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ÓTICA DO CONTRIBUINTE
RESUMO
ABSTRACT
The Brazilian Tax System currently presents itself as a compilation of random and
cumulative taxes, systematized in a complex, confusing, contradictory and high
consumption tax legislation, where even the experts do not have absolute
dominance. Given this scenario, the present study aimed to analyze the most
relevant legal provisions for the common taxpayer, especially regarding the way
these taxes are embedded in routine services and products, masking their real
1
Graduanda do Curso Superior de Direito do Centro Universitário De Ensino Superior Do
Amazonas – CIESA
2
Mestre em Direito pela Faculdade de Direito do Sul de Minas, FDSM,
Brasil.
existence for the citizen. common. For this, we used bibliographic research about
the legislation, doctrine and jurisprudence relevant to the branch of Tax Law in
Brazil. At the end of the study, it was possible to infer that one of the main
shortcomings of this system lies in the absence of explicit delimitation of taxes
borne by the taxpayer, as service providers or product suppliers include, in a
veiled or obscure manner, the value tax consequences of the final value of the
purchase, so that the consumer, for the most part, has no idea of the impact of
these values on the final value of the product.
1 INTRODUÇÃO
Desta feita, o Tributo constitui uma obrigação do cidadão para com o Estado,
de cunho obrigatório, imposta a todos os cidadãos, ainda que de forma indireta,
uma vez que, além dos impostos específicos como IPTU, IPVA, Imposto de
Renda, em qualquer compra básica no mercado brasileiro, estão embutidos
tributos como o ICMS, o PIS e a COFINS, de maneira que, quanto mais elevada
a carga tributária, maiores as distorções introduzidas no sistema, no propósito de
mascarar os valores e as modalidades como os tributos são cobrados, de modo
que o cidadão nas camadas sociais mais baixas desconhece esses valores e a
situação como um todo.
De acordo com o artigo 77º do CTN, taxa é um tributo “que tem como fato
gerador o exercício regulador do poder de polícia, ou a utilização efetiva e
potencial, de serviço público específico e divisível”. Alguns exemplos de taxas:
Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais): como
por exemplo, para emissão de Carta de Identidade, CPF e RG; Taxa de
Licenciamento Anual de Veículo – art. 130 da Lei 9.503/1997: esta taxa é cobrada
para gerar, anualmente, o novo documento do veículo; Taxas do Registro do
Comércio (Juntas Comerciais): Taxa cobrada para registro do Contrato Social de
uma empresa.
A contribuição de melhoria é o tributo cobrado pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, com o objetivo
de fazer face ao custo de obra pública de que decorra valorização imobiliária,
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo
de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado (Art. 81 do CTN).
Dessa forma, a instituição e a cobrança de uma Contribuição de Melhoria
têm por escopo fazer com que os contribuintes beneficiados, direta e
indiretamente, após a concretização de uma obra pública sejam
responsabilizados pelo pagamento da mais valia imobiliária, como, por exemplo,
quando o Poder público (União, Estados, Distrito federal e Municípios) promove a
pavimentação de vias, onde esta obra acaba promovendo a valorização dos
imóveis circunscritos, sendo permitida, ao Estado, a cobrança de uma
contribuição de melhoria pelas obras públicas que geraram a valorização nestes
imóveis.
As chamadas contribuições sociais constituem um tributo com destinação
específica, como é o caso da contribuição para o custeio do serviço de iluminação
pública, conhecida como Cosip ou Cip, que consiste na imposição de uma taxa
de iluminação pública para custear as despesas com a disponibilização da
iluminação pública aos munícipes, como uma alternativa encontrada pelos
Municípios para incrementarem suas receitas, sob o argumento de que os
munícipes estariam apenas restituindo aos cofres Municipais os gastos
decorrentes dos serviços de iluminação pública.
O empréstimo compulsório, por sua vez, é tratado no art. 148 da
Constituição Federal brasileira, que restringe essa espécie de tributo apenas para
casos especiais. A Lei evidencia os cenários em que a cobrança seria justificada,
como durante uma guerra com outra nação ou sua iminência e calamidade
pública. Em adição, outro investimento de caráter público que seja primordial no
momento. O art. 148 estipula ainda que: “a aplicação dos recursos provenientes
de sua arrecadação é vinculada à despesa correspondente, que justificou sua
instituição”.
Um exemplo relativamente recente de empréstimo compulsório no Brasil foi
o confisco das poupanças da população no Plano Collor, ocasião em que o
dinheiro recolhido das contas pessoais do ovo, funcionou como uma espécie de
empréstimo para o governo, na época.
2.6 OS IMPACTOS E A COMPLEXIDADE DA CARGA TRIBUTÁRIA PARA O
CONTRIBUINTE
REFERÊNCIAS
BECKER, Alfredo Augusti, Teoria Geral do Direito Tributário. São Paulo: Noeses,
2007. 749 p
DENARI, Zelmo. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Atlas, 2008. 355 p.