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P.W. Atkins, T.L. Overton, J.P. Rourke, M.T. Weller, F.A. Armstrong, Inorganic Chemistry, Fourth Edition, Oxford University Press, 2006.
L.E. Smart, E. A. Moore, Solid State Chemistry – An introduction, Third Edition, Taylor & Francis, 2005.
ª
G.L. Miessler, P.J. Ficher, D.A. Tarr. Química Inorgânica,, 5 Edição, São Paulo, Pearson, 2014.
1) CONCEITOS BÁSICOS
2.1. As semi-reações
Uma reação redox pode ser separada em dois componentes, os quais são
denominados semi-reações.
Então, para mostrar a remoção de elétrons de uma espécie que está sendo
oxidada em uma reação redox, escrevemos a equação química para uma semi-
reação de oxidação:
Zn0 → Zn2+ + 2 e-
Para mostrar o ganho de elétrons por uma espécie que esta sendo reduzida,
escrevemos a correspondente semi-reação de redução:
Cu2+ + 2 e- → Cu0
Os reagentes oxidantes possuem uma forte afinidade por elétrons e podem fazer
com que outras substâncias sejam oxidadas, retirando delas os elétrons que
necessitam para se reduzir.
Fe2+ → Fe3+ + e-
MnO4-: substância oxidante; retira elétrons dos íons Fe2+; o número de oxidação do
manganês varia de +7 no MnO4- para +2 no Mn2+.
A) Em meio ácido
1. Separação da reação em semi-reação e balanceamento de todos os
elementos, exceto H e O
2. Balanceamento do número de oxigênios com moléculas de água
3. Balanceamento do número de hidrogênios com íons H+
4. Balanceamento do número de cargas (número de elétrons envolvidos)
5. Equalização do número de elétrons envolvidos na reação
6. Some as duas reações, diminua íons H+ da direita e cancele os elétrons.
6. 2 MnO4- (aq) + 5 H2C2O4 (aq) + 6 H+ → 2 Mn2+ (aq) + 8 H2O (l) + 10 CO2 (g)
B) Em meio básico
1. Separação da reação em semi-reação
2. Balanceamento do número de oxigênio com moléculas de água
3. Balanceamento do número de H pela adição de H2O (no lado da equação que
precisa de hidrogênio) e OH- (do lado oposto)
4. Balanceamento do número de moléculas de H2O: simplifique cada semi-reação
5. Balanceamento do número de cargas (numero de elétrons envolvidos)
6. Equalização do numero de elétrons envolvidos na reação
7. Some as duas reações, simplifique a equação (cancele e-, diminua H2O e OH-)
3. MnO4- + 4H2O → MnO2 + 2H2O + 4OH- Br- + 3H2O + 6OH- → BrO3- + 6H2O
5. MnO4- + 2H2O + 3e-→ MnO2 + 4OH- Br- + 6OH- → BrO3- + 3H2O + 6e-
6. 2MnO4- + 4H2O + 6e-→ 2MnO2 + 8OH- Br- + 6OH- → BrO3- + 3H2O + 6e-
7. 2 MnO4-(aq) + Br – (aq) + H2O (l) → 2 MnO2 (s) + BrO3- (aq) + 2 OH- (aq)
2.3 Pilhas ou células galvânicas
Uma célula galvânica é uma célula eletroquímica na qual uma reação química
espontânea é usada para gerar uma corrente elétrica.
2 e-
Do mesmo modo, a formação dos íons Zn2+ causa um excesso de duas cargas
positivas na solução de Zn2+, que serão neutralizadas pelo movimento de íons Cl-
através da ponte salina para a solução.
Representação esquemática
das células
Cu│Cu2+ (M)║Ag+ (M)│Ag
Cu│CuSO4 (M) ║AgNO3 (M)│Ag
Ag+ + e- Ag(s)
Cu(s) Cu2+ + 2 e-
2 Ag+ + Cu(s) 2 Ag(s) + Cu2+
Figura 5 – Movimento de cargas em uma célula galvânica.
3) POTENCIAIS PADRÃO E A EQUAÇÃO DE NERNST
Em uma pilha galvânica onde cada meia-célula é constituída por soluções iônicas
de mesma concentração (mol L-1), a direção do fluxo de elétrons depende da
composição das duas meias-células, ou seja, das duas semi-reações envolvidas e,
por conseqüência, dos seus potenciais.
Figura 7 – O significado do potencial padrão. Somente pares com potencial padrão negativo
(que, portanto, ficam abaixo do hidrogênio) podem reduzir os íons hidrogênio. O poder de
redução cresce à medida que o potencial padrão se faz mais negativo.
O potencial padrão do eletrodo, E0, de uma semi-reação é definida quando o
potencial do eletrodo onde as atividades de todos os reagentes e produtos são
unitários.
Portanto, a 25 0C:
Ag+ + e- Ag (s) E0Ag = + 0,799 V
então: ET0 = + 1,10 V > a reação é espontânea (ocorre da esquerda para a direita).
então: ET0 = - 1,10 V > a reação não ocorre pois não é espontânea.
O potencial de qualquer pilha depende não somente dos componentes do sistema
reagente, isto é, das meias células, mas também de suas concentrações.
aA + ne- bB
a b
RT ( aA) RT ( aB )
E E0 ln b
E 0
ln
nF (aB) nF (aA) a
a b
RT ( aA) RT ( aB )
E E0 ln b
E 0
ln
nF (aB) nF (aA) a
onde:
E = Potencial real da meia célula.
E0 = Constante característica da semi-reação em questão (potencial padrão de eletrodo, em
volts).
R = Constante universal dos gases = 8,314 J K-1 mol-1.
T = Temperatura da experiência em Kelvin.
n = Número de elétrons que participa da reação, definido pela equação que descreve a meia-
célula.
F = Constante de Faraday = 96.485 C mol-1
ln = logaritmo natural = 2,303 log10.
(aA), (aB) = Atividade das espécies.
0, 05916V (aB)b
EE 0
log
n (aA)a
4) ELETRODOS E MEDIDA DE POTENCIAL
0, 05916V (aB)b
EE 0
log
n (aA)a
Ecel = Ec – Ea
Exemplo 1 - Calcule o potencial termodinâmico da seguinte célula:
1
E Ag 0, 799 0, 0592 log 0, 6984V
0, 0200
b
0, 05916V ( aB )
E E0 log
n (aA)a 0, 0592 1
ECu 2 0,337 log 0, 2867V
2 0, 0200
Ecel = ECu2+ - EAg+ = 0,2867 - 0,6984 = - 0,412 V (célula eletrolítica, processo não
espontâneo)
5) DESPROPORCIONAÇÃO
Algumas dessas espécies, tais como Fe2+, são instáveis com relação aos seus
produtos de oxidação ou de redução e decompõem-se espontaneamente, neles,
em solução.