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Resumo—
Neste trabalho, pretendemos consolidar os conhecimentos adquiridos na disciplina de Sistemas Digitais Aplicados, ao modelar,
simular e testar um robô móvel de tração traseira. Será adotada uma trajetória em que o robô deverá seguir. Compõe este
trabalho o uso de ferramentas computacionais como MATLAB e de plataformas de desenvolvimento, como o Arduino.
Palavras-chave—Robótica, Modelagem Matemática
imagem padrão, ou seja, uma que apresente deter- Para tanto, deve-se considerar que o veı́culo es-
minada parte em perfeito estado de conservação, teja repousado sobre um plano inercial ortogonal
e apontar alguma não conformidade. (Xg , Yg , Zg ). As coordenadas (xl , yl , zl ) se tratam
As empresas cada vez mais estão buscando de coordenadas locais e estão situadas a partir
adotar as novas tecnologias a fim de reduzir custos do centro de massa (na figura, indicado pela sigla
e aumentar a produção. Gastos com manutenções COM).
preventivas e preditivas são cada vez mais jus- Conforme apontado na Figura 2, as coordena-
tificáveis, visto que muitas das vezes, a quebra das do centro de massa do carrinho podem ser
de determinado tipo de equipamento pode gerar escritas em relação o eixo inercial, sendo desta
prejuı́zos de bilhões de dólares. Por isso, não raro forma, COM = (X, Y, Z). Convém ressaltar que
vê-se o uso da robótica na área de inspeção, por dada a natureza deste veı́culo no que tange ao seu
exemplo. Na figura 1, tem-se o robô utilizado pela movimento no plano, a coordenada Z do centro de
General Electric na inspeção do estator e rotor massa será constante, ou seja (Z = cte).
de seus Geradores Elétricos. O robô, denominado
MAGIC, possui duas câmeras de alta resolução
responsáveis pela inspeção nomeada pela GE de
“Magic Inspection”.
vix vx viy vy
= = = =ω (3)
−diy −dCy dix dCy
Figura 3: Diagrama de corpo livre [8]. Onde a notação || · || denota a norma Euclidi-
ana.
vL = v1x = v2x
vR = v3x = v4x
(7) cos(θ) xICR sen(θ)
vF = v2y = v3y S(q) = sen(θ) −xICR cos(θ) (13)
vB = d1y = v4y 0 1
3 Planejamento de Trajetória
Onde vL e vR descrevem as coordenadas lon-
gitudinais da velocidades das rodas da esquerda Para esta etapa do trabalho, ao menos uma es-
e direita, respectivamente e vF e vB são as as tratégia de controle de restrição deve ser tomada,
coordenadas laterais das velocidades das rodas da a fim de aproximar o modelo ao sistema fı́sico real.
frente e de traseiras, respectivamente. A curvatura da trajetória, por exemplo, apresenta
Descrevendo a relação das velocidades das ro- a seguinte restrição:
das com a velocidade do robô, temos:
vL 1 −c
ḣ = J · v (14)
vR 1 c vx
= · (8) Onde:
vF 1 −xICR + b ω
vB 0 −xICR − a • v = [uf , ul ]T ;
• J = Jacobiano;
Assumindo que o radio das rodas sejam r: • uf = velocidade frontal;
• ul = velocidade lateral, com ul → 0.
ωL 1 vL
ωw = (9) ḣx = uf ∗ cos(φ) − ul ∗ sin(φ);
ωR r vR (15)
ḣy = uf ∗ sin(φ) + ul ∗ cos(φ);
Para que haja uma reprodutibilidade exata, a
Combinando as equações (8) e (9): postura inicial do robô é:
ω +ω
L R
2 hxd (0) = 2
v
η = x = r
(10)
ω
−ωL + ωR
hyd (0) = −2 (16)
π
2c φd (0) =
4
Enquanto a velocidade desejada são:
Onde η se trata de um sinal de entrada de
controle. vd (t) = J −1 ∗ (ḣ + K ∗ e) (17)
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l
φd (t) = arctan = φ(t) + t ∗ θ̇ (18)
R
Onde l = a + b.
ÿd ẋd − ẍd ẏd
Figura 6: curva tractória [5]
φd (t) = Arctg l
vd3
(19)
• |Kd = Kmax | se |φ| = π/2
φd (t) ∈ h− π2 , π2 i • Kd = 0 se φ = 0
• Kd > 0 se φ > 0
• e Kd < 0 caso contrário relacionamos a ve-
locidade das rodas e longitudinal do carro
De fato, nota-se que a atuação ocorre na orienta-
ul = 0.
ção φ das rodas dianteiras. Logo, para mudar sua
orientação, o robô deva estar, obrigatoriamente, se
movimentando ( θ̇ = 0 se vl = 0).
wd1 1 −1 −(a + b)
uf
= 1 1 1
Para a etapa de simulação, a estratégia consi- wd2 (a + b)
ul (21)
derada propõe restrições na curvatura e possı́veis wd3 R 1 1 −(a + b)
φ
irregularidades no terreno. Definindo então Kmax wd4 1 −1 (a + b)
como a maior curvatura permitida à trajetória do
robô. Desta forma, a lei de controle deve orientar
as rodas dianteiras dos robôs de forma a gerar uma
trajetória com curvatura ki .
Vale ressaltar que: |K| = Kmax , quando |φ| = Figura 7: rodas e longitude.
φmax .
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4 Experimento
Após a etapa de modelagem, a etapa seguinte
consiste na simulação computacional, seguida do
teste com um protótipo.
Observação: Anexo a este trabalho segue
os arquivos contendo a simulação elaborada no
MATLAB.
Os gráficos gerados na simulação seguem a
seguir.
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Figura 8: Velocidades.
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Por fim, a Figura a seguir mostra fotos do protótipo usado neste trabalho.
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Referências
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Mestrado. Campinas, SP: [s.n.], 2008. p. 84 f.
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vel em: https://docplayer.net/23529877-Ge-power-water-
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Disponı́vel em: UOL Notı́cias. Tecnologia.
https://tecnologia.uol.com.br/ultnot/2007/10/01/
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[5] Baú da Eletrônica. Disponı́vem em:
https://www.baudaeletronica.com.br/disco-
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[6] FILIPEFLOP. Disponı́vem em:
https://www.filipeflop.com/produto/sensor-de-
velocidade-encoder/. Acesso em: 07/12/2019.
[7] NIKU, Saeed B. Introdução à Robótica: Análise, Controle
e Aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. 382 p. ISBN
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[8] KOZLOWSKI, KRZYSZTOF; DARIUSZPAZDERSKI,
DARIUSZ. Modeling and Control a 4-Wheel skid-steering
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477-496, 2004.