Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O que é Fraternidade:
Fraternidade é um termo oriundo do latim frater, que significa "irmão". Por esse motivo, fraternidade
significa parentesco entre irmãos. A fraternidade universal designa a boa relação entre os homens, em que
se desenvolvem sentimentos de afeto próprios dos irmãos de sangue.
Fraternidade é o laço de união entre os homens, fundado no respeito pela dignidade da pessoa humana e
na igualdade de direitos entre todos os seres humanos.
A fraternidade escolar é fortemente desenvolvida entre estudantes de universidades americanas. É
semelhante a uma associação na qual os membros se reúnem para organizarem festas e outros eventos
que possibilitem a socialização dos estudantes. A amizade, companheirismo, camaradagem e outros
princípios são praticados entre os membros.
Quaresma:
A Quaresma é tempo para descoberta da ternura que revela o rosto materno do Deus apaixonado pelo ser
humano. Estimula a amar, cuidar e a aceitar os outros. A quaresma deve estimular a Igreja em saída,
aquela que vai as periferias sem medo de sujar as sandálias. Servir! Ver! Sentir compaixão e cuidar da vida
é o autêntico Programa Quaresmal.
Campanha da Fraternidade (CF). Uma forma que a Igreja Católica no Brasil encontrou de vivenciar a
Quaresma. Há cinco décadas a Campanha (CF), coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) propõe temas que apontam para a necessidade de compromisso do cristão. Também propõe
discussões e enfrentamento dos problemas que afetam os pobres: precariedade da saúde, do trabalho,
educação, moradia, políticas públicas, entre outros já foram foco da CF.
O tema proposto em 2020 é Fraternidade e vida: dom e compromisso! Quatro palavras de profundo
significado. Fraternidade: parentesco, solidariedade entre irmãos, harmonia entre humanos. Vida: tem
conceito bem amplo, mas aqui interessa vida como existência. Dom: significa dádiva, presente.
Compromisso: é responsabilidade. Assim a Campanha convida os cristãos para cuidar da vida! Vida nas
suas diversas dimensões: pessoal, comunitária, social, ecológica, política.
Esse olhar atento precisa antes responder a indagações angustiantes: o que aconteceu conosco? Por que
vemos e deixamos crescer tantas formas de violência, agressividade e destruição? Perdemos, de fato, o
valor da fraternidade? “Olhai para a terra, veja quanta maldade” (samba enredo da Mangueira).
A CF 2020 toma como referência a parábola do bom samaritano (Lucas 10, 25-37). O sacerdote e o levita,
desviam-se do homem ferido, pois não tinham tempo para ele. Mas o Samaritano aproxima-se da vítima
dos salteadores e, movido pela compaixão, gasta seu tempo e dinheiro, ficando com ele na hospedaria.
Paga todas as despesas e promete retribuir ao dono da hospedaria tudo o que gastasse para cuidar do
homem ferido.
A postura do samaritano contém o centro do ensinamento de Jesus: o próximo não é apenas alguém com
quem possuímos vínculos, mas todo aquele de quem nos aproximamos. Sentir compaixão é a chave para
fazer a vontade de Deus, que ama toda a criação. Tempo de abertura ao mistério da dor e morte de Jesus.
Sua entrega na cruz é o culminar do estilo que marcou sua vida. Somente contemplando o mundo com os
olhos de Jesus, olhar samaritano, é possível acolher o grito que emerge das várias faces da pobreza e da
agonia da criação.
O olhar do sacerdote e do levita são o da indiferença. Um olhar que gera ameaças a vida. E quais são? O
aborto, a migração forçada e as guerras que geram milhares de crianças órfãs. O desemprego que atinge
milhões de trabalhadores. O trabalho precário que chega a 41%. A desolação! 27 milhões não conseguem
trabalho algum. A miséria que castiga mais de 15 milhões excluídos. O suicídio, quarta causa de morte
entre jovens. Violência no trânsito: 19.398 mortes, só no primeiro semestre de 2018. Brasil é o quarto país
no mundo em mortes por violência no trânsito. Fé em Deus e pé na tábua?
O que fazer diante de tantos males? Os discípulos e amigos de Jesus estão a serviço da vida. Rompem com
a indiferença e derrotam a Justiça. É preciso sentir a dor do outro e comprometer-se com o sofredor.
Quem ama não acusa. Sua atitude é misericordiosa. Motiva a igualdade e a justiça. Superar a fome, o
desalento social e econômico, a degradação do ecossistema e cultura do desperdício é responsabilidade de
todos! A finalidade da vida cristã é promover a solidariedade na construção do Reino de Deus.
VIU (1)
Mais do que um ato fisiológico de percepção da luz, das imagens e das cores, olhar é uma postura que se
assume diante dos apelos e estímulos que nascem da realidade. O olhar, assim como as outras habilidades
humanas, também pode ser treinado, dirigido e orientado de acordo com uma série de interesses,
prioridades e valores. Na parábola do Bom Samaritano, podem ser identificados três tipos de olhar:
1) O olhar dos assaltantes – Viram naquele homem que passava uma oportunidade de obter benefício
imediato sem grande empenho. Bastava usar um pouco da força física e da vantagem numérica para
subtrair da vítima tudo o que ela possuía e que atendesse a seus interesses. Não tinham a menor
preocupação em saber quem era aquele que passava nem estavam preocupados com sua vida de maneira
que o deixaram ferido, espoliado e quase morto à beira do caminho. Trata-se do olhar do egoísmo, da
exploração, do ódio, totalmente alheio aos princípios da ética, da empatia e da compaixão. É um olhar que
mata, fere e que rouba a dignidade das pessoas. Este tipo de olhar está no germe da corrupção, da
violência, do autoritarismo, da devastação da natureza, das grandes guerras, das gritantes desigualdades
sociais e demais mazelas que assolam o Brasil e o mundo.
SENTIU COMPAIXÃO).
Sentir compaixão é aproximar-se de Cristo e, num mesmo movimento, inclinar-se para o próximo e
construir uma relação de reverência e fraternidade com os bens da criação.
1) Compaixão e justiça – Na prática de Jesus, o senso de justiça ultrapassa o limite da retribuição baseado
na máxima de premiar quem acerta e punir quem erra. Nesta direção aponta o trecho do Sermão da
Montanha no qual o Filho descreve o modo de proceder do Pai: “Amai vossos inimigos, fazei bem aos que
vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu,
pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os
injustos.” Não se trata de assumir o caminho do comodismo, da ingenuidade nem da omissão, mas adotar
uma postura restaurativa em relação à vida em suas diversas manifestações. Restauração, restituição,
reconstrução e conversão são práticas intimamente relacionadas ao tempo Quaresmal e à Espiritualidade
Franciscana, atitudes que exigem empenho individual e comunitário, além de organização,
corresponsabilidade e empenho.
A missão, que Jesus recebeu do Pai, foi a de revelar o mistério do amor divino na sua plenitude. « Deus é
amor » (1 Jo 4, 8.16): afirma-o, pela primeira e única vez em toda a Escritura, o evangelista João. Agora
este amor tornou-se visível e palpável em toda a vida de Jesus. A sua pessoa não é senão amor, um amor
que se dá gratuitamente. O seu relacionamento com as pessoas, que se abeiram d’Ele, manifesta algo de
único e irrepetível. Os sinais que realiza, sobretudo para com os pecadores, as pessoas pobres,
marginalizadas, doentes e atribuladas, decorrem sob o signo da misericórdia. Tudo n’Ele fala de
misericórdia. N’Ele, nada há que seja desprovido de compaixão.
No mesmo Documento, o Santo Padre descreve como a Misericórdia se concretiza na prática de Jesus e
quais são os destinatários preferenciais dela: a multidão cansada e abatida (Mt 9,36), os doentes que se lhe
apresentavam (Mt 15,37), a multidão faminta no milagre da multiplicação dos pães (Mt 15,37), o
endemoniado de Gerasa (Mc 5,19), a viúva de Naim, quando sepultava seu único filho (Lc 7,15), entre
tantos outros.
CUIDOU DELE
A dimensão do cuidado remete à prática transformadora da compaixão que é despertada por um olhar que
se deixa tocar pelos apelos da realidade.
O trecho, extraído da Parábola do Bom Samaritano, nos encoraja, a partir de Jesus Cristo, a servir com
espírito de humanidade, cuidado e amor para com o próximo, sementes de fraternidade.
Cartaz da Campanha da Fraternidade 2020 é inspirado em Irmã Dulce
Estender a mão ao próximo é missão dos discípulos e discípulas de Cristo. Foi essa marca que várias
testemunhas da fé nos deixaram como legado. É o caso de Santa Dulce dos Pobres, o Anjo Bom da Bahia.
Ela é uma das representações do “bom samaritano dos nossos tempos”. Por isso, sua imagem é
presenteada em perspectiva de destaque no cartaz.
Na ilustração, as pessoas que a cercam simbolizam uma população vulnerável, que clama por vida em
plenitude. É possível perceber também a pluralidade que engloba diferentes faixas etárias, etnias e outras
particularidades típicas de uma população multicultural, em um país com dimensões continentais como o
Brasil.
Na arte, foi aplicada a técnica de mosaico. Nela, cada peça desempenha um importante papel para a
formação completa do desenho. De modo mais evidente, a composição expressa a viva unidade na
diversidade de dons e serviços que nos animam a construir uma sociedade mais sensível e comprometida
com as necessidades de nossos irmãos e irmãs e de todo o planeta.