Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo I e Cálculo Diferencial I - Professora: Mariana G. Villapouca

Aula 0 - Recordando alguns conceitos básicos

a se a > 0
1. Módulo: |a| =
−a se a < 0
Propriedades:
 a  |a|
• |a · b| = |a| · |b|,   = e |an | = (|a|)n
 
b |b|
• |x| = a ⇐⇒ x = a ou x = −a
• |x| < a ⇐⇒ −a < x < a ⇐⇒ x ∈ (−a, a)
• |x| > a ⇐⇒ x > a ou x < −a ⇐⇒ x ∈ (−∞, −a) ∪ (a, +∞)
• |a + b| 6 |a| + |b|
√ 1
2. Raiz quadrada: Seja um número real a > 0 . a = a 2 é um número real b > 0 tal que b2 = a.
Propriedades:
√ √
• x2 = a, a > 0 então x = a ou x = − a
√

2 a se a > 0
• a = |a| =
−a se a < 0
√
√ √ √
r
a a a
• Se a > 0 e b > 0 então a · b > 0 e > 0 e portanto a · b = a · b e = √
b b b
√
√ √ √
r
a a −a
• Se a < 0 e b < 0 então a · b > 0 e > 0 e portanto a · b = −a · −b e = √ (a < 0 e
b b −b
b < 0 então −a > 0 e −b > 0).
√ √ √
• a + b 6 a + b para todo a, b > 0
√ √
• 0 < a < b ⇐⇒ 0 < a < b (crescente)

3. Produtos notáveis:

• (a + b)2 = (a + b)(a + b) = a2 + 2ab + b2

• (a + b)3 = (a + b)(a + b)2 = (a + b)(a2 + 2ab + b2 ) = a3 + 3a2 b + 3ab2 + b3
• (a − b)2 = (a − b)(a − b) = a2 − 2ab + b2
• (a − b)3 = (a − b)(a − b)2 = (a − b)(a2 − 2ab + b2 ) = a3 − 3a2 b + 3ab2 − b3
• (Binômio de Newton) (a + b)n = n0 an b0 + n1 an−1 b1 + n2 an−2 b2 + · · · + nn a0 bn onde n é um





n!
número natural e np =


.
p! · (n − p)!
• a2 − b2 = (a − b)(a + b)
• a3 − b3 = (a − b)(a2 + ab + b2 )
• an − bn = (a − b)(an−1 + an−2 b + an−3 b2 + · · · + abn−2 + bn−1 ) onde n é um número natural.
• a3 + b3 = (a + b)(a2 − ab + b2 )
• a5 + b5 = (a + b)(a4 − a3 b + a2 b2 − ab3 + b4 )
• an + bn = (a + b)(an−1 − an−2 b + an−3 b2 − an−4 b3 + · · · + a2 bn−3 − abn−2 + bn−1 ) onde n é um
número natural ı́mpar .

1
4. Pesquisa de raı́zes de polinômios: Seja um polinômio de grau n p(x) = an xn +an−1 xn−1 +· · ·+a1 x+a0
onde an 6= 0 e a0 6= 0.

p(x) é divisı́vel por x − x0 se, e somente se, x0 é raiz de p(x), isto é, p(x0 ) = 0

Abaixo indicamos quem seriam bons candidatos as raı́zes do polinômio p(x).

Candidatos inteiros: divisores de a0 .
m divisor de a0
Candidatos racionais: com m e k primos entre si.
k divisor de an
Sabendo os candidatos devemos testá-los no polinômio p(x) para verificar se são ou não suas
raı́zes!!!
5. Identidades trigonométricas:

sen2 a + cos2 a = 1

dividindo por cos2 a dividindo por sen2 a

sen2 a cos2 a 1 sen2 a cos2 a 1

cos2 a
+ cos2 a
= cos2 a sen2 a
+ sen2 a
= sen2 a

⇓ ⇓
tg 2 a + 1 = sec2 a 1 + cotg 2 a = cossec2 a

• sen(−a) = −sen(a) (seno é ı́mpar) e cos(−a) = cos(a) (cosseno é par)

• sen(a + b) = sen(a) · cos(b) + sen(b) · cos(a)
(sen(a−b) = sen(a+(−b)) = sen(a)·cos(−b)+sen(−b)·cos(a) = sen(a)·cos(b)−sen(b)·cos(a))
• cos(a + b) = cos(a) · cos(b) − sen(a) · sen(b)
(cos(a−b) = cos(a+(−b)) = cos(a)·cos(−b)+sen(a)·sen(−b) = cos(a)·cos(b)+sen(a)·sen(b))
tg(a) + tg(b) tg(a) − tg(b)
• tg(a+b) = e tg(a−b) = (prove usando a definição da tangente
1 − tg(a) · tg(b) 1 + tg(a) · tg(b)
sen(a)
tg(a) = ))
cos(a)
• sen(2a) = sen(a + a) = sen(a) · cos(a) + sen(a) · cos(a) = 2sen(a) · cos(a)
• cos(2a) = cos(a + a) = cos(a) · cos(a) − sen(a) · sen(a) = cos2 (a) − sen2 (a), logo

sen2 (a) = 1 − cos2 (a) cos2 (a) − (1 − cos2 (a)) = cos2 (a) − 1 + cos2 (a) = 2cos2 (a) − 1

cos(2a) = cos2 (a) − sen2 (a) =

cos2 (a) = 1 − sen2 (a)

(1 − sen2 (a)) − sen2 (a) = 1 − 2sen2 (a)

1 + cos(2a) 1 − cos(2a)
Daı́, cos2 (a) = e sen2 (a) =
2 2
1


 sen(a) · cos(b) = [sen(a + b) + sen(a − b)]

 2
1

• cos(a) · cos(b) = [cos(a + b) + cos(a − b)]
 2
 sen(a) · sen(b) = 1 [cos(a − b) − cos(a + b)]



2

2
6. Resolução de Equações e Inequações: Resolver uma equação/inequação é determinar o conjunto de
todos os números reais que a satisfazem. Mas não se esqueça: o conjunto solução deve estar contido
no domı́nio da equação/inequação.

7. Estudo de sinal de expressões: O sinal de uma expressão só pode ser determinado pelo produto de
sinais, se a expressão estiver escrita na forma de um produto de fatores.

3
 Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo I e Cálculo Diferencial e Integral I - Professora: Mariana G. Villapouca

Função real de uma variável real

Aula 1 - Função constante, linear, afim, definida por partes e modular

Uma função real de uma variável real f é uma lei que a cada elemento x em um conjunto A ⊂ R associa
um único elemento f (x) em um conjunto B ⊂ R. Representamos f da seguinte maneira:

f: A → B
x 7→ f (x)

Domı́nio de f = Dom(f ) = {x ∈ R | f (x) está bem definido}

Imagem de f = Im(f ) = {f (x) | x ∈ Dom(f )}
Gráfico de f = graf (f ) = {(x, f (x)) | x ∈ Dom(f )}

1. Algumas funções básicas

Função Constante: f (x) = K, onde K ∈ R constante. Veja https://www.desmos.com/calculator/

uw2nhzmour

Dom(f ) =

Im(f ) =

Função Linear: f (x) = K·x, onde K ∈ R constante. Veja https://www.desmos.com/calculator/

bf22dmmdax

Dom(f ) =

Im(f ) =

4
Função afim: f (x) = a · x + b, onde a, b ∈ R? . Veja https://www.desmos.com/calculator/
wozw3trhmq

Dom(f ) =

Im(f ) =


g1 (x), se x > a
Função definida por partes: f (x) = , onde a ∈ R constante. Veja https://
g2 (x), se x < a
www.desmos.com/calculator/ck8lns6cup, https://www.desmos.com/calculator/
jqhjc4d0ls, https://www.desmos.com/calculator/cxpirvsxhy e https://ggbm.
at/vqXUfPkU.


x, se x > 0
Função modular: f (x) = |x| = . Veja https://www.desmos.com/calculator/
−x, se x < 0
5xqth4ayer e https://www.desmos.com/calculator/ej0pc0m5ej

Dom(f ) =

Im(f ) =

5
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo I e Cálculo Diferencial e Integral I - Professora: Mariana G. Villapouca

Função real de uma variável real

Aulas 2 e 3 - Função potência

1. Algumas funções básicas (continuação)

Função potência: f (x) = xa onde a constante.

a = n é um inteiro positivo ı́mpar: f (x) = xn , n = 1, 3, 5, 7, . . .
Na figura a seguir apresentamos os gráficos, nesta ordem, de x, x3 , x5 e x7 .

Figura 1: Famı́lia f (x) = xn , n = 1, 3, 5, 7, . . . (veja aqui)

Observação 1.

• Qual é o domı́nio e imagem da famı́lia?

Dom(f ) = Im(f ) =
• Pontos de interseção entre dois membros consecutivos quaisquer da famı́lia: (−1, −1), (0, 0) e
(1, 1).
Para pensar: Para encontrar tais pontos devemos encontrar para qualquer n ∈ N qual é a
solução de x2n+1 = x2n+3

x2n+1 = x2n+3 ⇔ x2n+3 − x2n+1 = 0 ⇔ x2n+1 (x2 − 1) = 0 ⇔ x = 0 ou 1 ou − 1

6
 • Qual é a relação de ordem entre os membros da famı́lia?
– Caso 1: 0 < x < 1, então x x3 x5 x7 ···
– Caso 2: x > 1, então x x 3 x 5 x7 ···
– Caso 3: −1 < x < 0, então x x 3 x 5 x 7 ···
– Caso 4: x < −1, então x x 3 x 5 x 7 ···
• lim x2n+1 =
x→+∞

• lim x2n+1 =
x→−∞

a = n é um inteiro positivo par: f (x) = xn , n = 2, 4, 6, 8, . . .

Na figura a seguir apresentamos os gráficos, nesta ordem, de x2 , x4 , x6 e x8 .

Figura 2: Famı́lia f (x) = xn , n = 2, 4, 6, 8, . . . (veja aqui)

Observação 2.

• Qual é o domı́nio e imagem da famı́lia?

Dom(f ) = Im(f ) =
• Pontos de interseção entre dois membros consecutivos quaisquer da famı́lia: (−1, 1), (0, 0) e (1, 1).
Para pensar: Para encontrar tais pontos devemos encontrar para qualquer n ∈ N qual é a
solução de x2n = x2n+2 .

x2n = x2n+2 ⇔ x2n+2 − x2n = 0 ⇔ x2n (x2 − 1) = 0 ⇔ x = 0 ou 1 ou − 1

7
 • Qual é a relação de ordem entre os membros da famı́lia?
– Caso 1: 0 < x < 1, então x2 x4 x6 x8 ···
– Caso 2: x > 1, então x 2 x 4 x 6 x 8 ···
– Caso 3: −1 < x < 0, então x 2 x4 x 6 x 8 ···
– Caso 4: x < −1, então x 2 x 4 x 6 x 8 ···
• lim x2n =
x→+∞

• lim x2n =
x→−∞

1 1 √
a= é n um inteiro positivo ı́mpar: f (x) = x n = n x, n = 1, 3, 5, 7, . . .
n √ √ √
Na figura a seguir apresentamos os gráficos, nesta ordem, de x, 3 x, 5 x e 7 x.

√
Figura 3: Famı́lia f (x) = n
x, n = 1, 3, 5, 7, . . . (veja aqui)

Observação 3.

• Qual é o domı́nio e imagem da famı́lia?

Dom(f ) = Im(f ) =
• Pontos de interseção entre dois membros consecutivos quaisquer da famı́lia: (−1, −1), (0, 0) e (1, 1).
Para pensar: Para encontrar tais pontos devemos encontrar para qualquer n ∈ N qual é a
√ √
solução de 2n+1 x = 2n+3 x.
√ √ √ √
2n+1
x = 2n+3 x ⇔ ( 2n+1 x)(2n+1)(2n+3) = ( 2n+3 x)(2n+1)(2n+3) ⇔ x2n+3 = x2n+1

8
 • Qual é a relação de ordem entre os membros da famı́lia?
√ √ √
– Caso 1: 0 < x < 1, então x 3
x 5
x 7
x ···
√ √ √
– Caso 2: x > 1, então x 3
x 5
x 7
x ···
√ √ √
– Caso 3: −1 < x < 0, então x 3
x 5
x 7
x ···
√ √ √
– Caso 4: x < −1, então x 3
x 5
x 7
x ···
√
2n+1
• lim x=
x→+∞

√
2n+1
• lim x=
x→−∞

1 1 √
a= é n um inteiro positivo par: f (x) = x n = n x, n = 2, 4, 6, . . .
n √ √ √ √
Na figura a seguir apresentamos os gráficos, nesta ordem, de x, 4 x, 6 x e 8 x.

√
Figura 4: Famı́lia f (x) = n
x, n = 2, 4, 6, 8, . . . (veja aqui)

Observação 4.

• Qual é o domı́nio e imagem da famı́lia?

Dom(f ) = Im(f ) =
• Pontos de interseção entre dois membros consecutivos quaisquer da famı́lia: (0, 0) e (1, 1). Para
pensar: Para encontrar tais pontos devemos encontrar para qualquer n ∈ N qual é a solução
√ √
de 2n x = 2n+2 x.
√ √ √ √
2n
x = 2n+2 x ⇒ ( 2n x)(2n)(2n+2) = ( 2n+2 x)(2n)(2n+2) ⇒ x2n+2 = x2n

9
 • Qual é a relação de ordem entre os membros da famı́lia?
√ √ √ √
– Caso 1: 0 < x < 1, então x 4
x 6
x 8
x ···
√ √ √ √
– Caso 2: x > 1, então x 4
x 6
x 8
x ···
√
2n
• lim x=
x→+∞

√
2n
• lim x = não está definido, pois não existem números negativos no domı́nio da função.
x→−∞

1
a = −n onde n é um inteiro positivo ı́mpar: f (x) = x−n = n , n = 1, 3, 5, 7, . . .
x
1 1 1 1
Na figura a seguir apresentamos os gráficos de , 3 , 5 , 7 , nesta ordem.
x x x x

1
Figura 5: Famı́lia f (x) = , n = 1, 3, 5, 7, . . . (veja aqui)
xn

10
Observação 5.

• Qual é o domı́nio e imagem da famı́lia?

Dom(f ) = Im(f ) =
• Pontos de interseção entre dois membros consecutivos quaisquer da famı́lia: (−1, −1) e (1, 1).
Para pensar: Para encontrar tais pontos devemos encontrar para qualquer n ∈ N qual é a
1 1
solução de 2n+1 = 2n+3 .
x x
x6=0
1 1 z}|{ 2n+3
= =⇒ x = x2n+1
x2n+1 x2n+3
• Qual é a relação de ordem entre os membros da famı́lia?
1 1 1 1
– Caso 1: 0 < x < 1, então 3 5
···
x x x x7
1 1 1 1
– Caso 2: x > 1, então 3 5
···
x x x x7
1 1 1 1
– Caso 3: −1 < x < 0, então 3 5
···
x x x x7
1 1 1 1
– Caso 4: x < −1, então ···
x x3 x5 x7
1
• lim 2n+1 =
x→+∞ x

1
• lim =
x→−∞ x2n+1

1
• lim =
x→0+ x2n+1

1
• lim =
x→0− x2n+1

11
 1
a = −n onde n é um inteiro positivo par: f (x) = x−n = n , n = 2, 4, 6, 8, . . .
x
1 1 1 1
Na figura a seguir apresentamos os gráficos de 2 , 4 , 6 , 8 , nesta ordem.
x x x x

1
Figura 6: Famı́lia f (x) = , n = 2, 4, 6, 8, . . . (veja aqui)
xn

Observação 6.

• Qual é o domı́nio e imagem da famı́lia?

Dom(f ) = Im(f ) =
• Pontos de interseção entre dois membros consecutivos quaisquer da famı́lia: (−1, 1) e (1, 1).
Para pensar: Para encontrar tais pontos devemos encontrar para qualquer n ∈ N qual é a
1 1
solução de 2n = 2n+2 .
x x
x6=0
1 1 z}|{ 2n+2
= =⇒ x = x2n
x2n x2n+2

12
• Qual é a relação de ordem entre os membros da famı́lia?
1 1 1 1
– Caso 1: 0 < x < 1, então 2 4 6
···
x x x x8
1 1 1 1
– Caso 2: x > 1, então 2 4 6
···
x x x x8
1 1 1 1
– Caso 3: −1 < x < 0, então 2 4 6
···
x x x x8
1 1 1 1
– Caso 4: x < −1, então 2 4 6
···
x x x x8
1
• lim 2n =
x→+∞ x

1
• lim =
x→0+ x2n

1
• lim =
x→−∞ x2n

1
• lim =
x→0− x2n

13
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo I e Cálculo Diferencial e Integral I - Professora: Mariana G. Villapouca

Função real de uma variável real

Aula 4 - Função exponencial, logarı́tmica, polinomial, racional e algébrica

1. Algumas funções básicas (continuação)
 
a>0
Função exponencial: f (x) = ax ,
onde é constante. (veja aqui)
a 6= 1
Na figura a seguir temos ax com 0 < a < 1 (esquerda) e a > 1 (direita).

Observação 7. Quando 0 < a < 1 temos que

Dom(f ) = Im(f ) =

Quando a > 1 temos que

Dom(f ) = Im(f ) =

Propriedades: Se a, b > 0 e a, b 6= 1, então:

ax
• ax+y = ax · ay e ax−y =
by
• (ax )y = axy
• ex , onde e ≈ 2, 71828 (número neperiano)
 
a>0
Função Logarı́tmica: f (x) = loga x, onde é constante. (veja aqui)
a 6= 1
Na figura a seguir temos loga x com 0 < a < 1 (esquerda) e a > 1 (direita).

14
 Observação 8. Quando 0 < a < 1 temos que

Dom(f ) = Im(f ) =

Quando a > 1 temos que

Dom(f ) = Im(f ) =
Propriedades: Se a, b > 0, a, b 6= 1 e r ∈ R, então:
• loga (x · y) = loga x + loga y
 
x
• loga = loga x − loga y
y
• loga (xr ) = r · loga (x)
• loge x = ln(x) (logaritmo natural)
lnx
• Mudança de base: loga x =
lna
x
• a = (e ln(a) x
) =e x·ln(a)

Função polinomial de grau n: f (x) = an xn + an−1 xn−1 + · · · + a1 x + a0 com an 6= 0 e a0 , a1 , . . . , an ∈

R fixos. Veja os links (grau 2), (grau 4) e (grau n)

Observação 9 (Funções quadráticas:). ax2 + bx + c onde a, b, c ∈ R e a 6= 0.

∆=0 ∆>0 ∆<0

a>0
r1 r2
r1 = r2
r1 = r2
r1 r2
a<0

15
 P (x) função polinomial
Função racional: f (x) = = (veja aqui)
Q(x) função polinomial
x2 + 1 2x2
Na figura a seguir temos os gráficos das seguintes funções (esquerda) e 2 (direita).
1−x x −1

Funções algébricas: são funções que podem se construı́das usando apenas as operações algébricas
(como adição, subtração, multiplicação, divisão e extração de raı́zes). (veja aqui)
√
Na figura a seguir temos os gráficos das seguintes funções x2/3 (6 − x)1/3 (esquerda) e ( x +
x11 )1/3 (direita).

16
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo I e Cálculo Diferencial e Integral I - Professora: Mariana G. Villapouca

Função real de uma variável real

Aula 5 - Funções trigonométricas

1. Algumas funções básicas (continuação)

Funções trigonométricas: https://www.desmos.com/calculator/5xdc7qcovp

Seno : f (x) = sen(x)

Dom(f ) =

Im(f ) =

Observação 10. Vejamos algumas propriedades da função seno.

(a) A função seno é limitada?

(b) Quais são os zeros da função seno?

(c) A função seno é periódica? Em caso afirmativo, qual seria o seu perı́odo?

(d) A função seno é uma função par ou ı́mpar?

17
Cosseno : f (x) = cos(x)

Dom(f ) =

Im(f ) =

Observação 11. Vejamos algumas propriedades da função cosseno.

(a) A função cosseno é limitada?

(b) Quais são os zeros da função cosseno?

(c) A função cosseno é periódica? Em caso afirmativo, qual seria o seu perı́odo?

(d) A função cosseno é uma função par ou ı́mpar?

18
 sen(x)
Tangente : f (x) = = tg(x)
cos(x)
Dom(f ) =

Im(f ) =

Observação 12. Vejamos algumas propriedades da função tangente.

(a) Quais são os zeros da função tangente?

(b) A função tangente é periódica? Caso afirmativo, qual seria o seu perı́odo?

(c) A função tangente é uma função par ou ı́mpar?

(d) lim tg(x) =

x→ π2 +

(e) lim tg(x) =

x→ π2 −

(f) Analisando os itens (d) e (e), diga se a função tangente é limitada ou ilimitada?

19
 1
Secante : f (x) = = sec(x)
cos(x)
Dom(f ) =

Im(f ) =

Observação 13. Vejamos algumas propriedades da função secante.

(a) A função secante possue zeros?

(b) A função secante é periódica? Caso afirmativo, qual é o seu perı́odo?

(c) A função secante é uma função par ou ı́mpar?

(d) lim sec(x) =

x→ π2 +

(e) lim sec(x) =

x→ π2 −

(f) Analisando os itens (d) e (e), diga se a função secante é limitada ou ilimitada?

20
 1
Cossecante : f (x) = = cossec(x)
senx
Dom(f ) =

Im(f ) =

Observação 14. Vejamos algumas propriedades da função cossecante.

(a) A função cossecante possue zeros?

(b) A função cossecante é periódica? Caso afirmativo, qual é o seu perı́odo?

(c) A função cossecante é uma função par ou ı́mpar?

(d) lim cossec(x) =

x→0+

(e) lim cossec(x) =

x→0−

(f) Analisando os itens (d) e (e), diga se a função cossecante é limitada ou ilimitada?

21
 1 cos(x)
Cotangente : f (x) = = = cotg(x)
tg(x) sen(x)
Dom(f ) =

Im(f ) =

Observação 15. Vejamos algumas propriedades da função cotangente.

(a) A função cotangente possue zeros?

(b) A função cotangente é periódica? Caso afirmativo, qual é o seu perı́odo?

(c) A função cotangente é uma função par ou ı́mpar?

(d) lim cotg(x) =

x→0+

(e) lim cotg(x) =

x→0−

(f) Analisando os itens (d) e (e), diga se a função cotangente é limitada ou ilimitada?

22
 Exercı́cio: Revise as relações trigonométricas na aula 0!

Funções hiperbólicas: veja

ex − e−x
Seno hiperbólico : f (x) = senh(x) =
2
Dom(f ) =

Im(f ) =

ex + e−x
Cosseno hiperbólico : f (x) = cosh(x) =
2
Dom(f ) =

Im(f ) =

Tangente hiperbólica : f (x) = tgh(x)

Dom(f ) =

Im(f ) =

Exercı́cio: Verifique que cosh2 − senh2 = 1 e deduza e prove as outras relações.

23
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo I e Cálculo Diferencial e Integral I - Professora: Mariana G. Villapouca

Função real de uma variável real

Aula 6 - Tipos de funções

1. Algumas funções básicas

2. Tipos de funções

Função par: Uma função f é par se é simétrica em relação ao eixo y, isto é, f (−x) = f (x) .
Exemplos:
• A função f (x) = xn onde n inteiro positivo par é par? (veja aqui)

f (x) = x2

f (−x) =

• A função f (x) = cos(x) é par?

f (x) = cos(x)

f (−x) = cos(−x) =

• Exercı́cio: Dê outros exemplos de funções pares.

24
Função ı́mpar: Uma função f é ı́mpar se é simétrica em relação à origem, isto é, f (−x) = −f (x) .
Exemplos:
• A função f (x) = xn onde n inteiro positivo ı́mpar é ı́mpar? (veja aqui)

f (x) = x3

f (−x) =

• A função f (x) = sen(x) é ı́mpar?

f (x) = sen(x)

f (−x) = sen(−x) =

• Exercı́cio: Dê outros exemplos de função ı́mpar.

• Exercı́cio: Toda função deve ser par ou ı́mpar?

25
Função crescente: Uma função f é estritamente crescente em um intervalo [a, b] ⊂ Dom(f ) se para
todo x1 , x2 ∈ [a, b] tal que x1 < x2 tem-se que f (x1 ) < f (x2 ).

Função decrescente: Uma função f é estritamente decrescente em um intervalo [a, b] ⊂ Dom(f ) se

x1 , x2 ∈ [a, b] tal que x1 < x2 tem-se que f (x1 ) > f (x2 ).

Exercı́cio: Verifique os intervalos onde as seguintes funções são crescentes e/ou decrescentes:

26
Funções injetora, sobrejetora e bijetora
Uma função f : A → B é dita sobrejetora se para todo y ∈ B existe x ∈ A tal que f (x) = y. Em
outras palavras, Im(f ) = B.
Exercı́cio: Verifique se as funções abaixo são sobrejetoras:

Uma função f : A → B é dita injetora se ∀x1 , x2 ∈ A tal que f (x1 ) = f (x2 ) tem-se que x1 = x2 .
Teste da reta horizontal: Se todas as retas paralelas ao eixo x que cortam o gráfico de f o fazem
em um único ponto, então f é injetora.

27
Exercı́cios: Verifique se as funções abaixo são injetoras:

Uma função f : A → B é bijetora se é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.

Exercı́cio: Verifique se as funções dos exemplos anteriores são bijetoras.

28
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo I e Cálculo Diferencial e Integral I - Professora: Mariana G. Villapouca

Função real de uma variável real

Aula 7 - Operações com funções: soma, mutiplicação e divisão

3. Operações com funções
1. Algumas funções básicas
Soma de funções: (f + g)(x) = f (x) + g(x)
2. Tipos de funções
Dom(f + g) = Dom(f ) ∩ Dom(g)
√ 1
Exemplo: Sejam f (x) = x e g(x) = . veja aqui
x

Multiplicação de funções: (f · g)(x) = f (x) · g(x)

Dom(f · g) = Dom(f ) ∩ Dom(g)

1
Exercı́cio: Sejam f (x) = e g(x) = x. Determine o domı́nio e o gráfico das funções f , g e f · g
x
e determine a expressão de (f · g)(x).

29
  
f f (x)
Divisão de funções: (x) = , g(x) 6= 0
g g(x)
 
f
Dom = (Dom(f ) ∩ Dom(g)) − {x ∈ Dom(g) | g(x) = 0}
g

√ f
Exercı́cio: Sejam f (x) = lnx e g(x) = x2 − 1. Determine o domı́nio das funções f , g e .
g

30
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo I e Cálculo Diferencial e Integral I - Professora: Mariana G. Villapouca

Função real de uma variável real

Aula 8 - Composta de funções

1. Algumas funções básicas

3. Operações com funções (continuação)
2. Tipos de funções
Composta de funções: Sejam f e g funções tais que Im(f ) ⊂ Dom(g), então definimos (g ◦ f )(x) =
g(f (x)), ∀x ∈ Dom(g ◦ f ) e
Dom(g ◦ f ) = {x ∈ Dom(f ) | f (x) ∈ Dom(g)}
√ 1
Exercı́cio: Sejam f (x) = x, g(x) = e h(x) = x3
x
(a) Calcule g ◦ h(x) e determine o seu domı́nio:

– Dom(g ◦ h) = x ∈ Dom(h) | h(x) = x3 ∈ Dom(g) =



– g ◦ h(x) = g(h(x)) =

(b) Calcule (f ◦ g ◦ h)(x) e determine o seu domı́nio:

– Dom(f ◦ g ◦ h) = {x ∈ Dom(g ◦ h) | (g ◦ h)(x) ∈ Dom(f )}

31
 – (f ◦ g ◦ h)(x) =

1 1
Exercı́cio: Sejam f (x) =e g(x) = 2 .
x x
• Determine os domı́nios de f , g e f ◦ g.

• Calcule f ◦ g(x).

Observação 16. Em geral, f · g 6= f ◦ g .

1
Exemplo: Tome f (x) = e g(x) = x
x
1
• (f · g)(x) = f (x) · g(x) = · x = 1, ∀x ∈ Dom(f · g) =
x

1 1
• (f ◦ g)(x) = f (g(x)) = = , ∀x ∈ Dom(f ◦ g) = {x ∈ Dom(g) | g(x) ∈ Dom(f )} =
g(x) x

Exercı́cio: Encontre outro exemplo onde f · g 6= f ◦ g.

Observação 17. Em geral, f ◦ g 6= g ◦ f .
√
Exemplo: Tome f (x) = x + 1 e g(x) = x.
√ √
• f ◦ g(x) = f ( x) = x + 1
√
• g ◦ f (x) = g(f (x)) = g(x + 1) = x + 1
Exercı́cio: Encontre outro exemplo onde f ◦ g 6= g ◦ f .

32
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo I e Cálculo Diferencial e Integral I - Professora: Mariana G. Villapouca

Função real de uma variável real

Aula 9 - Inversa de funções

1. Algumas funções básicas

3. Operações com funções (continuação)
2. Tipos de funções
Inversa de funções: Uma função g é dita função inversa de f se:
• Im(g) = Dom(f ) e Im(f ) = Dom(g)
• Para todo x ∈ Dom(g) temos que (f ◦ g)(x) = x e para todo x ∈ Dom(f ) temos que
(g ◦ f )(x) = x
Em tal caso dizemos que f é invertı́vel e denotamos a sua inversa g por f −1 .
Observação 18. Em outras palavras,

f é invertı́vel ⇐⇒ f é bijetora

Observação 19. Em geral, f −1 (x) 6= (f (x))−1 .

Exemplo: Seja f (x) = x3 , ∀x ∈ R. Já vimos anteriormente que essa função é bijetora e portanto
√
f é invertı́vel. E a sua inversa é f −1 (x) = 3 x (Verifique!) que é diferente da função (f (x))−1 =
1 1
= 3.
f (x) x

33
Observação 20. O gráfico da função f −1 é simétrico ao gráfico de f em relação à reta y = x.

Um método para tentar determinar a inversa: Seja f (x) = x3 , ∀x ∈ R que já vimos anterior-
mente que é invertı́vel e que Dom(f −1 ) = R e Im(f −1 ) = R. Assim,

f (x) = x3 x = y3 √
   
3 ←→ √ ⇒ f −1 (x) = 3 x
y=x y= x3

Exemplos:
(a) Função logarı́tmica ↔ Função exponencial

Exercı́cio: A função f (x) = x2 é invertı́vel em R? Em caso afirmativo determine a sua

inversa e esboce o gráfico da inversa e em caso negativo determine um domı́nio onde isso
ocorra.

34
 (b) Funções trigonométricas inversas: Nenhuma das funções trigonométricas é invertı́vel
em seu domı́nio. Entretanto, para cada uma delas podemos considerar uma restrição no
domı́nio, de maneira a obter uma função invertı́vel.
h π πi
Arcoseno: Devemos tomar sen : − , → [−1, 1]
2 2

h π πi
Assim, a sua inversa neste intervalo será a função arcsen : [−1, 1] → − ,
2 2

arcsen(x) = y ⇔ x = sen(y)

35
Arcocosseno: Devemos tomar cos : [0, π] → [−1, 1]

Assim, a sua inversa neste intervalo será a função arccos : [−1, 1] → [0, π]

arccos(x) = y ⇔ x = cos(y)

36
  π π
Arcotangente: Devemos tomar tg : − , →R
2 2

 π π
Assim, a sua inversa neste intervalo será a função arctg : R → − , .
2 2

arctg(x) = y ⇔ x = tg(y)

37
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo I e Cálculo Diferencial e Integral I - Professora: Mariana G. Villapouca

Função real de uma variável real

Aula 10 - Transformações de gráficos

4. Transformações de gráficos
1. Algumas funções básicas
Simetria de curvas
2. Tipos de funções em torno do eixo x
• Simetria
3. Operações com funções

• Simetria em torno do eixo y

• Simetria em relação à origem

38
Alongamentos x compressões, translações e reflexões

39
Exercı́cio: Estude nos links abaixo as transformações de gráficos apresentadas acima:
• Alongamentos e compressões: https://www.desmos.com/calculator/x6gtsoosfe

• Translações: https://www.desmos.com/calculator/iymnr28vcm

40
 • Reflexões f (−x) e −f (x): https://www.desmos.com/calculator/wzjmpaaf8w

• Modulação f (|x|) e |f (x)|: https://www.desmos.com/calculator/zszdiaovks

Exercı́cios:

(a) Esboce o gráfico de y = |x − 3| + 2 partindo do gráfico da função y = x.

√ √
(b) Esboce o gráfico de y = 3 2 − x partindo do gráfico da função 3 x.
(c) Esboce o gráfico da função f (x) = 1 − |3 · sen(2x)| partindo do gráfico função sen(x).
 
 1  partindo da função 1 .

(d) Esboce o gráfico da função g(x) = 2 − 3
|x − 1|  x3
 
 4 
(e) Esboce o gráfico da função g(x) = 2 −  − 10.
|x| + 2

(Adicione 2 folhas em branco para exemplos a serem resolvidos na aula)

41