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2- Centrais nucleares

 Seu esquema (componentes principais, especialmente das mais usadas, PWR e BWR);
 Componentes do Reator;
 Conhecer sobre as radiações e o ciclo do urânio;
 Conhecer um pouco quanto às reservas;
 Principais tipos de tecnologias empregadas nos reatores.

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NUCLEAR

Um reator nuclear de fissão apresenta, essencialmente, as seguintes partes:

Combustível: isótopo físsil e/ou fértil (aquele que pode ser convertido em físsil por ativação
neutrônica): Urânio-235, Urânio-238, Plutônio-239, Tório-232, ou misturas destes (o
combustível típico atualmente é o MOX, mistura de óxidos de urânio e plutônio).

Moderador: água leve, água pesada, hélio, grafite, sódio metálico: cumprem a função de
reduzir a velocidade dos neutrons produzidos na fissão, para que possam atingir outros
átomos fissionáveis mantendo a reação.

Refrigerador: água leve, água pesada, dióxido de carbono, hélio, sódio metálico conduzem o
calor produzido durante o processo até a turbina geradora de eletricidade ou o propulsor.

Refletor (água leve, água pesada, grafite, urânio): reduz o escapamento de nêutrons
aumentando a eficiência do reator.

Blindagem (concreto, chumbo, aço, água leve): evita o escapamento de radiação gama e
nêutrons rápidos.

Material de controle (cádmio ou boro): finaliza a reação em cadeia, pois ambos são óptimos
absorventes de nêutrons. Geralmente são usados na forma de barras (de aço borado, por
exemplo) ou bem dissolvidos no refrigerador.

Elementos de Segurança: todas as centrais nucleares de fissão apresentam múltiplos sistemas


de segurança ativos (que respondem a sinais elétricos) e passivos (que atuam de forma natural
como a gravidade, por exemplo). A contenção de concreto que rodeia os reatores é o principal
sistema de segurança e destina-se a evitar que ocorra vazamento de radiação para o exterior.

O núcleo do reator é construído dentro de um forte recipiente de aço que contém varetas de
combustível feitas de materiais físseis metidos dentro de tubos. Essas varetas produzem calor
enquanto o combustível sofre a fissão. Varetas de controle, geralmente de boro ou cádmio -
para absorver facilmente os nêutrons -, são introduzidas e retiradas do núcleo, conforme a
necessidade de estabilizar a reacção, variando a corrente de neutrons no núcleo, controlando
o ritmo de fissão e, portanto, o calor produzido. As varetas estão rodeadas por um moderador,
que reduz a velocidade a que os nêutrons são produzidos pelo combustível. Percorrendo o
núcleo corre um refrigerante, líquido ou gasoso, que, ao ser aquecido pelo calor libertado,
gera vapor de água que será canalizado para turbinas.

Tipos de reatores de fissão

LWR - Light Water Reactors: Utilizam como refrigerante e moderador a água leve (água
comum) e, como combustível, o urânio enriquecido. Os mais utilizados são os BWR (Boiling
Water Reactor ou reator de água em ebulição) e os PWR (Pressure Water Reactor ou reatores
de água a pressão), estes últimos considerados atualmente como padrão.

CANDU - Canada Deuterium Uranium: Utilizam como moderador água pesada (cuja molécula
é composta por dois átomos de deutério e um átomo de oxigênio) e, como refrigerante, água
comum (água leve). Como combustível, usam urânio comum.

FBR - Fast Breeder Reactors: Utilizam nêutrons rápidos no lugar de térmicos para o processo
da fissão. Como combustível utilizam plutônio e, como refrigerante, sódio líquido. Este reator
não necessita de moderador.

HTGR - High Temperature Gás-cooled Reactor: Usa uma mistura de tório e urânio como
combustível. Como refrigerante, utiliza o hélio e, como moderador, grafite.

RBMK - Reactor Bolshoy Moshchnosty Kanalny: Sua principal função é a produção de


plutônio, e como subproduto gera eletricidade. Utiliza grafite como moderador, água como
refrigerante e urânio enriquecido como combustível. Pode recarregar-se durante o
funcionamento. Apresenta um coeficiente de reatividade positivo.

ADS - Accelerator Driven System: Utiliza uma massa subcrítica de tório. A fissão é produzida
pela introdução de nêutrons no reator de partículas através de um acelerador de partículas.
Ainda se encontra em fase de experimentação, e uma de suas funções fundamentais será a
eliminação de resíduos nucleares produzidos em outros reatores de fissão.

PHWR - Pressurized Heavy Water Moderated Reactor

LWBR - Light Water Boilling Reactor

Regenerador - (Fr., Rús., Jap.) produz mais combustível do que consome pois usa U-238 e
Plutônio é resíduo.
PWR - Pressurised Water Reactor
BWR - Boiling Water Reactors

The spent fuel elements are removed from the reactor when they have reached the designed
burnup level - typically after three or four years. The spent fuel consists of 95% of 238U, about
0.9% of the fissile 235U (i.e. slightly more than the 0.7% in natural uranium), highly radioactive
fission products, and 0.9% plutonium. The plutonium will be a mix of the isotopes from 238 to
242. The fissile isotopes, 239Pu and 241Pu, make up around 65% of the total.

When removed from the reactor, fuel elements emit radiation mainly from the fission
products. They also generate heat, which requires a cooling system to prevent their melting.
The spent fuel is unloaded into cooling ponds, the water providing both cooling and radiation
shielding. The spent fuel will remain there for at least five months, by which time the heat and
fission products will have decayed sufficiently to allow it to be removed, in large steel flasks, to
an interim storage facility.

- Beneficiamento: Yellowcake (U3O8).


- Yellowcake, é dissolvido e purificado, obtendo-se então o urânio nuclearmente puro.
- A seguir, é convertido para o estado gasoso, o hexafluoreto de urânio (UF6), para permitir a
transformação seguinte.
- O urânio235 éo isótopo físsil responsável pela reação em cadeia nos reatores nucleares
- Aumentar a concentração do urânio235 de 0,7% (concentração natural) para em torno de 3%
- Ultracentrifugação –tecnologia desenvolvida pela Marinha brasileira.
- O hexafluoreto de urânio (UF6) é transformado em dióxido de urânio (UO2). Reconversão é o
retorno do gás UF6 ao estado sólido, sob a forma de pó de dióxido de urânio (UO2).
Reconversão realizada em Resende, na Fábrica de Combustível Nuclear – FCN.
Reconversão do UF6 para U02 em pó

- Pastilhas de UO2: Mistura de U3O8 com o pó de UO2 (“pastilhas verdes”), prensado e


sinterizado a 1750°C.

FISSÃO NUCLEAR

Minério Urânio: U-235


Fissão: Ba-143 + Kr-92 +2.n
Fissão do urânio natural resulta Plutônio

VALIDADE DE COMPARAÇÃO ENTRE USINAS

FIRME: hidro com reservatório, nuclear, termelétricas carvão, gás natural, óleo
combustível, diesel
INTERMITENTE: solar, eólica, biomassa (?)
BASE: nuclear, termelétricas ciclo Rankine, hidrelétricas
PONTA: hidrelétricas (fio d’ água), termicasa ciclos Brayton e Diesel
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3- Das Hidrelétricas

 Os níveis dos estudos (Inventário, Viabilidade...) , o que abrange cada um deles


(geológico, topográfico, ambiental, mercado, hidroenergético, ...);
 As licenças necessárias;
 Saber analisar/interpretar dados pluviométricos e fluviométricos, o que
representam;
 Como se constroem as Curvas CotaxAreaxVolume;
 Curva de Duração;
 Curva de energia x Potência Instalada;
 Métodos de cálculo de volume útil do reservatório, operação de reservatórios;
 Cálculo das turbinas, seus principios de funcionamento, tipos, como se escolhe em
função da queda, vazão e velocidade específica, permitindo ao menos chegar a
número de rotações e diâmetro que são parametros importantes para dimensionar o
gerador e casa de força.

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A energia firme é a máxima energia que uma usina hidroelétrica pode produzir continuamente
caso ocorra qualquer condição hidrológica já registrada no passado.

A energia secundária é a energia excedente à energia firme, disponível quando as condições


hidrológicas são mais favoráveis.

A energia assegurada (=firme) representa a energia hidrelétrica disponível com garantia de


95%, ou seja, que o sistema consegue atender 95% das vezes.

A vazão afluente é definida como sendo a vazão que chega a um determinado ponto.

A vazão média de longo termo é a média aritmética das vazões naturais médias, verificadas
durante uma série histórica de observações.

[aula_Hidro_tres.pdf]

Classificação das UHE

Quanto à potência:
Micro 20 < ≤ 100
Mini 100 < ≤1
PCH 1 < ≤ 30
Média 30 < ≤ 50
Grande 50
Quanto à queda:
Baixíssima < 10m
Baixa 10m < H < 50m
Média 50m < H < 250m
Alta queda >250m

Quanto à forma de uso das vazões:


Fio d´água a capacidade do reservatório só provê regularização mensal ou
inferior.
Com regularização das vazões (anual ou plurianual)
há grande variação de vazões e deseja-se ter um valor a
turbinar aproximadamente regular.

Quanto a forma de captação:


de desvio e em derivação
de represamento ou em leito

Quanto a função:
Base
Ponta

Principais componentes

Reservatório d’água local onde fica armazenada a água que é utilizada para
fornecer energia mecânica ao gerador.
Barragem responsável pela retenção da água para formação de um reservatório.
Comporta responsável pelo controle de passagem da água pela tubulação
forçada.
Tubulação forçada caminho percorrido pela água do reservatório até a turbina.
Turbina equipamento cuja função é transformar energia potencial hidráulica
em energia mecânica para o gerador, através do eixo.
Eixo sua função é transmitir a energia mecânica da turbina para o gerador e
para a excitatriz.
Mancais são elementos responsáveis pela sustentação do eixo do gerador.
Unidade Geradora transforma a energia mecânica em energia elétrica.
Excitatriz fornece corrente contínua para a criação do campo magnético no
interior do gerador.
Subestação elevadora transforma nível de tensão gerada para níveis de transmissão.

Tipos de Adução

Adução em escoamento livre por canal e adução em alta pressão através de tubulação
forçada.
Adução em baixa pressão por meio de tubulação e adução em alta pressão através de
tubulação forçada.
Adução em baixa pressão por canal ou por tubulação forçada.
Adução em alta ou baixa pressão por túneis de tubulação.
Tipos de arranjos de UHE [retirado de Inicio_Hidro_Cinco_A.pdf]

Hidrelétricas de represamento - barragem e casa de força ligados por conduto forçado,


típico de trecho do rio em cachoeira.

Hidrelétrica de Desvio - há um sistema de baixa pressão – típico de corredeiras.

Hidrelétrica de Derivação - barramento é feito em um rio e a descarga em outro, e


pode ser tanto tipo represamento quanto de desvio.

[Hidreletricas ambientais_Dois.pdf] & [Inicio_Hidro_Cinco_A.pdf]

Etapas dos estudos para implantação

 Estimativa do Potencial Hidrelétrico - análise feita em escritório com dados da bacia


em relação à topografia, hidrologia, geologia e meio ambiente, para verificar a
existência da possibilidade da instalação da usina na bacia em questão.
 Estudo de Inventário - avaliação mais detalhada do potencial de geração de energia de
uma unidade hidrográfica, com dados secundários de levantamentos em campo. No
fim da análise se consegue estudar possíveis arranjos de aproveitamentos levando em
conta seu custo/benefício e índice socioambientais.
 Viabilidade – estudos elaborados com dados a serem levantados em campos para o
EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impactos sobre o Meio
Ambiente) com o objetivo de se conseguir a Licença Prévia junto aos órgãos
ambientais. Com a LP o empreendimento já pode entrar no leilão de fontes
alternativas e comercializar sua energia.
 Projeto Básico - projeto bastante detalhado que define características técnicas das
obras civis, equipamentos eletromecânicos e programas socioambientais. O projeto
básico deve atender às recomendações incluídas no EIA para se obter a Licença de
Instalação (LI) para o início das obras.
 Projeto Executivo – detalha todos os desenhos das obras civis e especificações dos
equipamentos eletromecânicos necessários para as obras e montagem dos
equipamentos. Todos os programas socioambientais para minimizar os impactos
devem ser implantados para a obtenção da Licença de Operação (LO).

Estudos

 Topográficos - Os estudos topográficos abrangem a topografia do local visando auxiliar


o projeto de desvio do rio.
 Hidrológicos - Os estudos hidrológicos abrangem vários aspectos fisiográficos da bacia
visando principalmente a caracterização dos períodos úmidos e secos e a
determinação da descarga de projeto do desvio e dos riscos a serem assumidos em
cada fase de desvio.
 Hidroenergéticos -
 Geológicos e geotécnicos – Os estudos geológico-geotécnicos básicos abrangem a
definição dos projetos de escavação e tratamento das fundações e a caracterização
completa dos materiais naturais de construção disponíveis nas jazidas mais próximas
do sítio do empreendimento.
 Socio-econômicos -
 De mercado - Estudos de logística de implantação da obra da PCH que abrangem a
identificação das procedências e o fluxo de todos os materiais de construção
necessários, tais como cimento, aço e madeira, bem como produtos e equipamentos a
serem trazidos para a obra e lá manuseados, utilizados ou processados.
 Ambientais -

Licenças

 Licença Prévia (LP) - representa a confirmação quanto à viabilidade ambiental da PCH.


É obtida através da realização de uma avaliação prévia do empreendimento, com
levantamentos e análises que permitam indicar a sua viabilidade ambiental.
 Licença de Instalação (LI) - autoriza o início das obras. É obtida através da aprovação
do Projeto Básico Ambiental, ou seu similar simplificado, conforme o caso.
 Licença de Operação (LO) - passa a ser o resultado do cumprimento, durante a
construção e nos testes pré-operacionais, do que foi acertado nos documentos
anteriores, com os órgãos ambientais e a sociedade em geral. Deve ser renovado a
cada 5 a 10 anos.

Com TS (tubo de sucção):

1 −
= + + 1
2

Y = Trabalho específico disponível ou trabalho específico máximo [J/kg]

Quando TH (turbina hidráulica) não possui TS (tubo de sucção), as normas determinam:

1 1
= + + ( 1 − 2)
2

Considerando-se o Sistema Técnico de Unidades tem-se:

= = [kW]

= = [kW]

: ê [ ]
: ê í á [ ]
: í á [ / ]

Prefiro considerar deste modo ( = 1000 / ):

= 9,8 [ ]
Energia perdida no sistema de admissão:

1 1
= + + 1+
2

1 1
= + + 1 +
2

Hpsa = perda de carga no sistema de admissão


Ypsa = energia específica perdida no sistema de admissão
= peso específico da água = ∗ = ∗

= − −
2

= − −
2

Em cálculos preliminares, considerando a distância entre a tomada de água e a casa de


máquinas - L(m), pode-se usar:

L < 80m Hpsa=0,02.Hb


80< L < 300m Hpsa=0,03.Hb
300 < L < 800m Hpsa=0,04.Hb
L> 800m Hpsa=0,05.Hb

Potências e Rendimentos no Sistema de Admissão

= −

= =

= potência perdida no sistema de admissão


= rendimento no sistema de admissão

... Perda Total do Aproveitamento

= −

= =

0,97 ≤ ≤ 0,99 sistema de admissão

0,30 ≤ ≤ 0,60 TH – hidrocinética interno


0,75 ≤ ≤ 0,97 TH – Pelton, Francis, Hélice, Kaplan

0,95 ≤ ≤ 0,99 mecânico

0,97 ≤ ≤ 0,99 sistema girante


0,80 ≤ ≤ 0,98 gerador

Prefiro colocar desta forma:

Costuma-se considerar = 1, logo:

[HIDROLOGIA_Cinco_B.pdf]

Potência Firme : P para Q95%


Potência Instalada
Energia Firme : Pfirme*8760
Energia Secundária : Energia excedente à firme

CICLO HIDROLÓGICO

Precipitação Pluviometria depende da altura e


intensidade das precipitações.
Evaporação e transpiração Evaporimetria depende da temperatura,
vento, insolação, umidade e
diferença de pressão
(atmosférica e do líquido).
Acúmulo nos lagos e depressões
Escoamentos (superficial, subsuperficial e subterrâneo)
Infiltração
- Bacia Hidrográfica ou Imbrifera de um Curso d’Água é a área em torno (limitada pelo topo
das montanhas e serras), capaz de captar água das precipitações.

- Coeficiente de Deflúvio: função da infiltração, evaporação, vegetação e regularidade das


chuvas.

- Hidrograma - é o gráfico que representa a vazão de um rio, em uma determinada seção, em


função do tempo, quando ao mesmo tempo ocorre uma precipitação na bacia hidrográfica.

- Fluviograma - é o gráfico que relaciona as vazões médias no tempo.

- Área de Drenagem - projeção no plano horizontal da superfície contida entre os divisores


topográficos das bacias [km²].

- Forma da Bacia Coeficiente de compacidade (Kc =1, é circular)


Fator de forma (Kf = 1, tende ao quadrado)

- Curva Energia x Potência Instalada

Energia anual produzida, firme mais secundária, em função da potência instalada.

Essencial na definição da Potência Instalada.

- Curva-Chave

Relaciona níveis de água (h) em função da descarga (Q) à partir de medições (CurvaCota Vazão).
- Métodos para medição de vazões
- Para grandes vazões
-Molinete - consiste em mergulhar um pequeno rotor dentro do fluxo e
determinar a velocidade média do fluido neste ponto
contabilizando o número de voltas num determinado período
de tempo.
-Diluição lança-se uma substância de concentração determinada a
montante e mede-se a concentração a jusante.

1
= ( − 1)
2

1: çã
2: çã
: ã â í ℎ

- Para pequenas vazões


-Gravimétrico o volume de líquido escoado num período é determinado
através da massa de líquidos, sua massa específica e tempo.
-Volumétrico baseia-se no tempo decorrido para que um determinado fluxo
de água ocupe um recipiente com volume conhecido.
-Vertedouro a partir da geometria do vertedouro, existe fórmulas que
relacionam a altura da lâmina d’água no vertedouro com a
vazão.

- Deflúvio específico é /Á [ / ]/[ ]

- Deflúvio total volume total [ℎ ]

- Deflúvio equivalente em mm altura equivalente sobre a bacia.

- Curva de Duração ou Permanência

-Primeiro Método
Nc = [ 1 + 3,3 ln (n) ] * k onde k= 1,5 a 2,0
Altura do intervalo: h = (Qmáx –Qmín) / (Nc –1)
Contar a frequência
Frequência acumulada e curva de duração

-Segundo Método
Ordenar vazões em ordem decrescente
Frequência é (Nº de ordem – 0,5)*100/(Nº de dados)
Traçar curva de duração

– Usinas a Fio d’Água


•Potência e Energia Firme
•Energia Complementar (secundária)
– Usinas com Regularização
Curva Cota x Área x Volume

REGULARIZAÇÃO DE VAZÕES

–Qual a capacidade do reservatório para regularizar a vazão média?


–Não é possível regularizar a média, então:
- O reservatório de capacidade “Vx” regulariza qual vazão?
- A vazão regularizada de “K” % da média necessita qual volume de
reservatório?
-Métodos
- Diagrama de Massa ou Rippl
- Curva de descargas totalizadas

DIAGRAMA DE RIPPL

- Traspor as vazões para o local da usina


- Determinar os volumes (deflúvios) mensais a partir das vazões médias
- Identificar o período crítico (meses contínuos ou não, abaixo da média)
- Determinar o deflúvio acumulado e fazer o gráfico Deflúvio x Meses

- Reta do deflúvio médio


- Retas com mesma inclinação da média, tangenciando superior e inferiormente
- Diferença vertical entre as tangentes é o volume do reservatório (VR)
- Este é o reservatório com regularização plurianual

CURVA DAS DESCARGAS TOTALIZADAS

- Traspor as vazões para o local da usina


- Determinar a vazão média de longo termo
- Encontrar “deltas” de vazões, diferenças em relação à média
- Verificar se é desejada a regularização plurianual ou apenas anual, e identificar o
período crítico (meses contínuos ou não, abaixo da média); isto pode incluir poucos
meses com vazão acima da média
- Determinar as colunas “Somatório do Delta” e “Somatório do Delta x Tempo”
- Verificar Volume correspondente aos pontos mais positivo e mais negativo
- Volume reservatório VR= |V+| + |V-|

RESERVATÓRIO DE VOLUME Vx: QUAL A VAZÃO REGULARIZADA?

Não pode ser a média Qm já que Vx < VR


Determinar volume de deficit: Vd= VR-Vx
Vazão de deficit: Qd
Qd = Vd/(Tempo do período crítico)
Obs: o período crítico pode ser menor, atenção!
Vazão regularizada Qx = Qm – Qd

REGULARIZAR A VAZÃO Qy NECESSITA-SE QUE RESERVATÓRIO?

Não pode VR, será Vy < VR


Determinar a vazão de deficit: Qd = Qm –Qy
Volume de deficit é: Vd = Qd x (Tempo do período crítico)
Obs: o período crítico pode ser menor, atenção!
Volume necessário Vy = VR-Vd
Solução do problema pode ser iterativa.
Tipos de Turbinas [Escolha em função da rotação (velocidade específica) e da queda]

 Pelton;
 Francis (simples, duplas – caixa espiral, caixa aberta);
 Kaplan;
 Tubulares tipo S;
 Bulbo;
 Fluxo transversal ou Michell-Banki.

Classificação de Turbinas

Máquinas de Ação
Aproveitam energia cinética (Pelton)

Máquinas de Reação
Aproveitam energia cinética e da pressão (Francis, Kaplan, Hélice (Bulbo))

Ação Reação
Velocidade Elevada Média
Pressão = Atm Forte
Queda Grande Pequena e Média
Vazões Pequenas Grandes
Rotor Gira no ar Dentro do fluxo d’água

Terminologia das Turbinas


O índice “1” diz respeito à queda de 1 metro.
Q = descarga engolida sob queda H, em ;
=

n = número de rotações sob a queda H, (em rps?);
n1= /√
P = potência da turbina sob a queda H (em m), em kW.
= / / é a potência sob a queda e 1 m

= 9,81

: potência na saída do gerador (kW);


: vazão da turbina (m³/s);
: queda líquida (m);
: rendimento da turbina;
: rendimento do gerador.
TURBINAS PELTON

PRINCIPAIS PARTES
Rotor com pás ou conchas
Injetor (Agulha)
Blindagem metálica
Defletor de água
Distribuidor

OUTRAS INFORMAÇÕES
Queda de 100 a 500m (até 1000m);
500 a 12500kW
D = diâmetro do rotor (centro do jato ao centro do eixo da turbina)
d = diâmetro do jato
Para alto rendimento, m=(D/d) > 10
Alguns valores de í :
m=8 para H=400m
m=9 para H=500m
m=10 para H=600m
m=14 para H=1000m
Rotação n é proporcional a , sendo o número de injetores.

EQUAÇÕES
,
=3
= 12
, ,
= (37,3 )/ ou = 5,76( )/

: â çã ( )
: â ê ( )
: â á ( )

CARACTERÍSTICAS
Turbina de Ação (transforma Ec da queda em Ec no jato injetor)
+ Ótimo desempenho sob cargas parciais (até 20% da carga nominal sem
cavitação)
Normalmente eixo horizontal com 1 ou 2 jatos
Vertical com 3 ou 4 jatos p/ velocidades de rotação maiores
Controle de vazão turbinada feito por meio de uma agulha móvel no interior
de cada injetor
Velocidade de rotação mais alta (=+injetores) = gerador mais barato
TURBINAS FRANCIS

INFORMAÇÕES
Queda de 20 a 600m (Caixa Espiral: 15 a 250m);
Potências de 500 a 15000kW
Velocidade específica entre 50 a 410;
Eixo Horizontal: pequenas unidades, fácil operação e manutenção;
Eixo Vertical: maiores máquinas e velocidade (observar parte mais baixa
acima do nível máximo de jusante);

EQUAÇÕES
Velocidade específica: =

/
Mas: = /√ e = /

Logo: = com = / (k=2200)

= , (retirado do Manual Eletrobrás)


: velocidade específica da turbina;
: velocidade de rotação da turbina (rpm);
: potência nominal da turbina (kW);
: queda líquida (m).

,
= 39,56
Diâmetro: = ( , / /
)

,
= , (NBR 12591)
: velocidade específica da turbina;
: velocidade de rotação da turbina (rpm);
: vazão garantida ou nominal (m³/s);
: altura de queda nominal (m).
CARACTERÍSTICAS
Turbina de Reação
Controle através das palhetas do distribuidor;
Rendimento sob carga variável menos plano que Kaplan.
Ótimo rendimento até 70% da carga nominal
Escolha de n que permita o rotor da turbina acima do nível da jusante
TURBINAS KAPLAN E TUBULARES

Pás: - se fixas, curva de rendimento é aguda (cai rápido).


- se ajustáveis tem de 4 a 8 pás.
TUBULARES (tipo hélice)
Fluxo d’água é paralelo ao eixo.
Pás fixas conduzem a curvas de rendimento bem agudas.
Vazões elevadas e quedas baixas (2 a 18m).
TUBULAR com gerador montado na coroa externa
Características semelhantes à Kaplan de eixo vertical.
Vantagens: rendimento, obras civis, reduz a casa de máquinas (pode ser até
submersa a máquina).
Dificuldades: tamanho do gerador e rendimento sobre carga variável.
EQUAÇÕES
= / (k=2600)
,
= 12,1
Diâmetro: = ( , / /
)

TURBINAS BULBO E BANKI

BULBO
- São hélice de maior velocidade.
- Gerador acoplado é mais compacto.
- Normalmente em posição vertical.
- No Brasil passou a ser usada nos últimos 25 anos, Mato Grosso e para a
Amazônia reduzirá o impacto ambiental.

MICHELL OU BANKI
- Máquinas de ação, fluxo transversal.
- Pequenas vazões e quedas entre 10 a 200m.
- Baixos rendimentos, da ordem de 50% a 60%.
- Se adaptam bem para micro centrais.
ESCOLHA DO TIPO DE TURBINA:

1º CRITÉRIO: QUEDA >600m - Pelton


100m a 600m - Pelton ou Francis
15m a 80m - Francis ou Kaplan
5m a 20m - Kaplan

FRANCIS + Velocidade
+ Gerador menor e mais barato (menor casa de força)
+ Pode aproveitar completamente a queda mesmo com variação do
nível a jusante.

KAPLAN + Velocidade
+ Gerador menor e mais barato
+ Curva de rendimento mais plana
- Mais cara
- Mais sensível à cavitação

A escolha da velocidade de rotação depende da potência nominal, da altura de queda, do tipo


da turbina e do tipo do gerador.
Limites de n em função de H
Comparativo dos rendimentos de turbinas.

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