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FOLHA DE QUESTÕES

CURSO: RELAÇÕES INTERNACIONAIS DEBATES EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS:


CONCEITOS E PRÁTICAS

NOME: Jairo de carvalho Silva junior MATRÍCULA:20201107079

DATA: 01/04/20 GRAU:primeiro RESENHA TURMA: NEG2008_22

Resenha do capítulo
Princípios de relações internacionais, Karen A. Mingst e Ivan M. Arreguín-toft
Tradução: Cristiana de Assis Serra
Editora: Elsevier - 6ª edição - 2014

Capítulo 2 - O contexto histórico das relações internacionais contemporâneas.

Apresentação do tema- Entender o surgimento das relações internacionais contemporâneas


sem olhar para a história e, principalmente, os conflitos, pequenas guerras e grandes guerras é
ilusório.
O citado capítulo traz à luz, na base histórica, o surgimento dos conceitos-chave da área de
R.I. (estado, nação, soberania, poder e equilíbrio de poder) em razão dos principais
acontecimentos históricos, transcorrendo em 400 anos de fatos que moldaram as civilizações dos
séculos passados e que, certamente, regem os efeitos vistos no mundo atual.
Para qualquer amante da história tal leitura é, indubitavelmente, aconselhada.

PRINCÍPIOS DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS – CAP.: 2

Os autores, durante o capítulo, avançam pela história respeitando a cronologia dos fatos, a
partir do tradado de Vestfália (1648), que deu fim à avassaladora guerra dos 30 anos. O tratado
trouxe a adoção da noção de soberania e estados soberanos, legitimando a territorialidade e o
direito (jurídico) dos Estados. Um ponto provindo dessa soberania foi a criação das forças armadas
nacionais permanentes, além do renascimento econômico (capitalismo) iniciado nos países do
Oeste, enquanto que, ao Leste, retrocederam às práticas feudais.
Após a guerra de independência americana (1776) e a Revolução Francesa (1789) surgiram
dois novos princípios: legitimidade e nacionalismo. Todavia, os impactos desses novos princípios
sobre a Europa obtiveram resultados negativos. O século XIX iniciou com as guerras napoleônicas,
movido com base na legitimidade e nacionalismo o então Imperador Napoleão Bonaparte decidiu
conquistar toda a Europa até ser vencido em 1815, sendo assim estabelecida a “paz” na Europa
pelo Congresso de Viena (Concerto da Europa).
Tal “paz” foi mantida durante alguns anos, entre outros motivos, pelo chamado equilíbrio de
poder, aonde as potencias europeias temiam o surgimento de qualquer estado predominante
(hegemônico). Forjavam, então, alianças na intenção de poder conter qualquer ameaça
hegemônica – tal como ocorreu com a França – construindo assim um equilíbrio de poder
Contudo, no findar do século XIX esse equilíbrio já estava desgastado fazendo surgir alianças
entre alguns estados para confrontar outros. A sequência de alguns conflitos culminou com o início
da primeira guerra mundial, movida mais uma vez (além de outros fatores) pelo nacionalismo,
desta vez na Alemanha. Com a Alemanha vencida uma serie de imposições foram feitas a Ela,
através do tratado de Versalhes, que afundaram o povo germânico em grandes depressões
econômicas. Ainda muito nacionalista e com grandes ressentimentos sofridos após a 1ªGM a
Alemanha viu surgir um novo líder: Adolf Hitler. O próprio, se dedicou para corrigir as “injustiças”
cometidas contra o povo alemão, sobrevindo, assim, a segunda grande guerra mundial sobre a
Europa.
Podemos aferir também que o fim da 2ªGM (1945) resultou em uma ampla redistribuição de
poder no globo, notoriamente duas das nações vitoriosas se sobrepunham perante as outras: EUA
e URSS, estes, socialistas e aqueles, capitalistas. Transformaram o mundo numa bipolarização de
poder, período denominado Guerra Fria (sem enfrentamento direto entre as potencias).
Este último estágio, assim como todos os outros, cercados de conflitos, diferenças, alianças, e
principalmente tratados internacionais, moldaram diretamente o mundo como ele é. Não há como
entender o presente e tentar prever o futuro - se assim possível - sem olhar para trás, sem
compreender os fatores e atores históricos dos últimos 400 ou 500 anos pelo menos, muito menos
entender a complexidade das relações internacionais sem o arcabouço histórico dominado.
Podemos, por fim, compreender que a disciplina História não é idiossincrática, pois, sim, está
intrínseca em outras áreas do conhecimento e estudo humano, das quais, referimos as Relações
internacionais.

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