desenvolvem projetos na região), com destaque para o Estado
de São Paulo, que conta com investimentos sociais de 84% dos associados. Conclui-se assim
que o investimento social privado brasileiro tende a se concentrar em regiões que geram
maior riqueza econômica.

O investimento social privado é mais uma opção para a captação de recursos local do
ChildFund Brasil. Há uma grande soma de valores destinados pelas empresas de grande porte
para a área social e diversas variáveis que favorecem a busca por esses investimentos.
Porém, as empresas com este perfil, bem como suas respectivas fundações e institutos, tem
por hábito financiar projetos sociais próprios, o que dificulta a penetração neste segmento
corporativo específico. O ChildFund Brasil pretende contratar uma pesquisa para conhecer o
perfil das empresas de médio porte, em segmentos e com perfil condizentes ao investimento
social privado nesse nicho específico empresarial.

Desenvolver um portfólio de projetos, demonstrar a transparência na capacidade de


prestação de contas e apresentar indicadores de impactos efetivos, ligados à sistematização
23

dos projetos sociais apoiados pelo ChildFund Brasil torna-se fundamental para a aquisição
desses investimentos corporativos.

3. Concorrência (Dani, Vivi e Allyson)

Segmento: Diretos e indiretos

3.1 Agrupamento de concorrentes por categoria/perfil

3.2 Análise dos concorrentes de destaque

3.3 Participação no mercado

3.4 Abordagem

3.5 Forças e fraquezas (Análise swot – levantamento de vantagens competitivas do


negócio)

3.6 Tipos de produtos

3.7 Estimativa de Apadrinhamento Brasileiro

Implicações

• A valorização do Real (moeda corrente do Brasil) contra o Dólar, sem perspectiva


de mudança para 2010, pressiona o orçamento dos projetos em curso.

• O aumento da taxa de juros, para conter a inflação, manterá o custo de


financiamento das empresas em alto nível, e pode impactar os orçamentos para
investimentos nas áreas social e ambiental.

• Os índices de leves melhorias sociais e econômicas declaradas pelo governo


causam a falsa percepção de que o Brasil não precisa de ajuda externa, mas o volume de
investimentos necessários nas áreas de educação, saneamento e saúde é enorme.
24

• Educação e a erradicação da pobreza devem ser o maior foco de atenção por


parte do governo.

• O envelhecimento da população deve aumentar a pressão sobre despesas com


saúde.

Estratégia de Mercado (4.0 estratégia empresarial, porém precisamos deixar


o texto com esse “pegada”, aqui devemos citar nossa atual estrutura de captação
e as novas estratégias a serem implementadas (Avaliar o item 5.0 ver o que é
análise e o que é estratégia e distribuir o texto dentro desse tópico e do anterior)

4. Estratégia Empresarial: Business Plan e CSP (Dani, Agueda e Thiago)

Como resposta ao contexto socioeconômico, político e cultural do Brasil, o ChildFund


Brasil - Fundo para crianças traçou uma estratégia de atuação para os próximos cinco anos,
denominada estratégia Passiflora. A estratégia tem como o ponto central a comunicação
autêntica e o fortalecimento de vínculos entre crianças e padrinhos. Os outros tópicos da
estratégia são: programas sociais, enfoques estratégicos e sustentabilidade. A
sustentabilidade para relações influentes é destacada pelos seguintes componentes:
Mobilização de Recursos e Parcerias; Imagem Institucional; Cultura Organizacional e
Liderança.

Alinhado a estratégia Passiflora, o Business Plantem como foco de suas ações os


seguintes elementos: Mobilização de Recursos e Parcerias e Imagem Institucional.

4.1 Mobilização de Recursos e Parcerias

Para garantir a sustentabilidade da proposta Passiflora é fundamental construir e


fortalecer relacionamentos estratégicos que apoiem a intenção central da proposta: mobilizar
pessoas e recursos e influenciar políticas. O posicionamento estratégico do ChildFund Brasil -
Fundo para crianças na comunicação autêntica do Eixo Vital abre novas oportunidades de
mobilização tanto em nível local quanto em nível macro. Padrinhos, crianças, famílias,
parceiros da comunidade, setor privado e governo se mobilizam pela mesma causa.

O papel dos parceiros sociais é fundamental para a execução do modelo Passiflora. As


parcerias garantem a viabilidade da execução das propostas programáticas do Sistema
Central. O ChildFund Brasil - Fundo para crianças deverá se posicionar a respeito do direito à
educação, à participação e à proteção. Nesse sentido, a Instituição deverá potencializar a
atuação com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o Fórum Nacional dos Direitos
25

das Crianças e Adolescentes e com a Campanha Nacional 18 de Maio, contra o abuso e a


exploração sexual de crianças e adolescentes.

Para a Mobilização de Recursos, o ChildFund Brasil - Fundo para crianças desenvolveu


um Plano de Negócios específico, considerando a meta de sustentabilidade organizacional.
Dentre outras estratégias, o Plano vai procurar aumentar, consolidar e assegurar a captação
de padrinhos brasileiros, com o objetivo de compensar a queda de receita internacional por
meio do incremento da receita nacional.

4.2 Imagem Institucional

Com a finalidade de evidenciar o impacto social das ações institucionais e colocar “a


voz da criança” em todos os meios de comunicação, o ChildFund Brasil - Fundo para crianças
vai desenvolver uma linha de comunicação específica com cada um de seus públicos:
crianças, apoiadores, comunidades, parceiros, sociedade e governo. Em particular, o
departamento de Programas Sociais deverá se posicionar para comunicar melhor as ações do
campo, tornando-se fonte de informações. Essa integração vai permitir melhorar a prestação
de contas aos padrinhos e parceiros, com base na qualidade dos programas.

O modelo Passiflora procura apoiar o desenvolvimento de uma imagem institucional


consistente que reflita a posição estratégica da comunicação autêntica e apoie a Estratégia
Nacional. O departamento de programas sociais vai procurar se posicionar pela excelência em
gestão de projetos (Apadrinhamento Programático) e pela promoção do modelo Passiflora
como proposta inovadora para a superação da pobreza.

Será elaborada e implantada uma estratégia específica de parcerias e de alianças para


assegurar a sustentabilidade no processo de mudança da marca do ChildFund Brasil - Fundo
para crianças. Serão ampliados os canais de comunicação digital, que facilitarão o processo
de difusão da prestação de contas e da aplicação de recursos do ChildFund Brasil - Fundo
para crianças. A transparência para assegurar a solidez da imagem institucional será
primada.

A comunicação externa buscará elevar o nível de participação nas redes do Terceiro


Setor. A iniciativa irá fortalecer a mobilização social a favor dos direitos das crianças. Espera-
se que esses esforços deem suporte às estratégias da organização e consigam promover a
expansão da base de apoiadores individuais e corporativos.

O uso da tecnologia de Intranet – aspecto notável da imagem institucional com as


organizações conveniadas e no âmbito interno – será fortalecido e ampliado, transformando-
se numa plataforma de gestão de conhecimento e de articulação de saberes.
26

4. Teoria da Mudança / Impacto Social


5. Análise SWOT (quais são os principais questões do ambiente externo que afetam
nosso negócio

           

  Positive  

• Economia brasileira em ascensão


• Aumento do poder de compra do brasileiro
• Fiscalização mais rigorosa das ONGs brasileiras
pelo Governo Federal, reduzindo o número de
• Organização é a maior investidora em
“concorrentes” pelo recurso do doador

Opportunities
programas sociais dentre as organizações
• Pré-disposição dos veículos de comunicação em
Strength

similares**
divulgar anúncios e matérias jornalísticas sobre
• O tempo de atuação no Brasil (50 anos)
causas sociais
fortalece a imagem de experiência, confiança
• Tendência de aumento da conscientização da
e credibilidade diante do potencial doador
sociedade sobre a importância de ajudar a mudar
• Sistema Oracle (CRM e ERP)
a realidade social brasileira
• Base de doadores bem estruturada
• Oportunidade de benchmarking com
organizações similares do terceiro setor a partir

External
Internal

da RODS (Rede de Organizações de


Desenvolvimento Sustentável)

• Crise econômica mundial*


• Governo Federal irá fiscalizar mais
• Sistema Oracle em fase de melhorias, ainda rigorosamente as ONGs a partir de 2009. Caso a
depende de controles paralelos gerando organização não cumpra os pré-requisitos da
Weakness

trabalho manual e retrabalho certificação, pode perder o CNAS, gerando um

Threat
• Faltam informações sistematizadas sobre os aumentando dos custos do escritório nacional em
programas sociais, dificultando a prestação de R$ 450 mil
contas ao doador • Alto número de organizações que trabalham
• Necessidade de registro de experiências com modelos similares de campanhas de
sobre estratégias de arrecadação arrecadação
• Escassez de agências especializadas em
fundraising para o terceiro setor

  Negative  
           

* Pode reduzir número de doadores regulares, mudar comportamento do doador e impedir potenciais doadores de
assumir o compromisso de doar (sensação de insegurança generalizada).
** A divulgação desse dado em ampla escala pode aumentar as possibilidades de arrecadação

6. Finanças

Orçamento (receitas, despesas e lucros e perdas – P&L)

Cenário do Planejamento

Investimentos e Necessidades financeiras


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