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UFAM – Engenharia da Computação

AUTOMATIZAÇÃO EM UM SISTEMA HIDROPÔNICO DE PEQUENO PORTE

Max Simões dos Santos

Monografia de Graduação apresentada


à Coordenação de Engenharia da
Computação, UFAM, da Universidade
Federal do Amazonas, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do
título de Engenheiro da Computação.

Orientador:

Prof. Dr.-Ing. Vicente de Ferreira Lucena


Júnior

Coorientador:

Prof. Dr. Wellington Gomes da Silva

Manaus

2018
AUTOMATIZAÇÃO EM UM SISTEMA HIDROPÔNICO DE PEQUENO PORTE

Max Simões dos Santos

MONOGRAFIA SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE


ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
AMAZONAS COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A
OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO.

Aprovada por:

_____________________________________________

Prof. Dr.-Ing. Vicente Ferreira de Lucena Junior

_____________________________________________

Prof. Dr. Wellington Gomes da Silva

_____________________________________________

Prof. Dr. Carlos Augusto de Moraes Cruz

Manaus

2018
Ficha Catalográfica
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado sabedoria, força de


vontade e persistência para concluir meus projetos de vida, sendo um deles a
minha formação na universidade federal do amazonas.
A minha mãe e ao meu pai, Margareth e João Carlos, por me darem
assistência financeira, moral e conselhos precioso que levarei por toda a minha
vida. E também a minha avó, Cleonice, e ao meu querido irmão, Yves.
A minha esposa, Susany, que sempre me apoiou e se sacrificou, durante
toda a minha graduação, para que conseguisse estar aqui.
Aos meus amigos, Felipe, Laís, Flávio, Sávio, Higo, Darlisson e Jordan,
que me proporcionaram uma vivência única na universidade com todas as
descontrações, trabalhos e estudos em grupo, saideiras e jogos de futebol. Levo
essas amizades para a minha vida inteira.
Ao meu orientador, prof. Dr.-Ing Vicente Ferreira de Lucena Junior, e ao
meu coorientador, prof. Dr. Wellington Gomes da Silva, que me orientaram
dando todo o suporte, permitindo que eu utilizasse os laboratórios para que eu
conseguisse concluir este projeto.
Aos demais, deixo o meu muito obrigado e que eu possa corresponder a
todas suas expectativas com relação a minha vida profissional daqui em diante.
RESUMO

As hortaliças têm um papel bastante importante na culinária humana e


também são bastante benéficas à saúde. O seu cultivo em hortas hidropônicas,
com a total inexistência do solo para o fixação da planta, proporcionou muitas
vantagens na agricultura como, por exemplo: a ação de insetos e
microrganismos são reduzidos, com isso, na maioria das vezes, dispensa o uso
de agrotóxicos prejudiciais à saúde; uso racional da água, diminuindo o
desperdício; e as hortaliças cultivada têm maior qualidade e longevidade nas
prateleiras por serem cultivadas em ambientes controlados e tiradas com a raiz.
O tipo do sistema hidropônico proposto para o projeto é o NFT (Nutrient Film
Technique). Nesta técnica, as plantas são colocadas em canais onde passa uma
lâmina de água contendo os nutrientes necessários para o cultivo. Neste projeto,
tem como objetivo a construção reduzida de um sistema hidropônico NFT
desenvolvendo um sistema de monitoramento de algumas variáveis climáticas e
o controle do pH da água do reservatório utilizando a plataforma Arduino.

Palavras-Chave: Arduino, Hidroponia, Automação.


ABSTRACT

Vegetables have a very important role in human cooking and are also very
beneficial to health. Its cultivation in hydroponic gardens, with the total absence
of soil for plant fixation, has given many advantages in agriculture, for example:
the action of insects and microorganisms are reduced, with this, in most cases,
dispenses the use of pesticides harmful to health; rational use of water, reducing
waste; and cultivated vegetables have higher quality and longevity on the shelves
because they are grown in controlled environments and taken with the root. The
type of hydroponic system proposed for the project is the NFT (Nutrient Film
Technique). In this technique, the plants are placed in channels where a slide of
water containing the necessary nutrients for the crop passes. In this project, the
objective is the reduced construction of an NFT hydroponic system developing a
monitoring system of some climatic variables and the control of the reservoir
water pH using the Arduino platform.

Keywords: Arduino, Hydroponics, Automation.


SUMÁRIO
LISTA DE FUGURAS ........................................................................................ 9

LISTA DE TABELAS ....................................................................................... 10

1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................... 11

1.1 MOTIVAÇÃO .......................................................................................... 12

1.2 OBJETIVO .............................................................................................. 12

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................... 12

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................... 13

2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 14

2.1 AUTOMAÇÃO ......................................................................................... 14

2.2 CONTROLE ............................................................................................ 14

2.3 HIDROPONIA ......................................................................................... 16

2.4 HARDWARES UTILIZADOS .................................................................. 18

2.4.1 Arduino ............................................................................................. 18

2.4.2 Visor LCD ......................................................................................... 21

2.4.3 Sensor de Umidade e Temperatura DHT11 ..................................... 23

2.4.4 Sensor de temperatura da água DS18B20 ..................................... 24

2.4.5 Módulo relé ...................................................................................... 25

2.4.6 Motor-Bomba ................................................................................... 27

2.4.7 Sensor de pH ................................................................................... 27

2.4.8 Bomba Peristaltica ........................................................................... 29

3 – DESENVOLVIMENTO ............................................................................... 31

3.1 SISTEMA NFT ........................................................................................ 31

3.2 SISTEMA DE MONITORAMENTO ......................................................... 33

3.2.1 Módulo visor LCD com módulo I2C .................................................. 33

3.2.2 Módulo DHT11 ................................................................................. 34


3.2.3 Módulo DS18B20 ............................................................................. 34

3.2.4 Modulo pH ........................................................................................ 35

3.3 SISTEMA DE CONTROLE ..................................................................... 36

3.3.1 Controle da Irrigação ........................................................................ 37

3.3.2 Controle do pH ................................................................................. 38

3.4 PROTÓTIPO........................................................................................... 39

4 – TESTES E RESULTADOS ........................................................................ 42

5 – CONCLUSÃO ............................................................................................ 43

5.1 CONCLUSÕES DO PROJETO .............................................................. 43

5.2 EXTENSÕES PARA O FUTURO ........................................................... 43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 44

APENDICE A – Código ................................................................................... 46

APENDICE B – Ligação de Todos os Módulos ............................................ 53


LISTA DE FUGURAS

Figura 1 - Diagrama sistema de controle em malha aberta .............................. 15


Figura 2 - Diagrama sistema de controle em malha fechada ........................... 15
Figura 3 - Sistema NFT .................................................................................... 17
Figura 4 - Arduino Nano ................................................................................... 19
Figura 5 - Display LCD ..................................................................................... 21
Figura 6 - Módulo I2C ....................................................................................... 22
Figura 7 - Sensor DHT11 ................................................................................. 23
Figura 8 - Sensor DS18B20 ............................................................................. 24
Figura 9 - Relé.................................................................................................. 25
Figura 10 - Módulo relé .................................................................................... 26
Figura 11 - Motor-Bomba ................................................................................. 27
Figura 12 - Sensor pH ...................................................................................... 28
Figura 13 - Eletrodo.......................................................................................... 28
Figura 14 - Bomba peristáltica.......................................................................... 30
Figura 15 - Tubo de PVC ................................................................................. 31
Figura 16 - Bacia de água ................................................................................ 32
Figura 17 - Suporte de madeira........................................................................ 32
Figura 18 - Ligação entre a bacia e o motor bomba ......................................... 33
Figura 19 - Ligação arduino com lcd ................................................................ 33
Figura 20 - Ligação arduino com dht11 ............................................................ 34
Figura 21 - Ligação arduino com ds18b20 ....................................................... 34
Figura 22 - Ligação arudino com sensor pH..................................................... 35
Figura 23 - Soluções tampão de pH4 e pH7 .................................................... 35
Figura 24 - Diagrama controle irrigação ........................................................... 37
Figura 25 - Diagrama controle do pH ............................................................... 37
Figura 26 - Ligação arduino com motor bomba ................................................ 38
Figura 27 - Ligação controle do pH .................................................................. 38
Figura 28 - Protótipo do circuito ....................................................................... 39
Figura 29 - Bacia com os sensores .................................................................. 39
Figura 30 - Protótipo sensor DHT11 ................................................................. 40
Figura 31 - Protótipo Bombas peristálticas ....................................................... 40
Figura 32 - Protótipo display LCD .................................................................... 41
Figura 33 - Protótipo completo ......................................................................... 41
Figura 34 - Gráfico ........................................................................................... 42
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Especificação Arduino Nano ........................................................... 20


Tabela 2 - Especificação DHT11 ...................................................................... 23
Tabela 3 - Especificação DS18B20 .................................................................. 25
Tabela 4 - Especificação motor-bomba ............................................................ 27
Tabela 5 - Especificação sensor pH ................................................................. 29
11

1 – INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o principal objetivo de desenvolver um sistema de
monitoramento e controle em um sistema de cultivo hidropônico de proporções
reduzidas para a produção de hortaliças. Para a elaboração desse sistema,
utilizamos a plataforma Arduino, sensores e atuadores que iram fazer o
monitoramento de pH, temperatura da água, umidade e temperatura ambiente.
O controle proposto será no nível de pH no reservatório da solução nutricional e
na irrigação do sistema.
O termo hidroponia deriva de duas palavras gregas: hydro, água, e ponos,
trabalho. A combinação dessas duas palavras significa “trabalhar com a água”
e, implicitamente, o uso de soluções de adubos químicos para se criar plantas
sem-terra. Este significado opõe-se à agricultura convencional, que poderia ser
denominada de geoponia (geo = terra) (DOUGLAS, 1997).
Apesar dessa técnica de cultivo sem o uso do solo ou outro substrato
como fonte de nutrientes ser bem antiga, a hidroponia só foi introduzida em
Manaus na década de 90 por agricultores do ramal do Ipiranga e no Brasil nesta
mesma época. Segundo os dados do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário
e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), Manaus tem o maior potencial na
produção de alface hidropônica e, que, no período de 2014 a 2016, teve um
crescimento de 22% no cultivo dessa hortaliça.
Já foram criadas várias técnicas de cultivo em sistemas hidropônicos,
mas, atualmente, a técnica de Nutrient Filme Technique (NFT) é a mais utilizada.
Esse sistema consiste em imergir as raízes da planta em um fluxo laminar de
nutrientes para que estes sejam absorvidos. Isto será alcançado por meio de
uma bomba d’água controlada pelo sistema a ser desenvolvido, que efetuará
periodicamente a passagem da uma fina camada da solução nutricional, contida
em um reservatório, nas raízes das hortaliças.
Nos dias atuais a hidroponia se destaca pelo uso racional da água,
evitando o desperdício que ocorre nas produções convencionais, economia na
mão de obra, possibilidade de dispensar o uso de agrotóxicos e na diminuição
de perdas na produção.
Apesar da técnica NFT tenha sido aprimorada conforme o tempo, a
maioria das plantações fazem, manualmente, o controle e monitoramento de
12

todo o sistema, tendo a necessidade da mão-de-obra para essas operações que


são realizadas periodicamente. Então a ação humana tem grande possibilidade
de cometer falhas em alguns dessas operações, gerando o mau
desenvolvimento das plantas ou até mesmo a perda da produção.
A automação seria a solução para esses problemas, possibilitando o
monitoramento em tempo real das variáveis que influenciam no desenvolvimento
da planta e outras vantagens que a automação nos proporciona que, segundo
Groover, são: O aumento da produtividade; reduzir custos do trabalho; minimiza
os efeitos da falta de trabalhadores; melhora a qualidade dos produtos; e diminui
o tempo de produção.

1.1 MOTIVAÇÃO
Como já dito anteriormente, a hidroponia continua crescendo no Brasil por
causa de todas as suas vantagens, mas necessita de monitoramento constante
para não perder a produção. Conforme o produtor cresce, aumenta também as
despesas com a mão-de-obra.
A finalidade deste projeto é de reduzir custos operacionais mantendo a
excelência das hortaliças com a automação e, como o sistema é de proporções
reduzidas, também poderá ser aplicado em um contexto domiciliar, por não
precisar de um grande espaço para o cultivo.

1.2 OBJETIVO
Desenvolver um sistema de automação que monitore a umidade e
temperatura ambiente, temperatura e pH da solução nutritiva e que seja feito o
controle da irrigação e do nível de pH no reservatório em um sistema de cultivo
hidropônico usando a técnica NFT de proporções reduzidas utilizando a
plataforma Arduino.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Construir um sistema de cultivo hidropônico usando a técnica NFT de
proporções reduzidas;

 Monitorar a umidade e temperatura do ambiente;

 Monitorar a temperatura da solução nutricional;


13

 Monitorar e controlar o pH da solução nutricional;

 Automatizar a irrigação do sistema.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO


A estrutura deste trabalho é apresentada nos seguintes capítulos:
Capitulo 1 – Apresenta a introdução, motivação, seus objetivos e a
organização da monografia.
Capítulo 2 – Descreve toda a fundamentação teórica utilizada para o
desenvolvimento do projeto e apresenta todos os hardwares utilizados e seus
respectivas especificações.
Capítulo 3 – Desenvolvimento do projeto dividida em quatro partes,
construção do sistema hidropônico, desenvolvimento do monitoramento e
controle e integração de todos eles.
Capitulo 4 – Consiste na apresentação do funcionamento de todo o
projeto.
Capitulo 5 – Aponta a conclusão do trabalho e melhorias no projeto que
podem ser feitas no futuro.
14

2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 AUTOMAÇÃO
A automação pode ser definida como a tecnologia por meio da qual um
processo ou procedimento é alcançado sem assistência humana. É realizada
utilizando-se um programa de instruções combinado a um sistema de controle
que executa as instruções (GROOVER, 2011).
Desde muito tempo o homem já tentava mecanizar seus trabalhos, um
exemplo disso são a invenção da roda, moinhos de vento, rodas de água, etc.
Essas invenções mostram as tentativas do homem semiautomatizar seu trabalho
para poupar esforço.
Mas só na metade do século XVIII, na Inglaterra, que a automação
industrial começou a ganhar força com os sistemas de produção artesanal e
agrário começaram a se transformar em indústria e que foram criados os
primeiros dispositivos semiautomáticos.
Na agroindústria, a automação está tendo um grande desenvolvimento
pelo mundo e está sendo utilizada em muitas atividades no Brasil, mesmo que
em menor escala. Com isso, a agroindústria está adotando estratégias de
redução de custos e diferenciação na busca pela competitividade. Na base das
mudanças estão os investimentos em novas tecnologias e novos modelos de
gestão (GS1 BRASIL, 2008).

2.2 CONTROLE
O primeiro trabalho significativo em controle automático foi o de James
Watt, que construiu no século XVIII, um controlador centrífugo para o controle de
velocidade de uma máquina a vapor. Outros trabalhos importante nos primeiros
estágios de desenvolvimento da teoria do controle se devem a Minorsky, Hazen
e Nyquist, dentre outros (OGATA, 2003).
Ogata (2003) define sistemas de controle em dois modelos: malha aberta
e malha fechada. Em sistemas de controle em malha aberta o sinal de saída não
altera o sinal de controle que o gerou. Portanto, o sinal de saída não é medido
15

nem realimentado para comparação com o valor de entrada. Na prática, usamos


esse tipo de sistema quando os sinais de entrada e saída já são conhecidas
mesmo tendo interferências internas e externas. Na figura abaixo mostra o
diagrama em blocos de um sistema de controle em malha aberta.

Figura 1 - Diagrama sistema de controle em malha aberta

Fonte: Autor

Já em sistemas em malha fechada, o sinal de saída é realimentado para


comparar com sinal de referência da entrada tendo o objetivo de corrigir o erro
do sistema e fornecer o sinal de saída desejado. Na pratica, esse tipo de sistema
é usado indistintamente. Na figura abaixo mostra o diagrama em blocos de um
sistema de controle em malha fechada.

Figura 2 - Diagrama sistema de controle em malha fechada

Fonte: Autor

No projeto, usamos os dois tipos de sistemas de controle. Em malha


aberta, a irrigação do sistema hidropônico e, em malhar fechada, o controle do
pH da solução nutritiva.
16

2.3 HIDROPONIA
A definição de hidroponia geralmente apresentada nas enciclopédias e
dicionários modernos é a de que se trata de uma técnica para se criar plantas
sem-terra, alimentando-as com soluções de água e sais minerais, em lugar dos
métodos tradicionais que se baseiam no cultivo do solo e que são, ainda hoje,
largamente utilizados por agricultores e jardineiros (DOUGLAS, 1997).
O cultivo hidropônico é bastante promissor, devido a uma série de
vantagens que apresenta em relação ao cultivo tradicional a campo e mesmo ao
cultivo protegido, no solo, assim como o uso de pequenas áreas, obtenção de
elevadas produtividades, permite o cultivo durante todo o ano, os produtos são
de boa qualidade com melhores preços no mercado, exige pequeno uso de
defensivos agrícolas, possibilita um uso eficiente e econômico de água e
fertilizantes, o sistema é livre da salinização por patógenos – comuns em cultivo
protegido em solo, dispensa a rotação de culturas e controle de plantas daninhas
e, como o solo não é utilizado, o ambiente é preservado. Algumas desvantagens
são: o custo inicial de implantação é elevado, exige um alto grau de tecnologia e
acompanhamento permanente do sistema, dependência de energia elétrica ou
de sistema alternativo, fácil disseminação de patógenos pelo sistema pela
própria solução (INFORME AGROPECUÁRIO, 1999).
Existem diversas técnicas de cultivo sem solo como: nutrient film
technique (NFT) – denominado de técnica do fluxo laminar de nutrientes;
deepfilm techinique (DFT) – também denominada de floating; em substrato; em
aeroponia – sistema em que as raízes das plantas ficam suspensas recebendo
água e nutrientes por atomizadores. Certamente, o NFT é a principal técnica
usada no Brasil (INFORME AGROPECUÁRIO, 1999).
Como pode ser visto na figura abaixo, a hidroponia em NFT possui um
reservatório onde a solução nutritiva é armazenada, do reservatório a solução
nutritiva é bombeada para a parte superior da bancada de cultivo passando pelos
canais e recolhida, na parte inferior do leito retornando ao tanque
(tudohidroponia.net).
17

Figura 3 - Sistema NFT

Fonte: tudohidroponia.net (2016)

Nesta técnica, precisamos: de uma estufa; bancada para o cultivo;


sistema hidráulico composto por reservatório para a solução nutritiva; motor
bomba para ter o fluxo de água.
O pH tem grande importância na nutrição do sistema hidropônico. Uma
grande parte das soluções nutritivas não tem capacidade tampão, dessa forma
o pH varia continuamente, não se mantendo dentro de uma faixa ideal. Variações
na faixa de 4,5 a 7,5 são toleradas, sem problemas ao crescimento das plantas.
No entanto, valores abaixo de 4,0 afetam a integridade das membranas celulares
e valores superiores a 6,5 exigem atenção redobrada com possíveis sintomas
de deficiência de Fe, P, B, Mn (INFORME AGROPECUÁRIO, 1999).
As variações de pH ocorrem na solução nutritiva são reflexos da absorção
diferenciada de cátions e ânions, considerando que a absorção de nutrientes
pelas plantas é seletiva em função da espécie e cultivar, a reposição dos
nutrientes durante o desenvolvimento das plantas, sem afetar o balanço entre as
suas concentrações na solução nutritiva, é o maior desafio dos produtores
hidropônicos (INFORME AGROPECUÁRIO, 1999).
18

2.4 HARDWARES UTILIZADOS

Basicamente, os sensores mandam as informações para o controlador


que este faz o monitoramento automático, controle do pH da solução e o controle
da irrigação. O diagrama abaixo demonstra isso.

Monitoramento

Sensores Controlador Cont. pH

Cont. Irrigação

A seguir, apresento todos os hardwares que compõem o projeto e suas


respectivas especificações técnicas.

2.4.1 Arduino

Um Arduino é um pequeno computador que você pode programar para


processar entradas e saídas entre o dispositivo e os componentes externos
conectados a ele. O Arduino é o que chamamos de plataforma de computação
física ou embarcada, ou seja, um sistema que pode interagir com seu ambiente
por meio de hardware e software (McRoberts, 2011).
Arduino nasceu no Ivrea Interaction Design Institute como uma ferramenta
fácil para prototipagem rápida, destinada a estudantes sem formação em
eletrônica e programação. Assim que atingiu uma comunidade mais ampla, a
placa Arduino começou a mudar para se adaptar às novas necessidades e
desafios, diferenciando sua oferta de placas de 8 bits simples para produtos para
aplicativos IoT, wearable, impressão 3D e ambientes incorporados. Todas as
placas do Arduino são completamente open-source, capacitando os usuários a
construí-las independentemente e, eventualmente, adaptá-las às suas
necessidades específicas. O software também é de código aberto e está
crescendo através das contribuições dos usuários em todo o mundo
(ARDUINO.CC, 2018).
No mercado atual existem vários tipos de microcontroladores e
plataformas de microcontroladores mas trabalhar com a plataforma arduino
oferece várias vantagens, como:
19

Figura 4 - Arduino Nano

Fonte: www.filipeflop.com

 Barato - As placas Arduino são relativamente baratas comparadas a


outras plataformas de microcontroladores. A versão mais barata do
módulo Arduino pode ser montada manualmente;

 Plataforma de Execução - O Arduino Software (IDE) é executado nos


sistemas operacionais Windows, Macintosh OSX e Linux. A maioria dos
sistemas de microcontroladores é limitada ao Windows;

 Ambiente de programação simples e claro - O Arduino Software (IDE) é


fácil de usar para iniciantes, mas flexível o suficiente para os usuários
avançados aproveitarem também. Para os professores, ele é
convenientemente baseado no ambiente de programação Processing,
para que os alunos que aprendem a programar nesse ambiente estejam
familiarizados com o funcionamento do Arduino IDE;

 Software open source e extensível - O software Arduino é publicado como


uma ferramenta open source, disponível para extensão por
programadores experientes. A linguagem pode ser expandida através de
bibliotecas C ++, e as pessoas que querem entender os detalhes técnicos
podem dar o salto do Arduino para a linguagem de programação AVR C
na qual ele se baseia. Da mesma forma, você pode adicionar o código do
AVR-C diretamente em seus programas do Arduino, se quiser;

 Hardware open source e extensível – Os planos das placas Arduino são


publicados sob uma licença chamada ‘Creative Commons’, de modo que
designers de circuitos experientes podem fazer sua própria versão do
20

módulo, estendendo-o e aprimorando-o. Até mesmo usuários


relativamente inexperientes podem construir a versão de breadboard do
módulo para entender como funciona e economizar dinheiro (Ibid., 2018).
Hoje, existem várias placas arduino e no Brasil a versão mais popular é o
Arduino UNO. Mas, neste projeto, iremos usar a placa Arduino Nano por ser bem
barata, em relação as outras versões e por ela poder ser fixada em uma
protoboard.
O Arduino Nano é uma placa pequena, completa e fácil de usar, baseada
no ATmega328 (Arduino Nano 3.x). Tem mais ou menos a mesma
funcionalidade do Arduino Duemilanove, mas em um pacote diferente. Falta
apenas uma tomada de energia DC e funciona com um cabo USB Mini-B em vez
de um cabo padrão (ARDUINO.CC, 2018). A especificação técnica do Arduino
Nano pode ser vista na tabela abaixo:

Tabela 1 - Especificação Arduino Nano

Microcontrolador ATmega328
Arquitetura AVR
Tensão de operação 5V
Memória Flash 32 Kb
SRAM 2 Kb
Velocidade de Clock 16 MHz
Pinos de entrada analógica 8
EEPROM 1 Kb
Corrente contínua nos pinos de 40 mA (I\O)
I\O
Tensão de entrada 7 – 12 V
Pinos Digitais 22 (Dos quais 6 são PWM)
Saída PWM 6
Consumo de corrente 19 mA
Dimensões 18 x 45 mm
Peso 7g
Código do produto A000005
Fonte: Adaptado de www.arduino.cc, 2018.
21

Neste projeto, o Arduino Nano será responsável por pegar os dados


(Informações) dos sensores de: umidade e temperatura do ar; temperatura da
água; e do pH da solução, depois disso ele mostra os dados no display LCD e o
controle de irrigação e o do pH da solução no recipiente.

2.4.2 Visor LCD


LCDs (Liquid Crystal Display, ou display de cristal líquido) são displays
tipicamente utilizados em calculadoras e despertadores. A criação de projetos
com base em displays LCD é muito simples, graças a um conjunto prontamente
disponível de bibliotecas de código para LCDs. O IDE do Arduino vem com uma
biblioteca desse tipo, a LiquidCrystal.h, que tem uma grande lista de recursos
(McRoberts, 2011).
Obviamente, será utilizado para visualizar as informações dos sensores
em tempo real. O LCD será do tipo 20x4 (20 colunas por 4 linhas). Esse display
é ótimo para exibir várias informações, diferentemente da sua outra versão 16x2
(16 colunas e 2 linhas).
Figura 5 - Display LCD

Fonte: www.filipeflop.com, 2018

Temos que utilizar 12 pinos do LCD para o seu funcionamento (3 no GND;


2 no VCC de 5V; 1 em um potenciômetro; 4 de informações; e 2 de controle).
Com são muitas ligações optei por utilizar um módulo I2C para displays LCD.
22

Figura 6 - Módulo I2C

Fonte: www.filipeflop.com, 2018

Apenas soldamos ele na parte de trás do display LCD, mas, se for mais
cômodo, já pode ser comprado já soldado.
O nome I2C (Inter-Integrated Circuit) se traduz basicamente em um
protocolo de comunicação entre dispositivos que também utilizam I2C. Às vezes
o barramento é chamado de IIC ou I²C. O barramento I2C foi projetado pela
Philips no início dos anos 80 para permitir a fácil comunicação entre os
componentes que estão na mesma placa de circuito. A Philips Semiconductors
migrou para a NXP em 2006 (www.i2c-bus.org, 2018, traduzido pelo autor).
O I2C não é usado apenas em placas individuais, mas também para
conectar componentes conectados por cabo. Simplicidade e flexibilidade são
características-chave que tornam esse barramento atraente para muitas
aplicações (Ibid., 2018).
Com a utilização desse módulo diminuimos a quantidade de pinos
utilizaveis para a ligação com o Arduino. Agora utilizamos apenas 4 pinos (1 em
VCC 5V; 1 em GND; e 2 que servem para a comunicação e controle do display
LCD).
23

2.4.3 Sensor de Umidade e Temperatura DHT11


Este sensor será utilizado para as medições de umidade e temperatura
na estufa. Ele funciona com um sensor capacitivo de umidade e um thermistor
para medir o ar em volta dele. O sensor foi escolhido por sua precisão e facilidade
de uso.

Figura 7 - Sensor DHT11

Fonte: www.filipeflop.com, 2018

Tabela 2 - Especificação DHT11

Especificação Técnica
Alimentação 3,0V a 5,0V
Corrente 200uA a 500mA
Faixa de medição de
20% a 90%
umidade
Faixa de medição de
0ºC a 50ºC
temperatura
Precisão de umidade de
±5,0% UR
medição
Precisão de medição de
±2,0ºC
temperatura
Tempo de resposta < 5s
Dimensões 23mm x 12mm x 5mm
Fonte: www.filipeflop.com, 2018

A configuração da pinagem, de acordo com a figura 7 acima:

 1º pino - VCC

 2º pino - Dados

 3º pino - nulo, não precisa ser ligado


24

 4º pino – GND

2.4.4 Sensor de temperatura da água DS18B20


O ‘DS18B20 a prova de água’ é um sensor de temperatura digital que
pode ser utilizado em ambientes muito úmidos ou pode ser colocado diretamente
na água para medir a sua temperatura.
Por ser digital, ele só precisa de 1 fio para se comunicar com o
microcontrolador. Além disso, ele possui um endereço de 64 Bits permitindo,
assim, o uso de vários DS18B20 funcionando em um mesmo barramento. Com
isso, pode medir a temperatura em uma área muito grande.
Neste projeto utilizaremos somente 1 (um) DS18B20 colocado no
reservatório da solução nutritiva para medir a sua temperatura.
Temos que monitorar a temperatura da solução nutritiva pois as plantas
têm dificuldades para absorver os nutrientes em temperaturas exrtremas
(tudohidroponia.net, 2014). Justificando o uso deste componente.

Figura 8 - Sensor DS18B20

Fonte: www.filipeflop.com, 2018


25

Tabela 3 - Especificação DS18B20

Especificação Técnica

Chip DS18B20

Tensão de operação 3-5, 5 V

Faixa de medição -55C à +125C

Precisão +\-0.5C entre -10C e +85C

Material Aço inoxidável

Dimensão da ponta de aço 6 x 50 mm

Dimensão do cabo 100 cm

Interface One-Wire (1 fio)


Fonte: www.filipeflop.com, 2018

A configuração da pinagem, de acordo com a figura acima:

 Fio Vermelho - VCC

 Fio preto - GND

 Fio amarelo – Dados

2.4.5 Módulo relé


Relé, em resumo, é uma chave eletromecânica que liga ou desliga algo
quando submetida a uma determinada tensão em seus terminais.

Figura 9 - Relé

Fonte: www.findernet.com
26

A bobina é o principal componente do relé. É em torno dela que é gerado


um campo eletromagnético quando o relé é energizado (www.findernet.com).
Este campo eletromagnético gera uma força capaz de movimentar um
conjunto mecânico (armadura fixa) com contatos móveis alterando assim seu
estado de normalmente aberto para fechado ou de normalmente fechado para
aberto de acordo com o tipo de relé (Ibid.).
No projeto, usaremos um módulo que contém 4 (quatro) relés para
controle da bomba de irrigação, para alimentar o sistema hidroponico com a
solução nutritiva, e das bombas peristalticas, para o controle do pH no
reservatório da solução nutritiva.
Figura 10 - Módulo relé

Fonte: www.filipeflop.com, 2018

Este módulo opera em uma tensão de 5V DC (corrente contínua), permite


controlar cargas de até 220V AC (corrente alternada).
A configuração da pinagem, de acordo com a figura acima:

 VCC, pode ser alimentado pelo arduino ou por uma fonte externa, todos
os dois com 5V;

 N1, aciona o primeiro relé;

 N2, aciona o segundo relé;

 N3, aciona o terceiro relé;

 N4, aciona o quarto relé;

 GND.
27

2.4.6 Motor-Bomba
O motor-bomba serve para bombear água para um determinado local. No
sistema NFT o motor-bomba deve, periodicamente, ser ligado para que a
solução nutritiva seja transportada para alimentar as plantas.
O motor-bomba será externo e não submersa na solução para não ocorrer
defeitos decorrentes da solução nutritiva para das plantas. E, como o projeto
será em escala reduzida o motor-bomba será o mesmo que utilizam em aquários.

Figura 11 - Motor-Bomba

Fonte: mercadolivre.com

Tabela 4 - Especificação motor-bomba

Especificação técnica

Tensão de Operação 12V DC

Corrente 1050mA

Capacidade de vazão 600L / H

Dimensão 9x5x7 cm
Fonte: mercadolivre.com

2.4.7 Sensor de pH
A caracteristica principal do projeto é o monitoramento e o controle do pH
do reservatorio onde fica a solução nutritiva das plantas.
O pH significa “potencial de hidrogênio”. O pH é a medida do nível de
alcalinidade e acidez de uma solução de água. Ele é medido numa escala de 1
28

a 14, onde a metade inferior é acidade e a metade superior é alcalina. Sendo


que água perfeitamente pura tem pH 7 (Tudo Hidroponia, d.n.).
A planta, conforme ela se alimenta da solução nutritiva, altera o pH.
Geralmente deixando-a mais ácida. O pH ideial ou padrão, na hidroponia, está
na faixa entre 5,5 e 6,5.
Esta faixa de pH é a ideal para melhor absorção de micro e macro
nutrientes pelas raizes das plantas. Nessa faixa de pH ocorre melhor absorção
de macro nutrientes como Nitrogênio, Fósforo e Potácio, com isso as plantas têm
uma condição ótima para crescimento (Ibin.). O sensor utilizado é o “sensor BNC
para arduino”, disponivel para venda pelo mercado livre.
Figura 12 - Sensor pH

Fonte: mercadolivre.com

Junto com o sensor da figura acima utilizaremos um eletrodo blindado


para ficar dentro do reservatório e assim poder fazer a medição:

Figura 13 - Eletrodo

Fonte: mercadolivre.com
29

Tabela 5 - Especificação sensor pH

Especificação técnica

Tensão de operação 5V – 3,3V

Corrente de trabalho 5 - 10mA

Intervalo de concentração de pH0 – pH 14


detecção

Dimensão 42X32x20 mm
Fonte: mercadolivre.com

Pinagem:

 To: temperatura;

 Do: limite ajustável high\low de 3,3V;

 Po: pH;

 GND: terra da sonda;

 GND: Terra;

 VCC: tenção de entrada de 5V DC.

2.4.8 Bomba Peristaltica

Bombas peristálticas são equipamentos utilizados para a transferência de


fluidos sob uma determinada vazão – seja ela em mL/minuto, litros/hora ou
diversas outras unidades de medida. Consequentemente é uma excelente opção
multifuncional e multipropósito para a aplicação do usúario final que busca
tecnologia avançada, eliminando roblemas de manutenção e desgaste excessivo
(splabor.com.br).
Um sistema completo de bomba peristaltica é composto por três partes
respectivamente, ou seja, o drive, a cabeça e a mangueira. Com esses trêsitens
integrados, o equipamento está completo – pronto para ser utilizado (Ibin.).
Na bomba peristaltica, a mangueira devidamente posicionada e fixa no
cabeçote é precionada por roletes posicionados em volta de um rotor que realiza
movimento circular. Os roletes, ao se moverem, pressionam e fecham a
30

mangueira, ocasionando o vácuo necessário para deslocar o fluido. Logo após


a passagem do rolete, a mangueira retorna ao su diâmetro original devido a
conformação propria do material com o qual a mangueira é fabricada (Ibin.).
A utilização dessa bomba será ajudar no controle do pH da solução
nutritiva. Entao, vamos precisar de 2 (duas) bombas, uma contendo acido, para
acidificar, e outra contendo base, para alcalinizar.
Como o projeto é em escala reduzida, as bombas peristalticas não
precisam ser potentes, como mostra a figura abaixo, com vazão de 120mL/min:

Figura 14 - Bomba peristáltica

Fonte: mercadolivre.com
31

3 – DESENVOLVIMENTO
Neste capítulo serão abordados os tópicos referentes ao desenvolvimento
deste projeto. No primeiro subcapítulo é demostrado a construção de um sistema
hidropônico usando a técnica NFT de pequeno porte com base na aplicação dos
conceitos teóricos apresentados no capítulo 2. No segundo e terceiro
subcapítulos são feitos os sistema de monitoramento e de controle usando a
plataforma Arduino. E no último subcapitulo apresento o protótipo completo.

3.1 SISTEMA NFT


No cultivo NFT existe três partes: Sistema hidráulico; reservatório; e motor
bomba. O sistema hidráulico é feito de materiais hidráulicos disponíveis no
mercado, facilmente encontrado em lojas de materiais de construção. Utilizamos
tubos de PVC, por ser mais fácil de manusear, leve e barato em comparação
com outros materiais. Por ser um sistema reduzido, utilizamos um tubo de PVC
75 milímetros de um metro de comprimento. Em seguida é feita quarto furos,
feitos com uma furadeira e uma broca cerra copo, para cada muda a ser cultivada
e o espaçamento entre eles é de 20 centímetros.

Figura 15 - Tubo de PVC

Fonte: Autor

O reservatório é onde temos a solução nutritiva. A capacidade do


reservatório depende da espécie e do número de plantas a cultivar. Para a
alface, tem sido recomendado o volume de 1 litro por planta, evitando uma
redução diária muito grande na concentração dos nutrientes e um aquecimento
excessivo da solução nutritiva (INFORME AGROPECUÁRIO, 1999). O
reservatório é posto na parte debaixo da bancada, permitindo que a solução
retorne para o reservatório por gravidade.
32

Nosso projeto é feito para por 4 (quarto) mudas, então precisamos de, no
mínimo, 4 (quatro) litros de água no reservatório. Uma bacia de capacidade de
5 (cinco) litros foi utilizada.
Figura 16 - Bacia de água

Fonte: Autor

Também é necessário 2 (duas) mangueiras de 1,5 metro para fechar o


sistema. Um detalhe muito importante é que a bancada deve ter uma declividade
de 2 a 4% em relação ao comprimento do tubo de PVC, por onde irá circular a
solução nutritiva por gravidade. Como o projeto só tem um canal, a construção
do suporte para ter esse declive foi simples. Feitos de madeira os dois suportes,
um em cada extremo do canal, e com declividade de 2%, que dá 2 centímetros.

Figura 17 - Suporte de madeira

Fonte: Autor

Por fim, o motor bomba é acoplado, utilizando as mangueiras, ao


reservatório e ao canal de irrigação. Assim, fechando e finalizando o sistema
hidropônico NFT.
33

Figura 18 - Ligação entre a bacia e o motor bomba

Fonte: Autor

3.2 SISTEMA DE MONITORAMENTO


O desenvolvimento do projeto eletrônico foi feita em várias partes,
chamada de módulos, e testada conforme ia sendo feita a integração entre eles.
Essa estratégia de desenvolvimento é muito importante para qualquer projeto,
tanto do código principal quanto no circuito final, e também ajuda na identificação
de algum erro. Também foi confeccionada uma caixa de madeira para que
comporte todo o circuito eletrônico.

3.2.1 Módulo visor LCD com módulo I2C

O pino SDA (Serial Data) conecta com a porta A4 do arduino, o pino SCL
(Serial Clock) na porta A5 do Arduino e o Vcc e GND nos mesmos do arduino.
No código, precisamos incluir a biblioteca chamada LiquidCrystal_I2C.h que já
faz a comunicação I2C com o arduino. A figura abaixo mostra a ligação com o
arduino nano:

Figura 19 - Ligação arduino com lcd

Fonte: Autor
34

3.2.2 Módulo DHT11


Utilizamos a porta A1 (analógico 1) do arduino para lermos as informação
do sensor. No código, precisamos incluir a biblioteca DHT.h. A figura abaixo
mostra a ligação feita entre o sensor DHT11 e o Arduino:

Figura 20 - Ligação arduino com dht11

Fonte: Autor

3.2.3 Módulo DS18B20


No Arduino, utilizamos duas bibliotecas que serão utilizadas em conjunto
para poder extrair a informação do sensor. As bibliotecas são:
dallastemperature.h e onewire.h.
A porta D8 (digital 8) é utilizada para lermos o valor dado pelo sensor.
Outro detalhe é que, na montagem, ele precisa de um resistor de 4,7KΩ entre o
fio preto (GND) e o fio amarelo (Dados). A ligação pode ser vista pela imagem
abaixo:
Figura 21 - Ligação arduino com ds18b20

Fonte: Autor
35

3.2.4 Modulo pH
Para o nosso projeto, utilizamos somente os pinos Po, GND e VCC do
sensor BNC pH meter. Com o pino Po ligado a porta A0 (analógico 0) do arduino.
No código, o sensor não necessita de nenhuma biblioteca mas precisa ser feita
a calibragem. A figura a seguir mostra a ligação com o arduino:

Figura 22 - Ligação arudino com sensor pH

Fonte: Autor

Faremos a calibragem pela técnica offset, que consiste em obter o valor


de pH para cada valor de tensão fornecida pelo sensor e também um cálculo no
código para obter esse valor. Para isso, usamos as soluções de pH tampão 7,01
e 4,01.

Figura 23 - Soluções tampão de pH4 e pH7

Fonte: Autor
36

O cálculo feito no código é o seguinte:


𝑝𝐻 = 𝑥 ∗ 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚 + 𝑦
Para acharmos o valor de x e y é feito outro cálculo, em forma de sistema:
𝑥∗𝑎+𝑦 =7
{
𝑥∗𝑏+𝑦 =4
Os valores de a e b são achados tirando a média do valor da voltagem
correspondente ao pH.
Primeiramente, utilizamos a solução de pH 7 para acharmos o valor de a.
Colocamos o eletrodo na solução e giramos o potenciômetro ao máximo no
sentido horário, em nosso caso o valor foi de 4,93 V. Em seguida, giramos o
potenciômetro ao máximo no sentido anti-horário, para obter o valor de 2,93. A
média desses dois valores é igual a 3,93. Então,
𝑎 = 3,93
Agora, para acharmos o valor de b, utilizamos a solução de pH 4. Da
mesma maneira feita anteriormente. Assim obtermos o valor da média igual a
4,46.
𝑏 = 4,46
O sistema fica:
3,93𝑥 + 𝑦 = 7
{
4,46𝑥 + 𝑦 = 4
Resolvendo esse sistema, obtemos os valores de x e y, que são:
𝑥 = −5,66
𝑦 = 29,24
Depois de substituirmos esses valores no código, colocamos o eletrodo
novamente na solução de pH 7 e giramos o potenciômetro até obter o valor da
média encontrada, que seria de 3,93. Para sabermos se a calibragem está
correta utilizamos um sensor de pH eletrônico para comparação.

3.3 SISTEMA DE CONTROLE


Além do monitoramento, o projeto também fará o controle da irrigação e
do nível do pH no reservatório da solução nutritiva. A irrigação utilizará o sistema
de controle em malha aberta conforme o diagrama de controle abaixo.
37

Figura 24 - Diagrama controle irrigação

Fonte: Autor

E o diagrama de controle em malha fechada para o controle de pH.

Figura 25 - Diagrama controle do pH

Fonte: Autor

3.3.1 Controle da Irrigação


O tempo de irrigação varia muito entre os sistemas, bancadas, regiões,
tipos de cobertura, espécie cultivada, época do ano e outros fatores, não
havendo regra geral. Em locais quentes, durante o verão, o sistema deverá
permanecer ligado ininterruptamente durante as horas mais quentes do dia, ao
passo que no mesmo local, no inverno, este manejo será diferente. Quando se
usa a irrigação contínua durante o período mais quente do dia, deve-se tomar
cuidado para que haja aeração adequada da solução nutritiva para evitar
deficiência de oxigênio no sistema radicular. Normalmente, durante o período
noturno o sistema pode permanecer desligado ou com duas a três irrigações de
10-15 minutos espaçadas de 4 a 5 horas (INFORME AGROPECUÁRIO, 1999).
38

Visando a região em que o trabalho será implementado é na amazônica,


a irrigação terá uma periodicidade de 10 em 10 minutos. No código, a variável
que representa a periodicidade da irrigação é RELE_TIME e a função que faz o
controle é releIrrigação(). Na figura abaixo mostra-se a ligação com o arduino.

Figura 26 - Ligação arduino com motor bomba

Fonte: Autor

3.3.2 Controle do pH
O atuador que trabalhará com o sensor de pH para a automação do pH
serão duas bombas peristálticas, uma que fornecerá ácido e outra base. No
código, temos uma função chamada releph que fará o controle. O valor de
referência será o range de 5,5 à 6,5 que temos que manter no recipiente.
Conforme o valor do sensor, adicionamos mais ácido ou base no recipiente, ou
se estiver no range esperado elas continuaram desligadas. A figura abaixo
mostra-se a ligação do sensor com as bombas e o arduino.
Figura 27 - Ligação controle do pH

Fonte: Autor
39

3.4 PROTÓTIPO
Com o funcionamento de todos os módulos, agora, podemos integrá-los.
Na integração se viu necessário construir uma caixa com objetivo de proteger e
compactar o circuito.
Foi visto que o arduino sozinho não conseguiu fornecer energia suficiente
para todos os módulos. Com o energização do sistema insuficiente o sensor de
pH ficava descalibrado toda vez que acionava alguma porta digital do relé e as
vezes o sistema reiniciava. Então, foi necessário o uso de uma fonte externa
para resolver o problema.
Figura 28 - Protótipo do circuito

Fonte: Autor

Figura 29 - Bacia com os sensores

Fonte: Autor
40

Como a caixa de controle estará perto do sistema hidropônico, o sensor


de umidade e temperatura DHT11 ficou na parte externa caixa.
Figura 30 - Protótipo sensor DHT11

Fonte: Autor

Também foi adaptada uma caixa para compor as duas bombas


peristálticas, como mostra a figura abaixo, com cada uma com uma solução
ácida e outra alcalina.

Figura 31 - Protótipo Bombas peristálticas

Fonte: Autor
41

Na parte superior da caixa de madeira estará o display LCD para


visualizarmos os valores dos sensores, como mostra a figura abaixo.

Figura 32 - Protótipo display LCD

Fonte: Autor

Figura 33 - Protótipo completo

Fonte: Autor

No apêndice A apresento todo o código do projeto embarcado no arduino.


E no apêndice B, demonstro todas as ligações dos módulos integradas.
42

4 – TESTES E RESULTADOS

Todos os sensores, exceto o sensor de pH, demonstraram bom


desempenho com o monitoramento em tempo real. Já o sensor de pH ocorria
bastante ruído por causa da quantidade de água a ser analisada. Como
trabalhamos em um range muito pequeno para poder fazer o controle do pH, isso
causaria muitos problemas as plantas. Falhando assim a automatização do pH.
A solução desse problema foi a utilização de um filtro de Kalman, no
código principal, para diminuir o ruído do sensor, que funcionou perfeitamente,
como mostra o gráfico abaixo:

Figura 34 - Gráfico

5
pH

4
Série1
3
Série2
2

0
191
1
11
21
31
41
51
61
71
81
91
101
111
121
131
141
151
161
171
181

201

Tempo

Fonte: Autor

Série 1 representa o valor do pH com o filtro de Kalman e Série 2


representa essa mesma variável sem o filtro. Nota-se que mesmo sem adicionar
ácido ou base no reservatório o ruído atrapalha muito na leitura, ocasionando
erros de leitura e provavelmente erro na utilização das bombas peristálticas por
conta disso.
A automação da irrigação tem bom funcionamento, operando
independentemente dos outros processos.
43

5 – CONCLUSÃO

Neste capítulo são descritas as conclusões referentes ao


desenvolvimento do projeto e sugestões de melhorias para o futuro.

5.1 CONCLUSÕES DO PROJETO

Em um contexto de um sistema hidropônico de pequeno porte, usando a


técnica de cultivo NFT, o projeto teve bom funcionamento em todos os
processos, operando initerruptamente. Mesmo que o controle do pH do
recipiente precisando de um filtro, para reduzir o ruído, a automatização teve
bom desempenho. Tendo atingido o objetivo de forma satisfatória.
O uso da plataforma Arduino no projeto foi muito importante por sua
facilidade de programação e na integração de seus vários hardwares, como
sensores e atuadores propostos, que puderam ser utilizados. O único problema
foi no sensor de pH que foi um desafio pois necessita de calibração e todos os
documentação encontrada na internet estavam em língua estrangeira
dificultando ainda mais na resolução do problema.

5.2 EXTENSÕES PARA O FUTURO

A partir deste trabalho muitas extensões podem ser feitas, como:

 Automatização da solução nutritiva;


 Automatizar o nível da água do reservatório;
 Construção de uma estufa de pequeno porte para fazer a automatização
das variáveis climáticas, como: umidade e temperatura;
 Utilizar um módulo SD para ter um histórico de todas as leituras;
 Utilizar um módulo WiFi para o monitoramento a distância, tornando todo
o projeto em IoT;
44

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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HIDROPÔNICOS. 2008. 53 f. Monografia (Graduação em Engenharia da
Computação) - Universidade São Francisco, Itatiba - São Paulo, 2008.

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Acesso em Maio de 2018.

VIEIRA, Paula. Sistema proporciona qualidade no cultivo de alface


hidropônica em Manaus. Disponível em <http://www.idam.am.gov.br/sistema-
proporciona-qualidade-no-cultivo-de-alface-hidroponica-em-manaus/>. Acesso
em junho de 2018.

ARDUINO.cc. (s.d.). Disponível em: <http://www.arduino.cc >. Acesso em Maio


de 2018.

FELIPEFLOP. Monitoramento de umidade e temperatura com DHT11.


Disponível em:<http://blog.filipeflop.com/sensores/monitorando-temperatura-e-
umidade-com-o-sensor-dht11.html#_ga=2.253964672.941155839.1499568538-
1730656072.1498199197>. Acesso em Junho de 2018.

FURLANI, Pedro Roberto et al. Estruturas para o cultivo hidropônico . Minas


Gerais: Informe Agropecuário, 1999. 72 p. v. 20.

FAQUIN, Valdemar; FURLANI, Pedro Roberto. Cultivo de hortaliças de folhas


em hidroponia em ambiente protegido. Minas Gerais: Informe Agropecuário,
1999. 99 p. v. 20.

FURLANI, Pedro Roberto et al. Nutrição mineral de hortaliças, preparo e


manejo de soluções nutritivas. Minas Gerais: Informe Agropecuário, 1999. 90
p. v. 20.

OGATA, K. Engenharia de Controle Moderno. 4. Ed. São Paulo: Ed. Pearson


Prentice Hall, 2003.

NFT: Um tipo de Hidroponia. Tudo Hidroponia, [s.d.]. Disponível em:


<http://tudohidroponia.net/nft-um-tipo-de-hidroponia/>. Acesso em junho de
2018.

GROOVER, Mikell P. Automação Industrial e Sistemas de Manufatura. 3. Ed.


São Paulo.

DOUGLAS, James Sholto. Hidroponia Cultura sem Terra. São Paulo: Ed. NBL.
2001.

GS1 BRASIL – O desenvolvimento mundial da automação na agroindústria.


Disponível em: http://www.gs1br.org. Acesso em junho de 2018.
45

MCROBERTS, Michael. Arduino Básico. 2. Ed. São Paulo. Ed. Novatec. 2015.

BOMBA Peristáltica. Disponível em < https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-


824580420-rotor-dosador-com-motor-12-vdc-p-bomba-peristaltica-_JM>.
Acesso em junho de 2018.

O que é e como funciona uma bomba peristáltica. Disponível em


<http://www.splabor.com.br/blog/aprendendo-mais/aprendendo-mais-o-que-e-
e-como-funciona-uma-bomba-peristaltica/>. Acesso em junho de 2018.

SENSOR de pH. Disponível em < https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-


960100779-modulo-p-sensor-de-ph-saida-bnc-p-arduino-_JM>. Acesso em
junho de 2018.

O que você precisa saber sobre relés. Disponível em <


https://www.findernet.com/pt-br/portugal/news/o-que-voce-precisa-saber-sobre-
reles >. Acesso em junho de 2018.

I2C – What’s That. Disponível em < https://www.i2c-bus.org/ >. Acesso em junho


de 2018.
46

APENDICE A – Código

#include <Wire.h>
#include <LiquidCrystal_I2C.h>
#include <OneWire.h>
#include <DallasTemperature.h>
#include "DHT.h"

//===========================================
#define SensorPin A0 //Entrada analogica sensor pH - A2
#define Offset 29.3 //desvio compensar
#define LED 13
#define samplingInterval 20
#define printInterval 980
#define ArrayLenth 40 //tempo de coleta
int pHArray[ArrayLenth]; //Armazenar o valor medio do feedback do sensor
int pHArrayIndex=0;

//===========================================

// variaveis Kalman ph
float varVolt = 0.8341153942; //0.017069257; // Variancia determinada no Excel
float varProcess = 1e-2; // Sensibilidade do Filtro
float Pc = 0.0;
float G = 0.0;
float P = 1.0;
float Xp = 0.0;
float Zp = 0.0;
float Xe = 0.0;

//===========================================

// variaveis Kalman voltage


float varVolt2 = 0.0152606185; //0.017069257; // Variancia determinada no Excel
float varProcess2 = 1e-7; // Sensibilidade do Filtro
float Pc2 = 0.0;
float G2 = 0.0;
float P2 = 1.0;
float Xp2 = 0.0;
float Zp2 = 0.0;
float Xe2 = 0.0;

//===========================================

#define RELEP1 12 //BASE


#define RELEP2 11 //ACIDO
long RELEP1_TIME = 4000;
long RELEP2_TIME = 4000;
long RELEWAIT = 180000;
long lastExecuteTimeReleP1 = 0;
47

long lastExecuteTimeReleP2 = 0;

#define RELE 7 //Bomba de irrigação


long RELE_TIME = 600000; //= 10 min
long lastExecuteTimeRele = 0;

//==========================================

LiquidCrystal_I2C lcd(0x27,20,4);
#define ONE_WIRE_BUS 8 //Porta do pino de sinal do DS18B20
#define WAITDS 2000
OneWire oneWire(ONE_WIRE_BUS); //
DallasTemperature sensors(&oneWire); //Inicializa do DS18B20
DeviceAddress sensor1; //

#define DHTPIN A1 //pino do arduino


#define DHTTYPE DHT11 //sensor DHT11
#define printTempHum 1000
DHT dht(DHTPIN, DHTTYPE);//Inicializa o DHT11

const int botao = 2;


int statusbotao = 1;

void setup(void)
{
//Iniciação LCD
lcd.init();
lcd.backlight();
lcd.setCursor(4,1);
lcd.print("HIDROPONIA");
pinMode(RELEP1, OUTPUT);
pinMode(RELEP2, OUTPUT);
pinMode(RELE, OUTPUT);
pinMode(botao, INPUT);
digitalWrite(RELEP1, HIGH);//
digitalWrite(RELEP2, HIGH);
digitalWrite(RELE, LOW);
pinMode(LED,OUTPUT); //Usa pino Digital 13 como saída LED
Serial.begin(9600);
// Serial.println("Sensor de pH"); //Escrita inicial no serial monitor
sensors.begin();
if(!sensors.getAddress(sensor1, 0)){}
//Inicialização DHT11
dht.begin();

delay(2000);
lcd.clear();
lcd.setCursor(0,0);
lcd.print(" HORTA HIDROPONICA");
}
48

double avergearray(int* arr, int number);


void releph(float pHValue);
void getph();
void releIrrigacao();
void getTempAgua();
void lcdumitemp();
void botaostart();

void loop(void)
{
getTempAgua();
getph();
lcdumitemp();
releIrrigacao();
botaostart();

}
void getph(){
static unsigned long samplingTime = millis();
static unsigned long printTime = millis();
static float pHValue,voltage;
if(millis()-samplingTime > samplingInterval)
{
pHArray[pHArrayIndex++]=analogRead(SensorPin);
if(pHArrayIndex==ArrayLenth)pHArrayIndex=0;
voltage = avergearray(pHArray, ArrayLenth)*5.0/1024;

Pc2 = P2 + varProcess2;
G2 = Pc2/(Pc2 + varVolt2); // kalman gain
P2 = (1-G2)*Pc2;
Xp2 = Xe2;
Zp2 = Xp2;
Xe2 = G2*(voltage - Zp2) + Xp2; // the kalman estimate of the sensor temp

pHValue = -5.66*Xe2+Offset;
samplingTime=millis();
}
if(millis() - printTime > printInterval) //A cada 800 milesegundos, mostra o valor,
converte o status do LED indicador
{
//Calculo de Kalman
Pc = P + varProcess;
G = Pc/(Pc + varVolt); // kalman gain
P = (1-G)*Pc;
Xp = Xe;
Zp = Xp;
Xe = G*(pHValue - Zp) + Xp; // the kalman estimate of the sensor temp
49

Serial.print("volt:");
Serial.print(voltage,2);
Serial.print(" pH: ");
Serial.print(pHValue,2);

Serial.print(" volt-K:");
Serial.print(Xe2,2);
Serial.print(" pH-K: ");
Serial.println(Xe,2);
lcd.setCursor(10,2);
lcd.print("pH: ");
lcd.print(Xe,2);

releph(Xe);
digitalWrite(LED,digitalRead(LED)^1);
printTime=millis();

}
}

double avergearray(int* arr, int number){


int i;
int max,min;
double avg;
long amount=0;
if(number<=0){
Serial.println("Error number for the array to avraging!/n");
return 0;
}
if(number<5){ //less than 5, calculated directly statistics
for(i=0;i<number;i++){
amount+=arr[i];
}
avg = amount/number;
return avg;
}else{
if(arr[0]<arr[1]){
min = arr[0];max=arr[1];
}
else{
min=arr[1];max=arr[0];
}
for(i=2;i<number;i++){
if(arr[i]<min){
amount+=min; //arr<min
min=arr[i];
}else {
if(arr[i]>max){
50

amount+=max; //arr>max
max=arr[i];
}else{
amount+=arr[i]; //min<=arr<=max
}
}//if
}//for
avg = (double)amount/(number-2);
}//if
return avg;
}

void getsensores(float ph, float Tagua){

Serial.print("pH: ");
Serial.print(ph,2);
Serial.print(" Tagua: ");
Serial.print(Tagua,2);
}

void releph(float pHValue){


unsigned long currentMillisReleP1 = millis();
unsigned long currentMillisReleP2 = millis();
int resto, resto2;

if (pHValue < 5.5){


if(digitalRead(RELEP1) == HIGH){
if(currentMillisReleP1 - lastExecuteTimeReleP1 >= RELEWAIT){
digitalWrite(RELEP1, LOW);
lastExecuteTimeReleP1 = currentMillisReleP1;
}
}
if(digitalRead(RELEP1) == LOW){
if(currentMillisReleP1 - lastExecuteTimeReleP1 >= RELEP1_TIME){
digitalWrite(RELEP1, HIGH);
lastExecuteTimeReleP1 = currentMillisReleP1;
}
}

}
if (pHValue > 6.5){
if(digitalRead(RELEP2) == HIGH){
if(currentMillisReleP2 - lastExecuteTimeReleP2 >= RELEWAIT){
digitalWrite(RELEP2, LOW);
lastExecuteTimeReleP2 = currentMillisReleP2;
}
}
if(digitalRead(RELEP2) == LOW){
if(currentMillisReleP2 - lastExecuteTimeReleP2 >= RELEP2_TIME) {
51

digitalWrite(RELEP2, HIGH);
lastExecuteTimeReleP2 = currentMillisReleP2;
}
}
}

if (pHValue >= 5.5){


digitalWrite(RELEP1, HIGH);
}
if (pHValue <= 6.5){
digitalWrite(RELEP2, HIGH);
}

void releIrrigacao(){
unsigned long currentMillisRele = millis();

if(currentMillisRele - lastExecuteTimeRele >= RELE_TIME){


digitalWrite(RELE, !digitalRead(RELE));
lastExecuteTimeRele = currentMillisRele;
}
}

void getTempAgua(){
// Le a informacao do sensor
static unsigned long currentMillisDS = millis();
float tempC;

if(millis() - currentMillisDS > WAITDS){


sensors.requestTemperatures();
tempC = sensors.getTempC(sensor1);
lcd.setCursor(10,3);
lcd.print("tAgua: ");
lcd.print(tempC,0);
lcd.print("C");
//Serial.print("TAgua: ");
//Serial.print(tempC);
currentMillisDS = millis();
}
}

void lcdumitemp(){
float umi; //dht.readHumidity();
float temp; //dht.readTemperature();
static unsigned long printTH = millis();

if (millis() - printTH > printTempHum ){


umi = dht.readHumidity();
temp = dht.readTemperature();
52

if (isnan(umi) || isnan(temp)) {
Serial.print("ERRO");
}
else{
lcd.setCursor(0,2);
lcd.print("Umid: ");
lcd.print(umi,0);
lcd.print("%");
lcd.setCursor(0,3);
lcd.print("Temp: ");
lcd.print(temp,0);
lcd.print("C");

//Serial.print("Umi: ");
//Serial.print(umi,0);
//Serial.print(" ");
//Serial.print("Temp: ");
//Serial.print(temp,0);
printTH = millis();
}
}
}

void botaostart(){

if(digitalRead(botao)==HIGH){
delay(1);
if(digitalRead(botao)==LOW){
lcd.setBacklight(statusbotao);
statusbotao = !statusbotao;

}
}
}
53

APENDICE B – Ligação de Todos os Módulos

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